AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DA SÍNFISE MENTONIANA NO … · quadrado para detectar a compatibilidade...

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CENTRO DE PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MESTRADO EM ODONTOLOGIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ORTODONTIA THAIS SOLIVA AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DA SÍNFISE MENTONIANA NO PADRÃO DE CRESCIMENTO FACIAL E NO APINHAMENTO ANTEROINFERIOR Londrina 2014

Transcript of AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DA SÍNFISE MENTONIANA NO … · quadrado para detectar a compatibilidade...

CENTRO DE PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MESTRADO EM ODONTOLOGIA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ORTODONTIA

THAIS SOLIVA

AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DA SÍNFISE MENTONIANA

NO PADRÃO DE CRESCIMENTO FACIAL E NO

APINHAMENTO ANTEROINFERIOR

Londrina

2014

THAIS SOLIVA

AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DA SÍNFISE MENTONIANA

NO PADRÃO DE CRESCIMENTO FACIAL E NO

APINHAMENTO ANTEROINFERIOR

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Odontologia.

Área de Concentração: Ortodontia

Orientadora: Profa. Dra. Thais Maria Freire Fernandes-Poleti

Londrina

2014

AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Dados Internacionais de catalogação-na-publicação Universidade Norte do Paraná

Biblioteca Central

Setor de Tratamento da Informação

Soliva, Thais.

S673a Avaliação tomográfica da sínfise mentoniana no padrão

de crescimento facial e no apinhamento anteroinferior / Thais

Soliva. Londrina: [s.n], 2014.

10iv; 57f.

Dissertação (Mestrado). Odontologia. Ortodontia.

Universidade Norte do Paraná.

Orientador: Profª. Drª. Thais Maria Freire Fernandes-Poleti

1- Odontologia - dissertação de mestrado - UNOPAR 2-

Ortodontia - Má oclusão 4- Tomografia computadorizada de

feixe cônico 5- Mandíbula I- Fernandes-Poleti, Thais

Maria Freire orient. II- Universidade Norte do Paraná.

CDU 616.314-089.23

THAIS SOLIVA

AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DA SÍNFISE

MENTONIANA NO PADRÃO DE CRESCIMENTO FACIAL E NO

APINHAMENTO ANTEROINFERIOR

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Odontologia.

Área de Concentração: Ortodontia.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________

Profa. Dra. Thais Maria Freire Fernandes-Poleti Profa. Orientadora

Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)

____________________________________

Profa. Dra. Paula Vanessa Pedron Oltramari-Navarro

Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)

____________________________________

Profa. Dra. Ana Carla Raphaelli Nahás Scocate Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)

Londrina, 12 de fevereiro de 2014.

Dedico este trabalho a minha família, em especial meus pais, Thelma e Erwin, que sempre me apoiam em todos os meus projetos profissionais.

AGRADECIMENTOS

Assim como tudo na vida, não tem como começar, sem antes

agradecer a Deus! Obrigada Senhor, por ter me dado coragem de ter iniciado esta

jornada, capacidade por conseguir concluí-la, e principalmente, por ter colocado as

pessoas certas durante a minha caminhada. Tudo ficou mais fácil com estes “anjos”

que apareceram, e que tanto me ajudaram a concluir mais este projeto de vida.

Profa. Dra. Thais Maria Freire Fernandes-Poleti: Obrigada por ter

me conduzido para a conclusão desta minha etapa profissional e por ter me

ensinado um pouco do seu conhecimento. Agradeço pelo carinho que dedicou a

mim durante estes dois anos, e principalmente por ter respeitado minhas dúvidas

com muita sabedoria e tranquilidade. Durante a minha caminhada, não encontrei

somente “flores”, mas foi mais fácil passar pelos obstáculos com você do meu lado.

Muito obrigada!

Prof. Dr. Marcelo Lupion Poleti: Não poderia encerrar esta etapa

sem te agradecer. Obrigada pelo carinho, e por não negar esforços para me ajudar

quando eu precisei. Receba os meus agradecimentos!

Profa. Dra. Ana Cláudia de Castro Ferreira Conti: Não tem como

não lembrar das boas conversas que tivemos... Você provou que a virtude está no

equilíbrio entre a dedicação com a vida profissional e a vida pessoal. E isto eu vou

levar comigo. Foi muito bom conviver com você!

Prof. Dr. Márcio Rodrigues de Almeida: Obrigada pelas dicas

clínicas que sempre fez questão de nos passar, pelas ótimas aulas, e principalmente

pelo seu senso crítico, que me ajudou a enxergar com “bons olhos” o mundo

científico.

Profa. Dra. Paula Vanessa Pedron Oltramari-Navarro: Agradeço

por você sempre tem me estandido a mão quando precisei. Você é uma profissional

focada e de muita determinação! Seu conhecimento contagiou a todos!

Prof. Dr. Renato Rodrigues de Almeida: Obrigada pelo carinho

que dedicou a todos os alunos, e por ter dado sempre o bom exemplo profissional. A

sua presença inspirou a todos nós!

Agradeço também, a todos os funcionários da UNOPAR, em

especial ao amigo Johne, que foi meu fiel “escudeiro” nos cansativos dias de

medições das tomografias. À querida Andreza, que me atendeu quando foi preciso,

e a Justymara Fernanda dos Santos Serrano, agradeço por nos estender a mão e

sempre nos tranquilizar com seu conhecimento.

Ao corpo docente do mestrado em Odontologia da Unopar: Profa.

Dra. Sandra Maciel, Profa Dra Karen Parron, Profa. Dra. Sandra Kiss, Profa.

Dra. Lucinea Rezende, Profa. Dra. Regina Frederico, Profa. Dra. Sandrini

Berger, Prof. Dr. Rodrigo Varella, Prof. Dr. Murilo Baena e Prof. Dr. Ricardo

Guiraldo, por cada um em especial, que contribuiu para a minha formação

acadêmica.

Aos meus colegas, agradeço pelo ótimo convívio que tivemos, e por

terem feito desta minha trajetória, uma oportunidade de conhecer pessoas tão

especiais como vocês.

Minha querida amiga Dariane, desde o começo desta jornada, você

esteve ao meu lado... Rimos, choramos, conversamos, e nos divertimos bastante.

Agradeço pela sua amizade e pelos momentos que dividimos juntas. Você é uma

amiga especial! Foi muito bom te encontrar por aqui...

Ao amigo Fábio, agradeço por ter me transmitido um pouco do seu

conhecimento acadêmico, e por você e sua família, sempre terem nos recepcionado

tão bem nas confraternizações da turma.

Obrigada Flávia, por ter aceitado ser minha parceira de seminários,

por ser uma amiga fiel e companheira, e por nuca medir esforços para me ajudar.

Hoje, sei que seu jeito de levar a vida, é reflexo de uma família que te ama.

Agradeço também, ao amigo Pedro, pelas boas risadas e por ser o responsável

pelos momentos de descontração da turma. Não poderia deixar de agradecer

também, aos seus pais, que me acolheram, e que tão bem me receberam em sua

casa. À toda família, recebam meus agradecimentos eternos!

Obrigada ao amigo Giovani, por ter sido sempre nosso

companheiro, e por ter nos presenteado com suas dicas clínicas. Você é um grande

profissional!

Querido Jefferson, você é uma pessoa divertida e bem humorada.

Encara a vida e os problemas de um jeito descontraído. Obrigada pelas conversas

divertidas e pelas conselhos sobre mecânina ortodôntia.

Minha querida amiga Michelle, você é uma guerreira, mulher de

fibra que sabe o que quer. Obrigada por me apoiar em todos os momentos, e por

estar sempre ao meu lado quando precisei de ajuda. Vou sentir falta das nossas

caminhadas!

Ao amigo Paulo, agradeço pelo seu alto astral contagiante, pelas

caronas, e pela companhia na hora do ”pãozinho de queijo”. Você, além de grande

amigo, é um exelente profissional!

Agradecimentos especiais

A toda minha família, agradeço de coração todo o apoio que me

deram para concluir este projeto. Ao meu irmão Erwin jr, por sempre me aconselhar,

de que “ninguém perde por estudar” e por sair na frente dando os bons exemplos. À

minha irmã Bruna, que me ensina a cada dia que vale a pena levar a vida de uma

maneira mais leve, e por ser minha grande companheira e confidente. Em especial,

agradeço aos meus pais Thelma e Erwin, pela criação que me deram e por sempre

cobrarem o melhor de mim! Vocês nunca me deixaram fracassar, e eu sou

eternamente grata por isto. Se hoje estou vencendo mais uma batalha, com certeza

é porque vocês me ensinaram a lutar!

Ao meu namorado Felipe, agradeço pela compreenção nos

momentos de ausência, e pelo apoio que me dedicou durante estes dois anos. Você

acompanhou todos os meus momentos de angústia e indecisões, mas sempre

estava pronto para me reconfortar em seus braços. Sei que não foi fácil, mas valeu a

pena! Obrigada meu amor!

Por fim, gostaria de agradecer ao amigo Alexandre Bandeira, que

foi o responsável por hoje eu estar aqui. Obrigada pelo convite para iniciar este

mestrado, e pelo grande amigo e profissional que você é. Espero que persevere a

nossa parceria profissional .

SOLIVA, Thais. Avaliação tomográfica da sínfise mentoniana no padrão de crescimento facial e no apinhamento anteroinferior. 2014. 57 f. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Odontologia - Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2014.

RESUMO

Objetivo: Avaliar as características da sínfise mentoniana nos diferentes padrões de crescimento facial e na severidade do apinhamento dentário anteroinferior. Material e Métodos: A amostra foi constituída de 79 indivíduos com média de idade de 17,2 anos (±5,9), 36 homens e 43 mulheres, previamente ao tratamento ortodôntico, com má oclusão de Classe I e II de Angle. As tomografias computadorizadas de feixe cônico, as telerradiografias e os modelos de gesso iniciais desses pacientes foram utilizados. As características da sínfise mentoniana foram avaliadas utilizando o programa Dolphin Imaging 11.5 TM (medidas lineares), e o programa Photoshop CS6 (medidas angulares); e foram comparadas com os diferentes padrões de crescimento facial (braquifacial: FMA < 21o, mesiofacial: 21 o ≤ FMA ≤ 29 o, e dolicofacial: FMA > 29o), e com a severidade do apinhamento anteroinferior (apinhamento leve < 3mm e apinhamento moderado a severo ≥ 3 mm). A confiabilidade do método foi verificada por meio do Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) e pelo teste de Bland & Altman. Foi utilizado o teste do Qui-quadrado para detectar a compatibilidade entre os grupos quanto às proporções dos sexos e da má oclusão. O teste t foi utilizado para avaliar a idade cronológica inicial, o dimorfismo sexual e as características da sínfise com relação ao apinhamento. O ANOVA foi utilizado para comparar as características da sínfise nos diferentes padrões de crescimento faciais e a Correlação de Pearson para verificar possíveis correlações. O nível de significância foi de p<0,05. Resultados: Alta concordância intraexaminador foi observada neste estudo. Os indivíduos braquifaciais apresentam a sínfise mais espessa que os dolicofaciais. Pacientes com apinhamento moderado e severo tendem a apresentar maior altura da sínfise do que pacientes com apinhamento leve. Conclusão: As características da sínfise mentoniana são correlacionadas tanto pelo padrão de crescimento facial como pela severidade do apinhamento anteroinferior.

Palavras-chave: Má oclusão. Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. Mandíbula

SOLIVA, Thais. Tomographict evaluation of mental symphysis in facial growth pattern and anteroinferior crowding. 2014. 57 f. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Odontologia - Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2014.

ABSTRACT

Objective: To evaluate the characteristics of the mental symphysis in the different facial growth patterns and in the presence of anteroinferior dental crowding. Material and Methods: The sample consisted of 79 individuals with mean age of 17.2 years (±5.9), 36 men and 43 women, previously of the orthodontic treatment, with Angle’s Class I and II malocclusion. The Cone Beam Computed Tomographs, teleradiographs and initial plaster casts of these patients were used. The characteristics of the mental symphysis were evaluated using the Dolphin Imaging 11.5 TM (linear measurements), and Photoshop CS6 (angular measurements) software programs; and were compared with the different facial growth patterns (brachyfacial: FMA < 21o, mesiofacial: 21 o ≤ FMA ≤ 29 o, and dolicofacial: FMA > 29o), and with the severity of anteroinferior crowding (slight crowding < 3mm and moderate to severe crowding ≥ 3 mm). The reliability of the method was verified by means of the Intraclass Correlation Coefficient (ICC) and Bland & Altman test. The Chi-square test was used to detect compatibility between groups with regard to proportions of the sexes and malocclusion. The t-test was used to evaluate initial chronological age, sexual dimorphism and symphysis characteristics with regard to crowding. ANOVA was used to compare the symphysis characteristics in the different facial patterns and Pearson’s Correlation to verify possible correlations. The level of significance was p<0.05. Results: High intra-examiner agreement was observed in this study. Brachyfacial individuals presented a thicker symphysis than that of dolicofacial patients. Patients with moderate to severe crowding tended to have greater symphysis height than patients with slight crowding. Conclusion: The characteristics of the mental symphysis are correlated by both facial growth pattern, and the severity of anteroinferior crowding.

Key Words: Malocclusion. Cone beam computed tomography. Mandible

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÂO............................................................................................ 11

2 REVISÃO DE LITERATURA – CONTEXTUALIZAÇÃO ................. ........ 13

2.1 APINHAMENTO DENTÁRIO E FATORES CONDICIONANTES .......................... ........ 13

2.2 PADRÃO FACIAL X CARACTERÍSTICAS DA SÍNFISE MENTONIANA ......................... 15

2.3 APINHAMENTO ANTEROINFERIOR X CARACTERÍSTICAS DA SÍNFISE MENTONIANA . 16

2.4 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO (TCFC) .............................. 17

3 PROPOSIÇÃO ....................................................................... ........... ........ 19

4 ARTIGO...................................................................................................... 20

5 CONCLUSÕES .......................................................................................... 44

REFERÊNCIAS........................................................................................... 45

APÊNDICES............................................................................................... 50

APÊNDICE A – Análise dos Modelos ........................................................ 50

APÊNDICE B – Dlimitação do desenho anatômico.................................... 51

APÊNDICE C - Demarcação e definição dos pontos cefalométricos......... 52

APÊNDICE D -.Tabela 08........................................................................... 53

APÊNDICE E – Tabela 09 ......................................................................... 54

APÊNDICE F – Tabela 10........................................................................... 55

ANEXOS..................................................................................................... 56

ANEXO A - Parecer do Comitê de Ètica em Pesquisa .............................. 56

11

1 INTRODUÇÃO

O apinhamento dentário é uma das mais comuns e reconhecidas

características da má oclusão e afeta mais comumente o segmento anteroinferior16.

Numerosos fatores são apontados como elementos que contribuem para o

desenvolvimento e severidade do apinhamento dentário6, 19, 41. Já foram encontradas

relações do apinhamento dentário com a largura e o comprimento dos arcos

dentários8, 19, 40, o diâmetro mesiodistal dos dentes6, 36, proporções dentárias5, 39 e

com as bases apicais21, 51.

A morfologia do osso alveolar também pode influenciar no

apinhamento dentário51, assim como no padrão facial17. Alguns estudos têm

demonstrado uma correlação entre o tipo facial e a morfologia do osso alveolar da

mandíbula17, 31, 49. Nos pacientes com padrão de crescimento vertical existe uma

tendência de uma sínfise mais estreita17. Alguns estudos demonstraram que na

sínfise dos indivíduos braquifaciais existe uma maior espessura do osso cortical

quando comparados aos dolicofaciais47, 49, e que o osso alveolar nesta região tem

limitada dimensão anteroposterior4. Estes indivíduos braquifaciais também possuem

corticais mais espessas nas áreas vestibular, lingual e base da mandíbula28. Já a

espessura do espaço medular é muito pouco afetada pelo padrão facial18.

A característica da sínfise mandibular é um fator anatômico que

limita o movimento dos incisivos inferiores17, principalmente o movimento de

inclinação dos dentes54. Movimentos ortodônticos mais críticos, como retração e

vestibularização dos incisivos podem suscitar efeitos colaterais iatrogênicos para o

periodonto15, 43. Tais mecânicas podem descentralizar os dentes do tecido ósseo de

suporte, causando deiscências, fenestrações ósseas e recessão gengival,

dependendo da morfologia inicial do periodonto, assim como da quantidade da

movimentação15. Portanto, no diagnóstico e plano de tratamento devem-se levar em

consideração a morfologia do osso alveolar, a quantidade de apinhamento e a

posição dos incisivos na sínfise mentoniana.

Estudos que relacionam o apinhamento dentário com as

características da sínfise mentoniana e também com os diferentes padrões de

crescimento faciais, ainda não foram descritos na literatura, dados estes que

agregariam informações relevantes aos clínicos, tanto para o diagnóstico e

planejamento, quanto para o tratamento dos pacientes. Em virtude disso, o objetivo

12

do presente estudo foi avaliar as características da sínfise mentoniana nos diferentes

padrões de crescimento facial e na severidade do apinhamento dentário

anteroinferior.

13

2 REVISÃO DE LITERATURA – CONTEXTUALIZAÇÃO

Esta revisão tem a finalidade de descrever os trabalhos mais

relevantes dentro da literatura específica relacionados aos seguintes tópicos:

- Apinhamento dentário e fatores condicionantes;

- Padrão facial x características da sínfise mentoniana;

- Apinhamento anteroinferior x características da sínfise mentoniana;

- Tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC).

2.1 APINHAMENTO DENTÁRIO E FATORES CONDICIONANTES

O apinhamento dentário pode ser definido como a diferença entre o

espaço requerido e o espaço disponível no arco dentário, que é a disparidade entre

o diâmetro mesiodistal dos dentes e o perímetro do arco34, o que resulta na

imbricação e rotação dos dentes19. O apinhamento dos incisivos é uma das

características mais comuns e reconhecidas da má oclusão16. Diagnosticar esta

irregularidade é fundamental e, frequentemente, um fator limitante ao tratamento

ortodôntico, pois as decisões sobre as extrações são influenciadas pelo grau de

apinhamento e pela relação entre o osso basal e as posições dos incisivos51.

Alguns estudos relataram uma relação entre o tamanho mesiodistal

dos dentes e o apinhamento6, 36, 39. Peck e Peck39 encontraram diferenças

estatisticamente significativas entre as dimensões mesiodistal e vestibulolingual dos

incisivos inferiores entre indivíduos com os dentes perfeitamente alinhados e

indivíduos com apinhamento, no sexo feminino39. Outras pesquisas também

demonstraram os mesmos resultados quanto às dimensões mesiodistais7, 12, 30, 36,

porém, com controvérsias quanto às medidas vestibulolinguais, onde diferenças

estatisticamente significativas não foram encontradas7, 13.

O tamanho dos dentes, juntamente com outros fatores, como a

largura e perímetro do arco, mostram grande variabilidade entre os arcos com mais

ou menos apinhamento19, 30. Por outro lado, um dos fatores importantes que

determina se um arco dentário será apinhado ou não é o tamanho absoluto de

dentes naquele determinado arco11.

14

Quanto ao tamanho dentário, foram observadas também diferenças

entre os sexos45 19. Os homens possuem maiores dimensões mesiodistais, sendo

que estas dimensões, são mais acentuadas para os incisivos superiores e caninos19.

Quanto ao apinhamento dos incisivos inferiores, a maior prevalência é no sexo

masculino10, 12. Entretanto, o dimorfismo sexual tem uma baixa influência sobre o

apinhamento dentário10, o que sustenta a teoria de que o apinhamento dos incisivos

inferiores pode ser multifatorial, e que diferentes fatores podem estar atuando em

homens e mulheres10, 44

As dimensões dos arcos dentários também evidenciam diferenças

em pacientes com ou sem apinhamento. Pacientes sem apinhamento apresentam

arcos dentários maiores19, porém, apesar destas dimensões do tamanho do dente

serem indicadores de apinhamento na dentição permanente, o comprimento do arco

é um dos fatores mais importante6.

As discrepâncias de espaço não estão apenas associadas com

variações dentro da própria dentição, mas podem mesmo estar relacionadas com o

padrão geral craniofacial do indivíduo21, 25, 30, 36, 50. Vários autores associaram as

características faciais esqueléticas com o espaçamento e apinhamento mandibular

nas dentaduras mista50 e permanente21, 25, 30, 36. Para a dentadura mista precoce,

foram encontradas correlações inversas significativas entre apinhamento inferior e

SNB, comprimento anterior do crânio e comprimento mandibular, e correlações

diretas entre apinhamento e trespasse horizontal, trespasse vertical, e FMIA50. Para

indivíduos na dentadura permanente, os portadores de apinhamento severo tinham

uma maior angulação do plano mandibular–SN25, 36 e plano oclusal-SN do que os

outros, e também uma altura facial posterior mais curta25. Já Miethke e Behm-

Menthel30 encontraram resultados estatisticamente insignificantes para essa

correlação.

Janson et.al.21 compararam indivíduos com má oclusão de Classe II

completa na dentadura permanente, divididos em dois grupos, de acordo com a

severidade do apinhamento mandibular inferior. Apinhamentos menores que 3mm

foram considerados suaves e os iguais ou maiores que 3mm foram classificados

como apinhamento moderado a severo. Os pacientes com apinhamento moderado a

severo apresentaram menor comprimento efetivo da maxila e mandíbula quando

comparados aos pacientes com apinhamento suave. Foi verificado também que o

comprimento das bases apicais está associado à quantidade de apinhamento

15

dentário; independente do tipo da má oclusão. Assim, os indivíduos com

apinhamento severo são mais susceptíveis a apresentarem menor base apical21.

2.2 PADRÃO FACIAL X CARACTERÍSTICAS DA SÍNFISE MENTONIANA

O crescimento da região craniofacial envolve mudanças

significativas na dimensão vertical da face9, e as características morfológicas que se

relacionam com os tipos de crescimento faciais estão muitas vezes associadas com

a espessura do osso cortical da mandíbula1, 28, 31, 49.

Quanto à inclinação vestibulolingual dos dentes em pacientes com

diferentes padrões de crescimento faciais, existem controvérsias na literatura, pois

alguns autores relatam que indivíduos dolicofaciais possuem uma menor inclinação

vestibulolingual dos segundos molares inferiores comparado aos indivíduos

braquifaciais28, e outros defendem que às inclinações dos segundos pré-molares,

primeiros e segundos molares são significativamente menores em indivíduos

dolicofaciais; e que nestes há uma maior inclinação dos dentes para a lingual49.

Entretanto, com relação à espessura óssea cortical existe um consenso de que em

indivíduos braquifaciais a espessura do osso cortical dos primeiros molares e seções

dos segundos molares são maiores28, 49, assim como nos incisivos centrais

inferiores49. Estes resultados nos fornece evidências de que existe uma relação

significativa, mas complexa, entre as estruturas do corpo mandibular e os tipos

faciais28, 49.

Indivíduos dolicofaciais apresentam uma maior altura alveolar da

mandíbula, o que está mais associado com o formato mais reduzido da sínfise4. A

altura e a largura mandibular diferem mais do que a espessura do osso cortical em

indivíduos com dimensões faciais verticais diferentes, mas diferenças

estatisticamente significativas são evidentes em algumas regiões da espessura do

osso cortical47.

Por meio da TCFC, Gracco et.al17 encontraram uma correlação entre

a morfologia da sínfise e os vários tipos faciais. Com uma amostra de 148

tomografias, os indivíduos foram classificados, de acordo com os valores médios do

FMA, como braquifacial (FMA de 15º - 21º), mesiofacial (FMA entre 22º - 28º), ou

dolicofacial (FMA de 29º - 35º). Os resultados indicaram que a espessura total da

sínfise foi maior nos indivíduos braquifaciais do que nos dolicofaciais. Concluindo

16

então, que há uma relação estatisticamente significativa entre o tipo facial e a

espessura total da sínfise mandibular17.

Horner, et.al18, observaram que as diferenças na espessura da crista

alveolar se dão principalmente devido às diferenças na espessura do osso cortical, e

que este osso tende a ser mais espesso no padrão de crescimento horizontal do que

vertical. Isso explica também as diferenças na espessura do rebordo alveolar18.

Recentemente outros estudos foram realizados, porém, em

telerradigrafias1, 31, e foi possível confirmar que o padrão de crescimento vertical é

um fator significativo na morfologia da sínfise alveolar 1, 31 e na posição do incisivo

inferior31.

2.3 APINHAMENTO ANTEROINFERIOR X CARACTERÍSTICAS DA SÍNFISE MENTONIANA

Um delineamento dos limites da movimentação ortodôntica antes do

início do tratamento é extremamente benéfico e pode auxiliar no planejamento dos

casos clínicos. A posição e o movimento dos incisivos inferiores desempenham

papéis importantes no diagnóstico e no tratamento ortodôntico, pois grandes

movimentações dentárias, às vezes, são necessárias para alcançar o objetivo do

tratamento individual.

A sínfise mandibular é o fator anatômico que limita o movimento dos

incisivos, e uma pequena dimensão vestibulolingual do processo alveolar nesta área

implica uma fina camada de suporte ósseo da mandíbula para os incisivos40. No

caso de uma sínfise estreita e alta, extensos movimentos ortodônticos durante o

tratamento com aparelhagem fixa podem ser críticos e levar à perda óssea

progressiva das corticais vestibular e lingual52. Portanto, a escolha do plano de

tratamento deverá ser fortemente influenciada pela morfologia da sínfise e a posição

dos incisivos inferiores51.

O tamanho e a forma do osso basal são independentes do tamanho

dos dentes. Entretanto, a disposição destes depende em grande parte do tamanho

da base óssea42. Em indivíduos com prognatismo mandibular, o incisivo central

inferior na maioria das vezes, está mais inclinado para lingual, o osso alveolar

associado é mais delgado e também mais inclinado para a lingual, e o ápice

17

radicular do incisivo central inferior está mais próximo do contorno interno do osso

cortical vestibular do que o osso cortical lingual54.

Com o objetivo de testar a hipótese nula de que um maior

apinhamento dos incisivos inferiores está associado com uma redução no suporte

alveolar em secções de TCFC, Uysal et. al51 avaliaram 125 tomografias de

indivíduos com má oclusão de Classe I. O Índice de Irregularidade de Little foi

utilizado para classificar o apinhamento em leve, moderado ou severo. Os seguintes

parâmetros foram medidos nas secções correspondentes aos quatro incisivos

inferiores: altura, espessura e área da sínfise inteira; altura, espessura, e área do

osso medular da sínfise; e a distância entre a cortical vestibular e lingual. Com os

resultados, observaram-se que quase todas as medidas ósseas mandibulares

anteriores foram maiores nos indivíduos do sexo masculino do que no sexo feminino,

e que as mulheres com apinhamento leve, apresentaram valores mais elevados para

a altura do osso medular e a espessura do osso medular vestibular do que àquelas

com apinhamento severo. No entanto, não foram detectadas diferenças nos

indivíduos do sexo masculino. Além disso, foram determinadas correlações

significativas entre apinhamento de incisivo e espessura da sínfise mandibular,

espessura do osso medular, e a parte vestibular da espessura do osso medular em

indivíduos do sexo feminino.

2.4 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO (TCFC)

A tomografia computadorizada (TC) é uma ferramenta valiosa para o

diagnóstico, e sua popularidade tem aumentado acentuadamente3. O diagnóstico por

imagem tem sido usado para o planejamento e tratamento dentário33. Em 1998,

Mozzo et.al32, introduziram a TCFC na Odontologia, este exame utiliza um feixe em

forma de cone que através de uma única rotação da fonte de radiação em torno da

cabeça do paciente, permite a captura da região de interesse, o que difere do

tomógrafo convencional (multislice), onde o feixe de raio x é em formato de leque, e

múltiplos cortes são realizados.

A imagem da TCFC ampliou oportunidades para examinar aspectos

morfológicos do complexo craniofacial, incluindo o osso alveolar; as medições

lineares intraorais38, a localização de dentes impactados33 e pode ser utilizada para

18

avaliar quantitativamente a altura e a espessura do osso bucal com elevada precisão

e exatidão,3, 48 e sem as desvantagens das radiografias convencionais35, 46.

Até recentemente, deiscências e fenestrações ósseas não podiam

ser visualizadas por radiografia bidimensional tradicional por causa da sobreposição

da cortical óssea ou estruturas dentárias23. Entretanto, apesar de muitos relatos na

literatura sobre as diversas utilizações da TCFC, os estudos sobre a sua precisão e

qualidade de imagem para avaliar a morfologia óssea têm sido limitados26, 27, 48.

O osso alveolar, em comparação com o osso basal, é mais difícil de

medir e visualizar, devida sua espessura e a sua proximidade dos dentes e do

ligamento periodontal14, 24. A precisão das medições do osso alveolar com TCFC tem

sido um pouco inconstantes38, 48, pois dependem de vários fatores, tais como:

variações no tamanho do voxel38, 53, do software utilizado37, das condições do tecido

mole53 e da altura e espessura do osso alveolar48.

Exames tomográficos são benéficos, porém, devem ser reservados

para casos específicos2. Esses dispositivos de imagem envolvem alta quantidade de

radiação, necessitam de grande infraestrutura, e possuem alto custo33. Todavia, uma

grande mudança está ocorrendo na maneira de visualizar o complexo craniofacial na

Odontologia, e o impacto sobre a Ortodontia será profundo33. As repercussões da

movimentação dentária no osso alveolar evidenciadas por meio da TCFC apontarão

os limites da Ortodontia, definindo os procedimentos que poderiam, e os que não

deveriam ser implementados em cada paciente individualmente15.

Com o avanço da tecnologia, novos equipamentos são

implementados com frequência visando melhorar as características das imagens, e

reduzir a dose de radiação. Além disso, estudos com a TCFC são necessários para

evidenciar as características dos pacientes que antes não eram visualizadas em

exames bidimensionais.

19

3 PROPOSIÇÃO

Avaliar as características da sínfise mentoniana nos diferentes

padrões de crescimento facial e na severidade do apinhamento dentário

anteroinferior.

20

4 ARTIGO

AVALIAÇÃO TOMOGRÁFICA DA SÍNFISE MENTONIANA NO PADRÃO DE

CRESCIMENTO FACIAL E NO APINHAMENTO ANTEROINFERIOR

RESUMO

Objetivo: Avaliar as características da sínfise mentoniana nos diferentes padrões de crescimento facial e na severidade do apinhamento dentário anteroinferior. Material e Métodos: A amostra foi constituída de 79 indivíduos com média de idade de 17,2 anos (±5,9), 36 homens e 43 mulheres, previamente ao tratamento ortodôntico, com má oclusão de Classe I e II de Angle. As tomografias computadorizadas de feixe cônico, as telerradiografias e os modelos de gesso iniciais desses pacientes foram utilizados. As características da sínfise mentoniana foram avaliadas utilizando o programa Dolphin Imaging 11.5 TM (medidas lineares), e o programa Photoshop CS6 (medidas angulares); e foram comparadas com os diferentes padrões de crescimento facial (braquifacial: FMA < 21o, mesiofacial: 21 o ≤ FMA ≤ 29 o, e dolicofacial: FMA > 29o), e com a severidade do apinhamento anteroinferior (apinhamento leve < 3mm e apinhamento moderado a severo ≥ 3 mm). A confiabilidade do método foi verificada por meio do Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) e pelo teste de Bland & Altman. Foi utilizado o teste do Qui-quadrado para detectar a compatibilidade entre os grupos quanto às proporções dos sexos e da má oclusão. O teste t foi utilizado para avaliar a idade cronológica inicial, o dimorfismo sexual e as características da sínfise com relação ao apinhamento. O ANOVA foi utilizado para comparar as características da sínfise nos diferentes padrões de crescimento faciais e a Correlação de Pearson para verificar possíveis correlações. O nível de significância foi de p<0,05. Resultados: Alta concordância intraexaminador foi observada neste estudo. Os indivíduos braquifaciais apresentam a sínfise mais espessa que os dolicofaciais. Pacientes com apinhamento moderado e severo tendem a apresentar maior altura da sínfise do que pacientes com apinhamento leve. Conclusão: As características da sínfise mentoniana são correlacionadas tanto pelo padrão de crescimento facial como pela severidade do apinhamento anteroinferior

Palavras-chave: Má oclusão. Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. Mandíbula.

21

Introdução

O apinhamento dentário é uma das mais comuns e reconhecidas

características da má oclusão e afeta mais comumente o segmento anteroinferior1.

Numerosos fatores são apontados como elementos que contribuem para o

desenvolvimento e severidade do apinhamento dentário2-4. Já foram encontradas

relações do apinhamento dentário com a largura e o comprimento dos arcos

dentários4-6, o diâmetro mesiodistal dos dentes2, 7, proporções dentárias8, 9 e com as

bases apicais10, 11.

A morfologia do osso alveolar também pode influenciar no

apinhamento dentário11, assim como no padrão facial12. Alguns estudos têm

demonstrado uma correlação entre o tipo facial e a morfologia do osso alveolar da

mandíbula12-14. Nos pacientes com padrão de crescimento vertical existe uma

tendência de uma sínfise mais estreita12. Alguns estudos demonstraram que na

sínfise dos indivíduos braquifaciais existe uma maior espessura do osso cortical

quando comparados aos dolicofaciais13, 15, e que o osso alveolar nesta região tem

limitada dimensão anteroposterior16. Esses indivíduos braquifaciais também

possuem corticais mais espessas nas áreas vestibular, lingual e base da

mandíbula17. Já a espessura do espaço medular é muito pouco afetada pelo padrão

facial18.

A característica da sínfise mandibular é um fator anatômico que

limita o movimento dos incisivos inferiores12, principalmente o movimento de

inclinação dos dentes19. Movimentos ortodônticos mais críticos, como retração e

vestibularização dos incisivos podem suscitar efeitos colaterais iatrogênicos para o

periodonto20, 21. Tais mecânicas podem descentralizar os dentes do tecido ósseo de

suporte, causando deiscências, fenestrações ósseas e recessão gengival,

dependendo da morfologia inicial do periodonto, assim como da quantidade da

movimentação21. Portanto, no diagnóstico e plano de tratamento devem-se levar em

consideração a morfologia do osso alveolar, a quantidade de apinhamento e a

posição dos incisivos na sínfise mentoniana.

Estudos que relacionam o apinhamento dentário com as

características da sínfise mentoniana e também com os diferentes padrões de

crescimento faciais, ainda não foram descritos na literatura, dados estes que

agregariam informações relevantes aos clínicos, tanto para o diagnóstico e

22

planejamento, quanto para o tratamento dos pacientes. Em virtude disso, o objetivo

do presente estudo foi avaliar as características da sínfise mentoniana nos diferentes

padrões de crescimento facial e na severidade do apinhamento dentário

anteroinferior.

MATERIAL E MÉTODOS

O protocolo deste estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em

Pesquisa (CEP) da Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) (Pt/250552) (ANEXO

A).

MATERIAL

Amostra

A amostra foi composta por 79 documentações ortodônticas iniciais,

de um total de 200, do arquivo do curso de Pós-Graduação em Ortodontia da

UNOPAR - Universidade Norte do Paraná. Foram utilizadas TCFC, telerradiografias

e modelos de gesso realizados no início do tratamento ortodôntico de 36 homens e

43 mulheres, com média de idade de 17,2 anos (±5,9).

Os critérios de inclusão para seleção da amostra foram: presença de

má oclusão de Classe I ou Classe II de Angle, presença de apinhamento

anteroinferior, presença de todos os dentes permanentes superiores e inferiores até

os primeiros molares, ausência de cárie proximal ou restaurações insatisfatórias,

ausência de diastemas, ausência de anomalias dentárias de forma, tamanho e/ou

número, ausência de dentes ectópicos, ausência de síndromes, traumas e/ou má

formação craniofacial e ausência de tratamento ortodôntico prévio.

A amostra foi dividida em dois grupos quanto à severidade do

apinhamento anteroinferior; e em 3 diferentes grupos, de acordo com o padrão de

crescimento facial do indivíduo.

23

MÉTODOS

1. Avaliação do Apinhamento e do Padrão de Crescimento Facial

Foi utilizado o índice proposto por Little (1975) e conhecido como

Índice de Irregularidade de Little para avaliação do apinhamento dentário

anteroinferior45 (Figura 1 - apêndice A). Pacientes com apinhamento dentário

anteroinferior < 3 mm foram inseridos no grupo de apinhamento suave; e com

apinhamento ≥ 3 mm, foram classificados como apinhamento moderado a severo

As telerradiografias da documentação inicial dos pacientes foram

importadas para o programa Dolphing Imaging 11.5TM, onde foi realizada a

demarcação e a definição dos pontos cefalométricos (Figuras 2 e 3 – apêndice B e

C). Para avaliar o padrão de crescimento craniofacial do indivíduo, foi utilizado o

FMA como referência12, 18, e os indivíduos foram então classificados em braquifacial

(FMA < 21o), mesiofacial (21 o ≤ FMA ≤ 29 o) ou dolicofacial (FMA > 29o)12, 18.

2. Avaliação das Características da Sínfise Mentoniana

As medidas das características da sínfise mentoniana foram

avaliadas a partir das TCFC, obtidas utilizando o tomógrafo i-Cat (Imaging Sciences,

Kavo, Protocolo: 22x16 cm fov, 40 sec, 0,4 mm voxel, 120 KVP e 36 mA). As

imagens foram importadas para o programa Dolphin Imaging 11.5TM, em formato

DICOM. Estas imagens foram padronizadas realizando-se a orientação dos

diferentes planos de referência no posicionamento da cabeça, antes de se realizar

as mensurações e análises. Um mesmo examinador (T.S.) realizou a padronização

da cabeça de cada imagem. Estas imagens foram alinhadas com as órbitas

paralelas ao plano horizontal, em uma visão frontal (Figura 4A) e em relação ao

plano de Frankfort numa vista lateral (Figura 4B). Foi realizado um corte sagital na

linha média dos incisivos inferiores, e a cabeça do paciente foi então corrigida, em

relação ao longo eixo dos incisivos para facilitar as mensurações. (Figura 4C,D).

Uma vez definida a posição da cabeça, as informações foram

armazenadas e predeterminadas toda vez que foi acessado o arquivo. Essas

orientações permitiram identificar os pontos e padronizar as avaliações.

24

Figura 4 – (A) Imagem alinhada com as órbitas paralelas ao plano horizontal (B) Padronização do Plano de Frankfort. (C) Imagem verticalizada no corte sagital (D) Correção em relação ao longo eixo dos incisivos.

Fonte: Do autor

Para a seleção das imagens mandibulares, cortes axiais foram

obtidos tomando como referência, a polpa dos incisivos centrais e laterais da

mandíbula. Foi traçada, uma linha passando pelo centro de cada canal da raiz, do

canino esquerdo ao canino direito e o software (Dolphin Imaging 11.5TM)

automaticamente gerou secções ortogonais de 0,5 mm a partir desta linha (Figura 5).

25

Figura 5 – Delimitação dos cortes ortogonais.

Fonte: Do autor

As secções sagitais analisadas foram aquelas passando pelo eixo

central dos dois incisivos centrais e dos dois incisivos laterais. Para cada uma destas

secções, foram calculadas 6 medidas lineares: Altura da sínfise mandibular

(segmento paralelo ao longo eixo do incisivo do ponto entre a junção raiz/cortical

vestibular da sínfise à face externa da cortical lingual); altura do osso medular da

sínfise mandibular (linha paralela ao longo eixo do incisivo da cortical vestibular à

cortical lingual da sínfise, partindo de uma linha que passa pelo ápice do dente e é

perpendicular ao logo eixo); espessura da sínfise mandibular (segmento

perpendicular do longo eixo do incisivo que passa pelo ápice da raiz entre a face

externa da cortical lingual e vestibular); espessura do osso medular da sínfise

mandibular (linha perpendicular ao longo eixo do incisivo que passa pelo ápice da

raiz coincidente com a espessura da sínfise entre a superfície interna da cortical

lingual e vestibular), e parte lingual e parte vestibular da espessura do osso

medular da sínfise mandibular 12 (Figura 7).

26

Figura 6 – Medidas na secção sagital. Vermelho: altura da sínfise mandibular. Amarelo: altura do osso medular da sínfise mandibular. Preto: espessura da sínfise mandibular. Verde: espessura do osso medular da sínfise mandibular. Azul: parte vestibular. Branco: parte lingual.

Fonte: Do autor

Além das medidas lineares, foram avaliadas mais duas medidas

angulares, na região dos incisivos centrais e laterais, com o intuito de calcular a área

total e a área interna (osso medular) da sínfise. Para avaliação destas medidas,

cada imagem (dos cortes) foi salva em formato JPEG e importada para o programa

Photoshop CS6 (Adobe Systems, San Jose, CA, EUA). Para mensurar estas

medidas angulares, os seguintes pontos de referência, em cada incisivo, foram

previamente definidos, para padronizar a região verificada de cada imagem: Ponto

A - referente ao ponto mais apical da raíz do incisivo; ponto I - referente ao ponto

mais incisal da coroa do incisivo; pontos As e Ps - pontos mais anterossuperior e

posterossuperior do processo alveolar da mandíbula respectivamente; ponto C -

centro hipotético de rotação do incisivo mandibular (considerado o ponto médio da

porção da raiz incorporada no osso, na metade, ao longo de uma linha imaginária

que passa pelo ponto As e Ps e o ápice da raiz). Ponto An e Po – pontos na face

interna da cortical anterior e cortical posterior respectivamente (trajetória hipotética

da rotação das raízes dos incisivos inferiores em torno de seu centro de rotação)12

(Figura 7).

27

Figura 7- Pontos identificado na sínfise na região do incisivo.

Fonte: Do autor

Após demarcação dos pontos de referência, as seguintes medidas

angulares foram avaliadas de cada incisivo: Ângulo An-C-A – intersecção da linha

An-C (ponto onde o ápice radicular se encontra com o perfil interno da face

vestibular da cortical e do centro de rotação) e C-A (centro de rotação e ápice

radicular) e indica o quanto a coroa do incisivo mandibular pode ser movimentada

lingualmente e o ápice vestibularmente, e Ângulo Po-C-A – Intersecção da linha A-

C (ápice radicular e centro de rotação) e C-Po (centro de rotação e o ponto onde o

ápice radicular se encontra com o perfil interno da face lingual da cortical) e indica o

quanto a coroa do incisivo mandibular pode ser movimentada para vestibular e o

ápice para lingual12 (Figura 8).

28

Figura 8 – Áreas avaliadas para as variáveis angulares da sínfise. Ângulos: An.C.A e Po.C.A

Fonte: Do autor

.

ANÁLISE ESTATÍSTICA

TESTE DE NORMALIDADE

O teste Shapiro-Wilk foi realizado para avaliar a distribuição das

variáveis avaliadas. Distribuição normal foi encontrada para todas as variáveis. Uma

vez que não houve diferença significante entre os incisivos centrais do lado direito e

esquerdo, e dos incisivos laterais, do lado direito e esquerdo, as medidas foram

então agrupadas em incisivos centrais e laterais, com a intenção de facilitar a análise

estatística.

CONFIABILIDADE DO MÉTODO

Foi realizada a avaliação do erro intraexaminador para confirmar a

reprodutibilidade das variáveis estudadas. Foram selecionadas, aleatoriamente, 30%

das radiografias e das TCFC utilizadas na amostra e repetidas as avaliações

novamente, 30 dias após a primeira avaliação. Os resultados foram avaliados por

29

meio do Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) e a concordância de Bland &

Altman. As análises foram realizadas pelo programa GraphPad Prism 5 e BioEstat

5.0.

COMPARAÇÃO ENTRE OS GRUPOS

Foi utilizada a estatística descritiva (média, desvio-padrão, valores

mínimo e máximo) para todas as variáveis estudadas. O teste estatístico empregado

para detectar a compatibilidade entre os grupos quanto às proporções dos sexos e

da má oclusão foi o Teste Qui-quadrado (X2).

Para determinar a compatibilidade dos grupos quanto à idade

cronológica inicial, comparação das características da sínfise mentoniana nos dois

grupos de apinhamento anteroinferior, e quanto ao dimorfismo sexual foi utilizado o

Teste t.

ANOVA foi empregado para a comparação entre as características

da sínfise mentoniana, entre os diferentes padrões de crescimento facial, seguido do

pós teste de Tukey.

Teste de Correlação de Pearson, foi utilizado para mostrar o grau de

correlação entre as variáveis estudadas. (características da sínfise e apinhamento e

características da sínfise e FMA).

As análises estatísticas da comparação entre os grupos foram

realizadas pelo programa Statistica (Statistica 7.0, Statistical Software for Windows

Version 7.0) com p < 0,05.

RESULTADOS

Quanto ao erro do método, os resultados demonstraram alta

confiabilidade intraexaminador, com CCI variando entre 0,74 a 0,97. A Análise de

Bland & Altman evidenciou resultados análogos, com um viés baixo para todas as

áreas e intervalos de confiança estreitos, o que representa boa reprodutibilidade das

medidas obtidas (Tabela 1).

30

Tabela 1 - Confiabilidade do método para avaliação das características da sínfise mentoniana, FMA e apinhamento: Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) e Concordância de Bland & Altman.

1ª medição 2ª medição CCI Bland-Altman

VARIAVEIS Média DP Média DP CCI Erro exp,

p Viés Limite

inf. Limite sup.

Espessura da sínfise IC (mm) 8,61 1,77 8,39 1,68 0,96 0,0016 < 0,001* 0,22 -0,65 1,10

Espessura da sínfise IL (mm) 9,06 1,73 9,13 2,91 0,80 0,0113 < 0,001* -

0,08 -4,28 4,12

Espessura medular da sínfise IC (mm)

4,77 1,58 5,0 1,43 0,84 0,0252 < 0,001* -

0,23 -1,24 0,77

Espessura medular da sínfise IL (mm)

4,75 1,46 4,85 1,35 0,89 0,0129 < 0,001* -

0,10 -1,12 0,91

Parte vestibular IC (mm) 2,75 1,17 2,81 1,22 0,84 0,0304 < 0,001* -

0,05 -1,26 1,15

Parte vestibular IL (mm) 2,8 1,40 2,75 1,27 0,82 0,0366 < 0,001* 0,05 -1,08 1,18

Parte lingual IC (mm) 2,0 0,97 2,21 0,97 0,74 0,0508 < 0,001* -

0,21 -1,34 0,92

Parte lingual IL (mm) 1,94 0,97 2,14 1,08 0,82 0,0442 < 0,001* -

0,19 -1,10 0,70

Altura da sínfise IC (mm) 24,92 3,26 24,78 3,46 0,94 0,0010 < 0,001* 0,14 -2,03 2,31

Altura da sínfise IL (mm) 23,85 3,25 23,58 3,11 0,94 0,0011 < 0,001* 0,26 -1,84 2,36

Altura medular da sínfise IC (mm) 14,40 3,70 15,0 4,03 0,97 0,0023 < 0,001* -

0,60 -2,42 1,22

Altura medular da sínfise IL (mm) 13,01 3,59 13,49 3,45 0,96 0,0025 < 0,001* 0,48 -2,06 1,09

An.C.A IC (°) 34 11,72 32,74 11,07 0,97 0,0108 < 0,001* 1,26 -4,91 7,44

An.C.A IL (°) 30,25 14,57 29,89 13,54 0,96 0,0060 < 0,001* 0,35 -5,08 5,78

Po.C.A IC (°) 28,86 15,93 28,41 15,62 0,96 0,0053 < 0,001* 0,45 -5,69 6,59

Po.C.A IL (°) 26,62 14,33 26,4 14,67 0,96 0,0061 < 0,001* 0,22 -5,27 5,71

APINHAMENTO 4,49 4,18 4,29 4,09 0,97 0,0318 < 0,001* 0,19 -1,21 1,59

FMA 25,62 8,48 25,20 8,39 0,92 0,0083 < 0,001* 0,42 -6,54 7,38

* Significante para p<0,05 (IC=Incisivo Central, e IL= Incisivo Lateral)

Houve compatibilidade da amostra para os seguintes fatores: idade,

sexo e má oclusão (Tabela 2).

31

Tabela 2 - Compatibilidade entre os grupos: idade, sexo e má oclusão (proporção)

G1 Apinhamento LEVE

(n= 40 )

G2 Apinhamento MODERADO/ SEVERO

(n=39 )

Media DP Media DP p

Idade 17,04 5,98 17,05 5,89 0,997

N % N % X2

p

Homem 14 35 22 56,4 3,6594 0,056

Mulher 26 65 17 43,6

Classe I 16 40 17 43,6 0,1046 0,740

Classe II 24 60 22 56,4

*Significante para p<0,05. (DP= Desvio Padrão)

Quanto à comparação das características da sínfise nos diferentes

padrões de crescimento facial, verificou-se que a espessura da sínfise foi

significantemente maior nos indivíduos braquifaciais em relação aos dolicofaciais,

tanto na região dos incisivos centrais como nos laterais. A altura medular da sínfise

nos incisivos laterais foi estatisticamente maior nos indivíduos dolicofaciais em

relação aos braquifaciais (Tabela 3).

32

Tabela 3 - Comparação entre os valores da sínfise mentoniana com os diferentes padrões de crescimento faciais (ANOVA, pós teste de Tukey).

VARIAVEIS B N=21

M N=40

D N=18

Média DP Média DP Média DP p

Espessura da sínfise IC (mm) 9,78A 1,97 8,78

B 1,70 7,98

B 1,41 0,000*

Espessura da sínfise IL (mm) 10,08A 1,56 9,01

B 1,75 8,46

B 1,64 0,000*

Espessura medular da sínfise IC (mm) 5,83A 1,64 4,92

B 1,51 4,14

C 1,34 0,000*

Espessura medular da sínfise IL (mm) 5,67A 1,51 4,92

B 1,64 4,21

B 1,32 0,000*

Parte vestibular IC (mm) 3,48A

1,61 3,06A 1,23 2,43

B 0,83 0,002*

Parte vestibular IL (mm) 3,41A 1,64 3,22

A,B 1,48 2,59

,B 1,07 0,034*

Parte lingual IC (mm) 2,33A 1,05 1,87

B 1,01 1,71

B 1,00 0,017*

Parte lingual IL (mm) 2,25A 1,04 1,70

B 0,98 1,62

B 0,83 0,005*

Altura da sínfise IC (mm) 24,13 2,78 24,60 3,32 25,62 3,75 0,130

Altura da sínfise IL (mm) 23,19 2,85 23,38 3,43 24,64 3,69 0,112

Altura medular da sínfise IC (mm) 13,51 3,25 14,10 3,21 14,81 3,75 0,235

Altura medular da sínfise IL (mm) 12,00A 2,69 12,41

A,B 3,02 13,75

B 3,85 0,038*

An.C.A IC (°) 37,48 13,83 36,01 10,44 33,75 9,65 0,346

An.C.A IL (°) 34,15 14,80 34,82 12,13 30,63 12,52 0,268

Po.C.A IC (°) 31,45 15,57 26,77 12,63 25,23 13,74 0,100

Po.C.A IL (°) 27,61 14,15 21,68 12,58 23,33 12,74 0,061

*Significante para p<0,05. (B= Braquifacial, M= Mesiofacial, D= Dolicofacial)

Após correlacionar os valores da sínfise mentoniana com o FMA,

verificou-se que a espessura é inversamente proporcional ao FMA, sendo que as

correlações mais altas foram observadas para a espessura medular da sínfise (r= -

0,4538 para os incisivo centrais, e -0,4132 para os laterais). Para as variáveis

angulares foi encontrada uma fraca correlação inversa, porém com diferença

estatisticamente significante apenas para o ângulo An.C.A nos incisivos laterais (r= -

0,1649), e Po.C.A para os incisivos centrais (r=-0,2592) e laterais (r=-0,1815). Foi

encontrada uma correlação diretamente proporcional para o apinhamento

anteroinferior (r= 0,1973), sendo estatisticamente significativa (Tabela 4).

33

Tabela 4 – Correlação entre as características da sínfise mentoniana e o FMA (Correlação de Pearson).

VARIAVEIS

p r

Espessura da sínfise IC (mm) 0,000*

-0,3967

Espessura da sínfise IL (mm) 0,000* -0,3872

Espessura medular da sínfise IC (mm) 0,000* -0,4538

Espessura medular da sínfise IL (mm) 0,000* -0,4132

Parte vestibular IC (mm) 0,000* -0,3099

Parte vestibular IL (mm) 0,001* -0,2616

Parte lingual IC (mm) 0,000* -0,3086

Parte lingual IL (mm) 0,000* -0,2824

Altura da sínfise IC (mm) 0,092 0,1346

Altura da sínfise IL (mm) 0,100 0,1314

Altura medular da sínfise IC (mm) 0,215 0,0992

Altura medular da sínfise IL (mm) 0,052 0,1551

An.C.A IC (°) 0,055 -0,1530

An.C.A IL (°) 0,038* -0,1649

Po.C.A IC (°) 0,001* -0,2592

Po.C.A IL (°) 0,022* -0,1815

Apinhamento 0,011* 0,1973

*Significante para p<0,05.

As medidas da sínfise mentoniana também foram comparadas com

os 2 grupos de apinhamento anteroinferior, e os resultados demonstraram que

somente a altura total da sínfise nos incisivos centrais e laterais, e a altura medular

da sínfise nos incisivos laterais obtiveram diferença estatisticamente significantes; e

nestas, todas as médias foram maiores para os indivíduos com apinhamento severo

(Tabela 5).

34

Tabela 5 - Comparação entre as características da sínfise mentoniana e a severidade do apinhamento dentário anteroinferior (Teste t).

VARIAVEIS Apinhamento Leve

(Grupo L) N=40

Apinhamento Severo (Grupo S)

N=39

Media DP Media DP p

Espessura da sínfise IC (mm) 8,71 1,67 9,02 1,96 0,289

Espessura da sínfise IL (mm) 9,10 1,74 9,23 1,81 0,640

Espessura medular da sínfise IC (mm) 4,93 1,47 5,05 1,76 0,642

Espessura medularda sínfise IL (mm) 4,99 1,58 4,92 1,66 0,799

Parte vestibular IC (mm) 2,97 1,20 3,09 1,42 0,588

Parte vestibular IL (mm) 3,24 1,39 3,01 1,55 0,323

Parte lingual IC (mm) 1,97 1,04 1,95 1,05 0,910

Parte lingual IL (mm) 1,75 1,09 1,91 0,89 0,301

Altura da sínfise IC (mm) 24,13 2,86 25,30 3,64 0,027*

Altura da sínfise IL (mm) 22,80 3,07 24,45 3,49 0,002*

Altura medular da sínfise IC (mm) 13,66 2,76 14,56 3,84 0,094

Altura medular da sínfise IL (mm) 11,66 2,44 13,57 3,58 0,000*

An.C.A IC (°) 36,63 10,85 35,12 11,73 0,401

An.C.A IL (°) 35,16 11,60 32,17 14,21 0,149

Po.C.A IC (°) 27,18 12,62 28,15 15,03 0,662

Po.C.A IL (°) 22,33 13,71 24,98 12,61 0,208

*Significante para p<0,05.

Ainda quanto ao apinhamento, foi possível observar com a

Correlação de Pearson, que a altura da sínfise é diretamente proporcional à

severidade do apinhamento, e que a maior correlação foi encontrada para a altura

medular da sínfise nos incisivos laterais (r= 0,5141). Uma correlação inversamente

proporcional também foi verificada para a parte vestibular da espessura medular da

sínfise (r= -0,1806) e para o ângulo An.C.A (-0,2385), ambos para os incisivos

laterais (Tabela 6).

35

Tabela 6 - Correlação entre as características da sínfise mentoniana, e o apinhamento dentário anteroinferior (correlação de Pearson).

VARIAVEIS

p r

Espessura da sínfise IC (mm) 0,672 -0,0340

Espessura da sínfise IL (mm) 0,213 -0,0996

Espessura medular da sínfise IC (mm) 0,635 -0,0380

Espessura medular da sínfise IL (mm) 0,195 -0,1037

Parte vestibular IC (mm) 0,540 -0,0523

Parte vestibular IL (mm) 0,023* -0,1806

Parte lingual IC (mm) 0,991 0,0009

Parte lingual IL (mm) 0,216 0,0990

Altura da sínfise IC (mm) 0,000* 0,3309

Altura da sínfise IL (mm) 0,000* 0,3848

Altura medular da sínfise IC (mm) 0,000* 0,3556

Altura medular da sínfise IL (mm) 0,000* 0,5141

An.C.A IC (°) 0,061 -0,1497

An.C.A IL (°) 0,003* -0,2385

Po.C.A IC (°) 0,877 0,0124

Po.C.A IL (°) 0,374 0,0711

*Significante para p<0,05.

DISCUSSÃO

Recentemente alguns estudos foram realizados com o intuito de

examinar a morfologia do osso alveolar na região dos incisivos inferiores com

TCFC12, 19. Porém, a grande maioria dos estudos, até mesmo estudos recentes,

ainda utilizaram a telerradiografia lateral para o estudo dessa região mandibular22 14,

23 24. Contudo, a telerradiografia não é precisa o suficiente para determinar a relação

entre os incisivos e seu osso alveolar circundante, por causa dos efeitos de

sobreposição da radiografia. Muitas vezes o excesso de sombra pode bloquear a

manifestação real do osso alveolar na área da sínfise mandibular25. Nos últimos

anos, com a popularidade das imagens de TC, as análises tridimensionais, para

medições dos maxilares, se tornaram mais comuns, especialmente para a

morfologia do osso cortical na mandíbula12, 17, 18, 25, 26, e por ser um instrumento

36

adequado para medições lineares intraorais27. Neste estudo, foi utilizado a TCFC

para avaliação da região anterior da sínfise.

Com relação à metodologia aplicada, deve-se destacar a alta

confiabilidade do método proposto (Tabela 1). Isso porque, todas as medidas foram

distribuídas dentro dos limites aceitáveis de variação. A amostra também apresentou

homogeneidade quanto à idade, o sexo, e a má oclusão (Tabela 2), o que torna os

resultados mais confiáveis para o estudo.

As características faciais no sentido vertical são importantes para o

ortodontista, uma vez que afeta as metas e a abordagem de tratamento ortodôntico

por ter um efeito sobre a previsão de crescimento e o sistema de ancoragem. O

perfil facial influencia a espessura do osso cortical da mandíbula26, e a espessura do

osso alveolar pode ser um fator etiológico do apinhamento dos incisivos inferiores11.

Em virtude disso, neste estudo foram avaliadas as medidas da sínfise mentoniana

na região dos 4 incisivos inferiores, com os diferentes padrões de crescimento

faciais e o apinhamento anteroinferior.

Ao comparar os lados direito e esquerdo da sínfise mentoniana, não

foram encontradas diferenças estatisticamente significativas, tanto para a região dos

incisivos centrais como para os laterais, justificando assim, a união destes com seus

respectivos homólogos11, 19. Todavia, a união das características da sínfise nos 4

incisivos não foi realizada, pois já se sabe que a região dos incisivos centrais e

laterais guardam características diferentes entre si12. Neste estudo, por se tratar de

TCFC, esta individualização entre as regiões dos incisivos centrais e laterais foi

possível, diferentemente dos estudos feitos com telerradiografias10, 14, 22-24, 28. É difícil

examinar, nas telerradiografias, a inclinação ou a espessura vestibulolingual do

processo alveolar na região dos incisivos inferiores, porque as imagens radiográficas

das superfícies vestibular e lingual do processo alveolar são projetadas a partir da

parte mais anterior e posterior do osso, e não correspondem precisamente à região

dos incisivos12, 19.

Já se sabe que várias áreas da mandíbula diferem entre os

indivíduos com dimensões faciais verticais15, e que o crescimento mandibular em

uma direção mais posterior, pode estar associado à pequena espessura e grande

altura de sínfise29.

37

Neste estudo, foi encontrada diferença estatisticamente significativa

para a espessura da sínfise na região dos incisivos centrais e laterais e para a altura

medular da sínfise nos incisivos laterais, entre os diferentes padrões de crescimento

facial (Tabela 3). A espessura da sínfise mandibular foi maior nos indivíduos

braquifaciais, e a altura da sínfise nos indivíduos dolicofaciais. Corroboram com os

achados de Swast et.al15 e Gracco et.al12, que também encontraram, por meio da

TCFC, estas características da sínfise mentoniana. Nas telerradiografia lateral,

Moliga-Berlanga et.al14, também obtiveram os mesmos achados, quanto à

espessura da sínfise.

Houve uma correlação média inversamente proporcional da

espessura da sínfise com o FMA (Tabela 4). As maiores correlações foram

encontradas para a espessura medular da sínfise (r= -0,4538 para os incisivos

centrais, e r= -0,4132 para os laterais). Esta correlação é de grande importância para

o clínico, pois pode auxiliar no planejamento ortodôntico (Figura 9). A espessura da

sínfise mandibular influencia a quantidade de protrusão ou retrusão dos incisivos.

Em indivíduos com sínfise mais espessa, braquifaciais, uma maior movimentação é

mais aceitável30, diminuindo assim a necessidade de extrações dentárias29. Além

disso, uma sínfise muito estreita, em pacientes dolicofaciais, pode também, ser um

fator etiológico no desenvolvimento de fenestrações e deiscências ósseas31.

A espessura anteroposterior do osso alveolar na região da sínfise

determina a distância disponível para movimentação ortodôntica de incisivo no

sentido vestibulolingual25. A inclinação do incisivo depende da disponibilidade óssea

no sentido vestibulolingual19. No presente estudo, foi encontrada uma baixa

correlação inversamente proporcional entre o FMA e os ângulo An.C.A nos incisivos

laterais (r= -0,1649), e o ângulo Po.C.A, nos incisivos centrais (r= -0,2592), e

laterais (r= -0,1815) (Tabela 4). Para Cohen (1988), valores na correlação de

Pearson, entre 0,10 e 0,29 podem ser considerados pequenos; escores entre 0,30 e

0,49 podem ser considerados como médios; e valores entre 0,50 e 1 podem ser

interpretados como grandes32. Assim, apesar da baixa correlação entre o FMA e a

inclinação dos incisivos, é possível observar que existe uma relação direta entre

essas características, porém ainda são necessários outros estudos.

38

Figura 9 – Comparação clínica do perfil facial e da sínfise mentoniana (A) Braquifacial (B) Mesiofacial (C) Dolicofacial.

Fonte: Do autor

A revisão da literatura indicou resultados conflitantes sobre os

fatores que contribuem para o apinhamento anteroinferior. O apinhamento na

mandíbula é um fator limitante no plano de tratamento11. A inclinação dos incisivos33,

e a espessura do osso alveolar podem ser um fator etiológico do apinhamento. As

decisões quanto ao tratamento ortodôntico, são muito influenciadas pelo grau de

apinhamento e a relação entre o osso basal e a posições dos incisivos11.

Neste estudo, o apinhamento apresentou (Tabela 4) uma correlação

estatisticamente positiva (0,1973) com o FMA. Esta correlação vai de encontro aos

achados de outros estudos 24, 34, que relatam que os casos com maior severidade do

apinhamento apresentam um padrão de crescimento mais vertical. Entretanto, a

fraca correlação, não permite afirmar que o apinhamento severo tende realmente a

ocorrer em indivíduos com ângulos mandibulares mais divergentes.

39

Uma diferença estatisticamente significante, também foi possível

observar, entre o apinhamento e a altura total da sínfise nos incisivos, e a altura

medular da sínfise nos incisivos laterais (Tabela 5). Utilizando a mesma metodologia,

Uysal et.al11 também encontraram diferença na altura medular, porém somente para

indivíduos do sexo feminino. Houve uma correlação diretamente proporcional entre

a altura da sínfise mandibular e o apinhamento (Tabela 6), sendo que esta

correlação foi maior na altura medular na região dos incisivos laterais (r= 0,5141) do

que na região dos incisivos centrais (r= 0,3556). Assim, quanto maior à severidade

do apinhamento, maior a altura da sínfise, tanto total quanto medular. Também foi

verificado, uma correlação negativa entre a parte vestibular da espessura medular

da sínfise (-0,1806) e o ângulo An.C.A, (-0,2385) ambos para os incisivos laterais

(Tabela 6). O que evidencia uma tendência à espessura da sínfise ser inversamente

proporcional à severidade do apinhamento.

Avaliar estas características previamente auxilia na escolha do

protocolo de tratamento. Se a etiologia do apinhamento não for devido ao tamanho

dos dentes ou problemas nas dimensões do arco transversal pode então estar

relacionada à morfologia da sínfise. Uma grande altura de sínfise tende a

disponibilizar uma menor área para a movimentação fisiológica dentária no sentido

vestibulolingual, o que pode acarretar em apinhamento dentário. Uma sínfise

mentoniana longa pode então ser um fator etiológico do apinhamento anteroinrerior.

O apinhamento dos incisivos pode resultar da combinação de vários

fatores, dentre eles, o sexo35, sendo mais perceptível no sexo masculino35, 36. Devido

ao dimorfismo sexual estatisticamente significativo encontrado neste estudo

(apêndice D), a relação entre o suporte ósseo e o apinhamento dentário também foi

avaliada separadamente para cada sexo. Não houve diferença estatisticamente

significativa para as características da sínfise mandibular entre os indivíduos do sexo

feminino (apêndice E). Para os homens foi encontrada diferença somente quanto à

altura medular da sínfise nos incisivos laterais (apêndice F). Como já foi relatado

anteriormente, Uysal et.al11 encontraram diferença somente para o sexo feminino.

Entretanto, os 4 incisivos foram agrupados na amostra e o apinhamento teve

diferente classificação (apinhamento leve < 3mm e os severos > 8mm), o que pode

explicar a diferença entre os resultados.

40

A classificação da severidade do apinhamento anteroinferior com o

limite de 3 mm difere de alguns estudos anteriores, que usaram maiores limites para

a classificação da severidade do apinhamento11, 34, 37. Porém, neste estudo, devido a

inclusão de pacientes Classe II na amostra, aumentar o limite de 3mm, diminuiria

muito o grupo dos pacientes com apinhamento severo, pois geralmente, a má

oclusão de Classe II, vem acompanhada de compensações dentárias na arcada

inferior10.

Neste estudo, foram encontradas diferenças somente individuais

para cada grandeza, sendo que a altura da sínfise influenciou o apinhamento, e a

espessura o padrão de crescimento facial. Uma vez que as características da sínfise

mentoniana são determinadas, o plano de tratamento pode ser direcionado. A

escolha de um adequado plano de tratamento, necessariamente deve estar baseada

na condição atual do paciente, assim como no grau de efetividade do tratamento

proposto. Partindo deste fato de que a espessura tem uma relação inversamente

proporcional com o padrão de crescimento e a altura diretamente proporcional com o

apinhamento, os resultados do presente trabalho devem ser considerados no

planejamento ortodôntico, pois ajudam na decisão quanto as extrações dentárias. A

espessura muito fina da sínfise associada ao alto grau de apinhamento são critérios

a mais que sugerem ao clínico um tratamento com extrações dentárias. Estudos

futuros, com uma maior amostra, e composta somente por indivíduos com limites

extremos de FMA e de apinhamento, poderiam ajudar a corroborar com os

resultados significantes aqui demonstrados.

CONCLUSÕES

Indivíduos braquifaciais apresentam a sínfise mais espessa do que

dolicofaciais. Houve uma correlação inversamente proporcional entre a espessura da

sínfise e o padrão de crescimento facial.

Indivíduos com apinhamento moderado e severo tendem a ter maior

altura de sínfise mentoniana. Houve uma correlação diretamente proporcional entre

a altura da sínfise e o apinhamento.

As características da sínfise mentoniana são correlacionadas tanto pelo

padrão de crescimento facial como pela severidade do apinhamento anteroinferior.

41

REFERÊNCIAS

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44

5 CONCLUSÕES

Indivíduos braquifaciais apresentam a sínfise mais espessa do que

dolicofaciais. Houve uma correlação inversamente proporcional entre a espessura da

sínfise e o padrão de crescimento facial.

Indivíduos com apinhamento moderado e severo tendem a ter maior

altura de sínfise mentoniana. Houve uma correlação diretamente proporcional entre

a altura da sínfise e o apinhamento.

As características da sínfise mentoniana são correlacionadas tanto

pelo padrão de crescimento facial como pela severidade do apinhamento

anteroinferior.

45

REFERÊNCIAS

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49

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50

APÊNDICES

APÊNDICE A

Análise dos Modelos

Foi utilizado o índice proposto por Little (1975) e conhecido como

Índice de Irregularidade de Little para avaliação do apinhamento dentário

anteroinferior45. O paquímetro digital, com pontas adaptadas, foi posicionado

paralelamente ao plano oclusal e cada distância linear entre os cinco pontos

(A,B,C,D,E) de contato anatômico dos dentes anteriores foi aferida, de mesial de

canino de um lado à mesial de canino do lado oposto (Figura 1A). O somatório de

todas as distâncias lineares medidas compõe o Índice de Irregularidade de Little,

representando a distância que os pontos de contato têm de um alinhamento perfeito

dessa região. As medições dos modelos foram realizadas com um paquímetro digital

(Mitutoyo Sul Americana Ltda., São Paulo, Brasil) (Figura 1B).

Figura 1 – (A) Índice de Irregularidade de Little: soma das distâncias A+B+C+D+E.

(B) – Paquímetro Mitutoyo utilizado com as pontas adaptadas.

Fonte: Do autor

51

APÊNDICE B

Delimitação do desenho anatômico

O desenho anatômico (Figura 2) realizado foi preconizado por

Krogman e Sassouni (1957); Interlandi (1968); McNamara Jr. (1984) com as

seguintes estruturas anatômicas: sela turca; corpo do osso esfenóide; contorno

anterior da mandíbula; incisivos centrais superiores e inferiores; primeiros molares

superiores e inferiores e perfil tegumentar, desde a região acima da glabela até o

contorno inicial do pescoço20, 22, 29.

Figura 2 – Delimitação do desenho anatômico.

52

APÊNDICE C

Demarcação e definição dos Pontos Cefalométricos

Os pontos anatômicos foram demarcados (Figura 3A) utilizando-se

as definições propostas por Krogman;Sassouni (1957)22; e Legan; Burstone (1980),

e por Scheideman et al. (1980) (Quadro 1)

No Abreviação Nome Definição

1 Or Orbitário Ponto localizado mais inferiormente no assoalho da orbitário - caso tenha imagens duplas da órbita, o ponto orbital será a média dos dois pontos encontrados

2 Me Mentoniano ponto mais inferior da sínfise mentoniana

3 Go Gonio ponto mais posterior e inferior da mandíbula, no sentido anteroposterior – localiza-se na bissetriz do ângulo formado pelas tangentes à borda inferior do corpo e borda posterior do ramo ascendente da mandíbula

4 Po Pório ponto mais superior do meato ou conduto auditivo externo

Quadro 1 – Pontos anatômicos.

Com a união desses pontos foi determinado o Plano horizontal de Frankfurt (união

do ponto Pório e Orbitário) e o Plano Mandibular (união do ponto Gônio e

Mentoniano)(Figura3B).

Figura 3 – (A) Determinação dos pontos cefalométricos (B) Obtenção dos planos

Fonte: Do autor

53

APÊNDICE D

Tabela 08

Tabela 08 - Comparação do sexo nas características da sínfise mentoniana (Teste t

de amostras independentes).

VARIAVEIS Mulher Homem

N Média DP N Média DP p

Espessura da sínfise IC (mm) 43 8,72 1,83 36 9,03 1,80 0,273

Espessura da sínfise IL (mm) 43 8,90 1,65 36 9,49 1,86 0,037*

Espessura medular d sínfise I (mm) 43 4,89 1,62 36 5,10 1,61 0,433

Espessura medula da sínfise IL (mm) 43 4,83 1,56 36 5,12 1,67 0,262

Parte vestibular IC (mm) 43 3,14 1,36 36 2,90 1,25 0,252

Parte vestibular IL (mm) 43 3,23 1,43 36 3,01 1,52 0,346

Parte lingual IC (mm) 43 1,75 0,96 36 2,20 1,09 0,007*

Parte lingual IL (mm) 43 1,60 0,84 36 2,11 1,10 0,001*

Altura da sínfise IC (mm) 43 23,11 2,33 36 26,62 3,31 0,000*

Altura da sínfise IL (mm) 43 22,03 2,55 36 25,51 3,28 0,000*

Altura medular da sínfise IC (mm) 43 12,59 2,79 36 15,91 3,10 0,000*

Altura medular da sínfise IL (mm) 43 11,17 2,40 36 14,32 3,19 0,000*

An.C.A IC (°) 43 38,47 10,41 36 32,79 11,57 0,001*

An.C.A IL (°) 43 36,07 10,96 36 30,83 14,66 0,011*

Po.C.A IC (°) 43 25,60 12,69 36 30,13 14,79 0,040*

Po.C.A IL (°) 43 20,98 12,16 36 26,81 13,77 0,005*

* Significante para p<0,05.

54

APÊNDICE E

Tabela 09

Tabela 09 - Comparação das características da sínfise mentoniana, em indivíduos

do sexo feminino, com as diferentes severidades de apinhamento

(ANOVA).

VARIAVEIS Apinhamento < 3mm

(leve) Apinhamento ≥ 3mm (moderado a severo)

N Média DP N Média DP p

Espessura da sínfise IC (mm) 26 8,49 1,66 17 9,06 2,05 0,161

Espessura da sínfise IL (mm) 26 8,81 1,72 17 9,03 1,54 0,550

Espessura medular da sínfise IC (mm) 26 4,81 1,45 17 5,02 1,86 0,558

Espessura medular da sínfise IL (mm) 26 4,82 1,59 17 4,84 1,55 0,963

Parte vestibular IC (mm) 26 3,02 1,11 17 3,33 1,67 0,305

Parte vestibular IL (mm) 26 3,29 1,43 17 3,13 1,44 0,614

Parte lingual IC (mm) 26 1,79 0,87 17 1,69 1,09 0,644

Parte lingual IL (mm) 26 1,53 0,86 17 1,70 0,79 0,342

Altura da sínfise IC (mm) 26 23,11 2,12 17 23,10 2,65 0,979

Altura da sínfise IL (mm) 26 21,72 2,37 17 22,50 2,77 0,165

Altura medular da sínfise IC (mm) 26 12,87 2,64 17 12,17 2,99 0,253

Altura medular da sínfise IL (mm) 26 10,86 2,09 17 11,64 2,77 0,140

An.C.A IC (°) 26 37,80 10,02 17 39,51 11,05 0,459

An.C.A IL (°) 26 36,62 10,19 17 35,24 12,15 0,572

Po.C.A IC (°) 26 26,92 11,87 17 23,59 13,80 0,236

Po.C.A IL (°) 26 19,85 12,41 17 22,70 11,73 0,291

* Significante para p<0,05.

55

APÊNDICE F

Tabela 10

Tabela 10 - Comparação das características da sínfise mentoniana, em indivíduos

do sexo masculino, com as diferentes severidades de apinhamento

(ANOVA).

VARIAVEIS Apinhamento < 3mm

(leve) Apinhamento ≥ 3mm (moderado a severo)

N Média DP N Média DP p

Espessura da sínfise IC (mm) 14 9,11 1,65 22 8,98 1,91 0,767

Espessura da sínfise IL (mm) 14 9,64 1,66 22 9,39 1,99 0,585

Espessura medular da sínfise IC (mm) 14 4,14 1,50 22 5,07 1,69 0,845

Espessura medular da sínfise IL (mm) 14 5,31 1,54 22 4,99 1,75 0,440

Parte vestibular IC (mm) 14 2,89 1,37 22 2,90 1,19 0,975

Parte vestibular IL (mm) 14 3,15 1,35 22 2,92 1,64 0,529

Parte lingual IC (mm) 14 2,29 1,26 22 2,14 0,98 0,587

Parte lingual IL (mm) 14 2,16 1,33 22 2,07 0,94 0,753

Altura da sínfise IC (mm) 14 26,03 3,12 22 27 3,41 0,230

Altura da sínfise IL (mm) 14 24,80 3,24 22 25,96 3,26 0,143

Altura medular da sínfise IC (mm) 14 15,13 2,40 22 16,40 3,40 0,088

Altura medular da sínfise IL (mm) 14 13,15 2,36 22 15,06 3,45 0,012*

An.C.A IC (°) 14 31,72 12,14 22 31,72 11,21 0,332

An.C.A IL (°) 14 29,80 13,63 22 29,80 15,34 0,459

Po.C.A IC (°) 14 31,68 14,14 22 31,68 15,14 0,267

Po.C.A IL (°) 14 26,74 15,01 22 26,74 13,10 0,958

* Significante para p<0,05.

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ANEXOS

Anexo A, Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa – Plataforma Brasil.

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