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DIOREZANE MESACASA AVALIAÇÃO IN VITRO DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DE RESINAS COMPOSTAS Londrina 2014

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DIOREZANE MESACASA

AVALIAÇÃO IN VITRO DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DE

RESINAS COMPOSTAS

Londrina

2014

DIOREZANE MESACASA

AVALIAÇÃO IN VITRO DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DE

RESINAS COMPOSTAS

Trabalho de Conclusão de

Curso apresentado ao curso de

Odontologia da Universidade

Estadual de Londrina, como

requisito parcial à obtenção do

Título de Cirurgiã-Dentista.

Orientador: Prof. Dr. Alcides

Gonini Júnior

Londrina

2014

DIOREZANE MESACASA

AVALIAÇÃO IN VITRO DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL DE

RESINAS COMPOSTAS

Trabalho de Conclusão de

Curso apresentado ao curso de

Odontologia da Universidade

Estadual de Londrina, como

requisito parcial à obtenção do

Título de Cirurgiã-Dentista.

BANCA EXAMINADORA

Orientador: Prof. Dr. Alcides Gonini Júnior

UEL – Universidade Estadual de Londrina

Prof. Dr. Murilo Baena Lopes

UEL – Universidade Estadual de Londrina

Londrina,_____ de__________________de 2014.

MESACASA, Diorezane. Avaliação in vitro da rugosidade superficial de resinas

compostas. 2014. 29 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Odontologia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina. 2014.

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi avaliar, in vitro, a rugosidade superficial de

duas resinas compostas micro-híbridas, submetidas a diferentes métodos de

acabamento e polimento. Foram confeccionados 80 corpos de prova, de secção

circular e superfícies planas, com 2mm de altura por 7mm de diâmetro, sendo 40

com a resina composta Filtek Z250 e 40 com a resina composta Llis. Para cada

resina foram considerados 4 grupos (n=10) constituídos pelo grupo controle, cuja

superfície padrão foi obtida com tira de poliéster, o segundo grupo foi submetido ao

desgaste com pontas diamantadas, o terceiro finalizado com pontas de borracha

abrasiva, discos de lixa e polimento com feltro e pasta diamantada, e o quarto

submetido ao acabamento somente com lixas. Por meio de um rugosímetro, foram

registrados 3 valores (Ra) referentes à rugosidade, e com base nas médias obteve-

se o resultado submetido a Anova e Teste de Tukey com nível de significância de

5%. Verificou-se pelos resultados que o fator rugosidade é dependente dos

procedimentos de acabamento e polimento (p<0,05), sendo que não houve diferença

estatística significante entre as resinas testadas (p>0,05).

Palavras-chave: Acabamento e polimento. Resina composta. Rugosidade

superficial.

MESACASA, Diorezane. Avaliação in vitro da rugosidade superficial de resinas

compostas. 2014. 29 fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Odontologia) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina. 2014.

ABSTRACT

The purpose of this study was to assess, in vitro, the surface roughness of two micro-

hybrid composite resins, submitted to different methods of finishing and polishing. 80

specimens of circular cross-section and flat surfaces were made, with 2mm height by

7mm in diameter, 40 with composite resin Filtek Z250 and 40 with composite resin

Llis. For each resin were considered to 4 groups (n = 10), formed by the control

group, which surface pattern was obtained with polyester strap, the second group

was submitted to wear with diamond burs, the third was finished with rubber polishing

points, abrasive disks of sandpaper, and polishing with diamond paste and felt, and

the fourth submitted to finishing with only sandpaper. Through a surface roughness

tester, 3 values (Ra) related to roughness were recorded, and based on averages

obtained the result, subjected to ANOVA and Tukey's test with a significance level of

5%. It was observed from the results, that the roughness factor is dependent on the

finishing and polishing procedures (p <0.05), whereas no statistically significant

difference between the composites tested (p> 0.05).

Key Words: Finishing and polishing. Composite resin. Surface roughness.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 7

2 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................9

2.1 REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................9

2.2 MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................. 10

2.2.1 Confecção dos Corpos de Prova.................................................................... 12

2.2.2 Execução dos Métodos de Acabamento e Polimento.....................................12

2.2.3 Leitura da Rugosidade Superficial...................................................................13

2.3 RESULTADOS................................................................................................13

2.4 DISCUSSÃO.................................................................................................. 16

3 CONCLUSÃO..................................................................................................18

REFERÊNCIAS...............................................................................................20

ANEXOS......................................................................................................... 22

ANEXO A – Valores individuais da rugosidade superficial...................... 23

ANEXO B – Estatística da rugosidade.........................................................26

7

1 INTRODUÇÃO

Os procedimentos restauradores em odontologia têm como objetivo principal

restituir a função da estrutura ou órgão dentário perdido seja pela realização de

procedimentos diretos ou indiretos. Indiretamente, e por meio da longevidade do

tratamento proposto, é possível avaliar a qualidade do procedimento realizado,

levando-se em consideração fatores como a vitalidade pulpar, a saúde periodontal, a

oclusão, a qualidade e quantidade de estrutura dentária remanescente, além da

estética.

No caso dos procedimentos diretos em resina composta, por exemplo, além

dos fatores relatados deve-se levar em consideração a influência de fatores físicos e

mecânicos, muitas vezes dependentes de características intrínsecas dos materiais,

ou da manipulação a que o mesmo foi submetido.

Dentro das diversas características físicas das resinas compostas, a lisura

superficial das restaurações é fator clínico determinante para o sucesso, visto que

uma superfície rugosa pode resultar em alterações de cor, brilho e manchamento

superficial, favorecendo o acúmulo de placa bacteriana, inflamação gengival e

incidência de cáries secundárias (WATANABE et al., 2005; VENTURINI et al., 2006)

Tecnicamente, a lisura superficial das restaurações de resina composta pode

ser obtida por meio de vários métodos de acabamento e polimento (SETCOS et al.,

1999), sendo que o método de maior efetividade seria a utilização de tiras de

poliéster (CHUNG, 1994; KORKMAZ, 2008), seu emprego, porém, é limitado

clinicamente pela complexidade da anatomia dental e da técnica restauradora

(NAGEM et al., 2003).

Outro método aceito para obtenção de melhor lisura superficial da resina

composta seria a utilização da sequência completa de discos de óxido de alumínio

(BARBOSA et al., 2005). Os discos possuem a capacidade de produzir superfícies

com baixos valores de rugosidade devido à sua capacidade de cortar as partículas

de carga e a matriz de forma igualitária (VENTURINI, 2006). No entanto, o uso de

pontas diamantadas de granulação fina e extrafina pode ser indicado para resinas

de micropartículas e nanopartículas, pois, além de manter a anatomia dental, não

8

planificam as superfícies, permitindo desse modo a manutenção da cor (VIEIRA,

2005).

Além dos métodos utilizados para obtenção de lisura superficial, a associação

do polimento visa reduzir a rugosidade das ranhuras deixadas pelos instrumentos

prévios utilizados no acabamento, resultando em uma superfície lisa e brilhante

(COSTA, 2007). O acabamento, tecnicamente, dá-se quando são obtidas superfícies

com lisura maior que 25µm e o polimento, quando se obtêm superfícies com

rugosidade menor do que 25µm (YESIL, 2008).

9

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 REVISÃO DE LITERATURA

A rugosidade de superfície do compósito pode ser determinada tanto pelas

características da resina composta (quantidade, tipo e tamanho das partículas de

carga) quanto pelo tipo de matriz resinosa (STODDARD; JOHNSON, 1991).

Adequados acabamento e polimento da restauração são procedimentos clínicos

críticos e de grande importância para a estética e longevidade da restauração

(ERGÜCÜ; TÜRKÜN, 2007).

Há inúmeros métodos que podem ser utilizados para o acabamento e

polimento de restaurações de resina composta (SETCOS et al., 1999). Porém,

poucos, ou possivelmente nenhum método possui tanta eficácia quanto as tiras de

poliéster (HONDRUM; FERNADEZ, 1997; YAP et al., 1997; YAP; MOK, 2002).

Embora os resultados positivos, o uso das tiras de poliéster é limitado pela

complexidade anatômica do dente. Por isso, outros procedimentos restauradores e

instrumentos para acabamento/polimento como pontas diamantadas ou pontas

carbide são necessários para contornar a anatomia presente de superfícies

côncavas como a lingual dos dentes anteriores e a oclusal dos dentes posteriores

(ÖZGÜNALTAY, 2003).

Muitos pesquisadores concordam que os discos flexíveis de óxido de alumínio

são os melhores instrumentos para prover a menor média de rugosidade superficial

de compósitos (BERASTEGUI, 1992; TOLEDANO, 1994; TATE; POWERS, 1996;

SETCOS, 1999; TURSI, 2000; NAGEN, 2003). Um estudo predecessor mostrou que

a capacidade dos discos de óxido de alumínio para produzir lisura superficial está

relacionada ao seu potencial de desgastar as partículas de carga e matriz de modo

uniforme (VAN DIJKEN; RUYTER, 1987). Porém, sua eficácia depende da forma

anatômica e acessibilidade da restauração. Portanto, vários formatos de

instrumentos abrasivos são necessários na prática clínica para alcançar bons

resultados, os quais, apesar de não serem iguais aos produzidos pelos discos

abrasivos, devem ser clinicamente aceitáveis (SETCOS, 1999).

10

Em estudo RIBEIRO et al. (2001), foram avaliados três materiais para as

técnicas de polimento, sendo dois sistemas de discos (Sof-LexTM e Super-Snap) e

pontas siliconizadas (Enhance) e concluiu-se que as técnicas de polimento

apresentaram diferenças estatisticamente significantes, sendo que os sistemas de

acabamento e polimento que utilizam discos não foram diferentes significantemente

entre si. Entretanto, as pontas siliconizadas apresentaram maior rugosidade em

relação aos sistemas de discos, sendo essa diferença inferior estatisticamente.

ALVES et al. (2013), utilizaram 5 resinas (Filtek Z350, Master Fill, Vênus,

Charisma e Durafill VS) para avaliar 5 métodos de polimento, que foram os

seguintes, ponta de borracha abrasiva, disco de lixa em três granulações, disco de

feltro com pasta diamantada, escova de carbeto de silício, ponta de silicone abrasiva

e concluiu-se que para todas as resinas testadas o melhor método de polimento foi o

disco de feltro com pasta diamantada.

BARBOSA et al. (2005) avaliaram a rugosidade superficial (Ra, μm) de 2

resinas compostas microparticuladas (Durafill; Perfection), 1 híbrida (Filtek Z250) e 2

compactáveis (Surefil; Fill Magic), antes e após a realização de 8 técnicas de

acabamento e polimento. Para todas as resinas, a maior rugosidade foi produzida

com o emprego das pontas diamantadas (Ra: 0.69-1.44 μm). O menor valor de

rugosidade foi obtido com o sistema Sof-Lex (Ra: 0.11- 0.25 μm). A Durafill

apresentou melhor lisura que a Perfection e a Z250, que apresentaram melhor lisura

que as resinas compactáveis. A sequência completa de discos Sof-Lex produziu a

melhor lisura para todas as resinas. Em áreas sem acesso aos discos, as pontas de

borracha e pastas de polimento produziram lisura de superfície satisfatória para as

resinas híbridas, enquanto as brocas carbide produziram polimento adequado para

as resinas compactáveis.

2.2 MATERIAIS E MÉTODOS

O objetivo do presente estudo foi avaliar a rugosidade superficial de duas

resinas compostas micro-híbridas, Llis e Z250, (Quadro 1) submetidas a diferentes

métodos de acabamento e polimento (Quadro 2).

11

Quadro 1 – Características das resinas compostas

Resina Composta/

Fabricante

Composição/ Tamanho

das Partículas

Peso/ Volume

(carga inorgânica)

Llis

DENTSCARE

LTDA.,

Brasil

Vidro de bário- alumino

silicato, pigmentos e

sílica nanomérica/

Partículas de 40nm a

3,0µm; tamanho médio

de 0,8µm

77,5% a 78,5%

56% a 59%

Filtek Z250 XT

3M do Brasil Ltda.

Partículas de 20nm de

sílica e 0,1 a 10µm de

zircônia/sílica

81,8%

67,8%

Quadro 2 - Características dos materiais de acabamento e polimento

Sistema de acabamento/ Fabricante

Composição Tamanho médio das

partículas

Sof-Lexᴹᴿ Pop-On

3M do Brasil Ltda.

Dorso de uretano e

óxido de alumínio

Preto: 17,01µm Azul escuro: 7,01µm Azul médio: 5,72µm Azul claro: 1,68µm

Diamond Pro

FGM

Poliéster (PET), adesivo,

abrasivo e borracha de

silicone

Azul escuro: 20µm Azul médio: 10µm

Azul claro: 5µm Branco: 0,3µm

Discos de feltro Diamond+ Diamond

Excel

FGM

Feltro especial (lã) + Micro-

diamantes,

lubrificantes,

espessante e

emulsionante

2 - 4µm (extrafino)

Silicones abrasivos 8090

KG Sorensen

Silicones abrasivos Fino 60µm

Extrafino 30µm

Kit polimento de Resina

Microdont

Silicones 3 granulações Grosso: 150µm Médio: 75-125µm

Fino: 45µm

Ponta FF 3195

KG Sorensen

Ácido inoxidável e grânulos

de diamante

20 µm (extrafino)

12

2.2.1 Confecção dos Corpos de Prova

Foram confeccionados, com auxílio de uma matriz metálica, 80 corpos

de prova, de secção circular e superfícies planas, com 2mm de altura por

7mm de diâmetro, sendo 40 corpos de prova de resina composta Llis e outros

40 corpos de prova de resina composta Z250. Após inserção na matriz

metálica e posicionamento da tira de poliéster para os grupos controle (G1 e

G2) a resina foi fotoativada por 20 segundos com fotopolimerizador GNATUS

Optilight Plus (Gnatus Ind., Ribeirão Preto, SP, Brasil) com potência medida

em radiômetro de 500 mW/cm².

2.2.2 Execução dos Métodos de Acabamento e Polimento

Para que fossem realizados os procedimentos de acabamento e

polimento, os 80 corpos de prova foram divididos em 8 grupos de estudo

(n=10).

O Grupo 1 – corresponde ao grupo controle confeccionado com a

resina composta Llis e com utilização da tira de poliéster; Grupo 2 – grupo

controle confeccionado com a resina composta Z250 e com utilização da tira

de poliéster; Grupo 3 – resina composta Llis com utilização de ponta

diamantada de acabamento ultrafino FF/KG; Grupo 4 – resina composta Z250

com utilização de ponta diamantada de acabamento ultrafino FF/KG; Grupo 5

– resina composta Llis com utilização de silicones abrasivos KG (duas

granulações), dos discos Diamond Pro em suas 4 granulações e disco de

feltro Diamond com pasta diamantada; Grupo 6 – resina composta Z250 com

utilização de silicones abrasivos KG (duas granulações), dos discos Diamond

Pro em suas 4 granulações e disco de feltro Diamond com pasta diamantada;

Grupo 7 – resina composta Llis com aplicação do kit de polimento de resina

Microdont em suas 3 granulações e discos Sof-Lex em suas 4 granulações;

Grupo 8 – resina composta Z250 com aplicação do kit de polimento de resina

Microdont em suas 3 granulações e discos Sof-Lex em suas 4 granulações.

13

2.2.3 Leitura da rugosidade superficial

A rugosidade superficial é o conjunto das irregularidades

microgeométricas que resultam em uma superfície decorrente da interação

com processos de desgaste e que são formadas por numerosos sulcos e

ranhuras mais ou menos variáveis em forma, direção e profundidade

(NOVASKI, 1994).

O valor de Ra (rugosidade aritmética) é o mais comumente usado na

odontologia. A rugosidade aritmética é expressa em micrômetros (µm) e é

obtida pela média aritmética entre os picos e vales encontrados dentro de

uma linha central ao longo da área avaliada (TEIXEIRA et. al 2005).

O rugosímetro utilizado foi o Mitutoyo (SJ-400 Mitutoyo Corporation,

Tokyo, Japan) com cut-off de 0,25mm e comprimento de avaliação de

1,25mm. Como os corpos de prova são circulares, preconizou-se mudança de

posição de 120° a cada leitura, realizando-se desse modo um curso de

medição de 3 posições diferentes para cada corpo de prova de resina

composta, para que a seguir fosse obtida a média das leituras.

Foram obtidas para cada grupo 30 leituras, totalizando assim 240

leituras para realização da pesquisa. Os resultados obtidos foram

estatisticamente analisados com Análise de Variância (ANOVA) e com o teste

de Tukey com nível de significância de 5%.

2.3 RESULTADOS

Pode-se observar a distribuição dos dados de rugosidade entre os grupos

através do gráfico em coluna, conforme exposto na Figura – 1.

14

Figura 1 – Distribuição dos dados de rugosidade conforme execução dos métodos de acabamento e

polimento.

Nota-se que G3 e G4 apresentaram os maiores valores de rugosidade, estes

foram produzidos após utilização de ponta diamantada de acabamento ultrafino

FF/KG.

Na tabela 1, observam-se os mesmos dados expostos no gráfico da Figura –

1, contudo cada grupo apresenta seu respectivo desvio padrão.

Na tabela 2, observam-se os valores médios de rugosidade e sua

comparação estatística, ressaltando-se ter havido diferença estatística significante

entre G1, G2, G5, G6, G7, G8 em relação a G3 e G4 no que se refere ao protocolo

de acabamento e polimento, entretanto no que se refere ao tipo de resina composta,

percebe-se que entre os dois compósitos micro-híbridos analisados (Llis e Z250) não

houve diferença estatística significante quando se empregou o mesmo método de

acabamento e polimento.

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

G1 e G2 G3 e G4 G5 e G6 G7 e G8

Resina Llis

Resina Z250

RU

GO

SID

AD

E

GRUPOS

15

Tabela 1 – Valores médios de rugosidade (Ra) e desvio padrão por grupo

Grupo Ra (desvio padrão)

1 0,131 (0,080)

2 0,113 (0,150)

3 0,795 (0,142)

4 0,741 (0,107)

5 0,130 (0,066)

6 0,107 (0,011)

7 0,133 (0,008)

8 0,131 (0,008)

Tabela 2 – Valores médios de rugosidade (Ra) e comparação estatística

Letras distintas identificam diferenças estatísticas significantes (p<0,05)

Grupo Ra

1 0,131 a

2 0,113 a

3 0,795 b

4 0,741 b

5 0,130 a

6 0,107 a

7 0,133 a

8 0,131 a

16

2.4 DISCUSSÃO

No presente estudo, avaliou-se a rugosidade superficial da resina Llis e da

resina Z250, submetendo-as a diferentes métodos de acabamento e polimento.

Sabe-se que os procedimentos de acabamento e polimento requerem o uso

sequencial de instrumentos, geralmente com diminuição gradual das partículas

abrasivas, com o objetivo de promover uma superfície lisa e brilhante (JONES,

2004).

STODDARD e JOHNSON (1991) sugeriram que a rugosidade de superfície

pode ser determinada tanto pelas características do instrumento de polimento

quanto pelas características da resina composta, bem como pelo tipo de matriz

resinosa. Com base nos resultados apresentados pelo presente estudo, pode-se

verificar que apesar das diferenças entre o tipo, o tamanho e a quantidade das

partículas de carga dos materiais testados, não houve diferenças significantes ao

comparar as duas resinas compostas nas diversas situações testadas,

diferentemente dos resultados encontrados por SCHEIBE et al. (2009) que

constaram diferenças entre os tipos de resinas avaliadas.

Da mesma forma, ficou evidenciado que o resultado de rugosidade obtido a

partir do desgaste com brocas, foi equivalente em todos os demais grupos,

estabelecendo que muitas vezes uma sequência mais simples de procedimentos

pode trazer resultados satisfatórios. Isto é corroborado por LIMA (2012) que

comprovou que os discos Sof Lex (3M) promovem os melhores resultados.

Isto pode ser observado na comparação entre G5 e G6 com G7 e G8, pois

nestes últimos, os procedimentos mais simples proporcionaram os mesmos

resultados de rugosidade superficial. Isto se deve provavelmente ao tipo de abrasivo

utilizado na impregnação dos discos, pois discos com óxido de alumínio tem

mostrado uma superfície mais lisa por não deslocar as cargas compostas (CHUNG,

1994; BARBOSA et al., 2005). A mesma condição foi comprovada por GÖNÜLOL e

YILMAZ (2012) ao avaliar a rugosidade superficial de 5 resinas compostas (Grandio,

Filtek Z250, Filtek Supreme Dentina e Translúcida e Aelite) após executar 7 métodos

de polimento, concluindo que não houve diferença significativa nos valores de

17

rugosidade entre a tira de poliéster e os discos Sof-Lex, semelhante ao presente

trabalho.

Como destaque pode-se observar que as superfícies mais rugosas foram

obtidas após a utilização das pontas diamantadas (G3 e G4), diferindo

significativamente dos demais grupos. Provavelmente o resultado deve-se ao fato de

que as pontas diamantadas são altamente resistentes ao desgaste, dificultando

desse modo o nivelamento da superfície para o polimento final (JEFFERIES et al.,

2007). Por isso, clinicamente essas pontas devem ser utilizadas apenas em casos

onde é requerida remoção extensa de resina (JUNG et al., 2007).

NAGEM et al. (2003) utilizaram dois sistemas para polimento (pontas

diamantadas F/FF e discos Sof-Lex), e sete marcas comerciais de resinas

compostas (Z250, Solitaire, Alert, Suprafill, Fill Magic, Surefil, Definite) para

avaliação e comparação. Os resultados mostraram não haver diferença

estatisticamente significante nos valores médios de rugosidade de superfície (Ra,

µm) entre o grupo 1 (tira de poliéster) e o grupo 2 submetido ao acabamento com as

pontas diamantadas e o grupo 3 com pontas diamantadas e polidos com discos de

óxido de alumínio (p>0.05). A análise estatística revelou diferenças de níveis de

rugosidade entre as superfícies resinosas quando receberam somente o

acabamento com as pontas diamantadas. As tiras de poliéster, como era esperado,

produziram as superfícies mais lisas em todas as resinas, embora os resultados não

tenham estatisticamente diferenças daqueles encontrados nas superfícies polidas

com os discos de óxido de alumínio. Estes resultados condizem com os dados

observados no presente estudo, no que tange à utilização somente das pontas

diamantadas e também ao fato de não ter havido diferença estatística significativa

entre os grupos controle (G1 e G2) e os grupos em que se utilizaram os discos Sof-

Lex (G7 e G8).

Para reafirmar as similaridades entre os resultados dos grupos que tiveram a

indicação de um número menor de passos na obtenção da superfície final (G8) em

relação aos grupos com maior número de passos (G7), ALVES (2012) concluiu que

os discos Sof-Lex são adequados para esta finalidade, visto que a sua maleabilidade

promove uma abrasão homogênea das cargas e da matriz.

18

3 CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos pôde-se concluir que a maior rugosidade foi

produzida com emprego da ponta diamantada de acabamento ultrafino, e que os

demais sistemas de acabamento e polimento utilizados são equivalentes entre si,

independentemente da constituição das resinas compostas analisadas.

19

REFERÊNCIAS

ALVES, C. B. Avaliação in vitro da rugosidade superficial de resinas compostas, comparando diferentes sistemas de acabamento e polimento e após a profilaxia com jato de bicarbonato. 2012. 76 fls. Dissertação (Mestrado em Odontologia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

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20

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22

ANEXOS

23

ANEXO A – VALORES INDIVIDUAIS DA RUGOSIDADE SUPERFICIAL

Legenda:

R0 – Rugosidade inicial – com tira de poliéster;

R1 – Rugosidade após utilização de ponta de acabamento 3195 FF/KG;

R2– Rugosidade após utilização de kit silicones abrasivos/KG e dos discos Diamond

Pro + discos de feltro Diamond + pasta diamantada para polimento Diamond Excel;

R3 – Rugosidade após uso de kit de silicones Microdont e de discos Sof-Lex Pop-

On/3M – Kit série azul;

C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7, C8, C9, C10 – Corpo-de-prova + número referente;

L1, L2, L3 – primeira, segunda e terceira leituras, respectivamente, movimentando o

corpo de prova 120° a cada leitura.

24

Llis Z250

Llis Z250

R1 L1 L2 L3 MÉDIA

R1 L1 L2 L3 MÉDIA

C1 0,38 0,82 0,61 0,603

C1 1,23 1,1 1,24 1,19

C2 0,75 0,77 0,79 0,77

C2 1,43 1,04 0,97 1,146

C3 0,39 0,94 0,62 0,65

C3 1,07 0,38 1 0,816

C4 0,81 0,72 0,61 0,713

C4 1,1 0,91 0,94 0,983

C5 0,44 0,78 0,89 0,703

C5 0,38 1,04 0,7 0,706

C6 0,33 1,16 1,19 0,893

C6 0,61 1,33 1,46 1,133

C7 1,94 0,6 0,57 1,036

C7 0,38 1,09 0,87 0,78

C8 1,07 0,86 0,95 0,96

C8 0,77 0,69 0,34 0,6

C9 0,69 0,67 0,85 0,736

C9 1,04 0,97 1,08 1,03

C10 0,94 1,08 0,64 0,886

C10 1,1 0,69 1,07 0,953

R2 L1 L2 L3 MÉDIA

R2 L1 L2 L3 MÉDIA

C1 0,12 0,13 0,15 0,133

C1 0,11 0,11 0,11 0,11

C2 0,15 0,13 0,12 0,133

C2 0,13 0,13 0,12 0,126

C3 0,13 0,13 0,12 0,126

C3 0,11 0,11 0,09 0,103

C4 0,11 0,15 0,10 0,12

C4 0,10 0,08 0,09 0,09

C5 0,15 0,10 0,13 0,126

C5 0,13 0,09 0,11 0,11

C6 0,11 0,12 0,15 0,126

C6 0,09 0,10 0,09 0,093

C7 0,15 0,13 0,12 0,133

C7 0,14 0,11 0,09 0,113

C8 0,12 0,15 0,11 0,126

C8 0,10 0,12 0,11 0,11

C9 0,14 0,15 0,12 0,136

C9 0,13 0,10 0,12 0,116

C10 0,15 0,13 0,15 0,143

C10 0,11 0,10 0,08 0,096

R0 L1 L2 L3 MÉDIA

R0 L1 L2 L3 MÉDIA

C1 0,14 0,12 0,13 0,13

C1 0,11 0,1 0,11 0,106

C2 0,15 0,15 0,16 0,153

C2 0,13 0,12 0,11 0,12

C3 0,21 0,11 0,14 0,153

C3 0,1 0,09 0,12 0,103

C4 0,11 0,19 0,15 0,15

C4 0,08 0,1 0,09 0,09

C5 0,12 0,19 0,14 0,15

C5 0,09 0,1 0,12 0,103

C6 0,12 0,14 0,14 0,133

C6 0,09 0,13 0,09 0,103

C7 0,13 0,12 0,17 0,14 C7 0,11 0,1 0,12 0,11

C8 0,16 0,15 0,15 0,153

C8 0,11 0,16 0,14 0,136

C9 0,12 0,14 0,13 0,13

C9 0,1 0,14 0,14 0,126

C10 0,11 0,15 0,17 0,143

C10 0,13 0,13 0,14 0,133

25

Llis Z250

R3 L1 L2 L3 MÉDIA

R3 L1 L2 L3 MÉDIA

C1 0,14 0,13 0,15 0,14

C1 0,13 0,13 0,12 0,126

C2 0,11 0,11 0,12 0,113

C2 0,14 0,14 0,13 0,136

C3 0,15 0,13 0,14 0,14

C3 0,15 0,13 0,15 0,143

C4 0,15 0,15 0,13 0,143

C4 0,12 0,11 0,14 0,123

C5 0,13 0,12 0,15 0,133

C5 0,11 0,14 0,12 0,123

C6 0,13 0,14 0,13 0,133

C6 0,13 0,15 0,13 0,136

C7 0,15 0,13 0,13 0,136

C7 0,14 0,12 0,13 0,13

C8 0,13 0,13 0,13 0,13

C8 0,13 0,11 0,15 0,13

C9 0,14 0,15 0,11 0,133

C9 0,15 0,14 0,14 0,143

C10 0,11 0,14 0,14 0,13

C10 0,12 0,12 0,13 0,123

26

ANEXO B – ESTATÍSTICA DA RUGOSIDADE

Descriptives

ACAB

N Mean Std. Deviation Std. Error

95% Confidence Interval for

Mean

Minimum Maximum Lower Bound Upper Bound

G1 10 ,13090 ,008439 ,002669 ,12486 ,13694 ,113 ,143

G2 10 ,11300 ,015033 ,004754 ,10225 ,12375 ,090 ,136

G3 10 ,79500 ,141568 ,044768 ,69373 ,89627 ,603 1,036

G4 10 ,74100 ,107472 ,033986 ,66412 ,81788 ,556 ,850

G5 10 ,13020 ,006630 ,002097 ,12546 ,13494 ,120 ,143

G6 10 ,10670 ,011186 ,003537 ,09870 ,11470 ,090 ,126

G7 10 ,13310 ,008333 ,002635 ,12714 ,13906 ,113 ,143

G8 10 ,13130 ,007861 ,002486 ,12568 ,13692 ,123 ,143

Total 80 ,28515 ,287457 ,032139 ,22118 ,34912 ,090 1,036

ANOVA

ACAB

Sum of

Squares df Mean Square F Sig.

Between Groups 6,238 7 ,891 221,482 ,000

Within Groups ,290 72 ,004

Total 6,528 79

Post Hoc Tests Tukey HSD

(I) GRUPO (J) GRUPO

Mean

Difference

(I-J) Std. Error Sig. 95% Confidence Interval

27

Lower Bound Upper Bound

G1 G2 ,017900 ,028368 ,998 -,07066 ,10646

G3 -,664100(*) ,028368 ,000 -,75266 -,57554

G4 -,610100(*) ,028368 ,000 -,69866 -,52154

G5 ,000700 ,028368 1,000 -,08786 ,08926

G6 ,024200 ,028368 ,989 -,06436 ,11276

G7 -,002200 ,028368 1,000 -,09076 ,08636

G8 -,000400 ,028368 1,000 -,08896 ,08816

G2 G1 -,017900 ,028368 ,998 -,10646 ,07066

G3 -,682000(*) ,028368 ,000 -,77056 -,59344

G4 -,628000(*) ,028368 ,000 -,71656 -,53944

G5 -,017200 ,028368 ,999 -,10576 ,07136

G6 ,006300 ,028368 1,000 -,08226 ,09486

G7 -,020100 ,028368 ,996 -,10866 ,06846

G8 -,018300 ,028368 ,998 -,10686 ,07026

G3 G1 ,664100(*) ,028368 ,000 ,57554 ,75266

G2 ,682000(*) ,028368 ,000 ,59344 ,77056

G4 ,054000 ,028368 ,553 -,03456 ,14256

G5 ,664800(*) ,028368 ,000 ,57624 ,75336

G6 ,688300(*) ,028368 ,000 ,59974 ,77686

G7 ,661900(*) ,028368 ,000 ,57334 ,75046

G8 ,663700(*) ,028368 ,000 ,57514 ,75226

G4 G1 ,610100(*) ,028368 ,000 ,52154 ,69866

G2 ,628000(*) ,028368 ,000 ,53944 ,71656

G3 -,054000 ,028368 ,553 -,14256 ,03456

G5 ,610800(*) ,028368 ,000 ,52224 ,69936

G6 ,634300(*) ,028368 ,000 ,54574 ,72286

G7 ,607900(*) ,028368 ,000 ,51934 ,69646

G8 ,609700(*) ,028368 ,000 ,52114 ,69826

G5 G1 -,000700 ,028368 1,000 -,08926 ,08786

G2 ,017200 ,028368 ,999 -,07136 ,10576

28

G3 -,664800(*) ,028368 ,000 -,75336 -,57624

G4 -,610800(*) ,028368 ,000 -,69936 -,52224

G6 ,023500 ,028368 ,991 -,06506 ,11206

G7 -,002900 ,028368 1,000 -,09146 ,08566

G8 -,001100 ,028368 1,000 -,08966 ,08746

G6 G1 -,024200 ,028368 ,989 -,11276 ,06436

G2 -,006300 ,028368 1,000 -,09486 ,08226

G3 -,688300(*) ,028368 ,000 -,77686 -,59974

G4 -,634300(*) ,028368 ,000 -,72286 -,54574

G5 -,023500 ,028368 ,991 -,11206 ,06506

G7 -,026400 ,028368 ,982 -,11496 ,06216

G8 -,024600 ,028368 ,988 -,11316 ,06396

G7 G1 ,002200 ,028368 1,000 -,08636 ,09076

G2 ,020100 ,028368 ,996 -,06846 ,10866

G3 -,661900(*) ,028368 ,000 -,75046 -,57334

G4 -,607900(*) ,028368 ,000 -,69646 -,51934

G5 ,002900 ,028368 1,000 -,08566 ,09146

G6 ,026400 ,028368 ,982 -,06216 ,11496

G8 ,001800 ,028368 1,000 -,08676 ,09036

G8 G1 ,000400 ,028368 1,000 -,08816 ,08896

G2 ,018300 ,028368 ,998 -,07026 ,10686

G3 -,663700(*) ,028368 ,000 -,75226 -,57514

G4 -,609700(*) ,028368 ,000 -,69826 -,52114

G5 ,001100 ,028368 1,000 -,08746 ,08966

G6 ,024600 ,028368 ,988 -,06396 ,11316

G7 -,001800 ,028368 1,000 -,09036 ,08676

* The mean difference is significant at the .05 level.

Homogeneous Subsets

ACAB

Tukey HSD

29

GRUPO N

Subset for alpha = .05

1 2

G6 10 ,10670

G2 10 ,11300

G5 10 ,13020

G1 10 ,13090

G8 10 ,13130

G7 10 ,13310

G4 10 ,74100

G3 10 ,79500

Sig. ,982 ,553

Means for groups in homogeneous subsets are displayed. a Uses Harmonic Mean Sample Size = 10,000.