Avaliação da Densidade Mineral Óssea em Pacientes com Diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo 1

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Avaliação da Densidade Mineral Óssea em Pacientes com Diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo 1 Fernanda Sousa Cardoso – R2 Pediatria Orientadores: João Lindolfo C Borges Mariângela Sampaio Maristela E Barbosa Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF www.paulomargotto.com.br 3/11/2009 Monografia apresentada ao Supervisor do Monografia apresentada ao Supervisor do Programa de Residência Médica da Secretaria Programa de Residência Médica da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, como de Estado de Saúde do Distrito Federal, como requisito parcial para obtenção do título de requisito parcial para obtenção do título de especialista em Pediatria especialista em Pediatria

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Avaliação da Densidade Mineral Óssea em Pacientes com

Diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo 1

Fernanda Sousa Cardoso – R2 Pediatria Orientadores: João Lindolfo C Borges

Mariângela SampaioMaristela E Barbosa

Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)/SES/DF www.paulomargotto.com.br

3/11/2009

Monografia apresentada ao Supervisor do Programa de Monografia apresentada ao Supervisor do Programa de Residência Médica da Secretaria de Estado de Saúde do Residência Médica da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, como requisito parcial para obtenção do Distrito Federal, como requisito parcial para obtenção do

título de especialista em Pediatriatítulo de especialista em Pediatria

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Introdução

• Definição de diabetes• Quadro clínico• Tratamento

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Importância Clínica

• Complicações do estado hiperglicêmico crônico:– Lesões da macro e microvasculatura:

• Nefropatia• Retinopatia• Maior risco de IAM e AVC

– Neuropatias– Risco aumentado de osteopenia, osteoporose

e fraturas na idade adulta.

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Comprometimento ósseo??• Forsén et al.1999

Estudo prospectivo com pessoas acima de 50 anos, para observar incidência de fraturas de quadril por 9 anos: maior incidência de fraturas em mulheres portadoras de DM 1 que nas da mesma faixa etária.

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Comprometimento ósseo??

• Nicodemus K et al. 2001:

Estudo prospectivo com 32.089 mulheres na pós menopausa, período de 11 anos registrou o número de fraturas por ano. Concluiram que mulheres com diabetes mellitus tipo 1 tem 12,25 vezes mais chance de apresentar fraturas que mulheres sem a doença.

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Comprometimento ósseo??• Valério G et al.2002

Estudo com 27 adolescentes com pelo menos 6 anos diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1. Análise de controle metabólico do diabetes e metabolismo ósseo: O controle metabólico ruim pode levar esses pacientes a risco de osteopenia na vida adulta.

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Comprometimento ósseo??• Léger J et al.2008.

Estudo com 127 crianças com diabetes tipo 1 e 319 controles com avaliação da densidade mineral óssea nestas crianças. No estudo concluiu-se que pacientes do sexo feminino têm um ganho de massa óssea inadequado quando comparadas com os controles.

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Objetivo Principal

• Avaliar a densidade mineral óssea de pacientes entre 04 e 20 anos portadores de diabetes mellitus tipo 1 do Hospital Regional da Asa Sul – Secretaria de Saúde.

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Objetivos Secundários

• Correlacionar o mau controle metabólico e ganho inadequado de massa óssea;

• Relacionar a proporcionalidade entre tempo de diagnóstico e ganho inadequado de massa óssea;

• Correlacionar ingesta de cálcio, atividade física e exposição solar adequadas com massa óssea dos pacientes.

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Materiais e Métodos

• Estudo longitudinal prospectivo • 33 pacientes portadores de diabetes, com

pelo menos 1 ano de diagnóstico.• Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa

da FEPECS – Parecer n° 065/2009, protocolo n° 073/09 do dia 17 de abril de 2009.

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Desenho do EstudoPrimeiro encontro:• Explanação sobre o estudo aos pais e pacientes;• Assinatura do termo de consentimento livre

esclarecido- TCLE.

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Termo de Consentimento Livre Esclarecido

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Primeiro encontro:• Obtenção de questionário sobre a doença e

sobre hábitos de vida + exame físico completo;

• Requisição de exames de sangue e urina disponíveis na Secretaria de Saúde: hemoglobina glicada, microalbuminúria 24h, cálcio sérico e urinário, magnésio e fósforo séricos, sódio, potássio e cloro séricos

• Pré-marcação da densitometria mineral óssea

Desenho do Estudo

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Desenho do Estudo

Segundo encontro:• Realização da densitometria mineral óssea – Centro

de Pesquisa Clínica do Brasil• Método dual energy x-ray absorptiometry (DXA) com

avaliação pelo Z score

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Desenho do Estudo

Terceiro encontro:• Entrega dos resultados dos exames laboratoriais

pelos familiares;

Quarto encontro:• Entrega dos resultados da avaliação individual dos

pacientes pela equipe de endocrinologia.

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Análises Estatísticas

• Método de comparação de médias de duas amostras independentes;

• Coeficiente de correlação de Pearson;• A avaliação estatística foi realizada pelo

software SPSS.

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Resultados

• Amostra com média de idade de 9,8 anos, com predomínio de pacientes do sexo feminino (60%).

• As pacientes do sexo feminino tiveram média de idade de 9,05 anos enquanto que os pacientes do sexo masculino tiveram média de idade de 11,15 anos.

• A maioria das crianças já havia iniciado a puberdade (57,6%)

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Resultados

• A amostra foi dividida em 2 grupos estatísticamente comparáveis de acordo com o tempo de diagnóstico:

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Variáveis Estudadas

VariáveisTempo de

diagnósticoNº de

pacientesMédia

Desvio-padrão

p-valor

Microalbumina < 4 anos 15 11,77 9,46 0,064  4 anos e + 13 19,68 12,16  % Gordura Corporal < 4 anos 18 21,09 5,24 0,270

  4 anos e + 15 23,38 6,48  

Calcio sérico < 4 anos 15 10,41 0,57 0,291  4 anos e + 11 10,16 0,60  

Conteúdo mineral ósseo < 4 anos 18 1062,27 428,44 0,008*  4 anos e + 15 1498,55 459,25  

Altura X idade Percentil < 4 anos 18 39,94 29,54 0,382  4 anos e + 15 49,67 33,39  BMD total < 4 anos 18 0,86 0,10 0,005*  4 anos e + 15 0,97 0,10  BMD coluna < 4 anos 18 0,72 0,10 0,003*

  4 anos e + 15 0,85 0,13  

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Resultados• Análise: Tempo de diagnóstico x Hemoglobina glicada

P- valor= 0,329

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Resultados

Tempo diag

Z score

Média DP N

< 4 anos -0,39 0,88 184 ou + anos

0,17 1,02 15

• Análise: Tempo de diagnóstico x Z score p-valor=0,099

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Resultados

Hemoglobina glicada x Z score (p-valor = 0,712)

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Resultados Correlação de Pearson: Z score X ingesta de cálcio

Não foi observado correlação entre atividade física e exposição solar e Z score

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Conclusão

• O grupo estudado não mostrou acometimento mineral ósseo, apesar do controle metabólico inadequado.

• Faz-se necessário um estudo amplo de caráter longitudinal- desde o diagnóstico até 50 anos de idade - incluindo avaliação metabólica óssea completa;

• Objetivos:– Observar os mecanismos fisiopatológicos que

levam à perda óssea– Determinar o momento em que a perda óssea

acontece.

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Agradecimentos

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Bibliografia

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