Avaliação do modelo de implementação de ações para o ... · Avaliação do modelo de...

17
Avaliação do modelo de implementação de ações para o desenvolvimento da nanotecnologia em Portugal Doutoranda Josemari Quevedo, CES, Universidade de Coimbra, Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas UFPR (Brasil) Bolsista Capes – [email protected] Dr. Tiago S. Pereira, CES, Universidade de Coimbra; Dra. Chiara Carrozza, CES, Universidade de Coimbra

Transcript of Avaliação do modelo de implementação de ações para o ... · Avaliação do modelo de...

Avaliação do modelo de implementação de ações para o desenvolvimento da

nanotecnologia em Portugal Doutoranda Josemari Quevedo, CES, Universidade de

Coimbra, Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas UFPR (Brasil)

Bolsista Capes – [email protected] Dr. Tiago S. Pereira, CES, Universidade de Coimbra; Dra. Chiara Carrozza, CES, Universidade de Coimbra

ProjetodeDoutoramento

Problemadeinves/gação

Avaliarexpostosmodelosdepolí1caseaçõesdedesenvolvimentodananotecnologianoBrasilem

Portugal.

ProjetodeEstágioDoutoral

•  Esta comunicação compreende uma dasetapas de pesquisa de doutoramento dapesquisaexploratóriaqueanalisaosdis;ntosm o d e l o s d e d e s e n v o l v i m e n t o d ananotecnologianoBrasileemPortugal.

Perguntadeinves;gação

Comoospilaresdainovação;desegurançaparaasaúdeemeioambiente(EHSIssues);easpectos

é1cos,legaisesociais(ELSI)estãocontempladosnasaçõesdePortugal?

•  Jus;fica;va: entender como as ações deste país,nocontextoeuropeuederelaçõeshistóricascomo Brasil, correspondem à tendência global dodesenvolvimentodananotecnologiaenanociência(N&N) observando os três pilares de impacto(inovação,EHSeELSI).

Obje;vosEspecíficos

u Analisar origens, caracterís;cas, obje;vos e metas dasações, além de discursos sobre o desenvolvimento dananotecnologianocontextonacional;

u Iden;ficar atores relevantes na formulação deinteressesedeaçõesnasinicia;vas;

u Verificar os principais instrumentos de implementaçãodeações,analisandoasmudançasedirecionamentosdegovernação;

u Examinarasaçõesportuguesanocontextodosgrandesprogramas de nanotecnologia desenvolvidos pela UE everificar o papel das organizações internacionais nodesenhodeaçõesnacionais.

Nanotecnologia

•  Novatendênciaglobaldedesenvolvimento;•  Plataforma cienVfica interdisciplinar, detecnologiatransversalaváriossetores;

•  Controvérsia: potenciais beneXcios versusriscos e impactos sociais não totalmenteconhecidos.

Estágioatualdepesquisa•  NoBrasil,oEstadofoialavancadordodesenvolvimento;•  Os policy makers da polí;ca foram predominantemente

cien;stasdaárea;•  Apar;cipaçãonaformulaçãodapolí;cafoitécnicaefechadaa

atoresrestritos;•  No design brasileiro, o governo influenciou no direcionamento

dostrêspilares(inovação,EHSeELSI);•  Foco na inovação em parcerias universidade-empresa e em

subvençõesdiretasàsempresas;•  AsquestõesderiscoEHSeELSIficarammaisrestritasaaçõesde

incen;vo a algumas redes de pesquisas acadêmicas e foramtardiamenteincorporadas.

Ocasoportuguês:algumasdireções

•  No caso de Portugal, o desenvolvimento dananotecnologia não se estrutura a par;r de umapolí;cadeEstadocentral;

•  Atuaçãomaisforteaníveldeatoresins;tucionais;•  Apresenta-se este modelo a nível de casesexemplaresdosprincipaisatores ins;tucionaisqueocompõem;

•  Incluem-se as ações de governo e de que modo osatores se relacionam para influenciar o nível dapolí;ca;

Ocasoportuguês:algumasdireções

•  Propõe-seaanálisequalita;vadeconteúdosobreomodelodedesenvolvimentodananotecnologia,especificamente a verificação a nível ins;tucionaldepesquisaedeproduçãodaN&N;

•  O enfoque inclui ações públicas governamentaisparaodesenvolvimentodepolí;cascienVficas;

•  O corpus de composição do design inicial secons;tui de documentos, informações rastreadasem sites e publicações sobre laboratórios,empresas e stakeholders e ações do própriogovernoportuguês.

MODELO DE DESENVOLVIMENTO DA NANOTECNOLOGIA EM PORTUGAL: BASEADO EM AÇÕES ESPECÍFICAS - CASES EXEMPLARES.

QuadroteóricoFormulaçãoeimplementaçãodepolí/caedeaçõespúblicas

u  A agenda internacional de pesquisa impulsiona a atuação das autoridadespúblicas,quevãoproporouadministraraçõesconformecircunstâncias;

u  Aagendaconjunturalousistêmicadapolí;canãopertencenecessariamenteàcompetênciahabitualdaautoridade;

u  Implementação: como Interação, regida por escolhas de ação, baseadas ematoseefeitosapar;rdomarconorma;vodeintenções,textosoudiscursos;

u  OenfoqueboMom-up:pontodecontatomais imediatoentreoproblemaeapolí;ca,emquepessoasdiversasaosdecisoresinfluemnapolí;ca.

(Meny&Thoenig,1992)Ø  Sistemasdedirecionamentoeagregação(SteeringsystemandAggrega1on):o

Estado direciona ações, que são integradas e desenvolvidas no sistemanacionaldeinovaçãoporagregaçõesdesubsistemasheterogêneoscompostospordiferentesatoreseins;tuições(Ripetal,1996).

IsomorfismoeInovação•  Oisomorfismonorma;vodoscampostendeapromoverhomogeneizaçãode

processos(Dimaggio&Powell,2005).•  N&N:paraEUAeUEérecursochavenacorridaeconômica.Acompe;çãoé

promovidapororganismoseagênciasde fomento internacionais (Invernizzietal,2014,p.226).

•  DecisoresdãodiferentesrespostasaomodelodePCTIglobal(Velho,2011).

Governaçãodeaçõesdedesenvolvimentodananotecnologia

•  Carátertecnopolí;codasredesdeN&Nsedápeloperfildosdecisores.•  Integramconselhos,comitêsouarranjos ins;tucionaisquesustentamações,

formandoclusters(Latour,2010).•  A governança na área da nanotecnologia semanifesta em duas dimensões

(Hagendijketal,2006).u Naadministraçãopúblicadasaçõesemdecisõesemcontextodeincerteza.u Na reivindicação de inclusão do interesse público no desenvolvimento datecnologia.

FasesdapesquisaemPortugal•  Fase 1 – Revisão da literatura internacional: teorias sobre

polí;casglobaisemfacedainovaçãonanotecnológica,controlederiscoseaspectosELSI;governança internacional;eaciêncianafronteiracomapolí;ca.Coletasexploratórias

•  Fase 2 – Análise de documentos oficiais das ações denanotecnologia: programas, projetos, relatórios e balanços,editaisdefomento.

•  Fase 3 – Análise bibliométrica: levantamento da produçãocienVfica para observar assuntos e parcerias locais einternacionaisdepublicaçãonoperíodo.

•  Fase 4 – Pesquisa de campo: entrevistas estruturadas comatores relevantes na formulação e implementação, empar;culardecisores,cien;stas,empresárioseatorescrí;cos.Oobje;voéverificarprocessoseredirecionamentosdaspolí;cas.

Obrigada!Referências: Dimaggio, J. & Powell W. (2005) A gaiola de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. RAE-Revista de Administração de Empresas 45.2. Fonseca, P. F. C. (2014) Traduzindo o desenvolvimento responsável da nanotecnologia: Reflexões sociotécnicas a partir de casos no Brasil e em Portugal. 365f/Tese de Doutorado em Governação, Conhecimento e Inovação. Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra – Portugal. Coimbra. Hagendjik, R, et al. (2006) Public Deliberation and Governance: Engaging with Science and Technology in Contemporary Europe. Minerva, 44, 2, 167-184. Invernizzi, N., et al. (2014) Nanoscience and Nanotechnology: How an Emerging Area on the Scientific Agenda of the Core Countries Has Been Adopted and Transformed in Latin America. In.: MEDINA, E., et al. Beyond Imported Magic: Essays on Science, Technology, and Society in Latin America. MIT: USA. Knoepfel, P., et al. (2007) Public Policy Analysis. Bristol: The Policy Press. Latour, B. (2010) The Making of Law: An Ethnography of the Conseil d’Etat. UK: Cambridge Meny, I. & Thoenig, J. C. (1992) Las políticas públicas. Barcelona: Ed. Ariel S.A. Rip. A. et al. (1996) The post-modern research system. Science and Public Policy, vo. 23, n.6, December, pp. 343-352. Velho, L. (2011) Conceitos de ciência e a política científica, tecnológica e de inovação. Sociologias, Porto Alegre, ano 13, N. 26.