Avaliacao Laboratorial e Composicao Corporal e Esteroides Androgenicos

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0 UNIVERSIDADE DO SUL DA SANTA CATARINA CIRO TEIXEIRA CAMPOS ESTUDO SOBRE A AVALIACAO LABORATORIAL E COMPOSICAO CORPORAL EM USUÁRIOS DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES ANDROGENICOS Palhoça 2010

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UNIVERSIDADE DO SUL DA SANTA CATARINA

CIRO TEIXEIRA CAMPOS

ESTUDO SOBRE A AVALIACAO LABORATORIAL E COMPOSICAO CORPORAL

EM USUÁRIOS DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES ANDROGENICOS

Palhoça

2010

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CIRO TEIXEIRA CAMPOS

ESTUDO SOBRE A AVALIACAO LABORATORIAL E COMPOSICAO CORPORAL

EM USUÁRIOS DE ESTEROIDES ANABOLIZANTES ANDROGENICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de

Graduação em Medicina, da Universidade do Sul de Santa

Catarina, como requisito parcial ao grau de Bacharel em

Medicina.

Orientador: Prof. Carlos Frederico Tourinho, Dr.

Co-orientador: Prof. Glaycon Michels, Dr.

Palhoça

2010

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, não só agradeço, mas dedico também este trabalho a minha família: ao meu pai,

a quem devo todo respeito, e a quem me espelho, tanto profissionalmente quanto em caráter ;A minha

mãe, quem me criou e que esta sempre me impulsionando para que eu possa almejar conquistas

maiores; e as minhas irmãs e sobrinha, que estão sempre presente em minha vida, mesmo estando tão

longe.

Agradeço também aos integrantes do Núcleo Orientador de Trabalho de Conclusão de Curso,

em especial a professora Nazaré Otilia Nazário por ter dedicado boa parte de seu precioso tempo para

não só me orientar, mas dar os devidos puxões de orelha que me fizeram crescer e me dedicar com a

devida responsabilidade, para que, então, eu estivesse apto para concluir este trabalho. Agradeço ao

meu professor orientador Carlos Frederico Tourinho, uma vez que assumiu a responsabilidade de me

orientar mesmo quando o tempo para a entrega do projeto já estava se esgotando. Ao professor co-

orientador Glaycon Michels por ter cedido os dados e me orientado na elaboração projeto. Ao amigo

Lucas Caseri Câmara, por auxiliar no projeto, nas referências, e se dispor a ajudar com o que fosse

necessário.

E, por fim, a Fernanda Augustini Rigon e a minha amiga Juliana de Souza Clemente que não só

contribuíram na produção, mas que estiveram presente nos momentos mais difíceis, e de descrença,

me dando forças como se fossem minha família, para que eu me reerguesse e pudesse seguir adiante.

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RESUMO

Objetivo: O presente estudo tem o objetivo de verificar se existe alteração nos marcadores

hepáticos, no peso e no percentual de gordura após o uso de esteróide androgênico anabolizante(EAA)

e relacionar se a idade, a via de administração do esteróide, o colesterol total e a lipoproteína de alta

densidade (HDL) inicial, possuem alguma influencia nesses resultados.

Método: Estudo do tipo observacional longitudinal de coorte retrospectivo, realizado em uma clínica

de medicina do esporte de Florianópolis, composta por prontuários de pacientes homens, com idade

compreendida entre 20 e 50 anos que utilizaram EAA por 8 semanas sob supervisão do médico

responsável pela clínica.

Resultados:Em relação as enzimas hepáticas foi observado que houve alteração significativa apenas

no marcador aspartato aminotransferase (AST) (p <0.001), com uma variação média de 31,02 U/L

(DP±9,66) a 42,34 U/L(DP±17,52), enquanto que para os marcadores alanino aminotransferase (ALT)

e gama glutamil transferase (GGT) não houve uma variação significativa (p=ns). Já em relação ao

peso e percentual de gordura, foi observada uma diminuição significativa apenas nesta última variável

(p<0,001). Foi possível também constatar que estas alterações não sofreram influencia da via de

administração do EAA, da idade ou das taxas de colesterol total e HDL inicial.

Conclusão: O uso de esteróides anabolizantes, independente de sua via de administração, da idade do

usuário, e de seu estado metabólico em relação ao colesterol inicial, pode realmente diminuir o

percentil de gordura do usuário, porém pode causar lesão hepática, pois houve evidencia de alteração

na AST.

Descritores: Esteróides Anabólicos Androgênicos, Efeitos Adversos, Lesão hepatica

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ABSTRACT

Objective: This study aims to determine whether there is change in liver markers, in weight and body

fat percentage after the use of anabolic androgenic steroid and relate to age, route of administration of

steroid, the initial total cholesterol and HDL, have some influence on these results.

Methods: Longitudinal study of observational retrospective cohort study, conducted in a sports

medicine clinic in Florianopolis , comprising records of male patients, aged between 20 and 50 years

who have used AAS for 8 weeks under the supervision of the physician responsible for clinical.

Results: Regarding liver enzymes was observed that significant change was just under the marker

aspartate aminotransferase (AST) (p <0.001), with an average growth of 31.02 U / L (SD± 9.66) to

42.34 U / L (SD±17.52), whereas for the markers alanine aminotransferase (ALT) and gamma

glutamyl transferase (gamma GT) there was a significant change (p=ns). In relation to weight and

body fat percentage, a significant decrease was observed only in the latter variable (p <0.001). Could

also be noted that these changes were not influenced by route of administration of AAS, age or total

cholesterol and HDL original.

Conclusions: The use of anabolic steroids, regardless of route of administration, the user‟s age, and

their metabolic state in relation to initial cholesterol, may actually reduce the fat percentile user, but

can cause liver damage, because it showed changes in AST.

Keywords: Anabolic Androgen Steroids, Side effects, Liver injury

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela 1: Características físicas e laboratoriais.................................................... 12

Tabela 2 - Tabela 2 – Média da variação da AST em função da idade, via de administração do

EAA, colesterol total e

HDL..........................................................................................................................................20

Tabela 3: Média da variação do % gordura em função da idade, via de administração do EAA,

colesterol total e

HDL..........................................................................................................................................20

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7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................8

2 OBJETIVOS.........................................................................................................................10

2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................................10

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................................10

3 MÉTODOS...........................................................................................................................11

4 RESULTADOS.....................................................................................................................13

5 DISCUSSÃO.........................................................................................................................14

6 CONCLUSÃO......................................................................................................................16

REFERÊNCIAS......................................................................................................................17

ANEXO A................................................................................................................................20

ANEXO B................................................................................................................................21

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1 INTRODUÇÃO

Os hormônios sexuais, substâncias oriundas do colesterol, são responsáveis pela diferenciação dos

caracteres sexuais secundários ao gênero. No homem, esta função é realizada com destaque pela

testosterona e seus metabólitos1,2

. Outro efeito deste hormônio sexual é o desenvolvimento e a

manutenção da musculatura esquelética. Nos músculos, a testosterona tem propriedades anabólicas,

aumentando o conteúdo, de substância contrátil dentro dos sarcômeros através da síntese protéica

(Hipertrofia)2,3

.

Fármacos a base de testosterona e seus derivados são classificados por suas propriedades anti-

catabólicas e masculinizantes como “Esteróides Anabólicos Androgênicos” (EAA)1,2

.

Os primeiros relatos do uso da testosterona como recurso ergogênico, para possível aumento

de rendimento esportivo, marca a data de 1954, quando o médico norte-americano Dr. John Ziegler

viajou para Viena com a equipe norte-americana para o mundial de levantamento de peso, onde foi

informado que os atletas da equipe da União Soviética estavam usando testosterona para melhorar o

seu desempenho4,5

. Em seu retorno, Dr. Ziegler começou a administrar testosterona aos atletas

levantadores de peso em seu ginásio na Pensilvânia, e em 1958, se uniu ao laboratório farmacêutico

Ciba e produziram o methandrostenolone (Dianabol) conhecido como primeiro EAA utilizado pelos

atletas norte-americanos. Após este período os EAA passaram a ser utilizados indiscriminadamente

para uma grande variedade de esportes de competição4.

No Brasil, a maior preocupação foge progressivamente do âmbito de competições esportivas e

se direciona àqueles que visam ao desenvolvimento estético da musculatura.1.

Apesar de ainda existirem poucos estudos acerca da prevalência do uso de EAA no Brasil, a

literatura documenta um número crescente de indivíduos que se tornam usuários de tais substâncias 6-9

,

não apenas em nosso meio, mas em todo o mundo10.

A grande atração para o consumo destas drogas,

uma vez que a aparência física é de grande importância na sociedade atual, está associada aos efeitos

rápidos no aumento da massa muscular, além da facilidade de obtenção dessas substâncias a baixos

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preços no mercado clandestino,8,11,12

. Esse fato tem sido amplamente reportado pelos meios de

comunicação de massa no Brasil13

.

O uso inadequado e em doses elevadas (uso abusivo), seja por razão estética ou como

„‟dopping‟‟, pode trazer conseqüências muito graves, sendo capaz inclusive de levar um indivíduo a

óbito14

. Os efeitos colaterais do abuso de EAA incluem: tremores, acne grave, retenção de líquidos,

dores nas articulações, aumento da pressão sangüínea, alteração do metabolismo do colesterol

(diminuindo o HDL e aumentando o LDL), lesão hepática, icterícia, tumores no fígado, policitemia,

exacerbação da apnéia do sono, estrias e maior tendência às lesões do aparelho locomotor, porque as

articulações não estão aptas para o rápido aumento de força muscular2,14,15

.

Em decorrência do uso crescente e indiscriminado de EAA, associado à falta de informações

sobre os eventos adversos destes medicamentos, possivelmente em função da falta de

acompanhamento médico, este estudo tem como questão de pesquisa : O uso de EAA poderia causar

alteração nas enzimas que deflagram lesão hepática, e/ou alterar a composição corpórea de seu

usuário?

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Verificar se há alteração nas enzimas alanina aminotransferase (ALT), aspartato

aminotransferase (AST), gama glutamiltranspeptidase (GGT), no peso corporal e no percentil

de gordura corpóreo após o uso de EAA por 8 semanas( tempo de uso prescrito pelo medico

da clinica onde foi realizado o estudo).

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar se a idade, a via de administração do EAA, o colesterol total, e o HDL inicial podem

influenciar nestes resultados.

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3 MÉTODOS

Estudo observacional, longitudinal, de coorte retrospectivo, realizado em uma clínica médica da

cidade de Florianópolis-SC, que atua nas áreas de Medicina do Esporte, Nutrologia e Dermatologia.

A população desse estudo é composta por prontuários de pacientes usuários de EAA. Assim,

para a seleção foi realizada uma pesquisa de prontuários, e selecionados àqueles que se encontravam

dentro das características mais comuns de usuários, conforme dados encontrados na literatura, homens

jovens. Foram estabelecidos como critérios de inclusão indivíduos do sexo masculino, idade

compreendida entre 20 e 50 anos, ter utilizado EAA sob supervisão do médico responsável e ter

realizado os exames laboratoriais conforme a orientação médica e, como critérios de exclusão, a

ausência de resultados laboratoriais no prontuário, não ter realizado os exames laboratoriais e a

consulta na data prevista.

Para a coleta de dados foi realizada a análise de prontuários a partir do ano de 2006 até 2010.

Os dados coletados foram registrados em instrumento, especialmente elaborado para este estudo,

contendo questões relacionadas a idade do paciente, ao peso inicial e final, ao percentual de gordura

inicial e final, a via de administração utilizada, ao colesterol total inicial, ao HDL inicial, e aos

marcadores bioquímicos (iniciais e finais) a serem analisados (AST, ALT, GGT).

Os dados foram inseridos em uma planilha do Excel e exportados para o software SPSS 16.0

onde foram analisados. A análise estatística foi realizada a partir de descrição das variáveis do estudo.

Testes de associação entre as variáveis foram realizados por intermédio de T-test de Student para

amostras independentes e T-test para amostras pareadas com níveis de significância de p<0,05.

As questões éticas da pesquisa estão fundamentadas na Resolução 196/96 do Conselho

Nacional de Saúde. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa, envolvendo seres

humanos, da Universidade do Sul de Santa Catarina, e aprovado através do Parecer Consubstanciado

nº 09.508.4.01.III.

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4 RESULTADOS

Foram incluídos no estudo 32 prontuários de pacientes do sexo masculino usuários de EAA. Entre os

pacientes, 16 (50%) apresentavam idade entre 20 e 34 anos e os outros 16 com idade entre 35 e 50

anos, com a idade media de 36,25 anos (DP±8,02).

O peso inicial dos pacientes variou de 65,50 a 99,90 kg, com um peso médio de 82,50 kg

(DP±11,26). O peso médio no fim do acompanhamento foi de 80,81 Kg (DP±10,44).

O percentual de gordura inicial variou de 9,27% a 29,50%, com um percentual médio de

18,18% (DP±4,60). No final do acompanhamento, o percentual de gordura passou a apresentar uma

variação entre 7,53% a 23% com um percentual médio de 15,67% (DP±8,28).

Com relação às enzimas hepáticas se observou um valor médio da AST inicial de 31,02U/L

(DP±9,66) com uma variação de 15U/L a 54U/L, e no final do acompanhamento um valor médio de

42,34 U/L (DP±17,52), com um valor mínimo de 22U/L e com o valor máximo de 95U/L. Em relação

a ALT inicial se observou um valor médio de 34,50U/L (DP±13,43), sendo o valor mínimo 17 U/L e o

valor máximo de 59,1U/L, e ao final do acompanhamento se observou um valor médio de 40,97

(DP±18,48), sendo 18U/L o valor mínimo encontrado e 88U/L o valor máximo encontrado. Já a GGT

apresentou um valor médio inicial de 27,98U/L (DP±17,39), com um valor mínimo de 11U/L e um

valor máximo de 88U/L, e ao final das 8 semanas o valor médio foi de 21,84 U/L (DP±14,15), com

3U/L o valor mínimo e 56U/L o valor máximo.

As variáveis acima descritas e analisadas estão sumarizadas na Tabela 1.

Tabela 1: Características físicas e laboratoriais.

INICIAL (± DP) FINAL (± DP) P

Peso* 82,57 (±1,26) 80,81 (±10,44) Ns

% Gordura 18,18 (±4,60) 15,67 (±8,28) <0,001

AST† 31,02 ± (9,66) 42,34 (±17,52) < 0,001

ALT† 34,50 (±13,43) 40,97 (±18,48) Ns

Gama GT† 27,98 (±17,39) 21,84 (±14,15) 0,061

* representado em kilogramas

† representados em U/L

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Em relação ao uso de EAA, 18 participantes (56,25 %) utilizaram por via injetável

(intramuscular) e 14 (43,75%) associaram as vias: oral e intramuscular. O valor médio do colesterol

total inicial foi de 201,65 mg/dL (DP±46,27), e o menor valor encontrado foi de 118 mg/dL e o maior

de 296 mg/dL. Em relação ao HDL inicial, o valor médio encontrado foi de 50,05 mg/dL (DP±6,21),

sendo 16 mg/dL o valor mínimo e 84 mg/dL o valor máximo.

A média da variação da AST e do percentual de gordural em função da idade, da via de

administração do EAA, do colesterol total e HDL inicial estão sumarizadas nas Tabelas 2 e 3,

respectivamente.

Tabela 2 – Média da variação da AST em função da idade, via de administração do EAA,

colesterol total e HDL

Média da variação

da AST*

p

Idade

< 35 anos

> 35 anos

10,12

12,51

ns

Via de administração

Injetável

Oral e Injetável

12,67

9,57

ns

Col. Total

< 200 mg/dL

> 200 mg/dL

11,65

10,93

ns

HDL

< 50 mg/dL

> 50 mg/dL

6,64

14,95

ns

* representado em U/L

Tabela 3: Média da variação do % gordura em função da idade, via de administração do EAA,

colesterol total e HDL.

Média da variação do %

Gordura*

p

Idade

< 35 anos

> 35 anos

1,97

3,05

ns

Via de administração

Injetável

Oral e Injetável

2,72

2,24

ns

Col. Total

< 200 mg/dL

> 200 mg/dL

3,41

1,49

ns

HDL

< 50 mg/dL

> 50 mg/dL

1,74

3,11

ns

* Representado por kilogramas

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5 DISCUSSÃO

Este estudo teve o objetivo de verificar se existe alteração nos marcadores hepáticos, no peso e no

percentual de gordura, e relacionar se a idade, a via de administração do esteróide, o colesterol total e

o HDL inicial, possuem alguma influencia nesses resultados.

Os pacientes que procuraram a clínica, onde foi realizada a pesquisa, o fizeram principalmente

por fins estéticos, o que torna a população fidedigna com o padrão de usuários encontrados na

literatura. Atualmente o uso de EAA deixou de ser realizado apenas por atletas competitivos, sendo o

motivo predominante da procura o beneficio estético, ou seja, usam os EAA para aumento de massa

muscular e a força física, seguindo os padrões de beleza atuais2,3,7,9,16-20

.

Foi observada, ao longo do acompanhamento dos pacientes, uma diminuição estatisticamente

significativa no percentual de gordura (p<0.001), no entanto em relação ao peso total esta variação não

foi estatisticamente significativa. Este resultado pode estar relacionado à substituição da massa de

gordura corporal por massa muscular. Assim, se faz necessário um estudo mais aprofundado, para

confirmar ou não esta hipótese, como por exemplo, a comparação de massa muscular antes e após o

uso de EAA, o que, se confirmada, justificaria o uso de EAA com fins medicinais nas patologias que

exercem efeito catabólico no organismo acometido por doenças como Doença Pulmonar Obstrutiva

Crônica (DPOC) e Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA), alem de favorecer a

hematopoise, retardar a osteoporose e no tratamento de câncer de mama15,21,22

.

Em relação as enzimas hepáticas, neste estudo foi encontrado alteração significativa apenas

sobre a enzima AST (p<0.001), enquanto sobre ALT e GGT não houve significância. Deve-se ainda

discutir o achado da GGT, pois foi encontrada uma diminuição em seu valor após o uso, ainda que não

significativa, porém de valor limítrofe (p=0,061), o que permite levantar a hipótese de que se a

população fosse composta por um maior número de pacientes um valor estatisticamente significativo

poderia ser encontrado. Efeitos colaterais encontrados na literatura consultada como referência

relacionada ao abuso de EAA incluem: tremores, acne grave, retenção de líquidos, dores nas

articulações, aumento da pressão sangüínea, alteração do metabolismo do colesterol (diminuindo o

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15

HDL e aumentando o LDL), alterações nos testes de função hepática causando hepatotoxicicade,

icterícia, tumores no fígado, policitemia, exacerbação da apnéia do sono, estrias e maior tendência às

lesões do aparelho locomotor (articulações não estão aptas para o rápido aumento de força

muscular)2,14,15,17,18,21,23

. Assim, os achados deste estudo vão ao encontro dos resultados já

mencionados na literatura, quando se analisa as alterações em AST, pois os valores encontrados aqui,

superam os valores laboratoriais considerados dentro da normalidade (<37 para homens). Já em

relação a ALT, há na literatura referenciada citando alteração estatisticamente significativa sobre esta

enzima24

, o que não pode ser observado neste estudo. Talvez seja devido a limitação da amostra,

hipótese dada também a variação da GGT.

Outro resultado deste estudo que deve ser é o fato de não ter ocorrido qualquer variação

estatisticamente significativa quando confrontamos as alteração da AST, com a variação do percentual

de gordura, com a idade do paciente, com a via de administração (se injetável ou oral e injetável), com

os níveis de colesterol inicial (se acima de 200mg/dL ou menor do que 200mg/dL) e ao HDL inicial

(maior que 50mg/dL ou menor que 50mg/dL). Assim, poder-se ia aferir a hipótese de que as alterações

encontradas são independentes de qualquer uma destas variáveis, ou seja, dependeriam apenas do uso

ou não de EAA.

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6 CONCLUSÃO

Este estudo concluiu que a hipótese do uso de EAA, independente da via de administração, da

idade do usuário e de seu estado metabólico em relação ao colesterol inicial, pode realmente diminuir

o percentual de gordura do usuário, porém pode causar alteração enzimatica, pois se evidenciou

alteração na AST. Devido às limitações deste estudo, como o número reduzido de pacientes, e de

outros fatores que podem ter influenciado no desfecho e que não foram analisados, pode se citar a

dieta, o uso de outras substancias e o nível de atividade física antes e após o uso de EAA, outros

estudos devem ser realizados para confirmação desta hipótese.

Page 18: Avaliacao Laboratorial e Composicao Corporal e Esteroides Androgenicos

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ANEXO A –

. NORMAS PARA PUBLICAÇÃO

A revista Arquivos Catarinenses de Medicina (Arq. Cat. Med.), periódico científico oficial

da Associação Catarinense de Medicina, destina-se à publicação de editoriais, artigos

originais, artigos de atualização e revisão, relatos de casos, resumos de dissertações e

teses, cartas ao editor, biografias, etc.

Informações Gerais:

O material submetido à publicação na revista Arquivos Catarinenses de Medicina deve ser

enviado por correio eletrônico, para o endereço:

E-mail: [email protected]

Os originais encaminhados devem ser acompanhados de uma carta de submissão,

declarando que:

a) o artigo é original;

b) não foi publicado na íntegra e não está sendo submetido a outro periódico e nem o

será, enquanto estiver sob apreciação desta revista;

c) todos os autores estão de acordo com a versão final do trabalho;

d) a revista Arquivos Catarinenses de Medicina passa a ter direitos autorais sobre o

artigo, caso ele venha a ser publicado;

e) aceitarão as decisões do corpo editorial do periódico, quanto à necessidade de

revisões ou modificações, não cabendo recursos, em caso de recusa inicial, em

decorrência do não cumprimento dos princípios éticos ou de erros significativos de

metodologia, ou após a revisão dos mesmos.

Os artigos serão recebidos pelo editor chefe, o qual, após uma análise preliminar,

encaminhará aos editores associados, e estes, ao Conselho Editorial.

O parecer final sempre será do Conselho Editorial, sendo que todos os cuidados serão

tomados no sentido de se garantir o anonimato de ambas as partes.

A publicação dos artigos aprovados seguirá a ordem cronológica de sua aceitação.

O número máximo de autores aceitável é de 6 (seis), exceto em casos de trabalhos

considerados de excepcional complexidade.

A aprovação pelos Comitês de Ética, em Pesquisa com Seres Humanos, credenciados

pelo Conselho Nacional de Saúde, será necessária sempre que for pertinente.

Orientações para a preparação dos originais

O processador de texto a ser utilizado deve ser preferencialmente o Microsoft Office®

(Word). Fontes Times New Roman tamanho 11, justificado, espaço duplo.

Tamanho máximo dos originais (incluindo referências bibliográficas):

a) Artigos originais: 15 páginas;

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b) Artigos de atualização e revisão: 15 páginas

c) Relatos de casos: 4 páginas;

d) Cartas ao editor: 2 páginas

e) Resumos de dissertações e teses: 1 página

f) Biografias: 2 páginas

As seções deverão ser iniciadas em nova folha, na seguinte ordem: página rosto, resumo

em português, resumo em inglês (abstract), texto, agradecimentos, referências

bibliográficas, tabelas (cada uma em página separada).

O original, incluindo tabelas, ilustrações e referências bibliográficas, deve seguir os

“Requisitos Uniformes para Originais Submetidos a Revistas Biomédicas”, publicado pelo

Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (1).

a) Página de rosto:

A pagina de rosto deve conter (1) o título do artigo em português e em idioma inglês,

que deve ser conciso, mas informativo: (2) o nome pelo qual cada autor é conhecido,

com seu grau acadêmico mais alto e sua filiação institucional; (3) o nome do(s)

departamento(s) e da(s) instituição(ões) às quais o trabalho deve ser atribuído; (4)

registro de isenção de responsabilidade ou de propriedade, se for o caso; (5) o nome e

endereço do autor responsável pela correspondência sobre o original; (6) a(s) fonte(s) de

financiamento, sob a forma de verbas, de equipamento, de drogas, ou todas elas, e (7)

um título resumido (não mais que 40 caracteres, contando as letras e os espaços) ao pé

da página de rosto.

b) Resumo em português:

A segunda pagina deve conter um resumo do tipo estruturado (de não mais de 250

palavras). O resumo deve estabelecer os objetivos do estudo ou investigação, a

metodologia aplicada, os resultados observados (dados específicos e sua significância

estatística, se possível) e as principais conclusões. Abaixo do resumo, os autores devem

fornecer e identificar 3 a 5 descritores ou expressões que auxiliarão na indexação

cruzada do artigo e que podem ser publicados junto com o resumo. Use termos da lista

denominada “Medical Subject Headings” (MeSH) do Index Medicus ou descritores da lista

de “Descritores em Ciências da Saúde”, publicada pela BIREME e disponível nas

bibliotecas médicas. Se estas listas não incluírem termos adequados para conceitos

recentemente introduzidos, empregue a denominação mais usual na área.

c) Resumo em inglês: (Abstract)

A terceira pagina deve conter o “Abstract”, uma versão exata do resumo em língua

inglesa, com o mesmo número (máximo) de palavras e com os seguintes subtítulos:

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“background” “objective”, “methods”, “results” e “conclusions”. Os keywords devem fazer

parte das mesmas listas descritas para o resumo.

d) Texto:

O texto de estudos experimentais ou observacionais deve conter as seguintes seções,

cada uma com seu respectivo subtítulo: (1) introdução, (2) métodos, (3) resultados e (4)

discussão. A introdução deverá ser curta, citando apenas referências estritamente

pertinentes para mostrar a importância do tema e justificativa do trabalho. Ao final da

introdução, os objetivos do estudo devem ser claramente descritos. A seção de métodos

deve descrever a população estudada, a amostra, os critérios de seleção, com definição

clara das variáveis e analise estatística detalhada, incluindo referências padronizadas

sobre os métodos estatísticos e informação de eventuais programas de computação.

Procedimentos, produtos e equipamentos utilizados devem ser descritos com detalhes

suficientes que permitam a reprodução do estudo. É obrigatória, se for o caso, a inclusão

da informação de que todos os procedimentos tenham sido aprovados pelo comitê de

ética em pesquisa da instituição a que se vinculam os autores ou, na falta deste, por um

outro comitê de ética em pesquisa, indicado pela Comissão Nacional de Ética em

Pesquisa do Ministério da Saúde. Os resultados devem ser apresentados de maneira

clara, objetiva e em seqüência lógica. As informações contidas em tabelas ou figuras não

devem ser repetidas no texto. Usar gráficos em vez de tabelas, com um numero muito

grande de dados. A discussão deve interpretar os resultados e compará-los com os dados

já existentes na literatura, enfatizando os aspectos novos e importantes do estudo.

Discutir as implicações dos achados e suas limitações, bem como a necessidade de

pesquisas adicionais. As conclusões devem ser apresentadas no final da discussão,

levando-se em consideração os objetivos do trabalho. Relacionar as conclusões aos

objetivos iniciais do estudo, evitando assertivas não apoiadas pelos achados e dando

ênfase igual a achados positivos e negativos que tenham méritos científicos similares.

e) Agradecimentos:

Devem ser breves e objetivos, somente a pessoas ou instituições que contribuíram

significativamente para o estudo.

f) Referências bibliográficas:

As referencias bibliográficas devem ser numeradas e ordenadas segundo a ordem de

aparecimento no texto, no qual devem ser identificadas pelos algarismos arábicos

respectivos, entre parênteses. O número de referências não deve exceder a 50. Devem

ser formatadas no estilo Vancouver, de acordo com os exemplos abaixo. (Quando o

número de autores ultrapassar a 6, somente os 3 primeiros devem ser citados, seguidos

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da expressão et al.):

1. Artigo de periódico:

Gubbins GP, Nensey YM, Schubert TT, Batra SK. Barogenic perforation of the esphagus

distal to a stricture after endoscopy. J Clin Gastroenterol 1990; 3:310-2.

2. Livro ou monografia:

Kimura, J. Electrodiagnosis in diseases of nerve and muscle: principles and practice. 3rd

ed. New York: Oxford; 2001.

3. Capítulo de livro:

Bowler JV, Hachinski V. Vascular dementia. In: Feinberg, TE Farah, MJ. Eds. Behavioral

neurology and neuropsychology. New York: McGraw-Hill, 1997:589-603.

4. Tese

Piva JP. Avaliação do uso da mistura de hélio e oxigênio no estudo da ventilação de

crianças com doença pulmonar obstrutiva crônica (tese). Porto Alegre: UFRGS; 1999.

5. Trabalho apresentado em congresso ou similar (publicado)

Camu W, Joomaye Z, Cordier J, Chapoutot C, Blanc F. Early percutaneous endoscopic

gastrostomy in ALS is a major factor for improving survival. Abstract of the american

academy of neurology 53rd annual meeting; 2001 May 5-11;Philadelphia, USA.

Philadelphia, 2001: A199.

g) Tabelas:

Cada tabela deve ser apresentada em folha separada, numerada na ordem de

aparecimento no texto, e com um título sucinto, porém, explicativo. Todas as explicações

devem ser apresentadas em notas de rodapé e não no cabeçalho, identificadas pelos

seguintes símbolos *,†,‡,§,. A formatação das tabelas deve utilizar apenas comandos de

tabulação (tab) e nova linha (enter). Não usar funções de criação de tabelas, não

sublinhar ou desenhar linhas dentro das tabelas, não usar espaços para separar colunas

(usar comando de tabulação/”tab”), não usar comandos de justificação, não usar

tabulações decimais ou centralizadas. Não usar espaço em qualquer lado do símbolo ±.

h) Figuras (fotografias, desenhos, gráficos)

Devem ser colocadas em página individual, com título e legenda, e numeradas na ordem

de aparecimento do texto. Gráficos devem ser apresentados em preto e branco e

somente em duas dimensões. Fotos não devem permitir a identificação do paciente;

tarjas cobrindo os olhos podem não constituir proteção adequada. Caso exista a

possibilidade de identificação, é obrigatória a inclusão de documento escrito, fornecendo

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consentimento livre e esclarecido para a publicação.

i) Abreviaturas:

Devem ser evitadas, pois prejudicam a leitura confortável do texto. Quando usadas,

devem ser definidas, ao serem mencionadas pela primeira vez. Jamais devem aparecer

no título ou no resumo.

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ANEXO B –

Comprovante de aprovação do CEP- UNISUL