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AVALIAÇÃO DA DEGRADAÇÃO DE ROCHAS ORNAMENTAIS DEVIDO À

POSSÍVEL AÇÃO MICROBIANA

Marcelo De Luccas Dourado¹, Andréa Camardella de Lima Rizzo², Roberto Carlos da Conceição Ribeiro ³ 1 Graduando em Engenharia Química (UFF), Bolsista de Iniciação Científica CETEM/MCTI

2Engenheira Química D.Sc., Tecnologista Sênior CETEM/MCTI 3Engenheiro Químico D.Sc., Pesquisador CETEM/MCTI

[email protected]

RESUMO

As rochas ornamentais podem ser expostas a diferentes mecanismos de intemperismo, sejam eles

químicos, físicos ou biológicos. Este último pode ganhar significativa importância no processo de

degradação natural das rochas, dado que os ambientes rochosos propiciam substratos para os

mais variados filos de microrganismos, entre eles bactérias, fungos e actinomicetos, que podem

excretar substâncias potencialmente danosas às rochas ornamentais. O objetivo deste trabalho foi

realizar coleta, isolamento e identificação preliminar dos microrganismos presentes nas rochas

gnáissicas das fachadas do complexo arquitetônico do Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro. A

coleta e o isolamento resultaram na seleção prévia de 70 microrganismos, sendo 29 fungos

filamentosos, 30 bactérias, 7 actinomicetos e 4 leveduras. Embora esta seleção possa esclarecer

algum possível mecanismo de ataque do monumento, ainda se faz necessária a identificação por

espécies desses microrganismos para saber quais metabólitos estão atuando de forma a aumentar

a biodeterioração do local. Posteriormente, pretende-se avaliar os efeitos da propagação

microbiológica e da sua consequente influência no processo de alterabilidade de rochas

ornamentais, bem como propor um mecanismo de proteção contra o crescimento e desen-

volvimento de colônias microbiológicas neste monumento.

PALAVRAS-CHAVE: biodeterioração, rochas ornamentais, patrimônio histórico.

ABSTRACT

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Weathering in stone-based monuments can be by physical, chemical or biological factors. The last

one can earn significant importance in degradation of rocks, because these stone-based

environments provide substrates to many phyla of microorganisms, such as bacteria, filamentous

fungi, actinomycetes and yeasts in which some of these are able to produce some harmful

substances that may attack the surface of the stone (EHRLICH, 2009). The aim of this work was

collect, isolate and do a preliminary identification of the microbiological community that dwell in

the stone surface of the Mosteiro de São Bento, Rio de Janeiro. The isolation and identification

results were about 70 microorganisms, which are fungi, bacteria, yeast and filamentous bacteria.

Although this selection may clarify any potential biodeterioration on the Mosteiro's rock surface, it

is still necessary to identify the species in order to know what metabolites contributes to the local

biodeterioration. In a second time, we intend to study the interaction between the microorganism

and the rock and to propose a protection that will stop the microbiological growth in this stone-

based monument.

KEYWORDS: biodeterioration, ornamental rock, cultural heritage.

1. INTRODUÇÃO

O Complexo Arquitetônico do Mosteiro de São Bento, fundado em 1590 por monges vindos

da Bahia, é um bem pétreo tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

(IPHAN). Nele, estão localizados o Colégio e a Faculdade São Bento, bem como o claustro dos

monges beneditinos e a Igreja Nossa Senhora de Montserrat, reconhecida por ser um dos poucos

locais que ainda perpetuam tradições da Igreja Medieval, como o canto gregoriano e missas

rezadas em latim.

Localizado próximo à Praça Mauá, no Centro da Cidade do Rio de Janeiro, as fachadas do

Complexo Arquitetônico do Mosteiro de São Bento são compostas por gnaisse, uma rocha

metamórfica composta por três minerais: feldspato, mica e quartzo. O primeiro caracteriza um

grupo mineral constituído de alumino silicatos de potássio, sódio e cálcio. Já o segundo se refere a

um grupo de minerais constituídos por silicatos hidratados de diversos metais, cristalizado no

sistema monoclínico, com diferentes composições e propriedades físicas. Por fim, o terceiro se

refere à fase estável da sílica a temperatura ambiente (EHRLICH, 2009; UFJF, 2009). É importante

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ressaltar que este bem pétreo foi construído numa região próxima ao mar, com intenso tráfego de

veículos automotivos e ação constante de ventos e chuvas. Nesse sentido, as fachadas do monu-

mento encontram-se bastante deterioradas em função do intemperismo físico e químico que

atuam no local.

Além destes dois mecanismos, pode-se citar, também, o intemperismo biológico, que é

considerado um mecanismo secundário de degradação das superfícies rochosas (BECKER, 1994).

Geralmente a biodeterioração ocorre porque os outros ataques de agentes erosivos permitiram

que naquele ambiente houvesse a deposição e acumulação de matéria inorgânica e/ou orgânica

como nutrientes básicos para o complexo crescimento microbiano.

Dentre os principais agentes biológicos que podem atuar no processo de biodeterioração

das rochas, destacam-se bactérias, fungos filamentosos, alguns tipos de leveduras, actinomicetos,

algas, além dos liquens, que são associações simbióticas entre as algas e fungos. Todos estes

grupos são capazes de utilizar, como substrato, a matéria orgânica depositada e acumulada na

superfície rochosa, bem como os compostos inorgânicos do corpo rochoso e do ambiente a fim de

obter energia para o desempenho de suas atividades vitais (MADIGAN, 2004). Como resultado, é

possível que ocorra a geração de metabólitos capazes de aumentar a biodeterioração das rochas

ornamentais do complexo.

Como exemplo de metabólitos envolvidos no processo de biodeterioração, podemos citar a

ação de ácidos orgânicos sobre rochas de carbonato, como o ácido oxálico. Sabe-se que os

carbonatos são instáveis em meio ácido e se decompõe segundo a seguinte reação química:

𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶3 (𝑠𝑠) ←���⃗ 𝐶𝐶𝐶𝐶+2 + 𝐶𝐶𝐶𝐶3−2 (1)

𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶3 + 𝐻𝐻+ ←���⃗ 𝐶𝐶𝐶𝐶+2 + 𝐻𝐻𝐶𝐶𝐶𝐶3− (2)

𝐻𝐻𝐶𝐶𝐶𝐶3− + 𝐻𝐻+ ←���⃗ 𝐻𝐻2𝐶𝐶𝐶𝐶3 → 𝐻𝐻2𝐶𝐶 + 𝐶𝐶𝐶𝐶2 ↑ (3)

A equação (1) tem constante igual a Kps=3,36x10-9 (LIDE, 2009). Como a solubilidade do

Ca(HCO3)2 é muito maior do que a solubilidade do CaCO3, a dissolução da rocha tem início em

soluções levemente ácidas. Em soluções fortemente ácidas, o intemperismo se intensifica ainda

mais devido a perda de gás. Sendo assim, do ponto de vista bioquímico, qualquer microrganismo

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produtor de ácido, seja orgânico ou inorgânico, é capaz de dissolver rochas carbonáticas (EHRLICH,

2009).

Pode-se citar, também, a biodeterioração de rochas silicáticas catalisada por metabólitos

oriundos de microrganismos. De acordo com Erlich (2009), são reportados quatro diferentes

mecanismos: a complexação de cátions metálicos da estrutura cristalina em pH próximo a

neutralidade, a solubilização por ácidos orgânicos, a solubilização por hidrólise de compostos

nitrogenados e a solubilização por polissacarídeos extracelulares (EPS) em ambientes ácidos. O

resultado é a desagregação e a possibilidade de formação de novos minerais a partir da

reprecipitação e cristalização dos constituintes mobilizados pelos microrganismos.

Além da biocorrosão dos monumentos, as modificações causadas por microrganismos

também incluem a alteração do diâmetro do poro das rochas bem como a possibilidade do

aumento e propagação das trincas já existentes no material, além das alterações estéticas das

fachadas (BECKER, 1994). Deste modo, é necessário buscar algum mecanismo que seja capaz de

diminuir significativamente a deterioração deste bem pétreo. Atualmente, já existem tecnologias

no mercado capazes de diminuir em alto grau a biodeterioração das rochas ornamentais.

2. OBJETIVO

Verificar, através da coleta, isolamento e identificação preliminar, se há degradação das

rochas ornamentais do complexo arquitetônico do Mosteiro de São Bento por possível ação

microbiológica.

3. METODOLOGIA

3.1 Pontos de coleta

Na figura 1, reproduz-se a planta do Mosteiro de São Bento, localizado no Centro da Cidade

do Rio de Janeiro. Os locais da coleta microbiológica foram identificados por números nas plantas,

reproduzidas abaixo.

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Figura 1. Planta do Mosteiro. Da esquerda para direita e da linha superior para inferior: Fachada Frontal,

Fachada Lateral Direita, Fachada Posterior.

Os pontos de coleta foram determinados por observação visual das fachadas, dado o

avançado grau de deterioração das mesmas. Coletou-se material nos seguintes pontos: Imagem

do Cristo no jardim interno, Fachada Posterior, em dois pontos distintos; Fachada Lateral Direita,

em três pontos diferentes; Fachada Frontal; Fachadas Frontal e Lateral Direita da Torre do

Campanário; Sinos; Balcão 8 da Fachada Posterior em três pontos distintos, bem como no

ornamento localizado imediatamente abaixo dele.

Figura 2.Imagem do busto de Cristo no jardim interno.

3 3 4 5 6 7 8

9

10-11

1-2

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3.2 Amostragem

Com o auxílio do swab estéril (um chumaço de algodão preso a uma haste plástica), coletou-

se o material biológico dos pontos acima identificados. Em seguida, espalhou-se o material sobre

os meios de cultura solidificados previamente distribuídos em placas de Petri. Para cada ponto

coletado, o material foi inoculado, em duplicatas, em placa contendo meio TSA(Caldo de Triptona

de Soja) e outra com meio BDA (Batata Dextrose Agar). O meio TSA é normalmente utilizado para

crescimento de microrganismos heterotróficos. Já o meio BDA (BISWAS, 2013) é o meio

comumente empregado para a cultura de fungos.

3.3 Isolamento

Em laboratório, as placas de Petri foram mantidas em estufa a 30ºC, por cerca de quatro

dias. Ao final desse tempo, foi possível observar o crescimento de diversas colônias de

microrganismos. A avaliação do crescimento microbiano foi visual, sendo selecionados os

morfotipos diferentes presentes nas placas. Após a seleção das colônias, procedeu-se ao

esgotamento por estrias no meio sólido correspondente (TSA ou BDA).

3.4 Identificação preliminar

Após o período de crescimento dos isolados, realizou-se o registro fotográfico das principais

placas. As mesmas foram identificadas por microscopia óptica com o auxílio da equipe do

Laboratório de Microbiologia Industrial da Escola de Química da UFRJ.

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Figura 4. Possível bactéria isolada do ponto 9.

Figura 6. Possível levedura isolada do ponto 11.

Figura 5. Possível fungo isolado do ponto 8.

Figura 7. Possível actinomiceto isolado do ponto

4.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

No presente estudo, foram identificados 70 microrganismos, dos quais 29 são possíveis

fungos filamentosos, 30 são possíveis bactérias, 4 são possíveis leveduras e 7 são possíveis

actinomicetos. A distribuição dos filos microbianos coletados pode ser sumarizada na Tabela 1. A

partir dela foi possível gerar um gráfico de setores circulares, indicando quais locais encontram-se

com maior proliferação microbiológica e, portanto, com maior potencial de biodeterioração.

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Tabela 1. Distribuição dos Filos Microbianos

Local de Coleta Fungos Bactérias Leveduras Actinomicetos Total Porcentagem

Torre do Campanário

6 1 - 1

18 26 4 2 - -

2 2 - -

Fachada Frontal - 2 - -

13 18 5 3 1 2

Fachada Lateral Direita

1 2 - 1

21 30 - 2 - -

4 1 - -

5 3 1 1

Fachada Posterior 1 3 - - 4 6

Balcão B8

- 3 - -

14 20 - 3 1 -

- 3 - -

1 - 1 2

Total 29 30 4 7 70 100

Figura 8. Quantidades Relativas de Microrganismos em cada Local de Coleta.

De acordo com a Figura 2, podemos perceber que os locais com maior proliferação

microbiológica foram na fachada lateral direita, na torre do campanário e na fachada frontal,

confirmando, portanto, a observação feita a priori dos locais “críticos”.

Os possíveis filos microbiológicos encontrados são explicados pela flexibilidade da exigência

nutricional, somado a capacidade de lidar com flutuações na temperatura, umidade e pressão

Torre do Campanário26%

Fachada Frontal18%

Fachada Lateral Direita

30%

Fachada Posterior6%

Balcão B820%

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osmótica bem como períodos de escassez nutricional, uma vez que as condições locais não são

homogêneas durante o ano (BECKER, 1994).

Como mencionado anteriormente, o meio TSA é altamente nutritivo e versátil, normalmente

utilizado para crescimento de microrganismos heterotróficos. Já o meio BDA (BISWAS, 2013) é o

meio comumente empregado para a cultura de fungos.Como ainda não foi realizada a

identificação por espécies dos microrganismos, sabe-se apenas que eles podem ser classificados

em organotróficos, uma vez que todos os microrganismos isolados apresentaram crescimento

num meio próprio para cultivo de heterotróficos totais e/ou fungos, cuja principal fonte de

carbono em ambos é um composto orgânico (MADIGAN et al., 2010). No entanto, não se deve

descartar a presença de microrganismos autotróficos, necessitando de uma avaliação

complementar sobre o metabolismo de cada microrganismo isolado.

Além disso, é possível que alguns dos microrganismos isolados sejam produtores de ácidos

orgânicos, uma vez que, na literatura, encontram-se registros destes tipos de microrganismos

colonizando rochas nos climas subtropicais (BECKER, 1994). Ao excretar os ácidos orgânicos, o

gnaisse se dissocia, gerando, assim, íons cálcio livres. Devido à grande quantidade de compostos

derivados de enxofre presente no local, o cálcio livre reage com os compostos de enxofre e, assim,

há a formação de um novo mineral,a gipsita(CaSO4) (Erlich, 2009). Neste momento, duas hipóteses

podem ser formuladas para futura investigação: os microrganismos são agentes de transformação

do gnaisse em gipsita ou houve a formação da gipsita e, em seguida, os microrganismos

colonizaram o novo mineral.

Embora o mecanismo de transformação não esteja completamente elucidado, os dois

minerais citados apresentam propriedades físicas distintas, o que pode contribuir para uma

fragilização das fachadas externas do monumento.

5. CONCLUSÃO

Embora esta seleção possa indicar alguma possível ação do intemperismo biológico no

monumento, ainda se faz necessária a identificação por espécies dos microrganismos. A partir

dessa informação poderemos identificar qual o mecanismo de biodeterioração está contribuindo

para a degradação das rochas ornamentais deste monumento. Em uma futura etapa, pretende-se

estudar os efeitos da propagação microbiológica e da sua consequente influência no processo de

alterabilidade das rochas ornamentais presentes neste bem tombado pelo IPHAN, bem como

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buscar alternativas tecnológicas visando a proteção do monumento contra a ação biodeteriorativa

dos microrganismos.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BECKER, T.W.; KRUMBEIN, W.E.; WARSCHEID, Th.; RESENDE, M.A. Investigations into Microbiology. Project IDEAS: Investigation into Devices against Environmental Attack on Stones – A German-Brazilian Project. p.147-186, 1994. BISWAS, J.; SHARMA, K.; HARRIS, K.K.; RAJPUT, Y. Biodeterioration agents: Bacterial and fungal diversity dwelling in or on the pre-historic rock-paints of Kabra-pahad, India.Iranian Journal of Microbiology. 2013. Vol 5. p. 309-314 ERLICH, H. L.; NEWMAN, D.K. Geomicrobiology. Boca Raton: CRC Press, 2009. 606p. LIDE, D.R. Handbook of Chemistry and Physics. 89ed. CRC Press, 2009. MADIGAN, M.T.; MARTINKO, J.M.; PARKER, J. Microbiologia de Brock. 10 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA. Geologia. Disponível em: <http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/Geologia-Cap6.pdf>. Acesso em 26/02/2016 às 14:22. VERMELHO, A. B.; PEREIRA, A. F.; COELHO, R.R.R.; SOUTO-PADRÓN, T. Práticas de Microbiologia. Guanabara Koogan, 2006. ZAJIC, J.E. Microbial Biogeochemistry. Academic Press, 1969. p.218-224.