AVALIAÇÃO DOS CARACTERES AGRONÔMICOS DE AVEIA PRETA (Avena strigosa SCHREB.) SUBMETIDA À...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NORTE DO RS-CESNORS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS E AMBIENTAIS CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA AVALIAÇÃO DOS CARACTERES AGRONÔMICOS DE AVEIA PRETA (Avena strigosa SCHREB.) SUBMETIDA À ADUBAÇÃO COM SORO DE LEITE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Diego Henrique Uroda Frederico Westphalen, RS, Brasil 2013.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NORTE DO RS-CESNORS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS E AMBIENTAIS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

AVALIAÇÃO DOS CARACTERES AGRONÔMICOS

DE AVEIA PRETA (Avena strigosa SCHREB.)

SUBMETIDA À ADUBAÇÃO COM SORO DE LEITE

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Diego Henrique Uroda

Frederico Westphalen, RS, Brasil

2013.

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AVALIAÇÃO DOS CARACTERES AGRONÔMICOS

DE AVEIA PRETA (Avena strigosa SCHREB.)

SUBMETIDA À ADUBAÇÃO COM SORO DE LEITE

Diego Henrique Uroda

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em

Agronomia, Área de Concentração em Fertilidade dos Solos da Universidade

Federal de Santa Maria (UFSM), como requisito parcial para obtenção do grau

de Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Engº Agrº Dr. Clovis Orlando Da Ros

Frederico Westphalen, RS, Brasil

2013

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NORTE DO RS-CESNORS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRONÔMICAS E AMBIENTAIS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de

Conclusão de Curso

AVALIAÇÃO DOS CARACTERES AGRONÔMICOS DE AVEIA

PRETA (Avena strigosa SCHREB.) SUBMETIDA À ADUBAÇÃO COM

SORO DE LEITE

Elaborado por

Diego Henrique Uroda

Como exigência da disciplina AGR2066 – e requisito parcial para obtenção do

grau de Engenheiro Agrônomo

COMISÃO EXAMINADORA:

__________________________________ Engº Agrº Dr. Clovis Orlando Da Ros

(Presidente/Orientador)

Universidade Federal de Santa Maria campus Frederico Westphalen

__________________________________ Engª Agrª Dra. Stela Maris Kulczynski

Universidade Federal de Santa Maria campus Frederico Westphalen

__________________________________ Engº Agrº Dr. Claudir José Basso

Universidade Federal de Santa Maria campus Frederico Westphalen

Frederico Westphalen,10 de dezembro de 2013

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AGRADECIMENTOS

Gratidão eterna a Deus, por sua condução e proteção em todos os momentos de minha

vida, trilhando destinos, desafios e provações que devem ser superadas com altivez e superação.

Sei que ao lado de Deus e em outra dimensão, meu pai, ARCENIO URODA que por ter

partido cedo demais me ajuda através de seu exemplo, admiração e apoio em tudo o que

desempenhei em toda minha Vida, da mesma forma, tenho Amor e Gratidão especial à minha

Mãe CLEUSA URODA, meu irmão DOUGLAS, também a todos os familiares dispostos e

presentes em todos os momentos. Como forma de dedicatória, agradeço todos os dias a minha

noiva, FRANCIELE CAMARA, por você me tornei mais forte, obrigado. ETERNOS

AMORES

Especialmente reconheço a importância de se ter a amizade e o bom relacionamento

com todos os envolvidos no seu desenvolvimento profissional através do exemplo e do Amor

pela vocação, assim, de coração: Engenheiros Agrônomos DIOGO BOSA, RODRIGO

GAVIRAGHI e LEONARDO VIVIAN, juntos a todos os colaboradores da COTRICAMPO,

meu muito obrigado.

À Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), campus CESNORS / Frederico

Westphalen, pelas oportunidades, conhecimento e por colaborar com meu grande sonho de

cursar Agronomia, agradeço a todos os docentes sem exceções e demais colaboradores. De

coração o meu muito obrigado Dr. CLOVIS ORLANDO DA ROS, fraterno abraço a ti, querido

e estimado orientador do estágio curricular e de minha tese de conclusão de curso.

Queridos amigos, devo muito a todos vocês, de todos os momentos difíceis me lembro

um pouco, porém da felicidade constante junto a vocês, lembranças estarão eternizadas e sem

igual.

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RESUMO

Trabalho de Conclusão de Curso

Curso de Graduação em Agronomia Universidade Federal de Santa Maria

AVALIAÇÃO DOS CARACTERES AGRONÔMICOS DE AVEIA

PRETA (Avena strigosa SCHREB.) SUBMETIDA À ADUBAÇÃO COM

SORO DE LEITE

Autor: Diego Henrique Uroda Orientador: Engº Agrº Dr. Clovis Orlando Da Ros

Local e Data: Frederico Westphalen, 03 de dezembro de 2013 Frente à crescente demanda mundial por alimentos e das diversas atividades realizadas

pelo homem, produzem-se resíduos e subprodutos obtidos pelos mais variados processos

produtivos existentes em um planeta industrializado, Dentre os diversos Resíduos Industriais

existentes, o soro de leite expressa potencial fertilizante e também é alternativa que

possivelmente podemos adotar e que sempre deve ser usado dentro dos preceitos legais, também

dos critérios para a aplicação no solo com eficiência tanto agronômica quanto econômica e

principalmente de acesso facilitado por parte do produtor, tendo disponibilidade do material na

própria região de preferência, assim, contemplando a finalidade alternativa e utilizando o soro de

leite neste estudo objetiva a nutrição de plantas, mais especificamente, a Avena strigosa (aveia preta).

O experimento foi conduzido no município de Três Passos, Estado do Rio Grande do Sul,

inserido em uma região de atuação pujante no setor leiteiro, produtor de grande quantidade de

resíduos líquidos de laticínios e que atualmente conta com a utilização do soro de leite sem

critérios e podendo se tornar um problema ambiental. O delineamento utilizado foi o de Blocos

Casualizados (DBC) conforme o croqui exposto pela figura 2. Este experimento contém cinco

(05) tratamentos que foram utilizados após o segundo corte da aveia preta, sendo o primeiro

como testemunha, três com diferentes doses de soro de leite e também como o último tratamento

uma adubação mineral comumente utilizada (53 kg/ha-1 de ureia e 50 kg/ha-1 de cloreto de

potássio), sendo: (T1: 0 m3 de soro de leite; T2: 50 m3; T3: 100 m3; T4: 150 m3 e T5: adubação

mineral recomendada após o corte) e quatro (04) repetições. Sobre o estudo é correto afirmar

que há o potencial fertilizante dos efluentes e resíduos oriundos dos laticínios, mais

precisamente sobre o soro de leite.

Palavras - chave: Adubação; Soro de leite; Aveia preta.

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ABSTRACT

Course Conclusion Work

Graduation Course of Agronomy

Federal University of Santa Maria

EVALUATION OF AGRONOMIC CHARACTERS OAT (Avena strigosa

Schreb.) SUBMITTED TO FERTILIZATION WHEY

Author: Diego Henrique Uroda

Advisor: Engº Agrº: Clovis Orlando Da Ros Place and date: Frederico Westphalen, december 03, 2013.

Meet the growing global demand for food and various activities performed by man , are

produced waste and products obtained by various processes exist on a planet industrialized

Among several existing industrial waste , whey expressed fertilizing potential and is also

Alternatively we can possibly adopt and which must always be used within the legal precepts ,

also the criteria for soil application as efficiently both agronomic and economic access mainly

facilitated by the producer , and availability of the material in the region itself preferably thus ,

comprising alternative order and using the whey in this study aims to plant nutrition , and more

specifically , Avena strigosa ( oat ) . The experiment was conducted in the municipality of Três

Passos , Rio Grande do Sul, inserted in a region near the thriving dairy industry , producing

large amounts of waste liquid dairy and currently has the use of whey without criteria and may

become an environmental problem . The experimental design was a randomized block design

(RBD) as sketched above in Figure 2. This experiment contains five ( 05 ) treatments that were

used after the second harvest of oats , the first being a witness, with three different doses of

whey as well as the last one mineral fertilizer treatment commonly used ( 53 kg/ha-1 urea and

50 kg/ha-1 potassium chloride ) , being : ( T1 : 0 m3 whey , T2 : 50 m3 , T3 : 100 m3 ; T4 : 150

m3 and T5 : mineral fertilization recommended after cut ) and four (04) replicates. About the

study is correct to say that there is the potential of fertilizer effluents and waste from the dairy,

more precisely on the whey.

Key - words: Fertilization; whey; Oat.

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LISTA DE TABELAS E QUADROS

Quadro 1 – Conversão dos nutrientes contidos no soro de leite (em kg/ha-1) de acordo com as

doses utilizadas no experimento ............................................................................................... 15

Tabela 1 – Análises Estatísticas Descritivas do experimento ................................................. 26

8

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Teores de nutrientes presentes no soro de leite ..................................................... 14

Figura 2 – Croqui representando a disposição do experimento através do DBC.................... 24

Figura 3 – Gráfico com os volumes acumulados de chuva durante os meses de maio até outubro

.................................................................................................................................................. 25

Figura 4 – Resultados em altura (cm) da aveia preta após o 2º corte utilizando a testemunha (0

m3 de soro de leite /ha-1), doses (50; 100 e 150 m3 de soro de leite /ha-1) e ureia em cobertura

.................................................................................................................................................. 27

Figura 5 - Resultados em comprimento da folha bandeira (cm) após o 2º corte da aveia preta

utilizando a testemunha (0 m3 de soro de leite /ha-1), doses (50; 100 e 150 m3 de soro de leite

/ha-1) e ureia em cobertura ........................................................................................................ 27

Figura 6 - Resultados em largura da folha bandeira (mm) após o 2º corte da aveia preta utilizando

a testemunha (0 m3 de soro de leite /ha-1), doses (50; 100 e 150 m3 de soro de leite /ha-1) e ureia

em cobertura ............................................................................................................................ 28

Figura 7 - Resultados em diâmetro do colmo na inserção do 2º nó (mm) após o 2º corte da aveia

preta utilizando a testemunha (0 m3 de soro de leite /ha-1), doses (50; 100 e 150 m3 de soro de

leite /ha-1) e ureia em cobertura ................................................................................................ 29

Figura 8 - Resultados do número de afilhos viáveis após o 2º corte da aveia preta utilizando a

testemunha (0 m3 de soro de leite /ha-1), doses (50; 100 e 150 m3 de soro de leite /ha-1) e ureia

em cobertura ............................................................................................................................ 30

9

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 13

2.1 Problemáticas e perspectivas acerca dos resíduos industriais .................................. 13

2.1.1 Uso do soro de leite como fertilizante orgânico ....................................................... 13

2.1.2 Principais nutrientes na composição do soro de leite ............................................... 15

2.1.3 Transporte e formas de aplicação do resíduo ao solo ............................................... 17

2.1.4 Vantagens e desvantagens do uso de resíduos industriais como fertilizantes

orgânicos ........................................................................................................................... 17

2.2 Aspectos Legais vigentes na República Federativa do Brasil relacionados ao Meio

Ambiente .............................................................................................................................. 18

2.2.1 Legislação Ambiental do Estado do Rio Grande do Sul acerca dos resíduos da

Agroindústria ..................................................................................................................... 19

2.3 Características da cultura ............................................................................................ 20

3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 22

3.1 Localização geográfica e características da área ....................................................... 22

3.2 Instalação do experimento ........................................................................................... 22

3.3 Delineamento Experimental e Metodologias .............................................................. 23

3.4 Condução e avaliações .................................................................................................. 24

RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................................... 26

CONCLUSÕES ....................................................................................................................... 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 33

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INTRODUÇÃO

Frente à crescente demanda mundial por alimentos e das diversas atividades realizadas

pelo homem, produzem-se resíduos e subprodutos obtidos pelos mais variados processos

produtivos existentes em um planeta industrializado, junto a isto se sabe do grande volume

destes resíduos produzidos diariamente e também do potencial poluidor de muitos destes

resíduos gerados na indústria, desta forma, obedecendo tendências mundiais, devemos buscar

utilização, alternativas viáveis, vantagens agronômicas e destino final aos resíduos para

colaborar com as reduções dos impactos ambientais, importando-se com questões

socioeconômicas, dando alternativas ao produtor rural que poderia substituir uma parte das

adubações minerais; auxiliar na manutenção de produtividade de diversos segmentos do

Agronegócio e visar o equilíbrio do Ecossistema.

Para a Agricultura, especificamente no setor de pecuária leiteira, a principal força se dá

pela a atividade realizada por propriedades familiares, com pujança a economia familiar

responde por aproximadamente 36% dos estabelecimentos e 52% do valor bruto de produção

na região sul do Brasil tendo um universo de 9.6 bilhões de litros produzidos nos três estados

(EMBRAPA Gado de leite, 2012). Somente no Rio Grande do sul, têm-se 134 mil produtores

de leite, oficialmente uma produção 3,3 bilhões de litros ao ano porém em 2012 alcançou o

volume de 4,19 bilhões de litros e 12% do total produzido no território nacional (Censo

Agropecuário, 2006), dando a ideia do quão importante é esta atividade para o estado e nação

no tocante de Desenvolvimento Rural, Econômico e Social. De outra forma verifica-se a

tendência de se ter esta atividade ainda mais explorada devido às elevações das taxas de

crescimento da produção, que segundo o IBGE, para a região Sul sendo de 79,5% em dez anos

(IBGE, 2008), sabendo-se dos impactos ambientais exercidos pela a atividade, geração de

resíduos industriais e também da Sustentabilidade inerente à pecuária leiteira.

Com o preço pago aos produtores girando em torno de R$ 0,85 ao longo do corrente

ano, têm-se a proporcionalidade dos custos em 60% na microrregião Celeiro, local deste

presente estudo, verificando retorno econômico aos produtores e suas famílias que podem

buscar investimentos e incentivos para continuarem suas atividades de forma próspera e

economicamente viável, havendo a prudência no tocante da Nutrição Animal e também à

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genética de seu rebanho, que certamente constará em retorno dos investimentos e melhor

aproveitamento da área destinada às pastagens, por exemplo.

Algumas tendências que deverão ser obedecidas pela cadeia da Pecuária Leiteira não

somente do Brasil mas também dos países em desenvolvimento em com franca expansão neste

ramo dos Agronegócios são citadas pela EMBRAPA Gado de leite, uma das instituições mais

respeitadas e com pesquisadores renomados que afirmam que: terá um aumento no volume

mundial produzido nestes países, também que países com condições climáticas favoráveis à

atividade e que possam formar pastagens em quantidade e qualidade aos animais com certeza

se destacarão entre as nações produtoras, além de citarem a consolidação do pagamento justo

pelo produto, tratando se de remunerações pelo volume assim como pela regularidade e

qualidade, profissionalizando a atividade que buscará sanidade e valores nutricionais do Leite.

Além de inúmeros outros fatores que com certeza dão vantagens ao Leite Brasileiro, desde que

tenham os olhares da sociedade e governos voltados ao setor.

O Brasil é privilegiado climaticamente e geograficamente pela sua latitude no globo,

proporcionando boas condições à formação de pastagens que tenham a capacidade de suprir

nutricionalmente as necessidades dos rebanhos, algo que desonera os custos produção de leite,

pois com a oferta de pastagens e/ou culturas forrageiras, reduz-se consideravelmente o emprego

de insumos como rações, grãos in natura e farelos como o de trigo. Estas pastagens denotam

uma crescente evolução em solos Brasileiros, sendo assim, têm-se atualmente 180 milhões de

hectares de pastagens, tendo as seguintes divisões entre pastagens: natural, nativa e artificial ou

cultivada. A aveia preta (Avena strigosa Schreb), objeto de estudo do presente trabalho inclui-

se entre as artificiais ou cultivadas que ocupam 110 milhões de hectares deste total. O Rio

Grande do Sul de acordo com os Censos Agropecuários de 1996 até 2006, conta com um

decréscimo na área destinada às pastagens, contrastando com a situação dos Cerrados por

exemplo que contam com a ampliação das mesmas, observando se dados como: 11, 9 milhões

de hectares em 1996 e 8,2 milhões em 2006, um decréscimo de 21%, segundo o Censo

Agropecuário do ano de 2006 (IBGE, 2007).

Além do emprego de adubos orgânicos conferirem a redução com os custos de

adubação, novas alternativas em adubação também podem ser sustentáveis para os

Ecossistemas e aos variados conjuntos de organismos biológicos, obedecendo tendências atuais

e outras nem tanto, como proposições feitas na Agenda 21 Brasileira (Ministério do Meio

Ambiente, 2004) que consistiam em: promover a substituição progressivamente de sistemas

12

simplificados, como as práticas desenvolvidas em uma agricultura convencional, e sim com

práticas que priorizassem os sistemas diversificados, integrando sistemas de produção agrícola

aos Ecossistemas e recursos naturais. Com certeza o emprego e uma maior adoção de

fertilizantes alternativos, orgânicos e naturais são advindos do desejo de inovação e a

preocupação com o futuro de toda a humanidade, tratando se da produção de alimentos é

desejável a estabilização e manutenção de nutrientes, biologia e condicionamento da estrutura

do solo que segundo Bernward Geier (1998), estes e mais os incrementos na Fertilidade dos

Solos e tomando o devido cuidado para que não polua o meio, são constatados ao utilizar de

tais técnicas onde aumente a atividade biológica com a realização dos ciclos das cadeias

alimentares envolvidas no sistema.

Quando abordamos a utilização de Resíduos Industriais geralmente incluímos a água,

indiscutivelmente imprescindível aos diversos seres vivos, de vital importância ao ser humano

e que, sempre deve ser tratada com muita responsabilidade por ser essencial aos organismos

vivos e que se forem poluídas pelos resíduos industriais podem se tornar impróprias ao consumo

e demais utilidades, podendo também causar impactos ambientais como a eutrofização, por

exemplo. Segundo Carter et al. (2005), sabemos da existência de água em abundância no nosso

planeta, porém escassa e desuniformemente distribuída em muitas regiões ou com diversas

perdas no meio e também sendo degradada ou desperdiçada pelo homem.

Dentre os diversos Resíduos Industriais existentes, o soro de leite expressa potencial

fertilizante e também é alternativa que possivelmente podemos adotar e que sempre deve ser

usado dentro dos preceitos legais, também dos critérios para a aplicação no solo com eficiência

tanto agronômica quanto econômica e principalmente de acesso facilitado por parte do

produtor, tendo disponibilidade do material na própria região de preferência, assim,

contemplando a finalidade alternativa.

Desde o primeiro momento se teve por objetivo principal o de oferecer alternativa

econômica e ambiental à sociedade como um todo, principalmente ao produtor rural que

possivelmente poderá utilizar o soro de leite em cultivos dentro de sua propriedade, assim, tendo

a vantagem de economizar recursos ao utilizar uma fonte de nutrientes diferenciada, de fácil

acesso e produzida em abundância em regiões com expressiva atividade da Pecuária Leiteira,

como no Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, local onde foi feito o estudo.

13

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Problemáticas e perspectivas acerca dos resíduos industriais

Concordando com Faria (2004), afirma-se que a poluição da água resulta da introdução

de resíduos na mesma, na forma de matéria ou energia, de modo a torná-la ao homem e a outras

formas de vida, imprópria para um determinado uso estabelecido para ela. A produção de

lácteos tem a capacidade de poluir a água, quando descartada no ambiente de forma errônea e

mesmo com esforços da sociedade em regularizar estes descartes, através da legislação mais

rigorosa com relação à preservação do meio ambiente, os dados indicam que ainda 50% do soro

de queijo produzido no Brasil por exemplo é descartado na natureza, caracterizado como

resíduo, conforme Silveira (2004).

A produção estadual de leite no Rio Grande do Sul é de, aproximadamente 4,19 bilhões

de litros de leite em 2012, e com forte tendência de aumento gradativo ao longo de alguns anos

(SINDILAT; IBGE, 2012) o que gera cerca de 16.76 bilhões de litros de efluentes por ano,

segundo as proporcionalidades expostas pelo IBGE (2002). Estes são caracterizados como

efluentes com elevada concentração de matéria orgânica na forma de lactose, proteínas e

gorduras que, se não forem removidos adequadamente, causam sérios problemas de poluição

nos cursos de água e solo, principalmente.

2.1.1 Uso do soro de leite como fertilizante orgânico

Concordando com Morrill et.al. (2012, p.183) pode-se afirmar certo potencial

fertilizante exercido pelo soro de leite, sendo que em sua pesquisa abordando a utilização do

soro de leite para a adubação de milheto forrageiro e sorgo sudão relacionando-os com produção

e nutrientes minerais constituintes destas duas espécies, realizaram a determinação química do

soro, exposta na figura 1. Os resultados da análise química deste resíduo industrial chegam a

fatos interessantes, pois se verifica certa complexão entre elementos químicos como o

nitrogênio, fósforo, etc., e seus valores e/ou teores destes, expressos em mg/L-1 neste estudo.

14

Figura 1 – Teores de nutrientes presentes no soro de leite

Fonte: Morrill et. al. (2012)

Assim, tratando-se do potencial fertilizante dos efluentes e resíduos oriundos dos

laticínios, mais precisamente sobre o soro de leite, verifica-se a presença de nutrientes em

expressivos teores e que são essenciais ao desenvolvimento de espécies vegetais.

Os resultados da análise química deste resíduo industrial que foi realizada por Morrill

et. al. (2012) chegam a fatos interessantes, pois se verifica certa complexão entre elementos

químicos como o nitrogênio, fósforo, etc., e seus valores e/ou teores destes, expressos em mg/L-

1 neste estudo. Fazendo a interpretação destes resultados, no quadro 1 é exposta a conversão

dos teores de nutrientes para a prática, para o que realmente foi feito no presente estudo,

lançando mão das doses utilizadas para os tratamentos, sendo variáveis entre: 50; 100 e 150

metros cúbicos por hectare (m3/ha-1) do soro de leite.

15

Quadro 1 – Conversão dos nutrientes contidos no soro de leite (em kg/ha-1) de acordo com as

doses utilizadas no experimento.

Fonte: URODA. D.H. (adaptado de Morrill et.al., 2012)

2.1.2 Principais nutrientes na composição do soro de leite

O objeto de estudo: soro de leite contém nutrientes essenciais ao desenvolvimento das

plantas, como Avena strigosa Schreb. Primeiramente havendo a presença do nitrogênio, que

segundo um dos clássicos da Fisiologia Vegetal é:

“Caracterizado como um macronutriente e componente do primeiro

grupo dos elementos essenciais, formado pelos compostos orgânicos

(com carbono) das plantas. Havendo a assimilação deste nutriente

essencial pelas plantas por meio de reações bioquímicas envolvendo

oxidações e reduções”. Taiz & Zeiger (2004, p.96)

De acordo com a mesma literatura e autores especialistas em nutrição de plantas como

Mengel & Kirby (1987), o nitrogênio é constituinte de aminoácidos, amidas, proteínas, ácidos

nucléicos entre outros compostos de carbono e suas funções bioquímicas. Nas plantas o

nitrogênio nos cloroplastos é um dos constituintes da clorofila, também por ser o elemento em

maior necessidade e demanda, está relacionado aos mais importantes eventos fisiológicos

ocorrentes como: fotossíntese, atividades e desenvolvimento do sistema radicular, absorção

DOSE/NUTRIENTE (kg/ha)

N

P

K

Na

Ca

Mg

50

43

15

75

18.5

11

9

100

86

30

150

37

22

18

150

129

45

225

55.5

33

27

Ureia (50 kg/ha)

23

16

iônica de outros diversos nutrientes, crescimento dos meristemas e diferenciações celulares

assim como na produção de hormônios.

Entre outros, o fósforo outro macronutriente, também é um dos elementos encontrados

na composição do soro de leite, nutriente que por evidências científicas é essencial para a

divisão celular, reprodução e o metabolismo vegetal. (Bissani et.al. 2008 p.112).

Outro macronutriente que está em concentrações similares ao nitrogênio e maiores que

o fósforo é o potássio. O potássio tem alta mobilidade tanto no solo como nas plantas, e exerce

funções reguladoras imprescindíveis. Necessário para a ativação de mais de 50 enzimas, síntese

das proteínas, transporte de energia e controle da abertura e o fechamento dos estômatos,

regulação importante para a manutenção da turgidez das células vegetais, como as

fundamentações de Bissani et.al. (2008 p.131).

Não menos importantes temos o cálcio e o magnésio como macronutrientes presentes

na constituição química do soro de leite. O cálcio geralmente é um nutriente mineral em

abundancia nos solos, em maiores concentrações em solos com acidez corrigida e em

quantidades superiores à demanda das plantas. O magnésio é considerado o núcleo central da

molécula da clorofila, móvel na planta e também fundamental ao desenvolvimento das diversas

espécies vegetais (Bissani et.al. 2008 p.131), ambos verificados na constituição química do soro

de leite.

Entre a composição química do soro de leite encontra-se o sódio, elemento prejudicial

à grande maioria dos espécimes vegetais. Tendo a aveia preta como uma planta semi-tolerante

aos excessos de sódio trocável no solo, como descrito pelas avaliações e estudos precedentes

realizados por Dias & Blanco (2010, p. 133) apud Ayers & Westcot (1991). Sabendo-se do

efeito nocivo aos vegetais, o sódio exerce a elevação da pressão osmótica do solo; interferindo

no metabolismo do vegetal e também causando a toxicidade de alguns íons, acumulando nos

tecidos íons como o sódio (Na+) e cloro (Cl-), como exemplos dos principais efeitos nocivos.

Secundariamente e não menos negligenciáveis, excessos de sais ao solo causam: a diminuição

da disponibilidade de nutrientes e a desestruturação dos solos, agindo sobre as propriedade

físicas e morfológicas do solo.

17

2.1.3 Transporte e formas de aplicação do resíduo ao solo

Antes de mais nada deve haver o planejamento devido ao utilizar os resíduos industriais

como o soro de leite em questão, aplicados sobre o solo. Considerando aspectos interligados à

legislação ambiental vigente, respeitando o meio ambiente e também buscando a eficiência

econômica da prática. Segundo a EMBRAPA Meio Ambiente (Circular Técnica 19, 2008)

devem constar no planejamento a identificação da necessidade de pré-tratamento do resíduo

para o uso agrícola; cuidados necessários para realizar o transporte adequado do resíduo até a

propriedade agrícola; devidos cuidados quando for necessário o armazenamento do resíduo;

base do cálculo para a recomendação das doses a serem adicionadas, assim como: o

detalhamento e características do local a ser fertilizada ou anteriormente preparada; cuidados

durante a aplicação e o posterior monitoramento da área.

Tendo-se este marco introdutório sobre a utilização de resíduos na Agricultura, trazemos

para a realidade local, onde o transporte e o posterior uso, aplicando o soro de leite às lavouras

da região feito através de Carretas - Tanque e Distribuidores de Esterco Líquido, como

exemplos (INCOMAGRI Máquinas e Implementos Agrícolas, 2013).

Estes distribuidores são tracionados mecanicamente através do acoplamento e utilizando

a tomada de força de tratores para que succionam o conteúdo através de uma bomba de vácuo

e através do processo reverso, utilizando a pressão, é feito o bombeamento do conteúdo do

tanque ao o sistema distribuidor, este que proporciona as devidas regulagens para se definir a

dose e também a área de cobertura da aplicação dos resíduos e dejetos e/ou adaptados à

caminhões que também podem cumprir com estas finalidades e sendo amplamente utilizados

nos Sistemas Produtivos Agrícolas da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

2.1.4 Vantagens e desvantagens do uso de resíduos industriais como fertilizantes orgânicos

Afirma-se uma gama de vantagens quanto tratamos do Uso Agrícola de Resíduos

Orgânicos. Concordando com Nunes (2010), têm-se vantagens econômicas e ambientais, se

houver o comprometimento entre a pesquisa gerando conhecimento e técnicas e a devida

importância dada pela legislação vigente para se obter e fiscalizar os fertilizantes orgânicos,

garantindo uma boa qualidade e a preservação do meio ambiente, devendo as políticas públicas

18

e privadas elucidadas e atuando junto, para que se garanta esta prática no presente e futuro de

forma sustentável e segura.

Citando as vantagens econômicas podem-se referir-se: a diminuição ou mesmo

eliminação da necessidade da aplicação de corretivos e fertilizantes minerais, principalmente

dos macro nutrientes. Esta possível substituição total ou parcial de fertilizantes minerais e

comumente utilizados irá depender do tipo e da dose empregada do resíduo orgânico.

Havendo a concordância Abreu Junior et.al. (2005) que cita os primeiros investimentos

e preocupações com a utilização dos resíduos orgânicos no Brasil tendo início massivo na

década de 90. A partir desta primeira época foram difundidas tecnologias e bases científicas

que norteiam as aplicações dos resíduos e que podem ser adotadas pelo Empresário Agrícola.

Da mesma forma que houve inúmeros avanços na questão do uso dos resíduos e fertilizantes

orgânicos no Brasil, muitos estudos ainda devem ser feitos e sendo-os de primeira necessidade,

para que ocorra o aprimoramento da técnica, evitar degradação ambiental como um todo,

satisfazendo as necessidades dos cultivos agrícolas e seus produtos, tudo isto sem prejuízos

para o agricultor, para a indústria alimentícia e para o consumidor.

Por serem potencialmente poluentes, resíduos orgânicos como o soro de leite, deve-se

ter o conhecimento de que: o uso destes, aplicando-os ao solo ou aos cursos d’água podem

introduzir elementos inorgânicos ou compostos de origem orgânica que possam ser tóxicos,

patógenos e vetores de doenças que se multiplicam neste meio. Abreu Junior et.al. (2005, p.

393) afirmam que deve-se atentar muito ao monitoramento de possíveis alterações que possam

ocorrer posteriormente à utilização desta prática agrícola e respeitando a legislação pertinente.

2.2 Aspectos Legais vigentes na República Federativa do Brasil

relacionados ao Meio Ambiente

Boa parte dos avanços sobre a legislação sobre o uso e preservação dos recursos

ambientais se deve à implantação Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, conhecida como Política

Nacional do Meio Ambiente, firmando um novo conceito de dano ambiental onde a rigor, não

havendo mais a tolerância acerca da emissão de poluentes. Baseando-se em que: mesmo dentro

de padrões estabelecidos e toleráveis, o resíduos poluente poderá causar problemas ambientais,

desta forma, submete o responsável pelo dano ao pagamento de uma indenização. Ainda mais,

19

de acordo com esta Lei protetora do Meio Ambiente: “É o conceito da responsabilidade

objetivo, ou do risco da atividade, segundo o qual os danos não podem ser compartilhados com

a comunidade” (Lei 6.938, 1981. Política Nacional do Meio Ambiente)

A partir da implantação da Lei do Meio Ambiente e sua regulamentação, ficou evidente

um progresso na mentalidade tanto dos governos como de populações inteiras. Deixando de

lado privilégios que sempre se voltavam ao Desenvolvimento Econômico, e muito menos aos

fatores sociais. Além do mais que, até 1981, havendo o conceito de que toda a atividade

produtiva causa impacto ao ambiente, as leis toleravam atividades produtivas poluentes dentro

de certos limites.

2.2.1 Legislação Ambiental do Estado do Rio Grande do Sul acerca dos resíduos da

Agroindústria

Subordinada às Leis Federais, o Rio Grande do Sul também possui legislação sobre a

gestão de resíduos sólidos (Lei n° 0.921, 27/7/1993) esta, regulamentada pelo Decreto 38.356

(1/4/1998), que estabelece no seu artigo 6° que, quando a destinação final dos resíduos sólidos

for a disposição no solo, deverá obedecer aos critérios e normas estabelecidos pela Fundação

Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM, Decreto n° 38.356).

Em tal ocasião, este órgão determinou que a permissão para a aplicação no solo, somente

poderia ser feita após o acondicionamento e tratamento adequados, definidos em projeto

específico aprovado pelo mesmo órgão. Especificamente a FEPAM (Fundação Estadual de

Proteção Ambiental – Rio Grande do Sul) (Rodrigues et al., 1993).

Dando a devida atenção às atividades das agroindústrias, no Rio Grande do Sul deve-se

obedecer aos critérios e normas estabelecidos pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental

(FEPAM). A FEPAM, somente permitindo a aplicação de resíduos se estes, anteriormente

acondicionados, e tratados de acordo e definidos em um projeto específico e que deverá estar

aprovado pelo mesmo órgão. Assim, foi elaborada a norma para apresentação de projetos que

visem a aplicação e aproveitamento de resíduos industriais destinados aos solos agrícolas.

Esta norma possui uma aplicabilidade ampla, pois trata de regulamentar uma extensa

quantidade de resíduos gerados pelas mais diversas indústrias, subdividindo-os conforme seu

potencial poluidor. Para determinar as características destes resíduos devem ser feitas análises

20

laboratoriais (física e química), porém não havendo ainda os critérios estabelecidos definindo

quando o resíduo poderia ser aplicado ao solo.

2.3 Características da cultura

A aveia preta (Avena strigosa Schreb.), conforme Sá (1995) é uma gramínea de clima

temperado e subtropical, anual, de hábito ereto, com desenvolvimento uniforme e bom

perfilhamento. A produção de sementes varia de 600 a 1.600 quilos/hectare. Apresentando

excelentes valores nutricionais, podendo atingir até 26% de proteína bruta no início de pastejo,

com acentuada palatabilidade e digestibilidade (60% a 80%). De origem europeia, a aveia preta

adaptou-se bem na região sul do Brasil e nos estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul,

onde é bastante conhecida pelos produtores de leite e carne como pastagem temporária de

inverno.

É uma planta atóxica aos animais em qualquer estádio vegetativo, com sua

produtividade variando de dez a trinta toneladas (10 t a 30 t) de massa verde/hectare, com duas

a seis (t/ha-1) de matéria seca. Adapta-se bem a vários tipos de solo, não tolerando baixa

fertilidade, excesso de umidade e temperaturas altas. Acentuadamente responsiva à adubação,

principalmente com nitrogênio e fósforo, tendo também como características favoráveis e

importantes como a tolerância ao estresse hídrico e geadas.

Sua utilização pode ser, tanto para o pastejo, como para silagem e fenação ou para

adubação verde. No estado do Rio Grande do Sul apresenta-se como uma das alternativas para

as condições de baixas temperaturas no inverno, e principalmente em áreas de produção leiteira,

oferecendo quantidade e qualidade no oferecimento da forragem, crescimento rápido,

rusticidade, elevada produção de forragem, fácil obtenção de sementes e versatilidade de uso,

conforme autores como Floss (1988) e Schuch et.al. (2000). Herling et al. (1998) afirmam que

o maior percalço enfrentado pelo produtor rural que opta pela aveia como cultivo de inverno, é

a falta de cultivares com características agronômicas desejáveis, então, com a utilização da

cultivar EMBRAPA 139 sendo um dos genótipos mais recomendados e encontrados

comercialmente na região de estudo também por ser recomendado e de grande aceitação local,

desta forma, utilizando deste genótipo busca-se o desenvolvimento da aveia preta com

características favoráveis e que se estabeleça nas condições ambientais em que será submetida.

21

A aveia, assim como outras gramíneas apresentam em sua fase de crescimento

vegetativo alta proporção de folhas, baixo teor de fibras e altos teores de proteína já ao passar

para o estádio reprodutivo, sofrem alterações que reduzem sua qualidade (Vilela et al., 1978;

Sá, 1995). Isto determina queda na digestibilidade e consumo da forragem pelos animais. Ao

passar do estádio vegetativo para o estádio reprodutivo sofre alterações morfológicas como

alongamento do caule, morte ou senescência das folhas basais, e mudanças na porção

citoplasmática da célula com decréscimos nos teores de proteínas, lipídios, e carboidratos

solúveis. Por consequência, ocorre elevação da porcentagem dos constituintes da parede celular

e sua lignificação.

22

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Localização geográfica e características da área

O experimento foi conduzido no município de Três Passos, em uma área total de 96 m2

(área útil + bordaduras), e 60 m2 de área útil, com as coordenadas geográficas: S 27º27'20" e O

53º55'55", uma altitude de 451 m; o clima da região é do tipo subtropical úmido, Cfa, pela

classificação de Köppen (Moreno, 1961) não havendo ocorrência de estiagens severas e

extensas na região Noroeste do Rio Grande do Sul no ano de 2013.

Solo cultivado sendo do tipo Latossolo Vermelho distrófico (Embrapa, 2006) corrigido

e de primeiro cultivo com as seguintes características químicas, determinadas em amostras

coletadas na camada de 0-20 cm: (%) argila: 43; CTC (pH 7.0): 20.30; pH em água: 7.3; Al: 0

mmolc/dm-3; Ca: 16.1 mmolc/dm-3; Mg: 2.1 mmolc/dm-3; K: 189.5 mg/dm-3; P: 161 mg/dm-3;

MO: 3.4 g/dm-3, conforme métodos descritos por Tedesco et al. (1985).

Esta área era mantida em pousio, porém frequentemente realizados os controles de

plantas daninhas utilizando herbicidas e também capinas manuais frequentemente.

3.2 Instalação do experimento

Dependente das condições meteorológicas, a instalação do experimento teve como data

de semeadura no dia 12 de maio/2013, com 80 kg/ ha-1 de sementes de aveia preta distribuídas

a lanço nas parcelas em solo previamente corrigido e com a adubação de 175 kg da formula 12

– 30 – 20, recomendada pela cultura, pelas indicações do Manual de Adubação e Calagem para

os estados do Rio Grande do sul e Santa Catarina (ROLAS, 2004) e conforme a interpretação

dos teores dos nutrientes contidos análise química deste solo coletado e enviado a laboratório

entre os dias 20 e 22 de abril/2013 esta que, também norteou a adubação de cobertura em todas

as parcelas que foi feita 61 dias após o plantio, mais precisamente 3-4 pares de folhas

desenvolvidas em grande maioria das plantas. Fato que explica este tempo mais entendido para

tal cobertura, já que devido às baixas temperaturas e até formação de geadas, demorou-se mais

23

para o dossel alcançar uniformemente quantidades de 3-4 pares de folhas completamente

desenvolvidas.

A operação de semeadura foi feita manualmente, buscando simular uma gradagem

pesada, posteriormente feita uma semeadura a lanço juntamente à adubação de plantio e uma

leve cobertura com solo sobre as sementes para garantir a germinação como em uma gradagem

leve, fazendo uso de enxada para realizar essa simulação

3.3 Delineamento Experimental e Metodologias

O delineamento utilizado foi o de Blocos Casualizados (DBC) conforme o croqui

exposto pela figura 2. Este experimento contém cinco (05) tratamentos que foram utilizados

após o segundo corte da aveia preta, sendo o primeiro como testemunha, três com diferentes

doses de soro de leite e também como o último tratamento uma adubação mineral comumente

utilizada (53 kg/ha-1 de ureia e 50 kg/ha-1 de cloreto de potássio), sendo: (T1: 0 m3 de soro de

leite; T2: 50 m3; T3: 100 m3; T4: 150 m3 e T5: adubação mineral recomendada após o corte) e

quatro (04) repetições, em parcelas medindo 3 m2 cada.

O 1º corte foi efetuado no dia 2 de agosto, muito além de aproximadamente 50 dias após

o plantio (50 DAP) para realizar o primeiro corte recomendado para o manejo da cultura, devido

às condições adversas citadas anteriormente no capítulo: Instalação do Experimento, também

objetivando manter a altura de plantas de no mínimo 10 cm de resteva, pois assim protegerá o

meristema apical e tendo maior área foliar, facilitará a rebrota e dará condições para as

conseguintes avaliações. Após o corte serão avaliados os caracteres agronômicos da cultura,

como: altura de planta; número de afilhos; comprimento da folha bandeira e massa verde, por

exemplo, da cultivar utilizada, a EMBRAPA 139, genótipo de aveia preta (Avena strigosa)

amplamente utilizada e de expressiva aceitação pelos produtores da região, esta de finalidade

forrageira e objetivando uma população de 300 plantas/m2.

24

Figura 2 – Croqui representando a disposição do experimento através do DBC

Fonte: URODA D.H. (2013)

3.4 Condução e avaliações

Foram realizados diversos tratos culturais no decorrer deste trabalho, tendo como o

primeiro a dessecação em pré-plantio da aveia preta, realizada no final do mês de abril

utilizando 3,0 L/ha-1 do herbicida à base de glifosato como princípio ativo aplicado com

pulverizador costal manual e volume da calda de 150 L/ha-1. Aos 14 dias do mês de julho foi

realizada a adubação de cobertura para a cultura da aveia preta seguindo recomendações do

Manual de Adubação e Calagem para os estados do Rio Grande do sul e Santa Catarina

(ROLAS, 2004) e da bibliografia especializada, indicando uso de 150 kg de N/ha-1 em

cobertura.

No dia 21 de julho, foi feito novo controle de plantas daninhas infestantes, desta vez

tendo como alvo as plantas daninhas dicotiledôneas e utilizando um herbicida de ação sistêmica

e seletivo às monocotiledôneas, tendo como princípio ativo o Metsulfuron-metílico, na dose de

3,3 g do produto comercial por hectare aplicado com pulverizador costal manual e volume da

calda de 150 L/ha-1.

O primeiro corte foi realizado no segundo dia do mês de agosto, utilizando uma foice

pequena dentada em todas as parcelas e de forma uniforme, buscando-se uma altura de corte

homogênea e de 10 cm em relação ao solo. Mesmo tendo a ciência do uso de fungicidas e

inseticidas, não foi realizada nenhuma dessas operações ao longo do desenvolvimento da

cultura e acompanhamento do experimento.

No dia 27 de setembro foi realizado o 2º corte da aveia preta e em sequência, no mesmo

dia, foi feita aplicação do soro de leite variando em doses dependendo dos tratamentos

propostos e dispostos em suas devidas parcelas. O corte assim como o primeiro, anteriormente

25

exposto, foi realizado buscando uniformidade e a altura de 10 cm em relação ao solo. O soro

de leite foi coletado na madrugada do mesmo dia, para poder ser aplicado ainda fresco e sem

fermentações indesejáveis, este soro foi oriundo dos Laticínios Santa Mônica no município

vizinho de Esperança do Sul e em um volume total de 500 litros coletados. Para os tratamentos

utilizando 50 m3; 100 m3 e 150 m3 convertendo para a realidade do experimento teve-se os

volumes aplicados de 15; 30 e 45 litros/parcela aplicados com um regador sobre os 3 m2 de

cada uma destas parcelas.

No dia 15 de novembro do presente ano, foram realizadas as avaliações dos caracteres

agronômicos inerentes às plantas. Sendo coletadas aleatoriamente dez (10) plantas- mãe

juntamente com seus afilhos de cada parcela, afim de mensurar as características: estatura de

planta; comprimento da folha bandeira; largura da folha bandeira; diâmetro de colmo na

inserção do 2º nó e o número de afilhos viáveis.

As precipitações acumuladas durante o período obtidas pelo Departamento Técnico da

Cooperativa Tritícola Mista Campo Novo – Unidade Três Passos estão expostas de acordo com

o gráfico da figura 3.

Figura 3 – Gráfico com os volumes acumulados de chuva durante os meses de maio até outubro

Fonte - Departamento Técnico da COTRICAMPO

0

50

100

150

200

250

300

350

Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro

Precipitações em mm

26

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Na tabela 1, são expostas as análises estatísticas do presente experimento, contendo as

informações sobre os diferentes tratamentos relacionados aos caracteres agronômicos em

estudo. Além das médias de cada tratamento, incluem-se o desvio padrão, o coeficiente de

variação (%) e a variância.

Tratamentos Altura de

planta

(cm)

Comprimento

folha bandeira

(cm)

Largura

folha

bandeira

(mm)

Diâmetro do

colmo (2º nó)

afilhos

viáveis

Test. 49,6 10,9 4,5 2,4 2,5

50 m3/ha-1 45,5 10,9 4,3 2,9 2,5

100 m3/ha-1 53,5 13,3 5,2 2,5 2,8

150 m3/ha-1 56,3 13,6 5 2,5 4

Ureia 63,2 12,3 4,3 2,58 2,44

MÉDIAS 53,6 12,2 4,6 2,5 2,8

Desvio Padrão 6,17 1,17 0,38 0,17 0,61

C.V (%) 11,51 9,63 8,19 6,84 21,5

Variância 38,11 1,38 0,14 0,03 0,37

Tabela 1 – Análises Estatísticas Descritivas do experimento

Sabendo que após a emissão de panículas pela cultura da aveia preta, evento verificado

nesta ocasião, reduz-se a capacidade de desenvolvimento em altura da planta-mãe (Rossetto &

Nakagawa, 2001). Partindo disto, não se verificam grandes diferenças entre os tratamentos, com

exceção da utilização da ureia em cobertura após o 2º corte, que atingiu 63,2 cm de altura, e

verificando breves incrementos entre 0, 100 e 150 m3 soro de leite /ha-1 (figura 4), porém

Morrill et al. (2011) utilizando volumes de 167 m3/ha-1 de soro de leite, alcançaram os

resultados mais satisfatórios para o caractere agronômico: estatura de plantas, cultivando sorgo

sudão (Sorghum bicolor) e milheto (Pennisetum glaucum), ambas gramíneas como a aveia

preta (Avena strigosa Schreb) corroborando com resultados obtidos por Gheri et al. (2003),

analisando a produção de Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia.

27

Figura 4 – Resultados em altura (cm) da aveia preta após o 2º corte utilizando a testemunha (0

m3 de soro de leite /ha-1), doses (50; 100 e 150 m3 de soro de leite /ha-1) e ureia em cobertura

Sobre o comprimento da folha bandeira observou-se a tendência de certo aumento

principalmente quando verificadas as respostas às doses de 100 e 150 m3 de soro de leite /ha-1,

porém de pequena expressão e distante de expostos anteriormente feitos por Floss et al. (2007),

obtendo medidas de folhas-bandeira maiores, mas norteando o presente estudo que adotou esta

e outras características morfológicas também citadas por este autor.

Figura 5 - Resultados em comprimento da folha bandeira (cm) após o 2º corte da aveia preta

utilizando a testemunha (0 m3 de soro de leite /ha-1), doses (50; 100 e 150 m3 de soro de leite

/ha-1) e ureia em cobertura

y = 3,8x + 42,22

R² = 0,7975

0

10

20

30

40

50

60

70

Alt

ura d

e p

lan

ta (

cm

)

DOSES SORO DE LEITE (m3/ha-1 )

0 50 100 150 Uréia

y = 0,55x + 10,55

R² = 0,4611

0

2

4

6

8

10

12

14

16

CO

MP

RIM

EN

TO

FO

LH

A

BA

ND

EIR

A (

CM

)

DOSES SORO DE LEITE (M3/HA-1 )

28

Assim como Floss et al. (2007), o autor também teve a necessidade de mensurar a

largura da folha bandeira assim como outros caracteres agronômicos e morfológicos

relacionando-os à produtividade, tendo o destaque para o tratamento com 100 m3 de soro de

leite /ha-1, sendo até mesmo maior do que o tratamento utilizando a ureia em cobertura após o

2º corte e demonstrado através da figura 5.

Figura 6 - Resultados em largura da folha bandeira (mm) após o 2º corte da aveia preta utilizando

a testemunha (0 m3 de soro de leite /ha-1), doses (50; 100 e 150 m3 de soro de leite /ha-1) e ureia

em cobertura

Para que se tenha a formação de um stand final de plantas satisfatório, reduzindo o

acamamento e também sendo uma característica dependente do estado nutricional das plantas,

o diâmetro do colmo se faz presente e indispensável para o desenvolvimento das gramíneas,

corroborando à Karlen et al. (1987).

Provavelmente por não haverem oscilações drásticas da característica: altura de plantas

(cm) não se verificou diferença estatística entre as medidas do diâmetro do colmo dos

tratamentos que tiveram a aplicação de soro de leite, assim sendo, o ideal seria que, houvesse

proporcionalidade entre incrementos tanto em diâmetro de colmo, como em altura de plantas,

justificado por Chojnacky (2002) apud Niklas (1994) que explicando tal proporcionalidade,

afirmam que o colmo altera-se em diâmetro para que dê suporte às folhas nele inseridas e em

pleno desenvolvimento.

y = 0,03x + 4,57

R² = 0,013

0

1

2

3

4

5

6

LA

RG

UR

A F

OL

HA

BA

ND

EIR

A (

MM

)

DOSES SORO DE LEITE (M3/HA-1 )

29

Figura 7 - Resultados em diâmetro do colmo na inserção do 2º nó (mm) após o 2º corte da aveia

preta utilizando a testemunha (0 m3 de soro de leite /ha-1), doses (50; 100 e 150 m3 de soro de

leite /ha-1) e ureia em cobertura

Observa-se breve acréscimo no número de afilhos viáveis quando aumentadas as doses

de soro de leite (figura 7), porém segundo Rossetto & Nakagawa (2001) apud Brouwer & Flood

(1995), um aumento de afilhos úteis (que originam panículas) a partir destes afilhos viáveis é

um fato não interessante pois com certeza no presente estudo, e na bibliografia, o excesso ou

abundância de afilhos atua em detrimento do potencial produtivo e rendimento desta forrageira.

Porém para o autor há significância, pois com a maior dose utilizada (150 m3/ha-1) se teve

resultados maiores em relação aos quais utilizando ureia e as demais doses, assim como a média

geral.

y = -0,004x + 2,588

R² = 0,0011

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

DIÂ

ME

TR

O D

O C

OL

MO

(2º

)

DOSES SORO DE LEITE (M3/HA-1 )

30

Figura 8 - Resultados do número de afilhos viáveis após o 2º corte da aveia preta utilizando a

testemunha (0 m3 de soro de leite /ha-1), doses (50; 100 e 150 m3 de soro de leite /ha-1) e ureia

em cobertura

y = 0,138x + 2,434

R² = 0,1096

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

AF

ILH

OS

VIÁ

VE

IS

DOSES SORO DE LEITE (M3/HA-1 )

31

CONCLUSÕES

A princípio é evidente a preocupação ambiental acerca de um resíduo industrial gerado

em grandes quantidades e com perspectivas de franco crescimento, frente às demandas

mundiais de alimentos, como o soro de leite. Resíduo do processamento e industrialização dos

laticínios e que descartado de forma inconsequente no ambiente pode atuar como agente

poluente, principalmente dos recursos hídricos e também do solo, influindo-os

indesejavelmente.

Ainda carece de dados mais concretos e pesquisas direcionadas à utilização deste

resíduo, no entanto é correto afirmar que há o potencial fertilizante dos efluentes e resíduos

oriundos dos laticínios, mais precisamente sobre o soro de leite, pois verifica-se a presença de

nutrientes em expressivos teores e que são essenciais ao desenvolvimento de espécies vegetais.

Têm-se vantagens e desvantagens acerca da utilização de resíduos, como exemplo o

soro de leite. Como principais vantagens temos as econômicas e ambientais, primeiramente por

haver a possibilidade de diminuição dos custos de produção envolvendo fertilizantes e

ambientalmente, se tendo a opção de destinar os resíduos de forma correta e sustentável, não

degradando o meio e nem deixando de utilizar em cultivos por exemplo. Como desvantagens

podemos citar a negligência tanto por parte das indústrias como dos produtores, que por

algumas razões podem fazer o uso incorreto do soro de leite, destinando-o ao meio ambiente de

forma poluente e até mesmo em doses superiores à capacidade de assimilação e aproveitamento

tanto do solo, como das espécies vegetais.

Aos rigores da lei, verifica-se uma legislação sólida e bem definida para a problemática

dos dejetos, resíduos orgânicos industriais e outros contaminantes, tendo como a Lei Principal,

a chamada Política Nacional do Meio Ambiente e no Estado do Rio Grande do Sul, devendo

obedecer critérios e diretrizes determinadas pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental

(FEPAM) que regulariza a questão.

Dentre os caracteres agronômicos avaliados, os de maior destaque foram: altura de

plantas e o n° de afilhos viáveis relacionados às doses de soro de leite utilizadas.

É imprescindível a continuação dos estudos referentes à utilização de resíduos e dejetos

que possam ser utilizados como fertilizantes em cultivos agrícolas, como no caso da região de

32

estudo, pois atualmente uma pequena quantidade de produtores rurais utilizam este resíduos

principalmente em áreas de pastagem, que no momento ainda não têm o devido fundamento

quanto à doses, formas e épocas de aplicação do soro de leite sobre os cultivos, como o da aveia

preta, amplamente cultivada na região do estudo.

Por haver a concentração de sódio no soro de leite, é prudente a análise deste material,

também a cautela de não fornecer este mineral em quantidades tóxicas e em excesso às plantas

e ao solo.

33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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