AVALIAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA E pH DO SOLO EM...

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÔMICA AVALIAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA E pH DO SOLO EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS LOCALIZADOS NA REGIÃO DE ALTAMIRA-PA Ana Claudia Moraes e Silva Altamira Pará-Brasil 2011

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

AVALIAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA E pH DO SOLO EM

SISTEMAS AGROFLORESTAIS LOCALIZADOS NA REGIÃO

DE ALTAMIRA-PA

Ana Claudia Moraes e Silva

Altamira – Pará-Brasil

2011

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

AVALIAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA E pH DO SOLO EM

SISTEMAS AGROFLORESTAIS LOCALIZADOS NA REGIÃO

DE ALTAMIRA-PA

Discente:

Ana Claudia Moraes e Silva

Orientadora:

Profa. Dra. Sandra Andréa S. da Silva

Altamira-PA

Setembro 2011

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

UFPA – Campus de Altamira - Biblioteca

Silva, Ana Claudia Moraes e Avaliação da matéria orgânica e pH do solo em sistemas agroflorestais localizados na região de Altamira-Pará/Ana Claudia Moraes e Silva; orientador,Profª Dra. Sandra Andréa S. da Silva.— 2011.

Monografia (Graduação) Universidade Federal do Pará,

Faculdade de Agronomia, 2001.

1.Solos-Classificação-Altamira(PA). 2.Sistemas Agroflorestais. I.Título.

CDD: 631.4098115

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA

FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

AVALIAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA E pH DO SOLO EM

SISTEMAS AGROFLORESTAIS LOCALIZADOS NA REGIÃO

DE ALTAMIRA-PA

Ana Claudia Moraes e Silva Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a

Universidade Federal do Pará como parte das

exigências do Curso de Engenharia

Agronômica, para obtenção do título de

Engenheira Agrônoma.

Aprovado em 23 de Setembro de 2011.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________

Profa. Dra. Sandra Andréa Santos da Silva - Orientadora

Universidade Federal do Pará - UFPA

____________________________________________________________

Prof. Dr. Maurício Möller Parry– 1º Examinador

Universidade Federal do Pará - UFPA

___________________________________________________________

Prof. Msc. Fábio Miranda Leão– 2º Examinador

Universidade Federal do Pará – UFPA

Altamira

2011

EPÍGRAFE

"Dos diversos instrumentos utilizados pelo

homem, o mais espetacular é sem dúvida, o livro.

Os demais são extensões de sua visão; o telefone

é a extensão de sua voz; em seguida, temos o

arado e a espada, extensões de seu braço. O

livro, porém, é outra coisa: o livro é uma

extensão da memória e da imaginação".

Jorge Luís Borges

DEDICATÓRIA

ADEUS primeiramente pelas bênçãos concedidas, pelo amor que Ele teve por cada

um de nós quando deu seu único filho pra morrer por nós na cruz, pra salvar pecadores que

não merecem tanto amor.

Á minha AVÓ materna Maria da Silva que apesar de não está mais presente em nossas

vidas, foi uma peça fundamental na minha formação enquanto vida, por isso, faço uma

homenagem toda especial para ela. Sinto muita falta dessa pessoa que praticamente me criou e

contribuiu bastante para que eu fosse o que hoje estou me tornando.

Aos meus PAIS Manoel de Jesus e Maria Moraes, por me concederem a vida, por não

medirem esforços para que eu pudesse continuar estudando em uma cidade tão distante, e por

me fazer uma pessoa digna do que estou me tornando hoje.

Ao meu amado ESPOSO Denison da Silva, por ter entrado na minha vida me apoiado

e por ter colaborado com minha pesquisa de campo, carregando sacos de solo e abrindo várias

trincheiras para que este trabalho estivesse sendo concluído hoje. Te amo.

A todos que me apoiaram e me mostraram o verdadeiro sentido da vida, pela dedicação,

paciência, carinho, amor e principalmente compreensão, pois somente quem ama de

verdade é que têm todas essas qualidades. Meu muito obrigada

DEDICO

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para a realização deste estudo, em

especial:

- Primeiramente, a DEUS, Senhor de todas as coisas, por me conceder bênçãos em cada dia

da minha vida, por mais esse sonho realizado, por me permitir chegar onde estou hoje, por me

dá amigos de verdade que me apoiaram e não permitiram que eu desistisse desse sonho.

- À Universidade Federal do Pará (UFPA), pelo curso oferecido, pela dedicação com que

os professores instruíram cada um de nós;

- Ao Instituto de Pesquisa da Amazônia (IPAM) – pela bolsa concedida do projeto

Petrobras, pois foi muito importante para minha formação, e conhecimento.

- Ao projeto da Petrobrás e da Petrobrás Ambiente “recuperação produtiva de pequenas

propriedades na BR 230” – pela concessão da experiência em campo exercida foi uma das

melhores experiências que já tive;

- Aos Bolsistas, Técnicos e Coordenadores do projeto Petrobras, em especial Prof. Dr.

Sebastião Augusto, Msc. Lucimar Souza, e Eng. Agr. Galdino Xavier o meu eterno

agradecimento;

- À minha orientadora Profa. Dra. Sandra Andréa Santos da Silva – pela dedicação, apoio,

compreensão, paciência, amizade, companheirismo e orientação constante durante todas as

etapas de coleta e de escrita deste trabalho;

- À banca examinadora, Prof. Dr. Mauricio Parry e Prof. Mcs. Fábio Leão, por ter aceitado

no ato do convide a participar de minha banca de TCC, e em especial ao prof. Fábio Leão

pelo auxilio prestado à análise estatística.

- Ao Sr. Renato Frossard - por ceder a área da referida pesquisa e pelo apoio constante

durante as épocas de coleta.

- Ao Sr. Francisco Pereira Rodrigues (Baiano) e ao discente Anderson (Castanheira) –

pelos auxílios prestados durante a fase de coleta do solo.

- Ao Corpo Docente do Curso de Engenharia Agronômica da Universidade Federal do

Pará - pela contribuição na ampliação dos meus conhecimentos profissionais, pela dedicação

e paciência com cada discente;

- Aos amigos da Igreja Presbiteriana, Pr. Batista e Família, Pr. Rogério e família pela

amizade e importante colaboração na minha vida profissional e principalmente espiritual;

- Aos colegas de Turma – pelo apoio e companheirismo: Ana Caroline, Ana Ruth, Andréia

Luz, Andréia Portugal, Carla, Edna, Jaciane, Kelle Adriana, Hélia, Hugo, Leandro,

Paulo André, Roberta, entre outros, que apesar das desavenças e discussões em sala de aula,

fomos vitoriosos e chegamos até o fim;

Ao prof. Dr. Plácido Magalhães – por me conceder uma bolsa de Extensão no momento em

que eu mais precisava sendo acima de tudo um grande amigo.

Ao Meu Amado e Eterno Esposo Denison que esteve sempre comigo a parti do momento em

que nos conhecemos, e foi peça fundamental em minhas coletas me apoiando e me dando

forças para continuar.

- Aos meus familiares, avós, tios, primos, em especial aos meus pais (Manoel e Maria), aos

meus irmãos (Gil, Mica, Beto, Frei e Patrícia), minhas sobrinhas (Geovana, Gessica,

Louse e a pequena Isabeli que nem nasceu ainda), meus sogros (Francisco e Lucinha) e

cunhados (Marina, Renata, Diorley e Denise) pela paciência, compreensão, incentivo,

confiança e pela ajuda para a conclusão deste trabalho, serei eternamente agradecida.

- Aos amigos em especial, Vinicius, Aline, Andréia Luz, Andréia Soares, Kelle Adriana,

Kelly França, Fabrício França, Valdelice, Joice e Alessandro entre outros, pelo

companheirismo durante todos os momentos que estive em Altamira-PA, por não me

permitirem desistir de um sonho nas horas que me sentir só, longe da minha família.

- À amiga Camila, que não desistiu de mim em momentos complicados (ela sabe do que

falo), pelas difíceis horas longe de casa e a constante ajuda com uma palavra amiga, para a

conclusão de mais uma etapa decisiva em minha vida, você é muito especial amiga.

SUMÁRIO

RESUMO..................................................................................................................... 10

1- INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

2- HIPOTESE................................................................................................................ 12

3- OBJETIVOS............................................................................................................. 12

3.1- Objetivo Geral................................................................................................. 12

3.2- Objetivo Específico......................................................................................... 12

4- REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 13

4.1- Sistemas Agroflorestais................................................................................... 13

4.2- Matéria Orgânica do Solo.............................................................................. 13

4.3- pH do Solo....................................................................................................... 14

5- MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 15

6- RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 18

6.1- Profundidade................................................................................................... 18

6.2- Sazonalidade.................................................................................................... 19

6.3- Sistemas Agroflorestais................................................................................... 20

6.3.1- pH.......................................................................................................... 20

6.3.2- Matéria Orgânica................................................................................... 22

7- CONCLUSÃO.......................................................................................................... 23

8- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 24

9- ANEXO.................................................................................................................... 27

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo, avaliar o teor de matéria orgânica e pH do solo em três

sistemas agroflorestais (SAF’s) com diferentes idades, o solo estudado é classificado como

latossolo amarelo de textura argilosa para os três SAF’s, a área experimental situa-se no

município de Altamira na fazenda Guariba. Os períodos de coleta foram realizados no mês de

abril de 2010 (período chuvoso) e setembro de 2010 (período seco). As coletas de amostra de

solo foram efetuadas nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm, sendo cada tratamento composto

por três repetições. As amostras foram encaminhadas para os laboratórios de solo da

Universidade Federal da Amazônia (UFRA) e laboratório de solo da EMBRAPA/CPATU –

Belém-PA. Os resultados foram submetidos à análise estatística pelo programa SYSTAT 11.

A pesquisa permite concluir que: o pH do solo apresentou igualdade entre as profundidades,

porém, foi diferente apenas para o período chuvoso e os tratamentos estudados; a matéria

orgânica do solo é igual para os tratamentos e sazonalidade estudados, apenas foi diferente

estatisticamente para as profundidades. Portanto, os sistemas agroflorestais estudados são

ecossistemas que conservam de forma eficiente a matéria orgânica no solo, aumentando o

reservatório de nutrientes neste recurso natural, sendo por isso, recomendado para a

sustentabilidade de solos tropicais.

Palavras-chaves: Sistemas Agroflorestais; Solo; pH; Matéria Orgânica.

11

1- INTRODUÇÃO

No Brasil Colonial estabeleceu-se uma sociedade agrícola, que enxergava as florestas

exuberantes como uma barreira para a ocupação do território e da expansão das fronteiras. O

resultado foi a redução de cerca de 90% da cobertura florestal original da Mata Atlântica, o

que se repetirá em pouco tempo na Amazônia. Tal processo tem se dado às custas da

tecnologia agropecuária importada de regiões temperadas e países desenvolvidos, muitas

vezes inadequada às regiões tropicais (ENGEL, 1999).

A Transamazônica há décadas atrás, passou por uma grande transformação que hoje

afeta drasticamente a agricultura familiar. No período da colonização, migrantes vieram de

varias regiões do país, principalmente do nordeste e do sul, com o objetivo de adquirir terras.

Segundo Engel (1999) relata que recentemente, a chamada “Revolução Verde”, visando o

aumento da produção agrícola por unidade de área para enfrentar as futuras demandas de

alimentos, tem sido viabilizada às custas da uniformização dos sistemas de produção e de um

elevado nível de insumos e provisão de energia externa.

A Região da Transamazônica, situada no sudoeste do estado do Pará, tem como

característica inerente a agricultura familiar, que se caracteriza pela diversidade social,

cultural e econômica dos agricultores, bem como dos seus sistemas de produção. O município

de Altamira, atualmente conta com mais de 105 mil habitantes, de acordo com IBGE (2010),

o Município possui em torno de 14,24% da população vivendo na zona rural (14.962 mil

habitantes), desenvolvendo diferentes atividades: extrativismo, cultivos anuais e/ou perenes,

criação de bovinos e/ou pequenos animais. Ressaltando a importância da participação da

agricultura familiar no sistema de produção rural do Estado do Pará.

O manejo de derruba e queima em longo prazo promovem no solo alterações que os

leva a degradação e, consequentemente, à impossibilidade de cultivos produtivos. Desta

forma, o sistema agroflorestal pode ser usado permanentemente, minimizando a necessidade

de derruba e queima de novas áreas e aumentando as chances de fixação do homem no

campo, sendo uma alternativa para aproveitamento de áreas já alteradas ou degradadas

(SILVA, 2011).

Estudos realizados por Calvi (2009) afirmam que, existem várias experiências de

SAF’s desenvolvidas por produtores familiares na Transamazônica, além de projetos e

programas executados por diferentes organizações e instituições que buscam sensibilizar os

agricultores a implantarem os sistemas agroflorestais. O autor relata que essas ações ainda não

atingiram um público expressivo, ressaltando que os SAF’s mesmo apresentando

12

características comprovadamente vantajosas, percebe-se índice de adoção bastante reduzido

se comparado com o universo da agricultura familiar deste território.

Desta forma, torna-se necessário estudos relacionados à realidade enfrentada pelos

agricultores, visando conhecer quais os principais entraves na adoção dos sistemas

agroflorestais. Diante do exposto, esta pesquisa buscou colaborar com informações referentes

a matéria orgânica e pH do solo, em função do manejo dos sistemas agroflorestais estudados,

a fim de preservar este recurso natural observando os SAF’s como uma ferramenta

fundamental para direcionar práticas que reduzam o seu depauperamento do solo.

2- HIPÓTESE

O sistema agroflorestal propicia melhorias na qualidade do solo, pelo maior aporte de

fito massa, e isso ocasionaria a manutenção da reserva de nutrientes por meio da matéria

orgânica do solo.

3- OBJETIVOS

3.1- Objetivo Geral:

Estimular os produtores rurais a manter, recuperar e manejar de maneira sustentável, e

assim, gerar benefícios sócio-econômicos para as comunidades rurais e benefícios ambientais

para a sociedade.

3.2- Objetivo Específico:

Avaliar o teor da matéria orgânica (MO) e o pH do solo em diferentes Sistemas

Agroflorestais, em função da sazonalidade e profundidade do solo.

13

4- REVISÃO DE LITERATURA

4.1- Sistemas Agroflorestais

Ots e Catie (1986) conceituam os sistemas agroflorestais como formas de uso e

manejo de recursos naturais, nas quais espécies lenhosas (árvores, arbustos e palmeiras) são

utilizadas em associação deliberada com cultivos agrícolas e/ou com animais no mesmo

terreno, de maneira simultânea ou em sequência temporal.

Os SAF’s são considerados alternativas de uso sustentável do solo e do meio

ambiente, capazes de alavancar os níveis de produtividade das lavouras de pequenos

agricultores o qual propicia melhorias na qualidade do solo (CARDOSO et al., 2005).

A inclusão de componentes arbóreos pode manter ou aumentar a produtividade de

determinada área, devido aos processos que aumentam ou reduzem perda no solo, como

matéria orgânica, nutrientes e água, além de melhorar as propriedades do solo (YOUNG,

1994).

Estudos realizados por Ferreira et al. (2004) afirmam que os sistemas agroflorestais

tem como objetivo aumentar o teor de matéria orgânica e adiciona grande quantidade de

biomassa, protegendo o solo contra efeitos erosivos e elevação da temperatura.

4.2- Matéria Orgânica do Solo

A matéria orgânica do solo (MOS) apresenta em sua constituição resíduos de plantas,

animais e microrganismos em diferentes estádios de decomposição. O estoque de MOS

depende da intensidade dos processos de adição de resíduos vegetais e da decomposição destes

compostos orgânicos, sendo vários os fatores biológicos, químicos e físicos que conferem às

frações orgânicas de proteção ao ataque de micro organismos (MALAVOLTA, 1981).

Bertalot et al. (2006) ressalta que os SAFs, por serem constituidos de árvores ou

arbustos que são podados periodicamente para utilização de biomassa, na forma de adubação

verde e/ou lenha, tem como objetivo principal melhorar a fertilidade do solo, e/ou como

forragem de alta qualidade.

A manutenção da produtividade dos ecossistemas agrícolas e florestais depende, em

grande parte, do processo de transformação da matéria orgânica (GAMA–RODRIGUES,

1997). Em solos sob vegetação natural, a preservação da matéria orgânica tende a ser máxima,

pois o revolvimento do solo é mínimo, sendo mais elevado o aporte de carbono nas florestas

mais elevados do que em áreas cultivadas, pois nessas, os teores de MOS em via de regra,

diminuem, já que as frações orgânicas são mais expostas ao ataque de micro organismos, em

14

função do maior revolvimento e desestruturação do solo (BALASDENT E BALABANE,

1992).

Portanto, o uso do sistema agroflorestal pode diminuir a demanda de fertilizante em

razão da potencialização do processo de ciclagem de nutrientes e da entrada de matéria

orgânica no sistema, melhorando as propriedades do solo e permitindo a preservação da

biodiversidade. Pesquisas realizadas por Teixeira et al. (2001), afirmam que esse tipo de

sistema pode fornecer anualmente, cerca de 6,43 tha-1

de liteira , que se constituem no

principal reservatório de matéria orgânica do solo conciliando, assim a produção de

alimentos, a manutenção da capacidade produtiva do solo e a conservação dos recursos

naturais (MAFRA, 1998).

4.3- pH do Solo

O termo pH, é definido como a ácidez ou alcalinidades relativa de uma solução,

variando na amplitude de 0 a 14, sendo o valor 7,0 definido como neutro, valores a baixo são

classificado como ácidos e os acima de 7,0 são alcalinos. Os solos variam de pH 3 a 9. O

aluminio (Al) pode agir como elemento acidificante e ativa ou H+. Os íons básicos Ca

+2 e

Mg+2

tornam o solo menos ácidos, ou quando em excesso mais alcalino. Para a grande maioria

das plantas a faixa de pH entre 6,0 e 6,5 é a ideal, porque ocorre um ponto de equilíbrio no

qual a maioria dos nutrientes se encontram disponíveis às raízes em maior quantidade, sendo

facilmente absorvidos pelas plantas (MALAVOLTA, 1981).

O pH do solo também influencia na velocidade de decomposição da matéria orgânica,

valores de pH próximo à neutralidade significa dizer que a maioria dos microrganismos do

solo trabalham de forma mais eficiente (MELO et al., 1995). Para (MALAVOLTA 1993), a

origem da acidez dos solos pode ser explicada por quatro processos mais importantes: (a)

lixiviação de base ao longo dos anos (Ca, Mg e, em menor grau o K), que são substituídos por

íons H+ e, principalmente íons Al

+3 os quais, em partes, passam para solução do solo; (b)

processos da troca de cátions da solução do solo (K+, Ca

+2 e Mg

+2 principalmente) durante

absorção radicular, por íons H+; (c) Adubos nitrogenados não nítricos, ao serem nitrificados

no solo, geram H+ e (d) utilização de cloreto de potássio aumenta os teores de Al e Mn,

componentes da acidez do solo.

Segundo Nolla e Anghinoni (2004) o aluminio tóxico é um dos motivos mais comuns

de acidez do solo, ou seja, quando o pH em água esta abaixo de 5,5, implica em menor

disponibilidade de cálcio, magnésio e fósforo. Malavolta (1993), afirma que o meio ácido

torna o ambiente desfavorável para a vida microbiana do solo, responsáveis pela

15

decomposição da matéria orgânica e fixação do nitrogênio; os níveis tóxicos às plantas são

atingidos em razão dos teores de alumínio e manganês existentes engrosamento das raízes

propocionado uma menor absorção de nutrientes e água devido ao menor volume de solo

explorado, ocasionando a redução no crescimente da planta, podendo atingir cerca de 40% da

queda da produção agrícola (NOLLA E ANGHINONI, 2004).

O autor também apresenta a acidez do solo como principal fator de degradação

química tendo como causador a água da chuva (dissociação do ácido carbônico - H2CO3), a

decomposição de materiais orgânicos (dissociação de prótons de grupamentos carboxílicos e

fenólicos da matéria orgânica e de restos culturais), a adição de fertilizantes nitrogenados

(uréia, sulfato de amônio, etc.) e a lixiviação de cátions como cálcio, potássio e magnésio

(SÁ, 1993; WIETHOLTER, 2000 e 2002).

5- MATERIAL E METÓDOS

O estudo foi realizado no município de Altamira (Figura 01), na fazenda Guariba

tendo como proprietário o Sr. Renato Frossart, localizado na região do Oeste do Estado do

Pará, no território da Transamazônica. A sede municipal está a 07 Km no sentido da cidade de

Altamira - Itaituba, apresentando as seguintes coordenadas geográficas: 03º12’12’’ de latitude

Sul e 52º12’23’’ de longitude a Oeste de Greenwich, estando em uma altitude de 109 m

(PARÁ, 2008). O município possui área territorial de aproximadamente 159.695.938 Km² e

tem a Rodovia Transamazônica (BR 230) como principal eixo integrador.

A região de estudo possui o clima classificado como Af3, segundo o método de

classificação de Köppen (Figura 1). O solo estudado é classificado como latossolo amarelo de

textura argilosa para os três SAF’s.

16

Figura 1: Mapa de Classificação Climática do Estado do Pará, segundo Método de Köppen.

Fonte: Guimarães et al. (2001).

O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), composto por três

tratamentos, divididos em duas subparcelas (profundidades de 0-20 e 20-40 cm), sendo que

cada tratamento teve três repetições (Quadro 2 em anexo).

O SAF I foi designado para o sistema agroflorestal com aproximadamente 30 anos

(consorciado por essências florestais, frutíferas e madeira de lei); o SAF II designado para o

sistema agroflorestal tendo a origem da área com vegetação de floresta secundária, o qual foi

enriquecido por diferentes espécies com quatro anos de idade (consórcio de essências

florestais e frutíferas) e o SAF III designado para o sistema agroflorestal de aproximadamente

1 ano, a área antecede de vegetação de floresta secundária assim como o SAF II, neste o

preparo da área foi mecanizada tendo como cultura principal o açaí consorciado com o

mogno. Os SAF’s I e II foram implementados com o cacau (cultura principal) e mantidas as

espécies da área (florestais e frutíferas), conforme em anexo (Quadro 1).

As amostras do solo foram coletadas, através de mini-trincheiras e tradagem (Figura

2), acondicionadas em sacos plásticos devidamente identificados. Posteriormente foram

protocolados e enviados aos laboratórios de solos: da Universidade Rural de Amazônia –

UFRA e da EMBRAPA/CPATU para a realização das análises.

17

Figura 2: coleta de solo com uso de trado holandês

As coletas foram realizadas em duas épocas diferentes, em função da intensidade de

chuvas, sendo a 1ª coleta realizada em abril de 2010, durante o período chuvoso, em quanto

que a 2ª coleta ocorreu em setembro de 2010, no período seco. Em 2010 as áreas de estudos

apresentavam 30, 4 e 1 ano, respectivamente nos SAF’s I, II e III (Figura 3).

Figura 3: SAF’s I (A); SAF’s II (B) e SAF’s III (C).

As análises foram determinadas pelos seguintes métodos: o pH em água

potenciômetro na relação solo: água de 1:2, 5, conforme (EMBRAPA 1997) e o Carbono

Orgânico pelo método de Walkley-Bleck (EMBRAPA 1979), sendo o calculo da matéria

orgânica do solo, considera-se o carbono orgânico representando em média 56% da MOS,

com o fator de equivalência igual a 1,724, entre esses dois atributos.

As variáveis analisadas como indicadores foram pH e Matéria Orgânica, os dados

obtidos foram analisados pelo programa SYSTAT 11. Os dados foram submetidos a análises

de ANAVA, sendo utilizados os teste T e F.

A B C

18

6- RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1- Profundidade

A pesquisa mostrou que os valores de pH do solo, nas profundidades estudadas são

iguais para todos os tratamentos. (0 a 20: Média= 5,7, DPM= ± 0,52; 20 a 40: Média= 5,6,

DPM= ± 0,56) conforme apresentado no gráfico 1. Silva (2011) estudando sistemas

agroflorestais submetidos a queima e não queima, no município de Bragança-PA, corroboram

com os resultados obtidos nesta pesquisa, onde relatam que não houve diferença significativa

para as profundidades de 5-10 e 10-20 cm variando o pH de 4,53 a 4,61. Vasconcelos (2010)

obteve resultados semelhantes estudando os SAFs no município de Igarapé-açu, com o pH

variando de 4,8 a 5,28. Esses valores são classificados com acidez elevada, segundo Osaki

(1991) e Raij et al. (1996). Estudo realizado por Bertalot (1997) com sistemas agroflorestais

de 2 anos de idade em Botucatu - SP, relata valores de pH variando de 4,9 a 5,5 na

profundidade de 0-20 cm.

Teste T= 0,3821 com P = 11,26%.

Gráfico 1: Valores de pH no período chuvoso, relativa à profundidade 0-20 e 20-40 cm do solo.

Estudos realizados por Reis (2005) confirmam valores elevados de pH, nas camadas

superficiais em sistemas agroflorestais sob solo classificado com Latossolo Amarelo, no

município de Marabá-Pa, ligados a presença de cátions básicos provenientes da decomposição

da matéria-orgânica.

Analisando a matéria orgânica do solo observou-se que existe diferença significativa

entre as profundidades em todos os tratamentos, (0 a 20: Média= 27,12, DPM= ± 6,40; 20 a

40: Média= 18,33, DPM= ± 7,19) segundo o gráficos 2. Resultados corroboram com os

obtidos por Silva (2011) que ratifica que independente do período de coleta, valores

encontrados de matéria orgânica decresceram significativamente com a profundidade.

Resultados semelhantes também foram divulgados por Sena et al. (2007).

5,7 5,6

19

Teste T = 3,87 com P < 0,02%.

Gráfico 2: Teores de MO no período chuvoso e seco, relativa as profundidades 0-20 e 20-40 cm.

Pesquisa realizada por Woods et al. (2000) confirmam que os maiores valores de

matéria orgânica do solo foram encontrados nos horizontes superficiais do solo sob diferentes

sistemas de manejo, dentre eles os sistemas agroflorestais, os quais favorecem o incremento

de material orgânico ao solo. A distribuição de matéria orgânica no perfil do solo depende,

entre outros fatores, da forma de disposição desse material orgânico (RUIVO et al., 2005).

6.2- Sazonalidade

Houve diferença significativa entre os períodos chuvoso e seco respectivamente

(Média= 5,81 com DPM= ± 0,65; Média= 5,45 com DPM= ± 0,25) para os valores de pH do

solo em todos os tratamentos e profundidades, conforme o gráfico 3.

Teste T, com probabilidade = 2,33%.

Gráfico 3: Valores de pH no período chuvoso e seco, relativa a sazonalidade.

Observando a época de coleta do solo, nota-se que nesta pesquisa os maiores valores

foram obtidos na época chuvosa, esses dados são semelhantes aos encontrados por Sena et al.

(2006) em estudos com sistemas agroflorestais realizados em Marituba-PA, no entanto

a

b

a

b

5,81

5,45

27,12

18,33

20

divergem do obtidos por Silva (2011) em estudos feitos em SAF’s jovens em Bragança-PA, o

qual obteve maiores valores de pH no período seco.

Para os teores de MO, houve diferença significativa entre os períodos chuvoso e seco

respectivamente (Média= 27,09 com DPM= ± 6,52; Média= 18,36 com DPM= ± 6,75) para

todos os tratamentos e profundidades, conforme ilustra o gráfico 4.

Teste T, com probabilidade = 0,03%

Gráfico 4: Teores de MO no período chuvoso e seco, relativa a sazonalidade.

A precipitação pluviométrica é um componente que controla, em escala regional, o

processo de decomposição da matéria orgânica do solo (LAVELLE et al., 1993; BERG,

2000). Para Silveira et al. (2010) a adoção de sistemas conservacionistas, como o plantio

direto e os sistemas agroflorestais, tem se apresentado como alternativa viável para assegurar

a sustentabilidade do uso agrícola do solo, principalmente dos Latossolos, na região da

Amazônia Brasileira.

6.3- Sistemas Agroflorestais

6.3.1- pH

Para os valores de pH, constatou-se que os SAF’s I e III são iguais obtendo valores

estatisticamente semelhantes (Média= 5,9 com DPM= ± 0,36; Média= 6,4 com DPM= ± 0,46)

respectivamente, já o SAF’s II obtém (Média= 5,08 com DPM= ± 0,34) e é considerado

diferente estatisticamente se comparado com o SAF’s I e o III, (Gráfico 5) analisando o

período chuvoso.

a

b 27,09

18,36

21

Teste F, com probabilidade = 0,03%

Gráfico 5: Valores de pH no período chuvoso, relativa ao tratamento.

Para melhor entendimento, pode-se afirmar que o SAF’I obteve esse valor de pH

próximo de 6 por decorrência de ser um sistema agroflorestal mais antigo com idade

aproximada de 30 anos, e para o SAF’s III entende-se que a área por ter sido mecanizada, e a

matéria orgânica ter sido incorporada ao solo, esse entrou em processo de decomposição

fornecendo mais nutriente ao solo e consequentemente neutralizando os cátions ativos do

mesmo.

Para o SAF’s II por ter sido um sistema de enriquecimento de capoeira e pela idade de

4 anos aproximadamente, pode-se considerar que a idade pode ser um fator preponderante que

vem influenciar nos resultados obtidos.

Analisando o período seco Pode-se afirmar de os SAF’s I, II e III são iguais

estatisticamente para os valores de pH, entre os diferentes tratamentos e profundidades

estudados (Gráfico 6).

Teste F com probabilidade de igualdade = 0,9903

Gráfico 6: Valores de pH no período seco, relativa ao tratamento.

a

a

b

5,96

6,4

5,08

5,46 5,41 5,48

22

6.3.2- Matéria Orgânica

Para o MOS, pode-se afirma que os SAF’s I, II e III, são iguais estatisticamente

quando observados no período chuvoso (Gráfico 7A) e no período seco (Gráfico 7B).

Pesquisa realizada por Silva (2011) mostra que os valores obtidos de MO em função dos

diferentes sistemas agroflorestais submetidos a queima e sem queima, apresentaram teores

estatisticamente semelhantes aos encontrados na Floresta Secundária. Mesmo em solo de

baixa fertilidade, florestas exuberantes não apresentam sintomas de deficiência nutricional,

uma vez que o ciclo de nutrientes é praticamente fechado, verificando-se, ao longo do ano,

contínua a decomposição do material orgânico, associada a pequena perda por lixiviação e

absorção de elementos (SILVA et al., 2007).

Teste F com probabilidade = 0,9543 (A) e de = 0,1702 (B)

Gráfico 7: Análise do MO no período chuvoso (A) e no período seco (B), em diferentes SAF’s.

A

B

24,04

30,15

26,09

19,11 18,08 17,89

23

7- CONCLUSÃO

O pH do solo são iguais entre as profundidades, apenas foi diferente estatisticamente

entre os período chuvoso e entre os tratamentos estudados, sendo que apresenta valores mais

elevados.

A matéria Orgânica do solo não apresenta diferença entre os tratamentos estudados e

sazonalidade, altera somente para a profundidade.

Os sistemas agroflorestais estudados nos permite indicar que este modelo é um

ecossistema que conserva de forma eficientemente a matéria orgânica no solo, aumentando o

reservatório de nutrientes neste recurso natural, sendo por isso, recomendado para a

sustentabilidade de solos tropicais.

24

8- BIBLIOGRAFIA CITADAS

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27

9- ANEXO

Quadro 1: Identificação das espécies florestais e frutíferas encontrada na área das amostragens

NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO SAF’s

I

SAF’s

II

SAF’s

III

AÇAÍ Euterpe oleracea X X

AMARELÃO Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. X X

AMEXEIRA Prunus doméstica L. X

ANGELIM Hymenolobium petraeum X

BABAÇU Orrbignya speciosa (Mart.) Barb.

Rodr.

X X

BANANEIRA Musa sp X

BARRIGUDA Cavanillesia arbórea X

BRANILIA Desconhecido X

CACAU Theobroma cação X X

CAJÁ Spondias mombin L X X

CASTANHEIRA Bertholletia excelsa X X X

CEDRO Cedrus spp X X

EMBAUBA Cecropia hololeuca Miq. X

ENVIRA Guatteria cf. microcalyx R. E. Fr. X

ESPINHEIRA Maytenus ilicifolia M. X

GAMELEIRA Ficus adhatodifolia Schott ex Spreng.

[realia]

X X

GENIPAPO Genipa americana L. X X X

GRAVIOLA Annona muricata L. X

INAJÁ Maximiliana maripa (Correa) Drude X X

INGAZEIRO Inga sessilis (Vell.) Mart. Basionônio X

INHAUBA Pouteria sp. Mamoninha. X

IPÊ AMARELO Tabebuia serratifolia X X

ITAUBA Mezilaurus itauba (Meissn.) Taub. X X

JAQUEIRA Artocarpus heterophyllus Lam X

JARANA Lecythis lurida (Miers) Mori X

JATOBÁ Hymenaea courbaril X

LACRE Vismia guianensis ( Aubl.) Choisy. X

LARANJEIRA Citrus sinensis. Chourão X

LIMA Citrus Limetta – Rutaceae X

MACHARIMBÉ Cenostigma tocantinum Ducke. X X

MAMÃO Carica papaya L. X

MANGUEIRA Mangifera indica X X

MOGNO BR. Swietenia macrophylla X X X

MORORÓ Astronium urundeuva Engl. X X

PALITEIRA Clitoria hairchildiana R. A. Howard X X

TUCUM Bactris glaucescens Drude X

Quadro 2: cronograma de coleta dos três SAF’s onde foram coletadas amostras de solos (1ª coleta)

Nº DE TRATAMENTOS PROFUNDIDADE

28

AMOSTRAGEM (cm)

PRIMEIRA

AMOSTRAGEM

(SAF’S I)

1 T1R1 0-20

2 T1R1 20-40

3 T1R2 0-20

4 T1R2 20-40

5 T1R3 0-20

6 T1R3 20-40

SEGUNDA

AMOSTRAGEM

(SAF’S II)

7 T2R1 0-20

8 T2R1 20-40

9 T2R2 0-20

10 T2R2 20-40

11 T2R3 0-20

12 T2R3 20-40

TERCEIRA

AMOSTRAGEM

(SAF’S III)

13 T3R1 0-20

14 T3R1 20-40

15 T3R2 0-20

16 T3R2 20-40

17 T3R3 0-20

18 T3R3 20-40