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V. 11 - N o 4 - Jul/Ago/2014 ISSN 1678-6661 Avaliação transversal retrospectiva do desempenho clínico dos parafusos protéticos do sistema Implacil De Bortoli com cinco ou mais anos em função Gabriel Leonardo Magrin, Haline Renata Dalago, Guenther Schuldt Filho, Mônica Abreu Pessôa Rodrigues, Nilton De Bortoli Junior, Cesar Augusto Magalhães Benfatti, Marco Aurélio Bianchini Separata de artigo de Pesquisa Clínica 10142 - Implacil - Separata INews-v11-n4.indd 513 06/10/2014 16:17:01

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V. 11 - No 4 - Jul/Ago/2014 ISSN 1678-6661

Avaliação transversal retrospectiva do desempenho clínico dos parafusos protéticos do sistema Implacil De Bortoli

com cinco ou mais anos em função

Gabriel Leonardo Magrin, Haline Renata Dalago, Guenther Schuldt Filho, Mônica Abreu Pessôa Rodrigues, Nilton De Bortoli Junior,

Cesar Augusto Magalhães Benfatti, Marco Aurélio Bianchini

Separata de artigo de Pesquisa Clínica

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Gabriel Leonardo Magrin1

Haline Renata Dalago2

Guenther Schuldt Filho3

Mônica Abreu Pessôa Rodrigues4

Nilton De Bortoli Junior5

Cesar Augusto Magalhães Benfatti6

Marco Aurélio Bianchini7

1Mestrando em Implantodontia – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Especialista em Implantodontia – Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).2Doutoranda e mestra em Implantodontia – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).3Doutorando e mestre em Implantodontia – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Bolsista do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (Capes) – Universidade de Berna (Suíça).4Especialista em Implantodontia – Universidade Paulista (Unip).5Doutor e mestre em Implantodontia – Universidade de São Paulo (USP).6Professor adjunto do Departamento de Odontologia, doutor e mestre em Implantodontia – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).7Professor adjunto III do Departamento de Odontologia – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Avaliação transversal retrospectiva do desempenho clínico dos parafusos protéticos do sistema Implacil De Bortoli com cinco ou mais anos em função

A cross-sectional retrospective evaluation on the clinical performance of prosthetic screws of Implacil De Bortoli System with fi ve or more years in function

RESUMOObjetivos: relatar as falhas nos parafusos protéticos de um sistema de implantes com o tempo em função. Material e métodos: foram incluídos nesta avaliação transversal retrospectiva 183 pacientes, reabilitados com 916 implantes (Implacil De Bortoli) em função por pelo menos um ano. Dois grupos foram formados de acordo com o tempo em função: até cinco anos (G1) e mais de cinco anos (G2). A relação entre as falhas e o tempo de uso foi analisada pelo teste qui-qua-drado (nível de signifi cância 5%). Resultados: dos 916 implantes pesquisados, 836 (91,3%) não apresentaram falhas de parafuso e 80 (8,7%) mostraram algum problema relacionado. O grupo G1 apresentou 416 implantes, sendo que 404 implantes (97,1%) não apresentaram problemas e 12 implantes (2,9%) apresentaram falha de parafuso protético. No G2, foram selecionados 500 implantes, dentre os quais 432 (86,4%) apresentavam-se sem falhas de parafuso e 68 (13,6%) com presença de afrouxamento e/ou fratura do parafuso da prótese. Houve diferença estatística signifi cante entre os grupos (p < 0,001). Conclusão: ambos os grupos apresentaram baixos índices de falhas nos parafusos. Entretanto, o G2 (próteses com mais de cinco anos) apresentou maior percentual dessas falhas, demonstrando que as mesmas aumentam com o tempo em função das reabilitações implantossuportadas.Unitermos – Falha de restauração dentária; Prótese dentária fi xada por implante; Implantes dentários.

ABSTRACTObjectives: to report prosthetic screw implant failures over time periods. Material and methods: one-hundred and eighty-three patients receiving 916 implants (Implacil De Bortoli, Sao Paulo, Brazil) with at least one year to follow-up were included in this cross-sectional retrospective study. Prosthetic screws were divided into two groups: G1 (≤ 5 years) and G2 (> 5 years in function). The chi-square test was used to analyze relationship between failures and time in function (5% level of signifi cance). Results: out of the 916 examined implants, 836 (91.3%) did not present prosthetic screw failures and 80 (8.7%) reported some problem. The G1 presented with 416 implants, being 404 (97.1%) with no problems and 12 (2.9%) with some type of failure. At G2, 500 implants were selected, being 432 (86.4%) presenting no failures and 68 (13.6%) with screw loosening and/or fracture. A statistically signifi cant difference was observed between groups (p < 0,001). Conclusions: both groups presented low index failures for prosthetic screws. How-ever, more failures were seen at G2 (> 5 years of follow-up), corroborating the fi ndings that those increase according to time in function for oral, implant-supported rehabilitations.Key words – Dental restoration failure; Dental prosthesis; Implant-supported; Dental implants.

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AUTOR CONVIDADO

Marco Aurélio Bianchini

Magrin GL • Dalago HR • Schuldt Filho G • Rodrigues MAP • De Bortoli Jr. N • Benfatti CAM • Bianchini MA

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Autor Convidado | Caderno Científico

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Introdução

A qualidade dos implantes e os componentes do sistema reabilitador podem apresentar relação direta com o sucesso de reabilitações implantossuportadas. Uma vez que são muitos os fatores a serem superados pelo clínico, desde com-prometimentos sistêmicos e locais do paciente até a execução precisa de protocolos cirúrgicos e protéticos, a utilização de produtos de qualidade confiável é imprescindível para dar previsibilidade ao tratamento. A evidência científica deve ser o fator que norteia a escolha do material. Estudos que apresentam pesquisas com acompanhamento clínico supe-rior a cinco anos devem ser preferidos por profissionais que preocupam-se em manter a sobrevivência e a durabilidade de implantes instalados e ativados.

Define-se como fracasso do tratamento com implantes dentários o resultado que não preenche as expectativas do profissional/paciente nos quesitos funcionais ou estéticos, ou seja, quando o produto do planejamento não alcança seu objetivo de forma plena1. Mesmo com as altas taxas de sucesso e previsibilidade apontadas na literatura para a osseointegração de implantes dentários, falhas durante a fase protética ocorrem com grande frequência. Dentre estas falhas, o afrouxamento e a fratura de parafusos protéticos estão entre as complicações mais prevalentes relatadas em prótese sobreimplante2-5.

O afrouxamento de parafusos é descrito como um pro-cesso que ocorre em dois estágios. No primeiro estágio, forças externas – sejam transversais ou laterais – aplicadas na junta parafusada durante a mastigação levam a uma diminuição do atrito superficial das roscas, o que contribui para a perda da pré-carga. Em um segundo estágio, ocorre uma perda contínua da pré-carga até níveis críticos, comprometendo a estabilidade do sistema e provocando o afrouxamento do parafuso6.

O inadequado regime de oclusão, bem como a má distribuição dos implantes e seu mau posicionamento, é um fator que reafirma a hipótese da repetição dos episódios de soltura ou fratura. Tais fatores apontam a importância dos componentes funcionais do tratamento na gênese e perpe-tuação do problema. Contudo, o diagnóstico destes episódios é bastante complexo, dificultando a resolução definitiva5,7.

Fatores locais como a localização do implante, o tempo de prótese em função e as características da peça protética – tipo de material de revestimento estético e sistema da pró-tese – exercem influência nas falhas funcionais das próteses implantossuportadas, justificando, portanto, a análise des-ses conceitos8. Sugere-se que o afrouxamento do parafuso protético, detectado ou não clinicamente, leve à sua fratura. Sendo assim, a fratura do parafuso seria o agravamento de um episódio de afrouxamento, indicando um segundo estágio do mesmo tipo de falha funcional. Tais parafusos são mais deli-

cados e possuem uma menor resistência estrutural, quando comparados aos parafusos de pilares protéticos9.

Devido ao caráter multifatorial, não foi estabelecido pela literatura um protocolo de manutenção que vise à prevenção destas falhas. Acredita-se, porém, que o tempo de prótese em função exerça influência na ocorrência de falhas de parafuso. Estabelecer um tempo adequado para manutenção destas peças embasaria decisões clínicas, como a possível substitui-ção dos parafusos. Este estudo avaliou o desempenho clínico de próteses implantossuportadas de um único fabricante e relacionou as falhas de parafusos protéticos (afrouxamento e/ou fratura) com o tempo em função.

Material e Métodos

Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos – Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo – São Paulo – Brasil (parecer nº 367.077/21/08/2013). Todos os pacientes assinaram um termo de consentimento, autorizando a coleta dos dados clínicos e as intervenções necessárias para a realização da pesquisa. Os critérios de inclusão para o estudo compreen-deram: pacientes tratados com implantes de titânio Implacil De Bortoli (São Paulo, Brasil) e próteses fixas implantossu-portadas realizadas na Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Odontologia (Fundecto), localiza-da no Centro de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP), no período de 1998 a 2012. Ainda, os pacientes não apresentaram comprometimentos sistêmicos significantes no pré-operatório. Os implantes foram instalados sob rigorosas condições assépticas, de acordo com o protocolo descrito no manual cirúrgico do sistema, de acordo com o fabricante. Apenas entraram nas análises implantes em função por um ano, no mínimo, com reabilitação protética na fase definitiva, ausência de mobilidade e ausência de infecção persistente e/ou dor10-11.

Foram examinados 183 pacientes – 69 homens e 114 mulheres, reabilitados com 938 implantes. Para todos os pacientes examinados, foram perdidos 16 implantes, e seis elementos foram sepultados devido ao mau posicionamento protético. Apenas quatro implantes foram perdidos após o estabelecimento da função oclusal. A taxa de sobrevivência dos implantes foi de 98,28%. Dessa forma, foram selecionados 916 implantes dentários pilares de próteses fixas. A idade dos pacientes variou de 27 a 89 anos, sendo que a média foi de 59,31 anos.

Foram formados dois grupos de acordo com o tempo em função: menor ou igual a cinco anos (G1) e mais de cinco anos (G2). Do total da amostra pesquisada (916 implantes), o grupo G1 apresentou 416 implantes (45,4%), e para o grupo G2 foram selecionados 500 implantes (54,6%).

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Os casos que apresentaram afrouxamento de parafuso protético foram solucionados através do retorque, conforme as recomendações do fabricante. Para casos de fratura, os fragmentos foram removidos e o parafuso foi substituído. Todos os pacientes passaram por exame clínico, ajuste oclusal e foram atendidos pelo mesmo profissional.

Os dados foram agrupados para aplicação do teste es-tatístico qui-quadrado (nível de significância 5%).

Resultados

Dos 916 implantes pesquisados, 836 (91,3%) não apre-sentaram falhas de parafuso protético e 80 (8,7%) mostraram algum problema relacionado. O grupo G1, que apresentava 416 implantes, teve 404 implantes (97,1%) sem ocorrência de problemas de afrouxamento e/ou fratura de parafuso protético. Para o mesmo grupo, 12 implantes (2,9%) apresen-taram falha de parafuso. No grupo G2 foram selecionados 500 implantes, dentre os quais 432 (86,4%) apresentavam-se sem falhas do parafuso da prótese e 68 (13,6%) com presença de afrouxamento e/ou fratura do parafuso. Houve diferença estatística significante entre os grupos (p < 0,001), Tabela 1.

Discussão

Mesmo com o alto desempenho clínico dos componentes do sistema avaliado (Figuras 1 e 2), o estudo demonstrou que parafusos protéticos de próteses sobreimplantes em função por mais de cinco anos estão mais propensos a afrouxamentos e/ou fraturas do que próteses em função por menor tempo. Apesar de bastante estudada na literatura3,12-16, a falha do parafuso protético ainda permanece com poucos estudos que a correlacione de uma forma temporal, demonstrando sua maior prevalência com o passar do tempo. É consenso a necessidade de manutenção profissional e acompanhamento

Figura 1Componentes protéticos do sistema Implacil De Bortoli. Análogo do implante (hexágono externo, plataforma 4.0), pilar Ucla calcinável (hexágono externo,

diâmetro 4.0) e parafuso de fixação. Os componentes calcináveis são utilizados para fundição e confecção da infraestrutura de próteses implantossuportadas.

Figura 2Componentes protéticos do sistema

Implacil De Bortoli. Análogo do cônico estético, coifa do cônico

estético e parafuso de fixação (esquerda). Análogo do minicônico,

coifa do minicônico e parafuso de fixação (direita). Componentes

sem antirrotacional, utilizados em próteses múltiplas e unidas.

TABELA 1 – DISTRIBUIÇÃO DA FALHA DE PARAFUSO (AFROUXAMENTO OU FRATURA), CONFORME O TEMPO DE PRÓTESE

Letras minúsculas diferentes representam diferença estatisticamente significante entre as linhas (teste qui-quadrado, p < 0,001).

Tempo em usoFalha de parafuso

Não Sim

≤ 5 anos (G1) 404 (97,1%) a 12 (02,9%) a

> 5 anos (G2) 432 (86,4%) b 68 (13,6%) b

Total 836 (91,3%) 80 (08,7%)

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clínico dos pacientes reabilitados com próteses implantossu-portadas. Dessa forma, pesquisas com extensos períodos de acompanhamento devem nortear tanto as empresas fabrican-tes quanto o clínico. A ausência de estudos com desenhos metodológicos validados impedem a garantia da qualidade dos implantes e componentes. Dessa forma, o clínico pode ficar refém de marketing, sem embasamento científico.

Dentre os fatores que poderiam levar a um afrouxa-mento ou fratura, apertos manuais dos parafusos12, perda da pré-carga13-14, regime oclusal inadequado5, entre outros, seriam os principais responsáveis. Na intenção de minimi-zar estes efeitos, alguns autores preconizam o retorque do parafuso após alguns minutos, ainda no momento da ins-talação das próteses, para que as falhas por sedimentação sejam reduzidas15,17-18. Embora possua resultados positivos na redução dos afrouxamentos, tal manobra não previne os problemas gerados ao longo dos anos, onde forças mastiga-tórias tenderiam à perda contínua do torque transmitido ao parafuso durante a instalação das peças protéticas.

É indiscutível o papel do tempo na determinação do sucesso das próteses implantossuportadas. Aponta-se que apenas 66,4% dos pacientes estão livres de complicações, biológicas ou mecânicas, após cinco anos com próteses sobreimplantes em função. Além disso, o afrouxamento de peças protéticas ocorreria em aproximadamente uma em cada 20 próteses no período mencionado, justificando uma abordagem preventiva para tal problema19.

Outro fator a ser considerado é o risco de fratura do pa-rafuso protético. De resolução muitas vezes difícil, a remoção do fragmento fraturado pode consumir tempo clínico e levar a danos ao implante20. Sendo esta, muitas vezes, uma conse-quência do afrouxamento ao longo do tempo, a prevenção é novamente posta como o melhor caminho para a evasão das falhas de parafuso.

Figura 5Pilares de fixação após

remoção da prótese. Observe a preservação

da mucosa queratinizada e a aparência de saúde

dos tecidos molesperi-implantares.

Figura 3Prótese total fixa implantossuportada após seis anos em função. Observe o

desgaste natural da prótese. Falhas mecânicas não foram relatadas no período.

Figura 4Remoção da prótese para desorganização do biofilme e troca de parafusos

protéticos. Observe o pequeno acúmulo de biofilme na região interna da prótese.

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Apesar de taxas baixas de falha de parafuso para am-bos os grupos, estas foram mais frequentes para o grupo de implantes com maior tempo em função. Pelo resultado deste trabalho, observou-se que a manutenção das próteses com a troca do parafuso em tempo hábil (menor ou igual a cinco anos) pode aumentar de forma significante o sucesso das reabilitações protéticas retidas a parafuso sobre um interme-diário. A diminuição de episódios de afrouxamento ou fratura leva à maior previsibilidade e longevidade dos tratamentos.

O estabelecimento de protocolos de manutenção dos parafusos (Figuras 3 a 5), com possível substituição desses elementos, seria a chave para a diminuição deste tipo de falha em próteses parafusadas. Este estudo demonstrou uma alta performance clínica do sistema de implantes e componen-tes Implacil De Bortoli. A baixa taxa de falhas de parafusos protéticos e a longevidade das reabilitações implantossupor-tadas devem-se à precisão e ao cuidado, tanto na fabricação dos materiais utilizados quanto na realização de protocolos clínicos criteriosos.

Conclusão

O sistema avaliado apresentou 97,1% de sucesso no G1 (próteses com menos de cinco anos) e 86,4% de sucesso no G2 (próteses com mais de cinco anos). Ambos os grupos apresentaram baixos índices de falhas nos parafusos, com-provando a eficácia do sistema utilizado. O G2 apresentou maior percentual dessas falhas, demonstrando que as mesmas aumentam com o tempo em função das reabilitações.

Nota de esclarecimentoNós, os autores deste trabalho, não recebemos apoio financeiro para pesquisa dado por organi-zações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Nós, ou os membros de nossas famílias, não recebemos honorários de consultoria ou fomos pagos como avaliadores por organizações que possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho, não possuímos ações ou investimentos em organizações que também possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho. Não recebemos honorários de apresentações vindos de organizações que com fins lucrativos possam ter ganho ou perda com a publicação deste trabalho, não estamos empregados pela entidade comercial que patrocinou o estudo e também não possuímos patentes ou royalties, nem trabalhamos como testemunha especializada, ou realizamos atividades para uma entidade com interesse financeiro nesta área.

Endereço para correspondênciaGabriel Leonardo MagrinRua Douglas Seabra Levier, 163 – Bloco C – Apto. 304 – Carvoeira88040-410 – Florianópolis – SCTel.: (41) [email protected]

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“Comentário do autor:

Pjetursson BE, Thoma D, Jung R, Zwahlen M, Zembic A. A systematic review of the

survival and complication rates of implant-supported fi xed dental prostheses (FDPs) after

a mean observation period of at least 5 years. Clin Oral Implants Res. 2012;23:Suppl

6:22-38 (doi: 10.1111/j.1600-0501.2012.02546.x).

Comparando o presente estudo com a revisão sistemática citada acima, observa-se que:

1. Levando-se em consideração o número de pacientes e não o número de implantes

avaliados, a taxa de pacientes saudáveis, sem qualquer tipo de problema protético, foi

maior no sistema Implacil De Bortoli (74,86%) contra (66,4%) nos achados da revisão

sistemática. Dessa forma, o sistema Implacil De Bortoli tem aproximadamente 10% a

mais de pacientes livres de complicações, quando comparamos com diversos estudos

reunidos nesta revisão sistemática internacional.

2. Nessa mesma revisão sistemática observou-se uma média de 5,3% de afrouxamento

de parafusos até cinco anos, enquanto que no sistema Implacil De Bortoli, avaliado

nesse estudo, essa média foi de 2,9%. Isso demonstra que o sistema de prótese da

Implacil De Bortoli funciona dentro dos padrões de qualquer outro sistema internacional.

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