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Educação em Ambientes Informais - Trilhas
Padronização de procedimentos
Trilha dos Ecossistemas
Autores: Flávio Berchez, Rodrigo José Romeu, Ulisses Fernandes, Fábio Ramos Dias
de Andrade, Camila Lira, Stéphanie Simioni,
Índice
A. Introdução e características gerais 1. Ambiente 2. Público 3. Monitores 4. Estações 5. Duração 6. Escolas públicas 7. Estudos de caso
B. Conteúdo programático
1. Tema integrador “Ciclos biogeoquímicos” 2. Tema integrador “Posicionamento e navegação” 3. Tema integrador “Caminhada e Montanhismo”
C. Preparação e finalização da atividade
1. Informações prévias aos visitantes 2. Preparação do monitor antes da atividade 3. Finalização da atividade pelo monitor
D. Estações de atividade
1. Recepção do participante 2. Aquecimento e alongamento 3. Acampamento, materiais e equipamentos 4. Sensibilização e relaxamento 5. Procedimentos de segurança e mínimo impacto 6. Navegação, geografia, mapas e rotas 7. Patrimônio histórico e geológico 8. Ecologia I – ecossistema de mata em estágio avançado de sucessão 9. Trilha com lupa e bosques em miniatura. 10. Ecologia II – ecossistema de mata em estágio inicial de sucessão 11. Ecossistemas 12. Mudanças climáticas globais 13. Fechamento
C. Anexos 1. Lista de conferência de procedimentos 2. Avisos no momento da inscrição ou reserva 3. Relação função de equipamento e conceitos teóricos 4. Mapa de sub-bacias do PEFI 5. Mapa dos municípios da Grande São Paulo 6. Mapa de regionais do Município de São Paulo 7. Mapa de Trilhas do Parque CienTec 8. Ciclo do carbono e fluxo de energia 9. Campos magnéticos e orientação da bússola 10. Sugestões de atividades lúdicas e estimulo a interatividade
A. Introdução e características gerais
A “Trilha dos Ecossistemas´´ pretende ser um instrumento de apoio ao ensino
tendo como princípios conceituais básicos (1) objetivos holísticos e transformadores, (2)
transdiciplinaridade, (3) contextualização em relação a questões ambientais e sociais (4)
interatividade e caráter lúdico. Seus usos são como atividade de educação ambiental em
unidades de conservação ou como atividade complementar ao ensino formal em
ambientes informais em trilhas.
Ambiente: trilhas dentro do Ecossistema de Mata Atlântica, que será contextualizado em
relação aos ecossistemas ou ambientes que o cercam.
Público: acima de 12 anos em geral e ao ensino Fundamental II e Médio.
Monitores: a atividade é guiada, podendo ser realizada apenas por um monitor com
grupos de 8 pessoas, divididos e 2 grupos de 4 que atuam de forma independente (trilha
guiada), ou por vários monitores fixos em cada uma das estações temáticas (trilha semi-
guiada).
Estações: o conteúdo é apresentado ao longo de 13 estações com abordagens específicas.
Temas transversais são vistos ao longo de todo o percurso. A sequência foi idealizada para
que possa ser alterada, adaptando o protocolo para diferentes trilhas.
Duração: 1h 20 min, sem incluir o tempo de retorno.
Escolas públicas (público de 40 pessoas): esquema alterativo em rodízio, que permite o
atendimento de escolas públicas com público ao redor de 40 pessoas, por quatro
monitores, sendo o tempo de visita estendido para 2 horas (Anexo 12).
Estudos de caso: exemplos específicos para um local são apresentadas como estudos de
caso, em sua maioria referentes ao Parque CienTec da USP e ao Parque Estadual de Ilha
Anchieta.
B. Conteúdo programático
É baseado na proposta curricular para o ensino Fundamental II e Médio do Estado
de São Paulo. As disciplinas são apresentadas de forma integrada dentro de três temas
transversais. Os temas “Ciclos do Carbono e Fluxo de Energia” e “Posicionamento
geográfico e Navegação”, têm uma maior ênfase em ganhos cognitivos, enquanto o
terceiro, Caminhada e Montanhismo, a tem em ganhos afetivos e de habilidade. Em todos
os casos, o direcionamento é dado pela visão ética da Filosofia Ambiental de Campo.
Tema integrador “Ciclos biogeoquímicos” Biologia
Ecologia Ecossistemas Mata Atlântica, Estágios de Sucessão, Espécies Invasoras Mudanças Climáticas Globais Decomposição
Fisiologia Fotossíntese e respiração Ciclo do Carbono Outros nutrientes vegetais
Química Composição da atmosfera
Composição do solo Elementos componentes básicos dos seres vivos
Equações Fotossíntese
Respiração História Tempo histórico sob o prisma da conservação Geologia Origem e composição de solos Tempo geológico
Formação de combustíveis fósseis Patrimônio geológico Matemática Operações Filosofia Equilíbrio dos seres vivos Ecossistemas em escalas Ética ambiental Tema integrador “Posicionamento e navegação” Física Campo magnético Bússola Matemática Graus Operações Geografia Mapas Posicionamento espacial Pontos cardeais, colaterais e rumo Rotas Norte magnético Mapa geomorfológico local (parque) Mapa politico municipal Mapa político regional
Escala geográfica Matemática Operações História Patrimônio histórico Filosofia Escala observacional Tema integrador “Caminhada e Montanhismo” Educação Física Aquecimento Relaxamento Alongamento Ecologia Mínimo e impacto Direito Legislação ambiental (UCs) Planejamento Rotas Divisão de tarefas Biologia Saúde e prevenção de acidentes Engenharia
Equipamentos (Tendas de acampamento) Geologia Solos Disciplina de ciências: representada por biologia, química, física. C. Preparação e finalização da atividade Informações prévias aos visitantes
Tempo de duração da atividade Necessidade de calçado fechado (tênis ou bota) e capa de chuva. Uso de protetor solar e repelente Referência bibliográfica para estudo prévio
Preparação do monitor antes da atividade
Usar de calçado e vestimenta adequados Usar identificação adequada (crachá ou “bottom”) pessoal, correspondente ao nível de formação. Pegar kit de material e checa-lo (barraca, mochila, check-list plastificado, mapas plastificados regionais, esquemas plastificados do ciclo do carbono, esquema plastificado do magnetismo e bússola), correspondendo a um kit para cada 4 pessoas.
Finalização da atividade pelo monitor
Conferir e devolver o material limpo, em ordem e na sequência encontrada. Preencher o logbook, que deverá ser assinado pelo coordenador da atividade ou monitor credenciado que estiver colaborando.
D. Estações de atividade 1) Recepção dos participantes (5 min): apresentação da atividade (monitor).
2) Aquecimento e alongamento (5 min): preparação (monitor).
3) Acampamento, materiais e equipamentos (10 min): desafio montagem de barraca (participantes). Avaliação: lista de itens corretos (monitor).
4) Sensibilização e relaxamento (10 min): desafio da sensibilidade (participantes). Avaliação: itens corretos assinalados na tabela (monitor).
5) Procedimentos de segurança e mínimo impacto (5 min): apresentação (monitor) e desafio da organização (participantes, continuo ao longo da trilha). Avaliação por observação ao longo da atividade (monitor).
6) Navegação, geografia, mapas e rotas (15 min): desafio da orientação. Avaliação: itens corretos assinalados na tabela e indicados no ambiente (monitor).
7) Patrimônio histórico e geológico: apresentação (5 min): apresentação oral (monitor).
8) Ecologia I - ecossistema de mata em estágio avançado de sucessão (20 min): Gincana da Mata Atlântica. Avaliação: indicações corretas (monitor).
9) Trilha com lupa e bosques em miniatura (10 min): Gincana dos Bosques em Miniatura. Avaliação: resposta correta na tabela (grupo alterno de visitantes).
10) Ecologia II – ecossistema de mata em estágio inicial de sucessão (10 min): Jogo das 7 Diferenças. Avaliação: itens corretos na tabela (monitor).
11) Ecossistemas: identificação de ecossistemas visíveis e uma característica principal. Avaliação de itens corretos na tabela (monitor)
12) Mudanças climáticas globais: Desafio “Consequências das MCG” (participante). Avaliação: respostas orais corretas (monitor)
13) Fechamento: Navegação para retorno (participante). Avaliação: rumo correto de volta (monitor).
1. Recepção do Participante (Duração 5 min)
Objetivos: recepção do participante. Detalhamento do que será a atividade, incluindo
etapas e tempo de duração; apresentação de explicação do que é o projeto e quais
atividades desenvolve. Divisão em grupos de trabalho e definições das funções dentro do
grupo.
Disciplinas: planejamento; filosofia ambiental.
Local: 1 (região de acampamento, antes da trilha)
Postura: receber o participante e integra-lo de forma a que participe pró ativamente das
atividades.
Apresentação:
Detalhar as atividades, explicitando que os objetivos são (1) a compreensão da
estrutura do ambiente e dos ciclos biogeoquímicos a ele relacionados, (2) a
aquisição de habilidades relativas a orientação e ao uso de mapas e (3) habilidades
relacionadas a caminhada em trilha e em montanha.
Que o aprendizado será durante um jogo cooperativo, onde cada grupo terá uma
pontuação final, que dará direito, acima de pontuações respectivamente
crescentes, a receber (1) o certificado de amigo da natureza. Além disso, grupos
que atingirem pontuação mínima estabelecida em cada estação receberão as
partes de (2) um “mapa do tesouro”, que permitirá ao final da trilha que se procure
e ache um (3) brinde. Grupos que não conseguirem todas as partes do mapa terão
que se virar com as partes que conseguirem.
Dividir os grupos e atribuir uma cor ao grupo (azul e verde).
Distribuir as funções a cada membro. Líder: responsável pelas decisões finais.
Número 2: responsável pelo preenchimento das fichas. Número 3: responsável pelo
material e pelo mapa do tesouro; Navegador: responsável pela navegação e
fechamento da trilha.
Distribuir o equipamento de cada equipe ao membro responsável, explicitando
cada um dos itens. Número 3: mapa da trilha, do local e regional, lupa, mapa do
tesouro, apostilas com as fichas de jogo e demais conteúdos de apoio. Navegador:
bússola.
Avisar o tempo de duração, de uma hora e vinte minutos, que será feita uma
preparação para a atividade e depois se entrará na mata, em uma trilha de baixa
dificuldade, onde ocorrerá o jogo ao longo de estações.
Apresentar de forma correta a entidade e projeto de educação ambiental que
desenvolve a atividade.
Estudo de caso – apresentação do Projeto Ecossistemas Costeiros
Um exemplo é o grupo formado pelo Projeto Ecossistemas Costeiros do
Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo em parceria com o
Parque CienTec, também da USP.
Explicitar o caráter educativo do projeto e a finalidade da educação ambiental, ou
seja, a transformação individual, visando à formação individual e o respeito ao
meio ambiente.
Material de apoio: kit completo, excetuando barracas e isolante.
2. Aquecimento e alongamento (duração 5 min)
Objetivo geral: redução progressiva da agitação; evidenciar a importância do aquecimento
antes e do alongamento antes e após a atividade para manutenção da flexibilidade,
contextualizado para as atividades diárias; dar informações básicas para sua prática
correta.
Disciplinas: Educação Física, Ciências, Biologia, Filosofia Ambiental.
Local: região de acampamento em local com temperatura amena e confortável
Postura: deve ser feito de preferência na posição sentada ou deitada. Utilizar o tom
correto, calmo e pausado. Demonstrar passo a passo cada exercício, esclarecendo qual a
posição dos grupos musculares principais que estão sendo trabalhados, sem dar seu nome.
Controlar o tempo correto. É fundamental a correção das posturas durante sua execução,
de forma que o monitor deve, após o início de cada exercício, parar e se dirigir a cada
praticante, orientando-o se necessário e mesmo interrompendo e reiniciando o exercício.
Apresentação:
Esclarecer inicialmente que se fará o aquecimento, através de giros, sempre em
número de cinco em cada sentido. Ressaltar sua importância, esclarecendo que
propicia uma movimentação inicial da musculatura e a lubrificação das
articulações de tal forma que se inicie a movimentação mais intensa com o corpo já
preparado.
Aquecimento 1 (pescoço e ombros): girar a cabeça ao redor do pescoço lentamente no
sentido horário e no sentido anti-horário.
Aquecimento 2 (cintura) - posicionar os braços na altura da cintura e rodar de um
lado para o outro, rebolando em um sentido e depois no oposto.
Aquecimento 3 (joelho): levantar a parte posterior da perna dobrando os joelhos
para trás lentamente, alternando os lados.
Aquecimento 4 (joelho e cintura): rodar os dois joelhos simultaneamente,
inicialmente no sentido horário e depois inversamente.
Falta figura
Aquecimento 5 (tornozelo e joelhos): apoiar a ponta do pé no chão e rodar o
tornozelo como se fizesse um pequeno buraco no chão, em um sentido e depois no
oposto.
Para o alongamento, ressaltar a importância do alongamento das fibras
musculares e tendões na preparação para realizar movimentos mais amplos que o
normal. Enfatizar a necessidade do alongamento também ao final da atividade para
relaxar a musculatura contraída.
Contextualizar a necessidade destas práticas para o dia a dia, ressaltando que após
algum tempo propiciam, através do alongamento e relaxamento muscular,
melhoria na postura, respiração, circulação e coordenação, relaxamento do corpo.
Informar previamente e ressaltar durante a atividade que:
(1) que todos os movimentos terão uma duração ideal de 30s;
(2) que o correto é sentir a sensação de alongamento, mas sem dor, que
causa uma contração involuntária e que com a continuidade ao longo do
tempo, a flexibilidade irá aumentar;
(3) que o alongamento deve ser progressivo, iniciando-se com um
movimento mais restrito e ampliando-o após alguns segundos.
(4) que os movimentos de retorno devem ser suaves e que a respiração
deve acompanhar esses movimentos.
Alongamento 1 (alongamento de tendões e músculos da parte de trás do braço e das
costas): esticar para cima, puxar o cotovelo com o braço para trás, puxar para o lado pela
frente.
Alongamento 2 (muitos músculos simultaneamente, da parte de trás do corpo, incluindo
pescoço, costas, parte de trás da perna): movimento rotatório se iniciando pela base da
coluna e terminando no pescoço, jogando o peso do corpo para frente, com os braços para
baixo. Observe a posição dos braços.
Alongamento 3 (parte anterior da coxa e perna, bem como ligamentos do joelho):
movimento de trazer o pé em direção aos glúteos, dobrando o joelho para trás. Para o
praticamente inexperiente é fundamental o apoio, no colega ou em objeto fixo. O monitor
deve dar o exemplo.
Material de apoio: não há.
3. Acampamento, materiais e equipamentos (Duração 10 min)
Objetivo: ganho de habilidades relacionadas ao uso de equipamentos relacionados a
caminhada em trilha e ao montanhismo. Estabelecimento de vínculo afetivo e de interesse
com essas atividades e a natureza. Esclarecimentos sobre o uso, materiais componentes,
propriedades e especificações de barracas de acampamento, saco de dormir e isolante
térmico.
Disciplinas: educação física, equipamentos e materiais.
Local: região de acampamento
Postura: os grupos deverão tentar montar as barracas distribuídas sem qualquer
informação prévia, durante 5 min, sendo a pontuação atribuída aos resultados obtidos. No
tempo restante, o monitor dará o retorno aos praticantes, apresentado apenas o conteúdo
necessário para corrigir os erros detectados.
Apresentação:
Informar sobre o início do jogo cooperativo e sobre a necessidade de que o grupo
se organize para efetuar a atividade.
Distribuir o material, constituído por barraca em sua embalagem, isolante térmico
e saco de dormir e avisar que “os grupos terão 5 min para montagem de
acampamento”.
Após esse tempo, verificar a correção da montagem, assinalando a correção de
cada item na tabela abaixo, semelhante a que estará em posse dos alunos.
Item Objetivo Correção
Parte interna Montagem e posição
Varetas Montagem e posição
Sobreteto Montagem e posição
Tirantes Uso correto
Espeque Uso correto
Isolante Posição correta
Saco de dormir Posição correta
Durante a correção, informar aos grupos que item foram montados e posicionados
corretamente.
Informar os itens que não são de conhecimento dos grupos, eventualmente
pedindo ajuda aqueles que sabem. Mostrar inicialmente que a própria barraca
possui instruções para montagem em sua bolsa e que a melhor maneira de se
preparar para lidar com um equipamento e ler suas instruções.
Informar que as barracas possuem varetas de sustentação de material leve,
normalmente fibra de carbono, que sustentam uma parte interna, que é coberta
por um sobre-teto. Toda a estrutura é presa ao chão por espeques de alumínio ou
outro material de metal leve. O sobre-teto é um tecido onde é aplicado um líquido
impermeabilizante que ao secar, evita a penetração da água, que o umedece, mas
escorre sobre ele, evitando que a parte interna fique molhada.
Informar que a sequência de montagem pela parte interna, que será fixada ao chão
por espeques. Em seguida deverão ser colocadas as varetas e finalmente o sobre-
teto, sendo finalmente colocados os últimos espeques.
O isolante é colocado sobre o chão, para evitar a perda de calor, pois o material do
isolante possui microbolhas de ar em seu interior, e o ar é um excelente isolante.
Sobre ele é colocado o saco de dormir, que atua como um cobertor sofisticado.
Material de apoio: barraca, isolante e saco de dormir.
Mapa do tesouro: os grupos que tiverem adequada a montagem da parte interna, varetas e
sobre-teto receberão uma parte do mapa do tesouro.
4. Sensibilização e relaxamento (duração = 5min)
Objetivo: uso dos sentidos na percepção holística da natureza, relacionamento de
sensações com os órgãos dos sentidos e redução da agitação.
Disciplinas: Educação Física, Ciências, Biologia, Filosofia Ambiental.
Local: região de acampamento
Postura: esclarecer que será feito um exercício visando o relaxamento e sensibilização dos
sentidos e o jogo se constituirá em algumas perguntas sobre o que foi sentido.
Preferencialmente o praticante deve estar deitado sobre saco plástico ou isolante, de olhos
fechados. Os comandos de voz do monitor deverão ser especialmente calmos e pausados.
Apresentação:
Relaxamento - solicitar que, para aguçar os sentidos, o participante relaxe cada
musculo do corpo, sob o comando do monitor, iniciando pelos músculos dos dedos
do pé, perna e assim sucessivamente, até os da cabeça.
Sensibilização - solicitar que agora preste atenção no ambiente, por 30 segundos,
procurando identificar o maior número de sensações possível.
Após esse tempo, solicitar que cada grupo discuta e preencha a tabela abaixo,
semelhante a que estará em posse dos alunos, da forma mais completa possível.
Sensação Órgão dos sentidos utilizado Correção
Em seguida, durante correção, após assinalar a correção das respostas na tabela,
citar explicitamente o nome de cada sentido mesmo que não citado, relacionados
às sensações tidas, como ruídos de animais (audição), vento e temperatura (tato),
cheiros (olfato), gosto (paladar) e luminosidade mesmo de olhos fechados(visão).
Discutir a sensação interna do próprio corpo, batimentos cardíacos, dores,
incômodos, mesmo que isso não tenha espaço explícito na tabela.
Enfatizar a importância da curiosidade e da observação para que se vejam coisas
interessantes, tanto de organismos como fisionomias e fatores em geral, como luz,
vento, temperatura.
Material de apoio: esteira impermeável individual ou plástico cobrindo área inteira.
Mapa do tesouro: os grupos que indicarem ao menos 4 órgãos dos sentidos e respectivas
sensações receberão uma parte do mapa do tesouro.
5. Procedimentos de segurança e mínimo impacto (Duração = 5 min)
Objetivo: apresentação de conceitos de mínimo impacto/leave no trace, apresentação de
conceitos de segurança e aperfeiçoamento da capacidade de planejamento. Cooperação
dentro do grupo.
Disciplinas: Ciências, Biologia, Planejamento e Filosofia Ambiental.
Local: ponto antes da trilha.
Postura: imediatamente antes do início da caminhada esclarecer os procedimentos a
serem seguidos ao longo da trilha e seus motivos. O calçado adequado para a realização da
trilha preferencialmente é tênis ou bota. Admite-se o uso de papete ou chinelo se a trilha
estiver em condições ideais de conservação. Pessoas que ingeriram álcool ou drogas
devem ser impedidas de realizar a atividade, que deverá ser cancelada. No caso de público
em geral isso deve ser perguntado. Ressaltar que a organização do grupo ao longo da
trilha, especialmente quanto às funções específicas, como líder e elemento que fechará o
grupo, será cobrada ao final da atividade. Avisar ao longo da trilha pelo menos uma vez se
a organização não estiver correta.
Apresentação:
Não deixar nem levar nada a não ser lixo. Um saco para a coleta de lixo deve ser
fornecido, que deverá ser devolvido, cheio ou vazio.
Manter-se no centro da trilha, andando em fila, evitando seu alargamento.
Ficar unido ao grupo, não se afastando do monitor.
Usar repelente para mosquitos se necessário. Evitar se for alérgico ao produto.
Não se apoiar nas árvores, para que não ocorram acidentes com animais urticantes
e/ou espinhos e as mesmas não sejam impactadas. Evitar tocar em qualquer
objeto.
Podem ser encontrados animais peçonhentos, como cobras, aranhas, ou taturanas
ocorrendo no chão ou tronco de árvores e barrancos. Teias de aranha são comuns
no meio da trilha, bem como formigas e formigueiros. Plantas com espinhos, como
certas palmeiras ou plantas urticantes, como a urtiga, podem machucar se tocadas.
Cuidado e atenção!
O primeiro participante ou monitor que identificar um perigo deve imediatamente
dar o sinal de alerta líder e ao monitor.
Em termos de segurança da visualização do caminho de volta, olhando para trás, e
da marcação mental do lado certo de volta, se houverem bifurcações na trilha.
Material de apoio: não há.
Item Pontuação ao final da trilha
Manutenção das funções e ordem na
caminhada
Navegação ao longo de toda a trilha
Mínimo impacto
Segurança
6. Navegação, geografia, mapas e rotas (Duração = 15 min)
Objetivo: princípios e conceitos físicos relacionados ao funcionamento da bússola; bases
conceituais relacionadas à utilização de mapas (escala e orientação magnética);
localização geográfica utilizando mapa e bússola; rumo e rota utilizando mapa e bússola.
Geografia local e regional.
Disciplinas: física, geografia, matemática, língua estrangeira, navegação, planejamento,
filosofia.
Postura: apresentar inicialmente a bússola como instrumento de trabalho e apresentar o
desafio, deixando a seguir que o próprio grupo de visitantes preencha a tabela. Na
explicação das respostas, solicitar aos próprios praticantes que colaborem na
apresentação das respostas.
Apresentação:
Mostrar a bússola, esclarecendo que a agulha aponta para o norte em função do
campo magnético da terra, utilizando para isso o esquema plastificado bússola e
campo magnético.
Mostrar que, dividindo o espaço plano em 4 setores, nas direções principais que
uma bússola indica temos os chamados pontos cardeais Norte (N), Sul (S), Leste
(E) e Oeste (W). Esclarecer, com o uso do esquema plastificado que E vem de
“East”, em inglês, por convenção e W de “West”.
Mostrar que entre os pontos cardeais se situam os colaterais, que também indicam
direções NE, SE, SW e NW.
Mostrar que alternativamente se pode dividir o plano, por convenção, em 360
graus, obtendo então rumos mais precisos, numéricos.
Apresentar o mapa regional, situando a unidade de conservação em seu interior.
Apresentar o mapa da Unidade de Conservação, com a trilha a ser percorrida.
Ensinar a orientar o norte do mapa pelo norte da bússola (norte verdadeiro,
ignorando a questão do norte magnético), colocando o centro da bússola onde se
está, alinhando tanto o norte do mapa como marcador de graus da bússola com o
norte. Dessa forma, o mapa estará alinhado com o mundo real.
Ensinar a verificar o rumo que se pretende ir traçando uma reta imaginaria
naquela direção e vendo o ângulo aproximado.
Apresentar o desafio de orientação esclarecendo que haverá um tempo de 5 min
para sua realização. As perguntas serão respondidas ao final para todo o grupo.
Aguardar esse tempo sem dar instruções.
Desafio da orientação Serão dadas instruções para que você apreenda a se orientar na mata usando uma bússola. Ao longo da trilha o membro navegador deverá manter a atenção na rota de forma que possa responder um desafio que será apresentado a qualquer momento. Cada grupo terá 5 minutos para responder as questões abaixo e determinar que direção será apontada. O monitor assinalará certo ou errado na folha.
Questão Resposta Apontar direção Correção
(monitor)
Rumo de onde o sol nasce Mostrar ao final
Qual o rumo de onde o sol se põe Mostrar ao final
Qual(is) rumo(s) seguiremos
predominantemente na trilha?
Escreva a resposta no espaço à
frente.
Mostrar ao final
Localize sua escola no mapa maior e
diga em que rumo Qual o rumo da
sua escola?
Mostrar ao final
Pergunta secreta a ser respondida
no final
Dar a resposta às questões, solicitando a colaboração dos participantes. A direção
deve ser apontada por grupos alternos, bem como a 3 e 4, valendo a avaliação para
as duas questões. Só serão consideradas as questões integralmente corretas (rumo
e apontar a direção corretamente).
Material de apoio: bússola de qualquer modelo, devidamente aferida, mapas plastificados,
do local, incluindo o desenho da trilha e da região, incluindo os locais de onde provem a
maioria dos visitantes. Desenho com linhas de campo.
Mapa do tesouro: os grupos que responderem a duas das 4 questões receberão o mapa do
tesouro.
7. Patrimônio histórico e geológico (Duração = 5 min)
Objetivo: apresentar de forma contextualizada o contexto histórico-social da região e do
parque, relacionando-o a marcos arquitetônicos, como edifícios ou ruínas ou geográficos e
geológicos, como rios, elementos da paisagem e elementos de importância da história na
dimensão geológica.
Disciplinas: história, geografia, geologia e biologia.
Local: ponto antes da trilha.
Postura: apresentação oral, se possível contextualizando a vida e região onde moram os
visitantes.
Apresentação:
Elementos de destaque na história do local e do parque e sua importância no
cenário regional, nacional e internacional.
Inserção desses elementos de destaque em fases específicas da história local,
nacional e mundial.
Introduzir o conceito de patrimônio, seja geológico, histórico ou biológico e utiliza-
lo para apresentar a justificativa da existência do parque.
Estudo de caso – História do Parque CienTec
IAG: apresentar que o CienTec surgiu com a criação do Instituto Astronômico
e Geofísico, que estuda corpos celestes e fenômenos espaciais, bem como
medidas físicas relacionadas a terra. Dessa forma, abrigou a primeira estação
de medida meteorológica de São Paulo, instalada na década de 20 e que
continua ativa até hoje. Quando se fala que nunca foi tão quente, ou frio, ou
seco, em São Paulo, muitas vezes os dados a que estamos comparando são as
primeiras medidas aqui realizadas!
Independência do Brasil: o parque tem grande importância por abrigar
algumas das nascentes do Rio Ipiranga que foi o rio as margens do qual foi
proclamada a independência do Brasil, por D Pedro I, em 1822, que se tornou
então o primeiro imperador do Brasil. Essas nascentes podem ser vistas no
mapa hidrológico da região (mostrar mapa, nascentes e onde se localiza o
Parque do Ipiranga, onde foi proclamada a independência, relacionando-o ao
mapa regional de São Paulo).
Estudo de caso – Patrimônio geológico do PEIA
História geológica do local: a América do Sul foi formada a partir da
separação da África da América do Sul que formavam um único continente.
Ao se observar os dois continentes, fica evidente sua semelhança com as
peças de um quebra-cabeça. Na região do Saco Grande, em Ilha Anchieta,
encontramos rochas que datam da separação dos continentes expostas.
Material de apoio: mapa hidrológico da região, plastificado.
8. Ecologia I – ecossistema de mata em estágio avançado de sucessão (Duração = 20
min)
Objetivo: apresentação da estrutura física da mata em estágio avançado de sucessão e seus
principais componentes, relacionando-a aos ciclos biogeoquímicos, com ênfase no ciclo do
carbono, introduzindo a questão das mudanças climáticas globais.
Disciplinas: Ciências, Biologia, Química, Geografia.
Local: mata em estágio avançado de sucessão.
Postura: apresentar os objetivos educacionais expostos acima e o esquema da gincana e da
Mata Atlântica. A seguir se posicionar em local fixo até ser chamado por um dos grupos e
assinalar a resposta dada (certo ou errado). É fundamental não acompanhar os grupos, se
distanciando dos mesmos após as respostas. Nessa fase não serão dadas quaisquer
informações. Após esse tempo, o as respostas serão dadas pelos próprios alunos, em um
tempo máximo de 10 min, com interferência do monitor, que relacionará cada resposta à
fórmula da fotossíntese e ao esquema dos ciclos biogeoquímicos..
Apresentação:
Esclarecer que os objetivos serão conhecer a estrutura física da mata em estágio
avançado de sucessão relacionando-a ao ciclo de um nutriente, o carbono.
Esclarecer a estrutura da atividade em si: (1) cada resposta valerá um ponto; (2) a
duração será de 10 min; (3) os grupos devem se organizar para procurar as
respostas e apresenta-las ao monitor antes do tempo, indicando o objeto ou
organismo solicitado; que assinalará certo ou errado, só havendo uma chance para
a resposta.
Dar ao grupo o tempo de 2 minutos para estudar o esquema do ciclo dos ciclos
biogeoquímicos.
Iniciar a gincana, acionando o relógio.
Após o término da atividade, pedir a colaboração dos alunos para responder as
questões.
Apresentar o ambiente indicando que é uma mata em estágio de sucessão avançado,
definindo como um ecossistema onde houve muitas etapas na sucessão ecológica, em
um período de tempo longo (em termos comparativos), lembrando que florestas são
formadas por árvores, que levam décadas para atingir seu tamanho máximo, estão a
sucessão neste local é bastante antiga.
Pedir a resposta as questões 1-4: Aponte uma planta do estrato arbóreo, arbustivo,
herbáceo e uma epífita
Garantir que seja destacado que há árvores muito antigas e altas, as maiores com 30
metros, formando estratos com diferentes alturas, cobertas por epífitas como a
bromélias, ou trepadeiras, bem como de epífitas menores, como líquens e musgos,
ocupando espacialmente cada pequeno espaço disponível para colonização. Com
esses diferentes estratos, o interior da mata é muito escuro.
Pedir a resposta as questões 6-9, organismo que faça fotossíntese, que absorva
dióxido de carbono, que possua carbono, locais de onde vem o principal composto
componente da massa das plantas.
Garantir que as respostas se relacionem ao CO2 e ciclo do carbono apresentado em
esquema e que fique claro que o carbono vem do ar, ressaltando a composição
atmosférica, predominantemente de N2 (78%), O2 (21%) e CO2 apenas 0,6.
Pedir a respostas as questões 10 e 11: fator responsável pela altura das árvores e
estratégia (estrutura) para adaptação a pouca luz.
Focar a resposta na necessidade de energia para a reação fotossintética, vinda da
radiação solar, que é absorvida pela clorofila, sendo uma concentração maior desse
pigmento e a área das folhas soluções para a baixa intensidade na radiação solar.
Pedir a resposta a questão 12: organismo que produz açúcar.
Indicar que a energia da radiação solar é armazenada em uma molécula, a glicose, que
chamamos corriqueiramente de “açúcar”. Dessa forma, ao tomarmos nosso suco com
açúcar estamos ingerindo um composto muito rico em energia. Esclarecer que a partir
do açúcar Vai se formar praticamente toda a amtéria vegetal ou animal, que
chamamos de orgânica..
Pedir a resposta às questões 13 e 14: organismo que produz oxigênio e 2 que o
consomem.
Direcionar as respostas na liberação de oxigênio pela fotossíntese e seu uso pelas
próprias plantas e pelos animais, nos incluindo, mostrando essa relação de
dependência.
Questões 15 a 18: produtor primário, herbívoro, predador e decompositor e diga seu
nome.
Nessa resposta, destacar o ciclo do carbono, mostrando a importância dos fungos na
decomposição. Destacar que a parte visível do fungo normalmente é apenas sua
estrutura de reprodução, na forma de cogumelo ou orelha de pau, mas o fungo está
por dentro do material, digerindo-o para utilizar a energia que recebeu da radiação
solar, da mesma forma que o ser humano.
Pedir a resposta às questões 20 e 21: componentes orgânicos e minerais do solo.
Destacar a origem do componente mineral a partir do intemperismo do solo, sendo
frequentemente possível observar os cristais das rochas na terra ou areia, com
mesma coloração e constituição. Destacar a origem do orgânico a partir da
decomposição vista nas questões anteriores, disponibilizando outros nutrientes para
absorção pelas plantas.
Pedir a resposta as questões 22 e 23, destacando que sintetizam o que foi visto.
Gincana da Mata Atlântica Cada grupo terá 2 minutos para estudar o esquema do ciclo do carbono no esquema entregue. Após esse tempo, será iniciada a gincana (duração 10 min). 1) Indicar ao monitor a resposta do maior número de itens que for possível em 10 min. 2) O monitor assinalará certo ou errado na folha. 3) Haverá apenas uma chance de responder a cada questão.
Questões Resposta
1. Aponte o monitor.
2. Aponte uma planta do estrato arbóreo.
3. Aponte uma planta do estrato arbustivo.
4. Aponte uma planta do estrato herbáceo.
5. Aponte uma epífita.
6. Aponte um organismo que faça fotossíntese
7. Aponte um organismo que absorva dióxido de carbono (= gás carbônico ou CO2).
8. Aponte um organismo que possua carbono
9. Aponte os locais de onde vem o principal composto componente da massa das plantas.
10. Indique um fator responsável pela altura das árvores.
11. Aponte um exemplo de estratégia (estrutura) para adaptação a pouca luz.
12. Aponte um organismo que produza açúcar.
13. Aponte um organismo que produza oxigênio.
14. Aponte dois organismos diferentes que consumam Oxigênio (O2) na respiração.
15. Aponte um produtor primário
16. Aponte um herbívoro
17. Aponte um predador
18. Aponte um decompositor e diga seu nome.
19. Aponte a serapilheira.
20. Indique, no solo, seu componente mineral.
21. Indique, no solo, seu componente orgânico, resultante da decomposição.
22. Indique 5 lugares onde está o composto principal que provavelmente é a causa do aquecimento global.
23. Escreva a fórmula da fotossíntese: _______ + _______ + ______ _______ + ________
Material de apoio: esquema plastificado da fotossíntese e ciclo do carbono.
Mapa do tesouro: os grupos que acertarem 14 questões ou mais receberão uma parte do
mapa do tesouro.
9. Trilha com lupa e bosques em miniatura (Duração = 10 min).
Objetivo: Sedimentar o conceito de escala e introduzir a questão da escala em processos de
funcionamento, destacando que o que ocorre nas escalas menores ou maiores também
influencia as escalas intermediárias, introduzir o conceito de lupa e seu funcionamento
físico; fazer com que os aprendizes consigam identificar alguns dos organismos presentes
em áreas previamente delimitadas dentro das trilhas, como serapilheira, árvores, troncos
caídos, grutas, afloramentos verticais (paredões) e sensibilizá-los quanto a importância
dos pequenos organismos na natureza.
Disciplinas: biologia, física, ecologia, filosofia ambiental.
Postura: Apresentar o funcionamento da lente usando cartão plastificado e a seguir
mostrar o bosque em miniatura horizontal e vertical, com a numeração dos organismos e
explicar a estrutura da gincana. Se retirar completamente durante a realização da
atividade. Terminado o tempo, recolher as tabelas e passar ao segundo grupo, devendo a
correção ser feita a medida que o monitor explica, com a ajuda dos participantes, cada
resposta.
Apresentação:
Explicar o funcionamento de lentes, enfatizando conceitos físicos de óptica, como
convergência e divergência de raios luminosos, por exemplo, tendo como apoio um
cartão plastificado com imagem fotográfica mostrando a concentração dos raios
luminosos sobre ele.
Mostrar a “Trilha com Lupa”, mostrando a existência de ecossistemas em miniatura,
estruturados por plantas e habitados por pequenos organismos.
Explicar o funcionamento da atividade, que consistirá basicamente em encontrar os
organismos indicado na tabela, relacionando-os ao número da respectiva placa e
escolher um nome dentre os 8 fornecidos.
Após o esgotamento do tempo (5 min), recolher a tabela e passa-la ao outro grupo,
que se encarregará da correção, estimulando assim uma postura ética dos
participantes. Iniciar a correção solicitando aos grupos a colaboração na resposta de
cada uma das questões.
Enfatizar a existência de distintas escalas, maiores ou menores que nós. A estrutura e
funcionamento desses sistemas vivos só podem ser compreendidos ao se observar na
escala adequada, como que entrando dentro dela. Mostrar que os organismos dessas
escalas tem um importância crucial, como por exemplo os fungos na decomposição,
permitindo a reciclagem dos componentes orgânicos e inorgânicos. Organismos de
escalas ainda menores, microscópicas, como bactérias e vírus, exercem um papel
fundamental no tempo de duração dos organismos maiores, através de doenças e
morte.
O(s) monitor (es) responsáveis pelo grupo devem previamente escolher alguns
organismos, que sejam de fácil visualização aos alunos, e indica-los com pequemas
placas, demarcando ainda com cordas a área da “Trilha com Lupa”, que
preferencialmente será lateral em relação a trilha principal.
Gincana dos Bosques em miniatura Nesta atividade, serão localizados organismos de pequeno tamanho, mas que tem um papel fundamental na nossa existência. A gincana terá duração de 5 min, sendo feita ao longo da “Trilha com Lupa”: 1) Localizar o organismo ou estrutura, procurando ao longo da “Trilha com Lupa” e indicar seu número (expresso na placa correspondente) na tabela abaixo. 2) Preencher a tabela com o nome do organismo ou estruturam escolhendo entre os seguintes nomes: fungo, serapilheira, aracnídeo (aranhas), inseto, serapilheira, líquen, musgo, súber. 2) Após terminar, no tempo máximo de 5 minutos, devolver ao monitor.
Organismo ou estrutura Nome Número
Sedimento orgânico composto basicamente por restos
vegetais e restos de animais que forra o solo da mata
Grupo de organismos que é representado pelos cogumelos,
orelhas de pau e bolores.
Grupo de animais que têm quatro pares de patas
encontrados na serapilheira.
Animais invertebrados e tem o corpo dividido em cabeça,
tórax e abdômen e 3 pares de patas.
Organismos formados por 2 componentes, um fungo e uma
alga, em uma associação de cooperação simbiótica
Plantas pequenas, mas com caule e folhas minúsculos,
chamados de filídios e caulídios.
Tecido vegetal composto por células mortas que reveste a
árvore e serve como substrato para plantas epífitas?
Plantas que nascem no solo e possuem adaptações, como
gavinhas, para crescer sobre substrato vertical.
Material de apoio: Lupa e esquema plastificado da concentração da luz pela lente.
Mapa do tesouro: os grupos que acertarem 5 questões ou mais receberão uma parte do
mapa do tesouro.
10. Ecologia II – ecossistema de mata em estágio inicial de sucessão (Duração = 10
min)
Objetivo: Ganhos cognitivos relacionados aos estágios de sucessão ecológica, ganhos de
habilidade de reconhecimento visual na mata, comparando a estrutura da mata em um
local em estágio de sucessão menos avançado, preferencialmente resultante de impacto
antrópico com a de local mais avançado (Ecologia I).
Disciplinas: ciências, biologia, geografia, filosofia ambiental.
Postura: apresentar o jogo e aguardar até a finalização do tempo. Corrigir e
simultaneamente comentar diferenças e razão do distúrbio.
Apresentação:
Explicar que aquele ambiente já foi severamente degradado e que atualmente está
em um estágio de sucessão ecológica pouco avançada, diferentemente daquele que
observaram no ponto Ecologia I, o qual está em estágio de sucessão bem mais
avançado Definir estágio de sucessão menos avançado como um ecossistema onde
houve poucas etapas na sucessão ecológica, em um período de tempo
comparativamente curto. Explicar a causa do distúrbio.
Informar o título da atividade (Jogo das 7 diferenças) esclarecendo que cada grupo
terá que encontrar, de forma organizada e cooperativa, 7 diferenças entre os
ambientes já citados e aponta-las com setas no desenho fornecido, juntamente com
suas respectivas legendas.
Após a finalização da atividade, à medida que corrige e pontua as questões,
destacar os aspectos mais relevantes: porte pequeno das árvores, existência de
apenas um ou poucos estratos, poucas epífitas, poucas trepadeiras, mais radiação
solar e temperatura mais alta, intensidade do vento maior e umidade menor, solo
arenoso.
Destacar o que há aqui e que não havia na mata em estagio mais avançado, em
especial as espécies pioneiras, como por exemplo, samambaias de crescimento
contínuo como a Gleichenia, plantas com flor de crescimento rápido como a
embaúba, ou gramas. Em locais onde surgem espaços, ocorre proliferação dessas
espécies oportunistas. Essas espécies destinam grande parte de seus recursos em
prol de estruturas reprodutoras, produzindo grande número de sementes ou
esporos, permitindo que invadam rapidamente locais abertos. Como normalmente
tem uma velocidade de crescimento alta, logo ocupam a região. Posteriormente
serão substituídas por espécies perenes.
Estudo de caso – Parque CienTec
O impacto foi causado pela queda de um balão, resultando um incendio na
mata que matou a maior parte das árvores, planta e animais nessa região.
Como a recuperação natural é muito lenta, está sendo induzido um
processo de reflorestamento, com a colaboração de tribos indígenas da
região de São Paulo.
Jogo das 7 diferenças No desenho fornecido aponte com setas ao menos 7 estruturas ou condições existentes na mata em estágio mais avançado de sucessão que você viu anteriormente e que não estão presentes aqui. Ao lado de cada seta coloque suas respectivas legendas. O tempo máximo para esta atividade é de 5 min.
Material de apoio: não há.
Mapa do tesouro: os grupos que acertarem 4 questões ou mais receberão uma parte do
mapa do tesouro.
11. Ecossistemas (Duração = 10 min)
Objetivo: apresentar os ecossistemas e ambientes regionais, com noções básicas e
comparativas sobre sua estrutura, dinâmica e conservação.
Disciplinas: ciências, biologia e geografia.
Postura: Preferencialmente esta estação estará situada em local mais alto, que permita a
visualização dos principais ecossistemas e ambientes que cercam o parque, incluindo
ambientes antrópicos, como cidades. Apresentar a atividade e aguardar a resposta,
utilizando a colaboração do grupo para concluí-la.
Apresentação:
Apresentar o nome da atividade (Identificação de Ecossistemas). Os visitantes
deverão identificar os ecossistemas ao redor e nomear uma característica que
considerarem mais importante para distingui-lo dos demais, anotando essas
informações em uma tabela.
Identificação de Ecossistemas Identifique os ecossistemas que pode visualizar ao seu redor e diga uma característica que o possa distinguir dos demais. Se baseie na definição do que é ecossistema:
“Ecossistema é uma unidade natural constituída de parte não viva (água, gases atmosféricos, sais minerais e radiação solar) e de parcela viva (plantas e animais, incluindo os microrganismos) que interagem ou se relacionam entre si, formando um sistema estável”.
O tempo máximo para esta atividade é de 5 min.
Nome do Ecossistema Característica Correção
Aguardar a finalização da atividade e utilizar a reposta dos próprios participantes,
complementando-a, se for necessário. Na explicação, direcionar para a
compreensão do conceito de ecossistema, em especial em relação a sua
estabilidade, equilíbrio interno e relativa independência.
Estudo de caso – comparando ambientes próximos ao Parque CienTec e ambientes
circundantes ao Parque Estadual de Ilha Anchieta (PEIA)
No Parque CienTec esta estação é feita em ponto em clareira de Mata Atlântica, com
visão de região altamente urbanizada da Cidade de São Paulo. No caso, é esperado que
em muitos casos a ambiente de cidade seja apontado como uma ecossistema, sendo
interessante para inclusão do conceito de ecossistema: o ambiente de cidade não pode
ser considerado um ecossistema, tendo em vista que um ecossistema está em equilíbrio
e independe de recursos externos e a cidade é totalmente dependente de recursos
externos.
No PEIA esta estação é feita em local próximo a costão rochoso, onde se distinguem (1)
a própria Mata Atlântica, (2) o de jundú, com plantas arbustivas adaptadas a restrição
de água, alta salinidade e vento, armazenando água, com característica coriácea,
muito justapostas ente si, (3) o costão rochoso, com vegetação marinha assentada
sobre rochas de origem magmática e (4) o ecossistema pelágico, composto por
organismos que vivem livres na coluna d´água.
Material de apoio: não há.
Mapa do tesouro: será atribuído um ponto para cada ecossistema e retirado um ponto a
cada ecossistema errado, sendo fornecido o mapa a qualquer um que apresentar saldo
positivo.
12. Mudanças climáticas globais (Duração = 10 min)
Objetivo: introduzir o que são as mudanças climáticas globais, suas causas prováveis e
introduzir o conceito de adaptação.
Disciplinas: biologia, ecologia, meteorologia, filosofia ambiental.
Postura: retornar a ponto inicial confortável e colocar este desafio, em local próximo onde
será colocado o tesouro.
Apresentação:
Esclarecer que os objetivos serão conhecer algumas das consequências das
mudanças climáticas globais para nós, para o parque e a nossa região.
Iniciar a estação com uma breve explicação, usando o esquema do ciclo do
carbono, esclarecendo que o uso dos combustíveis fósseis provavelmente está
diretamente ligado às mudanças climáticas globais. A queima de florestas também
tem uma importância muito grande. Essa explicação responde a primeira questão
do desafio.
Quando não ocorre a decomposição completa por algum motivo, por exemplo, em
locais muito frios ou sem oxigênio, originam-se os combustíveis fósseis, dos quais
os principais são o carvão mineral e o petróleo, que ficam dentro do solo e
lentamente vão se tornando um tipo de mineral, mas muito rico em energia,
pastoso, como o petróleo, ou sólido como o carvão. Retirado do solo, ele é
modificado para poder ser queimado depois, como no caso da gasolina.
O principal composto liberado dessa queima é o dióxido de carbono. Mostrar no
esquema que ele é liberado também pela respiração de animais e plantas e que em
todos os casos é um processo inverso ao da fotossíntese, que libera energia e os
compostos absorvidos.
Explicar o desafio, que será o de responder as questões abaixo. A equipe que
levantar a mão primeiro terá a prioridade na resposta, mas se a resposta for
errada ou incompleta, perderá sua chance dando oportunidade a outra equipe. As
questões serão colocadas uma a uma pelo monitor.
Colocar as questões uma a uma (elas já estarão escritas na tabela) e garantir que a
mão levantada seja a do líder.
Desafio “Consequências das MCG”
Nesta estação serão discutidos os impactos das mudanças climáticas globais para nós, para
o parque e a nossa região. No desafio, as duas equipes competirão para apresentar a
resposta em primeiro lugar. Caso a resposta não seja satisfatória, a outra equipe terá sua
chance. As questões serão apresentadas pelo monitor e respondidas uma. A equipe que
achar que tem a resposta o líder deve levanta a mão.
Pergunta Melhor
resposta
Não
respondeu
Qual o principal composto liberado a partir da queima de
combustíveis fósseis?
Consequência primaria da liberação de CO2 na natureza.
Consequência para as florestas.
Exemplo atual de consequência indireta para nossa região.
Uma das consequências em relação ao oceano
Forma de reduzir as mudanças climáticas globais
Esclarecer, com ajuda dos participantes, que a consequência primaria da liberação
de CO2 na natureza: após a resposta, comentar que a temperatura média da
superfície do planeta está atingindo valores nunca vistos antes. Atualmente é de
14,6 oC, sendo 2014 o ano mais quente da história. Cada uma das três últimas
décadas bateu o recorde anterior de ser a mais quente desde o início dos registros.
Espera-se que até o final deste século aqueça até 6 oC. Com isso, além das
temperaturas mais altas de todos os tempos, tempos temos uma série de
ocorrências extremas, que serão discutidas nas próximas questões.
Em relação às florestas, centrar a resposta no fato de que o aumento da
temperatura leva a maior evaporação da água, que não permanece na superfície e
gera ambientes mais secos. Está se vivendo a maior seca da história em São Paulo,
que pode influenciar muito nossa vida no futuro, pois a região está tendo a maior seca
de todos os tempos. Uso de água em São Paulo: uma megalópole com São Paulo, com
30 milhões de habitantes consumindo 150l de água me média por dia, consome: 5
bilhões de litros por dia!
Em relação à pergunta quanto às demais consequências na nossa região, muitas
respostas são possíveis. Centrar a discussão no fato de que se espera que os
extremos se acentuem, com falta de chuvas em alguns locais e excesso em outros.
Estamos já sofrendo a consequência de tempestades incomuns, que derrubam árvores
e inundam e destroem regiões, como ocorreu em Teresópolis há alguns anos e espera-
se que isso se acentue. Destacar que outra consequência que já está sendo sentida,
como consequência da seca, é a falta e encarecimento de alimentos e a falta de
energia hidroelétrica.
A discussão em relação a pergunta final deve ser centrada contrapondo a maior
eficiência e qualidade energética em relação a redução do consumo.
Material de apoio: esquema plastificado da fotossíntese.
Mapa do tesouro: será atribuído a quem acertar 3 ou mais questões.
13. Fechamento
Objetivo: fechamento do treino em navegação; incentivo a realização do alongamento pós-
atividade; recolher o material do projeto; busca do tesouro.
Postura: fechamento de atividade.
Apresentação:
Direção da volta (questão): tendo se perdido da trilha, qual seria o setor de volta
em relação aos pontos cardeais que o grupo escolheria, em linha reta pelo meio da
mata? Resposta: a ser vista usando o mapa, considerando o sentido oposto ao da
vinda.
Alongamento: não será feito com o monitor, mas se incentiva sua realização ao
final da atividade e de todas as atividades físicas que forem feitas, para evitar
lesões. Seguir as recomendações dadas.
Recolher material
Distribuição do diploma de amigo da natureza a que tiver atingido o total mínimo
de 40 pontos, destacando os compromissos explícitos de procurar respeitar a
natureza incluindo seus semelhantes e de se informar para que possa fazer isso
com eficiência.
Procura do tesouro, após a volta a entrada da trilha, como finalização da atividade.
Material de apoio: diploma amigo da natureza.
Mapa do tesouro: será atribuído a quem acertar o rumo de volta.
Anexos
Anexo 1: Lista de conferência de procedimentos
(Em revisão)
Preparação do monitor
Calçado e vestimenta
Crachá
Kit do monitor
Recepção do participante
Nome
Experiência
Origem projeto
Finalidade
Alongamento (avisos)
Importância
Tempo 30s
Sem dor
Alongamento progressivo
Movimentos suaves
Respiração suave e pausada
Durante: correção posturas;
Alongamento (sequência)
Pescoço: laterais (e, d) anterior-
posterior
Braço: acima (e, d)
Braço: frontal (e, d)
Coluna: mãos no pé
Anterior da coxa: olho fechado,
sentado (e, d)
Membros inferiores: mão no pé (e,
d),
olho fechado.
Sensibilização e relaxamento
Olhos fechados
Relaxamento de cada músculo
Observação ambiente (30seg)
Enfatizar e citar os 5 sentidos
Enfatizar a falta de visão
Aquecimento (avisos)
Importância
Cinco giros em cada sentido
Aquecimento (sequência)
Pescoço e ombros (rodar)
Cintura (rebolado)
Joelho: levantamento posterior
Joelho e cintura: rodar joelhos
unidos
Tornozelo: buraco no chão
Segurança e mínimo impacto (checar)
Calçado
Álcool ou drogas
Segurança e mínimo impacto (avisos)
Grupo unido e com monitor
Centro trilha
Não apoiar ou tocar
Aviso de perigo
Animais peçonhentos (retorno)
Não deixar nem levar nada
Recolher lixo caso encontre
Uso repelentes
Observação
Segurança: caminho volta
Equipamentos
Distribuir mapa, bússola
Distribuir lente
Distribuir esquemas
Distribuir saco de lixo
Solicitar cuidado
Localização, geografia, mapas e rotas
Funcionamento bússola
Exercício: norte/sul agulha
Explicar pontos cardeais
Exercício braço: pontos cardeais
Exercício: identificar setores
Rumos
Identificar rumo setor sul
Mapa: explicar norte/sul
Mapa – situar local atual
Exercício: identificar zona norte
Situar o parque
Direcionar o mapa com bússola
Exercício: lado da sua casa
Mapa menor: escala
Definir direção no mapa
Definir direção de volta
Enfatizar observação.
Navegar ao longo trilha.
Patrimônio histórico
Mata Atlântica X cultivo café
IAG e estação medidas
MCG – medidas e extremos
SP/mundo
Mapa – Nascente do Rio Ipiranga
Independência do Brasil
Ecossistemas
Mata Atlântica – distribuição antiga
e atual
Cidade – localização Bairro Mapa
Cidade X Mata Atlântica
Conceito Ecossistema (?)
Comparação sensibilidades (?)
Ecologia I
Definição E. avançado sucessão
Estrutura Mata Atlântica
Tamanho pigmentação folhas (?)
Nutrientes (?)
F: origem tecidos planta (?)
F: origem energia (?)
F: definição, fórmula
Ecologia II
Definição E. inicial sucessão
Porte, epífitas, fatores
Pioneiras
Velocidade do vento
Causa impacto (incêndio)
Reflorestamento
Bosques em miniatura
Lentes: funcionamento
Micro ecossistemas e organismos
Escalas de organismos
Importância doenças (?)
Metáfora
Geologia e Patrimônio Geológico
Conceito diversidade geológica
Patrimônio CienTec
Nascentes e lençol freático
Geohistória América Sul
Geohistória local
Solos
Origem compostos (?)
Decompositores e ciclagem (?)
Combustíveis fósseis
Resíduo queima c. fósseis (?)
Mudanças climáticas globais
Aquecimento Global: conceito (?)
Aquecimento: causas
Evento extremo SP (?)
Volume uso SP
Relações água SP: alimento, doenças
Adaptação: conceito (?)
Fechamento
Direção de volta
Incentivo alongamento
Recolhimento de materiais
Impressões e continuidade
Anexo 2: Avisos no momento da inscrição ou reserva
Avisos prévios a atividade, em especial roupa, calçado, capa de chuva, chapéu e
material de apoio ao estudo, devem ser enviados aos participantes sempre que possível.
No caso de escolas devem ser repassados aos professores.
Anexo 3 (Tabela 1): exemplo de relação entre a função de cada equipamento e os conceitos
teóricos que poderão ser abordados durante a visita (EM REVISÃO)
Nome Finalidade Conceitos teóricos
Mapa Localizar o local da trilha em relação a
outros pontos de referência.
Coordenadas, Escala,
Cartografia.
Bússola Auxiliar no uso do mapa e orientação em
relação ao continente e ao mar.
Campo magnético da Terra,
pontos cardeais, rumos magnéticos.
Lupa Observar os minerais componentes das
rochas, plantas, insetos e fungos em
maior detalhe.
Lente convergente, luz.
Imagens Utilizar como fonte de reconhecimento e
comparativo de alguns dos organismos
habitantes do local.
Conceitos cognitivos.