Autor: Rafael Ferraz de Camargo Kolicheski COMPARA9AO...

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Autor: Rafael Ferraz de Camargo Kolicheski COMPARA9AO OR9AMENTARIA DE SISTEMAS ESTRUTURAIS EM AC;:O E CONCRETO PARA COBERTURA DE GALPOES Monografia apresentada ao cursa de especia· liz8yao em Tecnologia de Estruluras Melalicas Cia Universidade Tuiuli do Parana em convenio com a ASCOM - Associac;:ao Sui Brasileira da Constru9~O Metalica, como requisito parcial para obtenyao do grau de especialista em estruturas meUlIicas. Qrientadora ProF Patricia Santana. CURITIBA 2007

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  • Autor: Rafael Ferraz de Camargo Kolicheski

    COMPARA9AO OR9AMENTARIA DE SISTEMAS ESTRUTURAIS EM

    AC;:O E CONCRETO PARA COBERTURA DE GALPOES

    Monografia apresentada ao cursa de especia

    liz8yao em Tecnologia de Estruluras Melalicas Cia

    Universidade Tuiuli do Parana em convenio com a

    ASCOM - Associac;:ao Sui Brasileira da

    Constru9~O Metalica, como requisito parcial para

    obtenyao do grau de especialista em estruturas

    meUlIicas. Qrientadora ProF Patricia Santana.

    CURITIBA2007

  • SUMARIO1 INTRODU9AO.. . 820BJETO.. . 1030BJETIVOS.. . 10

    3.1 OBJETIVO PRIMARIO.. . 103.2 OBJETIVO SECUNDARIO . 11

    4 METODOLOGIA . 115 CARACTERisTICAS DOS MATERIAlS 13

    5.1 CONCRETO... . 135.1.1 Massa especifica.. . . 135.1.2 Resistencia a compressao.... ................................................... 135.1.3 Resistencia a tral'ao... . 145.1.4 Modulo de elasticidade . 145.1.5 Coeficiente de Poisson. . 165.1.6 Estrutura interna do concreto... . 16

    A) Pasta de cimento . 16B) Vazios . 17C) Agua.. . 18D) Agregados.. . 19E) Zona de Transil'ao... . 19

    5.1.7 Retral'ao.. . 205.1.8 Expansao 205.1.9 Fluencia.. . 205.1.10 Deformal'ao termica . 205.1.11 Principais parametros ..21

    5.2 CONCRETO ARMADO.. . 215.3 CONCRETO PROTENDIDO.. . 225.4 CONCRETO PRE-MOLDADO.. . 255.5 A90 ESTRUTURAL................................................... . 26

    5.5.1 Diagrama Tensao x Deformal'ao .265.5.2 Elasticidade.... . 275.5.3 Plasticidade.... . 285.5.4 Ductilidade.. .................................. 295.5.5 Tensoes residuais.......................................... . 29

    6 COMPARA9AO A90 x CONCRETO PRE-MOLDADO 316.1 PESO PROPRIO.. . .316.2 RESISTENCIA MECANICA 316.3 RESISTENCIA AO FOGO...... . 326.4 RESISTENCIA QUiMICA... . 32

    7 PROJETO.. . . 337.1 PROJETO ARQUITETONICO.. . . 347.2 PROJETO ESTRUTURAL EM A90.. . 35

    7.2.1 Determinal'ao dos carregamentos 367.2.2 Entrada de dados no programa CYPE Ingenieros modulo Metal 3D 377.2.3 Calculo da estrutura no CYPE Ingenieros Metal 3D.. . 39

    7.3 L1STA DE MATERIAlS CONSUMIDOS... . .417.4 ESTRUTURA PRE-MOLDADA EM CONCRETO.. . . 41

    7.4.1 Planta e Eleval'ao da Estrutura em Concreto Armado .427.4.2 Calculo da estrutura de concreto armado no programa eYPE Ingenieros

    ........ .43

  • 8 OR

  • lluslra~o 19: Planla de LOCal):30 da Eslrulura (S/Esc) ... ... 42

    l1uslral):ao 20: Vista Frontal do Galpao em Concreto Armada (s/Esc) ..... . 43

    lIustral):ao 21: Modelo 3D da Estrutura do Galpao em Concreto Armada ... ... 43

    lIuslral):ao 22: Cargas aplicadas para a dimensionamento da eslrutura no CVPE .44

    Iluslral):ao 23: Esfor~o Cortante resultante maximo de 42,5 KN na Tesoura... ...44

    lIustra9flo 24: Momento Fletor maximo nas Ter.;as de +15,5KN.m e -11,5KN.m. Momenta Fletormaximo na Tesoura 140 KN.m... .. 45

    Iluslral):ao 25: Momento Flelor maximo nas Terl):as de +9KN.m e -11,5KN.m. Momento Fletor maximona lesoura 37,4KN.m e -84KN.m... . 46

    Ilustra~o 26: Delalhamenlo das Ferragens da Viga de Tesoura. (s/Esc) .... ............. 47

    lIuslral):ao 27: Detalhe construtivo das Terl):as em Concreto Armada ..... .. 47

  • 8

    INTRODUC;;AO

    As estruturas em concreto armada sao as mais empregadas para a solwrao

    de fundaryoes e superestruturas no Brasil, enquanto para coberturas aplicam-se

    tradicionalmente solwyoes estruturais em madeira. Entretanto, com a escassez de

    madeiras nobres no mercado, estimativas conservadoras apontam urna valoriz8r;ao

    media de 15% par ano das madeiras em geral. Esta alta de preryos da madeira

    aliada a urna maior gama de tecnicas construtivas em a90, concreto e tel has

    autoportantes acirrou a competitividade entre as materiais de construtyao para

    estruturas de cobertura.

    o foco inicial do presente trabalho estava voltada a urna comparac;ao entresoluyoes em 890 e concreto para reforma da cobertura de galpoes industriais de

    pequeno porte, um galpao ficticio de 450 m' foi escolhido como objeto de estudo.

    o desenvolvimento do trabalho iniciou-se com uma pesquisa de algumasempresas de concreto pre-moldado, como a PROJEPAR siluada em Sao Jose dos

    Pinhais-PR. Os sistemas estruturais comumente adotados para galp6es sao basea-

    dos em porticos. Este sistema estrutural dificulta sua aplicaC;ao em reformas, pois

    sua adequac;ao a estrutura existente torna-se muito onerosa e em alguns casosimpassive!. A recomendaC;ao da PROJEPAR para clientes que os procuram para

    reformas de coberturas e a aplicac;ao de estruturas metalicas.

    Para uma comparaC;

  • norte-american os. 0 unico setor com grandes possibilidades de aumentar 0

    consumo nacional de aryo e 0 da construry2l0 civil.

    A pouca utilizary

  • 10

    OBJETO

    Cobertura de urn galpao industrial com as seguintes caracteristicas:

    Dimens6es: 15,00m x 30,00mVao livre das tesouras: 15,00m

    Pe direito: 10,00m

    Permeabilidade: 2 faces opostas igualmente permeaveis

    as outras 2 faces impermeaveis

    Localiza9aO:

    Sistema estrutural:

    Sao Paulo-SP

    Op,ao 1: Vigas em perfillaminado W A90minas ASTM A572 Gr50, Ter9as

    em perfil C chapa dobrada, a90 ASTM A36;

    OP9aO 2: Vigas em treli9a metalica, composta por perfis de chapa dobrada

    C, em a90 ASTM A36 h=1 ,0Dm. Ter9as em perfil C, a,o ASTM A36;

    lIustra

  • 11

    3.2 OBJETIVO SECUNDARIO

    Analise da influencia de fatores externos, como exemplo localidade e

    carga admissivel nas fundac;oes nos custos e na viabilidade das solU90es.

    4 METODOLOGIA

    Inicialmente e feita 0 levantamento das 896es e carregamentos, conformedescrito na NBR 8800186 - Projeto e Execuqao de Estruturas em Edificios e na NBR

    6123188 - Forqas Oevidas ao Vento em Edificaqi5es. Partindo das cargas e

    caracteristicas dos materiais aplicados na edificaryao, como exemplo carga

    admissivel das telhas metalicas e VEiOS otimizados para as perfis de 890 OU concreto

    armada, executa-s8 0 lanryamento da estrutura. Com a geometria da estrutura

    determinada desenvolve-se urn modelo tridimensional dos eixos gravitacionais das

    pel'as estruturais em um programa de CAD (Computer Advanced Design).

    Na pr6xima etapa importa-se 0 arquivo de CAD em urn programa de calculo

    de estruturas tridimensionais, neste caso foi usado a CYPE Ingenieros modulo metal

    3D configurado para utilizar as normas brasileiras 'de dimensionamento de

    estruturas. No programa de calculo descreve-se a geometria dos perfis, tipo do

    material dos perfis, condiryoes das rotulas da estrutura, hipoteses de carregamento,

    contraventamento e dis tan cia entre os tirantes das terryas. Se todos as passos forem

    executados corretamente obtem-se urn modelo computacional bern fiel ao que a

    estrutura apresentaria na pratica.

    Oepois de feita toda a mode lag em, executa-se a comando "calculo da

    estrutura" no CYPE metal 3D. 0 programa determina os eslorl'os e deslocamentos

    nos penis e depois nos permite verificar se 0 perfil escolhido inicialmente satisfaz as

    recomenda96es da norma NBR 8800186. Podemos ainda otimizar os penis,

    determinando os mais leves, desde que atendam a todas as verifica96es de norma.

  • 12

    Com todos as perfis adequados as tens6es, a estrutura esta resolvida.

    Imprime-se entaD a lista de materiais, que eontem 0 peso dos perfis utilizados, para

    a composic;:ao dos custos na planilha on;:amentaria.

    A proxima etapa consiste na composi9ao do pre90 de venda com 0 auxitio de

    uma ptanilha eletr6nica como 0 Microsoft Excel ou BrOffice Calc. Nesta planilha

    constam todos os custos com fabricac;:ao e montagem da estrutura descritos abaixo:

    Materiais: Pems, chapas, eletrodo, parafusos, tinta, etc.;

    Insumos: Combustiveis, papel, produtos de limpeza, etc;

    Perdas: Em torna de 10% dos materia is sao desperdic;:ados;

    Mao-de-obra: Sold adores, caldereiros, pintores, supervisores, pessoal

    administrativD, seguranc;:a, etc;

    Fretes;

    Movimentac;:ao da equipe: Passagens, hoteis e refeic;:6es;

    LocaC;:

  • 13

    CARACTERisTICAS DOS MATERIAlS

    5.1 CONCRETO

    5.1.1 Massa especifica

    A massa especifica do concreto normal, segundo a definil'ao da NBR 6118-

    Projeto de estruturas de concreto, situa-se entre 2000 kg/m' e 2800 kg/m'. Para

    efeito de calculo a norma ainda recomenda que, naD S8 conhecendo a massa

    especifica real, pode-s8 adotar para 0 concreto simples a valor 2400 kg/m3 e para 0

    concreto armada 2500 kg/ml. Quando S8 conhece a massa especifica do concreto

    simples, adiciona-se de 100 kg/m' a 150 kg/m' para 0 concreto armado.

    5.1.2 Resistencia a compressaoA resistencia a compressao simples fe, constitui a caracteristica mecanica

    mais relevante do concreto para aplicay80 na engenharia. As orientayoes para

    determinar par ensaios de corpos-de-prova a resistencia a compressao e outras

    propriedades do concreto encontram se nas normas NBR 5738 - Mo/dagem e cura

    de corpos-de-prova cifindricos au prismaticos de concreto e NBR 5739 - Concreto-

    Ensaio de compresseo de corpos-de-prova cilindricos.

    o corpo-de-prova padrao brasileiro e cilindrico de 15cm de di;3metro por30cm de altura, e a idade de refermcia para 0 ensaio e 28 dias. Apes diversos

    ensaios, realiza-se urn tratarnento estatistico dos dados obtendo-se a resistencia

    media do concreto a compressao (fcrn) e a resistencia caracteristica do concreto a

    compressao (Ick).

    A NBR 8953 - Concreto para fins estruturais - Classiflcaqilo par grupos de

    resistencia define as classes de resistencia em func;ao de fck. Exemplificando, urn

    concreto classe C30 corresponde a urn concreto com fck = 30MPa.

  • 14

    5.1.3 Resistencia a trac;:ao

    A mesma metodologia aplicada para a determinayao do Ick vale para 0 caso

    da resistencia do concreto a traC;2Io direta (fct). Obtem-se a resistencia media do

    concreto a tra9;3.0 (fetm) e a resistencia caracteristica do concreto a trac;ao (fetk) perurn processamento estatistico. Para a trac;ao existem tres modalidades de ensaio

    normalizadas: trac;ao direta, compressao diametral e trayao na f1exao. A norma ainda

    permite abter-s8 as resistencias a tra9ao direta a partir da resistemcia fck.

    /,.",,=0,3x/;,/3

    / """'f"",,=0,7x f".f"",,,,,,,,~=1,3x/"",

    Com as resistemcias em MPa.

    5.1.4 Modulo de elasticidade

    Nos projetos de estruturas e essencial conhecer a relac;ao entre as tens6es eas deformac;oes. Esta relaC;

  • 15

    o Modulo de Elaslicidade e aplicada somente it parte retilinea da curvatensao-deformac;ao, no case do concreto. Quando 0 grafico for curvc, a expressao eaplicada a tangente na origem. 0 ensaio descrito na NBR 8522 - Concreto -Determinaqilo do m6dufo de deformaqilo estatica e diagrama tensao-deformaqao

    explica a procedimento para se obler 0 modulo de deformal(c30 tangente Inicial (Eei).

    lIuslra{:ao 3: Modulo de deforma~o tangente inicial (Eei).

    Na impossibilidade de ensaiar a concreto pode-se utilizar urn valor estimado

    fornecido pela seguinte equac;ao:

    E,.,=5600xf:.12

    Com Eci e fck em MPa.

    Na determinac;ao de esforc;os solicitantes e verificac;ao de estados limites de

    servi

  • 16

    Outro modulo de elasticidade relevante, 0 transversal pode ser obtido par:

    G, = 0,4 x E~

    5.1.5 Coeficiente de Poisson

    Aplicando-se urn carregamento sobre urn corpo-de-prova de concreto

    observa-se uma deforma~ao longitudinal no sentido da carga e outra transversal

    perpendicular a carga.

    o coeficiente de poisson quantifica esta relaC;8o entre deformar;oes

    longitudinais e transversais. Adeta-s8 v ::;0,2 no case de tens6es de compressao

    inferiores a fc/2 e tra((oes menores que ftl

    5.1.6 Estrulura interna do concreto

    Os elementos basicos que constituem 0 concreto sao agregados graudos,

    como a pedra brita, agregados miudos (areia), cimento e agua.

    Elaborar um modele matem"tico fiel para prever 0 comportamento do

    concreto e uma tarefa muito complexa, pais sua estrutura interna apresenta-se muitoheterogemea e complex8. Uma visao mais simplificada da estrutura mostra cinco

    elementos principais que definem as propriedades do concreto: pasta de cimento,

    vazios, agua, agregados e zona de transiyao.

    A) Pasta de cimento

    Identifica-se quatro fases s61idas principais na pasta de cimento:

    Silicato de calcio hidratado: Abreviado como C-S-H, representa de 50 a

    60% dos s61idos da pasta de cimento Portland hidratado. Como

    con sequencia 0 C-S-H e 0 elemento que determina a maior parte daspropriedades da pasta. 0 C-S-H tem uma estrutura indefinida, a relayao

    CIS varia no intervalo de 1,5 e 2,0 com uma varia9ao ainda maior da agua

    estrutural. A resistencia desta fase atribui-se principalmente as fDryas de

  • 17

    Van derWaals.

    Hidr6xidode calcio: Conhecidoslambem como portlandila. Formam de 20

    a 25% do volume s61idoda pasla. Tem uma eslrulura definida Ca(OH), e

    tendelncia a formar crista is grandes com morfologia variada. Tern uma

    area especifica bern menor que a do C-S-H. e pm consequencia menor

    resistmcia pois a atuac;ao de fon;:as de Van der Waals e reduzida. Outrapropriedade negaliva do hidr6xido de calcio e sua maior solubilidade

    com parada ao C-S-H, que contribui para uma men or resistencia quimica.

    Sulfoaluminalosde calcio: Com 15 a 20% do volume dos s6lidos da pasla

    de cimento e urn composto que prejudica as propriedades do concreto,pois favorece a forma,ao de Irissulfalo hidralado, ou elringila, que

    eventual mente reage para formar monosulfato hidratado. 0 monosulfato

    hidratado torna 0 concreto vulneravel a ataques qui micas por sulfato.

    Graos de clinquer nao hidratado: Sao graos que naD sofreram a reaC;

  • 18

    par produtos de hidratag2lo da pasta. Quanto maior 0 fater agua/cimento,

    maior 0 volume e dimensao de vazios capilares. Pastas com baixa rela9210

    agua/cimento apresentam paras da ordem de 10 a 50 nm. Pastas com

    rela

  • 19

    agua interlamelar, com uma forte retrayao na estrutura do C-S-H.

    Agua quimicamente combinada: Constituinte de divers os produtos

    hidratados do cimento. Nao se perde por secagem.

    DJ Agregados

    Os agregados geralmente apresentam a maior resistmcia entre os

    constituintes do concreto, com exceyao de alguns agregados como pedra-

    pomes, mas influem diretamente nas propriedades das outras fases do

    concreto como observa-se no fenomeno conhecido por exsudayao interna.

    Caracteristicas como estabilidade dimensional, massa unitaria e modulo de

    elasticidade sao determinadas em larga escala pelas propriedades fisicas do

    agregado, como densidade e resistencia. Caracteristicas fisicas do agregado

    sao muito mais relevantes para 0 concreto do que sua composiyao quimica.

    E) Zona de Transir;ao

    Encontra-se em uma pequena regiao entre as agregados e a pasta de

    cimento. Sua existencia explica diversos comportamentos unicos do concreto, como

    a diferenc;a entre a resistencia de tray8:o e a de compressao, comportamento ela5to-

    plaslico, fragilidade na Ira,ao e duclilidade na compressao, permeabilidade do

    concreto maior do que a da pasta de cimento mesmo com agregados densos, entre

    Qutros. Pade S8 afirmar que a zona de transiC;2Io define a resistemcia limite do

    concreto, pais a concreto cede a tensoes inferiores as tensoes resistidas pelos

    agregados e pela argamassa de cimento.

    Uma das raz6es desta menor resistemcia na zona de transiC;:

  • 20

    estrutura mais parosa do que a encontrada na argamassa de cimento.

    5.1.7 Retra~ao

    Retrar;ao caracteriza-se pela redur;ao nas dimensoes do elemento de

    concreto, quando naD atuam tens6es devido a esfon;:os ou variac;oes de

    temperatura. Podem ocorrer das seguintes formas:

    Retrac;ao quimica: Durante a hidratac;ao do concreto parte da agua reage

    para formar Qutros compostos sofrendo redutrao de volume.

    Retrac;ao capilar: Retrac;ao devida a perda de agua capilar ou agua

    adsorvida. A tensao superficial nos cristais efetuam a retrac;ao.

    5.1.8 Expansao

    Pec;as submersas de concreto sofrem expansao, apesar de que no primeiro

    momento S8 inicie uma retrac;::clo qui mica as tensoes capilares de fora para dentro da

    pe9a imp6e um aumento dimensional ao elemento.

    5.1.9 Fluencia

    Quando aplica-se uma carregamento a um elemento de concreto ocorre uma

    deforma((c3o imediata pela reorganiZa((c30 dos crista is internos. A fluencia ocorre

    quando 0 elemento permanece carregado par um periodo longo. Com as tens6es

    agindo na pe((a ocorre uma redu((ao no diametro dos poros e aumento da pressao

    da agua capilar, resultando em perda de agua capilar no concreto. Estes dois fatores

    acrescem a tensao superficial atuante nos capilares e causam a fluemcia.

    A f1uencia e a retrar;:c3o devem ser consideradas atuando simultaneamente no

    dimensionamento de estruturas de concreto.

    5.1.10 Deforma((ao termica

    o coeficiente de variay80 termica ate representa a deformayao que ocorre em

    um elemento para uma varia~ao de temperatura de 1C. A NBR 6118 permite adotar

  • 21

    para 0 concreto armada a" = 10.5 re.

    5.1.11 Principais parametros

    As variaveis que mais afetam as propriedades do concreto sao:

    Idade do concreto e condit;:6es climaticas;

    Fator agua-cimento;

    Caracteristicas fisicas dos agregadas;

    Quantidade e qualidade do cimento;

    Usa de aditivos;

    Durayao e controle da concretagem;

    Forma de transporte e lan9amento;

    Controle de adensamento e de cura;

    Forma de carregamento da estrutura;

    Tipo de corpo de prova.

    5.2 CONCRETO ARMADO

    o concreto armada e urn material de construc;:ao composto que combina aresistencia a compressao do concreto com a resistemcia a tra9aO de barras de a90.

    A liga9ao entre as dais elementos ocorre par cantata mecanico, auxiliado pelas

    mossas nas barras de a90. Esta combinayao s6 e viavel devido a coeficientes de

    dilatayao termica bern pr6ximos entre as dais materia is na faixa de temperaturas

    ambientes usuais de -40 a +60 aG.

    concreto: ate = 0,9 a 1,4 x 10-5 C-1

    a~o:

    Enquanta os vergalh6es de ayo resistern aos esforyos de trayao nas

  • 22

    situayoes de solicita\=oes de trac;ao e flexao, impedindo a ruptura do concreto que

    apresenta baixa resistencia a tray8lo como ja foi vista, 0 concreto resiste aDs

    esforc;:os de compressao e proporciona maior inertia ao elemento estrutural. 0

    concreto ainda contribui com a protey

  • 23

    serao geradas em servic;o.

    Devida ao desconhecimento do fen6meno de encurtamento do concreto pela

    retracrao e deformacrao lenta as primeiras experiencias com protensao fracassaram.

    Pois com 0 encurtamento ocorria uma reduyao na ten5aO das cordoalhas

    comprometendo 0 funcionamento do sistema estrutural.

    o primeiro metodo funcional de protensao foi desenvolvido em 1928 peloengenheiro e arquiteto frances Eugene Freyssinet, que empregou agos de alta

    resistemcia aplicando compress6es bem elevada aDs elementos de concreto.

    A fabricayao e protensao de elementos de concreto devem ser executadas

    por funcionarios qualificados. A correta utilizagao e manutenc;ao dos equipamentos

    de protensao sao fundamentais para a seguranC(a da operac;2Io. 0 rompimento de

    uma cordoalha pode resultar em um chicoteamento da cordoalha au lan,amento de

    pegas de ancoragem como projeteis, pessoas atingidas por estes objetos podem

    sofrer graves ferimentos ou ate a morte.

    o plano de protensao deve ser seguido para garantir a seguranya doprocesso de protensao e a resistencia final do elemento. Neste constam:

    Fases de protensao;

    Ordem de protensao dos cabos;

    Protensao simultanea ou individual nas duas faces;

    Idade do concreto para resistir aos esforyos de cad a fase de protensao;

    Em concretos com pouca idade verificar 0 m6dulo de elasticidade;

    Checar se os alongamentos obtidos sao os previstos em projeto;

    Para cada cabo e fase medir a tensao inicial de protensao;

  • 24

    Condic;oes especiais para a retirada das farmas, transporte e coloca921o

    dos elementos.

    Entre as vantagens do concreto protendido estao:

    Protege melhor a armadura de a,o, pois a fissura,ao do concreto devido a

    tens6es de tra,ao e drasticamente reduzida ou ate mesmo eliminada;

    Como sao mais esbeltos do que a concreto armada, au seja, resistmcia

    superior com menor peso proprio, tarnam-S8 viaveis em grandes VaDS;

    No case de atuarem no elemento sobrecargas acidentais naG previstas, a

    protensao fecha as fissuras ap6s a interruP9ao do mesma;

    Maior controle da deforma9iio elastica permitindo a obteny2lo de

    deformac;oes inferiores as obselVadas em estruturas similares de

    concreto armada au de a90;

    0 processo de protensao serve como ensaio de resistencia, pois nesta

    fase atuam tensoes superiores as tens6es de servic;o da estrutura.

    E as des vanta gens seguem abaixo:

    A cordoalha e 0 sistema de ancoragem exigem cuidados especiais de

    pratet;:ao anti-oxidante por fica rem expostos ao meio:

    A fabricaC;ao da pec;a exige uma alta precisao, cabos fora da posiyao

    prevista ern cillculo podem induzir esfort;:os nao esperados ou ate causar

    a ruina da pe,a;

    Necessidade de pessoal e equipamento especializado:

    Maior custo po is torna-se necessaria a obtenc;ao de concreto de alta

    resistencia, que envolve urn maior contrale de quaJidade nos process os de

  • 25

    dosagem, concretagem, cura e selec;:ao da materia prima.

    5.4 CONCRETO PRE-MOLDADO

    Elemento de concreto p",-moldado, pela defini,ao da NBR 9062 - Projeto e

    Execuqiio de Estruturas Pre-mo/dadas, e tada elemento executado fora do local deutiliza,ao definitiva da estrulura com inspe,ao individual ou por lotes. Podem ser

    analisados pelo proprio construtor, fiscalizados pelo proprietiuio da industria de pre-

    mold ados ou par laboratorios especializados em ensaios de materia is.

    Logo, elementos pre-moldados sao pe,as industrializadas que ja chegam

    prontas na obra. Podem ser tanto de concreto armada ou protendido.

    As vantagens do pre-moldado sabre 0 concreto armada em loco sao:

    Maior controle de qualidade, logo obtem pec;:as mais resistentes;

    Elimina-se 0 usa de formas, 0 tempo de secagem e desforma, resultando

    em uma grande reduty80 no cronograma da obra ;

    As pec;:as ja chegam na obra resistentes, reduzindo a necessidade de

    escoramentos.

    E as desvantagens:

    A moldagem em loco permite uma maior f1exibilidade de forma no

    elemento estrutural;

    Necessidade de equipamentos pesados para transporte e instalayao;

    Maior custo da pe9a, quando comparada isoladamente.

  • 26

    5.5 ACQ ESTRUTURAL

    5.5.1 Diagrama Tensao x Deformayao

    Aplicando-se uma fOfc;a F a uma peya metalica deforma-se sua extensaa em

    III (llustraqao 4). Plotado um grafico entre a tensao aplicada (0 ; For9a I area) e a

    deforma9ao linear especifica (~ ; III I I ), conhecido como diagrama tensao

    -deformac;ao no meio tecnico, de alguns ayos estruturais obtem-se uma forma

    eficiente de visualizar 0 comportamento do material.

    ~