Avaliacao neurologica

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Avaliação Neurológica

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Avaliação Neurológica

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Revisão da Anatomia

Encéfalo: constituído por 3 fossas, que são:

Anterior: hemisférios cerebrais frontais; Média: lobos parietal, temporal e

occiptal; Posterior: tronco cerebral e bulbo

(tronco=mesencéfalo e ponte).

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O exame neurológico faz parte da anamnese e do exame físico geral do paciente;

Durante a anamnese devem ser observadas as condições do meio ambiente do paciente, de seus comportamentos emocional, físico e cognitivo.

Em algumas situações é necessária a presença de algum membro da família ou amigo, que possa responder as perguntas.

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O Exame Neurológico A avaliação neurológica compreende 5

etapas: Função cerebral Nervos cranianos Sistema motor Sistema sensitivo Reflexos

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Função cerebral

Observar aspecto e comportamento do indivíduo, seu modo de se vestir e sua higiene pessoal. A postura, os gestos, a expressão facial e atividade motora; o discurso (a fala é coerente?). O indivíduo está responsivo e alerta, ou sonolento e torporoso?

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Nervos cranianos São doze, e podem ser avaliados de

acordo com sua função: olfato, acuidade visual, sensação facial, mastigação, etc.

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Sistema motor Avaliar tônus e força muscular,

coordenação e equilíbrio.

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Sistema sensitivo Muito complexo, e exige a colaboração do

paciente. A avaliação envolve testes de sensibilidade tátil, dor superficial, sensibilidade vibratória e propriocepção.

Importante durante a avaliação que o indivíduo permaneça com os olhos fechados.

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Reflexos Permite que o examinador avalie arcos

reflexos involuntários, que dependem da presença de receptores aferentes de estiramento. Os reflexos comuns que podem ser testados incluem o bíceps, o braquiradial, o tríceps, a região patelar e o calcanhar.

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Avaliação da Consciência Percepção do indivíduo consigo mesmo e

com o meio ambiente em que vive. Significa que o mesmo responde às

perguntas e/ou comandos de forma clara, objetiva e orientada.

O nível de consciência expressa o grau de alerta comportamental do indivíduo, o estado de alerta e vigília.

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Avaliação do conteúdo da Consciência

Necessária capacidade cognitiva preservada para a maior parte do exame;

No conteúdo são realizadas as seguintes avaliações: atenção e concentração, memória, estado afetivo, linguagem, raciocínio e orientação.

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Orientação É a consciência de tempo, espaço e

pessoa. Pode-se fazer algumas perguntas sobre identificação pessoal, nome, profissão, etc.

Na avaliação temporal: perguntar mês, dia da semana, dia do mês.

Na avaliação espacial: perguntar sobre o local onde o paciente se encontra, o endereço de sua casa, etc.

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Elementos básicos para a avaliação do nível de consciência: Perceptividade: corresponde a respostas

complexas, como gestos e palavras, ou mais simples, como piscamento à ameaça.

Reatividade: relacionada com mecanismos presentes desde o nascimento, como visão, audição, reação de despertar, reação de orientação e reações focais e gerais à dor.

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Estímulos Auditivos: inicialmente tom de voz normal,

se não houver resposta elevar tonalidade. Na presença de respostas, avaliar o grau de orientação do paciente.

Táteis: podem ser aplicados junto aos auditivos para despertar o paciente. Se não ocorrer resposta, estímulos dolorosos devem ser aplicados.

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Cont. Dolorosos: método mais indicado é a

aplicação de uma compressão perpendicularmente ao leito ungueal proximal (mãos ou pés), com a ajuda de instrumentos (caneta, lápis ou a própria unha).

Outras áreas: região supra orbital, músculo trapézio e esterno.

Estímulos intensos e repetidos podem causar lesões na pele, hematomas ou outros traumatismos locais e psicológicos.

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Alterações no Nível de Consciência Rebaixamento do nível de consciência é o

parâmetro mais sensível de insuficiência encefálica.

Pode ter início com pequena confusão mental, com dificuldade de elaboração de frases e armazenamento de informações, podendo chegar à sonolência até o coma.

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Alterações mais comuns Letargia ou sonolência: paciente acorda ao

estímulo auditivo, está orientado no tempo, espaço e pessoa, responde lenta e vagarosamente ao estímulo verbal, à elaboração de processos mentais e à atividade motora.

Cessado o estímulo verbal, retorna ao estado de sonolência.

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Estado confusional agudo ou delirium: sintomas de início agudo, de caráter flutuante e com intervalos de lucidez.

Pode apresentar um ou + sintomas: inatenção aos estímulos, diminuição da capacidade de concentração, desorganização e incoerência do pensamento, desorientação em relação ao lugar e ao tempo, distúrbios de memória, rebaixamento do nível de consciência (sonolência), entre outros.

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Obnubilação: paciente muito sonolento, ou seja, necessita ser estimulado intensamente, com associação de estímulo auditivo mais intenso e estímulo tátil.

Pode responder a comandos simples (p. ex.: quando solicitado para colocar a língua para fora da boca).

Responde apropriadamente ao estímulo doloroso.

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Estupor ou torpor: mais sonolento, não responsivo, necessitando de estimulação dolorosa para responder.

Responde apropriadamente ao estímulo doloroso, apresenta resposta com sons incompreensíveis e/ou com abertura ocular.

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Coma: estado em que o indivíduo não demonstra conhecimento de si próprio e do meio ambiente, com ausência do nível de alerta, ou seja, inconsciente, não interagindo com o meio e com os estímulos externos, permanecendo com os olhos fechados, como em um sono profundo.

Neste estado o paciente apresenta apenas respostas de reatividade.

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Escala de Coma de GlasgowAvaliação Pontuação

1. Abertura ocular Espontânea 4 pontosPor Estimulo Verbal 3 pontosPor Estimulo A Dor 2 pontosSem Resposta 1 ponto

2. Resposta verbal Orientado 5 pontosConfuso (Mas ainda responde) 4 pontosResposta Inapropriada 3 pontosSons Incompreensíveis 2 pontosSem Resposta 1 ponto

3. Resposta motora Obedece Ordens 6 pontosLocaliza Dor 5 pontosReage a dor mas não localiza 4 pontosFlexão anormal – Decorticação 3 pontosExtensão anormal - Decerebração 2 pontosSem Resposta 1 ponto

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Escala de Coma de Glasgow

Coma ScoreGrave < 8Moderado 9 – 12Leve >12

Classificação do paciente A escala de coma serve para classificar os pacientes em coma.

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Escala de Coma de Glasgow

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Escala de Coma de Glasgow

Em que anoestamos?

2002 1972

Solta!Almoço!Não

Hugh! Ahrr!

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Escala de Coma de Glasgow

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Considerações Quando a pontuação for inferior ou igual 8,

faz-se necessário a avaliação dos demais parâmetros: Pupilas Motricidade ocular Padrão respiratório Padrão motor

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Exame pupilar Avaliar diâmetro, simetria, assimetria e

reflexo fotomotor; Comparar uma pupila à outra; Diâmetro normal: em média 3,5mm; O diâmetro pode ser medido com uma

régua ou por pupilômetro.

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Exame da movimentação ocular extrínseca Realizado em pacientes em coma; Avaliados os movimentos dos nervos

cranianos (oculomotor, troclear e abducente);

Avaliação realizada em 5 etapas: Movimentos oculares espontâneos; Manobra dos olhos de boneca Manobra vestíbulo-ocular; Reflexo córneopalpebral; Pálpebras.

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Avaliação da força muscular

Motricidade: capacidade de contração e relaxamento do músculo esquelético, controlada por fibras do sistema piramidal, extrapiramidal e cerebelar.

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Sistema piramidal Responsável pela motricidade voluntária e

integra os movimentos que exigem habilidade, movimentos delicados ou complicados.

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Sistema extrapiramidal Responsável pela manutenção do tono

muscular e pelo controle dos movimentos corporais, principalmente a deambulação.

A lesão extrapiramidal não causa ausência de força motora, mas leva a um aumento no tono muscular, a alterações na postura e na marcha, à lentidão ou abolição dos movimentos involuntários.

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Sistema cerebelar Responsável pela movimentação

automática, involuntária e por correções e modulações dos movimentos voluntários.

Proporciona um movimento mais preciso e coordenado;

A lesão no sistema cerebelar conduz a alterações na coordenação, na marcha, no equilíbrio, como também reduz o tônus muscular.

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A avaliação motora é realizada para identificar o grau de incapacidade e/ou de dependência do paciente em realizar um movimento ou de movimentar-se.

Durante a avaliação da força muscular, observa-se: a postura, o tono muscular, os reflexos, os tipos de movimentos e a coordenação dos grupos musculares.

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Drenos e Catéteres Cerebrais

Comum em pacientes neurológicos na UTI; Uso de cateteres em região cefálica ou

lombar; Necessário equipe de enfermagem

conhecer os diversos tipos de cateteres, sua função e indicação.

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Espaço Subgaleal Espaço virtual situado logo acima da tábua

óssea externa do crânio e fáscia pericrânia, sendo um local freqüente de hematomas em TCE.

Geralmente são utilizados em PO, do tipo suctor, e servem para evitar coleções de sangue ou serosanguinolentas neste espaço.

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Espaço Epidural Espaço virtual entre a duramater e a tábua

óssea interna do crânio, onde ocorrem os hematomas epidurais ou extradurais no TCE.

Pode ser usado em PO, do tipo suctor, para evitar coleções serosangüinolentas;

As coleções podem levar à óbito, dada a gravidade dos hematomas epidurais.

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Espaço Subdural Espaço situado imediatamente abaixo da

duramater, e abriga os chamados hematomas subdurais, que podem ser pós-traumáticos ou pós ruptura de malformações vasculares do SN ou espontâneos.

O dreno é utilizado em PO de hematomas subdurais crônicos, com uso de cateteres maleáveis e delicados, conectados a sistemas de drenagem ventricular externa.

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Cont.

Nestes casos, a drenagem se faz por ação da gravidade, sendo importante manter a bolsa coletora em nível abaixo da cabeça do paciente;

Também não deve permitir a entrada de ar no sistema, o que levaria ao acúmulo de ar no espaço subdural, condição conhecida como pneumoencéfalo, ocasionando aumento na PIC e exigir que seja feita cirurgia de urgência.

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Cont.

Cateteres lombares podem ser colocados no espaço subdural, porém em coluna espinhal lombar. São também conhecidos como drenagens ou derivações lombares;

Indicados para diminuir a pressão do LCR acima do local de sua introdução, para tratar fístulas liquóricas espontâneas ou adquiridas de coluna espinhal ou cefálica;

Pode ainda ser utilizado para administração de fármacos.

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Sistema Ventricular Estruturas cavitárias profundas do SN, revestidas

por epitélio e plexo coróide (estrutura especializada em produzir LCR);

LCR: produzido por células epiteliais do plexo coróide do III e IV ventrículos, indo para espaço subaracnóide pelos forames específicos;

LCR é reabsorvido pelas granulações aracnoideas, junto aos seios venosos do encéfalo.

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LCR O volume total de LCR no adulto é de

cerca de 150ml, com produção contínua, sendo a cada 8h, aproximadamente, este total é renovado.

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Derivações Ventriculares Externas - DVE

O sistema fechado de drenagem de LCR consiste em uma cateterização cirúrgica do sistema ventricular, exteriorização do cateter pela pele e acoplamento do mesmo a um sistema coletor (bolsa de drenagem).

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Indicações

Utilizado no controle do volume e da pressão liquórica, por intermédio da drenagem temporária externa de LCR, quando não houver indicação de sistema de derivação interna permanente (DVP – derivação ventrículo-atrial ou peritoneal).

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Indicações mais comuns Hidrocefalia por meningite; Hidrocefalia por sangramento intraventricular (no AVE

hemorrágico hipertensivo ou por ruptura de aneurisma cerebral ou outra formação cérebro-vascular);

Em PO de neurocirurgia quando pode haver hidrocefalia pós-op;

Qualquer forma de hidrocefalia aguda, com rápida e progressiva deterioração neurológica, pela facilidade e rapidez do procedimento;

Acoplar sistema transdutor para monitorização da PIC;

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Aspectos Técnicos

O sistema de drenagem externa consiste em uma bolsa coletora + extensão, que permite a drenagem do LCR sem contato com o meio exterior.

Vários modelos, que basicamente são compostos por: Cateter proximal ou ventricular Sistema de tubagem (extensão) Bolsa coletora

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Aspectos técnicos

Cateter de aproximadamente 23cm, de silicone e radiopaco;

Sistema de tubagem possui conexão macho do tipo luer-lock em uma extremidade, para adaptar ao cateter ventricular;

Na outra extremidade: torneira de 3 vias, em que se pode adaptar uma conexão com transdutor para aferição da PIC;

Bolsa coletora descartável e exclusiva para drenagem de LCR;

A maioria possui câmara de gotejamento;

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Cont. Bolsa possui escala em mmHg ou em cm H2O; Drenagem do LCR é feita contra um gradiente de

pressão hdrostática, ou seja, depende da altura em que se coloca a bolsa coletora aberta;

PIC normal=20mmHg, colocar bolsa ao nível do forame de Monroe;

A orelha pode corresponder mais aproximadamente a este elemento;

Podem haver variações individuais, para mais ou menos, de acordo com o tipo de patologia;

Cuidados imprescindíveis devem ser tomados quando da mudança de decúbito, alteração da altura da cabeceira e transporte do paciente, para se evitar a hipo ou hiperdrenagem de LCR.

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Monitorização da PIC O volume craniano de um adulto é de,

aproximadamente, 1900ml e é ocupado com 80% de cérebro, 10% de sangue e 10% de LCR.

O volume dos componentes deve ser compensado se houver aumento de um dos componentes ou aparecimento de outro elemento “que ocupe espaço”,pois o crânio é uma caixa inextensível.

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Efeitos da PIC sobre o fluxo sangüíneo cerebral

O fluxo sangüíneo cerebral (FSC) é = à relação entre a pressão de perfusão cerebral (PPC) e a resistência vascular cerebral (RVC).

O fluxo sangüíneo cerebral é mantido estável à custa de adaptações da RVC, que é modificada por mecanismos de auto-regulação.

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Para efeitos práticos, a pressão no interior das veias cerebrais é igual à PIC;

A pressão venosa cerebral deve ser mantida pouco acima da PIC, para impedir o colapso das veias;

Quando a PIC sobe, a pressão nas veias cerebrais de paredes finas aumenta na mesma proporção. Isto ocorre para evitar o colapso das veias e consequente interrupção do fluxo sangüíneo cerebral.

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Por isso, a PPC, que consiste na diferença entre a pressão arterial e a venosa, tem valor aproximado da diferença entre as pressões arterial e intracraniana.

Estas relações podem ser sistematizadas na seguinte equação:

PPC= PAM – PIC Deve-se ficar atento à gasometria arterial:

CO2= vasodilatador cerebral O2 e pH altos= vasoconstricção

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Considerações básicas para a monitorização da PIC

O procedimento deverá causar lesão ou irritação mínima às estruturas intracranianas;

O risco de infecção deverá ser mínimo; Manter a conexão entre o sistema ventricular ou

subaracnoideo e os sistemas transdutores sem nenhum vazamento de líquido;

O equipamento deverá ser de fácil manuseio, confiável e de simples adaptação para o pessoal de enfermagem.

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Indicações de monitorização da PIC

Pacientes sem abertura ocular, ausência de resposta verbal e postura motora inadequada (pacientes com Glasgow≤ 7);

Pacientes com estudo tomográfico de lesão expansiva e com resposta motora de descerebração e/ou decorticação;

Pacientes com lesões difusas, para seguimento de tratamento da HIC e alterações das medidas terapêuticas (swelling);

Pacientes politraumatizados, com alteração do nível de consciência;

Seguimento após procedimentos neurocirúrgicos para tratamento de lesões expansivas intracranianas.

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Contra-indicações (relativas)

Pacientes conscientes; Pacientes com coagulopatias,

frequentemente observadas em pacientes politraumatizados graves.

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Considerações A monitorização da PIC permite uma

abordagem terapêutica adequada; Elevações da PIC podem ocorrer com a

tosse, espirro, durante aspiração de secreções, rotação excessiva da cabeça (por compressão unilateral da jugular), cadarços fixadores de TOT (por compressão da jugular bilateral).

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Complicações

Infecção superficial no local da inserção (pouco frequente);

Meningite, encefalite e ventriculite (graves); Hemorragia intracerebral ou intraventricular.

Atualmente pode-se considerar que a monitorização da PIC diminui a mortalidade e a morbidade, facilita a orientação terapêutica, melhora o prognóstico e os riscos do procedimento não excedem os benefícios.

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Pressão de Perfusão CerebralPPC = PAM – PIC

PPC normal: 70 mmHg PPC abaixo de 60-70: aumento de

mortalidade e seqüelas neurológicas.

Monitorização: saturação venosa do bulbo jugular.

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Extração Cerebral de Oxigênio A ECO2 identifica o grau de acoplamento

entre o consumo e a oferta de O2. A ECO2 é calculada através da equação:

ECO2=Sata O2- Satj O2

Valores normais= entre 24 à 42%

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O aumento destes valores significa maior extração, e portanto indicando uma situação anóxica-isquêmica.

Cuidados: manter o cateter bulbo jugular EXCLUSIVO para

coleta de sg, e com identificação em local visível; Manter infusão contínua de SF 0,9% em BI de 5 à

10ml/h, para manutenção da permeabilidade.

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Fluxo Sangüíneo Cerebral

Cérebro: 750 ml de sangue/min => 15% do DC e 20% do consumo de O2 cerebral.

FSC normal: 50-60 ml/100g/min

Se o FSC cai: diminui função neuronal e depois, há lesão cerebral irreversível.

Se o FSC aumenta: edema cerebral e áreas de hemorragia.

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Temperatura 30-40% do O2

consumido pelo cérebro é para manter a integridade celular.

Declínio de 10°C ↓ consumo de O2 em 50%.

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Sedação Depressão

profunda da atividade cerebral.

Diminui o consumo de O2.

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Auto-regulação Mecanismos que mantém o FSC

constante mediante a flutuação da PAM.

↓ PPC = compensado por vasodilatação ↑ PPC = compensado por

vasoconstricção

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O2

PaO2<50 mmHg ↑ FSC por vasodilatação

Pode haver hiperemia, edema, evoluir com aumento da PIC e diminuir PPC, causando isquemia e lesão neuronal secundária.

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