Avaliação 3 Ano - Literatura Vinícius

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ESCOLA ESTADUAL ÁLVARO MACHADO DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA PROFESSOR: Wandson Azevedo ALUNO (A): TURMA: Avaliação 2º Bimestre – Literatura (Vinícius de Morais) Texto I – Soneto de separação De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente. Texto II – Soneto de fidelidade De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa lhe dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure Questões 1) A beleza dos textos reside, em parte, nos recursos sonoros utilizados. Destaque, no texto I, um exemplo de aliteração (repetição de sons consonantais) e outro de comparação .

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ESCOLA ESTADUAL LVARO MACHADODISCIPLINA: LNGUA PORTUGUESA PROFESSOR: Wandson AzevedoALUNO (A): TURMA: Avaliao 2 Bimestre Literatura (Vincius de Morais)

Texto I Soneto de separao

De repente do riso fez-se o prantoSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a ltima chamaE da paixo fez-se o pressentimentoE do momento imvel fez-se o drama.

De repente, no mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteE de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo prximo o distanteFez-se da vida uma aventura erranteDe repente, no mais que de repente.

Texto II Soneto de fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento

Quero viv-lo em cada vo momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angstia de quem viveQuem sabe a solido, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):Que no seja imortal, posto que chamaMas que seja infinito enquanto dure

Questes1) A beleza dos textos reside, em parte, nos recursos sonoros utilizados. Destaque, no texto I, um exemplo de aliterao (repetio de sons consonantais) e outro de comparao.2) Para estabelecer a oposio entre o passado e o presente, o texto I recorre figura de linguagem que aproxima palavras de sentidos opostos. Essa figura chama-se:( ) Metfora ( ) Anttese ( ) Eufemismo ( ) Ironia3) O verso do texto I: De repente, no mais que de repente acentua o aspecto temporal do poema. Conforme a leitura do soneto, que sentido podemos dar a esse verso?No segundo poema, o eu lrico jura fidelidade pessoa amada, seja nos momentos de dor, seja nos de alegria. A respeito do Texto II, responda o que se pede:4) Na primeira estrofe do texto II, identifique e transcreva o polissndeto usado pelo poeta.5) Explique o que significam, para o eu lrico, a morte e a solido.6) Interprete a metfora presente no verso Que no seja imortal, posto que chama7) Identifique o conceito de fidelidade para o eu lrico.

"A beleza das coisas existe no esprito de quem as contempla." - Boa prova!