Avaliação da Performance de um Sistema de Bombeamento de ... DE ASSIS BRASILEIRO... · Área de...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE CINCIAS E TECNOLOGIA
PS-GRADUAO EM ENGENHARIA MECNICA
Avaliao da Performance de um Sistema
de Bombeamento de gua Acionado Por
Propulso Humana
Autor: Francisco de Assis Brasileiro Filho
Orientadores: Prof. Dr. Antonio Gilson Barbosa de Lima
Prof. Dr. Yoge Jeronimo Ramos da Costa
Campina Grande, dezembro de 2012
PB Brasil
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE CINCIAS E TECNOLOGIA
PS-GRADUAO EM ENGENHARIA MECNICA
Avaliao da Performance de um Sistema
de Bombeamento de gua Acionado por
Propulso Humana
Autor: Francisco de Assis Brasileiro Filho
Orientadores: Prof. Dr. Antonio Gilson Barbosa
Prof. Dr. Yoge Jeronimo Ramos da Costa
Curso: Engenharia Mecnica
rea de Concentrao: Fenmenos de Transporte e Energia
Dissertao de mestrado apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Engenharia
Mecnica, como requisito para obteno do ttulo de Mestre em Engenharia Mecnica.
Campina Grande, dezembro de 2012
PB Brasil
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DEDICATRIA
minha esposa Maria de Lourdes Lopes Brasileiro e aos meus
filhos, Candice Lopes Brasileiro, Thyago Lopes Brasileiro, Hayane
Lopes Brasileiro, Ramon Lopes Brasileiro, Rodrigo Lopes
Brasileiro e Rachel Chrystianne Lopes Brasileiro.
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AGRADECIMENTOS
A Deus que me deu fora sabedoria e graa para vencer um dos obstculos mais
difceis enfrentado at hoje.
Ao Prof. Francisco Barbosa de Lucena pela bondade que lhe peculiar, por ter
acreditado no meu trabalho.
Ao Prof. Dr. Celso Rosendo Bezerra Filho, pela pacincia, ajuda, o que muito me
motivou para concluso e realizao deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Marcelo Bezerra Grilo pelo apoio e ajuda em momentos de dvidas.
Ao Prof. Dr. Yoge Jernimo Ramos da Costa por sua ajuda no momento em que mais
necessitei sem o qual no teria conseguido concluir meu sonho maior.
Ao Prof. Dr. Antonio Gilson Barbosa de Lima por ter acreditado que eu seria capaz de
realizar este trabalho, alm da grande ajuda prestado para finalizao deste trabalho.
Ao Prof. Dr. Juscelino de Farias Maribondo pelo incentivo e ajuda.
A toda equipe do LabEM, Daniel, Renan, Marcelo, pela grande ajuda na realizao
dos experimento.
A toda equipe de mestrado e doutorado, Joo Paulo, Joo, Daniel, Josedite, Iran,
Paulo, Vieira, Vernica Pinto, Helder Giuseppe, Luis Roberto e demais companheiros,
obrigado pelo incentivo e ajuda.
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A vida como uma bicicleta.
Para manter sua vida equilibrada voc a deve manter em movimento.
Albert Einstein
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SUMRIO
INTRODUO .......................................................................................................................................1
REVISO BIBLIOGRFICA ................................................................................................... 3
2.1 Sistemas usados na elevao d gua ................................................................................... 3
2.2 Classificaes das mquinas elevadoras............................................................................... 3
2.2.1. Mquinas elevadoras por transporte .....................................................................................5
2.2.1.1 Balde ................................................................................................................... 5
2.2.1.2 Corrente .............................................................................................................. 5
2.2.1.3 Noras ................................................................................................................... 6
2.2.1.4 Roda d gua ....................................................................................................... 7
2.2.2 Mquinas elevadoras por aspirao e recalque (bombas) .....................................................9
2.2.2.1 Bomba de pisto (movimento alternativo) ......................................................... 9
2.2.2.2 Bomba por diafragma (movimento oscilante) .................................................. 11
2.2.2.3 Bomba peristltica ............................................................................................ 12
2.2.3 Mquinas elevadoras ........................................................................................................... 13
2.2.3.1 Carneiro hidrulico ........................................................................................... 13
2.2.3.2 Bomba dgua pneumtica de ar comprimido .................................................. 15
2.2.4 Mquinas elevadoras rotativas ............................................................................................ 16
2.2.4.1 Bomba de engrenagem ..................................................................................... 16
2.2.4.2 Bomba d`gua rotativa de palheta .................................................................... 17
2.2.4.3 Bomba rotativa de pisto .................................................................................. 18
2.2.5 Bomba alternativa ................................................................................................................ 18
2.2.5.1 Princpios gerais ............................................................................................... 18
2.2.5.2 Fontes de energia para acionamento de mquinas elevadoras d gua ............. 20
2.2.6 O estado da arte sobre sistemas de bombeamentos de gua alternativos ............................... 24
METODOLOGIA ..................................................................................................................... 40
3.1 Experimental ................................................................................................................... 40
3.1.1 Sistema de bombeamento pedal ...................................................................................... 40
3.1.2 Testes experimentais ........................................................................................................... 49
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3.1.2.1 Equipamentos auxiliares ............................................................................................... 49
3.1.3 Procedimento experimental ........................................................................................................ 54
3.1.4 Procedimento Terico .................................................................................................. 59
RESULTADOS E DISCUSSO ............................................................................................. 67
4.1 Avaliao experimental do desempenho do sistema de bombeamento .......................... 67
4.2 Avaliao terica do desempenho do sistema de bombeamento pedal........................ 71
4.2.1 Avaliao da fora no pedal ................................................................................................. 71
4.2.3 Comparao entre foras no pedal e mbolo da bomba..................................................... 73
4.2.4 Avaliao do torque nos eixos da manivela e do pedal ....................................................... 74
4.2.5 Avaliao das potncias da bomba e do pedal (potncia humana) ..................................... 77
4.2.6 Avaliao da performance da bomba e sistema de bombeamento. ................................... 77
4.3 Consideraes finais sobre o sistema de bombeamento ................................................. 82
CONCLUSES E SUGESTES PARA FUTUROS TRABALHOS ..................................... 86
5.1 - Concluses .................................................................................................................... 86
5.2 - Sugestes para trabalhos futuros .................................................................................. 87
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ..................................................................................... 88
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RESUMO
BRASILEIRO, Francisco de Assis, Avaliao da Performance de um Sistema de
Bombeamento de gua Acionado Por Propulso Humana. Campina Grande: Ps-
Graduao em Engenharia Mecnica, Universidade Federal de Campina Grande, 2012, 116 p.
Dissertao (mestrado).
Bombas tem sido usadas para transportar gua de um local para outro. Estes
equipamentos podem ser acionados por cataventos, energia solar, motores eltricos e
combustveis fosseis. Contudo, em regies onde a energia eltrica no est disponvel, pode-
se usar fontes no convencionais, como a fora humana. Neste sentido, este trabalho tem
como objetivo avaliar a performance de um sistema de bombeamento pedal acionado por
propulso humana. O procedimento utilizado foi baseado na otimizao de um sistema
experimental envolvendo o prottipo e seres humanos, em diversas condies operacionais de
altura de recalque. Apresenta-se uma modelagem terica para determinar a eficincia da
bomba de pisto e do sistema de bombeamento. Resultados de vazo, fora, torque, potncias
e rendimento mecnico so apresentados e analisados. Verificam-se que diante dos resultados
alcanados possvel afirmar que o prottipo vivel, para as condies, recalque de gua at
7 m de altura e vazo volumtrica de 0,700 m/s.
Palavras Chave: Sistema de bombeamento; bomba de pisto; gua; foras; potncia;
eficincia; terico; experimental.
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ABSTRACT
BRASILEIRO, Francisco de Assis, Performance Evaluation of a Water Pumping System
Operated by Human Propulsion. Campina Grande: Ps-Graduao em Engenharia
Mecnica, Universidade Federal de Campina Grande, 2012, 116 p. Dissertao (mestrado).
Pumps have been used to transport water from one location to another. These
equipments can be powered by weathervanes, solar energy, electric motors and combustion
engines. However, in regions where electricity is not available, you can use unconventional
sources, such as human strength. Thus, this study ai am to evaluate the performance of a
system of pumping operated by human propulsion. The procedure used was based on the
optimization of an experimental system involving humans and the prototype under various
operating conditions. Theoretical modeling to determine the efficiency of a piston pump and
pumping system.Results of volumetric flowrate, force, torque, power and mechanical
performance are presented and analyzed. The results show that the prototype is viable to
conditions of pumping up 7m an volumetric flowrate of 0,700 m/s.
Keywords: Pumping system; piston pump; water; force; power; efficiency, theorical;
experimental.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 Bomba de pisto e Picota fabricada no sculo 1 em ferro fundido ........................... 4
Figura 2.2 Balde ou sarrilho ....................................................................................................... 5
Figura 2.3 Corrente ..................................................................................................................... 6
Figura 2.4 Vista em corte lateral de nora de balde ..................................................................... 7
Figura 2.5 Roda d gua ............................................................................................................. 7
Figura 2.6 Roda mista sobre flutuador ....................................................................................... 8
Figura 2.7 Parafuso de Arquimedes .......................................................................................... 9
Figura 2.8 Bomba de pisto simples ......................................................................................... 11
Figura 2.9 Bomba de diafragma para gua ............................................................................... 12
Figura 2.10 Bomba peristltica ................................................................................................. 13
Figura 2.11 Carneiro hidrulico................................................................................................ 14
Figura 2.12 Carneiro hidrulico com garrafa PET ................................................................... 15
Figura 2.13 Bomba d`gua de ar comprimido pneumtica ...................................................... 16
Figura 2.14 Bomba d gua rotativa de engrenagens ................................................................. 17
Figura 2.15 Bomba rotativa de palheta ..................................................................................... 18
Figura 2.16 Bomba rotativa de pisto ....................................................................................... 19
Figura 2.17 Esquema de bomba de pisto ................................................................................ 20
Figura 2.18 Bomba de pisto acionada por catavento ............................................................. 22
Figura 2.19 Bomba centrifuga ................................................................................................. 25
Figura 2.20 Diferentes tipos de bomba em operao ............................................................... 26
Figura 2.21 Bomba de mecate .................................................................................................. 27
Figura 2.22 Carneiro hidrulico com garrafa PET ................................................................... 28
Figura 2.23 Sistema de bombeamento sendo operado por bicicleta......................................... 29
Figura 2.24 Sistema de bombeamento sendo preparado para uso ............................................ 29
Figura 2.25 Bicicleta com bomba ............................................................................................. 30
Figura 2.26 Bomba acionada por pedais de bambu .................................................................. 31
Figura 2.27 Bomba de gua acionada por savonius ................................................................. 32
Figura 2.28 Diversos sistemas de bombeamento pedal em operao .................................... 33
Figura 2.29 Sistema de bombeamento pedal recalcando gua de um poo ........................... 33
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Figura 2.30 Bomba de gua Jabsco .......................................................................................... 34
Figura 2.31 Bomba de rio rife .................................................................................................. 35
Figura 2.32 Bomba de diafragma ............................................................................................. 36
Figura 2.33 Esquema da bomba de diafragma ......................................................................... 36
Figura 2.34 Unidade de bombeamento pedal aperfeioada ................................................... 37
Figura 2.35 Bomba dgua manual puxa-empurra .................................................................... 38
Figura 2.36 Copos da bomba .................................................................................................... 39
Figura 2.37 Roda com manivela ............................................................................................... 40
Figura 3.1 Unidade de bombeamento a pedal acionada por proulso humana ........................ 41
Figura 3.2 Unidade de bombeamento pedal acionada por propulso humana
aperfeioada ............................................................................................................ 42
Figura 3.3 Bomba de pisto ...................................................................................................... 42
Figura 3.4 Vlvulas em bronze ................................................................................................. 43
Figura 3.5 Registros e coneces ............................................................................................ 43
Figura 3.6 mbolo da bomba de pisto com vedante .............................................................. 43
Figura 3.7 Unidade de bombeamento a pedal .......................................................................... 44
Figura 3.8 Coroa 48, 38 e 28 dentes ......................................................................................... 45
Figura 3.9 Coroas 3,4,5 e corrente ........................................................................................... 45
Figura 3.10 Coroa 3 e corrente ................................................................................................. 45
Figura 3.11 Vista traseira do sistema de bombeamento ........................................................... 46
Figura 3.12 Unidade de bombeamento a pedal pronto para uso .............................................. 47
Figura 3.13 Vista do sistema de transmisso ............................................................................ 47
Figura 3.14 Eixo O3 ................................................................................................................. 48
Figura 3.15 Eixo O2 e coroa 1 .................................................................................................. 48
Figura 3.16 Parte trazeira da bomba ......................................................................................... 49
Figura 3.17 Bomba d gua manual Riachuelo de dupla seo ................................................ 49
Figura 3.18 Sistema biela-manivela ......................................................................................... 49
Figura 3.19 Vacumetro ........................................................................................................... 50
Figura 3.20 Manmetros .......................................................................................................... 50
Figura 3.21 Termhigrmetro .................................................................................................. 51
Figura 3.22 Balana Eltrica welmy ........................................................................................ 51
Figura 3.23 Ciclo computador cateie velo 8 ............................................................................. 52
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Figura 3.24 Tambor de coleta d gua ...................................................................................... 52
Figura 3.25 Mangueira Flexiteno ............................................................................................. 53
Figura 3.26 Garrafa PET com tubulao de recalque ............................................................... 53
Figura 3.27 Andaime com tambor e balana ............................................................................ 54
Figura 3.28 Proveta sendo usada para medir o volume de gua bombeada ............................. 54
Figura 3.29 Unidade de bombeamento a pedal em uso ............................................................ 55
Figura 3.30 Unidade de bombeamento pedal ........................................................................ 56
Figura 3.31 Tambor armazenando gua para medio de volume ........................................... 57
Figura 3.32 Averiguando volume da gua................................................................................ 57
Figura 3.33 Medio da presso no manmetro de mercrio ................................................... 58
Figura 3.34 Medio do volume da gua ................................................................................. 58
Figura 3.35 Andaime com tambor ............................................................................................ 58
Figura 3.36 Tambor sobre balana para medio da massa dgua ......................................... 59
Figura 3.37 Diagrama e esquema do sistema de bombeamento ............................................... 61
Figura 3.38 Esquema da bomba ............................................................................................... 62
Figura 3.39 Esquemas de foras atuando no mbolo da bomba. .............................................. 63
Figura 3.40 Esquema de foras atuando nos eixos O2 e O3 .................................................... 64
Figura 3.41 Esquema de foras atuando nas coroas (2,3 e 4) e fora no pedal ........................ 64
Figura 3.42 Vista frontal do sistema de transmisso. ............................................................... 65
Figura 3.43 Esquema de medio da bomba ............................................................................ 66
Figura 4.1 Vazo mssica da gua em funo da velocidade angular das coroas de
28 e 38 dentes. ........................................................................................................ 68
Figura 4.2 Presso na sada da bomba para as coroas 28 e 38 dentes, em funo da
altura manomtrica ................................................................................................. 71
Figura 4.3 Vazo volumtrica da gua em funo da altura manomtrica de recalque ........... 71
Figura 4.4 Fora no pedal em funo da altura manmetrica de recalque, para
as2coroas de 28 e 38 dentes. ................................................................................... 72
Figura 4.5 Fora e torque no eixo do pedal em funo da altura manomtrica de
recalque. .................................................................................................................. 73
Figura 4.6 Fora e torque no eixo do pedal em funo da altura manomtrica de
recalque, coroa com 38 dentes. ............................................................................... 74
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Figura 4.7 Fora no pedal e mbolo da bomba em funo da altura manomtrica de
recalque (coroa 28 dentes). ..................................................................................... 75
Figura 4.8 Fora no pedal e mbolo da bomba em funo da altura mannmetrica de
recalque, Coroa de 38 dentes. ................................................................................. 75
Figura 4.9 Torque nos eixos O2 (eixo da manivela) e O4 (eixo do pedal) em funo
da altura manomtrica para as coroas de 28 e 38 dentes. ...................................... 76
Figura 4.10 Torque nos eixos O2 (eixo da manivela) e O4 (eixo do Pedal) em funo
da altura manomtrica para as coroas de 28 e 38 dentes. ....................................... 77
Figura 4.11 Torque no eixo O4 (pedal), para coroas de 28 e 38 dentes em funo da
altura manmetrrica de recalque............................................................................. 77
Figura 4.12 Potncia da bomba e do pedal (humana) em funo da altura
manomtrica de recalque para as coroas de 28 dentes. .......................................... 78
Figura 4.13 Potncia da bomba e do pedal (humana) em funo da altura
manomtrica de recalque para as coroas de 38 dentes. .......................................... 79
Figura 4.14 Performance do sistema de bombeamento a pedal em funo da altura
manomtrica para as coroas de 28 e 38 dentes ....................................................... 79
Figura 4.15 Performance do sistema de bombeamento em funo da potncia da
bomba para as coroas de 28 e 38 dentees ............................................................... 81
Figura 4.16 Rendimento volumtrico em funo da altura, para as coroas 28 e 38
dentes ...................................................................................................................... 82
Figura 4.17 Potncia mxima disponibilizada para um homem, mulher e criana e
aquela usada para acionar o sistema de bombeamento deste trabalho .................. 83
Figura 4.18 Assento considerado como ideal ........................................................................... 84
Figura 4.19 Banco, posio das mos, regio lombar e falta de proteo para os ps ............. 85
Figura 4.20 Sistema de transmisso sendo acionado ................................................................ 86
Figura 4.21 Posicionamento original da bomba manual .......................................................... 86
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LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 Fontes de energia para o acionamento de mquinas elevadoras dgua ................. 21
Tabela 2.2 Potncia para uma pessoa sem condicionamento fsico ......................................... 23
Tabela 2.3 Potncia disponvel para uma pessoa que pratica atividade fsica ......................... 23
Tabela 2.4 Potncia disponvel para homem, mulher e criana ............................................... 23
Tabela 3.1 Condies experimentais usadas nesta pesquisa .................................................... 59
Tabela 4.1 Dados obtidos apartir dos experimentos realizados................................................ 70
Tabela 4.2 Dados tericos obtidos a partir de experimentos realizados com a unidade
de bombeamento pedal ....................................................................................... 80
Tabela 4.3 Vazes das bombas fornecidas por diversos autores ............................................. 82
Tabela 4.4 Comparao entre as potncias disponibilizada para um homem, uma
mulher e uma criana, e aquela disponibilizada para acionar o sistema de
bombamento pedal .............................................................................................. 83
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NOMENCLATURA
Letras Latinas
Ab rea da bomba (m)
Ab rea do mbolo da bomba (m)
db Dimetro da bomba (m)
FC1 Fora na coroa 1 (N)
FC2 Fora na coroa 2 (N)
FC3 Fora na coroa 3 (N)
FC4 Fora na coroa 4 (N)
FC5 Fora na coroa 5 (N)
Fb Fora no mbolo da bomba (N)
Fm Fora na manivela (N)
Fp Fora no pedal (N)
g Acelerao da gravidade (m/s)
He Altura manomtrica de entrada (suco) (m)
Hs Altura manomtrica de sada (m)
lb Comprimento do mbolo da bomba (m)
m Massa (kg)
Vazo mssica (kg/h)
P Presso (Pa)
Pa Pascal (Pa)
Pe Presso de entrada (suco) (Pa)
Ps Presso de sada ou recalque (Pa)
Q Vazo (m/h)
rC1 Raio da coroa 1 (m)
rC2 Raio da coroa 2 (m)
rC3 Raio da coroa 3 (m)
rC4 Raio da coroa 4 (m)
rC5 Raio da coroa 5 (m)
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rm Raio da manivela (m)
rpm Rotao por minuto (rpm)
rP Raio do pedal (m)
rv Raio do volante (m)
t Tempo (s)
Tem Torque no eixo da manivela (N.m)
TO1 torque no eixo 1 (N.m)
TO2 Torque no eixo 2 (N.m)
TO3 Torque no eixo 3 (N.m)
v Velocidade (km/h)
V Volume (m)
Vb Volume da bomba (m)
Vb Volume do mbolo da bomba (m)
b Potncia da bomba (W)
p Potncia do pedal (W)
Letras Gregas
O3 Velocidade angular no eixo 3 (rad/s)
O2 Velocidade angular no eixo 2 (rad/s)
O1 Velocidade angular no eixo 1 (rad/s)
V Velocidade angular do volante (rad/s)
Massa especifica da gua (kg/m)
t Peso especfico tabelado (m/kg)
r Peso especifico real (m/kg)
v Rendimento volumtrico da bomba (%)
m Rendimento da potncia da bomba e do homem (%)
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CAPTULO I
INTRODUO
Semirido o espao geogrfico onde ocorrem secas prolongadas que levam ao
fracasso agrcola e migraes do homem do campo para grandes e pequenos centros
habitacionais. O maior problema do semirido no bem a falta de chuva e sim sua
irregularidade no tempo e espao, ou seja, quanto tempo transcorre entre uma chuva e a
prxima, e a que distncia a prxima chuva poder cair da chuva anterior. Contudo, chuvas
irregulares fazem parte do clima, e, o ser humano tem uma parcela de culpa, no que diz
respeito ao desmatamento, queima das matas e caa sem controle (gua de Chuva, 2012).
Ser que s no Brasil existem regies semiridas, e o que dizer do mundo? Em regies
da frica chove alguns dias por ano ou passa at vrios anos sem chover, por essa razo
existem to poucas plantas e animais. Existem 49 pases do globo terrestre com clima
semelhante ao nordeste brasileiro que um dos maiores, mais populoso e tambm mais mido
do mundo.
Para suprir suas necessidades, a populao rural depende da chuva, de poos
perfurados e cisternas. Porm, esses poos ou audes ficam bastante distante de suas
residncias. Devido a isto, a gua transportada atravs de carroas e caminhes pipa at seu
destino final que so as residncias ou pequenas lavouras (Mendona et al., 2009).
Se por um lado a gua extremamente importante, por outro, a energia tambm
desempenha seu grande papel. A energia essencial para o desenvolvimento social e
econmico e para uma melhor qualidade de vida. Segundo o Balano Energtico Nacional
(BEN, 2012), o sol continua sendo a principal fonte de energia para a terra, alm disso, todas
as formas de energia devem ser usadas de maneira a preservar a atmosfera, a sade humana e
o meio ambiente, diminuindo o efeito estufa provocado pela queima de combustveis
derivados do petrleo e demais substncias txicas. Neste sentido, diversas pesquisas em
novas fontes de energia renovveis como heliotrmica, solar, fotovolticas, elica, hdrica,
biomassa, marinha, animal e humana tm sido desenvolvidas (BEN, 2012).
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No caso particular do fornecimento de gua para populaes rurais, a energia
renovvel de gerao autnoma, desempenha um papel importante, e tem contribudo para o
desenvolvimento social de muitas regies isoladas em vrias partes do mundo. A garantia do
suprimento de gua e melhora das condies de higiene, reduz a incidncia de doenas
associadas ao acesso inadequado da mesma, bem como, a diminuio da migrao humana
para outras regies. Desta forma, a gua tem um papel fundamental, considerando a situao
do semirido nordestino.
Nos dias atuais, o homem tem procurado formas de bombear a gua para seu
armazenamento e uso. A bomba centrfuga de altas vazes pode ser acionada por um motor a
diesel ou gasolina ou como naturalmente mais utilizado, acionado por energia eltrica. A
bomba de diafragma pode ser acionada por roda dgua, como tambm, pode ser acionada por
eletricidade (maior uso) e em veculos, pode ser acionada por baterias. A bomba de pisto
utiliza como fora motriz, energia elica e solar convertida para eltrica ou fora humana.
Sendo assim, a inexistncia de rede eltricas em muitos locais do semirido,
irregularidade e os custos do fornecimento de combustvel em muitas regies, motivam a
introduo de sistemas de bombeamento baseados em recursos energticos disponveis
localmente. Neste contexto, o desenvolvimento de uma unidade de bombeamento pedal
acionada mecanicamente por fora humana, surge como uma possvel forma de reduzir os
problemas com transporte de gua, consumo de energia e impacto ambiental.
Considerando o cenrio apresentado, esta pesquisa tem como objetivos:
a) Modificar e aperfeioar um sistema de bombeamento de gua existente,
acionada pedal por propulso humana;
b) Avaliar a performance do sistema de bombeamento acionado pedal por propulso
humana, para diferentes alturas de recalque.
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CAPITULO II
REVISO BIBLIOGRFICA
2.1 Sistemas usados na elevao d gua
Quando se necessita elevar gua a um local acima da sua fonte, usam-se as j bem
conhecidas bombas dgua ou sistemas elevadores. Atualmente existe uma gama
diversificada de bombas, das mais simples as mais sofisticadas.
A origem da bomba dgua surgiu nos primrdios da humanidade. Na antiga Grcia,
desde o sculo VI a.C. j havia tecnologia para captao e distribuio de gua longas
distncias. Em Atenas nessa poca, j existiam caixas d'gua localizadas nas partes mais altas
da cidade. Um dos primeiros utenslios teria sido um balde ligado a uma corda (Figura 2.1b),
mais tarde suspenso por um gancho e, depois, por uma roldana, por ser mais fcil transportar
o material.
A bomba de pisto, era usada em Roma no governo de Csar Augusto (sculo I a.C), e
em Alexandria (sculos V e VI a.C.). Nessa epoca j existiam bombas em ferro fundido
(Figura 2.1). No decorrer dos tempos, novos tipos de bombas foram criadas, outras
desenvolvidas, no entanto as antigas bombas de pisto ou mbolo possuem ainda hoje um uso
em larga escala, devido s condies exigidas (pequenas vazes). A picota (cegonha) ainda se
encontra disseminada nos nossos campos (Dalley e Oleson, 2012).
2.2 Classificaes das mquinas elevadoras
As mquinas elevadoras podem ser classificadas de diversas formas, tais como: por
transporte, aspirao e recalque, por colunas, rotativos e alternativos.
Por transporte: balde, corrente, nora de balde e de rosrio, rodas, parafusos de
Arquimedes e rodas mistas.
Por aspirao e recalque: pisto (movimento alternativo), diafragma
(movimento oscilante), de rotor (movimento circular).
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Por Coluna: carneiro hidrulico e bomba de ar comprimido.
Rotativas: um s rotor (palhetas, pisto rotativo e parafuso simples) e com
vrios rotores (engrenagens, mltiplos rotores e parafusos).
Alternativas: pisto e diafragma (acionadas mecanicamente).
Figura 2.1) a) Bomba de pisto, fabricada em ferro fundido (2011). Fonte: http://www.bombascentrifugas.com.br/bombas-uma-breve-histria-2 (2011)
Figura 2.1) b) Picota. Fonte: http://www.bombascentrifugas.com.br/bombas-uma-breve-histria-2 (2011)
http://www.bombascentrifugas.com.br/bombas-uma-breve-histria-2http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Gemes_kut.JPGhttp://www.bombascentrifugas.com.br/bombas-uma-breve-histria-2
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2.2.1. Mquinas elevadoras por transporte
Neste grupo esto inclusas as mquinas mais simples e mais antigas, muitas das quais,
j tecnologicamente superadas e raramente utilizadas, a exemplo de: baldes, correntes, noras
de balde e rosrio, rodas d gua com (baldes, ps, mista), parafusos de Arquimedes (MIRTI et
al 2012).
2.2.1.1 Balde
Consiste basicamente de um balde preso a uma corda acionada manualmente, a mo
livre, atravs de sarrilho (Figura 2.2).
Figura 2.2 - Balde ou Sarrilho.
Fonte: http://www.bombascentrifugas.com.br/bombas-uma-breve-histria-2 (2011).
2.2.1.2 Corrente
Consiste em elevar a gua pela simples aderncia do lquido corrente conforme
mostra a Figura 2.3. uma corrente metlica de material leve montada em roldanas. A
velocidade da corrente deve ser superior velocidade de descida do lquido. Com isso, forma-
se uma corrente lquida que tende a acompanhar a corrente metlica. Na parte superior da
corrente h uma escova ou anel de borracha que retira a gua. Vale salientar que a corrente
deve ter os elos curtos e achatados. A velocidade da corrente tem um valor mdio abaixo do
qual no h elevao, e acima deste valor a gua retorna pelo lado oposto da corrente.
possvel com o uso dessa corrente elevar gua de poos com profundidade at 30 m.
http://www.bombascentrifugas.com.br/bombas-uma-breve-histria-2
-
6
2.2.1.3 Noras
As noras ou esteiras foram muito usadas antigamente, antes do advento das bombas,
tendo seu uso diminudo nas ultimas dcadas. Divide-se em dois tipos: de balde e de rosrio.
a) Nora com balde
constitudo por um grande nmero de baldes montados numa cadeia sem fim
atrelada a uma roldana na parte superior, na qual aplicada a fora motriz para retirada do
fludo. A fora motriz pode ser proveniente de motor, manual ou trao animal. Com o girar
da roldana, os baldes deslocam-se no sentido das setas, passando por dentro da gua do poo,
subindo cheios e despejando em um coletor apropriado. A vazo desse tipo de mquina
depende da capacidade dos baldes, da velocidade perifrica da cadeia e do nmero de baldes
que passa por segundo. A Figura 2.4 ilustra a configurao dessa mquina.
b) Nora de rosrio
semelhante a de balde, com a diferena de que a cadeia provida de discos de couro
ou de borracha que, passando por um tubo vertical, faz com que a gua seja elevada no
interior deste.
Figura 2.3 Corrente.
Fonte: Daker (1983)
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7
Figura 2.4 Vista em corte lateral de nora de balde. Fonte: Daker (1983).
2.2.1.4 Roda d gua
A roda d gua um dispositivo circular montado sobre um eixo, contendo na sua
periferia baldes ou aletas dispostas de modo a poder aproveitar a energia hidrulica atuante
sobre o sistema.
a) Roda com baldes
Os baldes so montadas diagonalmente na roda. A gua conduzida por um canal e
derramada na parte alta da roda, de modo a encher os baldes a medida que estes passam pela
parte alta da roda, isso faz com que um dos lados da roda fique mais pesada, fazendo-a girar.
Este tipo de roda extrai, principalmente, a energia potencial da gua, uma vez que faz o
aproveitamento do deslocamento da gua de um ponto mais alto para um ponto mais baixo
(Figura 2.5).
Figura 2.5 - Roda dgua com balde.
Fonte:http://PT.wikipedia.org/wiki/ficheiro (2011).
Balde
Balde
Balde
corrente
Calha
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Noriacristina.JPG
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b) Roda mista (baldes e aletas)
Esta roda empregada em rios, aproveitando a velocidade da gua para seu
funcionamento. A roda tem em sua periferia grandes ps e um nmero determinado de baldes.
A medida que a gua do rio se desloca, movimenta e impulsiona as ps, dando movimento de
rotao. Entre as ps, os baldes so adaptados de modo a encherem-se com o movimento da
roda, elevando e despejando em coletor prprio a gua captada. Nos rios onde o regime de
cheias fornece pequena variao do nvel da gua, essa roda instalada nas margens. Quando
a variao do nvel mais acentuada, elas so instaladas em flutuadores que acompanham o
movimento de sobe e desce do rio (Figura 2.6).
Figura 2.6 Roda mista sobre flutuador.
Fonte: Daker (1983)
2.2.1.5 Parafuso de Arquimedes
Arquimedes ( 287 - 212 a.C.), idealizou e construiu um parafuso de rosca larga e
colocou-o no interior de um cilindro e no topo, uma manivela, para poder girar o parafuso.
Esse dispositivo tinha a vantagem de ser porttil, podendo ser transportado de um local para
outro, por essa razo, foi largamente utilizado para elevar gua pelos egpcios (Lima, 2003).
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Os gregos no Sculo III a.C. usaram bastante este dispositivo para pequenas elevaes
de no mximo 3,50 m. O rendimento apresentado est entre 40 e 60%. Sua vazo est em
aproximadamente 0,004 m/h, para uma altura manomtrica de 1m, quando acionado por um
homem com boas condies fsicas, durante um intervalo de tempo de 6 horas seguidas, at
0,7 m/h para uma altura de 4,5 m quando acionado por moinhos de vento (Figura 2.7).
Figura 2.7 - Parafuso de Arquimedes.
Fonte:http://www.bombascentrifugas.com.br (2011)
2.2.2 Mquinas elevadoras por aspirao e recalque (bombas)
Este tipo de bomba faz com que o fluido se mova isolando um volume determinado e,
aplicando uma fora (provoca um deslocamento), que conduz este para uma sada ou local de
descarga. Esta expecie conhecida por bomba volumtrica, sendo que as mais usadas so as
de pisto, de diafragma e centrfuga.
2.2.2.1 Bomba de pisto (movimento alternativo)
A bomba de pisto foi tido como o maior invento da poca e foi idealizada pelo o
matmtico grego Ctesibius, provavelmente h cerca de 250 anos a.C. Essa bomba s veio ser
construda mais tarde por seu discipulo Hero, de Alexandria. Uma bomba pisto pode ser
caracterizada como aquela que possui movimento de vai e vem, diferindo do funcionamento
das bombas centrfugas e rotativas que possuem movimento circular.
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O movimento circular de um pedal, por exemplo transformado em movimento
retilneo, por meio de um sistema biela manivela, durante o movimento alternado de vai e vem
do pisto da bomba. Pelo sentido do seu deslocamento, cria uma depresso (vcuo) abrindo a
vlvula de suco (a escova ocorre automaticamente - bomba autoescovante). Quando o fluido
comprimido, a vlvula de escape se abre, permitindo que o fluido escape para fora do cilindo
contra a presso resultante da carga dinmica. Um dos inconvenientes da bomba de pisto se
prende ao movimento intermitente da gua recalcada.
A bomba de pisto, mbolo (Figura 2.8), basicamente construda dentro de um
cilindro, onde se movimenta um pisto acoplado a uma haste que se prolonga para fora
acionado atravs de uma manivela. Em geral, para todo tipo de bomba d`gua existem limites
de suco dos lquidos a serem bombeados verticalmente. Esse valor para a gua
teoricamente de 7 m de coluna de gua, nas chamadas condies normais de presso e
temperatura, ou CNTP. A razo simples: no ato de puxar gua do fundo do poo para cima,
existe certa altura, com relao ao nvel dessa gua, a partir da qual no mais possvel elevar
a gua. Na altura mencionada dentro do cano, existe uma presso negativa (um vcuo)
equivalente ao peso da coluna de gua, que to intensa que se inicia naturalmente a
evaporao da gua, fenmeno tambm conhecido como "quebra da coluna". Quando
acontece a quebra, a gua no cai, retornando ao poo, simplesmente a coluna fica parada
nesta altura e no sobe mais.
Quando o pisto se desloca no sentido de admisso, cria-se um vcuo no interior da
cmara. No sentido inverso, ou seja, na descarga, o pisto exerce presso sobre o lquido
fazendo com que os gases condensados durante a admisso se convertam novamente em gua,
voltando assim a situao inicial.
Na prtica, no poo onde deseja-se retirar a gua, devido sua altura sobre o mar, da
temperatura ambiente, das vibraes da bomba e outros, fica difcil elevar gua por suco, a
mais de 6, 7 ou 8 m. Para elevar gua a mais de 6 m, existem muitas outras tcnicas de boa
eficincia, como usar diversas bombas em srie ou bombas centrfugas multi-estgio, que
permitem, dependendo do modelo da bomba e das tubulaes, elevar a gua a centenas de
metros. Para puxar gua de poo com mais de 6m pode-se usar a bomba de roda ou bomba
de corda (Sociedade do Sol, 2003).
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Figura 2.8 - Bomba de pisto simples.
Fonte: http://www.bombascentrifugas.com.br (2011).
2.2.2.2 Bomba por diafragma (movimento oscilante)
A bomba de diafragma um tipo de bomba no qual o aumento de presso se realiza
pelo empurrar de uma parede elstica, membrana ou diafragma que varia o volume da cmara,
aumentando ou diminuindo de forma alternada; tem como principal funo o contrle de
movimento dos fludos de uma zona de menor presso para a de maior presso.
So usadas em pequenas vazes e em pequenas alturas e continuamente no meio rural,
em esgotamento de valas, sendo conhecidas como bomba relgio ou bomba japi. Dividem-se
em duas categorias: diafragma rgido e diafragma flexvel. A bomba de diafragma produzida
em bronze e as duas vlvulas oscilam em um corpo de ferro fundido atuando em conjunto com
uma outra vlvula situada dentro do corpo da bomba. Uma alavanca externa aciona a bomba
que, quando acionada no sentido anti - horrio, faz com que a vlvula esquerda do corpo feche
e a do diafragma do mesmo lado abra. Desta forma, a gua passa do compartimento inferior
do corpo para o superior.
O maior uso de uma bomba de diafragma est nos automveis, bombeando
combustveis, podendo ser de acionamento mecnico ou eltrico. Existe um tipo de bomba de
diafragma flexvel ou elstico denominada popularmente bomba sapo, ou ainda bomba
submersa eltrica ou bomba vibratria eltrica, por ser uma bomba que pode fornecer
grandes vazes pequenas alturas. Pode ser usada para o bombeamento de guas sujas ou
mesmo lamas. bastante usada no meio rural.
http://www.bombascentrifugas.com.br/
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Este tipo de bomba bastante simples, composta por um eletroim, uma vlvula e um
martelete que vibra a 120 pulsos por segundo, conseguindo elevar gua altura de 85 m com
vazo de cerca de 0,078 m3/h (Figura 2.9).
Figura 2.9 Bomba de diafragma para gua. Fonte:www.bomba+diafragma+pneumatica (2010).
2.2.2.3 Bomba peristltica
conhecida como a bomba perfeita, sem vlvulas, selos ou gaxetas e o fluido apenas
entra em contato com a parte interior da mangueira. Por serem simples de instalar, fcil de
operar e de manuteno rpida, as bombas peristlticas possuem um alto ndice de venda, ou
seja, uma das mais vendidas no mundo. Possuem uma capacidade de bombeamento de at
0,78 metros cbicos por hora com uma presso de at 7 bar.
A concepo de uma bomba peristltica bastante simples. Uma compresso obtida
por um rotor em movimento gerado quando duas sapatas acopladas a ele exercem uma
compresso numa mangueira de borracha reforada, que isola por completo o fluido a ser
bombeado. A aspirao criada quando o movimento das sapatas que comprimem a borracha
contra o corpo da bomba cria uma aspirao constante na entrada da bomba, impelindo assim
o fluido para a sada da mesma. O corpo da bomba contm um lubrificante que reduz o atrito
das sapatas na mangueira de borracha. O fluido bombeado s entra em contacto com a parede
interna da mangueira, o que permite o bombeamento de uma grande variedade de fluidos
reagentes.
http://www.bomba+diafragma+pneumatica/
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Suas principais vantagens so: baixo custo, fcil manuteno, elevada presso de
recalque, pode funcionar a seco sem dano algum. Este tipo de bomba est sendo bastante
desenvolvido no Estado de Montana - USA, para o bombeamento de gua. Mas sua principal
utilizao para o bombeamento de sangue humano, por este no ter nenhum risco de
contaminao com o meio ambiente ou at mesmo de componentes existente no sistema
(Figura 2.10).
Figura 2.10 - Bomba Peristltica. Fonte: http://www.hbtd.alibaba.com. (2011)
2.2.3 Mquinas elevadoras
2.2.3.1 Carneiro hidrulico
O carneiro hidrulico uma bomba dgua bastante usada no meio rural devido a falta
ou excassez de energia eltrica. Foi criado pelo ingls John Whitohust, em 1772, porm
necessitava de um operador para faz-la funcionar. Assim, os irmos Montgolfier, em 1786,
tornaram o aparelho automtico (posto em funcionamento no necessitava mais de operador).
Trata-se, portanto de um aparelho bastante simples e de grande utilidade, por isso sua energia
originada da propria gua em movimento.
http://www.hbtd.alibaba.com/
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muito usado no meio rural para bombear gua de rios e de outros mananciais
hdricos para reservatrios elevados. Existem dois tipos: o carneiro hidrulico tradicional, com
estrutura de ferro (Figura 2.11), e o carneiro hidrulico feito com garrafa PET (Figura 2.12).
Em ambos, o fluxo dgua feito por tubulaes, entre o carneiro e o ponto dgua. Um
carneiro hidrulico deve ser instalado no mnimo a um metro e meio abaixo da fonte dgua e
a dez metros de distncia deste ponto. Alm disso, o carneiro hidrulico com garrafa PET
pode ser construdo pelo produtor rural, por ser um equipamento simples e que usa uma
energia limpa que no degrada o meio ambiente (Abate e Botel, 2002).
Figura 2.11 Carneiro Hidrulico.
Fonte: Pereira (2012)
Figura 2.12 Carneiro hidrulico com garrafa PET.
Fonte: Oliveira (2011).
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2.2.3.2 Bomba dgua pneumtica de ar comprimido
O ar comprimido, como fonte de energia, aciona a bomba dgua de duplo diafragma,
(Figura 2.13a-b) sendo apropriado seu uso, para locais de dificil bombeamento,
proporcionando uma vazo de 59 m/h para gua. Esse tipo de bomba oferece diversas
vantagens tcnicas e operacionais, dificilmentes atingidas por outros tipos de bombas. As
bombas pneumticas so to versteis que sua gama de aplicao fundamentalmente
ilimitada. Elas se dividem em dois mdulos, a parte molhada um deles (manifoalds e cmara
de bombeamento) e a outra, que o bloco central, a parte seca, onde est a atuao do ar
comprimido. Dois diafragmas separam os dois conjuntos e tem como funo isolar o ar
comprimido da parte lquida.
No sistema existe uma vlvula de ar que direciona o ar comprimido para o bloco
central, enquanto isso um dos diafragmas pressurizado (cmara B), que por sua vez
impulsiona o fludo existente na cmara de lquido. O lquido direcionado para cima causado
pela ao conjunta esfera/assento, sendo direcionado atravs dos coletores (manifolds) para a
sada. No mesmo instante, o outro diafragma arrastado para trs atravs do eixo que interliga
os dois diafragmas, succionando lquido para dentro da outra cmara de bombeamento
(cmara A). Quando os cursos dos diafragmas so completados, a vlvula pressuriza a cmara
do diafragma oposto, e assim completa o ciclo descrito acima. A bomba pneumtica de duplo
diafragma possui uma vazo de at 59,0 m/h (metro cbico por hora) e seu uso destinado
para: produtos qumicos txicos, adesivos, tintas e vernizes, bombeamento de extrato de
tomates, iogurtes, cremes, cosmticos, entre outros (Figura 2.13).
a) b)
Figura 2.13 a) Bomba d`gua de ar comprimido. b) Bomba dgua de dupla seo. Fonte: www.bomax.com.br (2012).
http://www.bomax.com.br/
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2.2.4 Mquinas elevadoras rotativas
Sua maior utilizao nos sistemas hidrulicos, no fornecimento de energia ao fludo.
Possui tambm vasta aplicao em avies, automveis, mquinas operatrizes e prensas.
Seu princpio de funcionamento da seguinte forma: a gua colhida na cmara por
uma bomba rotativa e em seguida impulsionado por um motor eltrico, a bomba centrfuga
proporciona velocidade ao fludo expulsando-o da cmara. A principal diferena da bomba
rotativa para uma centrfuga, que, a bomba rotativa de deslocamento positivo com
movimento circular, enquanto que a centrifuga uma bomba de deslocamento no-positivo
2.2.4.1 Bomba de engrenagem
A bomba de engrenagem pode possuir duas ou mais engrenagens que se acoplam, ou
membros que se acoplam em forma de lbulos dentro de uma carcaa adequada. Ambas as
engrenagens so montadas prximo parede interna do corpo da bomba. O lquido arrastado
para a parte perifrica das duas engrenagens e forado ento, atravs da abertura de sada. No
contato de cada par de dentes criado um vcuo, que faz com que a presso atmosfrica
pressione o fluido para dentro dos espaos vazios, existente no contato dos dente da
engrenagem.
As pequenas folgas entre a parede da cmara da bomba e os dentes das engrenagens
criam um selo apertado, impelindo assim o lquido, direcionando para o recalque. As bombas
de engrenagens so capazes de produzir elevada presso interna, sendo muito vazes utilizadas
para bombear lquido expesso, tais como petrolo bruto e breu. Seu uso em veculos bastante
vasta, para bombeamento de gasolina e leo (Figura 2.14).
Figura 2.14 Bomba d`gua de engrenagens.
Fonte:www.bomba+de+agua+engrenagem (2012).
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2.2.4.2 Bomba d`gua rotativa de palheta
O princpio de funcionamento da bomba de palheta consiste em fazer, com que as
palhetas acompanhem o contorno de uma carcaa. O mecanismo de bombeamento processa-se
da seguinte forma: o volume do fludo deslocado pela bomba de palheta determinado pela
diferena entre as distncias mxima e mnima em que as palhetas so estendidas, em funo
da sua largura.Nada pode ser feito para modificar a largura da parede, enquanto a bomba
estiver em operao. No entanto, uma bomba de palheta pode ser projetada, de modo que a
distncia de deslocamento das palhetas possa ser modificadas. Atravs da ao de uma fora
centrifuga, as palhetas tendem sair, do rotor, assim, em contato permanente realizado com a
face interna do corpo.
Este sistema possui a vantagem de proporcionar vida longa a bomba, devido ao fato
das palhetas terem sempre contato com o corpo, mesmo que estas apresentem desgastes nas
extremidades. Assim o fludo penetra na bomba atravs do vcuo gerado por um orifcio de
entrada localizado em um ponto onde ocorre a expanso do tamanho das cmaras em funo
do sentido de rotao do rotor. Em seguida, o fludo transportado para a sada da bomba,
onde as cmaras reduzem seu tamanho, forando-o a sair para fora da bomba (Figura 2.15).
Figura 2.15 Bomba rotativa de palheta. Fonte: www.bomba+de+gua+rotativa+palheta(2012).
http://www.bomba+de+gua+rotativa+palheta
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2.2.4.3 Bomba rotativa de pisto
Especialmente indicadas para as mais dificeis condies de trabalho, podendo bombear
todo tipo de fludos. Este tipo de bomba gera uma ao de bombeamento, fazendo com que os
pistos se alterem dentro de uma carcaa cilindrica. O mecanismo de bombeamento de uma
bomba de pisto, consiste basicamente de uma carcaa cilindrica, pistos com sapatas, placa
de deslizamento, sapata com molas e placa com orificio.
Estes tipos de bombas operam baseados no princpio de que, se um pisto produz um
movimento de vaivm dentro de um tubo, puxar o fludo num sentido e o expelir no sentido
contrrio. Para garantir uma longa vida til, as bombas rotativas de pisto apresentam uma
construo bastante resistente. Seus componentes so projetados para garantir um
desempenho satisfatrio para altas presses.
Figura 2.16 Bomba rotativa de pisto.
Fonte:www.ebah.com.br (2012).
2.2.5 Bomba alternativa
2.2.5.1 Princpios gerais
As bombas alternativas, so mquinas que deslocam sempre o mesmo volume de
lquido para cada siclo de movimento de vaivm dos rgos transmissores de energia ao
fludo. As bombas alternativas pertencem a categoria das bombas de deslocamento positivo,
porque o lquido no seu interior desloca-se praticamente com a mesma velocidade e o mesmo
sentido do elemento bombeador, no permitindo recirculao ou retorno.
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No curso do pisto, o deslocar do mbolo tende a produzir o vcuo no interior da
cmara, provocando assim o escoamento do lquido existente num reservatrio devido ao
atmosfrica, sendo esta superior a existente na cmara da bomba. Eessa diferena de presso
que faz com que a vlvula de suco se abra e a de recalque se feche quando necessrio.
Para o curso de descarga, o mbolo exerce fora sobre o lquido, forando-o a se
direcionar para o recalque, enquanto a vlvula do recalque est se abrindo, mantendo fechada
a da aspirao. Na bomba alternativa, o movimento interno do pino do pisto convertido em
movimento circular por meio de uma biela (Figura 2.17). Para o bom funcionamento de uma
bomba alternativa necessrio o bom funcionamento do mbolo e das vlvulas de suco e
recalque.
Segundo Black (1979), o funcionamento de uma bomba de pisto bastante
semelhante ao de um motor veicular, que so:
Exausto de ar: O pisto se desloca at o fundo do cilindro, forando o
ar para fora.
Entrada da gua: Neste tempo de subida, cria-se um vcuo; a presso
atmosfrica faz com que a gua escoe para dentro do cilindro.
Transferncia de gua: Durante esse tempo de descida, a gua escoa
atravs da vlvula, isto , transferida para face superior do pisto.
Descarga da gua. Na medida em que o pisto sobe, a gua
descarregada, isto , ela sai da bomba.
Figura 2.17 Esquema da Bomba de pisto. Fonte: www.mcgarcia.vilatic.org (2012).
http://www.mcgarcia.vilatic.org/
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2.2.5.2 Fontes de energia para acionamento de mquinas elevadoras d gua
Diversas fontes de energia tem sido usada para acionar bombas e sistemas de
bombeamentos. A Tabela 2.1 sumariza algumas delas.
Tabela 2.1 Fontes de energia que acionam mquinas elevadoras dgua
Fonte: Holanda (2001)
a) Catavento (energia elica)
Catavento um dispositivo que aproveita a energia do vento (elica) (Figura 2.18), para
acionar uma bomba mecnica de pisto, que est acoplada diretamente ao rotor atravs da
paletas elicas. O funcionamento da bomba dado pelo acionamento dos movimentos de sobe
e desce exercido pelo rotor das palas, numa sequncia contnua, bombeando gua para fora do
poo ou aude. Uma das desvantagens do catavento o seu custo, que varia entre R$ 7.000,00
a R$ 30.000,00 e ter dependncia do vento, no entanto sua vazo pode variar de 8 a 30 m/dia
(Yvel, 2011), (Fedrizzi, 1997).
Energia Mquinas que
utilizam energia Mquinas elevadoras
Humana e animal Mquinas elevadoras por transporte
Bomba de pisto
Bomba de diafragma
Bomba de pisto e de diafragma
Elica Moinho de vento Rodas de ps
Hlice de Arquimedes
Da queda d'gua Carneiro hidrulico
Da gua em
movimento
Roda d'gua Bomba de pisto e roda mista
Bomba centrfuga
De combustveis Motores a exploso Bomba rotativa
Lenha Mquina a vapor Bomba de pisto
Eltrica Motores eltricos Bomba de ar comprimido
Bomba de pulsao
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21
Figura 2.18 - Bomba de pisto acionada por catavento. Fonte: www.citiservi.com.br (2011)
b) Propulso humana
Qual a capacidade humana de esforo em diferentes processos de condicionamento
fsico que um homem, uma mulher e uma criana suportariam sobre condies normais?
A temperatura ambiente, as condies do local de trabalho, a forma como determinada
pessoa se alimenta, so fatores importantes a considerar, para conseguir atingir um
determinado nvel dentro do grupo de trabalho a que o homem pertence. Alm disso, todo
esforo depende do estado de treinamento do corpo pelo condicionamento fsico. Tudo isto
so fatores a serem considerados. O que adianta uma boa nutrio quando se tem uma vida
sedentria. Outro fator importante o peso corporal, se, por exemplo, duas pessoas fizerem
um mesmo esforo fsico igual a por exemplo 80 W, para uma pessoa que pesa 50 kg, este
um esforo relativamente muito maior do que para uma pessoa da mesma idade, com bom
condicionamento fsico, que pesa 80 kg (Mellerowicz, 1984).
http://www.citiservi.com.br/
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22
Os dados fornecidos nas Tabelas 2.4 referem-se a potncia fsica que o ser humano
pode ser capaz de desenvolver para acionar determinado equipamento disponibilizando um
determinado esforo fsico com as mos e ps. Os dados fornecidos nas Tabelas 2.3 a 2.4 so
relativas a homens, mulheres e crianas de idades diferentes e biotipos diversificados. Foram
dados de longa durao realizados em laboratrios, monitorados por aparelhos de preciso, e
supervisionados por mdicos e professores formados em educao fsica.
Tabela 2.2 - Potncia para uma pessoa sem condicionamento fsico. Fonte: Gutierrez (2005).
Gnero Idade Potncia (W)
Homem 20 a 30 anos 2,0 W / kg
Mulher 20 a 30 anos 1,5 W / kg
Tabela 2.3 - Potncia para uma pessoa que pratica atividade fsica. Fonte: Gutierrez (2005)
Gnero Idade Potncia (W)
Homem 20 a 30 anos 2,67 W / kg
Mulher 20 a 30 anos 2,00 W / kg
Tabela 2.4 - Potncia disponvel para homem, mulher e criana.Fonte: Gutierrez (2005)
Gnero Acionamento Potncia (W)
Homem Perna : pedal, manivela 100
Brao ; pedal, manivela 70
Mulher Perna : pedal, manivela 75
Brao :pedal, manivela 50
Criana
(menino / menina)
Perna : pedal, manivela 65
Brao : manivela, alavanca 40
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23
c) Motor Eltrico
Motor eltrico um equipamento destinado a transformar energia eltrica em
mecnica. De todos os tipos de motores, continua sendo o mais usado, pois combina as
vantagens da energia eltrica baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de
comando. um dispositivo simples, possuindo grandes versatilidade de adaptao de cargas
aliado a um timo rendimento, em outros fenmenos eletromecnicos, tais como foras
eletrotticas. O princpio de funcionamento dos motores eletromagnticos, que existe uma
fora em todo fio quando esta conduz corrente eltrica imerso em um campo magntico. A
fora descrita pela lei de Lorentz, sendo esta perpendicular ao fio e ao campo magntico.Em
um motor giratrio, a parte que gira se chama rotor. Os fios criam um campo magntico,
fazendo com que o rotor gire, quando um torque desenvolvido sobre a linha central do
campo magntico formado.
Os motores so constitudos de eletroms que so posicionados em ranhuras do
material ferromagntico, que constitui o corpo do rotor e enroladas adequadamente dispostas
em volta do material, que constitui o estator, sendo este a parte estacionria ou corpo do
motor. Os motores eltricos mais comuns so: motores de corrente contnua e corrente
alternada.
Para os motores de corrente contnua se faz necessrio o uso de uma fonte, que
converte a corrente alternada para contnua. Por essa razo, seu uso mais restrito casos
especiais, em que estas exigncias compensam o custo muito mais elevado para instalao, ou
no caso da alimentao usada ser do tipo contnua, como no caso do uso de pilhas em
dispositivos eletrnicos.
Os motores de correntes alternadas, so os mais utilizados, porque a distribuio de
energia eltrica feita normalmente em correntes alternadas. Tem como princpio de
funcionamento um campo giratrio, que inicia quando um sistema de corrente alternada
trifsico aplicado em polos defasados fisicamente em 120. Dessa forma, um par de polos
possui o campo de maior intensidade, que associados vetorialmente possui um efeito
semelhante de um campo giratrio que se desloca ao longo do estator e que tambm se altera
com o tempo.
-
24
Os principais tipos de motores eltricos so os motores sncronos, que funcionam com
velocidade constante. So normalmente usados, quando se necessita velocidades estveis sob
ao de cargas variveis. Motor de induo, funciona com velocidade estvel, que varia com a
carga aplicada ao eixo. Devido a sua simplicidade, robustez e baixo custo, o motor mais
utilizado de todos, sendo portanto o ideal para acionar uma bomba centrifuga (Figura 2.19).
Figura 2.19 Bomba centrfuga.
Fonte:http//www.machineryzone.com (2012).
2.2.6 O estado da arte sobre sistemas de bombeamentos de gua alternativos
A pesquisa sobre energia sempre foi um fator essencial para evoluo e crescimento da
humanidade. A preocupao para obteno de novas fontes de energia tem sido uma
constncia. O ser humano ao longo da sua histria sempre buscou novas alternativas que
facilitasse seu meio de vida, sempre dominando tecnologias em matrizes energeticas, tais
como, a biomassa (lenha), o petrleo e o carvo. Hoje, as pesquisas sobre novas buscas em
fontes energticas mais eficazes e eficientes so bastante estimuladas, sobretudo, quando o
assunto gira em funo da crise energtica e do prejuzo causado pela queima da fauna, flora e
a grande poluio provocada pelos combustveis fsseis.
Atualmente novas pesquisas esto sendo desenvolvidas, novos trabalhos esto sendo
estimulados, grandes empresas esto procurando pesquisadores com grandes idias, tudo isso
evidenciado atravs de textos, revistas, trabalhos de mestrado e doutorados aplicados sobre
bombas dguas e suas utilizaes em residncias, pequenas lavouras, indstrias, etc. A seguir
apresenta-se uma reviso bibliogrfica sobre o tema.
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Baumann (2011) apresenta um estudo sobre a oficina Malienne Pump, em que o
prprio agricultor produz sua bomba d gua manual de pisto para irrigao em pequena
escala e as usa em suas residncias para o pequeno cultivo das suas prprias lavouras. As
associaes se uniram e criaram tecnologia direcionada para fabricao de tipos de bomba que
se ajustasse a condio local e se adequasse ao uso do pequeno agricultor com toda matria
prima disponibilizada ( tubos de PVC, barras de ao de construo, madeira, couro e pneu de
bicicleta) para fabricao do equipamento.
As bombas foram construdas e testadas, no entanto seus desempenhos ficaram muito
restritos, mas, mesmo assim poderiam recalcar gua para uma altura manomtrica de
aproximadamente doze metros. O seu custo de produo de aproximadamento U$ 60,00,
inclundo o processo de instalao. Como o agricultor constroe sua prpria bomba, ele prprio
se encarrega da manuteno, sendo bastante frequente pelo fato das bombas serem construdas
de forma artesenal (Figura 2.20 a-c).
a) b) c)
Figura 2.20 Diferentes tipos de bombas em operao. a) Bomba com acionamento manual
Bomba com acionamento de bambu. b). c) Bomba acionada por manivela. Fonte:Baumann (2011).
Martin (2011) desenvolveu um prottipo de bomba de Mecate, tendo como base a
adaptao de uma antiga cadeia de bomba de pisto produzida desde os primrdios na China.
Durante os anos setenta e oitenta foi bastante incentivada introduo da bomba de corda em
muitos pases, por meio de projetos em desenvolvimento, voltados para o pequeno agricultor.
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O princpio de funcionamento da bomba de pisto desenvolvida por Martin (2011)
consiste em um quadro de bicicleta com seu sistema de transmisso (coroa, corrente e pinho)
acionado por uma pessoa atravs dos pedais. Interligado ao sistema esta uma corda que aciona
duas roldanas, que por sua vez, movimenta uma corda com alguns pequenos copos de plstico
preso por uma corda dentro de um tubo de PVC vertical (Bartle 2012), sendo que, uma de
suas extremidades fica submersa dentro do poo dgua Figura 2.21a-b). A gua enche os
copos sendo conduzido pelo movimento contnuo do sistema de transmisso.
a) b)
Figura 2.21 Bomba de Mecate. a) Esquema geral da bomba. b) Detalhe do pequeno copo
utilizado na bomba. Fonte: Martin (2011)
Oliveira et al. (2011) realizaram um estudo sobre a construo e avaliao de um
carneiro hidrulico com garrafa PET descartvel (Figura 2.22). O experimento foi montado no
Laboratrio de Hidrulica do Instituto de Cincias Agrrias e Tecnolgicas (ICAT), no
campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
As variveis do experimento foram as garrafas PET descartvel de 0,6 e 2,0 litros,
onde foi avaliado o volume recalcado, volume desperdiado, altura da gua recalcada e
nmeros de golpes de arete por minuto. Aps avaliao verificou-se que o desempenho do
carneiro hidrulico com a garrafa PET de 0,6 litros, foi superior ao de 2,0 litros, para o
recalque.
A quantidade de golpes de arete variaram entre 75 e 85 golpes por minuto para ambas
as garrafas, respectivamente. Observou-se ainda, uma pequena diferena em relao aos
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diferentes volumes das garrafas. A vazo para a garrafa PET de 0,6 litros, correspondeu a 25,2
litros/min e para a garrafa PET de 2,0 litros, obteve-se uma vazo de 20,4 litros/min.
Figura 2.22 - Carneiro hidrulico com garrafa PET.
Fonte: Oliveira (2011).
Marroquin (2010) apresenta um sistema de bombeamento dgua a pedal acionado por
propulso humana, ou seja, com o uso das pernas. Este sistema pode bombear entre 50 e 100
litros/min (18,9 a 37,8 gales por minuto) e pode puxar gua de at 30 m de profundidade
com o uso de pequenos copos acoplado a uma corda.
Seus principais componentes so: um sistema de transmisso de bicicleta (coroa,
corrente e pinho), volante feito de concreto e uma corda com copos acopladas. Toda a
estrutura de madeira, que d ao sistema o suporte necessrio para ser sustentvel. Como
mostram as Figuras 2.23 e 2.24, o sistema consiste em acoplar uma bicicleta, que serve de
acionamento para o sistema de bombeamento, que por sua vez aciona uma roldana por onde
passa uma corda contendo diversos pequenos copos de borracha presos a ela.
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Figura 2.23 - Sistema de bombeamento sendo operado por bicicleta.
Fonte: Marroquin (2010)
Figura 2.24 - O sistema de bombeamento sendo preparado para uso.
Fonte: Marroquin (2010)
Leary (2010) decidiu em parceria com a Maya Pedal (ONG), recolher bicicletas velhas
e transform-las em equipamentos que pudesse de alguma forma contribuir para o bem estar
do pequeno agricultor. O objetivo neste caso foi adaptar uma bomba d`gua manual a uma
bicicleta, surgindo assim a bicibomba ou bomba d`gua acoplada a uma bicicleta mvel
(Figura 2.25a-b). Foi concebida para trabalhar com a potncia da perna, que cinco vezes
superior a do brao humano. Uma pessoa normal que pratique exerccio fsico pode produzir
aproximadamente 100W com as pernas, por um curto intervalo de tempo (Leary, 2010).
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A bomba foi acoplada sobre o eixo traseiro da bicicleta junto com suporte de encosto
para o sistema na hora do bombeamento. Consequentemente, o sistema pode ser usado para
regar pequenas lavouras e elevar gua de um aude para uma caixa d`gua. Segundo Leary
(2010), o sistema possui um poder de suco de 5 m de altura, um poder de recalque igual a
26 m de altura e vazo de 40 litros/minuto.
a) b)
Figura 2.25 - a) Bicicleta com bomba. b) Bicicleta pronta para uso. Fonte: Leary (2010)
Practical Action (2012) reporta uma bomba dgua acionada por pedais de bambu cuja
fora motriz a humana, sendo esta sua principal vantagem, uma vez que o equipamento no
precisa de energia eltrica, elica ou fotovoltica para ser acionada. A bomba pedal de
bambu tem contribudo para o acrscimo da renda dos agricultores, por apresentar uma maior
vazo em relao s acionadas atravs das mos, devido a maior resistncia das pernas. A
bomba pisto acionada por pedal de bambu, possu um poder de suco de at 6,0 m abaixo
da superfcie e possui uma vazo mxima de 18 m por hora (estes dados so valores
aproximados e devem ser tomados como guia) (Practical Action, 2006). Com o aumento da
altura de recalque, a vazo volumtrica, segundo a Practical Action, tende a diminuir. Este
tipo de bomba foi desenvolvido no Nepal e a maioria das peas so artesenais, ou seja,
fabricadas no local das atividades, produzindo assim uma renda para a economia local.
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O equipamento desenvolvido basicamente para irrigao de pequenas lavouras (2000 3000
m), onde os prprios familiares se revezam no acionamento do mecanismo. A bomba de
pisto composta por dois cilindros e conjuntos selecionados de vlvulas, sendo estes
acionados atravs de pedais de bambu, criando assim cursos alternados no dois pistos,
bombeando a gua atravs de pulsaes (Figura 2.26 a-b).
a) b)
Figura 2.26 - Bomba acionada por pedais de bambu. a) Sistema de bombeamento sendo
acionado. b) Esquema da bomba de pisto acionada a pedal de bambu. Fonte: Practical Action (2006).
Zingman (2007), da equipe do AD-Lab, projetou e construiu um Savonius Elico para
acionar (70 a 100 rpm) um eixo vertical ligado a um rotor com turbina para uso em sistemas
de bombemento de gua na zona rural de Honduras. Para a realizao deste experimento foi
estudado diversos tipos de equipamentos com mudanas nos mecanismos aerodinmicos, para
conseguir fazer com que o mecanismo funcionasse adequadamente. A bomba de gua
utilizada foi a de cordas com pequenos canecos que se deslocam preso a corda dentro de um
tubo, com uma das extremidas dentro da gua. O Savonius feito de tambores de leo cortado
em duas metades e aparafusados em sentido oposto uma a outra. Diversos testes foram
apresentados porm, o equipamento no funcionava. No entanto, depois de muitas mudanas,
o resultado obtido surgiu com as alteraes do mecanismo, reduo de peso e atenuao de
atritos dos componentes (Figura 2.27).
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Figura 2.27 - Bomba d`gua acionada por Savonius. Fonte: Zingman (2007).
Hiller (2007) apresentou no Zmbia, uma bomba dgua pedal acionada por
propulso humana (Figura 2.28a-e), com o objetivo de avaliar a contribuio do sistema para
o bem estar do pequeno agricultor. A bomba de pisto acionado por propulso humana
(pernas). Segundo Hiller (2007), a bomba possu uma vazo de 2,5 a 5,0 m/h, que suficiente
para irrigar 0,2 a 0,4 hectres, alm de plantios de hortalias. De acordo com a Empresa de
Desenvolvimento Internacional (IDE), a bomba aumentou o rendimento agrcola para mais de
US$ 100,00 por ano, o que no deixa de ser um dado significativo, devido ao estado de
pobreza de algumas regies do Pas.
Nos ltimos dez anos a IDE vem procurando conscientizar o homem do campo sobre
os benefcios que o sistema fornece para o pequeno agricultor. Porm, um grande problema na
acessabilidade da bomba de pedal para os mais pobres, continua sendo seu preo (US$100,00)
que, devido ao estado de probreza, continua sendo um impecilho para sua aquisio. Para uma
famlia que vive abaixo de 1,0 a 2,0 dolares por dia, esta soma portanto impossvel de ser
paga.
No entanto, segundo a IDE, um fazendeiro comprou o sistema de bombeamento
pedal, lucrou com ele e hoje uma das pessoas mais prspera da regio, conseguindo comprar
mais terra, aumentar seu plantio e, ainda mais, seu poder aquisitivo.
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a) b) c) d) e)
Figura: 2.28a-e) Diversos sistemas de bombeamento pedal em operao. a) Sistema sendo
acionado com as pernas. b) Sistema sendo acionado com as mos. c) Bomba acionada por
pedais de madeira. d) Sistema de bombeamento. e) Sistema de bombeamento sendo operado. Fonte: Hiller (2007).
Adeoti et al. (2007) realizaram um estudo na frica Ocidental, com uso de
computadores, para avaliar o desempenho de uma bomba dgua pedal (Figura 2.29)
acionada por um sistema de transmisso de bicicleta (coroa, corrente e pinho), como uma
possvel alternativa para substituir o balde preso a uma corda. O objetivo foi melhorar a
produo e a renda e com isto, diminuir o ndice de pobreza entre as famlias dos agricultores
rurais. Nesse estudo, os dados coletados foram anotados e as estratgias adotadas foram
utilizadas para a divulgao, adoo e impacto que causaria o funcionamento de um sistema
de bombeamento pedal nas comunidades. As principais fontes de dados foram obtidos
atravs dos usurios do equipamento (proprietrio ou no) e os resultados foram comparados.
Os dados obtidos mostraram que houve um ganho real atravs do tempo, da reduo da carga
horria e aumento das reas irrigadas, porque muitos agricultores s tinham um hectare de
terra.
Figura2.29 Sistema de bombeamento pedal recalcando gua de um poo.
Fonte: Adeoti et al. (2007).
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O sistema de bombeamento pedal possui uma gama de caractersticas que supera
alguns outros equipamentos de irrigao, tais como: a utilizao sobre uso prolongado do peso
corporal e da musculatura das pernas. Neste sistema, o operador pedala em p, o que oferece a
este usurio operar o equipamento por um longo perodo de tempo. Outra vantagem que as
peas, por serem simples, podem ser encontradas facilmente em locais onde vendem
componentes de bombas de pisto e lojas de materiais para bicicletas.
Foi constatada uma vazo entre 5 a 10 m/h, dados esses obtidos em uma situao real
a partir de poos perfurados, com uma suco real comprovada de at sete metros (7,0 m) de
profundidade. Foram realizados testes em superfcies tais como lagos, rios e audes de vrias
cidades africanas, e os benefcios do sistema foram bem aceitos pelas comunidades (Adeoti et
al., 2007).
Gilg et al. (2006) apresentaram uma nova bomba dgua de modelos Jabsco 1973-1003
que funciona baixa e alta rotao, com vazo oscilando segundo a rotao, ou seja, podendo
bombear 2,2 gales (1 galo americano corresponde a 3,78 litros) ou mais por minuto (0,5 m/h)
e pode ser operada entre 500 a 1800 rpm. Pde-se perceber que esta bomba apresentou uma
tima vazo. Para uma altura manomtrica de 10 ps, que equivale a 3,05m, onde no recalque
apresenta uma presso de 4,3 psi ou 0,296 bar. Esta bomba acionada por uma bicicleta comum,
na qual a bomba acoplada quando existe a necessidade de bombear a gua. Com o trmino da
operao, a bomba novamente desconectada, voltando bicicleta as suas atividades, que o
transporte do ciclista (Figura 2.30(a-b).
a) b)
Figura 2.30 a) Bomba d`gua Jabsco b) Bomba dgua Jabsco em operao. Fonte: Gilg et al. (2006).
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A bomba de rio Rife (2012) um sistema que no depende do homem para o
bombeamento de gua, sendo totalmente mecnico. Funciona sem eletricidade ou
combustvel, sendo o seu poder de bombeamento fornecido pelo fluxo de gua, o que consiste
em sua pior desvantagem, porque se no houver uma correnteza, no existir, portanto energia
para o sistema.
Como no sistema existe apenas um corpo mvel, o acoplamento assim lubrificado
pelo prprio fluido. Todas as partes so anti-corrosivas e concebidas para suportar um elevado
tempo de trabalho sem requerer manuteno. Alm de apresentar boa vazo, a bomba de Rio
Rife pode ser usada para as necessidades bsicas domsticas, irrigaes, lagoas e jardinagem.
muito til para ser usada em tanques com peixes, porque o fluido bombeado est com
grande quantidade de ar (Figura 2.31).
Figura 2.31 - Bomba de rio Rife. Fonte:www.amazon.com/rp-100-river-pump (2002).
Holanda (2001) projetou, desenvolveu e testou uma bomba de diafragma para uso
baixa rotao, que pode ser acionada por um sistema de transmisso (coroa, corrente e
pinho), vento e por roda dgua. Foi realizado um estudo comparativo do seu desempenho
em relao a uma bomba de pisto encontrada no comrcio e pde-se observar que: com o
aumento da potncia no eixo da roda dgua, a vazo que fornecida atravs da bomba de
pisto tende a um aumento no seu rendimento. Este um comportamento que no existe na
bomba de diafragma. Controlando a vazo sobre a roda dgua, o rendimento da bomba de
pisto foi muito superior ao da bomba de diafragma e que, o rendimento da bomba de
diafragma aumenta com o decrscimo da altura de recalque (Figura 2.32a-b).
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A bomba de diafragma composta por duas cmaras cilndricas, local onde o
diafragma est acoplado, sendo o diafragma produzido de uma borracha adequada para seu
uso. Um esquema da bomba encontra-se na Figura 2.33 com todos os seus componentes. A
vazo mdia apresentada pela bomba de diafragma acionada pela roda dgua foi 1,3 m/s e a
potncia foi aproximadamente 3,20 Watt.
A bomba de pisto apresentou uma vazo mdia de aproximadamente 1,13 m/h e
potncia mdia de 7,8 Watts. Pode-se ver que a bomba de pisto apresentou um valor mdio
para vazo volumtrica inferior bomba de diafragma.
a) b)
Figura 2.32 Bomba de diaframa. a) Acoplada ao eixo da roda d`gua. b) Vista frontal com
tubulao e vlvula. Fonte: Holanda (2001).
Figura 2.33 Esquema da bomba de diafragma.
Fonte: Holanda (2001).
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Brasileiro (1991), citado por Pereira e Melo (2010), desenvolveu um sistema de
bombeamento dgua acionado por trao humana utilizando, um sistema de transmisso de
bicicleta (pedal, coroa, corrente e pinho) que serviu para acionamento do eixo da bomba.
Todo sistema de transmisso foi interligado por corrente de bicicleta, que acionado atravs do
pedal fazia com que todas as partes mveis entrasse em movimento circular acionando assim
uma manivela. A manivela, ao se movimentar aciona o mbolo da bomba responsvel pelo
movimento do fludo.
A estrutura do sistema era a mesma de uma bicicleta. A bomba usada foi uma bomba
de pisto com dupla seo, marca Riachuelo, de forma que o significado disto era que a vazo
obtida (1,6 m/h) fosse superior a uma bomba comum. A novidade deste trabalho, foi o
adicionamento de um volante de patrol com massa em torno de 47 kg, que tinha como funo,
armazenar energia para depois dissipa-la no mbolo da bomba para que a presso no interior
da cmara fosse atenuada. Como uma continuidade do trabalho de Brasileiro (1991),
Guimares e Rocha (2005), aperfeioou o sistema de bombeamento, nas seguintes partes:
O assento do modelo original era na vertical, semelhante a uma bicicleta
comum. Na verso modificada a posio do banco com encosto ficou na horizontal.
O sistema bomba, biela e manivela estava situado na parte dianteira do sistema.
No modelo atual, o sistema bomba, biela e manivela esta acoplado na parte traseira .
O sistema original era pesado, enquanto que o atual bem mais fcil de
locomoo, por ter todo estrutura confeccionada em tubos. A Figura 2.34 ilustra com mais
detalhes o que foi esplanado.
Figura 2.34 Unidade de bombeamento pedal aperfeioado.
Fonte: Guimares e Rocha (2005).
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Sociedade do Sol (2003) reporta o desenvolvimento da mais simples das bombas, que
uma bomba dgua semelhante bomba de encher pneu de bicicleta. A bomba dgua puxa-
empurra possui um conjunto de vlvulas de reteno e suco que funciona de forma simples:
quando a suco abre, o recalque fecha, e vice-versa.
Sua construo bastante simples e seu material de baixo custo facilmente
encontrado no comrcio. Seu funcionamento basicamente semelhante a uma seringa gigante
que succiona a gua atravs de um tubo dentro do cilindro, em seguida expele para fora por
outro tubo. As duas vlvulas de reteno direcionam o fluxo da gua enquanto o movimento
de vai e vem executado, o processo torna-se contnuo enquanto o sistema de bombeamento
estiver sendo acionado.
Pode-se afirmar que essa tecnologia funciona de forma satisfatria, no entanto, sua
vazo muito pequena s servindo basicamente para bombear gua para pequenos plantios
(Figura 2.35a-b).
a) b)
Figura 2.35a-b) Bomba d`gua manual puxa-empurra. a) Modelo construda de tubos. b)
Detalhes das vlvulas. Fonte: Sociedade do Sol (2003).
Mancebo (2010) projetou a bomba de gua de corda elevada. Este projeto foi
elaborado pela universidade de Castila La Mancha e AECID para a engenharia sem
fronteiras. Foi realizado um estudo sobre detalhes de construo e manuteno de bombas.
Com essa bomba a gua pode ser bombeada a uma altura de 6 metros ou ser conduzida at
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uma caixa de gua e distribuda por gravidade para residncias e pequenas plantaes. A
bomba de corda uma bomba volumtrica com deslocamento positivo e seu funcionamento
est baseado em pequenas capturas com confinamento de pequenos volumes de gua dentro
de um pequeno copo (Figura 2.36).
Para conseguir esse objetivo dispe-se de uma corda que arrasta uma srie de
pequenos pistes cada um separado por uma distncia de 1 metro e presos a corda por um
orifcio central. Quando a corda passa pelo interior do tubo com os pistes, por serem estes
muito justo com o cano, este impede seu retorno, conduzindo-os at uma abertura na altura
determinado do tubo para a sada de gua (Figura 2.36).
Figura 2.36 Copos da bomba. Fonte: Mancebo (2010).
A roda que acionada manualmente por uma pessoa, possu uma corda de dimetro de
430 mm, por essa razo pode obter uma vazo de 1m/h, com uma potncia de acionamento
48W perfeitamente disponvel para uma criana ou mulher, de forma confortvel. Seu
rendimento justificado (90 %) por ser superior a muitas bombas convencionais existentes no
mercado. A Figura 2.37 apresenta a Roda de acionamento manual por manivela.
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Figura 2.37 - Roda com manivela. Fonte: Mancebo (2010)
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CAPITULO III
METODOLOGIA
3.1 Experimental
3.1.1 Sistema de bombeamento pedal
O modelo usado para os testes foi um sistema de bombeamento de gua pedal
acionado por propulso humana, aperfeioado de um projeto original de 1991, desenvolvido
pelo prprio autor, conforme ilustra a Figura 3.1. Este projeto original foi aperfeioado por
Guimares e Rocha (2005) com um design bem mais moderno, tomando a forma do novo
prottipo conforme ilustra a Figura 3.2. Contudo, um estudo criterioso de desempenho do
sistema no foi realizado por Guimares e Rocha (2005).
Sendo assim, dando continuidade ao trabalho de anlise deste prottipo, enfatiza-se
para esta nova etapa, a parte prtica do sistema tais como: clculo de foras, torque nos eixos
e manivela, vazo do fluido, altura manomtrica e eficincia do desempenho da bomba e
sistema de bombeamento.
Figura 3.1- Unidade de bombeamento acionada por propulso humana. Fonte: Pereira (2010).
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Figura 3.2 Unidade de bombeamento pedal acionada por propulso humana aperfeioada.
Fonte: Pereira (2010).
A bomba utilizada no sistema foi uma bomba comercial manual de pisto de duplo
efeito, de marca Riachuelo, conforme ilustra a Figura 3.3a-c. Esta bomba, contm uma
vlvula de bronze na entrada, para a suco, e outra na sada, para o recalque (Figura 3.4).
Para a suco e recalque, os tubos e coneces em uso possuem um dimetro mximo de uma
polegada (Figura 3.5). O mbolo da bomba (Figura 3.6) que bombeia toda gua, est acoplado
uma biela que d movimento de vai e vem, impulsionando e succionando a gua, quando o
sistema entra em operao.
a) b) c)
Figura 3.3 Bomba de pisto. a) Vista superior mostrando a camisa de bronze b). Bomba
manual riachuelo. c) Corpo da bomba sem o mbo