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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA NO
TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DA
ENFERMAGEM DE UM HOSPITAL DE TRAUMA
Lenilson Olinto Rocha (UFPB)
Maria de Lourdes Barreto Gomes (UFPB)
Luana Marques Souza Farias (UFPB)
Jonhatan Magno Norte da Silva (UFAL)
Os funcionários de um hospital estão expostos à cargas de trabalho
estressantes que se acumulam desde o momento do atendimento prestado
(em especial, a preocupação com a vida do paciente) até a cobrança social
por um tratamento rápido, digno e eficaz. Além disso, são frequentes os
casos de adoecimento desses funcionários, principalmente os trabalhadores
da enfermagem, relatados na literatura, sendo agravado pela falta de uma
gestão plena da qualidade de vida no trabalho (QVT) por parte das
instituições de saúde. Desse modo, esse estudo foi realizado por meio de um
questionário baseado no modelo de Walton (1973) com objetivo de avaliar a
satisfação com a QVT de 43 enfermeiros e 85 técnicos de enfermagem de um
hospital de trauma. Foram realizados os testes de Kolmogorov-Smirnov com
o intuito de analisar a normalidade dos dados, sendo as variáveis da QVT
consideradas não paramétricas. Posteriormente calcularam-se os p-valores
das variáveis, pelo teste de Mann Whitney, para encontrar indícios de
diferenças estatísticas significantes entre as médias das respostas dos
enfermeiros e dos técnicos de enfermagem. Foram elaborados intervalos de
confiança (IC) com 95% de confiança para cada variável da QVT. Os
resultados mostraram que das 34 variáveis da QVT analisadas, somente 7
variáveis observaram-se indícios de diferenças estatísticas entre as respostas
dos enfermeiros e dos técnicos de enfermagem. A QVT dos profissionais da
enfermagem foi classificada como insatisfatória e todas as variáveis das
dimensões 1 (compensação justa e adequada), 4 (oportunidade de
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avançadas de produção”
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crescimento e segurança) e 6 (constitucionalismo) do modelo de Walton
obtiveram percepções negativas.
Palavras-chave: QVT, enfermagem, satisfação no trabalho
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1. Introdução
Um ambiente hospitalar sofre influência das variáveis que compõem o trabalho. Lima Júnior e
Esther (2001) enfatizam que as condições de trabalho às quais os profissionais atuantes nos
hospitais estão submetidos, propiciam danos à saúde, sujeitam-se a relações, organizações,
condições e espaços que poderão contribuir significativamente para um sofrimento inevitável
durante a jornada de trabalho.
Para Neuman e Freitas (2008) a cultura da organização, assim como também as exigências
das funções que são exercidas no hospital, ocasionam uma carga de trabalho que poderá
comprometer as atividades de saúde exercidas pelos profissionais que ali trabalham.
Outros autores como Rossi, Antunes e Carraro (2009) e Magalhães (2010) ressaltam que,
embora existam iniciativas importantes de investimentos na gestão do trabalho em saúde e na
melhoria da qualidade dos processos de trabalho, sinais e sintomas de adoecimento têm sido
frequentemente observados e verbalizados por esses profissionais, uma vez que, as
instituições de saúde ainda não contemplam de maneira plena a gestão da qualidade de vida
no trabalho - QVT.
Os funcionários de um hospital estão expostos a riscos ambientais e psicossociais. Esses
profissionais possuem uma elevada carga de estresse que se acumula desde o momento do
atendimento prestado (em especial, a preocupação com a vida do paciente) até a cobrança
social por um tratamento rápido, digno e eficaz (DUARTE; MAURO, 2010). A pressão no
trabalho afeta diretamente o desempenho na função e a vida social do funcionário.
Na concepção de Zare et al. (2012) os hospitais são organizações complexas que fornecem
serviços aos pacientes sete dias por semana, 24 horas por dia, em que, os profissionais da
saúde, em especial os da enfermagem, são os principais recursos humanos trabalhando em
situações de emergência com uma extensa carga de trabalho e estresse, que poderá afetar
negativamente o tratamento dado aos pacientes.
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Visando compreender as interações entre as variáveis que compõem o trabalho dos
profissionais da enfermagem em um hospital, esse estudo tem por objetivo avaliar o nível de
satisfação com a QVT dos enfermeiros e técnicos de enfermagem de um hospital de trauma.
2. Revisão de literatura
2.1 A qualidade de vida no trabalho (QVT)
Segundo Ferreira (2012), Fernandes e Ferreira (2015) a qualidade de vida no trabalho (QVT)
pode ser compreendida através de duas óticas, sendo-as:
QVT para as organizações: é um preceito de gestão organizacional que se expressa por
um conjunto de normas, diretrizes e práticas no âmbito das condições, da organização
e das relações sócio-profissionais de trabalho que visa à promoção do bem-estar
individual e coletivo, o desenvolvimento pessoal dos trabalhadores e o exercício da
cidadania organizacional nos ambientes de trabalho;
QVT para os trabalhadores: é compreendida e expressa por meio das representações
globais (contexto organizacional) e específicas (situações de trabalho) que estes
constroem, indicando o predomínio de experiências de bem-estar no trabalho, de
reconhecimentos institucional e coletivo, de possibilidade de crescimento profissional
e de respeito às características individuais.
A QVT é o resultado das interações de diversos fatores, como: as condições de trabalho,
satisfação, salário, relações familiares, disposição, estado de saúde, longevidade, lazer, prazer,
hereditariedade, estilo de vida e até espiritualidade (MARTINS, 2002; MARCITELLI, 2011).
Dado que o contexto tecno-social exerce influência determinante nas demandas do ambiente
de trabalho.
Pode-se concluir que a QVT está diretamente relacionada à satisfação e ao bem-estar do
indivíduo na execução de suas tarefas, sendo-a indispensável à produtividade, qualidade e
competitividade, sem as quais uma organização não sobrevive (MARCITELLI, 2011).
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2.2 QVT e enfermagem
Os profissionais da enfermagem, inseridos em diversos setores institucionais, convivem com
diferentes cargas de trabalho que os expõem à situações de riscos ocupacionais distintos
(FREIRE; COSTA, 2016).
Dessa forma, muitas vezes o trabalho em enfermagem poderá refletir em adoecimentos,
medos, insatisfação e em sentimento de insegurança e desmotivação por parte dos
profissionais, comprometendo a saúde do trabalhador e dos serviços prestados na organização
(DIAS et al., 2016).
Para Holden et al. (2011) a melhoria da qualidade do atendimento e dos níveis de QVT nas
organizações de saúde são constantemente citados na literatura. Esses autores pesquisaram um
modelo para avaliar a carga de trabalho dos enfermeiros em dois hospitais e o seu reflexo na
QVT, o qual resultou na dimensão “recursos humanos” possuindo uma relação positiva entre
a síndrome de Burnout e a insatisfação com o trabalho. Desse modo, os autores concluíram
que a redução da carga de trabalho durante a administração de medicamentos reduziria
também a probabilidade de erro no tratamento aos pacientes.
Freire e Costa (2016), ao analisar a QVT dos profissionais de enfermagem de um hospital,
concluem que a prática laboral realizada em condições inadequadas, acompanhada da
desvalorização do trabalhador e de relações hierárquicas conflituosas em seu ambiente de
trabalho, favorece o aparecimento de estresse. Estes fatores somados às cargas enfrentadas
pelos profissionais de enfermagem resultam em elevados índices de absenteísmo, desgastes
físicos e emocionais.
Na literatura existem muitos estudos relacionando níveis baixos de QVT com adoecimento e
esgotamento profissional de trabalhadores da enfermagem, por isso estudar os fatores
envolvidos com o trabalho para garantir a satisfação no ambiente laboral, principalmente no
trabalho na saúde, é importante para a manutenção da qualidade dos serviços prestados, uma
vez que, propiciar condições de satisfação no trabalho significa respeitar e valorizar os
profissionais da saúde.
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2.3 O modelo de QVT de Walton (1973)
Segundo Soares (2016) o pesquisador Richard E. Walton, Professor Emérito da Harvard
Business School, desenvolveu o modelo homônimo de análise da QVT, publicado no artigo
"Quality of Working Life: what is it?", em 1973.
O modelo de Walton (1973) é um dos mais usados nas pesquisas da QVT no Brasil, pois neste
modelo, são propostas 8 categorias conceituais que enfatizam os fatores de influência na
QVT, sendo essas categorias ou dimensões: compensação justa e adequada, condições de
trabalho, uso das capacidades, oportunidades, integração social, constitucionalismo, trabalho e
vida, relevância social (TIMOSSI et al., 2009).
Conforme Albuquerque (2013) o modelo de Walton permite melhores condições para a
avaliação do nível de QVT, dado que sua amplitude contempla fatores internos e externos à
organização. Pode-se afirmar que o modelo de Walton é generalista e essa característica torna
possível sua fácil adaptação às características da interação dos componentes tecno-sociais,
biológicos, físicos, psicológicos e temporais no ambiente de trabalho.
3. Aspectos metodológicos
Esse estudo, que possui natureza quali-quantitativa com objetivos descritivos, foi realizado
por meio de um questionário baseado no modelo de Walton (1973) para avaliar a QVT de 43
enfermeiros e 85 técnicos de enfermagem de um hospital de trauma, sendo esta uma amostra
não probabilística e a entrega dos questionários foi por conveniência.
O questionário foi dividido em duas partes, a primeira relativa a 6 variáveis
sociodemográficas e a segunda relativa a 34 variáveis da QVT. As variáveis da QVT foram
graduadas por uma escala Likert de 5 níveis: 1 - Discordo totalmente; 2 - Discordo; 3 -
Indiferente; 4 - Concordo e 5 - Concordo totalmente.
Realizaram-se testes de Kolmogorov-Smirnov nas 34 variáveis da QVT, com o intuito de
analisar a normalidade dos dados, sendo essas variáveis consideradas não paramétricas com p-
valores maiores que 0,05, considerados não significativos.
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Realizou-se também, o teste de Mann Whitney para cada uma das variáveis da QVT a fim de
fazer a comparação de medidas contínuas ou ordenáveis entre os dois grupos independentes
(enfermeiros e técnicos de enfermagem). Adotou-se o valor de p≤0,05 para considerar os
indícios de diferenças estatísticas significantes entre as médias dos 2 cargos pesquisados.
Usaram-se os testes de hipóteses para as médias das 34 variáveis da QVT, onde:
Os intervalos de confiança (IC) das variáveis foram calculados com um nível de confiança de
95%. Adotar-se-á a classificação de percepção positiva ou satisfeito para os resultados das
variáveis que apresentam mais de 50% dos dados no intervalo (concordo e concordo
totalmente) e percepção negativa ou insatisfeito, para variáveis que apresentam mais de 50%
dos dados no intervalo (discordo e discordo totalmente).
4. Resultados
Serão apresentados os resultados obtidos por meio do questionário, o qual a primeira parte é
relativa ao perfil dos trabalhadores e a segunda parte é relativa as 34 variáveis da QVT.
4.1 Perfil dos trabalhadores
No que tange ao gênero dos entrevistados, constatou-se que, no cargo de enfermeiro apenas 3
profissionais são do sexo masculino e 40 são do sexo feminino; e no cargo de técnico de
enfermagem somente 10 são do sexo masculino e 75 são do sexo feminino. Isso indica que a
amostra é predominantemente formada por indivíduos do sexo feminino, sendo 89,84% dos
respondentes. Essa proporção está alinhada com os estudos de Machado et al. (2010), no qual
esclarece que a média de participação das mulheres no mercado de trabalho em saúde no
Brasil é cerca de 70% de toda força de trabalho na área, e em profissões como a enfermagem,
esse percentual chega a 90,4% de mulheres.
Em relação à faixa etária, a classe de 31 até 40 anos agrupou o maior número de profissionais,
com cerca de 48,4% seguida das classes de 41 até 50 anos (22,7%), de 21 até 30 anos (21,1%)
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e acima dos 50 anos (7,8%).
Com relação ao estado civil, os casados, solteiros e divorciados representaram,
respectivamente, 46,9%, 35,2% e 9,4% dos respondentes. Apenas 5,5% dos trabalhadores
pertencem à classe companheiro, seguida das classes viúvo com 2,3% e desquitado com 0,8%.
Para o tempo de trabalho observou-se que a maioria dos indivíduos estão nas classes: mais
que 5 até 10 anos, com 34,70%, mais que 2 até 5 anos, com 26,60% e mais que 10 até 15
anos, com 12,10%. Somente 8,10% dos profissionais possuem mais de 15 até 20 anos, 8,90%
estão acima de 20 anos, 6,40% estão na classe de 1 até 2 anos e apenas 3,20% possui o tempo
de trabalho de até 1 ano na profissão.
Não foram observadas diferenças significativas entre os enfermeiros e os técnicos de
enfermagem para essas 3 variáveis (faixa etária, estado civil e tempo de trabalho), sendo os
resultados do teste de Mann Whitney equivalentes a 0,086, 0,072 e 0,640 respectivamente. No
entanto, para a escolaridade há diferenças relevantes entre os cargos. Cerca de 39,53% dos
enfermeiros possuem apenas graduação e 60,47% possuem pós-graduação. E entre os técnicos
de enfermagem as proporções foram de: ensino médio (52,4%), superior completo (20%),
superior incompleto (18,8%) e pós-graduado 8,24%.
4.2. Análise da QVT
As variáveis da QVT foram agrupadas em v1,..., v34. A nomenclatura das variáveis seguiu a
ordem estrutural do questionário que está no Anexo I. Os resultados dos intervalos de
confiança, os p-valores do teste de Mann Whitney e das médias das respostas dos enfermeiros
e dos técnicos em enfermagem para cada variável podem ser observados na Figura 1.
Figura 1 - Intervalos de confiança das variáveis da QVT
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L. Inferior Média L. Supeior L. Inferior Média L. Supeior
v1 1,807 2,116 2,426 1,601 1,847 2,093 0,031
v2 1,272 1,488 1,705 1,310 1,506 1,702 0,590
v3 1,206 1,442 1,677 1,372 1,588 1,805 0,505
v4 1,217 1,488 1,760 1,295 1,482 1,669 0,995
v5 2,566 2,930 3,294 2,484 2,776 3,069 0,426
v6 2,261 2,605 2,948 2,558 2,847 3,136 0,400
v7 3,285 3,628 3,970 3,081 3,353 3,625 0,250
v8 2,659 3,070 3,480 2,497 2,800 3,103 0,302
v9 2,571 2,977 3,382 2,349 2,635 2,921 0,172
v10 2,842 3,186 3,530 3,071 3,301 3,532 0,578
v11 2,130 2,512 2,894 1,942 2,165 2,388 0,162
v12 3,249 3,619 3,989 2,593 2,882 3,171 0,030
v13 3,292 3,628 3,964 2,945 3,212 3,478 0,076
v14 3,445 3,814 4,183 3,272 3,541 3,811 0,206
v15 4,356 4,581 4,806 4,053 4,247 4,441 0,016
v16 2,344 2,767 3,191 2,447 2,741 3,035 0,988
v17 1,432 1,791 2,150 1,962 2,226 2,490 0,026
v18 1,919 2,326 2,733 2,207 2,494 2,782 0,501
v19 2,468 2,907 3,346 2,648 2,953 3,258 0,897
v20 1,777 2,163 2,548 1,938 2,188 2,438 0,741
v21 2,227 2,558 2,889 2,096 2,353 2,610 0,319
v22 4,090 4,256 4,422 3,946 4,153 4,359 0,768
v23 3,721 3,953 4,186 3,685 3,929 4,174 0,425
v24 1,755 2,163 2,571 1,800 2,047 2,294 0,829
v25 2,165 2,535 2,905 2,016 2,271 2,525 0,227
v26 2,857 3,209 3,562 2,201 2,435 2,669 0,000
v27 2,655 3,047 3,438 2,019 2,282 2,546 0,001
v28 3,303 3,698 4,092 2,845 3,141 3,437 0,028
v29 2,992 3,372 3,752 2,830 3,129 3,429 0,424
v30 2,866 3,233 3,599 2,782 3,012 3,241 0,256
v31 3,846 4,116 4,387 3,999 4,188 4,378 0,547
v32 4,452 4,605 4,757 4,300 4,447 4,594 0,252
v33 3,358 3,698 4,037 3,387 3,659 3,930 0,937
v34 2,272 2,651 3,030 2,522 2,800 3,078 0,545
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Fonte: próprios autores
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A dimensão 1 (compensação justa e adequada) representada pelas variáveis de v1 a v4
apresentou níveis altos de insatisfação. Somente na variável v1, através do teste não
paramétrico de Mann Whitney, foram observados indícios de diferença estatística
significativa entre as respostas dos dois cargos, com os técnicos de enfermagem apresentando
maior insatisfação que os enfermeiros sobre a remuneração.
Nas variáveis v2, v3 e v4 não foram encontrados indícios de diferenças estatísticas
significativas entre as médias das repostas dos enfermeiros e dos técnicos de enfermagem.
Nota-se que todas as variáveis da dimensão 1 (compensação justa e adequada) obtiveram
percepções negativas segundo os intervalos de confiança calculados. Esse dado evidencia a
insatisfação dos profissionais com a remuneração que recebem pelo tipo de trabalho
desempenhado no hospital.
Para os enfermeiros e técnicos de enfermagem, as políticas de assistência aos funcionários
como plano de saúde e odontológico, refeitórios, bonificações e premiações, são insuficientes
e ineficazes.
A dimensão 2 (condições de trabalho) foi avaliada pelas variáveis v5,... à v10 e não foram
observadas diferenças estatísticas significantes entre as médias das respostas dos enfermeiros
e dos técnicos de enfermagem nessa dimensão.
As variáveis v5 e v6 obtiveram percepções positivas, indicando que os trabalhadores estão
ligeiramente satisfeitos com a quantidade de trabalho realizado durante a jornada laboral.
Para ambos os cargos, o trabalho não apresenta características repetitivas e monótonas.
Porém, os resultados da variável v7 apontam que os trabalhadores se sentem cansados durante
a jornada de trabalho, dessa forma, essa variável foi percebida negativamente entre os
enfermeiros e os técnicos de enfermagem.
A variável v9 apresentou resultado indicando insatisfação com as condições de conforto
ambiental no local de trabalho. Os resultados da variável v8 apontam uma ligeira satisfação
com o fornecimento, treinamento e capacitação em relação ao uso adequado dos
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equipamentos de segurança do trabalho.
Através da variável v10 é possível inferir que os trabalhadores estão satisfeitos com as
condições de limpeza e higiene do local de trabalho. Assim, pode-se depreender que na
dimensão 2 (condições de trabalho) os enfermeiros e os técnicos de enfermagem apresentaram
maiores níveis de satisfação, com exceção das variáveis v7, v8 e v9.
Na dimensão 3 (uso e desenvolvimento de capacidades) apenas as variáveis v12 e v14
afirmaram características negativas à QVT. A variável v12, a qual pelo teste de Mann
Whitney resultou no valor de 0,03, indicou diferenças estatísticas significantes entre as
médias dos enfermeiros e dos técnicos de enfermagem.
Os resultados de v12 mostraram que os enfermeiros apresentaram maiores níveis de
insatisfação do que os técnicos de enfermagem, indicando que os enfermeiros desempenham
várias funções dentro do ambiente de trabalho em comparação aos técnicos de enfermagem.
Na variável v14 ambos os cargos obtiveram percepções negativas e mostraram que
desempenham atividades que exigem conhecimentos além de sua formação.
As variáveis v11, v13 e v15 não apresentaram indícios de diferença das médias pelo teste de
Mann Whitney e apenas v11 obteve percepção negativa, mostrando insatisfação com a
automonia para modificar a forma que o trabalho é realizado.
Para as variáveis v13 e v15 os trabalhadores apresentaram concordância com as afirmações,
indicando que possuem conhecimento sobre a avaliação do desempenho no trabalho. Eles
também indicaram que sentem satisfação quanto à importância do seu trabalho para a
instituição.
Na dimensão 4 (oportunidade de crescimento e segurança) não foram identificadas diferenças
significativas entre as respostas dos enfermeiros e dos técnicos de enfermagem, mas todas as
variáveis dessa dimensão obtiveram avaliações negativas, dado que apresentaram menores
pontuações para os intervalos de confiança.
A dimensão 4 agrupou as variáveis de v16 até v19 e demonstrou que os profissionais da
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enfermagem do hospital de trauma não estão satisfeitos com as políticas de incentivos aos
estudos e aprimoramento profissional, como cursos e treinamentos. Os dados mostraram que
os funcionários não se sentem seguros quanto à manutenção do emprego e as oportunidades
de crescimento profissional são escassas.
Constata-se que a dimensão 4 obteve ICs refletindo maiores índices de insatisfação com a
QVT para os profissionais da enfermagem, em que tanto os enfermeiros quanto os técnicos
apresentaram IC com valores muito baixos, evidenciando o grau de insatisfação com essas
variáveis.
Na dimensão 5 (integração social na organização) que agrupou as variáveis de v20 até v23,
não se constatou diferenças estatísticas significativas nas médias das respostas dos
enfermeiros e dos técnicos de enfermagem. Nessa dimensão, apenas a variável v21 apresentou
resultados indicadores de insatisfação, pois para os trabalhadores da enfermagem sugestões,
ideias e opiniões que poderão modificar a forma do trabalho não são valorizadas ou
incentivadas.
No entanto, todos os funcionários avaliados apresentaram ICs entre “concordo e concordo
totalmente” relativos à afirmação sobre o bom relacionamento entre os colegas e equipes de
trabalho, conjuntamente com os chefes e supervisores. Os dados mostraram que na instituição
não há discriminação de ordem religiosa, sexual, racial e social e verificou-se concordância
com a afirmação sobre o comprometimento das equipes de trabalho.
A dimensão 6 (constitucionalismo) foi avaliada pelas variáveis v24, v25 e v26. Todas as
variáveis dessa dimensão obtiveram percepções negativas, dado que o IC mostrou números
baixos, corroborando para depreender que os trabalhadores estão insatisfeitos com a
organização em relação ao cumprimento das leis, normas e prerrogativas trabalhistas.
Os trabalhadores também estão insatisfeitos pela falta de liberdade de expressar suas ideias e
pensamentos que não estão de acordo com a imagem da instituição ou da forma do trabalho.
Assim, os resultados da variável v25 corroboram os resultados da variável v21, com ambas
expressando insatisfação dos profissionais com a instituição sobre poder dar sugestões e
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expressar ideias.
Outro ponto de destaque na dimensão 6 foram os resultados da variável v26, dado que o
resultado do teste de Mann Whitney foi significante e há diferenças estatísticas entre as
médias das repostas dos enfermeiros e dos técnicos de enfermagem. Os técnicos de
enfermagem estão mais insatisfeitos do que os enfermeiros em relação à liberdade para
resolver problemas, uma vez que, segundo os técnicos de enfermagem, a forma do trabalho
engessada não oferece espaço para autonomia na resolução de problemas relacionados à
atividade.
Na dimensão 7 (o trabalho e o espaço total de vida) copilou as variáveis v27, v28 e v29. O
teste de Mann Whitney comprovou indícios de diferenças estatísticas significativas entre os
enfermeiros e os técnicos de enfermagem nas variáveis v27 e v28. Segundo os dados, os
enfermeiros concordam que o trabalho interfere na vida pessoal, já os técnicos de enfermagem
apresentaram resultados que o trabalho não interfere na vida pessoal. Essa diferença pode ser
explicada pelo tipo de responsabilidade diferente atribuído para cada função, pois os
enfermeiros além de executar as atividades da enfermagem também realizam atividades de
gestão e controle das equipes e dos materiais.
A variável v28 também apresentou diferenças nas respostas dos enfermeiros e dos técnicos de
enfermagem, em que os tec. de enfermagem depreendem mais tempo para as atividades de
lazer que os enfermeiros. Ambos os cargos estão satisfeitos com os horários de trabalho e
descanso, assim, pode-se concluir que os horários de descanso são compatíveis com as
funções que são exercidas.
Na dimensão 8 (relevância social na vida no trabalho) todas as variáveis foram percebidas
com satisfação e não houve diferenças estatísticas significativas entre os enfermeiros e os
técnicos de enfermagem. Os resultados mostraram que os profissionais da enfermagem
sentem orgulho do trabalho que realizam e dos atendimentos que são prestados na instituição
à comunidade.
Os trabalhadores estão satisfeitos com a imagem positiva que a organização detém, e apesar
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de que demonstraram insatisfação com a dimensão constitucionalismo, os trabalhadores estão
satisfeitos com a forma que a instituição trata seus funcionários. Essa divergência observada
nos dados pode ser explicada pela hipótese de que o conjunto de profissionais da enfermagem
do hospital de trauma é composto por servidores públicos, empregados públicos e prestadores
de serviço, assim, alguns funcionários poderiam estar apreensivos com relação à segurança
das informações contidas nos questionários, temendo represálias.
5. Conclusão
Observou-se que das 34 variáveis avaliadas apenas 7 variáveis apresentaram indícios de
diferenças estatísticas significantes entre as respostas dos enfermeiros e dos técnicos de
enfermagem, pois o p-valor foi menor que 0,05. As variáveis foram: v1, v12, v15, v17, v26,
v27 e v28.
Das 8 dimensões do modelo de Walton (1973) o conjunto de profissionais da enfermagem
apresentou insatisfação com todas as variáveis das dimensões: 1 (compensação justa e
adequada), 4 (oportunidade de crescimento e segurança) e 6 (constitucionalismo). E os tec. de
enfermagem mostraram-se mais insatisfeitos com a remuneração e a falta de incentivos aos
estudos do que os enfermeiros.
As dimensões 7 (trabalho e o espaço total de vida) e 8 (relevância social na vida no trabalho)
apresentaram todas as variáveis com percepção positiva, com exceção da variável v27, na
qual, com relação à interferência do trabalho na vida pessoal, os enfermeiros concordaram
com a afirmação, e os técnicos de enfermagem não foram concordantes.
As dimensões 2 (condições de trabalho), 3 (uso e desenvolvimento de capacidades) e 5
(integração social na organização) apresentaram resultados mistos, dado que os trabalhadores
não se sentem cansados, não consideram o trabalho repetitivo e monótono e a quantidade de
trabalho não é desproporcional ao cargo. No entanto, o corpo de enfermagem não está
satisfeito com as condições de conforto ambiental e com as políticas de segurança do trabalho.
De acordo com os dados dos ICs, os enfermeiros desempenham várias funções no trabalho e
os técnicos de enfermagem não apresentaram resultados indicando que também
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desempenham várias funções. Ambos os cargos não estão satisfeitos com a falta de autonomia
para modificar a forma que o trabalho é realizado. Os profissionais nos dois cargos são
concordantes que realizam atividades além de sua formação.
Os técnicos de enfermagem são mais satisfeitos com a importância de seu trabalho para a
instituição do que os enfermeiros. Os profissionais demonstraram satisfação com todas as
variáveis da dimensão 5 (integração social na organização), com exceção da variável v21 em
que ambos não estão satisfeitos com a política de valorização de ideias, sugestões e opiniões
no local de trabalho.
Portanto, conclui-se que através do modelo de Walton (1973) a QVT dos enfermeiros e dos
técnicos de enfermagem do hospital de trauma é insatisfatória, dado que das 34 variáveis
pesquisadas, 19 variáveis demonstram insatisfação com o trabalho, e as dimensões 1, 4 e 6
foram as mais representativas com maiores níveis de insatisfação pelos cálculos dos ICs e das
médias.
6. Referências
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7. Anexo I
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