Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

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1 Central Termoelétrica de Sines Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base (outubro 2018) Síntese De acordo com o estabelecido no Art.º 42.º do DecretoLei n.º 127/2013, de 30 de agosto (que estabelece o Regime das Emissões Industriais REI), e Declaração de Retificação n.º 45A/2013, de 29 de outubro, as instalações onde se desenvolvem atividades que envolvem a utilização, produção ou libertação de substâncias perigosas relevantes devem submeter à APA, IP um Relatório de Base. Este relatório destinase a permitir estabelecer uma comparação quantitativa com o estado do local após a cessação definitiva das atividades. A elaboração deste relatório é obrigatória sempre que haja possibilidade de poluição do solo e das águas subterrâneas no local da instalação – conforme esclarece a Nota interpretativa n.º 5/2014 – Relatório de Base (17/07/2014), elaborada pela Agência Portuguesa do Ambiente, bem como as Diretrizes da Comissão Europeia respeitantes aos relatórios de base (Comunicação da Comissão 2014/C 136/03, de 6 de maio de 2014). Em cumprimento do definido no previsto no n.º 1 do artigo 42.º do DecretoLei n.º 127/2013, de 30 de agosto, no âmbito do processo de primeira renovação da Licença Ambiental da Central Termoelétrica de Sines (LA n.º 300/2009, de 30 de abril de 2009), reuniuse no presente documento a informação relativa à necessidade de elaboração do Relatório de Base para esta Central, estruturada em quatro passos, de acordo com o previsto na referida Nota Interpretativa n.º 5/2014. O objetivo desta fase é, assim, identificar as substâncias perigosas relevantes e os resíduos perigosos existentes na instalação, com potencial de contaminação de solos e águas subterrâneas. Aplicação da metodologia de avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base Passo 1 Identificação dos resíduos perigosos e das substâncias perigosas relevantes. Apresentamse, nos quadros seguintes, os resíduos perigosos produzidos e as substâncias perigosas usadas, produzidas ou libertadas, na Central de Sines, de acordo com a classificação do Regulamento (CE) n.º 1272/2008 1 . Conforme referido na Nota n.º 5/2014, os reagentes destinados exclusivamente a uso laboratorial não foram incluídos nestes quadros. 1 Art.º 3.º do Regulamento (CE) n.º 1272/2008, de 16 de dezembro, relativo à classificação, rotulagem e embalagem de substâncias e misturas Regulamento CLP

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  Central Termoelétrica de Sines 

Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base 

(outubro 2018) 

 

Síntese 

De acordo com o estabelecido no Art.º 42.º do Decreto‐Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto (que 

estabelece o Regime das Emissões Industriais ‐ REI), e Declaração de Retificação n.º 45‐A/2013, 

de 29 de outubro, as  instalações onde se desenvolvem atividades que envolvem a utilização, 

produção ou  libertação  de  substâncias perigosas  relevantes  devem  submeter  à APA,  IP  um 

Relatório de Base. Este relatório destina‐se a permitir estabelecer uma comparação quantitativa 

com o estado do local após a cessação definitiva das atividades. 

A elaboração deste relatório é obrigatória sempre que haja possibilidade de poluição do solo e 

das águas subterrâneas no  local da  instalação – conforme esclarece a Nota  interpretativa n.º 

5/2014 – Relatório de Base (17/07/2014), elaborada pela Agência Portuguesa do Ambiente, bem 

como as Diretrizes da Comissão Europeia respeitantes aos relatórios de base (Comunicação da 

Comissão 2014/C 136/03, de 6 de maio de 2014). 

Em cumprimento do definido no previsto no n.º 1 do artigo 42.º do Decreto‐Lei n.º 127/2013, 

de 30 de agosto, no âmbito do processo de primeira renovação da Licença Ambiental da Central 

Termoelétrica  de  Sines  (LA  n.º  300/2009,  de  30  de  abril  de  2009),  reuniu‐se  no  presente 

documento a informação relativa à necessidade de elaboração do Relatório de Base para esta 

Central, estruturada em quatro passos, de acordo com o previsto na referida Nota Interpretativa 

n.º 5/2014. 

O objetivo desta  fase é,  assim,  identificar as  substâncias perigosas  relevantes e os  resíduos 

perigosos  existentes  na  instalação,  com  potencial  de  contaminação  de  solos  e  águas 

subterrâneas. 

 

Aplicação da metodologia de avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base 

 

Passo 1 ‐ Identificação dos resíduos perigosos e das substâncias perigosas relevantes. 

Apresentam‐se,  nos  quadros  seguintes,  os  resíduos  perigosos  produzidos  e  as  substâncias 

perigosas usadas, produzidas ou libertadas, na Central de Sines, de acordo com a classificação 

do Regulamento (CE) n.º 1272/20081.  

Conforme  referido  na  Nota  n.º  5/2014,  os  reagentes  destinados  exclusivamente  a  uso 

laboratorial não foram incluídos nestes quadros. 

                                                            1 Art.º 3.º do Regulamento (CE) n.º 1272/2008, de 16 de dezembro, relativo à classificação, rotulagem e embalagem de substâncias e misturas ‐ Regulamento CLP 

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No Quadro  1  incluem‐se  as matérias primas  e matérias  subsidiárias perigosas presentes na 

instalação. 

Quadro 1 ‐ Matérias primas e matérias subsidiárias perigosas presentes na instalação  

Designação Classificação de acordo com o Regulamento (CE) nº 1272/2008 (CLP) 

Observações 

Ácido Clorídrico (33%) 

Corrosão/Irritação Cutânea, Skin Corr. 1A, H314: provoca 

queimaduras na pele e lesões oculares graves 

Toxicidade para órgãos ‐ alvos específicos – exposição 

única, STOT SE 3, H335: pode provocar irritação das vias 

respiratórias 

Corrosivo para metais, Met. Corr. 1, H290: pode ser 

corrosivo para metais 

— 

Amónia (24%) 

Skin Corr. 1B, H314 ‐provoca queimaduras na pele e lesões 

oculares graves 

STOT SE 3, H335 ‐ Pode provocar irritação das vias 

respiratórias 

— 

Acetileno 

Gases quimicamente instáveis ‐ Categoria A ‐ (CLP: Chem. 

Unst. Gas A) ‐ H230 ‐ Pode reagir explosivamente mesmo 

na ausência de ar 

Gases inflamáveis ‐ Categoria 1 ‐ Perigo ‐ (CLP: Flam. Gas 1) 

‐ H220 ‐ Gás extremamente inflamável 

Gases sob pressão ‐ Gases dissolvidos ‐ Atenção ‐ (CLP: 

Press. Gas Diss.) ‐ H280 ‐ Contém gás sob pressão; risco de 

explosão sob a ação do calor. Eliminação de garrafas 

somente através do fornecedor; Garrafas contêm um 

material poroso que em alguns casos contém fibras de 

amianto e está saturado com um solvente (acetona ou 

dimetilformamida) 

— 

Cal Hidratada (hidróxido de 

cálcio) 

Skin Irrit. 2, H315 Provoca irritação cutânea 

STOT SE 3  H335 ‐ Pode provocar irritação das vias 

respiratórias 

Eye Dam. 1 H318 Provoca lesões oculares graves

— 

Cal Viva  (óxido de cálcio) 

Skin Irrit. 2, H315 Provoca irritação cutânea 

Eye Dam. 1 H318 Provoca lesões oculares graves 

STOT SE 3, H336 ‐ Pode provocar sonolência ou vertigens 

— 

Carbohidrazida (12%) 

Skin Sens. 1:H317 Pode provocar uma reação alérgica 

cutânea   — 

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Designação Classificação de acordo com o Regulamento (CE) nº 1272/2008 (CLP) 

Observações 

Cloreto Férrico (40%) 

Corrosivo para os metais Categoria 1 

Toxicidade Aguda Categoria 4 

Lesões oculares Categoria 1 

Acute Tox. 4: H302 ‐ Nocivo por ingestão 

Skin Irrit. 2, H315 Provoca irritação cutânea 

Eye Dam. 1 H318 Provoca lesões oculares graves 

— 

Fuelóleo 

Carc. 1B H350 Pode provocar cancro 

Repr. 2 H361d Suspeito de afetar o nascituro 

STOT RE 2 H373 Pode afetar os órgãos após exposição 

prolongada ou repetida 

Aquatic Acute 1 H400 Muito tóxico para os organismos 

aquáticos 

Aquatic Chronic 1 H410 Muito tóxico para os organismos 

aquáticos com efeitos duradouros 

Acute Tox. 4 H332 Nocivo por inalação 

— 

Gasóleo 

Flam. Liq. 3, H226 Líquido e vapor inflamáveis 

Carc. 2, H351 Suspeito de provocar cancro 

STOT RE 2, H373 Pode afetar os órgãos após exposição 

prolongada ou repetida 

Asp. Tox. 1: H304 Pode ser mortal por ingestão e 

penetração nas vias respiratórias 

Aquatic Chronic 2, H411 Tóxico para os organismos 

aquáticos com efeitos duradouros 

Acute Tox. 4, H332 Nocivo por inalação 

Skin Irrit. 2, H315 Provoca irritação cutânea 

— 

Hipoclorito de Sódio (0,2%) 

Corrosão da pele, 1B, H314 Provoca queimaduras na pele e 

lesões oculares graves 

Aquático Agudo, 1: H400 Muito tóxico para os organismos 

aquáticos 

EUH031 Em contacto com ácidos liberta gás tóxico 

Nota: na Central de 

Sines, o hipoclorito é 

produzido in‐situ, a 

0,2%. As frases 

seguintes são 

aplicáveis a C≥13% 

Hidróxido de Sódio (50%) 

Skin Corr. 1A: Corrosão/irritação cutânea, categoria 1ª; 

H314 Causa queimaduras graves na pele e olhos  — 

Sulfato de Alumínio 

Eye Dam. 1 H318 Provoca lesões oculares graves — 

TMT (15%)  H319 ‐ Provoca irritação ocular grave  — 

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Designação Classificação de acordo com o Regulamento (CE) nº 1272/2008 (CLP) 

Observações 

Hidrogénio 

Gases inflamáveis ‐ Categoria 1 ‐ Perigo ‐ (CLP: Flam. Gas 1) 

‐ H220 

Perigos físicos: Gases sob pressão – Gases comprimidos ‐ 

Atenção H280 ‐ Contém gás sob pressão; risco de explosão 

sob a ação do calor 

— 

Dióxido de Carbono 

Perigos físicos: Gases sob pressão – Gases comprimidos ‐ 

Atenção H280 ‐ Contém gás sob pressão; risco de explosão 

sob a ação do calor — 

Solvente Petrosolv‐P 

Asp. Tox. 1: H304 Pode ser mortal por ingestão e 

penetração nas vias respiratórias  

STOT SE 3, H336 ‐ Pode provocar sonolência ou vertigens 

EUH066 Pode provocar pele seca ou gretada, por exposição 

repetida 

— 

Óleo Alpha VT 32 Aquatic Chronic 3, H412 ‐ Nocivo para os organismos 

aquáticos com efeitos duradouros  — 

Óleo NYTRO Taurus 

Perigo de aspiração, Categoria 1 H304 ‐ Pode ser mortal por 

ingestão e penetração nas vias respiratórias  — 

Solventes SAFETYKLEEN 

Flam. Liq. 3, H226 Líquido e vapor inflamáveis  

Asp. Tox. 1: H304 Pode ser mortal por ingestão e 

penetração nas vias respiratórias 

— 

Solvente PETROVOLTS 

Flam. Liq. 3, H226 Líquido e vapor inflamáveis 

Skin‐ Sens. 1 H317 Pode provocar uma reação alérgica 

cutânea 

Aquatic Chronic 2: H411 Tóxico para os organismos 

aquáticos, com efeitos duradouros 

Asp. Tox. 1: H304 Pode ser mortal por ingestão e 

penetração nas vias respiratórias  

— 

Oxigénio 

Gases comburentes Categoria 1 H270 ‐ Pode provocar ou 

agravar incêndios; comburente 

Gases sob pressão Gás comprimido H280 ‐ Contém gás sob 

pressão; risco de explosão sob a ação do calor 

— 

 

Para além destas substâncias, classificadas como perigosas segundo o Regulamento CLP, são 

utilizadas  em  quantidades  significativas  outras  substâncias  que,  não  sendo  consideradas 

perigosas, se excluem do âmbito desta análise. Entre elas destacam‐se, pelas capacidades de 

armazenamento  envolvidas,  o  carvão  (combustível  e  matéria‐prima  principal,  usado  na 

produção de eletricidade), cinzas volantes (subproduto), escórias de carvão (subproduto), gesso 

(subproduto)  e  calcário.  Em  menores  quantidades  utilizam‐se,  ainda,  outras  substâncias, 

igualmente não classificadas, como alguns tipos de óleos (Óleo Perfecto XEP 46, Óleo Perfecto 

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XEP 68, Óleo Alpha SP 220, Óleo Alpha SP 320, Óleo Hyspin AWS 32, Óleo Hyspin AWS 46) e 

polieletrólitos (Quimifloc EMA 03, Polieletrólito Quimifloc Série A). 

 

Apresentam‐se, no Quadro 2, os resíduos perigosos produzidos na Central de Sines.  

Neste Quadro encontram‐se  listados os diversos tipos de resíduos produzidos na Central nos 

últimos 11 anos (período 2007 ‐ 2017), à exceção dos resíduos cuja produção ocorreu de forma 

muito pontual (em apenas 1 ou 2 dos anos daquele período, em quantidade total no período 

referido <1 t) e em condições controladas (não resultaram de situações acidentais). 

 

Quadro 2 ‐ Resíduos perigosos produzidos na instalação 

CÓDIGO LER  DESCRIÇÃO    ORIGEM 

100104  Cinzas volantes de fuelóleo  Saída das cinzas volantes de fuelóleo, até 2009, do antigo aterro de cinzas de fuelóleo da Central, entretanto desativado por remoção e envio de todos os seus resíduos para destino final autorizado 

100120  Lamas do tratamento local de efluentes, c/ subs. perigosas 

Tratamento do efluente líquido da dessulfuração de gases, na ITEL da dessulfuração. Lamas com um máximo de humidade de 40% 

100207  Resíduos sólidos do tratamento de gases, contendo substâncias perigosas 

ITEL da dessulfuração 

120301  Líquidos de lavagem aquosos  Trabalhos de manutenção (limpeza de peças) 

130110  Óleos hidráulicos minerais n/clorados 

Garagem, oficina, caldeira, grupo turbo‐alternador (substituição de óleos hidráulicos na turbina e noutros equipamentos) 

130701  Resíduos de combustíveis líquidos: fuelóleo e gasóleo 

Limpeza de tanques de fuelóleo para manutenção/certificação 

130899  Óleos usados, sem outras especificações: outros resíduos não especificados anteriormente 

Resíduos sólidos contaminados com óleos provenientes de intervenções em equipamentos (massas lubrificantes, solos e rochas contaminados com hidrocarbonetos) 

140603  Outros solventes e misturas de solventes 

Trabalhos de manutenção (limpeza de peças) 

150110  Embalagens contendo ou contaminadas c/ sub. perigosas

Embalagens vazias provenientes de substâncias químicas (ITA, caldeira/precipitadores, ITEL, turbinas, oficina,  tomada de água) 

150202  Absorventes, materiais filtrantes, panos limpeza, 

ITA, caldeira/precipitadores, carvão/garagem, silos A0, parque 

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CÓDIGO LER  DESCRIÇÃO    ORIGEM 

vestuário de proteção c/subs. perigosas 

empreiteiros, ITEL, turbinas, oficina,  tomada de água, silos B0, grupo turboalternador 

160708  Resíduos contendo hidrocarbonetos 

Resíduos da revitalização dos depósitos de fuelóleo e limpezas  

170605  Materiais de construção contendo amianto 

Revitalização/manutenção de sistemas/edifícios 

200137  Madeira e paletes contendo subs.perigosas 

Manutenção/revitalização de sistemas, transporte de materiais contendo substâncias perigosas 

 

Na Central produzem‐se outros resíduos não perigosos que, por essa razão, foram excluídos da 

análise feita neste âmbito. Desses resíduos excluídos destacam‐se as escórias (cinzas de fundo) 

e gesso, produzidos como resíduos, que são depositados de forma controlada na Central, em 

aterros de resíduos não perigosos. 

 

Passo 2. Identificação das substâncias passíveis de provocar contaminação dos solos e águas subterrâneas. 

 Com o objetivo de determinar o potencial  risco de contaminação associado a cada uma das substâncias anteriormente identificadas no passo 1, foram consultadas as respetivas fichas de dados  de  segurança,  e  analisadas  as  suas  propriedades  químicas  e  físicas,  tais  como: composição,  estado  físico  (sólido,  líquido  e  gás),  solubilidade,  toxicidade,  mobilidade, persistência, etc.  Com base na referida análise, apresentam‐se, nos quadros seguintes, as conclusões retiradas, e os pressupostos de base, relativamente ao risco de contaminação associado a cada uma das substâncias anteriormente identificadas.    

Quadro 3 – Avaliação do potencial de contaminação associado às matérias primas e/ou subsidiárias perigosas presentes na instalação 

Designação  Avaliação do potencial de contaminação do solo e águas subterrâneas 

Ácido Clorídrico (33%) 

Líquido, capaz de provocar queimaduras na pele e lesões oculares graves, irritação das vias respiratórias, pode ser corrosivo para metais. Consequências ambientais podem ocorrer numa escala local devido 

aos efeitos do pH. PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS 

SUBTERRÂNEAS 

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Designação  Avaliação do potencial de contaminação do solo e águas subterrâneas 

Amónia (24%) 

Líquido corrosivo, passível de causar queimaduras na pele e lesões oculares graves e provocar irritação das vias respiratórias. 

Pode ser perigoso para o ambiente aquático. Por aquecimento liberta gases tóxicos (amoníaco). 

PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Acetileno 

Gás quimicamente instável, inflamável e sob pressão, cuja potencial libertação se produz para a atmosfera. 

NÃO PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS OU ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Cal Hidratada (hidróxido de cálcio) 

Produto sólido, irritante para a pele e vias respiratórias que pode provocar lesões oculares. Mobilidade reduzida no solo; a exposição no solo e águas subterrâneas não é considerada relevante; apesar disso considerou‐se PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS quando em contacto com água e em concentrações 

elevadas. 

Cal Viva  (óxido de cálcio) 

Produto sólido, irritante para a pele e vias respiratórias que pode provocar lesões oculares. Mobilidade reduzida no solo e PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS quando em 

contacto com água e em concentrações elevadas. 

Carbohidrazida (12%) 

Líquido, sensibilizante para a pele, nocivo para os organismos aquáticos com efeito duradouro. 

PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Cloreto Férrico (40%) 

Líquido, nocivo e irritante para a pele. PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS 

SUBTERRÂNEAS 

Fuelóleo 

Classificado como perigoso para a saúde, nociva e tóxica para os organismos aquáticos com efeitos duradouros. 

É usado como combustível para arranque das caldeiras, nomeadamente nas situações de arranque ou paragem dos moinhos 

de carvão. PASSÍVEL A CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Gasóleo 

É um líquido classificado como perigoso, inflamável, nocivo para a saúde, suspeito de provocar cancro e tóxico para os organismos 

aquáticos. PASSÍVEL A CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS 

SUBTERRÂNEAS 

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Designação  Avaliação do potencial de contaminação do solo e águas subterrâneas 

Hipoclorito de Sódio (0,2%) 

Líquido irritante, potencialmente nocivo ou tóxico para organismos aquáticos em função da concentração. 

PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Nota: Conforme referido anteriormente o hipoclorito de sódio é produzido in‐situ na instalação de eletrocloragem da Central para injeção no circuito de refrigeração principal e numa concentração muito reduzida. A análise acima baseia‐se no hipoclorito de sódio à 

concentração comercial (13 a 15% de cloro ativo) e por isso o hipoclorito de sódio da Central tem um efeito consideravelmente 

inferior. 

Hidróxido de Sódio (50%) 

Líquido, provoca queimaduras na pele e lesões oculares graves, corrosivo para a pele, irritante. 

PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Sulfato de Alumínio 

Produto sólido irritante que pode provocar lesões oculares. Sem mobilidade no solo mas  

PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS quando em solução 

TMT (15%) Produto irritante. Sem informação sobre mobilidade no solo mas 

PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Hidrogénio 

Gás extremamente inflamável e sob pressão, cuja potencial libertação se produz para a atmosfera. 

NÃO PROVOCA CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Dióxido de Carbono 

Gás sob pressão e risco de explosão sob a ação do calor, cuja potencial libertação se produz para a atmosfera. 

NÃO PROVOCA CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Solvente Petrosolv‐P 

Produto líquido, muito tóxico em caso de ingestão e penetração nas vias respiratórias. Pode provocar sonolência ou vertigens e pele seca em caso de exposição repetida. Deve‐se evitar a penetração no solo e 

nas linhas de água, apesar de não ser tóxico para os organismos aquáticos. 

PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Óleo Alpha VT 32 

Produto líquido classificado como nocivo para organismos aquáticos. Os derrames podem penetrar no solo provocando a contaminação dos 

lençóis de água subterrâneos. PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS 

SUBTERRÂNEAS 

Óleo NYTRO Taurus 

Produto líquido classificado como perigoso. Pode ser mortal por ingestão e penetração nas vias respiratórias. Prevista elevada 

mobilidade no solo. Os derrames podem penetrar no solo provocando a contaminação dos lençóis de água 

subterrâneos. PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS 

SUBTERRÂNEAS 

Page 9: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

9  

Designação  Avaliação do potencial de contaminação do solo e águas subterrâneas 

Solventes SAFETYKLEEN 

Produto líquido, tóxico em caso de ingestão e penetração nas vias respiratórias. Pode provocar pele seca em caso de exposição repetida. Deve‐se evitar a penetração no solo e nas linhas de água, apesar de 

não ser tóxico para os organismos aquáticos. PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS 

SUBTERRÂNEAS 

Solvente PETROVOLTS 

É uma mistura de solventes orgânicos. Líquido, inflamável, irritante para a pele, nocivo, pode ser mortal por ingestão e penetração nas vias 

respiratórias. É tóxico para os organismos aquáticos com efeitos duradouros. 

PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Oxigénio 

Gás, comburente e sob pressão, cuja potencial libertação se produz para a atmosfera. 

NÃO PROVOCA CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

 

Para  avaliar  o  potencial  de  contaminação  associado  aos  resíduos  perigosos  anteriormente 

identificados no passo 1, foram tidos em conta, em particular, as características de perigosidade 

das matérias que lhes deram origem, bem como o estado físico dos resíduos ‐ considerando‐se 

que  os  resíduos  líquidos,  lamas  ou  sólidos  solúveis  em  água  são  os  que  apresentam maior 

potencial de contaminação (atendendo a que, no caso da generalidade dos resíduos sólidos, o 

tempo  máximo  de  permanência  na  Central  e  as  condições  controladas  em  que  o  seu 

armazenamento é feito, tornam o risco de contaminação muito baixo).  

Apresenta‐se, no Quadro 4, o resultado da avaliação do potencial de contaminação do solo e 

águas subterrâneas, para os resíduos perigosos identificados no passo anterior.  

 

Quadro 4 – Avaliação do potencial de contaminação associado aos resíduos perigosos passíveis de estar presentes na instalação 

CÓDIGO LER  DESCRIÇÃO    Avaliação do potencial de contaminação do solo e águas subterrâneas 

100104  Cinzas volantes de fuelóleo 

Resíduo perigoso; o seu lixiviado é PASSÍVEL DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

100120  Lamas do tratamento local de efluentes, c/ subs. perigosas 

Atendendo ao estado físico (apesar de se tratar de lamas com um máximo de humidade de 40%), e tratando‐se de um resíduo perigoso, são PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

100207  Resíduos sólidos do tratamento de gases, contendo 

Atendendo à natureza do resíduo, ao tempo de permanência na Central, e a que o seu armazenamento é feito de forma muito controlada, considera‐se NÃO 

Page 10: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

10  

substâncias perigosas 

SEREM PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

120301  Líquidos de lavagem aquosos 

Atendendo ao estado físico, e tratando‐se de um resíduo perigoso, são PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

130110  Óleos hidráulicos minerais n/clorados 

Atendendo ao estado físico e às características de perigo dos óleos que os originaram, são PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

130701  Resíduos de combustíveis líquidos: fuelóleo e gasóleo 

Atendendo às características dos combustíveis que os originaram, são PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

130899  Óleos usados, sem outras especificações: outros resíduos não especificados anteriormente 

Atendendo à natureza dos resíduos (resíduos no estado sólido contaminados com óleos), ao tempo de permanência na Central, e a que o seu armazenamento é feito de forma muito controlada, considera‐se NÃO SEREM PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

140603  Outros solventes e misturas de solventes 

Atendendo às características dos solventes que os originaram, são PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

150110  Embalagens contendo ou contaminadas c/ sub. perigosas 

Atendendo à natureza dos resíduos (resíduos no estado sólido), ao tempo de permanência na Central, e a que o seu armazenamento é feito de forma muito controlada, considera‐se NÃO SEREM PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

150202  Absorventes, materiais filtrantes, panos limpeza, vestuário de proteção c/subs. perigosas 

Atendendo à natureza dos resíduos (resíduos no estado sólido), ao tempo de permanência na Central, e a que o seu armazenamento é feito de forma muito controlada, considera‐se NÃO SEREM PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

160708  Resíduos contendo hidrocarbonetos 

Atendendo às características dos solventes que os originaram, são PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

170605  Materiais de construção contendo amianto 

Atendendo à natureza dos resíduos (resíduos no estado sólido), ao tempo de permanência na Central, e a que o seu armazenamento é feito de forma muito controlada, considera‐se NÃO SEREM PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

200137  Madeira e paletes contendo subs.perigosas 

Atendendo à natureza dos resíduos (resíduos no estado sólido), ao tempo de permanência na Central, e a que o seu armazenamento é feito de forma muito controlada, considera‐se NÃO SEREM PASSÍVEIS DE PROVOCAR CONTAMINAÇÃO DOS SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

  

Page 11: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

11  

Passo 3. Identificação, de entre as substâncias listadas no passo 2, as que, tendo em consideração as suas características, quantidades presentes e medidas previstas e implementadas para o manuseamento, armazenamento e transporte, ainda são suscetíveis de provocar contaminação do local de onde se encontra a instalação. 

 Tendo  em  conta  as  substâncias  listadas  no  passo  anterior,  foi  feita  a  análise  da  “real” probabilidade  de  contaminação  do  solo  ou  das  águas  subterrâneas  no  local,  incluindo  a probabilidade de ocorrência de libertações/emissões e as suas consequências.   No Quadro 5 apresentam‐se os aspetos mais relevantes, no que toca a cada matéria prima e/ou subsidiária perigosa, presente na Central e passível de provocar contaminação, designadamente a  quantidade  máxima  passível  de  armazenamento  na  instalação,  as  condições  de armazenamento,  a  forma  de  transporte  dentro  da  instalação,  a  operação  e/ou  forma  de utilização  e  as  medidas  de  contenção  adotadas  para  prevenir,  evitar  ou  controlar  a contaminação do solo e /ou águas.   Com base nos aspetos referidos, justifica‐se a eventual eliminação de substâncias como fonte 

de potencial contaminação. 

 

   

 

 

 

Page 12: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

12  

 

Quadro 5 ‐ Avaliação da “real” possibilidade de contaminação do solo e das águas subterrâneas pelas matérias primas e/ou subsidiárias perigosas presentes  

Designação   

Capacidade Armazenamento 

Condições de armazenamento   

Forma de transporte   

Operação e/ou forma de utilização   

Medidas de contenção   

REAL possibilidade de contaminação de solos e/ou de águas subterrâneas  (m3)    (t) 

Ácido Clorídrico (33%) 

—  732  Armazenamento na ITA e na ITEL da dessulfuração, em depósitos com bacia de retenção. 

Camião cisterna 

Utilização na regeneração de resinas de desmineralização de água e correção de pH nas ITEL. 

Armazenamento e utilização a partir de depósitos com bacia de retenção, com ligação à rede de efluentes químicos, para tratamento.  A trasfega do camião cisterna para os reservatórios é efetuada em local impermeabilizado. 

Substância armazenada em reservatórios com bacias de retenção. Se ocorrer rotura do reservatório ou derrame a substância fica contida na bacia de retenção.  Se ocorrer derrame durante a trasfega é para solo impermeabilizado, sendo encaminhado para a rede de efluentes químicos. Este processo é sempre acompanhado do início ao fim da trasfega. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E/OU ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Amónia (24%)  —  702  Armazenamento em depósitos em zona de armazenamento específica, e em tambores fechados no armazém de produtos químicos.  

Tambores e camião cisterna 

Utilização na Desnitrificação e para preparação de soluções de condicionamento químico de caldeiras. 

Armazenamento em depósitos com bacias de retenção e em tambores fechados em local com solo impermeabilizado. Ambos os locais possuem encaminhamento de efluentes para tratamento.A trasfega do camião cisterna para os reservatórios é efetuada 

Se ocorrer rotura do reservatório ou derrame a substância fica contida na bacia de retenção. Um eventual derrame, por exemplo durante a trasfega, é para solo impermeabilizado, sendo encaminhado para tratamento. O processo é sempre acompanhado do início ao fim da trasfega. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE 

Page 13: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

13  

Designação   

Capacidade Armazenamento 

Condições de armazenamento   

Forma de transporte   

Operação e/ou forma de utilização   

Medidas de contenção   

REAL possibilidade de contaminação de solos e/ou de águas subterrâneas  (m3)    (t) 

em local impermeabilizado, igualmente com encaminhamento de efluentes para tratamento.

CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Cal Hidratada (hidróxido de cálcio) 

—  75  Armazenamento em silo fechado. 

Camião cisterna 

Utilização para preparação de soluções de cal hidratada para a neutralização de efluentes na ITEL da Dessulfuração. 

Armazenamento em silo fechado e utilização em área com solo impermeabilizado.  

As operações de trasfega são sempre acompanhadas do início ao fim da trasfega com meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes), para que qualquer eventual derrame (em solo impermeabilizado) seja rapidamente retido.  EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Cal Viva  (óxido de cálcio)

—  42  Armazenamento em silo fechado. 

Camião coberto 

Utilização para preparação de soluções de cal hidratada para a neutralização de efluentes na ITEL da Central. 

Armazenamento em silo fechado e utilização em área com solo impermeabilizado.  

As operações de trasfega são sempre acompanhadas do início ao fim da trasfega com meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes). EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Carbohidrazida (12%) 

—  3,4  Armazenamento em depósitos no edifício das caldeiras e em tambores fechados no armazém de químicos. 

Tambores fechados 

Utilização para preparação de soluções de condicionamento químico de caldeiras. 

Armazenamento em depósitos com bacias de retenção estanques, e em tambores fechados em local impermeabilizado com encaminhamento de efluentes para tratamento.

Se ocorrer rotura do reservatório ou derrame, a substância fica contida na bacia de retenção. Um eventual derrame, por exemplo durante a trasfega, é para solo impermeabilizado, com bacia de retenção estanque. O processo é 

Page 14: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

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Designação   

Capacidade Armazenamento 

Condições de armazenamento   

Forma de transporte   

Operação e/ou forma de utilização   

Medidas de contenção   

REAL possibilidade de contaminação de solos e/ou de águas subterrâneas  (m3)    (t) 

sempre acompanhado do início ao fim da trasfega.  EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Cloreto Férrico (40%) 

—  6,74  Armazenamento em depósito na ITEL da dessulfuração. 

Camião cisterna 

Utilizado como coagulante no tratamento de efluentes. 

Armazenamento em depósito com bacia de retenção, com encaminhamento do efluente para a rede de químicos, para tratamento.  

Se ocorrer rotura do reservatório ou derrame, a substância ficará contida na bacia de retenção, e será encaminhada para a rede de efluentes químicos, para tratamento. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E/OU ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Fuelóleo  —  782  Armazenamento em depósitos em zona de armazenamento específica. 

Camião cisterna 

Utilização como combustível para arranque das caldeiras nomeadamente nas situações de arranque ou paragem dos moinhos de carvão. 

Armazenamento em depósitos com bacias de retenção e solo da área dos depósitos pavimentado, com encaminhamento dos efluentes para tratamento.

As operações de trasfega são sempre acompanhadas do início ao fim da trasfega com meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes), para que qualquer eventual derrame (em solo impermeabilizado) seja rapidamente retido, ou envio para tratamento pela rede de efluentes oleosos. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Gasóleo  —  794  Armazenamento em depósitos em zonas de armazenamento específicas.

Camião cisterna 

Utilização em máquinas diesel de emergência e em combustão nas caldeiras principais e auxiliar. 

Armazenamento em depósitos com bacias de retenção e com 

As operações de trasfega são sempre acompanhadas do início ao fim da trasfega com meios de contenção no local (tabuleiros, 

Page 15: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

15  

Designação   

Capacidade Armazenamento 

Condições de armazenamento   

Forma de transporte   

Operação e/ou forma de utilização   

Medidas de contenção   

REAL possibilidade de contaminação de solos e/ou de águas subterrâneas  (m3)    (t) 

encaminhamento dos efluentes para tratamento.

absorventes), para que qualquer eventual derrame (em solo impermeabilizado) seja rapidamente retido, ou envio para tratamento pela rede de efluentes oleosos. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Hipoclorito de Sódio (0,2%) 

—  140  Armazenamento em depósitos na instalação de eletrocloragem. 

Tubagem  Produção de hipoclorito através da eletrólise da água do mar na instalação de eletrocloragem para injeção no circuito de refrigeração principal (condensadores) mas em concentração muito reduzida para unicamente afastar os organismos aquáticos.

Armazenamento em depósitos com bacias de retenção. 

As operações de trasfega são sempre acompanhadas do início ao fim da trasfega com meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes). O hipoclorito produzido pela instalação tem uma concentração muito reduzida. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Hidróxido de Sódio (50%) 

—  507  Armazenamento em depósitos na ITA. 

Camião cisterna 

Utilização na regeneração de resinas de desmineralização de água. 

Armazenamento em depósitos com bacia de retenção com ligação à rede de químicos, para tratamento. 

Se ocorrer derrame durante a trasfega é para solo impermeabilizado, sendo encaminhado para a rede de efluentes químicos. Este processo é sempre acompanhado do início ao fim da trasfega. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Page 16: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

16  

Designação   

Capacidade Armazenamento 

Condições de armazenamento   

Forma de transporte   

Operação e/ou forma de utilização   

Medidas de contenção   

REAL possibilidade de contaminação de solos e/ou de águas subterrâneas  (m3)    (t) 

Sulfato de Alumínio 

—  28,8  Armazenamento em depósitos na instalação e em sacos. 

Sacos de 25 kg Utilizado como coagulante no tratamento de efluente. 

Armazenamento em depósitos com bacia de retenção e em sacos em local impermeabilizado com encaminhamento de efluentes para tratamento.

Se ocorrer fuga ou rotura do depósito é para bacia de retenção, sendo encaminhado para a rede de efluentes químicos, para tratamento.  EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

TMT (15%)  —  6,5  Armazenamento em tambor fechado no armazém de produtos químicos e também emtambores na ITEL da dessulfuração para utilização. 

Tambores fechados 

Utilização na precipitação de metais no tratamento de efluentes da Dessulfuração. 

Armazenamento em tambor fechado na instalação em local impermeabilizado, com encaminhamento de efluentes para tratamento (químicos).  Em utilização na ITEL da dessulfuração: tambores com bacia de retenção estanque. 

Se ocorrer derrame durante a trasfega é para solo impermeabilizado, ou em bacia de retenção, sendo encaminhado para a rede de efluentes químicos, para tratamento. Este processo é sempre acompanhado do início ao fim da trasfega. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Solvente Petrosolv‐P 

—  0,1  Armazenamento em tambores fechados. 

Tambores fechados 

Utilizado como solvente para limpeza de peças. 

Armazenamento em local coberto e impermeabilizado e com encaminhamento de efluente para tratamento; manipulação em ambiente controlado e em local impermeabilizado. 

A utilização é sempre em local com solo impermeabilizado e estão sempre disponíveis meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes), para que qualquer eventual derrame (em solo impermeabilizado) seja rapidamente retido. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Page 17: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

17  

Designação   

Capacidade Armazenamento 

Condições de armazenamento   

Forma de transporte   

Operação e/ou forma de utilização   

Medidas de contenção   

REAL possibilidade de contaminação de solos e/ou de águas subterrâneas  (m3)    (t) 

Óleo Alpha VT 32 

—  2,0  Armazenamento no armazém de óleos em tambores fechados. 

Tambores fechados 

Utilizado como óleo lubrificantes para engrenagens de equipamentos. 

Armazenamento em tambores fechados em local impermeabilizado com encaminhamento de efluentes para a rede de efluentes oleosos, para tratamento. 

A utilização é sempre em local com solo impermeabilizado e estão sempre disponíveis  meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes), para que qualquer eventual derrame (em solo impermeabilizado) seja rapidamente retido. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Óleo NYTRO Taurus 

—  265,4  Armazenamento no armazém de óleos. Utilização: armazenamento no interior dos transformadores. 

Tambores fechados 

Utilizado como óleo isolante para transformadores. 

O armazenamento é efetuado em tambores fechados, em local impermeabilizado, com encaminhamento de efluentes para a rede de oleosos, para tratamento. Os transformadores contêm bacias de retenção sob o piso, com ligação à rede de oleosos. 

As operações de trasfega são sempre acompanhadas do início ao fim da trasfega com meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes), para que qualquer eventual derrame (em solo impermeabilizado) seja rapidamente retido, ou enviado para tratamento pela rede de efluentes oleosos. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Solventes SAFETYKLEEN 

—  0,1  Utilização/armazenamento nas oficinas, em tambores fechados e associados às máquinas de limpeza de peças. 

Tambores fechados 

Utilizado como solvente para limpeza de peças. 

Armazenamento em tambores fechados e associados às máquinas de limpeza de peças. Utilização em local coberto e impermeabilizado. 

Em caso de derrame (em solo impermeabilizado), recorre‐se a meios de contenção disponíveis no local (tabuleiros, absorventes), para que seja rapidamente retido. 

Page 18: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

18  

Designação   

Capacidade Armazenamento 

Condições de armazenamento   

Forma de transporte   

Operação e/ou forma de utilização   

Medidas de contenção   

REAL possibilidade de contaminação de solos e/ou de águas subterrâneas  (m3)    (t) 

EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

Solvente PETROVOLTS 

—  0,12  Armazenamento em tambores fechados. 

Tambores fechados 

Utilizado como solvente para limpeza de peças. 

Armazenamento em local impermeabilizado e com encaminhamento de efluente para tratamento e manipulação em ambiente controlado e em local impermeabilizado. 

A utilização é sempre em local com solo impermeabilizado e estão sempre disponíveis meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes), para que qualquer eventual derrame (em solo impermeabilizado) seja rapidamente retido. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CAUSAR CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

 

Page 19: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

19  

 

Para avaliar o potencial risco de contaminação associado aos resíduos perigosos passíveis de 

provocar  contaminação  dos  solos  e  águas  subterrâneas  (selecionados  no  passo  2),  foram 

estimadas as quantidades de  resíduos perigosos que poderão estar presentes na Central de 

Sines, e foram analisadas as condições de armazenamento dos mesmos na Central.  

Para determinar as quantidades de resíduos que podem estar presentes na Central, adotou‐se 

como  indicador  a  quantidade máxima  anual  de  resíduos  que  saíram  para  destino  final  nos 

últimos 11 anos (2007 ‐ 2017).  

O resultado da avaliação feita é apresentado no Quadro 6. 

Quadro 6 ‐ Avaliação da “real” possibilidade de contaminação do solo e das águas subterrâneas pelas matérias primas e/ou subsidiárias perigosas presentes 

CÓDIGO LER  DESCRIÇÃO    QUANTIDADEt/ano  

AVALIAÇÃO DA “REAL” POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DE SOLOS / ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

100104  Cinzas volantes de fuelóleo 

80198  Resíduo perigoso que se encontrava depositado no antigo aterro de cinzas de fuelóleo, já desativado (desde 2001 não era depositado qualquer tipo de resíduo neste aterro; os últimos resíduos foram retirados em 2009). A construção deste aterro considerou as medidas de proteção ambiental exigidas para este tipo de instalações, incluindo sistemas de impermeabilização, de drenagem e controlo de acessos; os lixiviados recolhidos nas áreas ocupadas pelas células do aterro eram encaminhados para uma bacia de decantação e de regularização de caudal, para posterior envio para tratamento na ITEL. Existência de piezómetros para controlo da qualidade das águas subterrâneas. Face às medidas de controlo descritas, EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E/OU ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

100120  Lamas do tratamento local de efluentes, c/ subs. perigosas 

2985  Estas lamas contêm um teor de humidade reduzido (máximo de humidade de 40%). São armazenadas na ITEL da dessulfuração, em contentores estanques, sobre solo impermeabilizado, e com encaminhamento de águas para tratamento. Recolha por transportador autorizado para destinatário licenciado. Face às medidas de controlo descritas, EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E/OU ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

120301  Líquidos de lavagem aquosos 

2  Resíduos devidamente acondicionados e armazenados no parque de resíduos perigosos 

Page 20: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

20  

(PA2), em local impermeabilizado, com bacia de retenção e outros meios de contenção de derrames. Recolha por transportador autorizado para destinatário licenciado.  EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E/OU ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

130110  Óleos hidráulicos minerais n/clorados 

83  Resíduos devidamente acondicionados e armazenados no parque de resíduos perigosos (PA2). Este parque é vedado, impermeabilizado, e tem bacia de retenção e caixa de retenção de óleos, destinada ao armazenamento dos tanques de óleo usado, com ligação à rede de drenagem de efluentes oleosos. As operações de trasfega são sempre acompanhadas do início ao fim da trasfega com meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes). Recolha por transportador autorizado para destinatário licenciado. EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E/OU ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Recolha por transportador autorizado para destinatário licenciado.  EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E/OU ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

130701  Resíduos de combustíveis líquidos: fuelóleo e gasóleo 

41  Resíduos diretamente recolhidos por transportador autorizado e enviados para destinatário licenciado. As operações de trasfega são sempre acompanhadas do início ao fim da trasfega com meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes) e efetuadas por técnicos especializados.  EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E/OU ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

140603  Outros solventes e misturas de solventes 

2  Resíduos devidamente acondicionados e armazenados no parque de resíduos perigosos (PA2), em local impermeabilizado. As operações de trasfega são sempre acompanhadas do início ao fim da trasfega com meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes). Recolha por transportador autorizado para destinatário licenciado.  EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E/OU ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

160708  Resíduos contendo hidrocarbonetos 

108  Resíduos devidamente acondicionados e armazenados no parque de resíduos perigosos 

Page 21: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

21  

(PA2), em local impermeabilizado e com bacia de retenção com ligação à rede de drenagem de efluentes oleosos. As operações de trasfega são sempre acompanhadas do início ao fim da trasfega com meios de contenção no local (tabuleiros, absorventes). Recolha por transportador autorizado para destinatário licenciado.  EXCLUI‐SE A POSSIBILIDADE DE CONTAMINAÇÃO DE SOLOS E/OU ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 

 

Passo 4. Conclusão sobre a necessidade de apresentação do Relatório de Base completo.  

A Central de Sines insere‐se numa zona industrial, localizando‐se junto ao mar, a sul de Sines. 

Iniciou a sua exploração entre 1985  (entrada em serviço do primeiro Grupo Eletrogerador) e 

1989 (último Grupo); desde então, até ao momento, não há registo de acidentes envolvendo 

substâncias perigosas originando contaminação de solos e de águas subterrâneas. 

Por outro lado, embora o fim de vida da Central não esteja para já definido, é certo que o seu 

horizonte de vida será necessariamente curto quando comparado com o seu histórico de mais 

de 30 anos de funcionamento.  

De  acordo  com o  estabelecido no REI,  aquando da previsão de  cessação definitiva  total ou 

parcial das atividades deverá  ser elaborado o plano de desativação, no âmbito do qual  será 

avaliado o estado de contaminação do solo e das águas subterrâneas por substâncias perigosas 

relevantes  utilizadas,  produzidas  ou  libertadas  pela  instalação,  propondo  as  medidas 

necessárias para eliminar essa poluição, de modo a repor o local em condições ambientalmente 

satisfatórias, ou no estado inicial, caso a instalação tenha originado uma poluição significativa 

do solo ou das águas subterrâneas por substâncias perigosas relevantes, em comparação com o 

estado descrito no relatório de base. 

Sendo  precisamente  o  objetivo  do  relatório  de  base  permitir  estabelecer  uma  comparação 

quantitativa do estado dos solos e águas subterrâneas com o estado do local após a cessação 

definitiva das atividades, julgamos não se justificar a sua elaboração nesta fase da exploração 

da Central, a não ser que se pretendesse considerar o estado atual do local como estado inicial; 

considera‐se preferível, do ponto de vista ambiental, que o referencial a considerar aquando da 

entrega  do  plano  de  desativação  seja  o  de  repor  o  local  em  condições  ambientalmente 

satisfatórias, conforme prevê igualmente o REI.  

Por outro lado, uma parte muito significativa da área situada no interior do perímetro da Central 

encontra‐se atualmente impermeabilizada ou ocupada, pelo que nesta fase um estudo de solos 

ficaria necessariamente incompleto. 

Finalmente,  tendo  em  consideração  as  medidas  implementadas  para  o  manuseamento, 

armazenamento  e  transporte  de  substâncias  perigosas  e  resíduos  perigosos  presentes  na 

Central de Sines, descritas no presente anexo, considera‐se que os riscos de contaminação de 

solos e de águas subterrâneas estão controlados e são baixos. Apesar de a Central ser antiga, na 

Page 22: Avaliação da necessidade da realização do Relatório de Base

 

22  

fase de projeto  foram contempladas diversas medidas de contenção, de monitorização e de 

tratamento de efluentes líquidos, que foram sendo reforçadas no decurso do tempo, em função 

de novas exigências legais ou do conhecimento do processo, complementadas com práticas e 

rotinas sistemáticas de exploração que têm vindo a ser melhoradas ao longo dos anos.  

As medidas de contenção e monitorização/vigilância implementadas asseguram (e a experiência 

tem  vindo  a  comprová‐lo)  que  pequenas  fugas  ou  derrames  que  possam  ocorrer  sejam 

rapidamente detetados e contidos  ‐ sem possibilidade de atingirem solo descoberto e de  se 

infiltrarem atingindo águas subterrâneas  ‐, sendo posteriormente  tratados ou encaminhados 

para um destino final adequado.  

Salienta‐se, ainda, o facto de a Central ter instalada uma rede de monitorização da qualidade da 

água  subterrânea,  através de piezómetros  localizados  em  redor dos  aterros  e  armazéns  de 

subprodutos  (cinzas e gesso), e do parque de  carvão,  sendo os  resultados obtidos enviados 

periodicamente à APA/ARH. É  igualmente efetuada a monitorização dos cursos de água doce 

superficial  na  proximidade  da  Central,  e  que  de  alguma  foram  podem  ser  afetadas  pelo 

desempenho da instalação, sendo os resultados obtidos também remetidos periodicamente à 

mesma Autoridade Competente. 

Face ao exposto, solicita‐se que, nesta fase da exploração da Central de Sines, a mesma seja 

dispensada da apresentação do Relatório de Base, mantendo‐se, contudo, a monitorização da 

qualidade das águas como até aqui tem sido feito.