Avalie os seus funcionários...Mesmo!

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 Avalie os seus funcionários...mesmo!  Por Hélder Falcão (Business Coach)  Contextualização Faz algum sentido quando pensamos sobre isto. Um negócio é tão bom quanto as pessoas que lá trabalham. Um dos maiores desafios que as PME enfrentam é que o empresário não sabe como recrutar, contratar ou treinar boas pessoas. Eles contratam a primeira pessoa que respira e que lhes aparece à frente e depois não sabem como fazer formação ou avaliar a sua performance. Pior ainda, não deixam os maus funcionários ir embora até ser tarde demais. Não é uma forma de criar um negócio bem sucedido. Se isto lhe acontece a si, vai encontrar aqui algumas dicas para o ajudar a avaliar e trabalhar com os seus funcionários.  O Artigo Divida e conquiste. Para começar, tem de ter uma forma de aumentar a sua equipa para saber o tipo de funcionários que tem. Vamos tornar isto mais simples e dividi-los em três níveis: “A”, “B” e “C”.  Os “A” são aqueles funcionários da sua equipa que quando lhes indica os resultados que quer obter, eles fazem-no sem precisar de grande orientação da sua parte. Eles conseguem inventar os sistemas para o fazer acontecer. No máximo, a sua empresa terá 1 0 a 15% desses funcionários “A”, mas estará sempre à procura de contratar mais como eles.  Os “B” são as tropas. São aqueles que fazem o trabalho, mas precisam de boa orientação da sua parte. São potenciados por sistemas e formação porque tem de os ajudar a cumprir as suas tarefas. Cerca de 75% da sua empresa tem funcionários “B”.  Os “C” são aqueles que resistem a fazer o trabalho, não sabem como o fazer ou não o querem fazer. Podem ser pessoas muito simpáticas mas simplesmente não produzem.  Como trabalhar com a sua equipa Quando compreende estes níveis, o seu desafio é melhorar o recrutamento, contratação e processos de formação para que atraia “A” e “B” enquanto exclui “C’s” da sua equipa. Recomendo aos meus clientes que criem um tipo de “processo contínuo” para ter os novos elementos treinados e preparados à cultura da empresa.  Isto é importante porque se não traz funcionários para a sua empresa de uma forma correta, as coisas começam a deteriorar-se. O “B” pode ficar desmotivado e rápidamente se torna um “C”.

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Avalie os seus funcionários...mesmo!

 Por Hélder Falcão (Business Coach) Contextualização

Faz algum sentido quando pensamos sobre isto. Um negócio é tão bom quanto as pessoasque lá trabalham. Um dos maiores desafios que as PME enfrentam é que o empresário nãosabe como recrutar, contratar ou treinar boas pessoas. Eles contratam a primeira pessoa querespira e que lhes aparece à frente e depois não sabem como fazer formação ou avaliar a suaperformance. Pior ainda, não deixam os maus funcionários ir embora até ser tarde demais. Não

é uma forma de criar um negócio bem sucedido. Se isto lhe acontece a si, vai encontrar aquialgumas dicas para o ajudar a avaliar e trabalhar com os seus funcionários. O Artigo

Divida e conquiste.Para começar, tem de ter uma forma de aumentar a sua equipa para saber o tipo defuncionários que tem. Vamos tornar isto mais simples e dividi-los em três níveis: “A”, “B” e “C”. Os “A” são aqueles funcionários da sua equipa que quando lhes indica os resultados quequer obter, eles fazem-no sem precisar de grande orientação da sua parte. Eles conseguem

inventar os sistemas para o fazer acontecer. No máximo, a sua empresa terá 10 a 15% dessesfuncionários “A”, mas estará sempre à procura de contratar mais como eles. Os “B” são as tropas. São aqueles que fazem o trabalho, mas precisam de boa orientação dasua parte. São potenciados por sistemas e formação porque tem de os ajudar a cumprir assuas tarefas. Cerca de 75% da sua empresa tem funcionários “B”. Os “C” são aqueles que resistem a fazer o trabalho, não sabem como o fazer ou não o queremfazer. Podem ser pessoas muito simpáticas mas simplesmente não produzem. Como trabalhar com a sua equipa

Quando compreende estes níveis, o seu desafio é melhorar o recrutamento, contrataçãoe processos de formação para que atraia “A” e “B” enquanto exclui “C’s” da sua equipa.Recomendo aos meus clientes que criem um tipo de “processo contínuo” para ter os novoselementos treinados e preparados à cultura da empresa. Isto é importante porque se não traz funcionários para a sua empresa de uma forma correta, ascoisas começam a deteriorar-se. O “B” pode ficar desmotivado e rápidamente se torna um “C”.

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Os “A” podem deixar a empresa rápidamente para outro local onde podem brilhar. Vai ficar apenas com funcionários “C” cada vez mais. Agora finalmente começa a fazer sentido, tal qual outras PME, a razão pela qual está a tentar ser bem sucedido com 30 a 40% de funcionários “C” na sua equipa. É impossível! É a mesma

coisa que uma equipa da Terceira Divisão de Futebol tentar ganhar a Taça de Portugal com jogadores de nível “C” no campo. Eles vão falhar porque não conseguem ganhar às equipascom jogadores “A” e “B”. Se quer que o seu negócio ganhe, se quer que seja super bemsucedido, então tem de jogar como se fosse para a primeira liga do Futebol. O que significa... Contratar lentamente, Despedir Rápidamente

A maioria dos negócios contrata em desespero e depois não estão dispostos a fazer oscortes necessários. Contudo, numa situação de alta performance, temos de saber separar os jogadores “C”. Eu sei que é muito difícil fazê-lo. Nos meus primeiros anos de gestão, euadorava aumentar a minha equipa. Eu achava que podia corrigir as pessoas mas infelizmenteisso é uma ilusão. Se uma pessoa é um “C” no trabalho, nós podemos ver imenso potencial equerer desbloquear esse potencial, mas apenas o podemos fazer se a pessoa quiser mudar.E normalmente não quer. Em 95% dos casos, temos de nos separar da pessoa e quanto maisrápido melhor... Se tem jogadores “C” e não se separa deles, várias coisas acontecem: Não está a servir os seus clientes. Estão a ser tratados ao nível C.Não está a produzir um produto de qualidade porque a pessoa “C” não é capaz ou não quer saber.A sua equipa perde-lhe o respeito porque é tolerante e mantém jogadores “C” na equipa.

Está a “magoar” os jogadores “C”.Tome agora atenção neste quarto ponto. Despedimentos são duros mas ao ajudar umfuncionário “C” a sair da empresa mais cedo, eles têm uma possibilidade muito maior deencontrar um trabalho para eles próprios. Quantas vezes já viu uma pessoa despedida quepassado um mês estão num emprego que eles adoram? Mantenha-se atento

Mesmo que consiga limpar todos os seus funcionários de nível “C”, tem de permanecer atento. Os “A” podem degenerar para “B” porque alguma coisa nas suas vidas mudou. Os “B”degeneram muitas vezes em “C”. Tipicamente, mesmo uma equipa bem gerida ao longo dotempo vê degenerar entre 10 a 15% de funcionários “A”, 75% de “B” e 10% de ”C’s”. A sua

função como empresário e gestor consiste em manter a motivação para tratar muito bem os “A”e mantê-los na equipa enquanto mantêm os “B” como “B”. Se algum degenera, pode fazer algum coaching para torná-los novamente em “A” e “B”, mas se não funciona, esteja preparadoa cortar os laços. E é normal isso acontecer. Uma equipa de futebol muda todos os anos. Terá de fazer o mesmoregularmente e este foco constante vai tornar o seu negócio bem sucedido.

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Estratégia pronta a implementar 

Para beneficiar ao máximo deste artigo, os meus pontos de ação são: 

1. Escreva os nomes dos seus colaboradores e classifique-os em A, B e C.

2. Desenvolva um plano para passar os “C” a “B”; se isto é difícil, deixe-os ir embora logoque possa.

3. Desenvolva uma estratégia de recrutamento e um sistema para se assegurar de queapenas recruta os melhores.

 Se precisar de alguém que o ajude a criar um sistema que funcione, telefone-me. Temos oconhecimento e as competências para trabalhar um programa de coaching empresarial paraeste processo. É simples como o ABC. Considerado por muitos como “O Pai do Networking Moderno em Portugal”, Hélder Falcãoé Business Coach. Mestre em Tecnologia na Saúde pela City University, Measurement and Information in Medicine Center, Londres. Responsável pela área de formação emnetworking empresarial e tecnologia social na Associação Empresarial da Região de Lisboa.É Professor da Pós-Graduação em Marketing Digital no IPAM. Fundou em Portugal o conceitode networking estruturado importando as melhores práticas adquiridas nos E.U.A. Foi organizador e orador em mais de 500 eventos de networking nacionais e internacionais.Fundou o BNI em Portugal e no Brasil e é actualmente CEO da agência CMI. Pode ser contactado via [email protected] ou telefone direto 910 938 171