AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE FRANQUIAS SEDIADAS NO BRASIL… · 2017-10-24 · No Brasil, o...
Transcript of AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE FRANQUIAS SEDIADAS NO BRASIL… · 2017-10-24 · No Brasil, o...
AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE
FRANQUIAS SEDIADAS NO BRASIL:
ASPECTOS DO PROCESSO DE
INTERNACIONALIZAÇÃO NOS
ÚLTIMOS 10 ANOS.
Selene de Souza Siqueira Soares (UFSC)
Dalton Siqueira Pitta Marques (Fipase)
Tiago Fontao Alexandre (UFSC)
Maria Fernanda Guimaraes May Vieira (UFSC)
O estudo proposto faz avaliação de aspectos do processo de
internacionalização de franquias brasileiras. É objetivo do trabalho
comparar os resultados da presente pesquisa realizada em 2016, com
os resultados de trabalho anterior de Marques (2006) que fez esta
mesma análise no ano de 2006. A pesquisa foi feita por meio de um
survey enviado a todas as franquias brasileiras que constam na base
de dados da Associação Brasileira de Franquias (ABF). Na análise de
dados estruturou-se a comparação entre o comportamento das
franquias nos anos de 2006 e 2016, tratando de pontos específicos
como os principais motivos para a internacionalização, destinos
iniciais das franquias internacionalizadas, métodos de entrada no
exterior, intenção de tornar a franquia internacional e principais
barreiras ao processo de internacionalização. Os resultados
encontrados sugerem poucas alterações no comportamento das
empresas brasileiras que buscam internacionalizar suas franquias.
Destacaram-se, contudo, alterações nos países de destino e os
fatores que influenciam esta escolha, os quais em 2006 estavam
atreladas as condições político-econômica e objetivos da firma e em
2016 mais associados a oportunidades de negócio e novos nichos de
mercado.
Palavras-chave: Franquia, internacionalização, survey, processo de
internacionalização
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção” Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
2
1. Introdução
Dados da Associação Brasileira de Franquias (2016) dão conta de que o Brasil é na atualidade
o quarto maior mercado de franquias do mundo, com mais de 3.030 redes franqueadoras. A
expressividade com que o setor vem crescendo na economia nacional nos últimos anos tem
chamado atenção da literatura acadêmica por meio da produção de muitos estudos
relacionados a diferentes questões, entre elas, o processo de internacionalização das franquias
brasileiras. (LIMA; LUNA; DE SOUZA, 2012, ROCHA; BORINI; SPERS, 2011
MARQUES; MERLO; NAGANO, 2009).
A abordagem sobre a internacionalização de franquias tem sido bastante relevante em virtude
do seu caráter atual e de sua estreita relação com o desempenho do mercado nacional. Se de
um lado, o bom desempenho da economia e políticas cambiais favoráveis são um incentivo ao
crescimento internacional de grupos brasileiros, de outro, a recente retração da economia
brasileira também potencializa tal movimento na busca por novos mercados mais rentáveis.
A presente pesquisa pretende dialogar com estudos anteriores, notadamente Marques (2006),
que trata do perfil das empresas que estão internacionalizadas e aspectos que influenciam na
decisão de internacionalizar. É objetivo do estudo atualizar algumas informações,
contrastando dados e verificando possíveis alterações na conduta atual das franquias, em
especial naquilo que se refere ao processo de internacionalização.
Em sua estrutura, o artigo apresenta quatro sessões, além desta introdução. No tópico dois é
apresentado o referencial teórico aborda o que são franquias, seus tipos e questões
relacionadas ao processo de internacionalização. Em seguida, no tópico três é descrito o
método de pesquisa e, na sequência, são apresentados e discutidos os resultados.
2. Revisão da literatura
2.1. O que são franquias
No que tange a conceituação de franquia, existem diversas definições sobre o termo, porém
elas não apresentam grandes diferenças entre si e acabam convergindo para a concepção da
International Franchise Association (IFA) onde o termo franchising, trazido e traduzido do
inglês, representa um modelo de negócio que visa a expansão da atividade comercial e a
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
3
distribuição de serviços e bens por meio de uma relação de licenciamento. Os franqueadores
estabelecem-se como pessoas ou companhias que cedem uma licença para que uma terceira
parte possa então conduzir o negócio. Esta terceira parte são os franqueados.
Na mesma linha interpretativa, no Brasil, o Sebrae (2016) conceitua as franquias como uma
estratégia empresarial que visa a distribuição e comercialização de produtos e serviços. Além
disso, considera que esse modelo é fundamentado na existência de um contrato como
característica principal. Neste contrato, a empresa detentora de uma marca exerce o papel de
franqueador, utilizando-se do sistema de franquias em busca da expansão de seus negócios.
Esta estratégia, portanto, baseia-se na concessão dos direitos de uso de sua marca a outros
indivíduos, os franqueados.
No Brasil, o arcabouço institucional para o funcionamento de franquias é disciplinado pela
Lei nº 8.955, de 15 de dezembro de 1994, a qual define o termo franquia empresarial como
sendo um sistema utilizado pelos franqueadores para ceder aos franqueados o direito de
utilização de sua marca ou patente, além do direito de distribuição dos serviços e produtos
inerentes ao negócio. A lei também prevê, em casos eventuais, o direito de uso das
tecnologias e técnicas relacionadas à administração ou implantação do sistema de operação
que são detidos pelo franqueador. Isso se dá legalmente mediante a remuneração concordada
em contrato, desde que não fique evidenciado nenhum tipo de vínculo de cunho empregatício,
limitando-se, desta forma aos termos de aplicação comercial.
2.2. Tipos de franquias
A partir do entendimento das franquias como um modelo de negócios, a literatura apresenta
algumas tipologias que permitem diferenciar modalidades de operação. Mauro (1994)
considera que as modalidades de franchising encontradas atualmente relacionam-se às
segmentações das áreas de atuação das franquias e, a partir disto, são feitas as classificações
pertinentes, como franquias de moda, de veículos, de alimentação etc.
Já Beshel (2001) classifica as franquias segundo as exigências do modelo de negócios. O
autor destaca duas formas gerais: a) as franquias que seguem o modelo de distribuição e
apenas vendem os produtos disponibilizados pelos franqueadores e b) as que devem seguir à
risca o formato de negócios, e estas são as mais comuns.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
4
No primeiro modelo, o franqueado tem licença para explorar a marca registrada e logomarca
da empresa, mas sem auxílio ou suporte de um sistema para rodar as atividades gerenciais do
empreendimento. O grande exemplo que se tem deste tipo de franquia são os postos de
combustível. Já para o segundo caso, além do uso da marca registrada e da logomarca,
também é utilizado todo um método para condução do negócio, podendo se fazer valer da
utilização de um plano de marketing e um manual de operação oferecidos pelo franqueador.
Como exemplos, tem-se as grandes redes de fast food, cosméticos, etc.
Marques, Merlo e Nagano (2009) vão na mesma linha de Beshel (2001) quando afirmam que
boa parte dos autores fazem diferenciação somente sobre franquia de produto-marca e
franquias de formato de negócio. A primeira situação diz respeito a um sistema de
distribuição onde fabricantes e franqueados firmam contrato estipulando apenas a venda de
produtos ou atuação da marca. No entanto, franquias que atuam sob os moldes de formato de
negócio são caracterizadas por uma relação que inclui, além do produto e a marca em si,
também o formato comercial, utilizando-se de estratégias de marketing e ferramentas de
gestão como treinamentos e padrões de operação.
2.3. Vantagens e problemas envolvidos nas franquias
A franquia de formato de negócio possui vantagens e desvantagens, tanto para o franqueado
quanto para o franqueador. Para o proprietário da marca, as vantagens concentram-se na
possibilidade de rápida expansão da rede, enquanto as desvantagens giram em torno dos
riscos de perda de controle e padronização. Já no caso do proprietário das lojas, as vantagens
relacionam-se à aquisição de um negócio já testado enquanto as desvantagens estão ligadas à
perda de autonomia.
Para a franqueadora, os maiores inconvenientes estão na estrutura robusta que tem de ser
mantida. Nela estão envolvidas o know-how ministrados nos treinamentos, complexidade na
produção e distribuição dos produtos (gestão da cadeia de suprimentos), grande investimento
em tecnologia de informações além da total responsabilidade pela divulgação. Enquanto isso,
para os franqueados, os inconvenientes se dão pelo longo retorno do capital-investido e
ocasionais falta de apoio, produtos e liberdade na loja.
Os benefícios para o franqueado estão, justamente, na sólida estrutura proporcionada pelos
franqueadores no que diz respeitos aos treinamentos proporcionados, suporte prestado,
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
5
desenvolvimento dos produtos e controle da produção e negociação com os fornecedores.
Além disso, o risco de investimento é muito menor, já que a marca, via de regra, já é
conhecida e bem divulgada. A franqueadora se beneficia dessa relação pelo maior giro de
estoque e aumento do poder de negociação e rentabilidade. Além do fortalecimento e
crescimento da marca, aumenta-se a possibilidade de expansão no exterior, que é do que se
trata esse artigo.
2.4. Processo de internacionalização de franquias
Pode-se generalizar o processo de se internacionalizar como sendo um “processo de
envolvimento crescente em operações internacionais” (WELCH; LUOSTARINEN, 1988,
p.36). Tal envolvimento, segundo Marques (2006), é crescente em relação às operações
internacionais correspondentes ao nível de comprometimento de ativos e de presença no
exterior.
Existem duas macro estratégias de internacionalização de empresas: sem investimento e com
investimento direto no exterior (LOUREIRO, 1995). Estas macro estratégias podem ser
desmembradas em algumas outras. Observa-se, portanto, que o empenho em investimentos no
exterior relaciona-se com a intensidade do processo de internacionalização. Segundo Marques
(2006), o “investimento direto externo” (IDE) compreende a forma mais intensa de
internacionalização. Já o patenteamento, ou licenciamento, é uma forma de aproveitar o
potencial da marca sem comprometer uma grande quantia de recursos. A forma mais
prematura de internacionalização seria a exportação de não-commodities e está intrínseca a ela
grandes riscos e potenciais lucros menores. O estabelecimento de joint-ventures também se
apresenta como uma forma possível de internacionalização com menos riscos já que se
estabelece uma parceira com alguém que já tem conhecimentos sobre o mercado local.
Na mesma linha, Szychta (2005), destaca o potencial de internacionalização com o
estabelecimento de joint venture ou filiais, porém o autor aponta que uma outra saída pode ser
o sistema conhecido como máster franquia. Neste sistema, o franqueador original confere à
uma organização do país de destino os direitos sobre seus produtos ou serviços. Este o tipo de
franquia é o mais utilizado no comércio internacional.
Ainda de acordo com Marques (2006), os estudos sobre internacionalização de empresas
seguem dois modelos de análise: o econômico e o comportamental. O econômico baseia-se
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
6
nos critérios de racionalidade econômica e produtiva para explicar os métodos de
internacionalização. Já o comportamental, entende que existem outros fatores além dos
econômicos nos quais se motivam as decisões no processo de se internacionalizar.
Outra necessidade que aparece é a de adaptar seu modelo de negócios ao ecossistema de
negócios do mercado-alvo. Dessa forma, deve-se estabelecer o processo de exportação a partir
do Brasil, desenvolvendo fornecedores locais e ajustando a formatação e modelagem da
franquia em acordo com a legislação dos mercados-alvo, além de diferenças culturais,
econômicas, sociais, políticas, religiosas, influenciando hábitos e costumes. Revisões e ações
corretivas serão realizadas de acordo com as adaptações que deverão considerar as
particularidades de cada país e de cada região.
3. Método
A pesquisa pode ser definida como descritiva e quantitativa, onde o levantamento de dados se
deu através do método survey, por meio de aplicação de questionários fechados.
Este estudo tem o objetivo de atualizar pesquisa de Marques (2006) com objetivo principal de
identificar o perfil das franquias nacionais em relação à internacionalização. Para tal, baseou-
se no questionário concebido por Marques (2006), especialmente para conferir a possibilidade
de comparação entre os dados dos dois períodos 2006 e 2016. A pesquisa atual avançou no
uso de recursos tecnológicos para aplicação do survey.
O questionário foi estruturado no Google Forms, ferramenta gratuita que oferece o serviço de
criação e gerenciamento de questionários. Os pontos abordados buscam relações com os
objetivos fixados por meio de perguntas gerais sobre o desempenho gerencial das franquias e
seu eventual processo de internacionalização.
A base de dados utilizada para seleção e envio de questionários foram todas as redes de
franquias presentes no banco de dados da ABF. A aplicação deu-se em três fases, sendo a
primeira delas o envio do questionário por meio de e-mail para os destinatários durante a
primeira semana de outubro de 2016. Ao todo foram enviados e-mails para 806 empresas
solicitando a participação na pesquisa
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
7
Em um segundo momento, duas semanas depois, como lembrete foram reenviados e-mails
para aquelas empresas que ainda não haviam participado. Ao todo foram enviados e-mails
para 779 empresas reforçando o interesse de que a empresa respondesse o questionário.
No corpo destes e-mails eram disponibilizadas informações gerais sobre a pesquisa e o link de
acesso ao questionário. Por fim, devido à baixa adesão das franquias já internacionalizadas,
houve contato telefônico buscando coletar a maior quantidade possível de informações sobre
as mesmas. Foram feitos contatos telefônicos com 37 das 41 franquias com atuação no
exterior solicitando interesse da equipe na participação destas empresas.
Ao fim de todo este esforço de contato com as empresas, o estudo obteve um total de quarenta
e seis questionários com dados válidos.
4. Resultados
Os principais resultados encontrados estão descritos a seguir, privilegiando a comparação com
o estudo de 2006.
O primeiro ponto comparativo que se tem são os setores de atuação das franquias que
responderam ao questionário. As primeiras diferenças já começam a ser notadas quando se
compara os setores mais representativos de cada pesquisa. Dez anos atrás os três setores mais
representativos foram: alimentação com 24,4%; educação e treinamento com 20,5%; e beleza,
esporte e saúde com 14,1%. Atualmente, o setor de beleza, esporte e saúde assume
protagonismo tendo 30,4% de participação dentro da amostra, ao passo que o setor de
alimentação também cresce, representando 26,1% das empresas participantes, além do
terceiro posto sendo dividido pelos setores de acessórios pessoais e calçados, educação e
treinamento, bem como vestuário, todos com 8,7% de representatividade na amostra,
conforme dados da Figura 1:
Figura 1 - Setor de atuação das franquias pertencentes à amostra de dados de 2016.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
8
Fonte: Autoria própria
Apesar das alterações, observa-se que os setores de alimentação, beleza, esporte e saúde, além
de educação e treinamentos, continuam sendo os principais.
4.1. A questão da internacionalização
Quando se trata da internacionalização de franquias. Pesquisa de Marques (2006) levantou no
ano de 2006 que 15 das 78 unidades pesquisadas naquele período eram internacionalizadas.
Na amostra de empresas que responderam o questionário em 2016, a proporção de franquias
já internacionalizadas diminuiu, uma vez que apenas 6 das 46 responderam que sim quando
perguntadas se há lojas da rede no exterior (ver Figura 2).
Figura 2 - Comparativo entre franquias internacionalizadas e não internacionalizadas.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
9
Fonte: Marques (2006) e autoria própria, respectivamente
O resultado acima pode ser um indicativo do momento antagônico entre os dois períodos. Em
2006, as condições eram favoráveis para experiências dos empreendedores. Já o atual cenário
exige uma cautela muito maior, uma vez que um passo mal dado em direção à
internacionalização pode significar o fim das atividades da empresa.
Quando se trata da intenção das franquias em se internacionalizarem, o resultado obtido nos
dois contextos também difere. Enquanto em 2006 uma parcela de mais de metade das
empresas tinha interesse em se tornar internacional, em 2016 esse número sobe ainda mais.
Os fatores relacionados a essa mudança são diversos, dentre eles a atual instabilidade
econômica, uma vez que as empresas procuram mercados onde encontrem maior
rentabilidade. A comparação pode ser verificada proporcionalmente na Figura 3, onde são
comparadas as respostas encontradas em ambos os períodos.
Figura 3 - Comparativo entre franquias com intenção ou não de internacionalizar.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
10
Fonte: Marques (2006) e autoria própria, respectivamente
4.2. Motivos da internacionalização
No sentido de identificar e analisar as questões mais pertinentes na tomada de decisão para
internacionalizar, foram apresentados 27 motivos para que as empresas analisassem a
importância de cada um, dados notas de 0 a 5,0, sendo zero nenhuma importância e 5,0 muito
importante. As Figuras 4 e 5 mostram as médias obtidas por meio das notas dadas por cada
resposta.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
11
Figura 4 - Motivos da internacionalização em 2006.
Fonte: Marques (2006)
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
12
Figura 5 - Motivos da internacionalização em 2016.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
13
Fonte: Autoria própria
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
14
Percebe-se que o fortalecimento da imagem da empresa ocupa o primeiro lugar em ambos os
casos, seguidos das duas mesmas motivações. Nesse sentido, percebe-se que as cinco
motivações mais importantes correspondem a questões organizacionais (objetivos
expansionistas e fortalecimento da marca) e do mercado internacional (oportunidades de
nicho de mercado), assim como na pesquisa de Marques (2006).
Dentre as primeiras motivações, a única que se difere são as condições político-legais no
mercado de destino, sendo que na primeira pesquisa ela aparece em quinto lugar e na segunda
em sexto. Dado isso, pode-se verificar que, na percepção dos respondentes, a expansão
ocorreu pelo desejo de explorar oportunidades internacionais e agregar valor à empresa.
Essas, segundo Marques (2006), são características de uma internacionalização com
característica proativa, sendo que a reativa ocorreria quando houvesse saturação ou restrições
à atuação no mercado nacional.
4.3. Destinos iniciais da internacionalização
Analisando dados da Figura 6, pode-se constatar que Portugal e México eram os principais
destinos para as empresas que iniciavam o processo de internacionalização. Segundo Marques
(2006) tais países apresentam similaridades culturais com o Brasil. No caso de Portugal, por
exemplo, essas similaridades ainda são reforçadas pelo idioma. Além disso, esses países e o
terceiro lugar do ranking, a Argentina, têm certa proximidade geográfica com o Brasil. Estes
fatores colaboraram para a escolha de tais países para a abertura da primeira franquia.
Figura 6 - Destino inicial da internacionalização em 2006.
Fonte: Marques (2006)
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
15
Já nos dados recentes (Figura 7) observa-se que houve uma mudança significativa nos países
escolhidos para abrir a primeira franquia. Neste caso, o destino mais procurado foram os
EUA. Se repetem o interesse em internacionalização para Portugal e México.
Figura 7 - Destino inicial da internacionalização em 2016.
País onde foi aberta a primeira unidade no exterior Frequência Percentual
Estados Unidos 3 50,0%
Líbano 1 16,7%
México 1 16,7%
Portugal 1 16,7%
Total 6 100,0%
Fonte: Autoria própria
Analisando os fatores mais relevantes na decisão das empresas para escolher o destino inicial
dados da Figura 8 mostram que em 2006 os principais fatores eram: o conhecimento sobre o
mercado; condições políticos-legais e; objetivos organizacionais expansionistas. Já em 2016
os principais fatores são o fortalecimento da imagem da empresa, objetivos expansionistas da
organização e oportunidade de nichos de mercado exterior. Há motivos para supor que estas
tendências de resposta também estejam alinhadas às condições econômicas brasileiras em
cada momento.
A proximidade cultural e geográfica são, em ambos os casos, fatores de baixa importância o
que contradiz, de certa forma, as constatações acima realizadas através dos países citados
pelas empresas. Tal resultado pode ser enviesado por alguns aspectos, sendo eles a disposição
das perguntas no questionário, que foi feita juntamente com a pergunta sobre os motivos de
internacionalização, e com a extensa quantidade de itens, que pode ter causado problemas de
interpretação.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
16
Figura 8 - Fatores que influenciavam na escolha do destino em 2006.
Fonte: Marques (2006)
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
17
Figura 9 - Fatores que influenciam na escolha do destino em 2016.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
18
Fonte: Autoria própria
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
19
4.4. Métodos de entrada no exterior
Ao passo que em 2006, a utilização de máster franquias e o franqueamento direto eram os
meios mais comuns de se internacionalizar, onde na ocasião representavam 41,7% e 33,3%
dos casos. O estabelecimento de unidades próprias representava 25% do total. Atualmente, a
prática do franqueamento direto se sobressai. A pesquisa atual revela que cerca de metade das
empresas optam por esta modalidade. Além disso, as unidades próprias continuam sendo
representativas nos dias de hoje, já que boa parte das empresas afirmam manter lojas próprias
no exterior. Por fim, máster franquias representam agora uma menor fatia dos casos,
apresentando a queda mais robusta entre todas as modalidades.
Figura 10 - Método de entrada mais frequentemente utilizados em 2016.
Setor Frequência Percentual
Máster franquia 1 16,7%
Franqueamento direto 2 33,3%
Unidade própria 3 50,0%
Implantação de subsidiária ou filial 0 0,0%
Joint venture 0 0,0%
Total 6 100,0%
Fonte: Autoria própria
Já se tratando do método de entrada utilizado na primeira unidade internacional, a pesquisa de
2006 mostra unidades próprias e máster franquias eram as mais relevantes, ambas
representando 33,3% das ocorrências, seguidas pelo franqueamento direto com 25% dos
casos. Agora, a maior parte das empresas prefere utilizar o estabelecimento de unidades
próprias, mas também acaba optando pelo franqueamento direto em alguns casos. Percebe-se,
desta forma, uma queda acentuada da utilização de máster franquias neste aspecto.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
20
Figura 11 - Método utilizado para abertura da primeira unidade no exterior em 2016.
Setor Frequência Percentual
Máster franquia 0 0,0%
Franqueamento direto 2 33,3%
Unidade própria 4 66,7%
Implantação de subsidiária ou filial 0 0,0%
Joint venture 0 0,0%
Total 6 100,0%
Fonte: Autoria própria
O amplo alinhamento entre as respostas desta pergunta e da anterior pode estar relacionado ao
fato de não haver tantas lojas no exterior, em alguns casos, há apenas uma, a primeira.
A pesquisa ainda verificou os aspectos que eram mais considerados no momento da escolha
do método de abertura da primeira unidade internacional, foram analisadas a importância de
16 itens. Na época os fatores mais importantes foram as condições econômicas do mercado
internacional e a dificuldade de controle da rede no exterior. Na pesquisa recente, os fatores
de maior importância parecem se relacionar muito mais como o gerenciamento de riscos de
entrada, como quantidade de recursos envolvidos e conhecimento da modalidade de entrada
no mercado internacional.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
21
Figura 12 - Fatores que influenciavam na escolha do método de entrada em 2006.
Fonte: Marques (2006)
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
22
Figura 13 - Fatores que influenciam na escolha do método de entrada em 2016.
Fonte: Autoria própria
4.5. Barreiras à internacionalização
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
23
No intuito de verificar os fatores que são mais relevantes no sentido de inibir a
internacionalização das franquias brasileiras, foi requisitado que os respondentes
classificassem a importância de cada barreira. Os gráficos a seguir apresentam o
ranqueamento geral das barreiras à internacionalização em 2006 e 2016. No primeiro caso, o
conhecimento sobre o mercado internacional foi considerado o inibidor mais importante,
enquanto no segundo foi a quantidade de recursos comprometidos na internacionalização.
Vale ressaltar que antes, de modo geral, as barreiras mais relevantes eram de natureza
organizacional, já atualmente elas têm raízes financeiras pois as consideradas mais
importantes, segundo dados da Figura 15, são relacionadas ao nível de experiência com o
método de entrada e conhecimento sobre como as franquias são operadas no exterior.
Figura 14 - Barreiras à internacionalização em 2006.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
24
Fonte: Marques (2006)
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
25
Figura 15 - Barreiras à internacionalização em 2016.
Fonte: Autoria própria
5. Conclusão
Dada que a grande complexidade do estudo se dava na questão da aquisição de dados que
validassem o esforço de pesquisa, a metodologia survey implantada demonstrou-se de fácil
entendimento e aplicação, visto que foram obtidas uma quantidade razoável de informação em
um curto espaço de tempo, se comparado com o estudo de Marques (2006). Não se pode
deixar de destacar, contudo, que a taxa de resposta é muito baixa o que inviabiliza extrapolar
dados obtidos nesta pesquisa para a compreensão da realidade do conjunto nacional de
franquias.
As etapas completas, seguidas da estruturação da comparação desempenhada no tópico
anterior fazem com que o projeto de atualização tenha sido cumprido, onde nele, os principais
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
26
desafios se mostraram na obtenção de dados, além do contato específico com as franquias que
já são internacionalizadas.
Estudos que objetivam a atualização de dados de pesquisas feitas anteriormente, sobretudo no
universo da internacionalização de franquias, não são comuns. No entanto, é importante que a
comunidade esteja atenta as alterações no comportamento destes empreendimentos. Inclusive,
pode-se observar que algumas das mudanças não se dão exclusivamente por alterações
econômicas entre os períodos, mas também é plausível que se pense em mudanças
provenientes de evoluções tecnológicas ou até mesmo de legislação agindo sobre estas
empresas que buscam uma forma mais dinâmica de comércio.
Como sugestão para trabalhos futuros, considera-se que o esforço em pesquisas presenciais
possa resultar em amostras mais robustas analiticamente, contudo, destaca-se o alto custo
deste tipo de abordagem e o amplo espaço temporal necessário para realização de pesquisas
deste tipo.
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Franquias. 2015. Disponível em: < http://www.abf.com.br/>.
Acesso em: 24 jun. 2016.
BABBIE, Earl. Métodos de Pesquisa Survey. 2ª reimpressão. Trad. Guilherme Cezarino.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.
BESHEL, Barbara. An Introduction to Franchising: Instructor’s Guide. The IFA
Educational Foundation, 2001.
BRASIL. Lei n. 8.955, de 15 de dezembro de 1994. Dispõe sobre o contrato de franquia
empresarial (franchising) e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8955.htm>. Acesso em: 23 jun. 2016.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
27
Expanding a Business by Franchising. International Franchise Association. Disponível em:
<http://www.franchise.org/ >. Acesso em: 07 dez. 2016.
International Franchise Association. Data desconhecida. Disponível em:
<http://www.franchise.org/what-is-a-franchise>. Acesso em: 17 jun. 2016.
LIMA, Aloisio Soares; LUNA, Rosemar Martins; DE SOUSA, Ana Rosa. Evolução do
sistema de franquias no Brasil. REMark: Revista Brasileira de Marketing; São Paulo, v. 11,
n. 1, p. 94-112. (2012).
LOUREIRO, Fernando Augusto de Andrade Vieira. Internacionalização de Empresas
Brasileiras. Cadernos de gestão tecnológica. São Paulo. 1995.
MARQUES, Dalton Siqueira Pitta. Internacionalização de franquias: um mapeamento sobre a
presença de redes brasileiras no exterior. 2006. 144 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo,
Ribeirão Preto. 2006.
MARQUES, Dalton Siqueira Pitta; MERLO, Edgard Monforte; NAGANO, Marcelo Seido.
Uma análise sobre internacionalização de franquias brasileiras. REAd: Revista Eletrônica de
Administração; Porto Alegre, v. 15, n. 1, p. 78-107. (2009).
MAURO, P. C. Guia do franqueador: como crescer através do franchising. São Paulo:
Nobel, 1994.
MENDES, Marcos. Por que a economia brasileira foi para o buraco? Brasil Economia e
Governo. 2015. Disponível em: < http://www.brasil-economia-
governo.org.br/2015/08/25/por-que-a-economia-brasileira-foi-para-o-buraco/>. Acesso em:
18 nov. 2016.
PINSONNEAULT, Alain; KRAEMER, Kenneth L. Survey Research Methodology in
Management Information Systems: An Assessment. 1993.
XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens
avançadas de produção”
Joinville, SC, Brasil, 10 a 13 de outubro de 2017.
28
RIBEIRO, Adir. Programa de excelência em redes de franquias. Revista Franquia &
Negócios. 30. ed. 2013. Disponível em: <http://www.portaldofranchising.com.br/artigos-
sobre-franchising/programa-de-excelencia-em-redes-de-franquias>. Acesso em: 23 jun. 2016.
ROCHA, Telma; BORINI, Felipe; SPERS, Eduardo. A internacionalização das franquias
brasileiras. Estudos ESPM; São Paulo, v. 45, n. 461. (2011).
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. 2016. Disponível em:
<http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/conheca-o-sistema-de-
franquias,6c9b39407feb3410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em: 21 jun. 2016.
SZYCHTA, Everton Luiz. Contratos internacionais de franquias. RBDI: Revista Brasileira de
Direito Internacional; Curitiba, v. 2, n. 2. (2005).
WELCH, Lawrence S; LUOSTARINEN, Reijo. Internationalization: Evolution of a Concept.
Journal of General Management; v.14, n. 2, p. 34-55. (1988).