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AVALIAÇÃO DA IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO: INFLUÊNCIA DO CLIMA NA UNIFORMIDADE E EFICIÊNCIA'" JOSÉ MAURO RIBEIRO ** FRANCISCO DE SOUZA *** INTRODUÇÃO Estuda os padrões de distribuição de 4 aspersoresdispon(veis no rnercado, bem como, os fatores que influenciam na eficiência e na uniformidade de distribuição da água na irriga- ção por aspersão. Foram realizados 64 testes de uniformidade, em dois turnos distintos. Os resultados mostraram que: - para as condições estudadas (Vale do Curu-CE), obtem-se melhor qualidade da irrigação por aspersão(maior efici- ência de aplicação e armazenamento e maior uniformidade), quando o espaçamento da late- ral é 50% do diâmetro molhado do aspersor; -na análise da qual idade da irrigação por asper- são devem ser consideradas a direção e a veloci- dade do vento; - do ponto de vista da adequabi- I idade e eficiência, ~eria vantajoso que a irriga- ção por aspersãofosse realizada antes das 8: 00 horas da manhã, no local em estudo, devido ao menor efeito dos fatores climáticos sobre a dis- tribuição e perdas d'áQua. A eficiência e a uniformidade de apli- cação da água na irrigação por aspersão dependem de vários fatores: pressãode serviço; uniformidade de rotação do aspersor;altura da haste,diâmetro e tipo do bocal; espaçamento; e fatores climáti- cos. Dentre os fatores cl imáticos, a velo- cidade e direção do vento são de impor- tância capital. A relevânciado método de irrigação por aspersãofica patente, no momento em que o governo brasileiro lança o "Programa de Financiamento ParaAqui- sição de Equipamentos de Irrigação" - PROFI R, visando ao aumento expressivo da área irrigada em nosso país, com metas para incorporação de um milhão de hectares, em 5 anos, com o objetivo precípuo de produzir todo trigo necessá- rio ao abastecimento nacional, além do "Programa Nacional de Pequena I rriga- ção", também com metas altamente sig- nificativas. Tendo em vista os aspectos acima consideradose a necessidades de obten- ção de informações para o planejamento, operação e manejo do sistema de irriga- ção por aspersão foi realizado o presente estudo, que teve dois objetivos básicos: * o presente trabalho foi extraído da Dissertação do primeiro autor, como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia Agrí- cola, na UFC. ** Engenheiro Agrônomo, MS em Engenharia Agrí- cola - atualmente na EMATER - GO/PROFIR. ***"" iessor Adjunto IV, do Curso de Mestrado em Engenharia Agrícola da UFC - Pesquisador111. b do CNPq - MS, Ph.D. A ser apresentado no XIII CongressoBrasileiro de Engenharia Agrícola, 18-21/07/83, Rio de Janei-

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AVALIAÇÃO DA IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO: INFLUÊNCIA DO CLIMA NAUNIFORMIDADE E EFICIÊNCIA'"

JOSÉ MAURO RIBEIRO **FRANCISCO DE SOUZA ***

INTRODUÇÃOEstuda os padrões de distribuição de 4aspersores dispon(veis no rnercado, bem como,os fatores que influenciam na eficiência e nauniformidade de distribuição da água na irriga-ção por aspersão. Foram realizados 64 testes deuniformidade, em dois turnos distintos. Osresultados mostraram que: - para as condições

estudadas (Vale do Curu-CE), obtem-se melhorqualidade da irrigação por aspersão (maior efici-ência de aplicação e armazenamento e maioruniformidade), quando o espaçamento da late-ral é 50% do diâmetro molhado do aspersor;-na anál ise da qual idade da irrigação por asper-são devem ser consideradas a direção e a veloci-dade do vento; - do ponto de vista da adequabi-

I idade e eficiência, ~eria vantajoso que a irriga-ção por aspersão fosse real izada antes das 8: 00horas da manhã, no local em estudo, devido aomenor efeito dos fatores climáticos sobre a dis-tribuição e perdas d'áQua.

A eficiência e a uniformidade de apli-cação da água na irrigação por aspersãodependem de vários fatores: pressão deserviço; uniformidade de rotação doaspersor; altura da haste, diâmetro e tipodo bocal; espaçamento; e fatores climáti-cos. Dentre os fatores cl imáticos, a velo-cidade e direção do vento são de impor-tância capital.

A relevância do método de irrigaçãopor aspersão fica patente, no momentoem que o governo brasileiro lança o"Programa de Financiamento Para Aqui-sição de Equipamentos de Irrigação" -PROFI R, visando ao aumento expressivoda área irrigada em nosso país, commetas para incorporação de um milhãode hectares, em 5 anos, com o objetivoprecípuo de produzir todo trigo necessá-rio ao abastecimento nacional, além do"Programa Nacional de Pequena I rriga-ção", também com metas altamente sig-n ificativas.

Tendo em vista os aspectos acimaconsiderados e a necessidades de obten-ção de informações para o planejamento,operação e manejo do sistema de irriga-ção por aspersão foi realizado o presenteestudo, que teve dois objetivos básicos:

* o presente trabalho foi extraído da Dissertação

do primeiro autor, como requisito parcial para aobtenção do grau de Mestre em Engenharia Agrí-cola, na UFC.

** Engenheiro Agrônomo, MS em Engenharia Agrí-cola - atualmente na EMATER - GO/PROFIR.

***"" iessor Adjunto IV, do Curso de Mestrado emEngenharia Agrícola da UFC - Pesquisador 111. bdo CNPq - MS, Ph.D.

A ser apresentado no XIII Congresso Brasileiro deEngenharia Agrícola, 18-21/07/83, Rio de Janei-

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(1) aplicação do modelo linear deKarmeli na avaliação do sistema de irriga-ção por aspersão (trabalho a ser publica-do na revista ITEM da ABI D, e apresen-tado no xiii CBEA); (2) estudar o pa-drão de distribuição de 4 aspersores dis-poníveis no mercado, bem como os fato-res que influenciam a eficiência e unifor-midade de distribuição da água na irriga-ção por aspersão. O presente trabalhoapresenta os resultados relativos ao obje-tivo 2.

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REVISÃO DE LITERATURA

Os aspersores distribuem água emáreas circulares, não sendo possível obteruma aplicação com absoluta uniformida-de. Uma grande uniformídade, segundoChristiansen (1942), depende do tipo dedistribuição, que é função do vento,pressão de serviço, uniformidade de rota-ção dos aspersores, altura da haste, diâ-metro e tipo do bocal. A uniformidadedepende, também, do espaçamento entreaspersores, sendo a distribuição triangu-lar, a que produz melhor uniformidadede distribuição.

Batpistella et alii (1980), trabalhan-do com canhão setorial, também con-clu íram que o coeficiente de uniformida-de e a eficiência de distribuição sãomaiores no espaçamento triangular.

Se o solo apresentar taxa de infiltra-ção reduzida são necessários aspersorescom baixa taxa de aplicação, com peque-nos diâmetros dos bocais, que proporcio-nam menores tamanhos de gotas (Agar-wal & Agarwal, 1977), Estas, por suavez, são mais afetadas pelo vento, tempe-raturas elevadas e baixa umidade relativa.

Frost & Schuwalen (1960), concluí-ram que as perdas (das gotículas) de águasão relativamente pequenas, comparadascom medidas anteriormente descritas poroutros pesquisadores. Em 5 anos de estu-do, os autores verificaram que velocidadeefevada do vento em dias secos, tempera-tura elevada e projetos mal elaboradoseram as causas de grandes perdas por eva-poração, e propuseram irrigações notur-nas para o sistema de aspersão.124 "'~ A-

Os mesmos autores (1955), já haviamconcluído que as perdas sob extremacondição de luz solar, temperatura eleva-da e baixa umidade do ar, podem atingirde 35 a 45%, diminuindo bastante a efi-ciência de aplicação da água. Tambémconcluíram que as perdas por evaporaçãovariam inversamente com o diâmetro dobocal e que o aumento da pressão de ser-viço torna menor o tamanho das got(cu-Ias, possibilitando maior perda pela açãodo vento e evaporação.

Christiansen (1942), baseado no rc-sultado de vários testes, real izados em di-ferentes condições climáticas" afirmouque as perdas por evaporação são despre-zíveis, quando a umidade relativa é alta ea temperatura do ar é baixa. Nos testesrealizados, quando a umidade relativa ex-cedia 75%, a perda por evaporaçãovariou de 0,85 a 8,9%. Já nos testes,onde a umidade relativa estava em tornode 15% e a temperatura média em40,5° C, a perda variou de 10 a 42%.

O efeito do vento sobre o perfil dedistribuição de água de um aspersor tipocanhão, com bocal único, foi estudadopor Shull & Dylla (1976). Eles efetuaramleituras da direção do vento em interva-los de 5 minutos. Os padrões de distri-buição da água, alterados pelo vento,foram comparados com outros padrõescalculados na ausência de vento, com ointuito de determinar o efeito do ventosobre a uniformidade de distribuição.Estes autores usaram as médias dos valo-res absolutos dos desvios entre as lâmi-nas de água coletadas durante os testes,com as lâminas correspondentes asmesmas posições dos modelQs calcula-dos, e conclu íram que:

- A média dos valores absolutos dosdesvios é bastante relacionada com avelocidade do vento e com a pressão deserviço do bocal do aspersor.

- O padrão de distribuição da águafoi mais alterado pela v,elocidade dovento do que pela pressão.

- A uniformidade de distribuição de-cresce com o aumento da velocidade dovento e da pressão de serviço do asper-soro

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IMATERIAIS E METODOS

Os trabalhos de campo do presenteestudo foram conduzidos em área plana,sem cobertura vegetal, localizada na Fa-zenda Experimental Vale do Curu, muni-cfpio de Pentecoste, pertencente a Uni-versidade Federal do Ceará, entre osmeses de agosto de 1981 e março de1982.- Procedimento de Campo

Foram realizados sessenta e quatro(64) testes de uniformidade, usando-sequatro (4) diferentes marcas de asperso-res, sendo dezesseis (16) testes para cadaasperso r, em dois turnos distintos; uminiciando entre 6: 00 e 6: 30 h., horáriode menor velocidade do vento, menorevaporação, menor temperatura e maiorumidade relativa; outro, com infcio entre7: 30 e 8: 30 h., horário de maior veloci-dade do vento, maior evaporação, maiortemperatu ra e umidade relativa maisbaixa. Em cada um destes turnos foramreal izados oito (8) testes para cada tipode aspersor, na pressão de serviço de 2,5Kgf/cm2 e com uma (1) hora de dura-ção.

Segundo Agarwal (01( Agarwal (1977),a velocidade do vento é mais uniformequando o tempo de medição decresce.Um período relativamente pequeno deteste permite uma melhor determinaçãodo ~feito da velocidade do vento nopadrão de distribuição do que testeslongos.

Fazendo determinação e análise dauniformidade de distribuição da água, nosistema de irrigação por aspersão, Gomi-de (1978), chegou às segu'intes conclu-sões: o espaçamento dos aspersores deveser reduzido, à medida que aumenta a ve-locidade do vento; existe maior efeito dovento quando é maior a altura do tubode elevação (haste) do aspersor: a unifor-midade de distribuição é mais influencia-da pelo vento, 'do-que pelaaltura dotubo de elevação do aspersor.

Ch rist iansen (1941 ), fez testes deuniformidade errl períodos de 30 e 60minutos, com coletores espaçados de3,0 m e concluiu que:

- Os aspersores devem girar à veloci-dade de 1 rpm, pois altas rotações, redu-zem a área coberta e, conseqüentemente,aumentam a taxa de aplicação de água.

Na montagem do campo experimen-tal, bem como na realização dos ensaios,levou-se em conta, sempre que possível,as normas estabelecidas pela II AmericanSociety of Agricultural Engineers"(ASAE). O conhecimento da performan-ce de um sistema de irrigação por asper-são é obtido quando o padrão de aplica-ção de água (distribuição) é estabelecidopara dadas condições específicas.Quando o padrão de distribuição de águade um único aspersor é conhecido paradeterminadas condições de clima, crité"rios adotados no projeto e condiçõesoperacionais, pode-se, através de su per-posições, obter o padrão relativo ao con-junto de aspersores em funcionamentosimultâneo, e simular anal iticamentepadrões de distribuição para qualquerespaçamento. Assim sendo, considera-seque todos os aspersores do conjunto deirrigação produzem padrão de distribui-ção semelhante. Para possibilitar tal pro-

- Nem sempre o melhor espaçamen-to é conseguido com aproximação dalateral.

- o arranjo triangular dos aspersoresé mais sensível ao espaçamento, que o re-tangular, além de não ser prático para sis-temas portáteis.

- O padrão de distribuição cônico,onde um máximo de aplicação ocorrepróximo do aspersor e decresce, gradual-mente, para a margem da área molhada,produz aplicação uniforme quando os as-persores não estão distanciados por maisde 55 a 60% do diâmetro molhado.

- Boa distribuição é conseguidaquando o espaçamento entre linhas nãoexcede 50 a 70% do diâmetro molhadopelo aspersor e o espaçamento entre osaspersores ao longo da linha lateral não émaior que 35% do diâmetro molhado.

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Deve-se observar que os diâmetrosdos bocais citados referem-se àqueles efe-tivamente medidos.

Os outros equipamentos usadosforam: cronômetros, proveta graduada,trena, paquímetro, conjunto moto-bom-ba, tubulação, haste com 60 cm de alturae balde e mangueira (para determinaçãoda vazão pelo processo direto).

Os dados de média diária de velocida-de e direção do vento, temperatura mé-dia diária, umidade relativa, precipitação,evaporação e insolação foram fornecidospela Estação Meteorológica da FazendaExperimental Vale do Curu, distantedois (2) km da área de realização dostestes.

Em resumo, na realização dos testesfazia-se a checagem da posição dos cole-tores, do horário e da velocidade dovento. Colocava-se 50ml de água do reci-piente medidor de evaporação e aciona-va-se o sistema.

Durante a realização, regulava-se apressão através do manômetro colocadona linha de tubulação a cada 10 minutos,mantendo-a em 2,5 kgf/cm2 e cronome-trava-se o tempo de rotação do aspersor(total e nos quadrantes), fazendo 3 repe-tições, 20 minutos após acionamento dosistema.

No final, checava-se a velocidade dovento, da água existente no medidor deevaporação, verificava-se a pressão de ser-viço no bocal do aspersor ( 1 h após oinício do teste) desligava-se o sistema eanotava-se o volume precipitado dos co-letores.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Estudo da distribuição e eficiência

o bom funcionamento de um siste-ma de irrigação por aspersão, requer apli-cação uniforme de água sobre a superfí-cie do terreno. Keller (1978), consideraque valores de coeficientes de uniformi-dade (CU) abaixo de 79%, são considera-dos baixos, apesar de conceito de"baixo" ser relativo.

cedimento, o local de realização dostestes foi dividido em subáreas de 9m2(3m x 3m), no centro das quais forami nstalados os coletores, FI G U RA 1.

Durante a realização dos testes foramusados 144 coletores (latas de óleo lubri-ficante com 10 cm de diâmetro), queeram sempre posicionados de modo quea área de coleta permanecia em posiçãohorizontal.

Usou-se um recipiente igual aos cole-tores como medidor da evaporação, noqual, colocava-se 50 ml de água, no in(-cio de cada teste. Nova medição do con-teúdo de água do recipiente era feita nofinal de cada teste, para que a diferençaentre o conteúdo inicial e final fosse aquantidade da água evaporada (durante oteste).

Para medir a pressão de serviço,foram usados dois manômetros. Umdeles foi instalado na tubulação, parapossibil itar o controle da pressão de ser-viço durante a realização dos testes. Ooutro, foi conectado a um tubo pitot. Otubo pitot era usado a 1/8 de pol dobocal do aspersor, com a ponta nocentro do jato. Dava-se ligeiro balançono tubo pitot e anotava-se a maior pres-são registrada.

Os aspersores testados foram:- Top A - aspersor metálico, fabri'-

cado pelo KONI Indo e Comércio Ltda.,São Paulo, com bocais de 4,4 e 5,0 mm

de diâmetro e ângulo do jato de 30°.- Samoto - modelo AJS setorial,

metálico, fabricado pela Santo AmaroMotores Agrícolas Ltda., São Paulo, combocal único d9 4,3 mm de diâmetro e ân-gulo do jato de 30°.

- Asbrasil - modelo Perrot Asbrasil,tipo ZED-30, metálico, fabricado pelaDan Metal, Recife-PE, com bocais de 4,4x 5,4 mm de diâmetro e ângulo do jatode 30°.

- Agropolo - modelo único de uma(1) pai, fabricado pela Agropolo Máqui-nas Agrícolas Ltda., São Paulo, em fibrade nylon com parte interna metálica,bocais de 4;7 e 6,1 mm de diâmetro eângulo do jato de 30°.

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Figura 1 - Diagrama esquemático do campo experimental.

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TABELA 4

Influência da velocidade do vento no espaçamento da lateral.

Velo vento (km/h) % do diâmetro molhado no espaçamentoda lateral

65605030

CalmoAté 9De9a16

16

( após SCS-USA, citado por Olitta, 1978)

TABELA 5aFreqüência da velocidade do vento obtida nas categorias propostas pelo Serviço de Conservação de Solo dos

Estados Unidos, nos testes iniciados de 6: 00 às 7: 30h.

Aspersor testado

3Km3-9Km9 - 16 Km

16 Km

Considerando vento calmo àquelecom velocidade inferior a 3 km/h, fez-seum estudo, com os 64 testes de camporeal izados, T AB ELAS 5a e 5b, onde veri-ficou-se que pequeno percentual dosventos, medidos durante os testes, classi-ficam-se como calmo (20,31%). Umacomparação entre os testes iniciadosentre 6: 00 e 7: 30 e entre 7: 30e8:30h, demonstra que o 1.0 horário possuimaior freqüência de ventos calmos. Istoindica que se pode encontrar durante odecorrer do dia, horários em que é maiora freqüência de ventos de baixa velocida-de, portanto, mais propícios ao manejoda irrigação por aspersão.

Comparando as T ABE LAS 1 e 2referentes ao aspersor ZED-30, é tam-bém possível verificar a maior influênciada velocidade do vento sobre maiores es-paçamentos. Quando a velocidade dovento é baixa (2,5 km/h, TABELA 1), omaior coeficiente de uniformidade é92,9% (CUC) no espaçamento de 12 x12 m e o menor coeficiente de uniformi-dade é 55,5% no espaçamento de 18 x30m, o que corresponde a uma diferençapercentual de 37,2%.

130 Ciên. Agro

Quando a velocidade do vento é ele-vada (13,9km/h, TABELA 2), encontra-se para os mesmos espaçamentos (12 x12 m e 18 x 30 m) os coeficientes deuniformidade de 72,2% e 4,8%, perfazen-do uma diferença percentual de 67,4%,mostrando a maior influência do ventonos maiores espaçamentos.

Outros dados de velocidade e direçãodo vento são mostrados na TABELA 6,onde se verifica que nos meses de maioruso de irrigação (agosto a fevereiro) avelocidade média dos ventos é superior a9 km/h. Isto parece indicar que os proje-tos de irrigação por aspersão da região daFazenda Experimental Vale do Curu,devem considerar um baixo percentualdo diâmetro molhado' no cálculo do es-paçamento, ou seja, no máximo 50% dodiâmetro molhado (se o critério do SCSfor adotado). Por exemplo, não seria re-comendável utilizar um aspersor cujodiâmetro molhado é 28 m (como o as-persor Top A) no espaçamento de 18 x18 m (65% do diâmetro), no per(odoentre agosto e fevereiro, pois isto acarre-taria Irrigação de baixa qualidade, amenos que se considere irrigar em horá-

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TABELA 5bFreqüência da velocidade do vento obtida nas categorias propostas pelo Serviço de Conservação de Solo dos

Estados Unidos, nos testes iniciados de 7: 30 às 8: 30 h.

Aspersor testado

ZED-30velo dovento ocorrido TopA Agropolo Samoto

3Km3-9Km9-16Km

16 Km

62

35

44

251

rios com baixa velocidade de vento.A T ABE LA 7 mostra o efeito da ve-

locidade do vento sobre os coeficientesde uniformidade (CUC e CUH), eficiên-cias, perdas por percolação profunda ecoeficiente de variação (para o aspersorAgropolo no espaçamento de 12 x 12m). Os dados mostram um decréscimodos coeficientes de uniformidade e efi-ciência e eficiências e um aumento dasperdas por percolaçãQ e coeficiente devariação, à medida que os ventos vãoatingindo maior velocidade. Quando osventos atingem 9 km/h, os valores doscoeficientes de uniformidade e eficiên-cias já apresentam grande diferença dosvalores encontrados para ventos de até3 km/h.

Desta maneira, fica evidente quetabelas baseadas em testes realizados sobcond ições de baixa velocidade de vento(até 3 km/h) são pouco funcionais e nãoapresentam condições adequadas para olocal de real ização do presente trabalho.- Efeito da direção do vento

O vento influi consideravelmente nosíndices de uniformidade quando seobserva sua direção dominante. NaT ABE LA 7, pode-se verificar que o teste35 tem maior coeficiente que o teste 23,apesar de apresentar maior velocidade devento. Os autores acreditam que fatoscomo este podem ser atribu ídos à di re-ção do vento, e que esta deve ser consi-derada na análise da qualidade da irriga-ção por aspersão, juntamente, com dadossobre sua velocidade.

Quando o espaçamento é retangulara maior distância entre os aspersores(maior espaçamento) deve ficar paralelaà direção dos ventos dominantes (geral-mente espaçamento entre laterais), e omenor espaçamento, perpendicular à di-reção dos ventos dominantes (geralmenteespaçamento entre aspersores).

- Com os dados da distribuição ocorri-da no teste n.O 1 (aspersor Top A, veloci-dade do vento 13,9 km/h ou 3,86 m/s.FIGURA 2), efetuou-se a superposiçãopara o espaçamento 12 x 18m, conside-rando a direção do vento paralela aomenor espaçamento (FIGURA 3) e obte-ve-se o padrão de distribuição (FIGURA4). Para o padrão obtido calculou-se:desvio padrão (s); coeficiente de variação(s/ y); coeficiente de uniformidade de

Ciên. Agron., Fortaleza, 14 (1/2):Pág.123-06 - Dezembro, 1983 131

TABELA6

Velocidade média dos ventos obtida de 1964 a 1970na Estação Meteorológica da Fazenda Experimental

Vale do Curu.

Meses Velocidade média(km/h)

10,8010,44

6,845,766,127,208,28

10,4412,9612,9612,6011,52

JaneiroFevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubroNovembroDezembro

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Figura 2 - Padrão do Aspersor TOP A no testen.o 1 com velocidade do vento de13.9 Km/ha.

Hart (CUH); coeficiente de uniformidadede Christiansen (CUC).

Com procedimento idêntico obteve-se o padrão de distribuição para direçãodo vento paralela ao maior espaçamento(FIGURA 5) e também calculou-se osparâmetros já referidos (s, si y, CU H eCUC).

A TABELA 8 mostra o efeito dadireção do vento sobre a uniformidade,onde fica constatado que os maiores es-paçamentos resultam em irrigação maisadequada e eficiente, quando colocadosno sentido da direção dos ventos domi-nantes.- Efeito das perdas por evaporação ecarreamento

Quando os fatores climáticos propi-ciam grandes perdas, ou seja, grande eva-poração e carreamento, antes que asgotas d'água atinjam o solo, devido, prin-cipalmente, à baixa umidade relativa,alta temperatura e elevada velocidade dovento, o padrão de distribuição pode

E::C: - ~ ficar bastante deformado, influindo,~] Ê :;: ~ ~ ~ marcantemente, na uniformidade de dis-~ - G a a ~ ;n g tribuição. A ação destes fatores féiz-se

Ciên. Agron., Forjale2a, 14 (lf2);Pág. 123-136 - Dezembro, 1983

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84 38 6 4wtL 47 40 12 7 33 45

DIREÇÃODOS VENTOS

DOMINANTES

12,0 m63 55 15

82 71 12

IF igura 4 - Superposição obtida do padrão do teste n.o 1, para o espaçamento 12 x 18 m, comventos dominantes paralelos ao menor espaçamento.

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DIREÇÃOOOS VENTOSDOMINANTES

63 69 62 61

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44 16 19 24

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Figura 5 - Superposição obtida do padrão do teste n.o 1, para o espaçamento 12 x 18 m, comventos dominantes paralelos ao maior espaçamento.

TABELA 8

Efeito da direção do vento na distribuição da águo

Maior espaçamento perpendicularà direção do vento

Maior espaçamento paraleloà direção do vento

30,1940,704

43,8041,01

24,560,573

54,2551,42

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s/vCUH (%)CUC(%)

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tos, um deles iniciando entre 6: 00 e7: 30 h (geralmente menor velocidade dovento, menor temperatura e maior umi-dade relativa) e outro horário iniciandoentre 7: 30 e 8: 30 h (geralmente menorumidade relativa, maior temperatura emaior velocidade do vento), formaram-sedois grupos de resultados que podem sercomparados na T ABE LA 9 (espaçamen-to 12 x 12 m).

A TABELA 9 mostra que as médiasde precipitação obtidas no segundo horá-rio (7: 30 às 8: 30 h). Considerando queo aspersór utilizado foi o mesmo e apressão de serviço foi mantida constante(2,5 kgf/cm2), nos dois horários, os me-nores valores de precipitações médias co-letados no segundo horário (7: 30 às8: 30 h), devem ser atribuidos às maioresperdas por evaporação e carreamento.

Os resu Itados parecem demonstrar,que seria bastante vantajoso do ponto devista da adequacidade e eficiência, que airrigação por aspersão, no local em estu-do, fosse realizada antes da 8: 30 h damanhã, horário em que as condições cli-máticas não são muito adversas.

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- Para as condicões estudadas (Vale do ~Curu), obtéri1~se melhor qualidade da ,~irrigação por aspersão, quando se ~. c.considera espaçamento da lateral ~como sendo 50% do diâmetro molha- o

c.do do aspersor. ~- Todos os aspersores testados apresen- ~

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çamento de 12 x 12 m, quando as ~condições climáticas o permitem. ~Todos eles diminuem o coeficiente W

de uniformidade quando aumenta oespaçamento e/ou a velocidade dovento. O aspersor de maior diâmetromolhado apresenta melhor coeficien-te de uniformidade, para condiçõessemelhantes.

- A direção e a velocidade do ventodevem ser consideradas na anál ise daqualidade da irrigação por aspersão.As tabelas elaboradas com base em

Ciên. Agron., Fortaleza, 14 (1/2): Pág.123-136 - Dezembro, 1983

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testes de baixa velocidade do vento wind speed and direction must be taken(até 3 km/h), são pouco funcionais e into account in the analysis of sprinklernão apresentam condições adequadas irrigation quality; - in order to get goodpara o local do presente estudo. Os efficiency and adequacy, sprinklersefeitos destes fatores devem ser estu- should be run before 8: 00 AM, for thedados com maiores detalhes. conditions of Vale do Curu, CE.Do ponto de vista da adequacidade eeficiência, seria vantajoso que a irri-gação por aspersão fosse~ realizada REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICASantes das 8: OOh da manha, no localem estudo, devido ao menor efeito ASAE. Procedure for sprinkler distribution testing for

dos fatores climáticos sobre a distri- mearch purpose. Agricultural Engineers Year-buição e perdas de água. book, 1975. p. 564-9.Os valores de CUC CUH e CUL AGARWAl, M.C. & AGARWAl, S. Effectofwing've-

. '. . 'Iocity on Distribution Effeciency from twinpodem ser usados, Indistintamente. Nozzle sprinklers. Departament of Soil, Haryana

Seria recomendável, para confirma- AgriculturaIUniversityHissar,1977.p.11-3.ção dos resultados, que fossem reali- BATPISTEllA, J. R. et alii. Uniformidade de Asper-zados estudos considerando outros são - Avaliação da Eficiência de Aplicação e de

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AGRADECIMENTOS

Os autores desejam agradecer aoConvênio "Dessalinização" - CNPq/UFC/FCPC, pelo financiamento dos tra-balhos de campo.

SUMMARY

The objective of this work was tostudy the water distribution pattern of 4,different sprinklers, as well as, to assessthe main factors affecting the efficiencyand uniformity of water distribution insprinkler irrigation. The results of 64field trials showed that: - better irriga-tion quality is obtained when lateral spa-cing is 50% of the diameter of throw; -

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