Avaliação da atividade miocontrátil uterina do …Email:[email protected] ABSTRACT This...

Ciência Animal - Suplemento, 2012


Trabalho apresentado no VI Congresso Norte Nordeste de Reprodução Animal

616

Avaliação da atividade miocontrátil uterina do extrato etanólico de Copaifera

luetzelburgii em ratas Wistar

Evaluation of the uterine my contractile activity of the ethanol extract of Copaifera

luetzelburgii in Wistar rats

Emanuela Ribeiro Moura1, Janayna Batista Barbosa de Sousa Muller

1;; Rafael Vitor

Pereira da Silva1, Fabiane Leite da Silva

1; Maria Zenaide de Lima Chagas Moreno

Fernandes*1; Rozeverter Moreno Fernandes

1

1Universidade Federal do Piauí.

*Email:[email protected]

ABSTRACT

This study aimed to evaluate the uterine contraction under the action of ethanol extract

from Copaifera luetzelburgi (EEtOH-Cl). The uterine strips were suspended and

attached to a force transducer to an acquisition system coupled (AECAD 1604, AQCAD

2.0.5, projects AVS, SP) for isometric tension recording. In the uteri of pregnant

animals pre-treated with doses of 250 and 500 mg/kg, there was inhibition of KCl-

induced contractions phasic 80 (0.490 ± 0.110, 0.540 ± 0.092), respectively. The

contractions induced by oxytocin were inhibited at a dose of 500 mg/kg (0.380 ± 0.109)

from EEtOH-Cl. In non-pregnant and untreated females the concentration of 125 mg /

mL (0.180 ± 0.062) from EEtOH-Cl also inhibited the contractions induced by

oxytocin.

Key words: Copaifera luetzelburgii; ethanol extract; contractions phasic; uterus

Palavras-chave: Copaifera luetzelburgii; extrato etanólico; contrações fásicas; útero

INTRODUÇÃO

A utilização de plantas medicinais sempre foi difundida, porém nos dias atuais,

torna-se necessário uma abordagem científica para comprovar sua eficácia (Loureço et

al., 2009). Uma planta que tem despertado o interesse científico na atualidade pelas

múltiplas propriedades terapêuticas que lhe são atribuídas é a copaibeira (Brito, 1995).

Esta é citada como ocitócica e catártica, porém trabalhos científicos já evidenciaram o

efeito anti-espasmódico e relaxante de musculatura lisa estomacal (Cunha et al., 2003).




617

Assim, objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do extrato etanólico da C. luetzelburgii

(EEtOH-Cl) sobre a musculatura uterina de ratas prenhes e não prenhes.

MATERIAL E MÉTODOS

No estudo in vitro utilizaram-se tiras uterinas provenientes de 30 fêmeas prenhes

(P) e 30 não prenhes (NP) para testes de órgão isolado. O primeiro grupo formado de

fêmeas prenhes (n=15) e não prenhes (n=15) recebeu EEtOH-Cl (v.o.) nas doses de 125;

250 e 500 mg/kg durante 13 dias (Tratadas-T) e no segundo grupo o EEtOH-Cl foi

adicionado diretamente à cuba contendo tiras uterinas de fêmeas prenhes(n=15) e não

prenhes (n=15) (não tratadas-NT) nas concentrações ajustadas para 125, 250 e 500

µg/mL de solução.

As tiras de útero foram suspensas e fixadas a um transdutor de força acoplado a

um sistema de aquisição (AECAD 1604, AQCAD 2.0.5, AVS Projetos, SP) para

registro das tensões isométricas. Estas foram mantidas nas cubas contendo 10 mL de

solução de Jalon a 32º C, em aeração com mistura carbogênica (95% de O2 e 5% de

CO2), submetida a uma tensão de 1,0 g de carga. As contrações foram induzidas por

KCl 80 mM e ocitocina. Os dados foram tratados estatisticamente pelo programa

ANOVA (One Way) seguido do teste de Tuckey.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nos testes in vitro, verificou-se que em útero de fêmeas prenhes e tratadas com

EEtOH- Cl nas doses de 250 e 500 mg/kg houve diferença na inibição de contração

fásica produzida por KCl 80 mM, quando comparadas com o controle (p<0,005;

Gráfico 1). Da mesma forma, as tiras de úteros provenientes de fêmeas não prenhes e

não tratadas expostas ao EEtOH-Cl na concentração de 125 µg/mL tiveram a contração

fásicas induzidas por ocitocina inibida, sendo diferente do grupo controle (p<0,005;

Gráfico 2). Assim, os úteros de fêmeas prenhes e tratadas previamente com EEtOH- Cl

na dose de 500 mg/kg do extrato foi capaz de inibir a contração fásica induzidas por

ocitocina (Gráfico 3). Neste contexto, sugere-se que o EEtOH-Cl pode produzir

interferência no trabalho de parto, diminuindo o limiar uterino para o estímulo contrátil

(RAMSEY et al., 2011).

CONCLUSÃO




618

O extrato etanólico foi capaz de inibir as contrações isométricas em útero

isolado de ratas prenhes, induzidas tanto pelo KCl 80 mM quanto pela ocitocina. Como

também inibiu a contração induzida pela ocitocina em útero isolado de ratas não

prenhes.

AGRADECIMENTOS

Programa ICV/ PRPPG/UFPI.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRITO, N.M.B. Aspectos morfológicos e morfométricos da cicatrização de feridas cutâneas

abertas em ratos tratados com óleo de copaíba. 1995. 98p. Dissertação (Mestrado) - Escola

Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo.

CUNHA, K. M. A.; PAIVA, L. A. F.; SANTOS, F.A.; GRAMOSA, N.V.; SILVEIRA, E.

R.; RAO, V.S.N. Smooth muscle relaxant effect of kaurenoic acid, a diterpene from

Copaifera langsdorffii on rat uterus in-vitro. Phytotherapy Research, v. 17, p. 320-324,

2003.

LOURENÇO, A.C.S.; MIGUEL, L.K.; GUARIDO, K.L.; SENSIATE, L.A.; SALLES,

M.J.S. Óleo de copaíba (Copaifera langsdorfii Desf.) em padrões reprodutivos de

camundongos e no desenvolvimento embriofetal. Revista Brasileira de Plantas Medicinais,

v. 11, n. 4, p. 407-413, 2009.

RAMSEY, M.E.; WONG, R.Y.; CUMMINGS, M.E. Estradiol reproductive cycle and

preference behavior in a northern swordtail. General and Comparative Endocrinology, v.

170, p. 381-390, 2011.

http://lattes.cnpq.br/3342010225528658








619

Avaliação da qualidade do sêmen suíno criopreservado sobre diferentes tipos de

envase

Evaluation of cryopreserved boar semen quality on different types offilling

Ludymila Furtado Cantanhêde1* Daniele Oliveira de Araújo

1; Tatyane Bandeira

Barros1; Daianny Barboza Guimarães

1; Luciana de Souza Toniolli

1; Ricardo Toniolli

1

1Universidade Estadual do Ceará

*E-mail: [email protected]

ABSTRACT

This work evaluated the influence of different types of packaging used for storage of

boar sêmen on the quality of cryopreserved sperm. We used animals of Reproduction

Laboratory Swine semen and Technology – UECE. We analysed the force, motility and

morphology. The semen was frozen in straws, cryovials anda macrotubos. The semen

samples frozen in straws showed better results whuen compared to samples

cryopreserved in other types of packaging. The results indicated that post-thaw semen

packaged in straws showed the good results of fertility. It is concluded that packaging

that allows a faster exchange of temperature favors a better quality of the thawed.

Key words: Filling; Semen; Cryopreservation; Swine

Palavras-chave: Envase; Sêmen; Criopreservação; Suíno

INTRODUÇÃO

O maior problema da criopreservação é o espermatozoide sobreviver aos danos

resultantes dos processos de congelação/descongelação (Mazur, 1985). A célula

espermática suína apresenta alta sensibilidade a estes processos (Wattson, 1995), sendo

de grande importância o conhecimento acerca dos danos provocados, pela agressão

térmica durante todo o processamento do sêmen (Parks & Graham, 1992).

Vários estudos são feitos sobre materiais usados para envazar o sêmen suíno e

encontrar tipos de embalagens adequadas à sua criopreservação, permitindo velocidades

uniformes de congelação/descongelação (Hofmo & Almlid, 1991), com uma maior

relação superfície/volume. Este trabalho teve por objetivo avaliar a influência de

diferentes embalagens, sobre a qualidade do sêmen suíno criopreservado.




620

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados 5 reprodutores adultos pertencentes LRSTS da UECE,

submetidos a uma rotina semanal de coleta de sêmen, realizada pela técnica da mão

enluvada, em manequim. O sêmen foi coletado em frasco plástico de 500 mL,

previamente aquecido a 37 ºC protegido por copo isotérmico. A fração gelatinosa do

ejaculado foi desprezada. A qualidade do ejaculado in natura foi estabelecida através do

volume (mL), da concentração (x109 sptz/mL, total de células (x10

9 sptz), do vigor (0 a

5 - Toniolli, 1996) e motilidade espermática (0 a 100%). O sêmen diluído foi analisado

pelo vigor, motilidade e morfologia acrossomal. Para a congelação do sêmen, utilizou-

se a técnica de Paquignon et al. (1974). Após a análise do sêmen in natura, este foi

resfriado e armazenado em diferentes tipos de embalagens (palheta de 0,5 mL, criotubos

de 2,0 mL e macrotubos de 4,0 mL [240mm] e 5,0 mL [280mm]). Para descongelação

das amostras, foi utilizado um descongelador automático sendo estabelecidos diferentes

tempos e temperaturas de acordo com o tipo de embalagem utilizada: a) Palhetas: 37

oC/30 seg.; b) Macrotubos e Criotubos: 50

oC/60 seg. Após a

descongelação/ressuspensão (1:4 em BTS), o sêmen foi incubado por 10 min. a 37 oC e

em seguida analisado. Foi aplicado os testes de Mann-Witney e do Qui-quadrado para

valores expressos em porcentagem. Todos os testes foram aplicados à um nível de

significância de 5% (p<0,05). A análise das diferenças entre médias foi realizada através

do teste ANOVA.


Todo o material que teve contato com as amostras descongeladas, encontrou-se

a 37 oC; o sêmen proveniente das palhetas apresentou uma diferença de 1

oC para o

diluente de ressuspensão, enquanto que nas outras embalagens, chegou a 3 ºC. Esta

diferença, pode ao menos em parte, explicar um choque térmico, justificando os

melhores resultados do sêmen nas palhetas, sendo a queda da qualidade espermática

mais acentuada nas embalagens com maior diâmetro (p<0,05), corroborando com os

resultados de Erikson e Rodrigues-Martinez (2000), pois o sêmen na periferia da

embalagem congela/descongela mais rapidamente do que na porção central. Por causa

do menor diâmetro, a palheta parece congelar/descongelar de forma mais homogenea.

Analisando-se os resultados do vigor espermático, verificou-se que o maior valor foi

encontrado no sêmen em palhetas (2,3). Tais resultados foram significativamente




621

melhores (p<0,05) quando comparados às outras três embalagens (1,4; 1,5 e 1,3). Os

espermatozoides criopreservados no criotubo e nos macrotubos, não apresentaram

diferenças significativas nesta característica (p>0,05). Com relação à motilidade,

percebeu-se um melhor resultado nas amostras congeladas em palhetas quando

comparas às outras embalagens. Nos criotubo e macrotubos de 4 e 5 mL, os resultados

obtidos também não apresentaram diferenças significativas entre si. Para a característica

morfologia acrossomal as palhetas apresentaram maior porcentagem de

espermatozoides com acrossomas intactos em comparação as demais embalagem

(p<0,05), proporcionando uma melhor condição de armazenamento. Córdova et al.

(2000) propôs que a forma e o volume do recipiente poderiam influenciar na qualidade

do sêmen congelado, fato este confirmado no presente trabalho.

CONCLUSÃO

A embalagem mais adequada para uma melhor conservação do sêmen suíno é

aquela que possibilita uma congelação mais uniforme da amostra de sêmen contida no

seu interior.


CÓRDOVA, A., PÉREZ-GUTIÉRREZ, J.F., LLEÓ,B., GARCÍA-ARTIGA, C.,

ALVAREZ, A., DROBCHAK, V., MARTÍN-RILLO, S. In vitro fertilizing capacity and

chromatin condensation of deep frozen boar semen packaged in 0.5 and 5 mL straws.

Theriogenology v.57,p2119-2128, 2002.

ERIKSSON, B.M., RODRÍGUEZ-MARTÍNEZ, H. Deep-Freezing of Boar Semen in

Plastic Film ‘Cochettes’. Journal of Veterynari Medicin A v.47, p.89–97 2002.

HOFMO, P.O., ALMLID, T. Recent developments in freezing of boar sêmen with special

emphasis on cryoprotectans. Reproduction in Domestics Animal. supplement, v.1,p.111-122.

1991.

MAZUR, P., Kinetics of water loss from cells at subzero temperatures and the

likelihood of intracellular freezing. Journal General Physiology., v.47, p.347-369, 1985.

PAQUIGNON, A; AERGOUMN, D., COUROT, A., MESNIL du BUISSON, F.

Technologie de la congélation de la semence de verret: etude in vitro. Journée de

Recherche Porcine en France, v.6, p.71-76, 1974.

TONIOLLI, R. Pouvoir fecondant des spermatozoïdes de verrat: amèlioration des




622

conditions de conservation. Université François Rabelais de Tours – France, These de

Doctorat, 91p., 1996.

PARKS, J.E., GRAHAM, J.K. Effects of cryopreservation procedures on sperm

membranes. Theriogenology. v.38, p.209-222, 1992.

WATSON, P.F. The causes of reduced fertility with cryopreserved semen. Animal

Reproduction Science. V. 60-61, p.481-492, 2000.




623

Avaliação da toxicidade gestacional do extrato de Vitex agnus-castus L. em ratas

Wistar

Evaluation of gestational toxicity of the extract of Vitex agnus-castus L. in Wistar rats

Ítala Siqueira de Sousa Santos; Silvana Maria Medeiros de Sousa e Silva; Silvéria

Regina de Sousa Lira; Andréia da Silva Costa*; Amilton Paulo Raposo Costa

Universidade Federal do Piauí

*Email: [email protected]

ABSTRACT

In toxicity evaluation gestational of the hydro alcoholic extract of Vitex agnus-castus L.

(EHF-Vac) leaves in pregnant Wistar rats were administered distilled water in the

control group(G1) and the other groups were administered different doses(G2-25

mg/kg, G3-50 mg/kg, G4-100 mg/kg) of EHF-Vac for 19 days. There was no significant

difference in the number of corpus luteum, implantation sites, reabsorption points,

placentas weight, number of live and dead fetuses in different groups. However, the

groups treated with 50 and 100 mg/kg showed significant reduction inplacental mass,

fetal weight and mass of the whole placenta and fetus, indicating that the hydro

alcoholic extract of Vitex agnus-castus L. leaves presents gestational toxicity in Wistar

rats.

Key words: tree-of-chastity; abortion; placenta; fetus

Palavras-chave: árvore-da-castidade; aborto; placenta; feto

INTRODUÇÃO

Vitex agnus-castus L. é uma planta cultivada em muitos jardins e quintais

domésticos do norte e nordeste do Brasil, quer por razões místicas, quer para fins

medicinais (Lorenzi & Abreu Matos, 2008). O uso medicinal de Vitex agnus-castus L.

se dá predominantemente na ingestão oral de extratos dos frutos. Entretanto, outras

partes da planta, tais como as folhas (na forma de extrato seco ou líquido) ou o óleo

essencial dos frutos, têm sido usadas para uma variedade de sintomas, mais comumente

relacionados com o sistema reprodutor feminino (Wutke et al., 2003). Esta planta foi

considerada mais eficiente que a piridoxina no alívio dos sintomas da tensão pré-

menstrual (Lauritzen et al., 1997). Os óleos essenciais de Vitex agnus- castus L.

extraídos das folhas e frutos foram administrados em mulheres que apresentavam




624

menopausa, sendo ambos os óleos efetivos no alívio dos sintomas (Lucks et al., 2002).

Neste contexto de influência do Vitex agnus-castus L. sobre o sistema endócrino e

reprodutor, evidenciou-se a necessidade de estudos toxicológicos, especialmente no

período gestacional, que avaliem a segurança do uso dessa planta e seus produtos

derivados durante a prenhez. Este estudo teve assim o objetivo de verificar uma possível

toxicidade gestacional do extrato hidro alcoólico das folhas de Vitex-agnus castus L. em

ratas Wistar.

MATERIAL E MÉTODOS

O extrato hidro alcoólico das folhas de Vitex agnus-castus L. (EHF-Vac) foi

obtido por maceração durante cinco dias ao abrigo da luz, na proporção de 1:10

(material vegetal: líquido extrator). A partir do extrato líquido foi obtido o extrato seco,

por spray dryer. Foram utilizadas 32 ratas Wistar adultas pesando entre 180-250 g que

foram divididas, ao acaso, em quatro grupos de oito: controle e extrato seco. As ratas

foram examinadas diariamente quanto à fase do ciclo estral, por meio de esfregaço

vaginal a fresco. Aquelas detectadas em proestro foram acasaladas com um macho

sabidamente fértil e a presença de espermatozoides no esfregaço da manhã seguinte ao

acasalamento foi tomada como indicativo de prenhez (1º dia). Uma vez prenhes, as ratas

receberam os seguintes tratamentos: Grupo 1 (controle): solução salina (veículo

utilizado para diluir o extrato); Grupo 2 (extrato): 25 mg/kg; Grupo 3 (extrato): 50

mg/kg; Grupo 4 (extrato): 100 mg/kg, via gástrica, do primeiro ao décimo nono dia de

gestação. No final do tratamento (20º dia de gestação) as ratas foram anestesiadas com

uma associação de 50 mg de cetamina + 11,5 mg de xilazina por kg de peso corporal. O

útero gravídico foi removido com seus conteúdos e realizou-se a contagem do número

de fetos vivos e mortos. Os animais foram eutanasiados por sobredose de tiopental

sódico (90 mg/kg) e, em seguida, avaliado o peso fetal individual e da ninhada, além do

número de sítios de implantação, pontos de reabsorção e corpos lúteos. Também foi

feita a pesagem das placentas de todos os fetos. Os resultados foram avaliados por

análise de variância (ANOVA one-way) e as médias comparadas pelo teste de Holm-

Sidak, adotando-se nível de significância de 1%.




625

RESULTADOS

O EHF-Vac não induziu diferença significativa nos diferentes grupos no que se

refere ao número de corpos lúteos, sítios de implantação, pontos de reabsorção, número

de placentas, número de fetos vivos e mortos. Entretanto, os grupos tratados com 50 e

100 mg/kg apresentaram redução significativa da massa placentária, massa fetal e massa

do conjunto placenta e feto (Tab. 1).

Tabela 1. Toxicidade gestacional da planta Vitex agnus-castus L.

Letras minúsculas distintas na mesma coluna indicam diferença significativa (P<0,01) entre os

tratamentos. CL (nº corpos lúteos), IMP (n° implantações), RB (n° reabsorções), PLC (n°

placentas), FV (n° fetos vivos), FM (n° fetos mortos), MP (massa placenta), MF (massa fetal),

MT (massa total de fetos e placentas)

CONCLUSÕES

O extrato hidro alcoólico das folhas de Vitex agnus-castus L. apresenta

toxicidade gestacional em ratas Wistar.


LAURITZEN, C.; REUTER, H. D.; REPGES, R.; BOHNERT, K.J.; SCHMIDT, U.

Treatment of premenstrual tension syndrome with Vitex agnus-castus- controlled for

treatment of hyperprolactinemia and mastalgia. International Journal of Obstetrics and

Gynecology, v. 85, p. 292-293, 2004.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2 ed.

Nova Odessa: Editora Plantarum, 2008. 576p.

Trata-

mento

CL IMP RB

PLC FV FM MP (g)

MF (g) MT (g)

Salina 10,8

±1,5

10,4

±1,2

0,4

±0,8

9,9

±1,6

9,9

±1,6

0,1

±0,2

8,6

±0,9a

47,4

±5,2 a

56,2

±5,5a

25 mg 10,5

±1,6

9,4

±2,3

0,8

±0,7

9,1

±2,2

9,0

±2,5

0,1

±0,4

8,6

±0,7a

40,3

±2,7ab

48,9

±2,9 ab

50 mg 10,9

±1,1

9,4

±3,9

1,9

±2,9

8,8

±3,6

8,6

±3,4

0,1

±0,4

6,5

±2,2b

36,7

±12,5 b

43,4

±14,8 b

100 mg 11,5

±2,0

10,9

±1,9

0,6

±0,7

10,0

±2,6

10,0

±2,6

0,5

±1,4

7,9

±1,0b

35,4

±3,5 b

43,3

±4,0 b




626

LUCKS, B. C.; SORENSEN, J.; VEAL, L. Vitex agnus-castus essential oil and

menopause balance: a self-care survey. Complementary Therapies in Nursing &

Midwifery, v. 8, p. 148-154, 2002.

WUTTKE, W.; JARRY, H.; CHRISTOFFEL, V.; SPENGLER, B.; SEIDLOVÁ-

WUTTKE, D. Chaste tree (Vitex agnus-castus) - pharmacology and clinical indications.

Phytomedicine, v. 10, p. 348-357, 2003.




627

Avaliação da toxicidade reprodutiva e sistêmica de Parkia platycephala Benth em

ratas Wistar

Assessment of reproductive toxicity and systemic Parkia platycephala Benth in Wistar

rats

Bethânia Amorim Costa1; Leopoldo Fabrício Marçal do Nascimento

1; Silvana Maria

Medeiros de Sousa e Silva1; Marina Rebeca Soares Carneiro de Sousa

1; Andréia da

Silva Costa1; Amilton Paulo Raposo Costa

1*

1Universidade Federal do Piauí


ABSTRACT

Parkia platycephala Benth, family Leguminoseae, popularly known as field bean and

bean-acorn, has its pods used in supplementary feeding of ruminants in the savanna

areas (Cavada et al., 2006). In the evaluation of toxicity of the ethanol extract of leaves

of Parkia platycephala Benth (EtOH-Pp) in female rats was given distilled water in the

control group (G1) and other groups in different doses (G2-250, G3-500 and G4-

1000mg / kg / day), EtOH-Pp extract for 30 days. We observed an increase in the rate

of phase diéstrica 1000mg/kg dose, reducing intake of water and food and body weight

at doses 500 and 1000mg/kg, reduction in uterine doses 250, 500 and 1000mg/kg, and

an increase significant levels of alkaline phosphatase in 500 and 1000mg/kg. It was

evident well a reproductive toxicity and systemic ethanol extract from leaves of Parkia

platycephala Benth.

Key-words: bean-acorn; estrous cycle; diestrus

Palavras-chave: fava-de-bolota; ciclo estral; diestro

INTRODUÇÃO

Em decorrência de sua importância para utilização terapêutica, a partir do século

XIX, algumas plantas passaram a ser alvo de processo de extração de princípios ativos

em substituição aos extratos vegetais (Foglio et al., 2006).Os metabólitos secundários,

fonte de princípios ativos dos medicamentos de origem vegetal, os caracterizam com

ações terapêuticas ou tóxicas (Pandey et al., 2011). Com a finalidade de respaldar os

estudos toxicológicos para garantir segurança e eficácia durante a utilização de

fitomedicamentos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publicou uma




628

regulamentação específica para estudos de toxicidade e eficácia de medicamentos

fitoterápicos, em 1996 (BRASIL, 1996).

Parkia platycephala Benth, família Leguminoseae, popularmente conhecida

como faveira e fava-de-bolota, tem suas vagens utilizadas na suplementação alimentar

de ruminantes, nas áreas de cerrado (Cavada et al., 2006). Algumas propriedades

farmacológicas, como gastroprotetora (Fernandes, 2009) e antinociceptiva (Amorim,

2010), já foram demonstradas nas folhas desta espécie. Assim estudos toxicológicos são

necessários para respaldar sua utilização terapêutica e alimentar, com segurança e

eficácia. Este trabalho teve assim o objetivo de avaliar uma possível toxicidade do

extrato etanólico das folhas de Parkia platycephala Benth (EtOH-Pp) sobre parâmetros

reprodutivos e sistêmicos em ratas Wistar não prenhas.

MATERIAL E MÉTODOS

Na avaliação de toxicidade do ciclo estral quatro grupos de ratas receberam: G1-

água destilada (veículo), G2-250, G3-500 e G4-1000mg/kg/dia do extrato EtOH-Pp,

durante trinta dias. As ratas foram examinadas diariamente por meio de esfregaço

vaginal a fresco, quanto à freqüência das fases do ciclo estral. Concomitantemente à

toxicidade sistêmica foi realizada aferição dos consumos de água, ração e massa

corpórea. Ao final deste período, as ratas foram anestesiadas (associação de cetamina 50

mg/kg e xilazina 11,5 mg/kg), e o sangue foi coletado por punção cardíaca para

obtenção do soro e dosagem de aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase,

fosfatase alcalina, bilirrubina total, direta e indireta, uréia e creatinina. Logo após, foram

eutanasiadas (tiopental sódico 90mg/kg) e removidos coração, cérebro, hipófise,

adrenais, fígado, rins, baço, ovários e útero, avaliados macroscopicamente, aferidas suas

massas absolutas e calculadas respectivas massas relativas em proporção à massa do

cérebro.

RESULTADOS

Os resultados foram avaliados por análise de variância seguida do teste de Tukey

para comparação das médias. O extrato EtOH-Pp induziu aumento do índice da fase

diéstrica na dose 1000mg/kg, redução da ingestão de água e ração e da massa corpórea

nas doses 500 e 1000mg/kg. Quanto à massa dos órgãos, somente o útero teve redução




629

significante nas doses 250, 500 e 1000mg/kg. Nas dosagens bioquímicas, apenas

aumento significante de fosfatase alcalina nas doses 500 e 1000mg/kg.

CONCLUSÃO

Há evidências de toxicidade sistêmica e reprodutiva do extrato etanólico das

folhas de Parkia platycephala Benth.


AMORIM, V. R. Avaliação dos efeitos de Parkia platycephala Benth no diabetes

mellitus experimental. 2010. 95f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia com ênfase

em Plantas Medicinais) – Programa de Pós-Graduação em Farmacologia - Universidade

Federal do Piauí, Teresina, 2010.

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de agosto de 1996. Normas para estudos toxicológicos e da eficácia de produtos

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roedores. 2009. 93f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia com ênfase em Plantas

Medicinais) - Programa de Pós-Graduação em Farmacologia - Universidade Federal do

Piauí, Teresina, 2009.

FOGLIO, M. A et al. Plantas medicinais como fonte de recursos terapêuticos: Um

modelo multidisciplinar. Multiciência: Construindo a história dos produtos naturais, n.

7, p. 1-8, out. 2006. Disponível: < http://www.multiciencia. unicamp.br

/artigos_07/a_04_7.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2011.

PANDEY, M. et al. Phytomedicine: An ancient approach turning into future potential

source of therapeuthics. Journal of Pharmocognosy and Phytotherapy, v.3, n. 3, p.27-37,

2011.




630

Avaliação da toxicidade sub-crônica e efeito antifertilidade de ratos tratados com

extrato etanólico de Copaifera Luetzelburgii, HARMS (1924).

Evaluation of sub-chronic toxicity and anti-fertility effect in rats treated with ethanol

extract of Copaifera luetzelburgii, Harms (1924)

Aline Beatriz Monteiro da Silva1; Jeorgio Leão Araújo

1; Josélia Maria Sousa da Silva

1;

Joselene Ferreira da Costa1; Maria Zenaide de Lima Chagas Moreno Fernandes*

1;

Rozeverter Moreno Fernandes1



ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the effect of ethanol extract of Copaifera

luetzelbuirgii, the toxicity reprodutive in Wistar males rats. The animals werw treated

daily with ethanolic extract at doses 125, 250 and 500mg/kg and distilled water

(1mL/100g) for 60 days by gavage. The data shows that the dose 125 mg/kg promoted a

reduction in average number of spermatozoa, mitochondrial activity and acrosome

integrity. While the dose 250 mg/kg only significant alterations in mitochondrial

activity being indicative of a long-term toxicity.

Key-words: Copaifera luetzelbuirgii, ethanolic extract, toxicity, males rats

Palavras-chaves: Copaifera luetzelbuirgii, extrato etanólico, toxicidade, ratos machos

INTRODUÇÃO

Apesar da crescente importância dos medicamentos fitoterápicos, relativamente

poucos estudos foram realizados a fim de comprovar sua eficácia e segurança, sendo

que muitas plantas ainda são utilizadas com base somente no seu uso popular (Turolla;

Nascimento, 2006). Os testes de avaliação de toxicidade reprodutiva compreendem a

exposição de animais sexualmente maduros antes da concepção, durante o

desenvolvimento pré-natal e após o nascimento (Mello, 2007; Lourenço et al., 2009). O

objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de diferentes concentrações do extrato

etanólico da Copaifera luetzelbuirgii, quanto a capacidade de produzir alterações sobre

os órgãos do sistema reprodutivo de ratos.

mailto:*[email protected]




631

MATERIAL E MÉTODOS

Os experimentos serão desenvolvidos nos no laboratório de Ciências

Fisiológicas/DMV/CCA.no período de julho/2011 a agosto /2012. A metodologia

desenvolvida neste experimento foi submetida ao Comitê de Ética e Experimentação

Animal (CEEA/UFPI) sob o protocolo nº 029/11.Nos testes de toxicidade reprodutiva

foram utilizados 40 ratos machos, com 45 dias de idade, divididos em quatro grupos

(n=10), sendo um grupo controle (água destilada 1 ml/100g) e três grupos tratados com

o extrato EEtOH-Cl (125, 250 e 500mg/kg). Estes foram tratados por via oral uma vez

ao dia, durante 60 dias. Em seguida, os animais foram eutanasiados para a remoção e

pesagem das massas absolutas e relativas dos órgãos sexuais: testículos, epidídimos,

ductos deferentes e próstata.

Os espermatozoides foram obtidos da cauda do epidídimo, sendo

homogeneizados em 10 ml de cloreto de sódio e dessa suspensão foi retirado 1 ml para

contagem do número total de espermatozóides em câmara de Neubauer. Avaliou-se a

morfologia de 200 espermatozóides por animal, sendo contados aqueles com algum tipo

de anormalidades (SEED et al.,1996). As anormalidades consideradas foram: cabeça

sem curva, cabeça em alfinete, cabeça decapitada, cauda curva, cauda enrolada e cauda

quebrada (Mazaro et al., 2002). Na avaliação da estrutura espermática foram observadas

a integridade da membrana celular e do acrossoma, além da atividade mitocondrial. Um

total de 200 espermatozoides foi avaliado em um microscópio de epifluorescência, com

aumento de 400 vezes usando filtro de emissão DBP 580-630 nm e excitação DBP

485/20nm, e classificados com a membrana intacta, quando se apresentavam corados

em verde e com membrana danificada, quando corados em vermelho.


As massas absolutas e relativas dos órgãos reprodutivos dos animais expostos

ao EEtOH-Cl durante 60 dias não diferiram significativamente do grupo controle. No

tratamento diário com EEtOH-Cl por via oral no período de 60 dias promoveu uma

alteração significativa (p<0,05) no número médio de espermatozoides no grupo EEtOH-

Cl 125 mg/Kg quando comparado com o grupo controle (Graf.1). No entanto, não foi

registrado alterações morfológicas nos espermatozoides presentes na cauda do

epidídimo quando comparado ao controle .




632

Com relação à estrutura dos espermatozoides a dose EEtOH-Cl 125 mg/Kg

promoveu alterações significativas quanto a atividade mitocondrial e integridade do

acrossoma quando comparado ao grupo controle, enquanto que a dose de EEtOH-Cl

250 mg/Kg promoveu alterações significativas apenas na atividade mitocondrial quando

comparado ao grupo controle (Tab.1).

Tabela 1: Percentual de anormalidades quanto a integridade estrutural de espermatozoides

presentes na cauda do epidídimo dos ratos, os animais foram tratados com controle (H2Od,

V.O.), EEtOH-Cl (125, 250 e 500 mg/Kg, V.O.). Os dados expressam média ± erro padrão,

n=08, (ANOVA One Way / Tukey), ** p<0,01 vs controle, *** p<0,001 vs controle. *p<0,05 vs

controle.

Controle T1 T2 T30

100

200 Controle

EEtOH-Cl 125 mg/Kg

EEtOH-Cl 250 mg/Kg

EEtOH-Cl 500 mg/Kg*

Grupos

nú

mero

de e

sp

erm

ato

zo

ides x

10

6

Graf.1: Número médio de espermatozoides presentes na cauda do epidídimo dos ratos, os

animais foram tratados com controle (H2Od, V.O.), EEtOH-Cl (125, 250 e 500 mg/Kg, V.O.).

Os dados expressam média ± erro padrão médio, n=08, (ANOVA One Way/Tukey), *p<0,05 vs

controle.

CONCLUSÃO

A redução no número de espermatozoide e a alteração na atividade mitocondrial

e integridade do acrossoma pode ser um indicativo de uma toxicidade a longo prazo.


MAZARO R, DI STASI LC, KEMPINAS W.G Effects of the hydromethanolic extract

of Austroplenckia populnea (Celastraceae) on reproductive parameters of male rats..

Contraception. 66(3):205-9, 2002

Integridade estrutural (%) Controle EEtOH-Cl 125 EEtOH-Cl 250 EEtOH-Cl 500

Membrana Celular 10,62±1,88 5,12±1,14 6,87±1,69 10,50±3,41

Mitocôndrias 29,75±8,47 4,87±1,06** 3,75±0,55** 20,25±4,98

Acrossoma 30,75±6,54 4,12±0,61*** 34,12±3,51 30,12±2,93




633

MELLO M. Avaliação da toxicidade reprodutiva do pesticida trifenil hidróxido de

estanho (TPTH) em camundongos. 131. Tese (Doutorado em Vigilância Sanitária).

Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro. (2007)

SEED, et al. Methods for assessing sperm motility, morphology, and counts in the rat,

rabbit, and dog: a consensus report. Reproductive Toxicology, Elmsford, v.10, n.3,

p.237-344, 1996.

TUROLLA, M. S. R; NASCIMENTO, E. S. Informações toxicológicas de alguns

fitoterápicos utilizados no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 42, n.

2, p. 289 – 306, 2006.




634

Concepções dos alunos do curso de Zootecnia- UEMA, sobre as biotecnologias

reprodutivas

Conceptions of students of Animal Science-UEMA, about reproductive biotechnologies

Hevelise Dias Silva1, José Eduardo Costa de Freitas¹, Paula Miranda Costa

1*, Jordane

de Oliveira Borges1, Israel Costa Pires Filho

1*, José dos Santos Pinheiro

1

1 Universidade Estadual do Maranhão


ABSTRACT

The knowledge of biotechnology focused on animal science tends to strengthen

scientific and technological development of Animal Science professionals, thus

contributing to increased animal production. Was applied 50 questionnaires with

questions about the importance of reproductive biotechnology, artificial insemination

(AI), cloning, transgenic and other animals for the production, table the data is

interpreted and compared between periods. It was found that the students had a higher

professional course design in respect of such technologies and characterizing the

importance of subjects such as Animal Reproduction and Animal Breeding Animal

Science for the course.

Key words: students; cloning; questionnaires; artificial insemination; reproduction

Palavras–chave: alunos; clonagem; questionários; inseminação artificial; reprodução

INTRODUÇÃO

A produção de animais, por meio do uso de recursos biotecnológicos, tem contato

com diversos benefícios, tais como a seleção mais rápida de variedades e raças sadias, a

melhoria da qualidade nutricional e sanitária dos alimentos, assim como a eliminação de

efeitos sazonais sobre os processos produtivos (Cribb, 2004). O conhecimento de

técnicas biotecnológicas voltadas para ciência animal tende a fortalecer o

desenvolvimento científico e tecnológico dos profissionais de Zootecnia e desta forma

contribuir para o aumento da produção animal (Figueiredo et. al, 2011). O presente

trabalho teve o objetivo verificar a concepção dos estudantes de Zootecnia da

Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) em relação a algumas biotecnologias da

reprodução animal.




635

MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho foi realizado no período de 12 de março à 10 de abril de 2012 com

alunos do curso de Zootecnia da UEMA, que foram divididos em dois ciclos, sendo o

primeiro com alunos de 1° a 4° período, que não tiveram acesso às disciplinas

específicas como Reprodução Animal e Melhoramento Genético, e o segundo, por

alunos do 5° ao 9° período.

O questionário utilizado foi similar ao utilizado por Figueiredo et. al 2011, e

abordou as perguntas: 1 - Qual a importância das biotecnologias para a produção

animal. 2 - Qual a importância da Inseminação Artificial (IA) para a produção animal. 3

- Qual a principal vantagem da IA quando comparada à outras biotecnologias

reprodutivas. 4 – Você sabe explicar o que são animais transgênicos? 5 – O que é

Clonagem animal? 6 – Você possui conhecimento se já existem animais clonados no

Brasil?. Aplicaram-se 50 questionários distribuídos ao acaso e uniformemente em todos

os períodos do Curso de Zootecnia (segundo, terceiro, quarto, quinto, sexto, oitavo). Os

dados foram tabelados e interpretados comparativamente.


Na primeira pergunta questionava sobre a importância das biotecnologias

reprodutivas para a produção animal. O ciclo básico demonstrou possuir um

conhecimento razoável em relação ao tema abordado (65,27%), comparado ao

profissional que mostrou maior precisão e domínio do assunto (87,5%). A eficiência

reprodutiva e melhoria da qualidade do rebanho foram as principais respostas dadas

pelos alunos.

Considerando a concepção dos alunos sobre a importância da Inseminação

Artificial (IA) para a produção animal, do ciclo profissional foram (88,42%). Já do ciclo

básico (55,09%) demonstraram conhecimento como melhoria do rebanho e eficiência na

utilização do sêmen do reprodutor.

Na diferenciação da IA comparada a ouras biotecnologias como Transferência de

Embriões (TE), Fertilização in Vitro (FIV), Clonagem e Transgenia, o custo de

utilização foi o principal fator na avaliação. No ciclo profissional (76,39%) respondem

corretamente e no ciclo básico esse percentual foi de (31,48%).

Atualmente, a transgenia permite tanto a transferência de DNA exógeno para o

animal, através da técnica de microinjeção pronuclear, quanto à alteração de DNA já




636

existente no animal, através da recombinação homóloga em células-tronco embrionária

(Pereira, 2008). Por consequência da dificuldade de contato com tais técnicas, o

interesse dos alunos por buscar conhecimento neste segmento é limitado. Dos

entrevistados (39,3%) do ciclo básico demonstraram conhecimento correto e (43,98%)

um conhecimento errôneo. Já no ciclo profissional os percentuais foram de (54,93%) e

(33,33%) respectivamente.

Um clone é definido como uma população de moléculas, células ou organismos

que se originaram de uma única célula e que são idênticas à célula original e entre elas,

sendo de suma importância para a Zootecnia, esta técnica. Em relação ao conhecimento

sobre a mesma, no ciclo básico (71,76%) apresentaram conhecimento e no ciclo

profissional esse percentual foi de (100%).

Sobre o conhecimento de a clonagem ser realizada no Brasil, tanto o ciclo básico

quanto o profissional imprimiram dúvidas, afirmando existir, porém, sem conhecer a

origem dos primeiros animais. No ciclo básico (63,42%) responderam que sim, tinham

certeza e (25%) responderam que não sabiam. No ciclo profissional (77,78%)

responderam afirmativamente e apenas (11,11%) responderam que não sabiam da

realização de clonagem no Brasil.

CONCLUSÃO

As concepções biotecnológicas para utilização na produção animal foram

divergentes entre os alunos dos ciclos básicos e profissionais, o que demonstra a

carência de divulgação destas informações entre todos os períodos do curso de

Zootecnia da Universidade Estadual do Maranhão contribuindo para aplicação de

biotecnologia nos processos de produção animal.


CRIBB, A.Y. Sistema agroalimentar brasileiro e biotecnologia moderna:

Oportunidades e perspectivas. Cadernos de Ciência & Tecnologia, v.21, n°1, p. 169-

195, 2004

FIGUEIREDO, E.F; DINIZ, W. P. S; SILVA, G.T; SILVA, A.L; PATRICIO,

L.A.M.M; SOBRAL, J.K. O Uso da biotecnologia na produção animal: concepções de

Estudantes de Zootecnia. Anais do XXI Congresso Brasileiro de Zootecnia – 23 a 27 de

maio de 2011 – Maceió - AL




637

PEREIRA L.V. Animais Transgênicos – Novas Fronteiras do Saber. Revista Ciência e

Cultura. Vol 60, n°2 São Paulo – 2008




638

Efeito do tratamento subcrônico com extrato hidroalcoólico da vagem de

faveira (Parkia platycephala Benth) sobre a atividade androgênica,

antiandrogênica e sistêmica em ratos

Effect of treatment subchronic with hydroalcoholic extract of field bean ( Parkia

platycephala Benth ) on androgenic activity, antiandrogenic systemic and in rats

José Bispo de Sousa Neto*¹, Ilka Catarina de Santiago Cunha1, Cristian Francisco

de Carvalho Perreira1, Aeyphanny Carlandy Moraes

1, Micherlene da Silva

Carneiro1, Gregório Elias Nunes Viana

1



ABSTRACT

The growing demand for food of animal origin has led researchers to seek

alternatives to animal feed production. This study aims to evaluate the

steroidogenic activity and systemic field bean pod extract ( Parkia platycephala

Benth ) in rats. The pods were dried at 45±1°C and ground in a Mill electric. We

used 32 rats weighing 180 to 250 g were castrated and after passing through a

recovery of 30 days were divided into four groups, which were subjected to

treatment for thirty days: TI- saline via gastric + com oil subcutaneous (SC), TII-

androgen (SC) and saline via gastric, TIII- androgen (SC) + extract of the pod via

gastric and TIV- extract oil via gastric+ ( SC). The field bean extract showed

androgen effect on the seminal vesicle, without there being any effect on other

organs.

Palavra Chave: Ratos, Fitoandrógeno, Parkia platycephala Benth.

Keywod: Rats, Fito andrógen, Parkia platycephala Benth

INTRODUÇÃO

A crescente procura por alimentos de origem animal tem levado os

pesquisadores a buscarem alternativas para alimentação dos animais de produção.

No período seco, quando a escassez de alimentos é maior, várias leguminosas

arbóreas, dentre elas a Parkia platycephala Benth, conhecida como faveira-de-

bolota estão com seus frutos maduros sendo liberados no solo, tornando-se uma

alternativa para a alimentação dos animais a campo. A existência de atividade

mailto:[email protected]




639

androgênica em plantas de uso na alimentação animal pode representar, além de

possíveis indicações terapêuticas, efeitos colaterais indesejáveis sobre a

reprodução, principalmente inibição da espermatogênese no macho e

masculinização de fêmeas (ALVES, 2004). Dentre as espécies de plantas

utilizadas na alimentação animal no Nordeste e especialmente no estado do Piauí,

aquelas que já tiveram suas propriedades químico-bromatológicas estudadas são

de particular interesse para o nosso estudo. Dentre elas estão: Leucena (Leucaena

leucocephala) e Pau-ferro (Caesalpinia ferrea) (REIS, 2001), Bordão-de-velho

(Pithecelobium saman saman) (NOGUEIRA, 1996) e Cipó-de-escada (Bauhinia

glabra Jacq.) (QUIRINO, 1997).

No Estado do Piauí existe um grande número de plantas utilizadas

popularmente, algumas delas com indicações específicas para tratamento da

impotência sexual humana. Tais indicações nos levam a suspeitar de atividade

androgênica nessas plantas. Sabendo-se que muitas delas são consumidas pelos

animais domésticos e outras são utilizadas para tratamento de suas enfermidades,

faz-se necessário pesquisar a presença de uma possível atividade androgênica e se

essa atividade, quando confirmada, pode levar a transtornos reprodutivos. Este

trabalho tem como objetivo avaliar a atividade esteroidogênica e sistêmica do

extrato da vagem do faveira (Parkia platycephala Benth) em ratos.

MATERIAL E MÉTODOS

As vagens foram secas em estufa a 45±1°C e trituradas em moinho

elétrico, foi utilizado em média 1500 gramas de vagens. O material foi submetido

ao processo de maceração com etanol a 70%, concentrado em rotavapor a 50°C e

seco em estufa para determinação da matéria seca, sendo determinada sua matéria

seca em 529,6 mg/ ml. Utilizaram-se 32 ratos Wistar com peso entre 180 e 250g e

idade média de 130 dias, que, após serem castrados e passarem por uma

recuperação de 30 dias, foram divididos em quatro grupos, os quais foram

submetidos durante trinta dias aos tratamentos: TI- salina via gástrica + óleo de

milho subcutâneo (SC); TII- andrógeno via SC e salina via gástrica; TIII –

andrógeno via SC + extrato da vagem via gástrica e TIV- extrato via gástrica +




640

óleo via SC. Os órgãos avaliados foram removidos e os pesos médios expressos

em forma de média EPM por 100 gramas de peso corporal (g%).


Ao avaliar a qualidade do experimento, verificou–se que o peso dos

órgãos dos ratos tratados com andrógeno foi significativamente superior ao dos

tratados com salina (p<0,05), indicando que o hormônio utilizado possui atividade

satisfatória, de acordo com a metodologia utilizada no experimento.

Tabela 1. Pesos dos órgãos dos animais tratados com extrato hidroalcoólico da vagem de

faveira (Parkia platycephala Benth) expressos em forma de MédiaEPM da porcentagem

do peso corporal.

Grupos

Órgãos

Grupo I Grupo II Grupo III Grupo

IV

V.

Seminal

0,0252

0,0022A

0,8291

0,0265B

0,6411

0,0756C

0,0308

0,0020A

Próstata 0,0090

0,0008A

0,9685

0,0355B

1,040

0,0659B

0,0662

0,0138A

Hipófise 0,0128

0,0024A

0,0081

0,0006A

0,0088

0,0014A

0,0122

0,0016A

G.

adrenais

0,0567

0,0047A

0,0553

0,0059A

0,0496

0,0025A

0,0525

0,0037A

Fígado 9,466

0,4884A

9,085

0,3389A

9,216

0,4374A

8,293

0,3722A

Letras maiúsculas distintas, na mesma linha, representam diferença significativa (P<0,05)

entre os grupos.

CONCLUSÃO

O extrato da faveira apresentou efeito antiandrogênico sobre a vesícula

seminal, não apresentando atividade androgênica e nem sistêmica, de acordo com

a metodologia utilizada para os demais órgãos avaliados.




641


ALVES, A. A. Valor nutritivo da vagem de faveira (Parkia platycephala Benth.)

para ruminantes. 2004. 198p. Tese (Doutorado em Zootecnia) – Curso de Pós-

graduação em Zootecnia, Universidade Federal do Ceará.

NOGUEIRA, D. O. M. M. Efeito do estágio de colheita sobre a composição

química em folhas e vagens de bordão de velho (Pithecelobium saman saman ).

1996. Monografia (TCC em Agronomia) - Centro de Ciências Agrárias da

Universidade Federal do Piauí.

QUIRINO, C. L. Composição químico-bromatológica e digestibilidade in situ da

matéria seca de cipó-de-escada (Bauhinia glabra Jacq.) em diferentes estágios de

desenvolvimento. 1997. Monografia (TCC em Agronomia)- Centro de Ciências

Agrárias da Universidade Federal do Piauí. Teresina.

REIS, J. B. C. Composição químico-bromatológica de leucena (Leucaena

leucocephala (Lam.) de Wit) e de pau-ferro (Caesalpinia ferrea Mart.).2001.

Dissertação (Mestrado) – Curso de Pós- graduação em Ciência Animal,

Universidade Federal do Piauí. Teresina, 2001.




642

Estudo da atividade androgênica e antiandrogênica de Vitex agnus castus em ratos

wistar

Study of androgen and antiandrogenic activity of Vitex agnus-castus in Wistar rats

Marina Rebeca Soares Carneiro de Sousa¹ Leopoldo Fabricio Marçal do Nacimento¹

Camila Ernanda Sousa de Carvalho¹* Amilton Paulo Raposo Costa Eilika Andréa

Feitosa Vasconcelos¹ Silvana Maria Medeiros de Sousa Silva¹



ABSTRACT

This study is concerning about communities which the knowledge of medicinal plants

represents only therapeutic resource. Within this perspective, this study evaluates the

effect of different dosage of hydroalcoholic extract of some species named Vitex agnus

castus (EHVA) and the possible antiandrogenic and androgenic activity in rats. For it

verification were used 64 rats divided into 8 (eight) groups of 8 (eight) animals. The

treatments presents: Group 1 (saline); Group 2 (saline+ testosterone 250 g/100g);

Group 3 (EHVA 250 mg/100g); Group 4 (EHVA 500 mg/100g); Group 5 (EHVA 750

mg/100g); Group 6 (EHVA 250 mg/100g + testosterone); Group 7 (EHVA 5000

mg/100g + testosterone); and Group 8 (EHVA 750 mg/100g + testosterone). The

experiment lasted 32 days and at the end the rats were euthanized. The extract did not

show antiandrogenic or androgenic activity administered doses or concentrations. The

testosterone concentration and the applied dose significantly reduced the adrenal

weight.

Key-words: androgenic activity; Vitex agnus castus; activity antiandrogenic

Palavras-chave: atividade androgênica; Vitex agnus castus ; atividade antiandrogênica

INTRODUÇÃO

Em algumas comunidades, o conhecimento sobre plantas medicinais representa

único recurso terapêutico, assim a utilização de fitoterápicos no tratamento de doenças,

vem desde os primórdios da humanidade. Atualmente, a comercialização informal

destes produtos ainda é uma prática comum, tanto em grandes cidades como nas regiões

mais pobres do Brasil (MACIEL et. al., 2002).




643

Diante do exposto, a Vitex agnus castus foi escolhida para o estudo de

desenvolvimento de um fitoterápico por tratar-se de uma espécie com atividades

farmacológicas comprovadas, como efeitos estimulantes e normaliza as funções da

glândula pituitária, especialmente a função progesterona.

Dentro desta perspectiva, este trabalho tem com objetivo avaliar o efeito de

diferentes doses do extrato hidroalcóolico de Vitex agnus-castus (EHVA) quanto a

possível atividade androgênica e antiandrogênica em ratos.

MATERIAL E MÉTODOS

Para a verificação do efeito androgênico e antiandrogênico foram utilizados 64

ratos divididos em 8 grupos de 8 animais, nos seguintes tratamentos: Grupo 1 (salina); o

Grupo 2 (salina+ testosterona 250 g/100g); Grupo 3 (EHVA 250 mg/100g); Grupo 4

(EHVA 500 mg/100g); Grupo 5 (EHVA 750 mg/100g); Grupo 6 (EHVA 250 mg/100g +

testosterona); Grupo 7 (EHVA 5000 mg/100g + testosterona); e o Grupo 8 (EHVA 750

mg/100g + testosterona).

O experimento foi realizado durante 32 dias e ao final os ratos foram

anestesiados, e em seguida foi realizada a coleta de sangue, sem anticoagulante.

Posteriormente os ratos foram eutanasiados e foi realizada a retirada dos órgãos. Os

órgãos foram pesados e foram realizadas ressecções de fígado, rim e coração para

posterior analise histopatológica. As determinações bioquímicas foram realizadas por

química seca (Reflotron, Roche Diagnostics Brasil). Foram analisados os seguintes

parâmetros séricos: uréia, creatinina, fosfatase alcalina, TGO, TGP. Os dados recolhidos

foram submetidos a análise estatística ANOVA.


Não foram observados efeitos androgênico na aplicação do extrato

hidroalcóolico das folhas de Vitex agnus castus, nas doses de 250mg/100g 500mg/100g

e 750mg/100g comparado com os grupos controle. Não houve diferença

estatisticamente significativa entre o ganho de peso dos ratos dos grupos controle e os

demais ratos. Isso denota que o extrato, nas doses aplicadas não interferiu no ganho de

peso dos animais.

Verificou-se diferença estatisticamente significante entre os grupos tratados com




644

testosterona e os grupos não tratados. Isso mostra que a testosterona reduz o peso das

adrenais. Foi verificado também que o grupo tratado com testosterona mostrou peso

significativamente superior aos do grupo não tratado, quando analisadas a vesícula

seminal e a próstata, conforme o esperado, mostrando assim que o experimento foi bem

controlado. O exame histopatológico não revelou sinais de alterações degenerativas,

necróticas ou inflamatória. Não houve diferença significativa entre os controles e os

tratamentos no que diz respeito a níveis séricos de uréia, creatinina, fosfatase alcalina,

TGO e TGP.

CONCLUSÃO

O EHVA não apresentou atividade androgênica, ou anti-androgênica nas doses e

concentrações administradas, bem como não influenciou no ganho de peso dos animais,

e nem alterou níveis séricos de uréia, creatinina, fosfatase alcalina, TGO e TGP, A

testosterona na concentração e dose aplicada reduziu significativamente o peso das

adrenais. Não houve alteração do tipo degenerativa, inflamatória ou necrótica nos cortes

histológicos dos órgãos analisados.


MACIEL, M.A.; PINTO, A.C.; JUNIOR, V.F.; GRYNBERG, N.F.; ECHEVERRIA, A.;

Plantas medicinais: a necessidade de estudos multidisciplinares. Química Nova, v. 25, n.

3, p. 429-438, 2002.




645

Estudo da toxidade do extrato etanólico de Copaifera luetzelburgii, Harms (1924)

em ratas prenhes

Study of the toxicity of the ethanol extract of Copaifera luetzelburgii, Harms (1924) in

pregnant rats

Janayna Batista Barbosa de Sousa Muller1; Emanuela Ribeiro Moura

2; Rafael Vitor

Pereira da Silva2, Fabiane Leite da Silva

2; *Maria Zenaide de Lima Chagas Moreno

Fernandes3; Rozeverter Moreno Fernandes

4

1Universidade Federal do Piauí,CCS, Núcleo de Plantas Medicinais

2Universidade Federal do Piauí,CCA, Graduandos de Medicina Veterinária

3Universidade Federal do Piauí. CCS. Dept

o. Bioquímica e Farmacologia

4Universidade Federal do Piauí,CCA, Dept

o. de Morfofisiologia Veterinária

*[email protected]

ABSTRACT

The copaibeira is a tree of the family Caesalpiniaceae, Copaifera genus, among the

various properties which are attributed to copaiba are anti-inflammatory, analgesic,

antibacterial, astringent, healing, emollient, diuretic, expectorant, laxative,

anticarcinogenic and abortive, among others, although there is still no scientific proof

for most of them. The objective of this study was to evaluate the reproductive and fetal

toxicity of the ethanol extract from Copaifera luetzelburgii. In evaluating fetal and

reproductive toxicity was observed that there was no change in the parameters

evaluated, nor the viability of offspring, however, the duration of pregnancy was

reduced at a dose of 125 mg/kg.

Key words: Copaífera luetzelburgii, ethanol extract, reprodutive toxicity, females rats

Palavras-chave: Copaifera luetzelburgii, extrato etanólico, toxicidade reprodutiva, ratas

INTRODUÇÃO

O hábito de consumir plantas da flora nativa sem nenhuma comprovação de

suas propriedades farmacológica é um problema sério de saúde pública (Veiga Júnior et

al., 2005). Alguns gêneros como de Copaifera L. integram a lista de plantas medicinais

contra-indicadas na gravidez ou na lactação, segundo o Programa Estadual de Plantas

Medicinais da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro sem haver a certeza se

induz o abortamento ou teratogenicidade (SOARES et al., 2003). Desta forma, o




646

objetivo desta pesquisa foi verificar os possíveis efeitos do extrato etanólico da casca

Copaifera luetzelburgii (EEtOH-Cl) sobre a gestação, quando administrada durante o

período de pré-implantação, pós-implantação e durante a lactação.

MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia desenvolvida neste experimento foi submetida ao Comitê de

Ética e Experimentação Animal (CEEA/UFPI) sob o protocolo nº 029/11. Neste estudo

foi avaliado o período de pré-implantação, pós-implantação e a progênie. Nos testes

usou-se 80 fêmeas dividas em dois grupos de 40 animais. No primeiro grupo os animais

foram observados quanto à evolução da prenhez do 1º ao 7º dia (pré-implantação), e no

2º grupo, do 8º dia de prenhes até período de desmame (pós-implantação). Os dois

grupos foram subdivididos em 04 subgrupos (n=10) e tratados diariamente (vo) com

EEtOH-Cl nas doses 125, 250 e 500mg/kg e água destilada 1,0 mL/100g. No entanto,

no segundo grupo houve pausa nas administrações no dia do parto, e a administração

persistiu até a data do desmame (21º dia de vida).

A fim de se verificar as massas absoluta e relativa do figado, rins, ovários e

útero, as fêmeas do primeiro e segundo grupo foram eutanasiadas no 8º dia de prenhes e

segundo dia de desmame respectivamente. No segundo grupo, durante a gravidez e

amamentação também foram observados: ganho de peso, duração da prenhez, índice de

partos (IP), número de nativivos (IN) e viabilidade (IV) dos mesmos. A progênie foi

observada durante o desmame, duas vezes ao dia, quanto às características de evolução:

surgimento de pelos (cinco a sete dias), abertura palpebral bilateral (de seis a oito dias) e

deslocamento do pavilhão auricular (de 12 a 16 dias), de acordo com Mello (2007).


Neste estudo, verificou-se que o EEtOH-Cl não alterou a massa dos órgãos

(fígado, rins, ovários e útero), em relação ao grupo controle. O ganho de peso das

gestantes não foi influenciado pelo extrato, para 1º grupo (1º ao 7º dia - pré-

implantação) e para o 2º grupo (8º ao 21º dia - pós-implantação). A avaliação das

massas absolutas dos órgãos não reprodutivos é importante, pois o fígado e os rins são

responsáveis pelo metabolismo e eliminação de xenobióticos e, em casos de

intoxicação, podem ter a massa aumentada (MELLO, 2007). O acompanhamento do

peso corporal do animal é um forte indicador para avaliação de toxicidade da substância




647

analisada (SILVA et al, 2005). A situação da prenhez envolve um ganho de peso

corporal, pois os estrogênios e progesterona influenciam na ingestão de alimentos, no

consumo energético, taxas de retenção de água e deposição de gordura (BROLIO et al.,

2010). Quanto aos índices de parto, de nascimento e viabilidade encontrados foram: IP%

= 97,37%; IN%=100%; e IV%=97,63%.

Embora a duração da prenhez tenha sido reduzida em 2 DIAS na dose de

125mg/Kg, o número de filhotes nascidos não mostraram diferença significativa em

relação ao grupo controle e as demais doses. No que diz respeito às características de

evolução, também não houveram diferenças significativas (p>0,05). A prole

descendente de progenitoras expostas ao EEtOH-Cl nas três doses testadas, não exibiu

alterações quanto ao surgimento de pelos, abertura palpebral bilateral e deslocamento do

pavilhão auricular quando comparados ao relação ao grupo controle.

CONCLUSÃO

Os resultados desta pesquisa indicam que o EEtOH-Cl não induz toxicidade em

progenitoras, nem na prole.


-BROLIO MP, AMBROSIO CE, FRANCIOLLI AR, MORINI AC, GUERRA RR,

MIGLINO MA. A barreira placentária e sua função de transferência nutricional.

Rev.Bras. Reprod. Anim. 34 (4): 222-232. (2010).

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estanho (TPTH) em camundongos. 2007, 131p. Tese (Doutorado em Vigilância

Sanitária)- Fundação Oswaldo Cruz., Rio de Janeiro.

0

5

10

15

20

25

Controle

EEtOH-Cl 125 mg/kg

EEtOH-Cl 250 mg/kg

EEtOH-Cl 500 mg/kg

*

Du

ração

da P

ren

hez (

dia

s)Gráfico 1: Duração da gestação (em dias) das

progenitoras expostas ao EEtOH-Cl no período

pós-implantação. Os animais foram tratados com

controle (H2Od, v.o.), EEtOH-Cl (125, 250 e 500

mg/kg, v.o). Os dados expressam média ± erro

padrão, n=10, *p<0,05 vs controle (ANOVA One

Way /Tukey).




648

SILVA EJR, AGUIAR FJS, GONÇALVES ES, SOUSA IMV, DIMECH MCCA,

FRAGA MOOC, WANDERLEY AG. Evaluation of the hydroalcoholic extract of

Calendula officinalis L.on biochemical and hematological parameters in female Wistar

rats. Rev Bras Framacogn.15:2. (2005)

SOARES, SC; FUTURO, D.; CASTILHO, S.R. Uso racional das plantas medicinais –

um compromisso farmacêutico. Informativo CEATRIM, outubro, 2003

VEIGA JUNIOR, V. F. ; PINTO, A. C.; MACIEL, M. A. M. Plantas medicinais: cura

segura? Quím. Nova, v.28 , n.3 p 519-528, 2005




649

Estudo de atividade estrogênica e antiestrogênica de Combretum leprosum Mart &

Eicher em ratas Wistar

Study of estrogenic or antiestrogenic activities of Combretum leprosum Mart & Eicher

in female Wistar rats

Francimarne Sousa Cardoso¹, Jamylla Mirck Guerra de Oliveira¹, Camila Ernanda

Sousa de Carvalho¹*, Paulo Alex Bezerra Sales¹, Silvéria Regina de Sousa Lira¹,

Amilton Paulo Raposo Costa¹

¹Universidade Federal do Piauí / UFPI - Teresina, PI

*[email protected]

ABSTRACT

Due the belief that natural products do not cause adverse effects, the use of teas, juices

and herbal medicines is common among pregnant and lactating women, as a remedy to

alleviate and cure diseases. This study aimed to verify the possible estrogenic activity

and / or antiestrogen ethanolic extract of Combretum leprosum Mart & Eicher (EECL)

in adult Wistar female rats. The female Wistar rats (180 - 250g) were kept under

controlled environmental conditions of temperature, humidity, light cycle / dark 12/12h,

water and ad libitum food. To check EECL estrogenic activity, four groups of

ovariectomized ratswere used: Group I: saline + corn oil, Group II: saline + estradiol,

Group III: EECL(500mg/kg) + corn oil, Group IV: EECL (500mg/kg) + estradiol. There

were not estrogenic or antiestrogenic activities of ethanolic extract of Combretum

leprosum Mart & Eicher at a dose of 500mg/kg.

Palavras-chave: Atividade estrogênica; Fitoestrógeno; Combretum leprosum

Key words: Estrogenic activity; phytoestrogen; Combretum leprosum

INTRODUÇÃO

A atividade estrogênica e antiestrogênica dos fitoestrogênios dependem da sua

concentração, dos esteróides sexuais endógenos e do órgão-alvo específico. Estas

variações nos efeitos podem ser explicados pela existência de dois tipos de receptores

de estrogéno (ER): α e β (Harris e tal, 2005.) A Combretum leprosum espécies que

pertence à família Combretaceae, é conhecida popularmente como Cipoaba, Mofumbo e

Mufumbo (Matos, 2003). O estudo químico das espécies revelou a presença de

triterpenos e flavonóides (Facundo et al.,1993). Uma vez que o C. leprosum apresentou




650

potenciais terapêuticos e não há dados relacionados aos efeitos reprodutivos desta planta

na literatura, o objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos do extrato etanólico de

Combretum leprosum na atividade estrogênica em ratas fêmeas.

MATERIAIS E MÉTODOS

As cascas de C. leprosum foram submetidas a uma secagem em estufa de

circulação forçada de ar durante três dias a uma temperatura de 40° C e, em seguida,

trituradas em um moinho eléctrico. O material foi submetido a um processo de

maceração com etanol a 70% por três extracções sucessivas e depois concentrou-se em

um rotavapor a 50° C, em seguida foram colocados em frascos de vidro âmbar e

mantida no refrigerador. Para a realização deste protocolo,foram utilizadas 16 ratas

wistar ovariectomizadas. Os animais foram separados em 4 grupos que receberam os

seguintes tratamentos:

Grupo I: solução salina 1mL/100g por via oral e óleo de milho (0,1 mL/100g) por via

intramuscular IM.

Grupo II: Saline 1mL/100g por via oral e estradiol (1 g/100g) IM.

Grupo III: extracto etanólico de C. leprosum (EECL) na dose de 500mg/kg por via oral

e óleo de milho (0,1 mL/100g) IM.

Grupo IV: EECL (500mg/kg) por via oral + estradiol (1 g/100g) IM.

O tratamento foi administrado durante 3 dias. No quarto dia, os ratos foram

sacrificados por inalação de excesso de halotano. Foram realizadas a remoção,

limpeza e pesagem dos úteros. Os dados foram submetidos ao teste ANOVA as médias

comparadas pelo teste de Student-Newman-Keuls (p <0,5).


O grupo tratado com EECL não mostrou qualquer alteração no

peso uterino quando comparado com os ratos que recebem solução salina (Fig. 1). Isto

demonstra uma ausência de atividade estrogênica. Atividade estrogênica de uma

substância específica é entendida como a capacidade que possui em vincular-se aos

receptores de estrogênio promovendo efeitos similares ao seu próprio hormônio.

Não houve diferença significativa entres o grupo tratado com EECL mais estradiol e do

grupo tratado com soro fisiológico e estradiol. Isto indica a falta de

atividade antiestrogênica nesta planta, com isso infere-se que é seguro para uso




651

terapêutico em mulheres em idade reprodutiva. As plantas que exibem atividade

antiestrogénica têm a capacidade de interromper a gestação de ratos e

camundongos, pela inibição do estrogéno necessária para a implantação (Gandhi et al.,

1991). Em ratos e seres humanos, o estrogéno tem um papel importante na implantação,

uma vez que participa na balança estrogéno / progesterona e na receptividade do

útero para o embrião (Ements, 1970).

CONCLUSÃO

Os dados indicam que o extrato etanólico de Combretum leprosum não

apresentou atividade estrogênica nem antiestrogênica em ratas wistar.

Figura 1 - Efeito do tratamento com extrato etanólico de Combretum leprosum no peso uterino dos ratas ovariectomizados, com e sem reposição de estradiol. As letras indicam que não

há diferença significativa (p <0,5).


EMENTS, C.W. Antifertility agents. Annual Review Pharmacology. 10. p.237-254, 1970.

FACUNDO, V.A.; ANDRADE, C.H.S.; SILVEIRA, E.R.; BRAZ FILHO. R.; HUFORD,C.

Triterpenes and flavonoids from Combretum leprosum. Phytochemistry. 32(2), p.411-15,

1993.

GHANDI, M.; LAL, R.; SANKARANARAYANAN, A.; SHARMA, P.L. Post-coital

antifertility activity of Ruta gravoleolens in female rats and hamsters. Journal of

Ethnopharmacology. 34. p. 49-59, 1991.

HARRIS, D.M., BESSELINK, E., HENNING, S.M., GO, V.L.W., HEBER, D.

Phytoestrogens induce differential estrogen receptor alpha- or beta-mediated responses in

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MATOS, F.J.A.. O Formulário Fitoterápico do professor Dias Rocha. 2ª ed. Fortaleza;

EUFC. 2003, 260p.

0

50

100

150

200

250

300

350

Salina +Óleo

EECL + Óleo EECL +Estrógeno

Salina +Estrogeno

Úte

ro

pes

o/1

00g

p.c

a a

http://ebm.rsmjournals.com/




652

Influência dos níveis de fibra e proteína na dieta sobre as proteínas do plasma

seminal de coelhos da raça Nova Zelândia Branca criados em clima Tropical.

Influence of dietary fiber and protein levels on seminal plasma protein profile of New

Zealand White rabbits raised under tropical environment.

Jôsy Maria Arruda de Alencar1, Aderson Viana Neto

1, Carlos Eduardo A. Souza

1, Jorge

André M. Martins1, Laura Alejandra Martinez Ocampo

2*, Arlindo de Alencar A. Moura

1

1Departamento de Zootecnia, Universidade Federal do Ceará – Brasil.

2Univesidade Nacional da Colômbia – Sede Medellín.


ABSTRACT

This study aimed to verify the effects of different diets recommended on semen quality

and seminal plasma protein profile of New Zealand White rabbits. Eight male housed

individually were fed each concentrate for 30 days. After 15 days, semen samples were

collected twice a week for two weeks. The ejaculates were evaluated for sperm motility,

vigor, concentration and ejaculated volume. After collection, ejaculates were

centrifuged to separate seminal plasma. The samples from each male were pooled, and

protein concentration was determined. Proteins were separated by SDS-PAGE and

analyzed with Quantity One. There was no difference in semen parameters between

diets. On average, 66.0 ± 4.2 protein bands were detected per sample. Only two bands

with 25.2 kDa and 30.9 kDa differed between diets, being more abundant in the general

purpose diet. These bands represented 6.4 and 1.9%, respectively of the total intensity

of the bands.

Key words: Rabbit, seminal plasma, diet

Palavras-chave: coelho, plasma seminal, dieta

INTRODUÇÃO

Os níveis protéicos e de fibra na dieta influenciam diretamente no desempenho

dos animais (Ferreira et al.,2006). No Brasil, não existe uma padronização das rações

comerciais resultando no surgimento de produtos de baixa qualidade nutricional,

contribuindo para elevação dos custos de produção (Machado & Ferreira, 2011). Na

área da reprodução, contudo, pouco se sabe sobre os efeitos de diferentes dietas sobre o

perfil protéico do plasma seminal. Portanto, o objetivo desse estudo foi de avaliar a




653

influência dos diferentes dietas sobre as proteínas do plasma seminal de coelhos da raça

Nova Zelândia Branca criados em condições tropicais.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados 8 coelhos da raça Nova Zelândia Branca (NZB), alojados

individualmente em gaiolas de arame galvanizado, recebendo 2 dietas, nas quais foram

fornecidas rações indicadas para todas as fases de crescimento (dieta 1) ou

especificamente para reprodução (dieta 2), contendo teores de fibra e proteína

diferentes. As rações fornecidas foram de uso comercial, sendo a dieta 1 contendo 14%

de proteína bruta (PB) e 20% de fibra bruta (FB). Enquanto que a dieta 2 continha 18%

de PB e 12% de FB. O experimento foi dividido em 2 fases, com duração de 30 dias

cada uma. Após 15 dias da administração de cada dieta, os animais tiveram sêmen

coletado 2x/semana durante 2 semanas, e avaliado quanto ao vigor, a motilidade, e

concentração espermática. As amostras de sêmen foram centrifugadas a 800g, 4 ºC, por

10 minutos para separação do plasma. As amostras de cada animal foram agrupadas e

dez microgramas de proteínas do plasma seminal foram separadas por SDS-PAGE em

gradiente linear de 10 – 17,5 % de poliacrilamida. O gel foi corado com Coomassie

Blue e analisado utilizando o aplicativo Quantity One (Bio-Rad, USA). As variáveis

paramétricas foram avaliadas pelo teste t pareado, e as não paramétricas comparadas

pelo teste de Wilcoxon.


Os ejaculados provenientes da dieta 1 apresentavam maior quantidade de cristais

aderidos aos espermatozóides, aglutinação espermática, além da presença de células de

descamações e gel. Com a alteração da dieta, o sêmen passou a ter um aspecto mais

limpo, e não foi mais observada aglutinação espermática. No entanto, não houve

diferenças nos parâmetros seminais avaliados (Tabela 1). Foram encontradas, em média,

66,0 ± 4,2 bandas por animal, com 54 bandas consistentemente presentes em todos os

animais. Estas 54 bandas representaram 89% da intensidade média de todas as bandas.

As principais bandas do plasma seminal dos coelhos apresentaram massa molecular de

91,2; 14,8; 33,8; 84,5 e 77,3 kDa. Elas representaram, em conjunto, 37% da intensidade

média das proteínas seminais. Apenas duas bandas diferiram entre as dietas, diminuindo

após a administração da dieta 2, a banda 22 (25,2 kDa) e a banda 24 (30,9 kDa). Essas




654

proteínas representam, respectivamente, 6,4 e 1,9% da intensidade total das bandas no

plasma seminal.

Tabela 1: Variações nos parâmetros seminais em função da dieta em coelhos NZB criados no

Nordeste do Brasil.

Anima

l

Vigor

(0-4)

Motilidade

(%)

Conc. Sptz*

(x106/mL)

Vol.sêmen

(mL)

D1 D2 D1 D2 D1 D2 D1 D2

38 4,0 3,5 70 70 537,5 395,0 0,40 0,50

30 4,0 3,5 80 80 650,0 230,0 0,30 0,30

50 4,0 3,5 70 80 230,0 295,0 0,50 0,50

42 3,5 3,0 70 90 657,5 445,0 0,70 0,30

22 4,0 3,0 90 80 517,5 425,0 0,30 0,20

18 3,0 3,5 80 90 240,0 322,5 0,20 0,50

43 3,0 3,5 70 80 625,0 367,5 0,30 0,60

31 3,0 4,0 80 90 927,5 645,0 0,80 0,30

X

DP

2,7±0,

5

2,7±0,

5

78,3±4,

6

80,7±7,

3

433±15

2

407±16

4

0,5±0,

1

0,4±0,

1 *Concentração espermática

CONCLUSÃO

O uso de diferentes concentrados comerciais não produziu mudanças nos

parâmetros seminais avaliados, mas observou-se mudanças em outros aspectos,

incluindo a presença de sujidades e aglutinação de cabeça, e também no perfil protéico

do plasma seminal.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FERREIRA W. M.; FERREIRA S. R. A.; CASTRO EULER A. C. C.; MACHADO L.

C.; OLIVEIRA C. E. A.; VASCONCELOS C. H. F. Avanços na nutrição e alimentação

de coelhos no Brasil. In: Zootec 2006, Anais... Recurso eletrônico CD.

MACHADO, L.C.; FERREIRA, W.M. (2011). Atualidades em nutrição de coelhos. IV

Encontro sobre nutrição animal do centro oeste mineiro, Novembro, Bambuí, MG.




655

Pesquisa de atividade estrogênica do extrato hidroalcoólico de Samanea tubulosa

(benth.) em ratas Wistar

Survey of estrogenic activity of the hydroalcoholic extract of Samanea tubulosa (benth.)

in Wistar female rats

Paulo Alex Bezerra Sales¹, Jamylla Mirck Guerra de Oliveira¹, Julliet Teixeira de

Oliveira¹*, Indira Régia e Silva¹, Tatiane Novaes da Costa¹, Amilton Paulo Raposo

Costa¹


* [email protected]

ABSTRACT

Samanea tubulosa, popularly known as Bordão-de-velho, has been widely used in

human phytotherapy or in animal feed. Its fruit are consumed by livestock due to its

palatability and its branches are forage with high crude protein content. This work

aimed to evaluate possible effects of S. tubulosa hidroalcoholic extract on reproduction

in female wistar rats by searching the following parameters: estrogenic and

antiestrogenic activity, effects on the estrous cycle and systemic toxicity. Protocol 1

involved four groups from castrated female rats (n=8): Group 1 (saline + corn oil),

Group 2 (saline + estradiol), Group 3 (extract + oil) and Group 4 (extract + estradiol).

No difference was seen between groups 1 and 3 nor between groups 2 and 4, showing a

lack of estrogenic or anti-estrogenic activity.

Key words: Estrogen; Estrous cycle; Bordão-de-velho

Palavras-chave: Estrógeno; Ciclo estral; Bordão-de-velho

INTRODUÇÃO

A espécie Samanea tubulosa conhecida popularmente como Bordão-de-Velho,

tem sido amplamente utilizada na alimentação animal. Seu fruto é muito procurado pelo

gado bovino devido a sua palatabilidade, sendo que seus ramos também são forrageiras,

com alto teor de proteína bruta (Pott & Pott, 1994). Em seu estudo, Lima (2009) sugere

a presença de compostos bioativos nessa espécie, após ter realizado o estudo

fitoquimíco da mesma, abrindo perspectivas para seu melhor aproveitamento.

Diversas plantas vêm sendo estudadas e usadas por exibirem atividade semelhante ao

estrógeno. As propriedades estrogênicas e antiestrogênicas dos fitoestrógenos decorrem




656

da interação destes com os receptores de estrogênios (Kondo et al.,1990).

Vários estudos já relataram possíveis atividades estrogênicas e antiestrogênicas

de diversas plantas, mas nenhum delas faz referência à S. tubulosa. Dessa forma, este

trabalho tem como objetivo avaliar possíveis efeitos estrogênicos e/ou antiestrogênicos

do extrato hidroalcoólico de S. tubulosa em ratas Wistar.

MATERIAL E MÉTODOS

O extrato hidroalcoólico de S. tubulosa foi preparado a partir vagens secas,

trituradas e submetidas à maceração com etanol a 70%, por cinco dias. O extrato foi

concentrado em rotavapor a 50 C e armazenado em geladeira.

Foram utilizados quatro grupos de oito ratas Wistar adultas, pesando entre 180 – 250 g,

criadas e mantidas sob regime de 12 horas luz- escuridão, em sala com ar condicionado

e livre acesso a água e ração.

As ratas foram anestesiadas com ketamina (50mg) e xilazina (2%) (2:1,

0,1ml/100 g PC) e ovariectomizadas. Foram, então, mantidas em repouso por 30 dias

para recuperação pós-cirúrgica e involução uterina. Em seguida foi realizado o

experimento composto de quatro grupos: Grupo 1 (controle negativo) - tratado com

salina via oral (VO) (1 mL/100 g de PC ) e óleo de milho via subcutânea (SC) (0,1

mL/100 g PC). Grupo 2 (controle positivo) - tratado com salina VO e estradiol SC

(1,0 g/100 g PC). Grupo 3 (extrato) – tratado VO com extrato hidroalcoólico da

vagem de S. tubulosa (750 mg/kg PC) e óleo de milho SC (0,1 mL/100 g PC). Grupo 4

(extrato + estradiol) – tratado por VO com extrato hidroalcoólico da vagem de S.

tubulosa (750 mg/kg PC) e estradiol SC (1,0 g/100 g PC). Os tratamentos duraram

quatro dias. No 5º dia as ratas foram examinadas por esfregaço vaginal à fresco, em

seguida foram eutanasiadas por excesso de anestésico (xilazina+ketamina), e os úteros e

ovários removidos e pesados.

Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas

pelo teste de Student-Newman-Keuls (p< 0,05).

Esse projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação

Animal da UFPI, com parecer nº 033/09.




657


Os resultados para peso uterino em mg (média±EPM) estão expressos na Fig. 1.

Houve diferença significativa entre o G1 e G2, assim como entre G1 e G4,

demonstrando a eficácia do tratamento com estradiol em G2 e G4. No entanto, não

houve diferença significativa entre G2 e G4, mostrando que o extrato não alterou o

efeito do estradiol sobre o útero, sugerindo falta de atividade anti-estrogênica. Também

não houve diferença entre G1 e G3, mostrando que o extrato não alterou

significativamente o peso do útero hipotrofiado pela castração, indicando ausência de

atividade estrogênica.

O peso dos ovários também se encontrava aumentado no grupo tratado.

Controle E2 Ext.+ Óleo Ext.+ E2

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

Grupo

Peso

(m

g)

Figura 1. Peso do útero de ratas ovariectomizadas submetidas aos tratamentos com salina

(Controle), estradiol (E2), extrato de Samanea tubulosa (Ext.+Óleo) e extrato de S. tubulosa +

estradiol (Ext.+E2).

CONCLUSÃO

Foi constatado no grupo tratado com extrato de S.Tubulosa a falta de atividade

estrogênica e antiestrogênica, que não interferiu no ciclo estral.


KONDO, H., NAKAJIMA, S., YAMAMOTO, N., OKURA, A., SATOH, F., SUDA, H.,

OKANISHI, M., TANAKA, N. BE-14384 substances, new specific estrogen-receptor

binding inhibitors: production, isolation, structure determination and biological

properties. Journal of antibiotics, v. 43, p.1533-1542, 1990.

b b

a

a

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POTT, A.; POTT, V.J. Plantas do Pantanal. Brasília, DF: EMBRAPA–SPI; Corumbá:

EMBRAPA-CPAP;. p.320, 1994.




659

Pesquisa de toxicidade do extrato hidroalcoólico de Samanea tubulosa sobre a

gestação de ratas Wistar

Survey of toxicity of the hydroalcoholic extract of Samanea tubulosa (benth.) on

pregnant Wistar rats

Paulo Alex Bezerra Sales¹, Jamylla Mirck Guerra de Oliveira¹, Julliet Teixeira de

Oliveira¹*, Indira Régia e Silva¹, Tatiane Novaes da Costa¹, Amilton Paulo Raposo

Costa¹


* [email protected]

ABSTRACT

Samanea tubulosa is used to treat skin infections, gastric inflammations and parasitic

infections, although there are reports of pronounced hemolytic activity. This study aims

to evaluate the possible effects of hydroalcoholic extract from S. tubulosa on pregnant

rats. Pregnant Wistar rats were treated with hydroalcoholic extract from S. tubulosa,

intragastrically (75mg/100g-1

body weight), whereas the control group received

1ml/100g-1

bw of saline by the same route for 19 days. The euthanasia of animals was

carried out at day 20 and the following variables were analyzed: weight of fetuses and

placentas, number of corpora lutea, fetal resorptions points, live and dead fetuses, and

number of embryonic implantation. The S. tubulosa extract showed toxicity, causing

fetal abnormalities, embryonic loss after implantation and pronounced decrease in the

weight of offspring at birth.

Key words: Toxicity; Reproductive problems; Samanea tubulosa

Palavras-chave: Toxicidade; Problemas reprodutivos; Samanea tubulosa

INTRODUÇÃO

A espécie Samanea tubulosa é uma planta, da família Fabaceae (Leguminosae),

conhecida popularmente como bordão-de-velho. Ela possui vagens comestíveis e a

polpa doce, com sabor de alcaçuz, sendo uma espécie nativa das Américas Tropicais e

cultivada com propósitos ornamentais (Lorenz, 1995).

Em estudos anteriores, S. tubulosa apresentou atividade antioxidante, que pode

estar relacionada com a presença de compostos polifenólicos, como os flavonóides, que

são capazes de proteger o organismo contra várias doenças crônicas (Lima et al., 2009).




660

A ascensão dos estudos toxicológicos sobre a reprodução se deve às constatações de

efeitos ocasionados por plantas sobre o sistema reprodutor, onde várias pesquisas

mostram seus potenciais tóxicos e terapêuticos.

O conhecimento de que as vagens da S. tubulosa são usadas em fitoteparia

humana e consumidas por ruminantes em sistemas de criação extensivos e a falta de

estudo toxicológico, especialmente referente à toxicidade reprodutiva, motivou esta

pesquisa que tem por objetivo avaliar possíveis efeitos do extrato hidroalcoólico de S.

tubulosa sobre a gestação de ratas Wistar.

MATERIAL E MÉTODOS

O extrato hidroalcoólico de S. tubulosa foi preparado a partir vagens secas,

trituradas e maceradas com etanol a 70%, por cinco dias. O extrato foi concentrado em

rotavapor a 50 C e armazenado em geladeira. Foram utilizados dois grupos de oito

ratas Wistar adultas (180 – 250g), criadas e mantidas sob regime de 12 horas luz-

escuridão, em sala com ar condicionado e livre acesso a água e ração.

As ratas detectadas em proestro foram acasaladas com um macho sabidamente

fértil e a presença de espermatozóides no esfregaço vaginal (secreção vaginal coletada

com micropipeta plástica contendo salina e analizada por microscopia de luz) da manhã

seguinte ao acasalamento foi considerado indicativo de prenhez (1º dia). Uma vez

prenhas, as ratas receberam do 1º ao 19º dia de gestação, os seguintes tratamentos:

Grupo controle: tratado com salina via gástrica (IG) (1 mL/100g PC). Grupo tratado:

extrato hidroalcoólico (75 mg/100g PC), IG. Após o período de tratamento, no 21º dia

de gestação, as ratas foram eutanasiadas com associação de ketamina (50mg) e xilazina

(2%) intraperitoneal. O útero gravídico foi removido e realizada a contagem do número

de fetos vivos e mortos, avaliado o peso fetal individual e da ninhada, o número de

sítios de implantação e os pontos de reabsorção fetal. As placentas de cada feto foram

pesadas e os corpos lúteos de cada ovário foram contados. Os fetos foram examinados

quanto à presença de sinais vitais e de anomalias e malformações congênitas.

Os resultados foram analisados pelo teste “t” de Student, com nível de

significância de 5% ( < 0,05). Esse projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de

Ética em Experimentação Animal da UFPI, com parecer nº 033/09.




661


Os pesos dos fetos do grupo tratado foram significativamente inferiores aos do grupo

controle (Fig. 1). No grupo tratado com extrato hidroalcoólico de S. tubulosa, foram

observadas malformações fetais na morfologia externa. Quanto aos pesos placentários,

não se observou diferença significativa entre os tratamentos. Não se evidenciaram

diferenças entre os grupos quanto ao número de corpos lúteos e taxa de implantação.

Também não foram encontradas diferenças significativas em relação ao número de fetos

vivos, fetos mortos entre os grupos estudados. No grupo tratado houve um maior

percentual de perdas embrionárias (25%) em relação ao controle (13%). A toxicidade

causada pelo extrato de S. tubulosa em ratas prenhes deixa evidente seu poder tóxico

aos animais e possivelmente a humanos, onde o cuidado com seu consumo deve ser

reavaliado, já que o seu uso como fitoterápico foi registrado na literatura (Cruz , 2006)

CONCLUSÃO

O extrato hidroalcoólico de S. tubulosa apresenta toxicidade sobre a gestação de ratas.

Controle Tratado0

1

2

3

4

*

Grupo

Peso

(g

)

Figura 1. Pesos dos fetos de ratas dos grupos controle e tratado com extrato de Samanea

tubulosa. *Diferença significativa em relação ao grupo-controle (p<0,05).


CRUZ, R. B. Caracterização Estrutural e Atividade Biológica de Constituintes Isolados

de Samanea tubulosa. In: XXVII Jornada Giulio Massarani de Iniciação Científica,

Artística e Cultural, UFRJ, 2006.




662

LIMA, I. V.A., MENDES, R. F., DUTRA, L. B., SCIO, E. Potencial químico e

biológico de Samanea tubulosa. In: Sociedade Brasileira de Química (SBQ). 32a

Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), 2009.

LORENZI, H.; SOUZA, H.M. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e

trepadeiras. Editora Plantarum, São Paulo, 1995.




663

Study of toxicity from Combretum leprosum Mart & Eicher in pregnant Wistar rats

Estudo de toxicidade de Combretum leprosum Mart & Eicher em ratas Wistar gestantes

Francimarne Sousa Cardoso¹, Jamylla Mirck Guerra de Oliveira¹, Leopoldo Fabrício

Marçal do Nascimento¹*, Paulo Alex Bezerra Sales¹, Silvéria Regina de Sousa Lira¹,

Amilton Paulo Raposo Costa¹



RESUMO

Este estudo teve como objetivo verificar possível atividade do extrato etanólico de

Combretum leprosum Mart & Eicher (EECL) (conhecida popularmente como Cipoaba,

Mofumbo e Mufumbo) na gestação de ratas adultas Wistar. Ratas Wistar (180 - 250g)

foram mantidas em condições ambientais controladas de temperatura, umidade, ciclo de

luz/escuridão 12/12h, água e ração ad libitum. Para estudar a toxicidade reprodutiva

durante as fases de fecundação e de implantação dos embriões, bem como durante a fase

de organogênese, dois grupos de 16 ratas foram utilizados para cada experimento, o

controle (salina (0,9%) VO) e o grupo tratado (recebeu EECL 500mg/kg VO). A

ingestão de EECL (500mg/kg) não causou alteração do número de implantação, o que

indica ausência de toxicidade durante esta fase. Não alterou o tamanho da ninhada nem

o peso dos recém-nascidos.

Palavras-chave: Organogênese; Teratógeno; Combretum leprosum

Key words: Organogenesis; Teratogen; Combretum leprosum

INTRODUCTION

Many drugs or chemical products can causes congenital malformations,

therefore called teratogens. Drugs vary considerably in their teratogenic capacity. Some

may cause severe morphological alterations if administered during the organogenic

period; others may produce mental and growth retardations as well as minor

malformations when used in excess during development (Seip, 2008). Several species

that need more information concerning their effects on the reproductive system. Among

these are the species of the genus Combretum, which contain several confirmed

pharmacological properties. Among the species that have already been isolated are the

combrestatins with potential for cancer treatment (Rodrigues, 2006).




664

C. leprosum presents therapeutic potentials and there is no data related to the

reproductive effects of this plant in the literature. Thus, the aim of this research was to

evaluate the effects of the ethanolic extract from Combretum leprosum on estrogenic

activity in female rats.

MATERIALS AND METHODS

The barks of C. leprosum were dried in an evaporator at 40 1 C and then

grounded in an electrical mill. The material was submitted to a maceration process with

ethanol at 70% during three successive extractions and then concentrated in a rotavap at

50 C, and later put in amber glass bottles and kept in the fridge.

The protocol for reproductive toxicity during the fecundation and implantation

phases was carried out using two groups of eight animals each: control and treated with

EECL. Rats detected in proestrus were mated with a fertile male and the presence of

spermatozoids in the vaginal smear (vaginal secretions collected with plastic

micropipette containing saline and analyzed by light microscopy) in the following

morning was indicative of pregnancy (day 1). The control group received 1 mL/100g of

body weight of saline orally and the test group received EECL 500mg/10g bw orally,

both from the first to the seventh day of gestation. The animals were sacrificed by

excessive inhalation of halothane and the uteri were removed and weighed. The number

of corpora lutea and the embryonary implantation sites in each uterus were verified.

To Evaluation of reproductive toxicity during organogenesis, proceeded likewise

as above, however the treatment was carried out from the sixth to the fifteenth day of

gestation. The animals were kept in observation until parturition. The offspring number,

the weight and the presence of congenital defects were observed for each animal.

The data was submitted to analysis of variance (ANOVA test) and the means

compared through the Student-Newman-Keuls test or by the Kruskal-Wallis test.

RESULTS AND DISCUSSION

The ingestion of EECL did not cause modifications in the number of

implantation sites (Fig. 1). This indicates the lack of toxicity during this phase.

The number of newborn rats per litter was not altered by the treatment of the

mothers with EECL (Fig. 2), suggesting that it did not have toxicity during this phase,




665

since the normal fetus growth depends on a complex interaction between genetic,

immunological, endocrinological, nutritional, vascular and environmental factors.

Alterations in any of these factors can interrupt the normal growth and development of the

embryo/fetus (Chahoud et al., 1999).

Figure 1 – Number of embryonary implantation sites in rats treated with ethanolic extract of

Combretum leprosum. Same letters indicate no significant difference.

Figure 2. Effect of ethanolic extract of Combretum leprosum on the weight of newborn rats.

Same letters indicate no significant difference.

CONCLUSION

The data indicates that the ethanolic extract from Combretum leprosum did not

present toxicity or teratogenicity when administered during the gestational period.

REFERENCES

CHAHOUD, I., LIGENSA, A., DIETZEL, L., FAGI, A. S. Correlation between

maternal toxicity and embryo/fetal effects. Reproductive Toxicology (13). P. 375-381,

1999.




666

RODRIGUES, A. Perspectivas de novos tratamentos para o carcinoma tireoidiano

avançado. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. 33-3, 189-197, 2006.

SEIP, M. Growth retardation, dysmorphic facies and minor malformations following

massive exposure to phenobarbitone in utero. Acta Paediatrica, 65-4, 617-621, 2008.




667

Toxicidade gestacional de Parkia platycephala Benth em ratas Wistar

Toxicity of Parkia platycephala Benth pregnancy in female Wistar rats

Bethânia Amorim Costa1; Leopoldo Fabrício Marçal do Nascimento

1; Silvéria Regina

de Sousa Lira1; Indira Régia e Silva

1; Andréia da Silva Costa

1; Amilton Paulo Raposo

Costa1*

1Universidade Federal do Piauí.


ABSTRACT

The Parkia platycephala Benth is a legume commonly known as field bean and bean-

acorn, being widely usedin supplemental feeding of ruminants in the savanna areas. In

toxicity evaluation gestational of the ethanolic extract of leaves of Parkia platycephala

Benth (EtOH-Pp) in pregnant Wistar rats were administered distilled water in the

control group (G1) and other groups in different doses (G2-250, G3-500, G4-1000

mg/kg/day) EtOH-Pp extract for 19 days. An increased number of corpus luteum (250

mg/kg) and deployments (1000 mg/kg) with increased rates of reabsorption and post-

implantation losses in the dose1000 mg/kg which prevented an increase in the number

of fetuses, causing, thus, embryonic and fetal loss. It was clear so a gestational toxicity

of ethanolic extract of leaves of Parkia platycephala Benth pre and post deployment.

Key-words: bean-acorn; reproductive rates; abortive potential

Palavras-chave: fava-de-bolota; índices reprodutivos; potencial abortivo

INTRODUÇÃO

Diversas substâncias químicas presentes em plantas medicinais podem exercer

efeitos tóxicos sobre a gestação devido à significante exposição fetal resultante da

circulação através da placenta (Miller et al., 2004). A Parkia platycephala Benth é uma

leguminosa conhecida popularmente como faveira ou fava-de bolota, sendo bastante

utilizada na suplementação alimentar de ruminantes nas áreas de cerrado (Cavada et al.,

2006). Estudos fitoquímicos demonstraram fenóis totais, flavonóides e terpenos em

extrato etanólico e frações das folhas de Parkia platycephala Benth (Bezerra et al.,

2009). Compostos fenólicos como flavonóides, classe de metabólitos secundários,

podem apresentar tanto propriedades terapêuticas, antioxidantes e antiinflamatórias

quanto tóxicas, abortivas e antinutricionais, encontradas também em saponinas




668

(Sandhar, 2011). Como forma de implementar segurança e eficácia no uso desta planta

na alimentação animal e como fármaco, em especial no período gestacional, este

trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade gestacional do extrato etanólico das

folhas de Parkia platycephala Benth (EtOH-Pp) em ratas Wistar prenhas.

MATERIAL E MÉTODOS

No teste de toxicidade gestacional, quatro grupos de ratas Wistar prenhas

receberam, durante dezenove dias: G1-água destilada (veículo), G2-250, G3-500, G4-

1000 mg/kg/dia do extrato EtOH-Pp. Após este período, as ratas foram submetidas à

cesariana (anestesia com associação de cetamina 50 mg/kg e xilazina 11,5 mg/kg) para

avaliação do número e massa de fetos vivos, mortos e placentas, número de sítios de

implantação e presença de malformações congênitas macroscópicas. Em seguida, os

ovários foram retirados e avaliados quanto ao número de corpos lúteos. Os índices

reprodutivos de implantação, reabsorção, perdas pré e pós-implante foram então

calculados. Os dados foram avaliados por análise de variância seguida do teste de Tukey

para comparação das médias.

RESULTADOS

O extrato provocou aumento do número de corpos lúteos (dose 250 mg/kg) e de

implantações (1000 mg/kg), porém concomitantemente houve aumento dos índices de

reabsorção e perdas pós-implante na dose 1000 mg/kg (Tab. 1), impedindo que

houvesse aumento do número de fetos. Com isso, ficou demonstrado que o EtOH-Pp

provocou perdas embrionárias e fetais.

CONCLUSÕES

Há evidências de toxicidade gestacional do extrato etanólico das folhas de

Parkia platycephala Benth nos períodos pré e pós implantação.




669

Tabela 1. Toxicidade reprodutiva quanto ao número de corpos lúteos, implantações,

reabsorções e índices de implantações, reabsorções, perdas pré-implante e pós-implante após 30

dias de administrações do extrato etanólico das folhas de Parkia platycephala Benth (EtOH-Pp)

nas diferentes doses (água destilada, 250 mg/kg, 500 mg/kg, 1000 mg/kg).

Toxicidade reprodutiva no estágio de implantação embrionária

Tratamento

Parâmetro Veículo

(Ág. Dest.)

EtOH-Pp

250 mg/kg

EtOH-Pp

500 mg/kg

EtOH-Pp

1000 mg/kg

(Número)

Corpo lúteos 9,625 ± 0,596 13,250 ± 1,221* 11,875 ± 0,441 12,000 ± 0,732

Implantações 8,375 ± 0,532 10,375 ± 0,625 10,250 ± 0,366 11,500 ± 0,886*

Reabsorções 0,250 ± 0,164 0,750 ± 0,366 0,125 ± 0,125 1,753 ± 0,590*

Fetos 8,500 ± 0,681 9,500 ± 0,779 9,250 ± 1,114 9,750 ± 0,726

(Índice)

Implantação 85,769 ± 6,654 81,321 ± 5,919 75,457 ± 9,633 95,735 ± 3,382

Reabsorção 2,639 ± 1,731 7,419 ± 4,007 1,563 ± 1,563 34,591 ± 12,630*

PPRI 10,480 ± 7,221 21,426 ± 5,984 13,285 ± 2,991 7,593 ± 2,405

PPSI 6,209 ± 3,613 12,058 ± 5,455 3,889 ± 2,681 34,679 ± 12,614*

Os dados representam a média ± erro padrão da média, n = 8. PPRI (perda pré-

implante); PPSI (perda pós-implante).* p < 0,05 vs. Veículo.


BEZERRA, R. D. S.; CARVALHO, A. A.; CHAVES, M. H. Fenóis totais e atividade

antioxidante de extratos das folhas de Parkia platycephala BENTH. In: REUNIÃO

ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 32., 2009, Fortaleza.

Disponível em: <http://sec.sbq.org.br/cdrom/32ra/resumos/T0803-1.pdf>. Acesso em:

14 set. 2011.

CAVADA, B. S.; MORENO, F. B. A. M.; AZEVEDO, J. R. W. F. cDNA cloning and

1.75 Å crystal structure determination of PPL, endochitinase and – acetylglucosamine

binding hemagglutinin from Parkia platycephala seeds. Febs Journal, v. 273, p. 3962-

3974, 2006.




670

MILLER, K. P. et al. In uterus effects of chemicals on reproductive tissues females.

Toxicology and Applied Pharmacology, n. 198, p.111-131, 2004.

SANDHAR, H. K. et al . A review of phytochemistry and pharmacology of flavonoids.

International Pharmaceutica Sciencia, v. 1, n. 1, p. 25-41, 2011. Disponível em:

<http://www.ipharmaceutica.com> Acesso em: set. 2011.

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