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Londrina 2017 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM ODONTOLOGIA AMAURI CRUZ DRUMOND AVALIAÇÃO DO GRAU DE CONVERSÃO DE POLIMERIZAÇÃO DE CIMENTOS RESINOSOS ATRAVÉS DE FACETAS ODONTOLÓGICAS DE CERÂMICA À BASE DE DISSILICATO DE LÍTIO

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Londrina 2017

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO EM ODONTOLOGIA

AMAURI CRUZ DRUMOND

AVALIAÇÃO DO GRAU DE CONVERSÃO DE POLIMERIZAÇÃO DE CIMENTOS RESINOSOS ATRAVÉS DE FACETAS ODONTOLÓGICAS DE CERÂMICA À BASE

DE DISSILICATO DE LÍTIO

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Londrina 2017

AMAURI CRUZ DRUMOND

AVALIAÇÃO DO GRAU DE CONVERSÃO DE POLIMERIZAÇÃO DE CIMENTOS RESINOSOS ATRAVÉS DE FACETAS ODONTOLÓGICAS DE CERÂMICA À BASE

DE DISSILICATO DE LÍTIO

Dissertação apresentada à UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Odontologia. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Danil Guiraldo

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Dados Internacionais de catalogação na publicação (CIP) Universidade Pitágoras Unopar - UNOPAR

Biblioteca CCBS/CCECA PIZA Setor de Tratamento da Informação

Drumond, Amauri Cruz D795a Avaliação do grau de conversão de polimerização de cimentos resinosos através

de facetas odontológicas de cerâmica à base de dissilicato de lítio. / Amauri Cruz Drumond. Londrina: [s.n], 2017.

34 f. Dissertação (Mestrado em Odontologia). Universidade Pitágoras Unopar. Orientador: Prof. Dr. Ricardo Danil Guiraldo. 1- Cimentos de resina - Dissertação - UNOPAR 2- Cimentação 3-

Polimerização 4- Dissilicato de lítio 5- Facetas odontológicas de cerâmica I- Guiraldo, Ricardo Danil; orient. II- Universidade Pitágoras Unopar.

CDD 617.695

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AMAURI CRUZ DRUMOND

AVALIAÇÃO DO GRAU DE CONVERSÃO DE POLIMERIZAÇÃO DE CIMENTOS RESINOSOS ATRAVÉS DE FACETAS ODONTOLÓGICAS

DE CERÂMICA À BASE DE DISSILICATO DE LÍTIO

Dissertação apresentada à UNOPAR, no Mestrado em Odontologia, área e

concentração em Dentística, como requisito parcial para a obtenção do título de

Mestre conferida pela Banca Examinadora formada pelos professores:

_________________________________________ Prof. Dr. Ricardo Danil Guiraldo Universidade Norte do Paraná

_________________________________________ Profa. Dra. Sandrine Bittencourt Berger

Universidade Norte do Paraná

_________________________________________ Prof. Dr. Edwin Fernando Ruiz Contreras

Universidade Estadual de Londrina

Londrina, 21 de Fevereiro de 2017.

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Dedicatória

Dedico primeiramente a DEUS pela oportunidade, à minha esposa

Iana de Oliveira Fernandes Drumond, aos meus filhos, Sophia de Oliveira Fernandes

Drumond e Davi de Oliveira Fernandes Drumond, que souberam entender os

momentos ausentes.

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Agradecimentos

A DEUS que todos os dias da minha vida me dá forças para nunca

desistir.

Agradeço ao meu pai, Efigênio Aranda Drumond, que durante toda

sua vida soube ser exemplo de honestidade, coragem e sempre me incentivou a

perseguir os meus sonhos, e à minha mãe, Léa Da Silva Cruz, presente em todos os

momentos que preciso.

À minha esposa Iana de Oliveira Fernandes Drumond, minha

companheira amada e grande incentivadora do meu crescimento, aos meus filhos,

Sophia e Davi de Oliveira Fernandes Drumond, meus amores e razão de toda essa

trajetória.

Aos meus irmãos, Vanessa, Wagner, Valéria, Bruno e Gabriel,

Sumaya ,minha companheirona nos momentos de necessidade.

Obrigado Elcio e Amariles pelo carinho e companheirismo de sempre,

aos cunhados Igor e Irina e aos concunhados Alex e Adriana pelo apoio sempre.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Ricardo Danil Guiraldo, amigo confidente,

pela sua dedicação, compreensão e extrema atenção na orientação deste estudo.

À Profa. Dra. Sandrine Bittencourt Berger pela sua dedicação,

atenção e apoio durante a minha trajetória aqui em Londrina.

À Profa. Dra. Sandra Kiss Moura e ao Prof. Dr. Murilo Baena Lopes

pelo auxílio e dedicação.

À Profa. Dra. Sandrine Bittencourt Berger e ao Prof. Dr. Edwin

Fernado Ruiz Contreras, pela gentileza de participar da banca examinadora.

A todos os professores do curso do mestrado que muito contribuíram

para a minha formação através de seus conhecimentos.

Ao Programa de Pós-graduação em Odontologia, representado pelo

coordenador Prof. Dr. Alcides Gonini Júnior, que sempre presente, organizou

impecavelmente o curso de mestrado.

Aos colegas de turma, que além de companheiros se transformaram

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em grandes amigos, em especial Zanelli Petri.

Aos grandes amigos da Buccalis, em especial Pollyanna Marcia de

Oliveira pelo carinho e dedicação para comigo, ao amigo Leandro Gambogi,

profissional de primeira linha e grande parceiro nos trabalhos executados, que sempre

colaboraram para que eu pudesse ter essa realização.

Aos funcionários da UNOPAR, especialmente Gleydson do setor

administrativo e ao Ferreira, da manutenção de equipamentos, sempre muito

atenciosos e dedicados.

À Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, representada pelo Prof.

Dr. Hélio Hiroshi Suguimoto.

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DRUMOND, Amauri Cruz. Avaliação do grau de conversão de polimerização de cimentos resinosos através de facetas odontológicas de cerâmica à base de dissilicato de lítio. 34p. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Odontologia – Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2017.

RESUMO

O objetivo neste estudo foi avaliar o grau de conversão de diferentes cimentos

resinosos fotoativados através de cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio com

diferentes sistemas cerâmicos. A irradiância da luz emitida por diodo foi mensurada

com potenciômetro Ophir Optronics (1400 mw/cm2). Vinte espécimes cilíndricos

padronizados (0,5 mm de espessura por 7 mm de diâmetro) foram obtidos pela

fotoativação dos cimentos resinosos (Foto Relyx Veneer ou Foto Variolink Veneer)

através dos diferentes sistemas cerâmicos (Prensado ou Fresado) e armazenados em

estufa à temperatura de 37oC. Após 24 horas, os espécimes (n=5) foram submetidos

ao ensaio de grau de conversão em espectrômetro de raios infravermelhos

transformado de Fourier – FTIR. Os dados obtidos em % foram submetidos ao teste t

de Student (α=0,05). Para ambos os cimentos resinosos (Foto Relyx Veneer ou Foto

Variolink Veneer), o grau de conversão foi estatisticamente superior quando utilizado

o sistema cerâmico fresado reforçado por dissilicato de lítio. Os diferentes cimentos

estudados apresentaram maior grau de conversão quando utilizou-se estruturas

protéticas cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio confeccionas com sistema

fresado.

Palavras-chave: Cimentos de resina. Cimentação. Polimerização.

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DRUMOND, Amauri Cruz. Evaluation of the degree of polymerization conversion of resin cements through ceramic dental veneers based on lithium disilicate. 34p. [Dissertação de Mestrado]. Programa de Pós-Graduação em Odontologia – Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2017.

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the degree of conversion of different resin

cements photoactivated through lithium disilicate reinforced ceramics with different

ceramic systems. The irradiance of the light emitted by diode was measured with

potentiometer Ophir Optronics (1400 mw / cm2). Twenty standardized cylindrical

specimens (0.5 mm thick by 7 mm diameter) were obtained by photoactivation of the

resin cements (Photo Relyx Veneer or Photo Variolink Veneer) through the different

ceramic systems (Press or CAD) and stored in a Kiln oven at 37oC. After 24 hours,

the specimens (n = 5) were submitted to the conversion degree test in a Fourier

transformed Fourier infrared spectrometer (FTIR). The data obtained in % were

submitted to Student t test (α = 0.05). For both resin cements (Photo Relyx Veneer or

Photo Variolink Veneer), the degree of conversion was statistically higher when using

the CAD ceramic system reinforced with lithium disilicate. The different cements

studied presented a higher degree of conversion when using ceramic prosthetic

structures reinforced by lithium disilicate made with a CAD system.

Key words: Resin Cements. Cementation. Polymerization.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 10

2 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................... 12

3 PROPOSIÇÃO ......................................................................................... 19

4 ARTIGO .................................................................................................... 20

5 CONCLUSÃO GERAL ............................................................................. 32

REFERÊNCIAS ........................................................................................ 33

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1 INTRODUÇÃO

Restaurações de cerâmica tornaram-se populares por causa da

excelente estética, alta estabilidade de cor, resistência ao desgaste e

biocompatibilidade.1,2 Mesmo que as propriedades mecânicas e ópticas dos

materiais cerâmicos sejam importantes, muitas variáveis podem contribuir para a

previsibilidade e longevidade clínica de todas as restaurações cerâmicas, incluindo

os sistemas adesivos e materiais cimentantes usados, o mecanismo de

polimerização, a unidade de fotoativação, a microestrutura e a espessura da

cerâmica.3,4 O uso de facetas de cerâmica aumentaram na Odontologia5 devido ao

alto grau de exigências estéticas, já que as facetas de disssilicato de Lítio

conseguem devolver a estética de maneira muito semelhante a estrutura dental

natural, confecção de preparos menos invasivos ou até mesmo inexistência de

preparos cavitários. Para o sucesso deste procedimento, a qualidade estética do

material não é o único critério a se considerar. É importante que facetas de cerâmica

estejam firmemente unidas a estrutura do dente com cimentos resinosos.6

Cimentos resinosos são necessários para unir porcelana e vidro-

cerâmica (restaurações) para garantir alta resistência,7 melhor estética e maior

longividade clínica.8 Em algumas situações, cimentos resinosos ativados somente

pela luz foram indicados, devido à sua estabilidade de cor e longo tempo de

trabalho.9 No entanto, o seu grau máximo de conversão (GC) não pode ser

assegurado em situações onde a luz tem sido atenuada. Insuficiente (GC) pode

afetar negativamente as propriedades mecânicas, alterar a estabilidade dimensional,

e diminuir a união entre cimentos resinosos, estruturas dentárias e cerâmicas,

prejudicando a longevidade clínica das restaurações.10-12

Dissilicato de lítio é uma cerâmica utilizada em restauração indireta

com propósito de imitar a estética e a resistência natural da estrutura dental.13 A fase

cristalina, 70% deste material vitro-cerâmico, refrata a luz natural e fornece reforço

estrutural superior, conferindo uma maior resistência à flexão, que é associado com

a tradicional porcelana feldspática ou cerâmica vítrea reforçada com leucita.14-16

Atualmente, cerâmicas de dissilicato de lítio são mais utilizadas quando comparadas

às cerâmicas reforçadas por zircônia17-19, devido não serem tão opacas e serem

mais semelhantes a estrutura dental natural. O ideal da cerâmica vítrea de dissilicato

de lítio é que seja adesivamente cimentada, para que se obtenha um alto grau de

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adesão a estrutura dental. Os dois métodos de confecção das cerâmicas reforçadas

por dissilicato de lítio contribuem em muito na praticidade e rapidez do tratamento

odontológico, já que o profissional e o cliente necessitarão de menos consultas

clínicas, podendo haver até mesmo ausência de moldagem, já que o procedimento

poderá ser escaneado em boca e transferido direto ao laboratório para confecção do

trabalho. Desta forma, o objetivo neste estudo foi avaliar o grau de conversão, por

meio de espectroscopia FTIR (Espectroscopia no Infravermelho por Transformadas

de Fourier), de estruturas protéticas cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio

confeccionas pelos sistemas prensados e fresados com diferentes cimentos

resinosos.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

Cardash et al.10 (1993) investigaram a dureza de cimentos resinosos

fotoativados e duais polimerizadas sob discos de porcelana. Foram confeccionados

discos de porcelana de 10 mm de diâmetro e 2 mm de espessura, por métodos

convencionais com porcelana Vita nas cores A1, A4, B1, B4, Cl , C4, D2 e D4. A

mensuração de microdureza Knoop foi feita em tempos de exposição de 48, 72 e

120 segundos. Níveis mais altos de dureza foram obtidos com compósitos duais. A

resina composta fotoativada irradiada através de porcelana colorida exigiu tempos

de exposição mais prolongados para atingir um grau de dureza próximo ao da dual.

Do ponto de vista de microdureza, o cimento resinoso dual é o preferido para

restaurações de porcelana com 2 mm de espessura ou mais.

Rosenstiel et al.7 (1998) relatam que a prática da prótese fixa mudou

drasticamente com a introdução de técnicas e materiais inovadores. Os sistemas

adesivos são exemplos dessas mudanças que levaram à popularidade das

cerâmicas e próteses parciais fixas retidas por agentes cimentantes. O dentista de

hoje tem a escolha de um agente de cimentação à base de água (fosfato de zinco,

policarboxilato de zinco, ionômero de vidro ou reforçadas por óxido de zinco e

eugenol), ou um sistema de resina, com ou sem adesivo. Formulações recentes de

cimentos de ionômero de vidro incluem componentes de resina (ionômero de vidro

modificado por resina), que são cada vez mais populares na prática clínica. Os

agentes cimentantes fornecem a união entre uma prótese fixa e a estrutura do dente

preparado. Tradicionalmente, cimento de fosfato de zinco tem sido o material mais

popular, apesar de suas desvantagens, como solubilidade e falta de adesão. No

entanto, muitos materiais alternativos têm sido introduzidos e recentemente cimentos

a base de resina tornaram-se populares, principalmente porque eles têm abordado

as desvantagens da solubilidade e falta de aderência. Nenhum agente de

cimentação atualmente disponível é o ideal para todas as situações e muito trabalho

tem sido relatado. Um agente de cimentação ideal tem propriedades mecânicas

ideais para resistir às forças funcionais durante a vida útil da restauração. Para uma

restauração funcionar satisfatoriamente durante muitos anos, o agente de

cimentação deve ter força suficiente para resistir à ruptura e também tensões de

fadiga cíclica de longo prazo. Deve-se atentar que o tratamento da superfície

cerâmica é importante para conseguir uma elevada força de união.

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Bagis & Rueggeberg11 (2000) examinaram a influência da

temperatura pós-polimerização sobre a quantidade de monômeros não reagidos que

permanece numa restauração de resina comercial fotopolimerizável após a

fotopolimerização inicial e subsequente aquecimento pós-polimerização. Os discos

de compósito foram fotopolimerizados e depois submetidos a aquecimento imediato

pós-polimerização (50, 75, 100 ou 125°C durante 7 minutos) ou foram deixados sem

aquecimento (controle). Foram então colocadas num solvente durante duas

semanas a 37°C para extrair o monômero que não reagiu. Utilizou-se a análise por

cromatografia líquida de alta eficiência para determinar as quantidades de TEGDMA,

BIS-GMA e BIS-GMA etoxilado restantes após os diferentes tratamentos. As

quantidades de cada percolação de monômeros foram comparadas utilizando

Análise de Variância em relação aos diferentes tratamentos de polimerização.

Resultou-se que, mesmo o tratamento térmico pós-polimerização mais baixo (50°C)

resultou numa redução de 80% no TEGDMA remanescente, não reagido, 75% de

redução no BIS-GMA e 77% de BIS-GMA quando comparados ao controle.

Malament & Socransky8 (2001) relatam que outros fatores que

podem estar relacionados com a longevidade das restaurações cerâmicas, estão

relacionados aos efeitos de tratamentos de superfície, a influência de agentes de

cimentação e a natureza da estrutura do núcleo. Verificou-se que o ataque ácido da

superfície interna das cerâmicas aumentou significativamente a longevidade das

restaurações e que a posição dos dentes foi crítica.

Albakry et al.14 (2003) compararam a resistência à flexão biaxial e

módulo de elaticidade das cerâmicas IPS Empress e Empress 2 com uma cerâmica

experimental. Os dados foram analisados com análise de variância seguido por test t

pareado. As resistências biaxiais encontradas foram 175±32, 407±45 e 440±55 MPa

para IPS Empress, Empress 2 e a cerâmica experimental, respectivamente. Os

resultados do módulo elástico foram 65, 103 e 91 GPa para os mesmos materiais,

respectivamente. Não houve diferença significativa para resistência à flexão biaxial e

módulo de elasticidade entre Empress 2 e a cerâmica experimental. Ambos os

materiais demonstraram resistência à flexão biaxial e módulo de elasticidade

significativamente maiores ao IPS Empress. As propriedades mecânicas melhoradas

de Empress 2 e da cerâmica experimental sobre as da IPS Empress foram

atribuídas à natureza e à quantidade de seu dissilicato de lítio com conteúdo

cristalino.

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Rasetto et al.3 (2004) atestam que a transmissão de luz através de

facetas afeta o grau de polimerização de cimentos resinosos fotopolimerizáveis. Em

seu estudo, foi mensurada a irradiância através de diferentes facetas de cerâmica

quando irradiados por 3 tipos de unidades fotoativadoras, para avaliar o grau de

polimerização. As irradiâncias da luz halógena convencional (3M Unitek), arco de

plasma (Apollo 95E), e luz halógena alta intensidade de luz (Kreativ Kuring luz

Modelo 2000) foram mensuradas por um radiômetro. A irradiância foi mensurada

através do Procera com 0,25, 0,40 e 0,60 mm de espessura, porcelana feldspática

(Ceramco II) com 1 mm de espessura, porcelana reforçada por alumino (Vitadur

Alpha) com 1 mm de espessura e cerâmica prensada (IPS Empress) com 1 mm de

espessura. Apenas o arco de plasma e a luz halógena alta intensidade apresentam

irradiância suficiente para efetuar a polimerização de um cimento resinoso. Neste

estudo, concluiu-se que a irradiância transmitida através de facetas de cerâmica foi

ditada pela unidade de fotoativação e do tipo e espessura do material cerâmico.

Com luz halógena convencional pode haver transmissão de luz insuficiente através

de facetas mais espessas ou coroas de cerâmica pura para adequada polimerização

de cimentos resinosos.

Janda et al.12 (2007) investigaram a influência da fotoativação por luz

halógena utilizado no modo de ativação constante ou exponencial na estabilidade de

cor de materiais de preenchimento à base de resina contemporânea. Oito amostras

de Charisma (CH), Durafill (DU), Definite (DE) e Dyract AP (DY) foram fotoativadas

no modo constante ou exponencial (Translux Energy) por 20, 40 ou 60 s. Os valores

de CIE-Lab (L*, a*, b*) foram mensurados antes e depois do envelhecimento a seco,

em água ou Suntest (EN ISO 7491) e os valores de Delta L, Delta a, Delta b, e Delta

E foram calculados. O DU fotoativado exponencialmente foi o material mais instável

após envelhecimento em água, seguido das amostras de DE e CH fotoativadas

exponencialmente. Após o Suntest, DY apresentou maior Delta b negativo e Delta E

para todos os tempos e modos de ativação seguidos pelas amostras DE. DU e CH

foram os materiais mais cor-estáveis neste teste. Pode-se concluir com este trabalho

que a extensão da descoloração depende do tempo de polimerização, modo de

ativação, tipo de envelhecimento e material. Para o modo de ativação constante

recomenda-se o tempo de ativação de 40 s, e para o exponencial o tempo de

ativação de 60 s.

Lee et al.6 (2008) relataram que acrescente demanda por

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restaurações estéticas resultou no aumento do uso de cimentos resinosos. Estes

são usados para cimentação de facetas de cerâmica, pinos, inlays não metálicas,

onlays e coroas. Cimentos resinosos para próteses parciais fixas não só têm uma

estética excelente, mas têm também uma melhor resistência à flexão e resistência à

compressão em comparação com outros cimentos. Em termos de cisalhamento e

resistência à tração, os cimentos resinosos são mais fortes do que outros tipos de

cimentos, tais como cimento de ionômero de vidro e o fosfato de zinco, sendo os

mais preferidos em várias situações clínicas. Além de suas características físicas

melhoradas, a natureza adesiva dos cimentos resinosos faz com que inlays e coroas

tenham retenções superiores e maior resistência a fratura, além disso, mínima

infiltração e menor solubilidade em água ocorrem com a cimentação adesiva. Os

cimentos resinosos fotopolimerizáveis permitem a manipulação mais fácil, mas a

espessura da cerâmica e a estrutura do dente podem levar a polimerização

incompleta. Nas cerâmicas, foi demonstrado que o grau de conversão dos cimentos

resinosos em profundidades maiores que 2 mm foi drasticamente reduzida. Quando

a restauração de cerâmica tem mais de 2 mm de espessura, o tempo de exposição

a luz deve ser aumentado, o que é recomendado pelos fabricantes. Por causa das

diferenças na cinética de polimerização dos cimentos resinosos sob várias

condições, os dentistas precisam estar cientes das características de cada cimento

resinoso, para que eles possam escolher os materiais ideais para diferentes

situações clínicas.

Olivera & Marques1 (2008) relatam que até à data, apesar da

popularidade da restauração cerâmica, os clínicos têm se preocupado com a

abrasividade dos compósitos e materiais cerâmicos contra os dentes antagônicos,

uma vez que, estudos clínicos mostraram um desgaste excessivo do esmalte oposto

à cerâmica.

Samra et al.2 (2008) estudaram materiais restauradores que

comportaram-se de diferentes maneiras. A resina composta Tetric Ceram® (Ivoclar /

Vivadent) e a resina indireta Resilab Master apresentaram descoloração

significativamente maior do que as resinas indiretas Targis (Ivoclar / Vivadent) e

belleGlassTMHP (Kerr), que apresentaram valores intermediários, enquanto que a

porcelana IPS-Empress® 2 (Ivoclar / Vivadent) apresentou a menor descoloração no

final do período experimental.

Wolfart et al.18 (2009) relatam que sistemas restauradores

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cerâmicos têm requerimentos biomecânicos e longevidade semelhante às

restaurações metalo-cerâmicas, proporcionando uma melhora na estética. No

entanto, deve-se levar em consideração que a fadiga e tensão no ambiente bucal,

bem como função, afetam a longevidade das restaurações do sistemas cerâmicos.

Archegas et al.9 (2011) relatam que todos os materiais mostraram

mudanças significativas na cor e na opacidade. As maiores alterações de cor foram

atribuídas ao RelyX ARC e AllCem, enquanto que as menores alterações foram

encontradas em Variolink Veneer, Tetric Flow e Filtek Z350 Flow. A opacidade dos

materiais variou de 0,01 a 1,16 e sua variação não foi significativa apenas para

Opallis Flow e RelyX ARC. O envelhecimento acelerado levou a alterações de cor

em todos os materiais avaliados, embora fossem considerados clinicamente

aceitáveis.

Kern et al.17 (2012) mostraram que o resultado deste estudo sugere

que a adesão adequada para as dimensões recomendadas e a espessura da

cerâmica são cruciais para todas as restaurações cerâmicas fabricadas a partir do

dissilicato lítio. Todas as fraturas catastróficas ocorreram em molares por

substituição, o que sugere que o dissilicato de lítio de cerâmica pode ser usada com

mais segurança em pré-molares e dentes anteriores, o que é a indicação

recomendada pelo fabricante.

Calgaro et al.4 (2013) explanam que as restaurações de cerâmica

tornaram-se populares por causa de sua excelente estética, alta estabilidade de cor,

resistência ao desgaste e biocompatibilidade. Mesmo que as propriedades

mecânicas e ópticas dos materiais cerâmicos sejam importantes, muitas variáveis

podem contribuir para a previsibilidade e longevidade clínica de restaurações de

cerâmica, incluindo o sistema adesivo, cimento, mecanismo de polimerização,

unidade de luz e a microestrutura da cerâmica. Cimentos resinosos são necessários

para unir a cerâmica e restaurações para garantir a união, resistência, estética e

longevidade.

Brunot-Gohin et al.19 (2013) mostraram que coroas cerâmicas de

dissilicato de lítio numa configuração monolítica totalmente anatômica eram

resistentes à fadiga e serem um biomaterial mais estético. A abrasão por polimento

forneceu uma superfície áspera, o que permitiu uma forte adesão dos tecidos

epiteliais. Este tipo de superfície é ótimo para a aderência gengival em torno da

coroa dentária cerâmica..

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Runnacles et al.5 (2014) relatam que durante a cimentação de

facetas de cerâmica a polimerização dos cimentos resinosos podem ser afetados

devido às cerâmicas atenuarem a irradiância do aparelho fotoativador. Para o

sucesso deste procedimento, a qualidade estética do material não é o único critério

a se considerar. É importante que facetas de cerâmica estejam firmemente ligadas à

estrutura do dente com cimentos à base de resina. No entanto, para obter as

melhores propriedades, estes cimentos devem ser bem polimerizados.

Tradicionalmente, os dois tipos de cimentos à base de resina têm sido utilizados

para cimentação de restaurações indiretas: cimentos quimicamente curados e

cimentos duais (químico e fotoativados). Os cimentos duais têm sido mostrados por

serem dependentes da exposição à luz para melhorar as suas propriedades físicas e

mecânicas, em vez de serem apenas quimicamente curados. A incorporação de

bolhas de ar na massa de resina é inevitável, o que pode teoricamente enfraquecer

algumas propriedades, como dureza e rugosidade. Este procedimento, no entanto,

pode provocar uma diminuição nas propriedades mecânicas do cimento resinoso. A

translucidez de materiais cerâmicos pode ser influenciada por vários fatores, tais

como diferentes tonalidades, saturação de cor, estrutura cristalina, espessura,

número de ciclos de queima, tamanho de partículas cristalinas e pigmentos

cerâmicos. Assim, as propriedades dos cimentos à base de resina curado com luz

podem sofrer alterações, dependendo do tipo e da espessura da cerâmica. A

espessura do material cerâmico pode influenciar a transmissão e a qualidade da luz

que atinge a camada de cimento subjacente. Propôs-se que quanto maior fosse à

espessura da restauração, maior o tempo de exposição à luz para obter

propriedades mecânicas melhores. O clínico deve estar ciente de que a

polimerização pode ser comprometida se o cimento resinoso fotopolimerizável é

empregado para cimentar uma restauração com espessura maior do que 1,0 mm,

conforme os dados encontrados no presente estudo sugerem que o efeito de

atenuação da luz por facetas de cerâmica não é significativo em espessura de 1,0

mm ou menos. Além disso, deve notar-se que um tempo de polimerização de 40 s

foi usado em vez de 30 s, como recomendado pelo fabricante. Assim, dentro das

limitações deste estudo in vitro, pode-se concluir que o grau de conversão é afetado

pela espessura e tipo das facetas cerâmicas com espessura maior do que 1,5 mm.

Belli et al.15 (2014) relatam que na cerâmica de dissilicato de lítio

(e.max Press), trincas também propagam preferencialmente através da fase de

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vidro, mas ao contrário das cerâmicas vítreas contendo leucita as fases cristalinas,

cristais de dissilicato de lítio são eficientes quanto a deflexão e trinca. A cerâmica à

base de dissilicato de lítio mostrou maior força inicial e residual a fadiga, podendo

produzir o melhor desempenho clínico comparado com as resinas compostas e

cerâmica vítreas. Para as cerâmicas de dissilicato de lítio, a quantidade da fase de

vidro (por conseguinte, a quantidade de cristais) é determinante para o seu

comportamento a fadiga.

Kalavacharla et al.16 (2015) relatam que o tratamento com Silano

proporcionou maior resistência ao cisalhamento, independentemente do uso ou da

concentração do condicionamento com ácido fluorídrico. Concluiram que o

tratamento com ácido fluorídrico e silano melhorou significativamente a resistência

de união entre resina e dissilicato de lítio, quando usados com um adesivo universal.

Garbosa et al.13 (2016) avaliaram a resistência de união ao

microcisalhamento de estruturas protéticas cerâmicas reforçadas por dissilicato de

lítio cimentadas com cimento resinoso sob diferentes tratamentos de superfície e

sistemas adesivos. Setenta e duas barras retangulares de dissilicato de lítio (6,5 mm

de comprimento × 5 mm de largura × 1 mm de espessura) foram fabricadas, tratados

com partículas de Al2O3 (50 µm) e dividido em seis grupos (n=12) dependendo dos

pré-tratamentos de superfície. Os grupos foram como se segue: 10HF/S/SBM:

condicionamento com ácido fluorídrico 10% durante 20 s (10HF) + silano (S) + Adper

Scotchbond Multi-Purpose (SBM); 10HF/S/SB: 10HF + S + Single Bond Universal

(SB); 10HF/SBM; 10HF/SB; S/SBM; e S/SB. Dois tubos plásticos cilíndricos de 1 mm

de comprimento foram colocados sobre os espécimes, preenchidos com cimento

RelyX ARC e fotoativado durante 20 s por tubo. Os tubos plásticos foram removidos

e a resistência de união ao microcisalhamento foi testada. Os dados foram

submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (α=0,05). Espécimes

fraturados foram observados sob microscopia óptica. Para ambos os adesivos, a

resistência de união (MPa) dos grupos tratados com condicionamento ácido e silano

(10HF/S/SB: 24,82, 10HF/S/SBM: 24,90) foram superiores (p<0.001) aos grupos

tratados com condicionamento ácido apenas (10HF/SB: 16,47, 10HF/SBM: 19,94)

ou apenas silano (S/SB: 18,42, S/SBM: 13,24). Todos os grupos apresentaram uma

predominância de falha adesiva. A silanização deve ser um passo clínico em

cimentação de estruturas cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio, mesmo com a

aplicação do adesivo universal que contém em sua formulação um silano.

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3 PROPOSIÇÃO

O objetivo nesta Dissertação1 foi avaliar o grau de conversão, por

meio de teste em espectroscopia no Infravermelho por Transformadas de Fourier

(FTIR), de diferentes cimentos resinosos (Foto Relyx Veneer ou Foto Variolink

Veneer) em cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio com diferentes sistemas

cerâmicos (Prensado ou Fresado).

1 Este estudo foi realizado no formato alternativo na forma de artigo científico intitulado “Avaliação do grau de conversão de polimerização de cimentos resinosos através de facetas odontológicas de cerâmica à base de dissilicato de lítio”. Este artigo será submetido à publicação ao periódico The International Journal of Prosthodontics, assim, formulado conforme suas normas.

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4 ARTIGO

Avaliação do grau de conversão de polimerização de cimentos resinosos através de facetas odontológicas de cerâmica à base de dissilicato de lítio

RESUMO

O objetivo neste estudo foi avaliar o grau de conversão de diferentes cimentos

resinosos fotoativados através de cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio com

diferentes sistemas cerâmicos (Prensado ou Fresado). A irradiância da luz emitida

por diodo foi mensurada com potenciômetro Ophir Optronics (1400 mw/cm2). Vinte

espécimes cilíndricos padronizados (0,5 mm de espessura por 7 mm de diâmetro)

foram obtidos pela fotoativação dos cimentos resinosos (Foto Relyx Veneer ou Foto

Variolink Veneer) através dos diferentes sistemas cerâmicos e armazenados em

estufa à temperatura de 37oC. Após 24 horas, os espécimes (n=5) foram submetidos

ao ensaio de grau de conversão em Espectroscopia no Infravermelho por

Transformadas de Fourier – FTIR. Os dados obtidos em % foram submetidos ao

teste t de Student (α=0,05). Para ambos os cimentos resinosos (Foto Relyx Veneer

ou Foto Variolink Veneer), o grau de conversão foi estatisticamente superior quando

utilizada o sistema cerâmico fresado reforçado por dissilicato de lítio. Os diferentes

cimentos estudados apresentaram maior grau de conversão quando utilizou-se

estruturas protéticas cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio confeccionas com

sistema fresado.

Palavras-chave: Cimentos de resina. Cimentação. Polimerização.

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INTRODUÇÃO

A procura global de estética odontológica ideal baseia-se na suposição de

que a beleza está associada à traços de personalidade favorável.1 As cerâmicas

odontológicas são materiais restauradores estéticos na Odontologia devido as

propriedades mecânicas satisfatórias tais como alta resistência à compressão,

estabilidade química, baixa condutibilidade elétrica, difusibilidade térmica,

translucidez, fluorescência, biocompatibilidade (fornecem baixa solubilidade,

redução da acumulação de placa e ajuste marginal suficiente), propriedades

estéticas favoráveis e coeficiente de expansão térmica similar a estrutura do dente.2-

5 No entanto, a natureza frágil da cerâmica tem levado a altas taxas de fratura,

especialmente nos casos de sistemas vitrocerâmicos inseridos na região posterior.6,7

O sistema vitrocerâmico de dissilicato de lítio é um material único, contendo uma

microestrutura interligada a partir de cristais de disilicato de lítio semelhantes a

agulhas de até 70% e volume incorporados numa matriz vítrea.8 Por um lado,

proporciona translucência semelhante aos dentes naturais e, por outro lado, uma

força biaxial de até 400 MPa, que é quase três vezes maior do que a vitrocerâmica

convencional.8

O procedimento de união entre a cerâmica odontológica e a estrutura dental é

fator importante para conseguir boa resistência e longevidade da restauração e,

dependendo da cerâmica utilizada, a fixação pode ser realizada pela técnica adesiva

ou convencional (fixação com cimento de Fosfato de Zinco). Na técnica adesiva com

cimento resinoso podem ser classificados de acordo com a polimerização: ativados

quimicamente, fisicamente ativados ou de ativação dupla (cimentos duais), que

combina as duas formas anteriores de ativação.9 Polimerização inadequada está

relacionada à propriedades mecânicas deficientes. Estudos relatam a atenuação da

luz ao passar pela cerâmica, o que diminui a quantidade de energia que alcança o

agente cimentante, sendo esta atenuação dependente da estrutura cristalina da

cerâmica, espessura, cor e formato da peça.10,11 No presente a estrutura cristalina foi

a mesma, entretanto com diferentes sistemas com similares espessuras, cores e

formatos da peça. Desta forma, o objetivo neste estudo foi avaliar o grau de

conversão, por meio de Espectroscopia no Infravermelho por Transformadas de

Fourier (FTIR), de estruturas protéticas cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio

confeccionas pelos sistemas prensados e fresados com diferentes cimentos

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resinosos.

MATERIAIS E MÉTODOS

O Bloco de cerâmica de Dissilicato de lítio (Emax Cad; Ivoclar-Vivadent,

Schaan, Liechtenstein), cor LT A1, Lote V08951, foi fixado em uma placa de acrílico

com cera pegajosa e seccionado em cortadeira Isomet 1000 (Buehler Ltd.; Lake

Bluff, IL, EUA) para obtenção de lâmina retangular com espessura de 0,5 mm. A

lâmina com espessura de 0,5 mm de Dissilicato de Lítio prensado (Emax Press,

Ivoclar-Vivadent), cor LT A1, LOTE T35376, foi confeccionada através de pastilha de

dissilicato de Litio prensada em forno (Programat EP 3000, Ivoclar Vivadent).

As lâminas foram fixadas a fonte de luz emitida por diodo (LED; Radii-cal,

SDI). Os cimentos resinosos Foto Relyx Veneer (3M ESPE, St. Paul, MN, EUA) ou

Foto Variolink Veneer (Ivoclar-Vivadent, Schaan, Liechtenstein) foram inseridos em

matriz (0,5 mm de espessura por 7 mm de diâmetro) e fotoativados por 40 s nas

cores A1 e HV+1, através da lâmina de Emax Cad ou Emax Press obtendo-se vinte

espécimes cilíndricos.

Ensaio de grau de conversão. Para análise do grau de conversão (n = 5), os espécimes foram lavados em

água destilada, secos com papel absorvente, colocados nos respectivos recipientes

e armazenados em estufa a 37ºC por 24 horas.

Após esse período, os espécimes foram analisados em Espectroscopia no

Infravermelho por Transformadas de Fourier – FTIR (Spectrum 100 Optica; Perkin

Elmer, MA, USA), com elemento de refletância total atenuada acoplado (ATR), com

cristal horizontal de Seleneto de Zinco (Pike Technologies, Madison, WI, USA)

funcionando como substrato ativo para os raios infravermelhos.

Antes do posicionamento da amostra sobre o cristal, o programa Spectrum

versão 6.3.1 foi acionado no microcomputador acoplado ao espectrômetro para

visualização e análise dos gráficos.

Antes de cada análise foi o background padronizado em 3 scans. Concluída

essa etapa, o espécime foi posicionado sobre o cristal, a força foi ajustada em 90 N

e o número de scans ajustado em 16. Para análise do grau de conversão foi

utilizada a faixa de comprimento de onda correspondente aos monômeros de cada

compósito.

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Antes da mensuração das amostras propriamente dita, cimento resinoso não

polimerizado foi analisado por duas vezes para se estabelecer o padrão de ligações

no estado monomérico.

O cálculo do grau de conversão foi feito com base na proporção entre as

duplas ligações de carbono alifáticas e aromáticas, usando como padrão o

compósito nos estados monomérico e polimérico. Durante a polimerização, a

absorbância de duplas ligações aromáticas de carbono permanece constante, porém

há redução da quantidade das ligações alifáticas (C=C) à medida que o monômero

se converte em polímero.

Considerando a relação entre grau de conversão e absorbância das cadeias

aromáticas e alifáticas, antes e depois da polimerização do compósito, foram obtidos

no gráfico os valores da altura total nos picos de absorbância de cada compósito,

antes e depois da polimerização.

A fórmula utilizada para mensuração do grau de conversão foi:

Grau de conversão (%) = (1 – R polimerizado / R não polimerizado) X 100 .

Esses cálculos foram realizados no programa Microsoft Office Excel 2007

(Microsof Office Professional Edição 2007, Microsoft Corporation).

Análise estatística A análise estatística dos dados foi realizada SAS System for Windows 9.0

(SAS Institute Inc., Cary, NC, USA).

Os valores de grau de conversão foram submetidos ao teste t de Student, com

nível de significância de 5%.

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RESULTADOS

As Figuras 1 e 2 representam o total de picos de absorbância de cada

compósito.

Figura 1 - Total de pico de absorbância do cimento resinoso Foto Variolink

Veneer.

Figura 2 - Total de picos de absorbância do cimento resinoso Foto Relyx

Veneer.

1500

0,8

1,0

1638 cm-1

Tran

smitâ

ncia

Número de onda (cm-1)

Variolink

1500

0,8

1,0

1608 cm-1

1638 cm-1

Tran

smitâ

ncia

Número de onda (cm-1)

RelyX

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Os valores médios de grau de conversão podem ser observados na Tabela 1.

Para ambos os cimentos resinosos (Foto Relyx Veneer ou Foto Variolink Veneer), o

grau de conversão foi estatisticamente superior quando utilizada o sistema cerâmico

fresado reforçado por dissilicato de lítio.

Tabela 1 – Distribuição das médias e desvio padrão (DP) de grau de

conversão (%) dos diferentes cimentos.

Sistema Cerâmico Cimentos Resinosos

Foto Variolink Veneer Foto Relyx Veneer

Fresado 44,74 (2,96) A 39,83 (0,35) A

Prensado 25,71 (1,61) B 37,59 (0,62) B

Valor de p P < 0,001 P < 0,001

Letras distintas em coluna representam diferença significativa.

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DISCUSSÃO

A longevidade de restaurações adesivas indiretas depende principalmente da

qualidade da interface restauração-cimento.12 Em restaurações cerâmicas, a taxa de

conversão dos cimentos resinosos deveria ser a mais alta possível para este

alcançar ótimas propriedades físicas e mecânicas.13 O método utilizado neste estudo

para avaliar o grau de conversão foi FTIR, técnica bem estabelecida que permite

direta quantificação de C = C não reagidas na matriz resinosa.13,14

Os cimentos de resina fotoativados são normalmente indicados para a

cimentação de folheados finos de porcelana e vidro-cerâmica, bem como

incrustações e onlays. O presente estudo avaliou o efeito de diferentes sistemas

cerâmicos no grau de conversão de cimentos resinosos fotativados. Estudo mostrou

que a espessura e cor do material acima do cimento pode afetar a transmissão de

luz e consequentemente o grau de conversão.15 No presente estudo, a cor,

translucidez e espessura da cerâmica foi padronizada, o processo de polimerização

realizado utilizando aplicação de luz continua com luz emitida por diodo com

irradiância de 1400 mW/cm2.

ATR-FTIR utiliza dois mecanismos básicos: reflexão interna total e sua

atenuação. Reflexão interna ocorre quando a luz infravermelha é passada através

de um cristal com um alto índice de reflexão, levando à formação de onda de

evanescência que se estende para além do cristal.16 Esta prolongada entra em

contato com a amostra levando à absorção de energia pela amostra. Isto resulta na

atenuação da onda evanescente, e a energia desta onda atenuada é passada para o

detector e um espectro produzido.17 No presente estudo calculou-se o grau de

conversão comparando a relação do pico alifático C = C a 1640 cm-1 e o pico C = C

aromático a 1610 cm-1 para o cimento resinoso Foto Relyx Veneer. Estudos

anteriores utilizaram estes picos para cálculo do grau de conversão,18-20 mas este

pico aromático foi ausente para Foto Variolink Veneer, o que provavelmente deve-se

ausência de Bis-GMA, o que exclui o uso deste pico para investigação. Entretanto,

outro estudo16 utiliza o pico C=O a 1710 cm-1. Assim, para o Foto Variolink Veneer

utilizaram-se o pico alifático C = C a 1640 cm-1 e o pico C=O a 1710 cm-1, por esta

razão não foi feita nenhuma comparação entre os cimentos resinosos.

Neste estudo, duas varreduras de amostras não curadas de ambos os

cimentos foram realizadas sem a ativação da luz e não mostrou nenhum grau

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notável de conversão. A polimerização e subsequente grau de conversão depende

de vários fatores, incluindo a composição do cimento resinoso e fotoativação. Para

um mesmo cimento utilizando a mesma unidade fotoativadora observou-se que após

a ativação, Foto Variolink Veneer e Foto Relyx Veneer fotoativados através do o

sistema cerâmico reforçado por dissilicato de lítio fresado mostraram grau de

conversão de 44,74% e 39,83% (respectivamente), com diferença estatística para o

25,71% e 39,83% (respectivamente) alcançado através do sistema cerâmico

reforçado por dissilicato de lítio prensado. As cerâmicas usadas durante a ativação

dos cimentos fotoativados resultaram em uma perda de energia da unidade de

fotopolimerização variando de 11 a 22%.21 Assim, a irradiância ou qualidade da luz

proporcionada pela unidade de fotopolimerização após passar através dos diferentes

sistemas cerâmicos pode ter tido o efeito significativo no grau de conversão. Assim,

a atenuação da luz causada pela diminuição da transmitância de luz através das

diferentes sistemas cerâmicas pode ser melhor compreendida. As propriedades

físicas e mecânicas dos cimentos resinosos podem ser afetadas pela espessura e

microestrutura de restaurações cerâmicas.22 É importante ressaltar que os cimentos

resinosos fotoativados devem receber uma densidade de energia adequada para

alcançar boas propriedades mecânicas.22 Além disso, apenas a fotoativação eficaz

pode assegurar níveis de grau de conversão clinicamente aceitáveis de cimentos

resinosos, principalmente em áreas críticas.

A avaliação das propriedades mecânicas é importante para prever o

comportamento dos materiais em situações clínicas.21 Deve-se levar em conta a

influência dos fatores relacionados à resistência de união entre dente e restauração

indireta, propriedades de manuseio, resistência ao desgaste e estabilidade da cor,

pois também determinarão o desempenho clínico do material.23 Futuras pesquisas

devem considerar a polimerização de cimentos resinosos como função do tempo e

espessura cerâmica com diferentes sistemas cerâmicos.

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CONCLUSÃO

De acordo com os achados desse estudo, pode-se concluir que:

Os diferentes cimentos estudados apresentaram maior grau de conversão

quando utilizou-se estruturas protéticas cerâmicas reforçadas por dissilicato de lítio

confeccionas com sistema fresado.

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5 CONCLUSÃO GERAL

De acordo com os achados desse estudo, pode-se concluir que:

Os diferentes cimentos estudados apresentaram maior grau de

conversão quando utilizou-se estruturas protéticas cerâmicas reforçadas por

dissilicato de lítio confeccionas com sistema fresado.

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