AVALIAÇÃO EM ESTÁGIO SUPERVISIONADO: UMA … · Resumo: A avaliação pressupõe a análise de...
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AVALIAÇÃO EM ESTÁGIO SUPERVISIONADO: UMA DISCUSSÃO NECESSÁRIA PARA SUA IMPLEMENTAÇÃO NO CURSO TÉCNICO EM
ENFERMAGEM.
Ana Luzia Rodrigues1
Maria Dagmar da Rocha Gaspar2
Resumo: A avaliação pressupõe a análise de atividades á luz de critérios pré estabelecidos, constituindo uma atribuição de valor a alguma coisa e, este por sua vez, é um juízo emitido com bases em determinados princípios. Desta forma este trabalho teve como objetivo elaborar e implementar um instrumento de avaliação que subsidiasse professores e alunos no momento da avaliação nos estágios supervisionados. Optouse por um estudo descritivo, do tipo qualitativo, por melhor se adaptar as indagações desta investigação. A amostra foi constituída de 23 participantes, sendo 11 professores supervisores de estágios, 1 coordenador de estágio, 1 coordenador pedagógico e 10 alunos, 2 de cada turma do curso Técnico em Enfermagem, do Colégio Estadual Professora Elzira Correia de Sá, em Ponta Grossa, Paraná. A pesquisa resultou em dados obtidos após a implementação do instrumento em todos os estágios supervisionados. Com relação à análise das contribuições dos professores e alunos, tendo em vista a significância e representação que retrata a proposta inicial deste projeto emergiram 3 categorias: Importância de opinar sobre o instrumento de avaliação, o significado de conhecer o instrumento antes de iniciar os estágios e o nível de satisfação do professor após a implementação do instrumento. Concluiuse que a implementação do instrumento de avaliação foi relevante a partir do momento que as percepções dos envolvidos foram desveladas, conforme seus depoimentos. Assim a presente pesquisa além de produzir resultados positivos frente à polêmica temática, despertou uma nova forma de olhar a avaliação.
PalavrasChave: Avaliação; Enfermagem; Estágio Supervisionado.
TEACHING PRACTICE ASSESSMENT: A DISCUSSION NEEDED FOR ITS IMPLEMENTATION IN NURSING TECHNICAL COURSES
Abstract
Evaluation presupposes the analysis of something under the light of established criteria and consists in the attribution of a value to something, which is a judgment
1 Professora PDE, disciplinas técnicas. Coordenadora do Curso Técnico em Enfermagem do Colégio Estadual Professora Elzira Correia de Sá.2 Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Docente lotado no Departamento de Enfermagem e Saúde Pública da Universidade Estadual de Ponta Grossa.
based on certain principles. This research aimed at elaborating and implementing an assessment tool that could subsidize teachers and students during their teaching practice. The research was carried out according to a descriptive qualitative study as it fit the investigation´s purposes. The sample involved 23 participants, from which 11 were teaching practice supervisors, 1 teaching practice coordinator, 1 pedagogical coordinator and 10 students, 2 of each of the Nursing Technical Course classes from the Elzira de Sá Public School in Ponta Grossa, Pr. The data was collected after the implementation of the assessment tool at all the teaching practice activities. The analysis of the contributions from teachers and students provided 3 categories: the importance of giving one´s opinion about the assessment tool, the importance of knowing the assessment tool before the teaching practice activities and teachers´ level of satisfaction after the implementation of the assessment tool. It was concluded that the implementation of the tool was relevant from the moment the perceptions of those involved in the process were known. Therefore, this research produced not only positive outcomes about assessment, but also provided awareness about how to deal with assessment.
Keywords: Assessment; Nursing; Teaching Practice.
1 INTRODUÇÃO
Embora tenha evoluído nos últimos tempos, a qualidade da avaliação
educacional no Brasil ainda deixa a desejar. A vasta literatura sobre avaliação
deixa explicita a inexistência de um modelo único e ideal de avaliar o
desempenho escolar, porém percebemos a preocupação por parte dos
educadores envolvidos com o tema em conhecer diversas formas de avaliação na
perspectiva de encontrar a que melhor sirva para sua realidade.
Por mais que a avaliação seja uma responsabilidade dos professores é
importante o empenho dos alunos e comunidade escolar em discutir esta questão
tão debatida por pesquisadores da educação. Enquanto atividade teórica e
pratica, a avaliação não tem um paradigma amplamente aceito. (RABELO, 2004,
p.69)
Na educação profissional, também se deparou com esta dificuldade, pois
durante o processo ensinoaprendizagem, prever os objetivos a ser atingido,
escolher meios para alcançálos e verificar os resultados, são atividades que
ficam sob responsabilidade do professor uma vez que esta incumbência faz parte
da atividade didática.
Na formação de futuros profissionais da enfermagem, especialmente nos
estágios supervisionados os procedimentos utilizados para avaliar os alunos, não
diferem muito da regra geral, pois focalizamse na observação do quanto o
estagiário é capaz de reproduzir os conteúdos e técnicas aprendidas no decorrer
das aulas teóricas e praticas em laboratórios.
Entretanto o estagio supervisionado no curso técnico em enfermagem é
indispensável na formação profissional, pois representa o momento que
oportunizará ao aluno o conhecimento da realidade, o relacionamento com
profissionais da área, as experiências organizacionais e funcionais de instituições
de saúde, bem como o desenvolvimento de habilidades especificas e
enfrentamento de questões postas pelo dia a dia da profissão.
A supervisão do aluno estagiário é feita diretamente em cada um dos
procedimentos que ele desenvolve em ambiente hospitalar, unidades de saúde
coletiva ou outros locais, e compete ao professor supervisor de estagio fazer a
avaliação deste aluno, momento esse em que se evidencia a necessidade de um
instrumento que norteie o professor na difícil tarefa de avaliar. Afinal, quais são os
critérios na avaliação do aluno estagiário?
Em nossa realidade, observouse que cada professor estabelecia critérios
avaliativos diferenciados e assistemáticos gerando muitas vezes conflitos entre o
supervisor e o estagiário.
Mediante esta problemática verificouse a necessidade de estudar sobre
as questões relacionadas à avaliação. Emergiu então a possibilidade de rever
como a referida escola estava conduzindo a avaliação durante o estagio
supervisionado.
Dessa forma o objetivo deste estudo foi de elaborar em conjunto com os
professores supervisores de estagio, alunos e coordenador pedagógico um
instrumento de avaliação para norteálos nos diversos momentos deste processo,
estabelecendo critérios que deverão ser considerados durante a avaliação
visando a intervenção na prática pedagógica, implementando o instrumento e
finalmente verificar a eficiência deste instrumento de avaliação implementado.
2 DESENVOLVIMENTO
Ao avaliar um aluno de educação profissional, o que se pretende é que
ele demonstre domínio dos conteúdos que o tornam competente técnica e
socialmente. Os conteúdos das disciplinas são constituídos por conhecimentos,
idéias, processos, teorias científicas, métodos e técnicas, habilidades cognitivas,
atitudes entre outros. Diante destas inquietações, buscouse a literatura
específica e percebemos que o tema avaliação apesar de bastante explorado
continua sendo motivo de preocupação dos educadores nas varias áreas de
atuação.
A avaliação educacional, como atividade cientifica, surge na década de 40
com os trabalhos de Ralph Tyler com uma abordagem centrada na cuidadosa
formulação de objetivos definidos a partir de três variáveis: o estudante, a
sociedade e a área de conteúdo. (VIANA, 1989 p.19 e 39).
Embora tenhamos significativos avanços propostos pela pedagogia
histórica critica a prática avaliativa, continua quase que engessada e algumas
vezes com um enfoque arcaico, e que por certo contribui para as dificuldades que
o professor encontra ao avaliar seus alunos.
Vianna (1989, p.19) cita alguns aspectos que ainda representam
dificuldades para avaliar, entre eles:
Ausência de uma teoria perfeitamente estruturada e que traduzam consenso entre os educadores, inexistência de uma tipologia de informações fundamentais para o processo decisório; insuficiência de instrumentos e planejamentos adequados para avaliação dos diversos fenômenos educacionais; ausência de um sistema que possibilite a organização, processamento e relatório de informações necessárias à avaliação, e finalmente carência de elementos qualificados para a realização das complexas atividades que o processo de avaliação exige.
Para discutir o tema, necessitamos iniciar por uma definição que
possibilite a compreensão de do que é avaliação e, a partir de então, tentar um
entendimento do significado latente dessas modificações da prática da avaliação
na aprendizagem escolar (LUCKESI, 1995. p.67).
Avaliação é uma palavra que faz parte de nosso cotidiano, seja de
maneira espontânea, ou de modo formal. Originária do latim, a palavra avaliar
significa “dar valor a...” o conceito de avaliação é expresso como sendo a
“atribuição de um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação” (DIAS
SOBRINHO, 2003, p.1; LUCKESI, 2000, p. 86).
No dicionário Aurélio, avaliar significa: determinar a valia ou valor de;
apreciar ou estimar o merecimento de; fazer apreciação; ajuizar. Basicamente
podemos representar as diversas definições sobre avaliação em um continuun, no
qual de um lado situase o juízo, o julgamento de valores, e do outro, a tomada de
decisões (RABELO, 2004. p.69).
Para alguns autores como Hoffmann (2000); Libâneo (1994, p.198) avaliar
é:
[...] Dinamizar oportunidades de açãoreflexão, num acompanhamento permanente do professor e este deve propiciar ao aluno em seu processo de aprendência, reflexões acerca do mundo, formando seres críticos, libertários e participativos na construção de verdades formuladas e reformuladas.
[...] Um juízo de qualidade sobre dados relevantes tendo em vista uma tomada de decisão.
Segundo Libâneo (1994, p.198) temse verificado na prática escolar
alguns equívocos em relação aos objetivos, função e papel da avaliação na
melhoria das atividades escolares e educativas, de acordo com o mesmo autor os
professores tem dificuldades em avaliar resultados mais importantes do processo
de ensino como a compreensão, originalidade, capacidade de resolver problemas
e de fazer relação entre fatos e idéias.
A literatura sobre avaliação deixa claro a inexistência de um modelo único
e ideal de avaliação do desempenho escolar, porém percebemos a preocupação
por parte das pessoas envolvidas com o tema em conhecer diversas formas de
avaliação na perspectiva de encontrar a que melhor sirva para sua realidade.
Para Hadji (2001, p.27) “a idéia de que a avaliação é uma medida dos
desempenhos dos alunos esta, como já vimos, solidamente enraizada na mente
dos professores... e, freqüentemente, na dos alunos”.
Sousa (1991, p.143) defende que “a avaliação visa à verificação dos
objetivos propostos em um programa escolar”. Durante o processo ensino e
aprendizagem é importante prever os objetivos a serem alcançados e escolher os
meios adequados para atingilos e verificar os resultados são atividades que
sempre ficam sob responsabilidade do buscamos a literatura.
De acordo com Méndez (2005) a avaliação é um processo natural que
nos permite a conscientização do que fazemos e as conseqüências de nossas
ações, mas percebemos que nas escolas os processos de avaliação tem sido
alvo de muitas criticas e os professores têm encontrado dificuldade no momento
de avaliar seu aluno.
O professor no instante de construção e utilização dos instrumentos
deveria definir os dados relevantes e sua utilização na avaliação evitando o
arbítrio momentâneo, pois, como se pode ver, a pratica da avaliação não pode ser
efetivada arbitrariamente (LUCKESI, 1995. p.68)
Para Esteban (2003) a avaliação como prática de investigação pressupõe
a interrogação constante e se revela um instrumento importante para professores
comprometidos com uma escola democrática.
Entretanto, sabemos que, à medida que a ciência e a tecnologia avançam
e o saber acumulado cresce, a tarefa de selecionar conteúdos das disciplinas e
dos cursos tornase mais difícil. Atualmente percebese que, entre o momento em
que o profissional recebe seu diploma e aquele que inicia suas atividades
profissionais, novas teorias são divulgadas e nova tecnologia é lançada no
mercado.
Diante deste fato, a escola deve reconhecer que, ao lado da construção
de conhecimentos e das habilidades técnicas, é preciso desenvolver no aluno
habilidades de pensamento: ele precisa aprender a pensar, a refletir, a analisar, a
desenvolver capacidade de “aprender a aprender”, ou seja, a capacidade de auto
aprendizagem. É necessário que o aluno tenha condições de emitir julgamento
critico, de argumentar, defendendo suas idéias e de criar novas idéias e
situações.
Conseqüentemente, a avaliação do desempenho do aluno deve recair
sobre dados relativos ao domínio dos conteúdos e das competências profissionais
além do desenvolvimento das habilidades do pensamento.
Para contextualizar a problemática em estudo, a seguir serão
apresentados aspectos relacionados ao histórico do ensino de enfermagem em
nosso país.
No Brasil o ensino de enfermagem foi oficialmente instituído a partir de
1890 com a criação da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras no Rio
de Janeiro; até então a prática da enfermagem fundamentavase em
conhecimentos empíricos e nenhuma exigência se fazia quanto ao nível de
escolarização, bastava abnegação, dedicação e obediência para cumprir as
prescrições médicas e realizar cuidados elementares aos pacientes.
Mais tarde, a criação da associação nacional de enfermeiras diplomadas,
atual Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) fez emergir a preocupação
com a organização do ensino de enfermagem no país (SILVA, MEDEIROS,
OLIVEIRA, 2007).
No Paraná, em 1954, criouse a primeira escola de formação de auxiliares
de enfermagem “Dr. Caetano Munhoz da Rocha” que hoje pertence à secretaria
de saúde e tem o nome de Centro Formador de Recursos Humanos Caetano
Munhoz da Rocha.
Em 1955, as irmãs de caridade de São Vicente de Paulo criaram a escola
de auxiliares de enfermagem Catarina Labouré que deveria funcionar dentro do
hospital Nossa Senhora da Graças, efetivamente autorizada pelo MEC a
funcionar em 1956.
Na década de 80 foi implantado no SENAC de Ponta Grossa o curso de
Atendente de Enfermagem dando novas perspectivas para o atendimento de
enfermagem nas instituições de saúde. Na rede pública estadual, o município
ganhou seu primeiro curso de Auxiliar de Enfermagem no Instituto Estadual de
Educação César Prieto Martinez, que foi reconhecido em 28/01/82 (PIRES, 2007,
p. 44).
A aprovação da Lei do Exercício Profissional de Enfermagem nº 7.498, de
25/06/86 reforçou a necessidade de qualificar os trabalhadores de enfermagem,
por apresentar em seu art. 2º que a enfermagem e suas atividades auxiliares
somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas.
No ano de 1995 os cursos de Auxiliar de enfermagem juntamente com
outros cursos profissionalizantes deixaram de ser ofertados devido à política de
governo da época.
A lei Federal nº 9.394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB) garante que:
(...) A educação profissional assim concebida não se confunde com a educação básica ou superior. Destinase àqueles que necessitam se preparar para seu desempenho profissional, num sistema de produção de bens e de prestação de serviços, onde não basta somente o domínio da informação, por mais atualizada que seja. Deve, no entanto, assentarse em sólida educação básica, ferramenta essencial para que o cidadão trabalhador tenha efetivo acesso à conquista tecnológica da sociedade, pela apropriação do saber que alicerça a pratica profissional, isto é, o domínio da inteligência do trabalho.
Com a mudança de governo em 2004 e a retomada da educação
profissional, Ponta Grossa e outros municípios voltaram a ofertar curso na área de
enfermagem, tendo o Colégio Estadual Professora Elzira Correia de Sá,
autorização para ofertar curso Técnico em Enfermagem que atualmente oferece
opção ao aluno de ingressar no mercado de trabalho também como auxiliar de
enfermagem.
Na área de ensino da educação profissional em enfermagem, estão
ocorrendo mudanças no processo educacional, decorrentes das prescrições da
legislação vigente, entre outros motivos (OKANE, TAKAHASCHI, 2006).
Dentre os desafios do processo ensinoaprendizagem na enfermagem
nos deparamos com o desenvolvimento do estágio supervisionado, neste
momento professor supervisor de estágio deve ser visto como aquele que
conhece o aluno observa seu crescimento e interfere quando necessário, portanto
a avaliação desenvolvida no estágio deve ser realizada por meio de observação
critica sistematizada, criteriosa e processual (FERRARI, 2002).
Deste modo se justifica a realização de um estudo bibliográfico sobre o
estagio supervisionado com a intenção de correlacionar com o objetivo do estudo
que é a construção do instrumento de avaliação
O estágio é componente obrigatório, podendo ser entendido como o eixo
articulador entre teoria e prática. É a oportunidade para o aluno entrar em contato
direto com a realidade.
O estágio supervisionado faz parte da matriz curricular de vários cursos
da educação profissional, sendo este uma oportunidade de exercício da síntese
dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso. É uma atividade teórica de
conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na realidade, esta sim
objeto da práxis, ou seja, é no contexto da sala de aula, da escola, do sistema de
ensino e da sociedade que a práxis se dá. (PIMENTA e LIMA, 2008. p.45)
De acordo com o que consta no Boletim IOB Informações
Objetivas40/93, “A finalidade do estágio é proporcionar a complementação do
ensino e da aprendizagem a serem planejados, executados, acompanhados e
avaliados segundo os currículos, programas, calendários escolares, a fim de se
constituírem um instrumento de integração, em termos de treinamento pratico,
aperfeiçoamento técnico cultural, cientifico e relacionamento humano.”
Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) 299/2005
considera o estágio curricular supervisionado, como ato educativo, deve visar
complementação do ensino e da aprendizagem a serem planejados, executados,
supervisionados e avaliados por enfermeiro, em conformidade com a proposta
pedagógica do curso, a fim de assegurar o desenvolvimento das competências e
habilidades gerais e específicas para o exercício profissional.
O trabalho coletivo exige a capacidade comunicativa entre os membros
da equipe e também entre os clientes de seus serviços. Assim a formação deste
novo trabalhador da enfermagem requer o saber fazer o porquê fazer e o saber
relacionarse, é importante também desenvolver a capacidade de analisar as
situações e compreendelas corretamente a fim de alcançar os resultados
esperados. Todas estas questões devem ser trabalhadas nas aulas teóricas e nos
estágios supervisionados.
No momento da avaliação em estágio nos surpreendemos com
questionamentos que nos levam a refletir, o que é realmente avaliar as atividades
do outro? Será que este estagiário não tem mais potencial do que o avaliado? Fui
justo?
Percebemos com frequência que a separação do avaliar teórico e prático
é uma realidade vivenciada por grande parte dos professores do curso técnico em
enfermagem, principalmente tratandose de estágios supervisionados.
No curso Técnico em Enfermagem, a supervisão do aluno estagiário é
feita diretamente, em cada um dos procedimentos que ele venha desenvolver. Tal
avaliação se justifica no fato de que os estagiários trabalham com indivíduos que
procuram os serviços de saúde, na perspectiva de cura de alguma afecção ou na
manutenção do seu estado de saúde. Os procedimentos realizados pelos alunos
vão desde os mais simples até os mais complexos, de acordo com as atividades
previstas para o técnico em enfermagem na Lei do Exercício Profissional. Desta
forma, toda atividade executada pelo aluno é acompanhada pelo professor
supervisor.
É importante proporcionar ao aluno um campo de estágio acolhedor e
com possibilidade de autonomia para o aluno e professor contribuindo para uma
aprendizagem significativa e favorecendo o entendimento do processo de
trabalho. Supervisionar o estágio do curso técnico em enfermagem leva o
professor a pensar , uma vez que o aluno fica próximo do ser humano que é
cuidado, ouve, toca, realiza procedimentos (curativos, injeções...) que ensinar
alguém a cuidar do outro envolve além das técnicas, aspectos emocionais dos
que participam do processo, todas estas questões devem ser consideradas no
momento da avaliação, portanto, esse processo deve acontecer de maneira justa,
dialogada, objetiva, participativa, continua, transmitindo segurança.
Diante de uma supervisão de prática, o professor tem oportunidade de
observar atentamente seus alunos, de obter inúmeras informações que muito
contribuirão para o conhecimento do educando, individualmente e do grupo. A
avaliação da aprendizagem requer do professor o domínio da observação que é
uma técnica valiosa no acompanhamento e na avaliação, porém é necessário,
clareza de objetivos, seleção de métodos e técnicas adequadas, o uso racional do
tempo e finalmente um instrumento de avaliação.
3 METODOLOGIA
Optouse por um estudo descritivo, do tipo qualitativo, por melhor se
adaptar as indagações desta investigação. Como método, a pesquisa qualitativa
responde a questões particulares, trabalham com o universo de significados,
motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes.
No inicio do primeiro semestre de 2009, em momento oportuno a
professora PDE, reuniu a coordenadora pedagógica, coordenadora de estágios e
11 professores do curso Técnico em Enfermagem do Colégio Elzira Correia de
Sá, em Ponta Grossa Paraná, com a finalidade de apresentar o projeto para a
construção de um instrumento de avaliação que possibilitasse algumas diretrizes
no momento da avaliação do aluno estagiário.
Os participantes da reunião manifestaram interesse e disponibilidade de
tempo para fazerem parte do projeto. Inicialmente também foram convidados 10
alunos sendo 2 de cada turma para participarem do processo. A amostra contou
com 23 participantes. Na seqüência o instrumento já em fase de construção foi
entregue a todos os alunos das 5 turmas para que pudessem também opinar e
conhecer o trabalho que estava sendo desenvolvido.
No total foram 8 encontros realizados no ambiente escolar em períodos
de hora atividade dos professores. No primeiro encontro foi explicada a
metodologia a ser utilizada e entregue alguns materiais sobre o tema avaliação
para leitura. No segundo encontro iniciouse discussão do assunto em estudo, no
terceiro, quarto e quinto encontros houve a construção do instrumento. No sexto
encontro discutiuse sobre os valores atribuídos a cada item. Finalizado o
instrumento, o mesmo foi implementado no momento da avaliação dos estágios
supervisionado pelos professores e alunos envolvidos. No sétimo encontro houve
a participação da professora orientadora do trabalho a qual suscitou uma
discussão sobre o tema com os professores participantes enriquecendo o
processo. No oitavo encontro houve a primeira avaliação do instrumento após sua
aplicação, neste momento alguns ajustes foram feitos.
No segundo semestre do mesmo ano, a fim de verificar a percepção dos
professores e alunos sobre a participação na elaboração e aplicação do
instrumento de avaliação, (apêndice 1) foram aplicados dois questionários,
um dirigido a cinco (5) professores supervisores de estágios, questionário 1
( apêndice 2) elaborado com vistas à obtenção de informações sobre utilização
do instrumento no processo avaliativo durante o estagio supervisionado sob a
ótica do professor enquanto o questionário 2 ( apêndice 3) dirigido a cinco (5)
alunos que objetivou levantar o sentimento do aluno frente a participação no
projeto.
As respostas obtidas a partir dos questionários foram analisadas,
atribuindo a cada participante uma legenda utilizando a letra A quando referenciar
alunos e letra P referenciando os professores e números de 1 a 5 de acordo com
ordem de entrega do questionário.
Os dados coletados foram analisados na vertente de Análise de Conteúdo
que é definida por Bardin (1977), como sendo um conjunto de instrumentos
metodológicos, os quais se aplicam aos “discursos” mais diversos e tem como
meta a indução, a dedução e a conclusão.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para Albertino (2004) a sistematização da avaliação viabiliza um
aperfeiçoamento dos processos de ensino e aprendizagem, e ainda, favorece um
maior desenvolvimento do referencial e do espírito critico do aluno.
Um dos objetivos do trabalho foi alcançado no momento da finalização da
construção e implementação do instrumento avaliativo, pelos sujeitos da
pesquisa.
A certeza que outro objetivo foi atingido veio no momento da organização
das respostas obtidas nos questionários aplicados.
Optouse por analisar as contribuições dos professores e alunos tendo em
vista a significância e representação que retrata a proposta inicial deste projeto,
compiladas nas seguintes categorias:
A importância de opinar sobre o instrumento de avaliação usado nos
estágios supervisionados.
O significado de conhecer o instrumento de avaliação antes de iniciar
os estágios.
O nível de satisfação do professor após a implementação do
instrumento avaliado.
A experiência de participar da construção do instrumento foi
enriquecedora para professores e alunos que reafirmam a importância de poder
opinar sobre o instrumento de avaliação usado nos estágios supervisionados
quando expressam:
“Foi essencial para nos dar mais segurança na avaliação que é feita sobre nosso desempenho em estágio”. (A 1) “Saber no que e quando estamos sendo avaliados; para saber onde precisamos melhorar.” (A3)
A insegurança sentida pelos estagiários é aceitável e comum frente ao
desconhecido, porém o problema se acentua quando o mesmo não sabe o que se
espera dele naquele momento e como seu desempenho será avaliado.
Para Viana (1989) a avaliação sistemática permite eliminar qualquer tipo
de insegurança que se aposse do aluno, tornandoo mais confiante no êxito de
suas atividades.
Durante muitos anos, nas escolas de ensino técnico em enfermagem os
alunos apenas obedeciam ordens, seu saber era desconsiderado, hoje eles fazem
parte do processo, opinam e tem a oportunidade de participar ativamente das
decisões que envolvem o binômio ensino aprendizagem. Os alunos perceberam
sua importância dentro do processo quando relatam
“Nos fez perceber que somos partes importantes de um processo que diz respeito a nós mesmos, ou seja, tivemos a oportunidade que nem sempre é dada, de “escolhermos” como queremos ser avaliados.” (A2)
“É muito importante os alunos poderem dar suas opiniões...” (A 4)
Diante desta realidade, a avaliação necessita tomar um novo rumo e a
participação ativa dos alunos é muito importante para que se estabeleça um
diálogo aberto, abrindose assim, um leque de possibilidades de novos
conhecimentos (FARIA, 2000).
O depoimento abaixo revela o sentimento dos alunos em participarem
ativamente do processo, porém, confirma que o mesmo não está pronto e
acabado, sugerem algumas mudanças e levantam a necessidade de um melhor
preparo dos professores supervisores de estágios para a avaliação.
“Foi bastante importante, pois participamos ativamente do processo de montagem das folhas de avaliação, porem ainda necessita de algumas mudanças como, por exemplo: melhor distribuição de notas das atividades realizadas, melhor instrução dos professores supervisores de estagio para avaliarem melhor.” (A5)
Para Luis (1998) temse a certeza que o instrumento por si só, não
garante a eficácia da avaliação professoraluno, ele deve ser utilizado como um
facilitador dos envolvidos nesse processo. Professores e alunos devem estar
preparados para o uso do instrumento a fim de que o mesmo alcance o objetivo
para o qual foi construído, evidenciado nos depoimentos dos alunos.
Antes do uso de qualquer instrumento de avaliação é fundamental a
clareza por parte dos professores do que se quer com esta ou aquela avaliação. É
imprescindível que o professor perceba por que e para que esta avaliando este ou
aquele conhecimento.
Ao discorrer sobre o estágio supervisionado, Burriolla (1999) argumenta
que o papel da supervisão neste contexto é complexo e polêmico e que o
supervisor na maioria das vezes não busca refletir com o aluno a pratica
experenciada.
Já com relação aos professores, a importância da participação na
construção do instrumento despertou sentimentos de valorização, segurança,
propiciando também a troca de experiências conforme os relatos a seguir:
“Valorização do professor frente às dificuldades de avaliar o aluno quando não se tem um parâmetro a ser observado. Integração do professor na busca do aprendizado do aluno.” (P1)
“Com a elaboração do instrumento de avaliação; consegui avaliar com mais segurança e qualidade; até mesmo o próprio aluno sabe o que é esperado ou qual é o objetivo que ele deve alcançar no estagio, pois o instrumento determina claramente suas competências/habilidades almejadas. Outro aspecto que considero importante é que o instrumento é atual e flexível; pois adaptase a realidade que encontramos nos campos de estágios.”(P2)
Assim como os alunos os professores também sentiram mais segurança
no momento da avaliação dos alunos utilizando o instrumento. Diferentes
realidades são encontradas nos campos de estágio, sem falar nas especificidades
de cada disciplina, porém, foi percebida a flexibilidade do instrumento e a
facilidade de adaptálo para os diversos locais de estágios.
A proposta metodológica do trabalho propiciou momentos de discussão e
trocas de experiências positivas para o crescimento do grupo e foi percebido
pelos professores conforme relato:
“A participação na elaboração do instrumento nos proporcionou momentos de reflexão junto aos colegas, discutimos, trocamos experiências de forma enriquecedora, tentando em conjunto pensar em pontos essências para uma avaliação, que viesse ao encontro com as necessidades do aluno, do professor e do campo de estágio.” (P5)
A avaliação do processo ensino aprendizagem só se concretiza com a
participação do professor e do aluno e no caso de estagio supervisionado é
importante que o campo de estágio seja rico em situações para as quais os
alunos estão sendo preparados, por isso a necessidade de conhecer os campos
de estágios, uma vez que estes tem influencia direta na avaliação.
A oferta de um ambiente democrático e a participação de todos com
autonomia de ação e possibilidade de discutir os problemas buscando soluções
em conjunto é um requisito mais importante do que a obediência cega a um
conjunto de regras (LUIS, 1988).
O estágio supervisionado faz parte da matriz curricular de vários cursos
da educação profissional os alunos ao ingressarem no curso técnico em
enfermagem criam uma expectativa muito grande em relação ao momento do
inicio dos estágios e demonstram preocupação na maneira como serão avaliado.
O significado de conhecer o instrumento usado na avaliação dos estágios
supervisionados antes que estes iniciem demonstrou ser essencial para os alunos
conforme os relatos:
“É importante porque assim sabemos o que o curso espera do nosso desempenho e assim conseguimos direcionar melhor nossos esforços” (A1)
As informações obtidas com a avaliação precisam ser apresentadas aos
alunos para juntos ao professor discutirem possibilidades de melhora quanto ao
desempenho no estagio. Depresbiteris (2007) reforça que a virtude formativa não
esta no instrumento, mas no uso que fazemos dele. Vejam o que dizem os alunos
a este respeito:
“Ele é importante, pois nos faz capaz de descobrirmos e identificar valores e comportamentos necessários e de extrema importância para iniciarmos nossas atividades seja ela no nosso dia a dia principalmente no ambiente de trabalho”. (A2)
“É bem importante tanto pelo fato de saber o que esta sendo avaliado e até mesmo pela postura ética e profissional, e também pelo fato de poder discutir juntamente com o professor (avaliador) o resultado da nota final”. (A5)
Os depoimentos dos alunos revelam que além do conhecimento e
habilidades técnicas, os aspectos relacionados a atitudes permeiam o processo
ensino aprendizagem e também a práxis.
Os relatos vêm ao encontro com o pensamento de alguns estudiosos da
área entre eles Castro e Carvalho (2002) que afirmam que é importante garantir
que os alunos conheçam e adquiram familiaridade com os instrumentos de
avaliação para evitar erros e melhorar a validade e fidedignidade dos resultados.
Quando instigados a falarem sobre o nível de satisfação frente ao
instrumento construído e implementado os professores fazem os seguintes
depoimentos:
”Muito bom, trabalho elaborado para proporcionar a avaliação e integração entre o aprendizado e a realidade vivenciada”. (P1)
“Excelente, o processo de avaliação passou a ser algo objetivo e concreto; que considera a individualidade do aluno; seu perfil profissional e conseqüentemente torna esse “ato” de “avaliar” mais humano. Consigo com mais segurança olhar nos olhos do meu aluno, dizer quais são seus pontos positivos, quais são suas habilidades que devem ser melhoradas sem tornar a “avaliação” em um processo de “bicho papão”: mas em um processo de transformação do ser humano”. (P2)
“Considero o instrumento bom, de fácil utilização; também permite a visualização por parte dos alunos do que esta sendo avaliado; além de possibilitar a chance de ser aperfeiçoado durante seu uso. A avaliação após utilizálo tornouse mais completa”. (P3)
Percebemos com estes depoimentos que a maneira como o instrumento
foi concebido e utilizado contribuiu para a promoção da aprendizagem, pois, os
professores concordam que a organização do instrumento permitiu a obtenção de
um número maior e mais variado de informações relativas ao desempenho do
estagiário possibilitando ao aluno diferentes formas de expressão.
De acordo com Depresbiteris (2007) o ser humano sempre procurou
aperfeiçoar instrumentos para facilitar as suas ações e o seu trabalho com
finalidade de alcançar melhores resultados.
Podese dizer que a mesma relação ocorre com os instrumentos
utilizados no processo avaliativo: apresentam a finalidade de aprimorar o trabalho
pedagógico.
Além destes aspectos outros pontos merecem estudos junto aos
professores, como por exemplo: o trabalho integrado e humanizado buscando a
transformação do ser humano
5 CONCLUSÃO
Ressaltamos que este trabalho foi importante a partir do momento que as
percepções dos envolvidos foram desveladas. Assim a presente pesquisa, além
de produzir resultados positivos frente à polêmica temática, impingiu uma nova
forma de olhar a avaliação.
A construção de um instrumento de avaliação que possibilite algumas
diretrizes para o trabalho do professor, visando oferecer ao aluno caminhos que
desenvolvessem qualidades e permitissem que dificuldades fossem melhor
trabalhadas, na expectativa de obter um dialogo produtivo entre professor e aluno,
incentivar a reflexão e a criatividade durante todo o processo avaliativo e
promover o crescimento mutuo.
Este relato da forma de elaboração de um instrumento de avaliação não
tem o objetivo de oferecer todas as respostas sobre o tema e não tem a
pretensão de tornarse um modelo pronto e acabado em que o estudante deve se
encaixar, a proposta foi de ajustálo as necessidades dos participantes os quais
relataram suas experiências na construção e utilização do instrumento de
avaliação do aluno estagiário.
O ambiente democrático criado com a participação de todos os envolvidos
no processo foi positivo na tentativa de soluções para o tema avaliação. Para os
alunos a importância de poder opinar e conhecer o instrumento de avaliação
antes de iniciar os estágios foi muito importante e se consolida como pudemos
perceber conforme respostas aos questionamentos.
O interesse deste trabalho é apresentar esta experiência no intuito de
contribuir, suscitar questionamentos e salientar que um instrumento elaborado
para avaliar o processo ensino aprendizagem muito contribui para que se
alcancem os objetivos propostos.
A preocupação em envolver os professores supervisores de estágios e os
alunos estagiários na busca de conhecimentos que auxiliassem a resolver os
dilemas da avaliação fez com que se optasse pela construção de um instrumento
de avaliação que possibilite algumas diretrizes para o trabalho do professor.
Concluiuse então que os instrumentos de avaliação precisam ser
pensados segundo os objetivos pretendidos por todos os envolvidos, em última
instância, são a formação, desenvolvimento, integração, socialização e
tranquilidades dos sujeitos; sua qualidade esta associada à qualidade educacional
que ele possibilita.
Esperamos que este estudo tenha aberto um canal que possibilite aos
professores preocupados com a formação de seus alunos e com sua prática,
novas pesquisas e compartilhem com seus pares as experiências acumuladas ao
longo de sua trajetória como educadores.
REFERÊNCIAS
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VIANNA, H.M. Introdução a avaliação educacional. São Paulo: IBRASA, 1989.
APÊNDICES
APÊNDICE 1
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA ELZIRA CORREIA DE SÁ
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO ALUNO ESTAGIÁRIO
Aluno: __________________________________________________________
Disciplina: _______________________Local: ___________Período: _______
Professor Supervisor: _____________________________________________
Comportamento Profissional 4,0 Observações
Aparência pessoal e uso de uniforme (0,2)
Pontualidade/assiduidade (0,2)
Material de bolso (0,2)
Demonstrar interesse no aprendizado (0,4)
É colaborativo no desenvolvimento do trabalho em equipe (0,2)
Demonstra respeito pelo paciente/cliente/usuário (0,4)
Mantém ordem, organização e limpeza do ambiente (0,2)
Comportase com adequação ao estágio (não fuma, não grita, não se ausenta das atividades) (0,2)
Aceita sugestões e críticas em benefício a aprendizagem (0,4)
Demonstra iniciativa e responsabilidade (0,4)
Mantém postura ética pessoal e profissional (0,4)
Estabelece uma comunicação correta com o paciente/cliente/usuário, respeita sua individualidade de forma humanizada (0,4)
Conhecimentos 2,0 Observações
É responsável pela busca constante do conhecimento (0,5)
Procura soluções e/ou sugestões sobre problemas apresentados (0,4)
Faz levantamento e interpreta dados sobre o diagnóstico do paciente (0,5)
Relata com clareza problemas ou ocorrências do cliente/paciente/usuário quanto a sinais e sintomas, desvios físicos ou emocionais (0,6)
Desempenho técnico 4,0 Observações
Higieniza as mãos corretamente (0,2)
Participa e realiza passagem de plantão, reconhece o paciente sob seus cuidados pelo nome e patologia (0,2)
Cumpre integralmente as tarefas designadas (0,2)
Verifica corretamente sinais vitais (0,2)
Realiza cuidados de higiene e conforto (0,2)
Conhece a medicação usada, indicação e efeitos colaterais (0,3)
Prepara e administra medicação (0,3)
Tem cuidados de assepsia e antisepsia (0,2)
Realiza curativos/retirada de pontos (0,2)
Coleta e encaminha materiais para exames (0,2)
Utiliza corretamente os termos técnicos (0,2)
Recepciona o usuário, realiza a triagem de enfermagem (0,2)
Realiza admissão, internamento, aprazamento e checagem de prescrição (0,2)
Administra vacinas e tem cuidados com a rede de frios (0,2)
Acompanha e conhece ações da vigilância epidemiológica (0,2)
Apresenta relatórios referente as atividades realizadas na data solicitada pelo professor (0,2)
Realiza anotações de enfermagem pertinentes aos cuidados prestados (0,2)
Incentiva e orienta o aleitamento materno (0,2)
Fornece orientações corretas de enfermagem para o paciente/cliente/usuário e familiares (0,2)
Comentários: ____________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Aluno Estagiário Professor Supervisor
APÊNDICE 2 PROFESSORES
Professor supervisor de estágios no curso Técnico em Enfermagem do Colégio Estadual Professora Elzira Correia de Sá.
Sua contribuição é muito importante para a conclusão de meu trabalho no PDE, se possível respondas as questões abaixo. Obrigada
1 Qual a importância de sua participação na elaboração que um instrumento que norteie seu momento de avaliação nos estágios supervisionados?
2 Após uso do instrumento elaborado, qual foi seu nível de satisfação?
APÊNDICE 3 ALUNOS
Caro aluno do curso Técnico em Enfermagem do Colégio Estadual Professora Elzira Correia de Sá, sua resposta a estas duas questões contribuirão para a melhoria do processo de avaliação em estágios supervisionados.
Agradeço sua participação.
1 Para você, qual foi a importância de poder opinar sobre o instrumento de avaliação usado nos estágios supervisionados?
2 Para você o que significa conhecer o instrumento de avaliação antes de iniciar os estágios?