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Passado, Presente e Futuro de um movimento que há 20 anos acredita em Inovação e Empreendedorismo no Brasil Incubadoras de Empresas Parques Tecnológicos Empreendedorismo Inovador Aventura do Possível

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Passado, Presente e Futuro

de um movimento que há 20

anos acredita em Inovação

e Empreendedorismo no Brasil

Incubadoras de Empresas

Parques Tecnológicos

Empreendedorismo Inovador

Aventura

do Possível

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Sonhar, Acreditar e Realizaré uma Grande Aventura...

“As incubadoras de empresas e parques tecnológicos vêm ganhando cada vez mais importância em todo omundo, induzindo a criação de novas empresas, em função da aproximação das universidades.”

Sérgio Rezende - Ministro da Ciência e Tecnologia

Fonte: Vídeo-depoimento Seminário 2006

Há 20 anos um grupo de pioneiros se propôs a criar no Brasil uma entidade paracongregar algo absolutamente novo para aquela época: incubadoras de empresas eparques tecnológicos.

Era preciso coragem e visão de futuro para acreditar que isso poderia se proliferarpor todo o país. Talvez inspirados pelo próprio propósito da entidade, promover oempreendedorismo inovador, estes fundadores decidiram arriscar e criar umaassociação.

Hoje este sonho completa 20 anos e certamente seria difícil para aqueles pioneirosimaginarem o futuro do movimento que surgia pequeno, mas ousado naquele outubrode 1987.

Muitas razões podem ser enumeradas para explicar o crescimento do movimentode incubadoras e parques no Brasil e o papel da ANPROTEC neste processo. É provávelque a mais simples seja:

a causa é nobre e apaixonante.

Poucos trabalhos podem ser mais nobres do que ajudar alguém a transformar

sonhos em realidade, idéias em resultados. Poucas missões podem ser maisapaixonantes do que conviver todo o dia com gente empreendedora e inovadora.

Quando isto ocorre, tudo fica mais simples. Causas nobres atraem pessoas do

bem e parceiros comprometidos. Causas apaixonantes ajudam a superar os desafios

com alegria.

Quem entra nesta jornada, precisa acreditar, precisa sonhar, mas, acima de

tudo, precisa realizar. Parecia ser impossível no começo. Mas foi possível. Às vezesparece ser impossível no dia a dia. Mas está sendo possível. Muitas vezes pareceimpossível fazer no futuro. Mas será possível.

Este é o destino de quem se engaja na causa do empreendedorismo inovador.Tornar o improvável possível. É uma grande aventura. A Aventura do Possível...

Diretoria da ANPROTEC

Brasil, 2007

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20 Anos de Empreendedorismoe Inovação...

“Inovação e acesso à tecnologia são fatores cruciais para o desenvolvimento do país e das pequenasempresas. A Anprotec tem contribuído fortemente na sua disseminação.”Paulo Okamotto - Presidente do Sebrae e parceiro do movimento de incubação de empresas

Existe um país que possui cerca de 400 incubadoras que articulam mais de 6300 empre-

sas, entre incubadas (2800), associadas (2000) e graduadas (1500). Estas empresas ge-

ram mais de 33 mil postos de trabalhos altamente qualificados e produzem inovações reco-

nhecidas nacional e internacionalmente na forma de contratos, premiações e parcerias. As

empresas geram impostos anuais que já representam mais do que o dobro do que já foi

investido pelo país nas incubadoras em toda

a história do movimento.

As incubadoras estão espalhadas em 25 uni-

dades da federação e estabeleceram como

grandes objetivos o incentivo ao empreende-

dorismo, o desenvolvimento regional, a gera-

ção de empregos e o desenvolvimento tecno-

lógico.

Também existe um crescente movimento de

parques tecnológicos que já envolve cerca de

55 projetos, sendo 10 em operação. Estes

parques e incubadoras estão conectados a 16

das 20 melhores universidades do país e con-

quistaram até hoje 33% das posições nas fi-

nais do Prêmio Finep de inovação tecnológica

(categoria produto, pequena empresa e pro-

cesso).

No país também há uma associação que

congrega as incubadoras e os parques. Ao

longo de seus 20 anos, esta entidade já reali-

zou mais de 130 eventos de capacitação e treinamento de quase 20 mil pessoas. Já produ-

ziu 59 publicações e inúmeras soluções de interatividade e informação via web. Esta asso-

ciação se articula com parceiros estratégicos do movimento que permanentemente desen-

volvem novas formas de aperfeiçoar e apoiar as iniciativas de empreendedorismo...

Este país existe.

Este movimento existe.

Estas empresas existem.

Esta associação existe.

Conheça um pouco mais sobre todos eles.

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Várias faces de uma Aventura

A Aventura

de uma

AssociaçãoComo uma Associação criada

precocemente contribui para o

crescimento do movimento de

promoção do empreendedorismo

inovador no Brasil...

A Aventura de um

MovimentoComo um movimento formado por

incubadoras de empresas e

parques tecnológicos construiu

uma experiência respeitada

internacionalmente e está

promovendo um novo e ousado

Reposicionamento Estratégico...

A Aventura dos

EmpreendedoresComo jovens universitários,

profissionais experientes e

cidadãos comuns que vivem

ao nosso lado estão criando uma

nova geração de empresas

neste país...

A Aventura

continua...Como o país, a associação,

o movimento e os

empreendedores podem

atuar para promover

resultados ainda mais

relevantes para o Brasil...

“As incubadoras de empresas desempenham um papel vital no processo de sensibilização dosempresários sobre a importância da tecnologia como instrumento de competitividade das empresas”

Luis Antonio Elias - Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia

Fonte: Revista Locus, Nº 47 – Outubro de 2006

A Aventura deuma Associação

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será possível...

A Evolução da Identidade

A ANPROTEC nasceu em 30 de outu-bro de 1987, como resultado de um se-minário organizado no Rio de Janeiropelas entidades que já atuavam ou ti-nham interesse na área do empreende-dorismo e inovação.

A jovem Associação foi uma das pri-meiras entidades do gênero no mundo,sendo criada apenas dois anos depoisda congênere norte-americana (NBIA) etrês anos depois da IASP – InternationalAssociation of Science Parks.

Apesar do pioneirismo, os fundado-res propuseram uma designação queapontava os grandes desafios a seremperseguidos pela entidade – “ANPROTEC– Associação Nacional das EntidadesPromotoras de Empreendimentos deTecnologias Avançadas”. Desde então,esta designação sofreu apenas uma al-teração, em 1999, quando o termo “Tec-nologias Avançadas” foi substituído por“Inovadores”.

Portanto, desde a sua fundação, há

20 anos, a ANPROTEC é a associaçãoque reúne as ENTIDADES (incubadoras,parques e outras organizações) que PRO-MOVEM (estimulando, apoiando e pres-tando suporte) os EMPREENDIMENTOSINOVADORES (novas empresas, projetosinovadores, empreendedorismo e inova-ção) em todo Brasil.

OBJETIVOS INSTITUCIONAIS1. Fortalecer a Liderança,

Representatividade e Envolvimentodos Associados

2. Consolidar e Ampliar as Alianças eRelações Institucionais

3. Reforçar a ação da ANPROTEC nadefinição e elaboração de PolíticasPúblicas

4. Direcionar o Desenvolvimento doMovimento em sintonia com asgrandes tendências tecnológicas,econômicas, sociais e ambientais

5. Qualificar e Inovar os Serviços,Projetos e Programas

6. Aperfeiçoar Continuamente aEstrutura Organizacional daANPROTEC

MISSÃO DA ANPROTECAgregar, representar e defender os in-

teresses das entidades gestoras de In-cubadoras, Parques e Pólos, promoven-do estes modelos como instrumentospara o desenvolvimento do país, objeti-vando a constante criação e fortalecimen-to de empresas baseadas no conheci-mento.VALORES DA ANPROTEC• Espírito Cooperativo• Inovação e Resultados• Competência e Capacidade de

Trabalho• Transparência e Abertura• Ética e Moral• Independência e Representatividade• Responsabilidade Social

A ANPROTEC deve continuar sua tra-jetória vitoriosa de crescimento, atuan-do SEMPRE de forma cooperativa epautando suas ações pela integridadee consistência técnica.

A causa é nobre. O desafio é esti-mulante. A Visão de Futuro é inspira-dora...

VISÃO DE FUTURO DA ANPROTECSer reconhecida pela Sociedade (Go-

verno, Academia, Entidades, Empresase Empreendedores) como InstituiçãoLíder de um Movimento voltado para aCriação, Desenvolvimento e Consolida-ção de Empreendimentos Inovadoresorientados para a competitividade e atransformação sócio-econômica dopaís.

foi possível...

está sendo possível...

A IDENTIDADE da ANPROTEC se fortaleceu ao longo dos anos e hoje pode ser assimresumida:

“São objetivos da Associação:

a) Congregar e colaborar com entidades que

tenham como objetivo a criação ou o de-

senvolvimento de empreendimentos de

base tecnológica ou tecnologia de ponta;

g) Promover os empreendimentos de tecno-

logia avançada como um instrumento de

transformação social e cultural do País;

h) interagir e relacionar-se com entidades con-

gêneres internacionais;”

Estatuto Anprotec - 1987

“Apoiar a incubação de empresas e os parques tecnológicos é capacitar o Brasil para o desenvolvimento.E a Anprotec se destaca no apoio a empreendimentos inovadores.”

Júlio Semeghini - Deputado Federal e Presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicações e Informática

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Representatividade

A ANPROTEC reúne atualmente mais

de 270 associados espalhados por to-

dos os Estados da Federação. São Incu-

badoras de Empresas, Parques Tecnoló-

gicos, Escolas de Empreendedorismo e

outras iniciativas volta-

das para a promoção

de Empreendimentos

Inovadores no país.

A Associação nas-

ceu pequena, tal

como o movimento

que representava na

época. Foram muitos

anos até que se con-

quistassem os primei-

ros espaços instituci-

onais visando divulgar

e defender os interes-

ses das incubadoras

e parques.

Atualmente a Associação participa ati-

vamente de diversos Fóruns e Conselhos,

buscando sempre marcar sua atuação

pela postura propositiva e coerente.

Alguns espaços em que a ANPROTEC

se faz presente:

• Comitê Gestor do PNI – Programa Na-

cional de Incubadoras de Empresas

e Parques Tecnológicos

• Conselho Deliberativo Nacional do

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio

às Micro e Pequenas Empresas

• Conselho Deliberativo da ABDI – Agên-

cia Brasileira de Desenvolvimento In-

dustrial

ação em várias frentes

foi possível...

• Conselho de Administração do CGEE

– Centro de Gestão e Estudos Estra-

tégicos

• Conselho de Administração da Socie-

dade SOFTEX - Associação para Pro-

moção da Excelência do Software Bra-

sileiro.

• Comitê Gestor da Aliança Tríplice para

Inovação – ANPROTEC – ABIPTI –

ANPEI

Além disso, as incubadoras e parques

associadas à ANPROTEC formam uma

rede cuja abrangência é extremamente

significativa, conforme ilustram os dados

abaixo:

Para melhor promover e apoiar o de-

senvolvimento do Empreendedorismo

Inovador, a ANPROTEC tem buscado in-

tensificar e ampliar mais a sua repre-

sentatividade junto a outros segmentos

fundamentais da sociedade:

• Congresso Nacional, Assembléias Le-

gislativas Estaduais e Câmaras de Ve-

readores Municipais

• Entidades de Classe Empresariais

• Universidades e Centros de Pesquisa

• Governadores e Prefeitos

Daqui a alguns anos a ANPROTEC es-

pera ter contribuído de forma efetiva

para que o tema do Empreendedorismo

Inovador se consolide como um tema

prioritário na agenda de desenvolvimen-

to e investimento do país.

está sendo possível...

será possível...

Os parceiros da ANPROTEC foram fun-

damentais para que o tema do empreen-

dedorismo inovador passasse a ser incluí-

do na pauta dos programas de governo e

na agenda dos tomadores de decisão.

“Ainda é frágil a capacidade brasileira de

gerar emprego e valor agregado a partir do

bom conhecimento que produzimos. As in-

cubadoras e os parques tecnológicos têm

uma função decisiva na mudança dessa rea-

lidade e o PNI, por meio de seu instituidor –

ANPROTEC, é o instrumento âncora para

esse desenvolvimento.”

Guilherme Pereira

Secretário SETEC/MCT - Coordenador do

Programa Nacional de Apoio a Incubadoras

de Empresas e Parques Tecnológicos

Mais de

40%das Universidades

Federais do País

contam com

uma Incubadora

Existem

cerca de

400Incubadoras

no Brasil

25Unidades

da Federação

possuem

incubadoras

“Dedicadas à fase pré-natal e ao nascimento das micro e pequenas empresas, com os seuslaboratórios empresariais, as incubadoras de empresas e seus empreendimentos contribuem parao grande salto da economia brasileira ao futuro.”

Senador Adelmir Santana - Presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae

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será possível...

foi possível...

Parcerias nacionais

O impressionante crescimento do

movimento de empreendedorismo ino-

vador no Brasil deve-se muito ao apoio

de parceiros nos mais distintos pontos

do meio governamental, empresarial e

acadêmico.

São pessoas e instituições que acre-

ditaram que valia a pena investir em idéi-

as e propostas inovadoras. Estes par-

ceiros ajudaram a formatar programas

de apoio e projetos de suporte às incu-

badoras, parques e empresas.

Esta história de parcerias começou

com o CNPq, em 1984, que criou um

Programa para criar e desenvolver Par-

ques Tecnológicos no país. Alguns dos

projetos apoiados avançaram na forma

de incubadoras de empresas, dando iní-

cio a um processo que cresceu de for-

ma exponencial por todo o país, especi-

almente na década de 90 com a partici-

pação do SEBRAE, que lançou diversos

Editais para fomentar a criação e aper-

feiçoamento de incubadoras bem como

o apoio às empresas incubadas. Entre a

década de 90 e o início deste novo sé-

culo, o MCT, por meio de suas agênci-

as, especialmente a FINEP, também pas-

sou a lançar editais para financiar proje-

tos inovadores no âmbito das incubado-

ras de empresas e dos parques tecnoló-

gicas, além de novos programas para fi-

nanciamento e investimento em empre-

sas de base tecnológica.

Estes e outros parceiros foram essen-

ciais para que o Brasil alcançasse um

patamar qualitativo e quantitativo tão

destacado em termos mundiais.

PROTEC”, onde “x” é a entidade parcei-

ra, cujo nome vem sempre em primeiro

lugar na designação da aliança.

Estas parcerias se concretizam obje-

tivamente na forma de programas, pro-

jetos e ações cooperativas cujos resul-

tados devem sempre gerar benefícios

tangíveis para os empreendedores e

suas empresas nascentes.

A ANPROTEC tem a convicção de que

o sucesso do movimento de incubado-

ras, parques e empresas inovadoras

depende totalmente do sucesso em se

estabelecer, cultivar e aprimorar parce-

rias.

Baseando-se nesta diretriz, a associ-

ação conta com um significativo conjun-

to das chamadas “Parcerias “x” & AN-

Para atingir os objetivos e superar osdesafios que se apresentam no futuro, aANPROTEC precisa intensificar ainda maisas parcerias hoje existentes e explorar no-vos horizontes especialmente no campo:

• Acesso a Empresas – é fundamental atrairempresas e lideranças empresariais doBrasil e do Exterior para agregar valor àcadeia das empresas inovadoras existen-tes nas incubadoras e parques

• Acesso a Mercado – a ANPROTEC precisatrabalhar em conjunto com seus associa-dos para criar novas modalidades de par-cerias que permitam ampliar o mercado aser atendido pelas empresas nascentes

• Acesso a Capital – a associação precisaestabelecer relações institucionais e par-ceiras com bancos, investidores de riscoe “angels” no sentido de aproximar asempresas inovadoras dos potenciais pro-vedores de “capital empreendedor”.

• Acesso a Capacitação – a ANPROTEC de-verá aprimorar muito suas parceiras comentidades de formação e capacitação, vi-sando contribuir para o desenvolvimentode seu corpo de associados e, consequen-temente, dos próprios empreendedores.

está sendo possível...

Estes são alguns dos parceiros com quem a ANPROTEC tem interagido atualmente:

“O futuro das incubadoras de empresas é

serem atores relevantes para o desenvolvi-

mento local e participarem ativamente do for-

talecimento das concentrações produtivas.

Dessa forma, continuarão a desempenhar seu

papel histórico e estratégico na geração de

novas empresas, com seus produtos e servi-

ços inovadores, e de novos postos de traba-

lho e renda.”

Luiz Carlos Barboza

Diretor Técnico do Sebrae

“A CNI entende que a inovação, fundamental para a estratégia industrial brasileira, requer a criação deum ambiente favorável. Nesse contexto, as incubadoras constituem potenciais ambientes de geração e

desenvolvimento de novos negócios.”Armando Monteiro - Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005

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será possível...

foi possível...

Parcerias internacionais

Muito do que a ANPROTEC desenvol-

veu e repassou aos seus associados ao

longo destes 20 anos deve-se, em gran-

de parte, ao aprendizado obtido pela in-

teração com entidades nos mais diver-

sos cantos do planeta.

Neste contexto, destacam-se princi-

palmente a Europa e os EUA, cujas ex-

periências anteriores tanto em incuba-

ção de empresas como em parques tec-

nológicos têm contribuído fortemente

para o desenvolvimento do movimento

brasileiro.

Nos EUA, a NBIA – National Business

Incubation Association e a AURP – Asso-

ciation of University Research Parks pro-

piciaram a capacitação de centenas de

técnicos brasileiros desde a primeira Mis-

são realizada em 1994. As publicações,

conferências e cursos realizados pelos

norte-americanos forneceram subsídios

importantes para os projetos brasileiros.

Da mesma forma, a Europa também

teve influência sobre o Brasil, seja por

meio de parcerias específicas entre in-

cubadoras e parques dos dois países,

seja pela interação institucional entre a

ANPROTEC e entidades européias.

No início da década de 90, um Proje-

to da União Européia para estimular a

interação entre países europeus e lati-

no americanos, denominado Projeto Co-

lumbus, proporcionou cursos, consulto-

rias e missões de intercâmbio que aju-

daram a formar um grande número de

profissionais na área.

Da mesma forma, a parceria com a

IASP – International Association of Sci-

ence Parks – também permitiu a capaci-

tação de centenas de profissionais bra-

sileiros na área, além de possibilitar a

troca de experiências práticas, por meio

de visitas técnicas e programas de coo-

peração.

Em 2001, a IASP, NBIA e AURP se

juntaram à ANPROTEC para realizar, no

Rio de Janeiro, a I World Conference on

Business Incubation, um evento que con-

solidou definitivamente a vocação de co-

operação internacional da ANPROTEC.

O futuro da cooperação internacional na

ANPROTEC exige uma intensificação ainda

maior dos projetos e ações concretas em

parceria com países europeus, latino-ameri-

canos e norte-americanos, em função da tra-

dicional relação institucional e comercial

existente com o Brasil.

Entretanto, é fundamental ampliar os

horizontes especialmente para a Ásia, que

vem desenvolvendo um trabalho exemplar

na área do empreendedorismo inovador, cri-

ando incubadoras de empresas e parques

tecnológicos de “classe mundial”. Países

como China, Índia, Coréia, Cingapura e Ma-

lásia, dentre outros, representam uma opor-

tunidade extraordinária de cooperação e

devem ser trabalhados de forma consisten-

te e permanente.

Atualmente a ANPROTEC mantém di-

versas parcerias internacionais que con-

tribuem para o fortalecimento da ima-

gem do país no exterior, possibilitam

acesso a novos mercados para os as-

sociados e ajudam a absorver novos co-

nhecimentos e experiências na área de

incubadoras, parques e empreendedo-

rismo.

Estas parcerias envolvem desde

ações típicas de cooperação e intercâm-

bio, como no caso da RELAPI (Rede La-

tino-Americana de Associações Nacio-

nais) até projetos de suporte e auxílio

a outros países, como no caso de An-

gola.

Vale destacar também a parceria com

o Programa infoDev, suportado pelo Ban-

co Mundial, no qual a ANPROTEC assu-

miu a responsabilidade de desenvolver

e implementar o iDISC – infoDev Incuba-

tor Support Center, uma base de conhe-

cimento na área de incubação de em-

presas que foi disponibilizada aos proje-

tos de incubadoras dos países apoiados

pelo Programa “Incubator Initiative”.

está sendo possível...

“Estamos falando de projetos e estruturasque são a porta de acesso de toda socieda-de de um país à economia do conhecimentoe à sociedade da informação. É muito difícilque as empresas, sem acesso a esses am-bientes facilitadores de desenvolvimento,tenham êxito em um mercado altamente com-petitivo e globalizado.”

Luis Sanz

Diretor-geral da IASPFonte: Entrevista concedida no XVI

Seminário Nacional - 2006

“As incubadoras são essenciais para permitir que boas idéias possam ser transformadas emprodutos inovadores, por meio da disponibilidade de ambientes criativos e compartilhados.”

Hugo Borelli - Presidente da Anpei

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será possível...

foi possível...

está sendo possível...

Uma das principais missões

da ANPROTEC ao longo dos 20

anos de existência foi atender seus

associados por meio de produtos

e serviços que contribuam com o

desenvolvimento das incubadoras,

parques e empresas inovadoras.

Estes produtos e serviços foram

desenvolvidos com a participação

efetiva dos próprios

associados, que se

propuseram a trans-

ferir suas experiênci-

as e aprendizados

acumulados ao lon-

go dos anos na prá-

tica da gestão das

incubadoras e par-

ques.

Estes 20 anos

de experiência co-

operativa geraram um con-

junto de produtos e serviços es-

truturados em três grandes seg-

mentos:

• CONHECIMENTO – cursos de

curta duração, seminários e

worksops, publicações, relató-

rios e estudos, informativos e

missões técnicas.

• RECONHECIMENTO – iniciativas

organizadas pela ANPROTEC para promo-

ver e divulgar os resultados do movimento

de incubadoras e parques – prêmios, con-

cursos e materiais promocionais.

• INFORMAÇÃO – relatórios e estudos

contendo dados sobre o desempenho das

incubadoras e parques, resultados das

empresas inovadoras, além de sites e

soluções WEB que disponibilizam infor-

mações e conexões com as experiênci-

as mais bem sucedidas no âmbito nacional e

internacional.

Nos últimos anos, a ANPROTEC vem avan-

çando no sentido de inovar e aperfeiçoar seus

produtos e serviços especialmente no que se

refere ao uso de novas tecnologias, atendimento

à demandas dos associados e sintonia com ten-

dências mundiais.

CONHECIMENTO – novas

soluções para treinamento à dis-

tância, introdução de novos cur-

sos, profissionalização da linha

de publicações e lançamento do

“TOOLKIT de melhores práticas

em incubação de empreendi-

mentos inovadores”. Este TO-

OLKIT permite o download e

upload de práticas, procedimentos, ar-

tigos e sistemáticas na área. Trata-se de uma

base de conhecimento compartilhada e dinâmi-

ca capaz de ser gerenciada de forma cooperati-

va pelos próprios associados.

O futuro dos produtos e serviços da ANPRO-

TEC certamente está relacionado à oferta de so-luções como:• Conhecimento - Publicações de Referência co-

mercializadas em grandes redes de livrarias,fortalecimento da produção científica na áreapor meio da articulação dos núcleos de pes-

quisa existentes no país e organização/dis-seminação de “best and good practices” .

• Interatividade – aperfeiçoamento das solu-

ções de e-learning sintonizadas com os princí-pios da Web 2.0, visando intensificar a intera-tividade e formação de comunidades via rede.

• Certificação – estruturação dos Programas de

Treinamento e Capacitação da ANPROTEC deforma a constituir “pacotes” de formação quepermitam a certificação dos profissionais.

• Acesso a Capital – fortalecimento das parce-rias com órgãos de financiamento e capitali-zação, a fim de disponibilizar às incubadoras,

parques e empresas uma rede de parceirosespecializados e confiáveis.

• Acesso a Mercado – envolvendo acordos de

cooperação nacionais e internacionais quepermitam ampliar o potencial de geração denegócios no contexto das diversas redes de

incubadoras e parques.• Instituto de Referência na área de Empreen-

dedorismo Inovador – a ANPROTEC deve con-

solidar a criação de um Instituto voltado paraa geração e disseminação de novos conheci-mentos, tecnologias, conceitos e soluções na

área de empreendedorismo inovador.

RECONHECIMENTO – desde 2006, o Prê-

mio ANPROTEC passou a ser denominado “Prê-

mio Nacional de Empreendedorismo Inovador”,

visando congregar novos parceiros e ampliar

o sua abragência e visibilidade nacional.

INFORMAÇÃO – os esforços neste seg-

mento da informação vão desde o

Sistema Único de Acompanhamen-

to e Avaliação (em fase de conclu-

são), que visa integrar os diversos

mecanismos de avaliação do movi-

mento, até a base de informações so-

bre as empresas, incubadoras e par-

ques, que está consolidada no Portal

de Inovação, criado pelo Governo Fe-

deral.

Produtos e serviços

“A criação da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas(ANPROTEC), em 1987, representa a consolidação da experiência brasileira em incubação de empresas”.

Telmo Araújo - Eterno Diretor, parceiro, Admirador e professor do movimento

“Nós precisamos de um projeto pedagógi-

co que promova a formação de empreende-

dores socialmente responsáveis e preocu-

pados em gerar também riqueza moral e

cultural, às quais constroem e afirmam a

nossa identidade.”

Wrana Maria Panizzi

Vice-presidente do CNPq

11

será possível...

foi possível...

Projetos especiais

está sendo possível...

Além dos produtos e serviços disponibiliza-

dos regularmente aos associados, a ANPRO-

TEC tem desenvolvido projetos especiais em

cooperação com seus parceiros estratégicos.

Estes projetos especiais são focados nos

grandes temas estratégicos e desafios do mo-

vimento.

Alguns exemplos de projetos estratégicos

desenvolvidos ao longo dos últimos 20 anos

da ANPROTEC são:

1996 - Conferência Internacional da

IASP – International Association of

Science Parks 1996 – que envolveu

todo um conjunto de articulações in-

ternacionais e nacionais, promovendo a di-

vulgação do movimento brasileiro de incuba-

doras e parques e estabelecendo um novo

patamar de relacionamento entre o Brasil e o

mundo nesta área do empreendedorismo ino-

vador;

Conferência Mundial de Incubação

de Empresas – 2001 – que consoli-

dou o posicionamento do país no seg-

mento de incubadoras de empresas

e conferiu à ANPROTEC um papel de

liderança e competência técnica na área.

Neste momento a ANPROTEC desenvolve

um grande conjunto de projetos especiais jun-

to a diversos parceiros estratégicos do movi-

mento de incubadoras e parques:

• Portal de Empresas Inovadoras – consiste

numa base estruturada de informações so-

bre as empresas inovadoras do país, des-

tacando seus principais produtos, tecnolo-

gias e indicadores. O Portal está sendo im-

plantado no contexto do Portal Inovação do

Governo Federal, de forma a assegurar efi-

ciência e otimização de recursos.

• Sistema Único de Acompanhamento e Ava-

liação de Incubadoras, Parques e Empre-

sas – SUA – Este sistema é um dos gran-

des desafios do movimento ao longo de sua

história já que está diretamente relaciona-

do com a medição dos resultados do movi-

mento. O Projeto SUA envolve a definição

dos indicadores estratégicos a serem ava-

liados, o desenvolvimento da ferramenta de

software para levantamento e processamen-

to de informações e a geração dos relatóri-

os e primeiras análises de resultados.

• Estudo e Proposições sobre Parques Tec-

nológicos – o crescimento do número e

complexidade dos projetos de Parques Tec-

nológicos nos Brasil levou a ANPROTEC a

propor o desenvolvimento de um projeto de

estudo da situação dos Parques Tecnológi-

cos no Brasil e no mundo visando ao de-

senvolvimento de uma proposta de taxono-

mia de proposições de sugestões de políti-

cas públicas a serem analisadas e adotas

pelo governo e poder legislativo.

• “MBA – Programa de Especialização em

Empreendedorismo Inovador” – este pro-

jeto nasceu da necessidade de qualificar e

profissionalizar ainda mais as equipes de

apoio aos empreendedores inovadores nas

incubadoras e parques. O programa pos-

sui estrutura padronizada e poderá ser exe-

cutado do forma simultânea nas diversas

regiões do país.

Ainda na linha de Projetos Especiais, é fun-

damental que a ANPROTEC continue avançan-

do na direção de implementar projetos que pro-

movam a Relevância e Qualidade do Movimen-

to (Incubadoras e Empresas), tais como:

• Implantação do Sistema Único de Acom-

panhamento e Avaliação de Incubadoras,

Parques e Empresas e de um futuro Siste-

ma de Certificação ou Credenciamento de

Incubadoras e Parques – um tema comple-

xo e difícil, mas fundamental para consoli-

dar a credibilidade e reconhecimento do mo-

vimento.

• Desenvolvimento de um “toolkit” de me-

lhores práticas para Empreendimentos Ino-

vadores – desenvolver e consolidar um Sis-

tema de Melhores Práticas e Instrumentos

de Apoio voltados para a promoção da com-

petitividade das empresas apoiadas por in-

cubadoras e parques.

• Desenvolvimento e implantação de novos

modelos de incubação e parques tecnoló-

gicos em áreas estratégicas – é fundamen-

tal que se dedique atenção ao desenvolvi-

mento de novas estratégias, modelos e

soluções para gerar empresas inovadoras

em segmentos estratégicos para a política

industrial e de inovação do país.

“Eu acredito que o Brasil neste momento é

uma referência mundial no que tange ao nú-

mero de incubadoras de empresas. Minha

opinião é que essas incubadoras deveriam

evoluir para parques tecnológicos, pois elas

são sementes desses parques. Esse movi-

mento, por sua grandeza e resultados faz

do Brasil uma referência no mundo.”

Felipe Romera

Presidente da Associação de Parques

Tecnológicos e Incubadoras de Empresas

da Espanha (APTE)

iDISC – infoDev Incubator Su-

pport Center – a ANPROTEC par-

ticipou e venceu a concorrência mundial pro-

movida pelo Programa infoDev – infomation

for Development, apoiado pelo Banco Mundi-

al. O projeto consistiu no desenvolvimento e

implantação do iDISC, uma base de conheci-

mento de referência na área de incubação de

empresas, orientada para o suporte a um con-

junto de incubadoras de países em desenvol-

vimento apoiados pelo Programa Incubator Ini-

tiative, do infoDev/BancoMundial.

“O papel da Anprotec tem sido fundamental para a transformação de conhecimento em tecnologianacional, e com os novos caminhos abertos pela Lei de Inovação, sem dúvida, a Anprotec terá aindamais a contribuir para o desenvolvimento nacional”.Eduardo Campos - Governador de Pernambuco e Ex-ministro de Ciência e Tecnologia Fonte: Revista Locus, Edição 41, Julho de 2004

12

será possível...

foi possível...

está sendo possível...

O processo de comunicação sempre foi um

grande desafio para uma associação como a

ANPROTEC que atua num segmento tão diver-

sificado e abrangente. Os associados possu-

em perfis diferentes que variam das universi-

dades às prefeituras, das in-

cubadoras aos parques e dos

empreendedores ao governo.

Ao longo dos 20 anos da AN-

PROTEC, foram desenvolvi-

dos os seguintes instrumen-

tos de comunicação com as-

sociados e parceiros:

1. Informativo Locus - O

primeiro instrumento formal de comu-

nicação foi o Informativo Lócus, lançado

no início de julho de 1995. O Lócus conso-

lidou-se como um importante instrumento

de comunicação passando por diversas

fases evolutivas marcadas até a edição 43.

2. info-e – é um informativo eletrônico dinâ-

mico, no qual a Anprotec dissemina infor-

mações rápidas, curtas e importantes. Pro-

duzido há 11 anos, o Info-e é uma ferra-

menta destinada exclusivamente aos asso-

ciados e parceiros da Anprotec. O boletim

é enviado para aproximadamente 5 mil pes-

soas. Já são 158 edições.

3. Website da Anprotec – o Site da as-

sociação apresenta as infor-

mações mais recentes, lista

de publicações e cursos, in-

formações institucionais, bem

como diversos serviços de

atendimento ao associado ou

parceiros. O site tem registra-

do uma média de 1.200 aces-

sos diariamente, chegando a

2000 acessos/dia em épocas de pico.

www.anprotec.org.br

4. Portal Rede Incubar – Este portal foi de-

senvolvido pela ANPROTEC em parceria com

as entidades do Programa Nacional de In-

cubadoras e Parques – PNI com o objetivo

de integrar, concentrar e disseminar as in-

formações estratégicas na área.

Nos últimos anos, a ANPROTEC vem pro-

curando inovar e ampliar os

seus meios de comunicação

com o associado com ações

como:

• Revista Locus – A partir da

edição de setembro de 2005

(edição nº 44) o Informativo

Locus passou definitivamen-

te a se caracterizar como uma

Revista, tendo diversas altera-

ções até alcançar a forma e

conteúdo atuais. A edição nr.

48, de abr/mai de 2007, mar-

ca o início da nova fase da re-

vista, contando com um exce-

lente Conselho Editorial e

apresentando grandes modifi-

cações, tanto no conceito edi-

torial quanto gráfico.

• Locus Científico – Uma edi-

ção especial periódica da Re-

vista Locus voltada especial-

mente para a disseminação da produção

científica na área de empreendedorismo

inovador

• Encontros Regionais de Incubadoras eParques – visando descentralizar os even-

tos na área, o SEBRAE e a ANPROTEC

passaram a apoiar a promoção de Encon-

tros Regionais em parceira com

as Redes de Incubadoras e Par-

ques.

• Publicações Focadas – Peri-

odicamente a ANPROTEC tem

lançado publicações especiais

na forma de cartilhas e docu-

mentos executivos visando atin-

gir públicos de grande interes-

se estratégico tais como prefei-

tos, reitores, deputados, etc.

• Projeto “Empreenderé Show” – trata-se de uma ex-

periência inovadora voltada para

a divulgação de casos de suces-

so de empreendedores brasilei-

ros em que a ANPROTEC está

testando táticas modernas de co-

municação tais como “reality

show”, comunidades na internet,

soluções, experiências e mídia in-

terativa.

Os grandes desafios para o futuro neste

segmento de comunicação estão relaciona-

dos a:

• Ampliar a exposição na mídia – o movi-

mento de incubadoras e parques ainda

não conseguiu ocupar um espaço relevan-

te na imprensa de forma a promover os

excelentes casos de sucesso de empre-

sas inovadoras que podem contribuir para

a formação de uma cultura favorável ao

empreendedorismo no papaís.

• Portal “Comunidade web 2.0” – a comu-

nicação via web com as incubadoras, par-

ques e empresas deve avançar no senti-

do de aproveitar melhor as potencialida-

des das novas tecnologias e conceitos de

comunicação viabilizados pela interativida-

de da web 2.0.

• “Espaço Empreender e Inovar” – a rede

de incubadoras espalhadas pelo país pre-

cisa se consolidar num grande “show

room” com espaços específicos em cada

incubadora para divulgar os resultados e

os casos de sucesso nacionais e locais.

“Um movimento maduro como é o de Incuba-

doras de Empresas no Brasil, tem a obriga-

ção de se comunicar não apenas com aque-

les que o fazem acontecer, mas com toda a

sociedade. Esta é uma das principais diretri-

zes definidas pelo Conselho Editorial da re-

vista Locus.”

Maurício Guedes - Ex-presidente da

Anprotec e Diretor-executivo do Parque

Tecnológico do Rio de Janeiro

Comunicação e Interação

“ANPROTEC: Privilegiada puerta de acceso de Brasil a las redesglobales de la economía del conocimiento.”

Luis Sanz - Diretor-executivo da IASP

13

será possível...

foi possível...

está sendo possível...

“Há uma clara tendência em oferecimento de

plenárias temáticas, focadas em temas es-

tratégicos ou oportunidades econômicas, e

no resgate e solidificação do tratamento aca-

dêmico dos temas de interesse, com traba-

lhos de qualidade crescente, amparados pela

diversidade de forma de apresentação.”

Josealdo Tonholo

Diretor da Anprotec

Toda entidade associativa precisa desen-

volver um evento que permita reunir seus

associados e parceiros a fim de avaliar resul-

tados, trocar experiências e traçar os rumos

para o futuro.

Foi com este propósito que nasceu o Se-

minário Nacional de Parques Tecnológicos e

Incubadoras de Empresas, um evento que já

se encontra na sua 17ª edição.

Ao longo dos 20 anos da ANPROTEC o

Seminário Nacional contribuiu decisivamente

para a evolução do movimento brasileiro. Al-

guns destaques:

• Palestrantes – foram mais de 115 espe-

cialistas internacionais (5 continentes) e

410 nacionais que participa-

ram do Seminário, trazendo

novos conhecimentos e idéi-

as.

• Participantes – foram mais de

6200 participantes de todas

as unidades da federação e

do exterior.

• Primeiro Seminário - o Semi-

nário de 1987, realizado no

Rio de Janeiro de 1 a 4 de de-

zembro, marcou a criação da

ANPROTEC e o início dos even-

tos anuais promovidos pela

Associação. Os anais apresentam os re-

sultados dos estudos realizados no Bra-

sil, Argentina, Colômbia, México e Uruguai,

no âmbito do projeto patrocinado pela OEA

e Finep que visava analisar o fenômeno

dos parques tecnológicos naqueles países

onde estes empreendimentos já tivessem

alcançado alguma projeção.

• Workshop Anprotec – Desde 1993, a As-

sociação realiza na mesma semana do Se-

minário Nacional um Workshop voltado es-

pecialmente para os associados a fim de

permitir um debate profundo sobre temas

considerados estratégicos para o movi-

mento.

O futuro do Seminário Nacional envolve

grandes desafios no sentido de fortalecer ain-

da mais este grande encontro anual das in-

cubadoras, parques e promotores do empre-

endedorismo inovador no país:

• Ampliar fortemente a participação de líde-

res tomadores de decisão do poder exe-

cutivo (ministros, governadores, prefeitos,

etc), poder legislativo (deputados, verea-

dores, etc), setor acadêmico (universida-

des, pesquisadores, etc) e setor privado

(investidores, lideranças empresariais,

etc).

• Promover melhor o evento junto à mídia,

por meio da presença de conferencistas

conhecidos do grande público, pela apre-

sentação de casos diferenciados de em-

preendedorismo inovador e anúncio de in-

formações atraentes a respeito da evolu-

ção e dos resultados do movimento no

país.

• Ampliar a participação no seminário de

jovens estudantes, lideranças comunitá-

rias e público em geral, seja pela presen-

ça física no evento ou pelo acesso via

soluções de webconferência.

Atualmente o Seminário Nacional já é

uma realidade consolidada. Promovido

anualmente em parceira com o SEBRAE

e com apoio dos diversos parceiros do

movimento de incubadoras e parques, o Se-

minário está entre os três maiores

eventos do mundo na área de In-

cubadoras de Empresas e Par-

ques Tecnológicos. Tudo isto de-

monstra a força do Brasil nesta

área e o potencial que deve ser

aproveitado.

Nos últimos anos, o Seminário Na-

cional se transformou numa grande

Semana de Capacitação e Mobiliza-

ção em torno do tema do Empreende-

dorismo Inovador. Em geral, a progra-

mação envolve:

• Seminário Nacional – dois dias de

programação intensa com painéis,

apresentação de artigos e conferên-

cias especiais.

• Workshop Anprotec – 1 dia, normalmente

divido em duas grandes sessões parale-

las para tratar de temas estratégicos para

o movimento.

• Minicursos – geralmente

dois períodos (manhã e tar-

de) onde são ministrados

cerca de 10 minicursos fo-

cados em temas de interesse dos associ-

ados.

• Reuniões e Fóruns Estratégi-

cos – em geral ocorrem mais de

4 Reuniões especiais com seg-

mentos estratégicos para o mo-

vimento tais como: prefeitos,

secretários de C&T, reitores e pró-

reitores, investidores, empresári-

os, membros do legislativo e par-

ceiros de governo e entidades da

sociedade civil.

• Assembléia Geral Ordinária da

ANPROTEC – evento deliberati-

vo mais importante da associa-

ção, onde são tomadas as gran-

des decisões do movimento.

Em resumo, somando todos os eventos,

são cerca de 100 horas de atividades de ca-

pacitação, articulação e mobilização ao lon-

go de uma semana, envolvendo mais de

1000 pessoas.

Seminário Nacional

“As incubadoras de empresas e parques tecnológicos representam mecanismos essenciais para aexecução de políticas públicas de geração de emprego e renda aos estados e municípios.”

Rafael Lucchesi - Presidente do Conselho Consultivo da Anprotec

Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005

14

será possível...

foi possível...

está sendo possível...

As Redes de Incubadoras e Parques

surgiram ainda no final da última déca-

da como uma estratégia natural e sau-

dável de fortalecimento do movimento no

âmbito regional/local ou temático/seto-

rial.

A ANPROTEC enxerga nas Redes um

papel fundamental para articular melhor

o desenvolvimento do movimento e mo-

bilizar de forma mais intensa as forças

e lideranças estratégicas ao redor de

todo o país.

As Redes estruturadas até hoje foram:

1. RAIE - Rede Alagoana de Incubado-

ras de Empresas e Instituições Pro-

motoras de Empreendimentos

2. RBI - Rede Baiana de Incubadoras

3. RIC - Rede Cearense de Incubado-

ras

4. Rede Candanga de Incubadoras

5. Rede Capixaba de Inovação

6. Rede Goiana de Incubadoras de Em-

presas e Parques tecnológicos

7. RMI - Rede Mineira de Inovação

8. Rede Sul Matogrossense de Entida-

des Promotoras de Empreendimen-

tos Inovadores

9. Rede Criativa

10. RAMI - Rede Amazônica de Incuba-

doras de Empresas

11. Rede Nordeste

12. Rede Paraibana de Incubadoras

13. Rede Pernambucana Promotora de

Empreendimentos Inovadores

14. REPARTE – Rede Paranaense de In-

cubadoras e Parques Tecnológicos

15. REINC – Rede de Incubadoras, Par-

ques e Pólos Tecnológicos

16. REGINP - Rede Gaúcha de Incubado-

ras de Empresas e Parques Tecno-

lógicos

17. RECEPET - Rede Catarinense de En-

tidades Promotoras de Empreendi-

mentos de Base Tecnológica

18. RIS - Rede de Incubadoras de Sergi-

pe

19. Incubadoras do Programa da FIESP

– SP

20. RAITEC - Rede de apoio à inovação

tecnológica e empreendimentos em

criação

21. Rede de Incubadoras Sociais

A ANPROTEC tem buscado atuar de

forma integrada com as Redes, visando

fortalecer um modelo de atuação mais

descentralizado e sistêmico. Dentre os

principais avanços destacam-se:

• Articulação de editais para apoio fi-

nanceiro às atividades das Redes de

Incubadoras;

• Descentralização do processo de le-

vantamento de informações sobre o

movimento por meio das equipes das

Redes;

• Criação de instrumentos e sistemáti-

cas de comunicação descentralizada,

visando fortalecer o papel de gerador

de informações e conteúdo por parte

das redes;

• Adoção de práticas de consulta e dis-

cussão de temas estratégicos para

o movimento por meio da interação

com as Redes;

• Criação de Fórum e Comitês específi-

cos com participação de lideranças

das Redes;

• Estruturação de produtos, serviços e

projetos da associação considerando

o papel e a participação das Redes,

tais como o Prêmio Nacional de Em-

preendedorismo Inovador, Seminário

Nacional, Revista Locus, Empreender

é Show, etc.

• Criação do Programa de Encontros Re-

gionais de Incubadoras e Parques Tec-

nológicos, visando promover eventos

de caráter estratégico de forma mais

descentralizada contando com a or-

ganização e liderança das Redes lo-

cais.

É preciso que as Redes se consolidemainda mais como instrumentos sistêmicos e

integrados de fortalecimento do movimento

em todo o país. Para tanto, é fundamental

avançar em alguns aspectos:

• Fortalecimento das Redes Estaduais como

pontos avançados da ANPROTEC no âm-bito local, com representatividade e lide-

rança para promover a mobilização dos

atores críticos.

• Criação de Redes Temáticas, para supe-

ração de obstáculos e aproveitamento de

oportunidades estratégicas em novos edesafiadores segmentos do movimento.

• Harmonização dos principais elementos

jurídicos e operacionais que caracterizam

as Redes, visando gerar melhores resul-

tados.• Ampliação dos instrumentos de apoio à

sustentabilidade das Redes, especialmen-

te com a participação e comprometimen-

to de atores locais.

• Consolidação do papel de Rede em atuar

como grande elemento de “mobilização eavaliação crítica” no âmbito local e temá-

tico, de modo a fortalecer a credibilidade

e consistência do movimento de incuba-

doras e parques.

“As redes de incubadoras virão a se consoli-

dar mecanismos fundamentais para a evolu-

ção das incubadoras e parques no País, pro-

movendo o compartilhamento de conhecimen-

to e melhores práticas, articulando projetos

integrados inovadores voltados às necessi-

dades regionais dos empreendimentos incu-

bados e mobilizando recursos humanos e

competências distribuídas nas diversas ins-

tituições que as integram.”

Antonio Pereira Lima Jr.

Incubadora Tecnológica de Empresas e

Cooperativas - ITEC - Universidade Católica

de Brasília

Redes de Incubadoras e Parques

“As incubadoras e parques são essenciais para a promoção do desenvolvimento tecnológico brasileiro, poissão ferramentas estratégicas na transformação do conhecimento acadêmico em inovação.”

Luis Fernando Caribelli Madi - Presidente da Abipti

Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005

15

será possível...

foi possível...

Equipe e Governança

está sendo possível...

A ANPROTEC nasceu como uma orga-

nização absolutamente informal, manti-

da pelo trabalho pessoal dos primeiros

associados. A partir de 1993 a entida-

de começou a estruturar as bases de

uma equipe técnica de prestação de ser-

viços e atendimento aos associados.

Desde então, esta estrutura foi se

aperfeiçoando tanto do ponto de vista

físico, como, principalmente, humano.

Assim, aos poucos e com muitas difi-

culdades, foi se construindo uma equi-

pe de profissionais dedicados exclusiva-

mente à administração da entidade, ao

atendimento aos associados e à reali-

zação de projetos de interesse do movi-

mento.

Ao longo destes anos, a estrutura or-

ganizacional da Associação foi alterada,

com ampliação do número de Diretores

de 4 para 6 em 1999, criação do Conse-

lho Consultivo e incorporação de novas

categorias de sócios à Assembléia de

Associados.

Atualmente a ANPROTEC conta com uma

equipe de 11 pessoas distribuídas em 4 uni-

dades: comunicação, atendimento, admi-

nistração e projetos. A estrutura é gerenci-

ada por uma Superintendência Executiva

que se reporta à Diretoria da ANPROTEC.

A Diretoria administra as atividades da

Associação com o apoio de Comitês Ges-

tores constituídos por entidades parcei-

ras e também pelas Redes de Incubado-

ras e Parques.

Toda esta estrutura tem como órgão

soberano a Assembléia de Associados,

que conta também com o suporte do Con-

selho Consultivo, formado por lideranças

e personalidades da área de empreende-

dorismo, além dos últimos três Presiden-

tes da entidade.

A ANPROTEC precisa desenvolver

continuamente sua estrutura de coman-

do e gestão para garantir uma padrão

de qualidade e um processo contínuo

de inovação. Para isto, é fundamental

continuar investindo na equipe a fim de

manter uma continuidade na condução

dos projetos e no atendimento aos as-

sociados.

A governança da ANPROTEC também

deve ser aperfeiçoada no sentido de

promover uma melhor participação dos

associados no processo de direciona-

mento da entidade. Ao mesmo tempo,

deve-se criar novos instrumentos de re-

presentatividade junto aos parceiros e

atores sociais estratégicos para o mo-

vimento. Somente com uma governan-

ça forte, atuante e responsável, é pos-

sível dar respostas fortes, contunden-

tes e relevantes aos grandes desafios

que se apresentam no futuro do movi-

mento.

Um antigo filósofo disse: “Os grandes na-

vegadores devem sua reputação às gran-

des tempestades”. Sei, tanto por experi-

ência e pela história de várias empresas,

que o sucesso, a superação e a excelência

são resultado de esforço, de conhecimen-

to e, principalmente, de comprometimento

com os seus ideais e com aqueles que

estão juntos a você na jornada. Este é o

futuro da equipe: buscar o êxito em cada

projeto, com compromisso, destreza e com-

panheirismo.

Sheila Oliveira Pires

Superintendente Executiva da ANPROTEC

“A importância dessas ações é determinante, pois não haverá em 10 anos país de primeiromundo que não priorize instalações de parques tecnológicos.”

Alexandre Aguiar Cardoso - Presidente do Consecti - Conselho Nacional dos Secretários de Ciência e Tecnologia

16

será possível...

foi possível...

está sendo possível...

A ANPROTEC operou durante mais de

seis anos sem uma sede fixa, dependen-

do exclusivamente da infra-estrutura dis-

ponibilizada pelos primeiros diretores da

entidade. Foi a partir de 1993 que a enti-

dade passou a contar com uma estrutura

mais organizada junto à UnB – Universi-

dade de Brasília, na capital do país.

Esta mudança consolidou um mo-

mento de amadurecimento da associa-

ção, fazendo com que se formalizasse

uma sede definitiva no centro de deci-

sões do país, onde estão localizados

os principais parceiros da entidade.

Em 2004 a ANPROTEC transferiu sua

sede para instalações no Setor Comer-

cial Norte da Capital Federal, a fim de

contar com uma área mais adequada ao

crescente número de projetos e ativida-

des desenvolvidas pela Associação.

Nesta nova estrutura, que conta com

cerca de 150 m2, a associação disponi-

biliza espaços exclusivos ao associado

tais como o Centro de Informação com

toda a base de publicações, informações

e dados do movimento, e o “Espaço do

Associado”, com sala de reuniões e cé-

lula de trabalho com computador e aces-

so a internet.

Além disso, a sede conta com espa-

ço para data center e áreas de escritó-

rio das unidades de direção, comunica-

ção, projetos, atendimento e adminis-

tração.

Apesar de contar com uma moderna e fun-

cional sede administrativa, a ANPROTEC pre-

cisa continuar trabalhando para viabilizar uma

sede própria definitiva, de preferência num

dos Parques Tecnológicos em implantação no

Distrito Federal.

Neste sentido, já foram iniciadas tratati-

vas para viabilizar um imóvel junto ao Parque

Tecnológico da

Universidade

de Brasília e,

ao mesmo tem-

po, foi desen-

volvido um pri-

meiro antepro-

jeto de uma fu-

tura sede pró-

pria que deverá

disponibilizar

uma infra-estru-

tura de exce-

lência para a

Assoc iação,

para os associ-

ados e para as

próprias em-

presas das incubadoras e parques, que po-

derão contar com um ponto de apoio na Capi-

tal do País.

O movimento de incubadoras e parques cres-

ceu expressivamente e mostrou os seus re-

sultados para consolidar a cultura do empre-

endedorismo inovador e contribuir para o

desenvolvimento econômico e social do País.

Luís Afonso Bermúdez

Presidente da ANPROTEC de 1999 a 2003 -

Diretor do CDT/UnB

Infra-estrutura

“A inovação e o desenvolvimento tecnológico estão na agenda do crescimento do Brasil. Se nopassado fomos impulsionados por custos de fatores, agora somente iremos crescer impulsionados

pela tecnologia. A ANPROTEC há 20 anos já percebia isto. Parabéns à ANPROTEC.”Deputado Emanuel Fernandes - Membro da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara Federal dos Deputados

A Aventura de

um Movimento

18

será possível...

foi possível...

Reposicionamento

está sendo possível...

O desenvolvimento das incubadoras no Brasil ocor-

reu de forma rápida e surpreendente. Ao longo de um

período de não mais de 10 anos o número de projetos

se multiplicou por 10. Ao mesmo tempo, iniciativas

focadas na promoção do empreendedorismo também

se disseminaram por universidades e escolas de todo

o país. Finalmente, nos últimos 5 anos, também ocor-

reu um crescimento vertiginoso no número de projetos

de parques tecnológicos. A ANPROTEC encara esta alta

taxa de crescimento de duas formas:

• Por um lado, trata-se de uma excepcional OPORTU-NIDADE de se consolidar no país um modelo de

promoção de empreendedorismo inovador;

• Por outro, pode se configurar numa AMEAÇA peri-

gosa se os resultados não forem convincentes e

sustentáveis.

O FATO é que há realmente boas e más notícias

em torno do fenômeno brasileiro do crescimento do

número de incubadoras e parques.

Entre as BOAS NOTÍCIAS, destacam-se:

• Os resultados das incubadoras de empresas brasi-

leiras em termos de eficiência e eficácia estão

ACIMA DA MÉDIA de outros mecanismos e pro-

gramas de suporte a pequenos negócios e empre-

sas nascentes;

• A QUANTIDADE DE PROGRAMAS de promoção de

empreendedorismo inovador e de ENTIDADES en-

O processo de mudança e reposicionamento do

movimento para atingir um novo patamar de resulta-

dos e de relevância envolveu inúmeras discussões, de-

bates, reflexões e trocas de experiências.

A ANPROTEC coordenou este conjunto de ativida-

des ao longo dos últimos anos com o objetivo de con-

tribuir com a geração de uma visão de futuro comparti-

lhada pelos associados, parceiros e demais atores so-

ciais. Para construir esta nova visão de futuro foi ne-

cessário:

• Realizar reuniões de avaliação e de planejamento

com os associados, as coordenações de Redes e

as entidades parceiras do movimento;

• Interagir com especialistas nacionais e internacio-

nais que possuem experiências bem sucedidas de

novos modelos de promoção do empreendedoris-

mo inovador;

• Ouvir os principais interlocutores das incubadoras

e parques no âmbito político, acadêmico, empresa-

rial e comunitário;

• Estudar e visitar experiências de sucesso de repo-

sicionamento de mecanismos de suporte e apoio a

empresas inovadoras nascentes;

• Propor, testar e reformatar propostas, idéias e so-

luções a partir da percepção dos principais atores

envolvidos com o empreendedorismo inovador no

país.

A execução destas atividades respeitou um conjun-

to de direcionamentos estabelecidos com base nas

percepções, expectativas e opiniões dos associados e

parceiros:

RELEVÂNCIA – trabalhar no sentido de tornar o Mo-

vimento relevante para o presente e o futuro do País.

ABRANGÊNCIA – perseguir um modelo com poten-

cial para atuação sistêmica e representativa em todo o

País.

COOPERAÇÃO – potencializar as parcerias e coope-

rações nacionais e internacionais.

FLEXIBILIDADE – levar em consideração os diver-

sos tipos de experiências e modelos de mecanismo

existentes.

O primeiro resultado deste processo de planejamen-

to e mudança foi a proposição de um novo posiciona-

mento estratégico para o movimento. A idéia central é

que existe um “DNA comum” ou um “elemento genéti-

co básico” que deve caracterizar uma incubadora, uma

pré-incubadora, um parque ou outro tipo qualquer de

mecanismo de promoção de empreendimentos inova-

dores. Este posicionamento estratégico deve orientar a

forma como o movimento pretende atuar e ser percebi-

do pelo ambiente nos próximos anos.

Posicionamento Estratégico

Incubadoras de Empresas, Parques Tecnológicos e

outros Mecanismos desta natureza devem se

consolidar como Plataformas Estratégicas, Instituci-onais e Operacionais para promover o Empreendedo-

rismo Inovador com foco nos grandes desafiosregionais, setoriais e nacionais

Apesar de conciso, este reposicionamento implica

gajadas é extremamente representativa;

• Existe um ambiente com condições favoráveis ao

empreendedorismo inovador motivado pelo surgi-

mento de POLÍTICAS como a PITCE, Lei da Inova-

ção, a Lei do Bem, etc;

• Tendência de CRESCIMENTO do país com fortaleci-

mento de sua posição externa e da capacidade de

atração de investimentos;

• ESPAÇO/JANELA DE OPORTUNIDADE na área de

Empreendedorismo e Inovação.

Por outro lado, existem GRANDES DESAFIOS pela

frente:

• BAIXA EXPLORAÇÃO DO POTENCIAL de conheci-

mento e efeito multiplicador das incubadoras de

empresas;

• FALTA DE CONEXÃO com outras iniciativas de aten-

dimento e apoio a micro e pequenas empresas ino-

vadoras;

• Dificuldades de SUSTENTABILIDADE das Incubado-

ras e Parques;

• “Pressões Sociais e Políticas” por RESULTADOSMAIS RELEVANTES EM TERMOS DE QUALIDADE,ESCALA/IMPACTO na economia e na sociedade

• Utilização LIMITADA DA CAPACIDADE INSTALADAnas incubadoras e parques no que diz respeito a

qualificação técnica, articulação institucional, infra-

estrutura física, marca, etc.

A evolução das incubadoras e parques bra-

sileiros na direção do novo posicionamento

estratégico fará com que, dentro de pouco

tempo, estes mecanismos se consolidem

como:

• Plataformas para a efetiva promoção da cul-

tura de empreendedorismo e inovação jun-

to às principais universidades brasileiras;

• Plataformas para desenvolvimento de so-

luções inovadoras nos segmentos cientí-

ficos e tecnológicos prioritários para o

País;

• Plataformas para geração e suporte a em-

presas inovadoras estratégicas para a

competitividade dos principais APLs – Ar-

ranjos Produtivos Locais do País;

• Plataformas para a intensificação dos pro-

cessos de cooperação e interação univer-

sidade empresa;

• Plataformas de acesso a informações e

oportunidades de mercado, capital, tecno-

logia e conhecimento. (continua...)

“Existem oportunidades enormes para o país

e, ao mesmo tempo, desafios gigantescos a

serem superados. As incubadoras de Empre-

sas e Parques Tecnológicos estão se *pre-

parando* para adotar novos modelos de atu-

ação que promovam *saltos de qualidade e

quantidade* no universo das empresas ino-

vadoras”.

José Eduardo Fiates

Presidente da Anprotec

“É importante salientar a mudança de paradigma que se dá quando o pesquisador-cientista é desafiado ase relacionar com a iniciativa privada, fazendo do conhecimento novos produtos, melhorando acompetitividade e deixando para trás a cultura do isolamento das instituições públicas de C&T”

Paulo Piau - Deputado Federal e Membro da Subcomissão de Ciência e Tecnologia e Informática

19

será possível...

do Movimento

A autocrítica do movimento de incubadoras em iden-tificar estes pontos positivos e negativos é prova daevolução e maturidade que se construiu ao longo des-tes 20 anos de atuação associativa e cooperativa. Só épossível mudar quando se define claramente POR QUE

é necessário mudar e AONDE se quer chegar.Além destes fatores, ao longo destes 20 anos ocor-

reram profundas mudanças no ambiente econômico,político e social mundial, implicando em conseqüênci-as óbvias para o movimento:• O processo de globalização mun-

dial, que promoveu a integraçãode países, economias e pessoasde uma forma avassaladora;

• A velocidade de acesso a informa-ção e conhecimento, viabilizadapelo avanço nos processos de co-municação e gestão de bases dedados;

• A formação de uma nova estrutu-ra econômica global, com o surgi-mento de novos blocos econômi-cos, das economias emergentese das mega-empresas globais;

• O crescimento da consciência crí-tica sócio-ambiental, com o surgi-mento de movimentos, entidades

em vários compromissos, convicções e atitudes. É sim-ples, mas não é fácil. É preciso disciplina e criatividade.Talento e determinação. Agilidade e paciência. Antes detudo, é preciso compreender e acreditar.

Acreditar que quando se fala de incubadoras, par-ques e outros mecanismos de promoção está se tratan-do, no fundo, de um mesmo tema básico: empreende-dorismo inovador. Trata-se, portanto, de:• Criar soluções, sistemáticas e práticas para estimu-

lar, fomentar, prospectar, educar, identificar e apoi-

ar pessoas empreendedoras;• Promover a inovação aproximando o empreende-

dor das fontes de geração de conhecimento, idéi-as e tecnologias a fim de agregar valor e diferenciaro produto ou serviços da futura empresa;

• Ajudar o empreendedor a encontrar o espaço parafazer da sua idéia um sucesso no mercado e nasociedade, gerando benefícios para todos os envol-vidos;

• Saber conectar os sonhos do empreendedor com os

desafios da região onde está inserido e dos setoreseconômicos para os quais o negócio está orientado;

• Ter foco em superar os grandes desafios no âmbito

da comunidade, da cidade, da região, de um setorempresariais, de um segmento tecnológico e até dopaís;

• Perceber que só é possível se justificar como incu-badora ou parque se existe, claramente, um foco

em gerar resultados e uma capacidade em fazerisso por meio da promoção do empreendedorismoinovador;

e organismos orientados formalmente para a defe-sa do meio ambiente e a redução das desigualda-des.A conscientização sobre a magnitude e complexida-

de dos desafios que se apresentam ao movimento deincubadoras e parques fez com que iniciasse um pro-cesso natural, progressivo e definitivo de transforma-ção e reposicionamento. Este grande processo de mu-dança está em curso e deve direcionar a evolução daANPROTEC para os próximos anos.

• Perceber que uma incubadora não é um prédio nemuma equipe gestora e que um parque não é umterreno nem uma jogada de marketing;

• Perceber que incubadoras e parques são platafor-

mas: um conjunto de pessoas, conhecimentos, ex-periências, rede de contatos, infra-estrutura, his-tória, sistemáticas, serviços e todo um conjuntode capacidades que se articulam de forma naturale harmoniosa no sentido de servir de base para odesenvolvimento de um empreendimento inovador;

• Entender que o maior valor de uma incubadora ouparque está nos seus ativos estratégicos, técni-

cos e institucionais e não nas externalidades;• Perceber e aproveitar o fato de a incubadora ou o

parque já constituírem uma referência de ambien-

te favorável ao empreendedorismo;• Reconhecer e potencializar a capacidade de arti-

culação com parceiros essenciais para o suporteaos empreendedores, utilizando melhor os progra-mas, serviços e projetos de suporte às micro epequenas empresas inovadoras;

• Explorar melhor a sofisticada e valiosa rede forma-

da pelas incubadoras e parques bem como pelassuas empresas;

• Canalizar, ampliar e utilizar melhor o crescente in-teresse dedicado a este tema por parte da classepolítica, acadêmica e empresarial.Resumindo, assumir o novo posicionamento exige

reinventar a incubadora e o parque. Promover um novoolhar. Analisar e criticar os resultados do passado.Sonhar e planejar os resultados futuros.

• Plataformas para a geração de empresas

inovadoras com alto potencial para inves-

timentos de seed capital, venture capital,

private equity e abertura de capital no Mer-

cado Aberto.

• Plataformas para a promoção do empre-

endedorismo social de caráter inovador.

• Plataformas para a elevação do número

de pequenas empresas inovadoras na car-

teira de exportações do País.

• Plataformas para a atração de Centros de

P&D de empresas transnacionais para o

Brasil.

• Plataformas para o direcionamento do de-

senvolvimento econômico e social de mui-

tos municípios e regiões do País.

• Plataformas para a geração e apoio a em-

presas inovadoras focadas na promoção

da competitividade global de setores eco-

nômicos prioritários para o Brasil no cam-

po industrial, agropecuário e de serviços.

“Empreender e inovar são como duas faces

de uma moeda. Ao integrar naturalmente essa

idéias-força, o movimento das incubadoras e

parques tecnológicos tem condição de acele-

rar a transformação do Brasil numa econo-

mia mais dinâmica e equilibrada, capaz de

gerar e utilizar conhecimentos relevantes para

o mundo dos negócios.”

Guilherme Ary Plonski

Vice-presidente da Anprotec

(...continuação)

“As incubadoras e os parques se tornaram nos últimos 20 anos, ambientes estimuladores e impulsionadores doempreendedorismo inovador possibilitando o surgimento de empresas compromissadas com a inovação tecnológica e odesenvolvimento local, que ocupam lugar de destaque nos setores onde atuam, tanto no Brasil como no mercado global.”

Luiz Carlos Barboza - Diretor Técnico do Sebrae

20

Um novo caminho

Plataformas

para promover o

Empreendedorismo

Inovador

A figura apresenta uma visão geral sobre

o novo posicionamento proposto para o mo-

vimento de incubadoras de empresas e par-

ques tecnológicos. Cada uma das quatro

grandes frentes de atuação ilustradas repre-

senta um tipo de plataforma estratégica para

promoção do empreendedorismo inovador

no país.

Cada uma destas frentes de atuação está

focada em um dos grandes desafios de fu-

turo para o empreendedorismo inovador no

Brasil. São plataformas que se relacionam

e complementam ao longo do processo de

estímulo, apoio e suporte aos novos empre-

endedores e seus negócios inovadores.

A escolha de uma alternativa específica

entre as quatro plataformas disponíveis para

se promover o empreendedorismo inovador

depende de diversos fatores, dentre os quais

se destacam:

• Ativos de Conhecimento - capacidade ci-

entífica e tecnológica disponível, na for-

ma de universidades, centros de tecno-

logia e grupos de pesquisa existentes na

região.

• Vocação ou tradição empresarial - na for-

ma de empresas já existentes ou condi-

ções favoráveis ao surgimento de um

novo setor econômico.

• Pessoas - potencial humano qualificado

e motivado a empreendeder e inovar

• Recursos – infra-estrutura, dinheiro e

competência técnica para desenvolver e

implantar a plataforma de promoção de

empreendedorismo.

• Estratégia – clara visão dos objetivos a

serem perseguidos, somada a uma ca-

pacidade de gestão para planejar e, prin-

cipalmente, executar.

Cada região, cidade, universidade ou or-

ganização que tenha a intenção de iniciar

uma ação consistente de promoção de em-

preendedorismo deve avaliar cada um des-

tes fatores a fim de verificar a conveniência

de se investir efetivamente na iniciativa.

Apesar de não existir o “melhor caminho”,

é natural identificar caminhos que fazem sen-

tido. Assim, é possível imaginar que um am-

biente ideal para a promoção do empreen-

dedorismo deveria contar com uma Plata-

forma de Promoção da Cultura do Empreen-

dedorismo Inovador que estimula e fomen-

ta potenciais empreendimentos a serem

apoiados na Plataforma de Incubação Ori-

entada para o Desenvolvimento Local/Se-

torial ou na de Incubação Orientada para a

Geração e Uso Intenso de Tecnologia, de-

pendendo das condições e características

do ambiente. Finalmente, estes empreendi-

mentos incubados e outros empreendimen-

tos inovadores atraídos ou articulados na

região poderiam se instalar definitivamente

num Parque Científico, Tecnológico ou de De-

senvolvimento Regional. Obviamente, esta

não é uma situação genérica. Na esmaga-

dora maioria dos casos a melhor solução é

implantar apenas uma das plataformas e as-

segurar que se alcancem resultados relevan-

tes e consistentes. O fato é que, de alguma

maneira, um projeto bem sucedido de pro-

moção de empreendedorismo inovador sem-

pre estará confrontando uma destas quatro

grandes frentes de atuação.

“As verdadeiras revoluções culturais são promovidas pela sociedade civil de forma silenciosa e persistente. A Anprotec, umaautêntica e vigorosa entidade, lidera e apóia, há duas décadas, o surgimento de uma nova geração de empreendedores eempreendimentos inovadores. Um movimento vital para garantir o desenvolvimento endógeno e sustentado do Brasil”.

Gina Paladino - Ex-Diretora e eterna apaixonada pela ANPROTEC

21

para um novo destino

Elementos Comuns nas

Plataformas”

Apesar de diferentes, as quatro Plataformas

apresentam alguns elementos básicos comuns

cujas características específicas variam de acor-

do com o propósito e a finalidade da Plataforma.

Soluções voltadas diretamente para

o Empreendedor

Toda e qualquer Plataforma de apoio a em-

preendedores inovadores envolve, pelo menos,

cinco frentes de suporte:

• Desenvolvimento do Empreendedor – envol-

vendo desde a identificação e lapidação do

perfil do empreendedor até o processo de

capacitação e desenvolvimento.

• Desenvolvimento de Liderança e Gestão –

visando suprir a natural deficiência e falta

de experiência gerencial e de liderança de

times e organizações que caracteriza gran-

de parte dos empreendedores.

• Acesso a Conhecimento – contemplando to-

dos os aspectos relacionados à idéia, tec-

nologia, informações de mercado, concorrên-

cia, propriedade intelectual, etc.

• Acesso a Mercado – talvez o principal desa-

fio para quem tem uma “grande idéia” para

um mercado “não preparado” ou uma gran-

de “solução para um cliente que não tem o

problema”.

• Acesso a Capital – outro dos fatores que

acaba comprometendo grande parte dos em-

preendimentos inovadores.

Questões relacionadas à gestão do processo

de suporte ao empreendimento inovador

Para conseguir prover o suporte adequado

ao empreendedor, uma Plataforma de Empre-

endedorismo Inovador deve dominar ao menos

três grandes processos:

• Prospecção e Seleção – que consiste na cor-

reta identificação e escolha dos empreen-

dedores e dos empreendimentos a serem

apoiados;

• Capacitação e Suporte – que envolve o de-

senvolvimento e gestão do conjunto de ativi-

dades de apoio direto ao empreendedor;

• Avaliação e Acompanhamento – que con-

templa os processos e sistemáticas que per-

mitam aferir de forma confiável e interativa,

a evolução e a performance do empreendi-

mento.

Elementos pertinentes diretamente à

Plataforma de Empreendedorismo Inovador

Finalmente, além de assegurar o suporte efe-

tivo ao empreendedor e à gestão do processo

a plataforma precisa considerar a sua própria

gestão, como empreendimento inovador que é:

• Gestão da Plataforma de Empreendedoris-

mo Inovador – a fim de assegurar que a Pla-

taforma tenha um bom processo de plane-

jamento, operação, sustentabilidade e lon-

gevidade;

• Ampliação dos Limites – é fundamental que

se observe e atue no sentido de potencializar

a capacidade deapoio ao empreendedorismo

existente na plataforma, buscando oportuni-

dades em outros campos e segmentos.

Como já foi mencionado, os dez elementos

comuns apresentados variam em suas carac-

terísticas específicas de plataforma para pla-

taforma. Assim, é claro que o suporte de um

parque tecnológico às empresas instaladas na

área de acesso a conhecimento, mercado e

capital é diferente do suporte oferecido por uma

Incubadora. Assim como a seleção de empre-

endimentos, suporte e acompanhamento de

uma incubadora é diferente do que ocorre num

parque tecnológico ou num programa acadêmi-

co de promoção de empreendedorismo. Entre-

tanto, estes dez elementos estão presentes

em todas as quatro Plataformas e devem ser

alvo permanente de atenção e de aperfeiçoa-

mento.

“As incubadoras de empresas e parques tecnológicos, como evidenciam os 20 anosde trabalho da Anprotec, são muito importantes para a multiplicação de negóciosbem-sucedidos e empregos qualificados.”

Paulo Skaf - Presidente do Sistema Fiesp

22

será possível...

foi possível...

Cultura do Emp

está sendo possível...

As estratégias de promoção da cul-

tura do empreendedorismo inovador no

Brasil começaram a surgir de modo

mais intenso na segunda metade da

década de 90. Naquela época este tema

começou a fazer parte do vocabulário e

da agenda de algumas universidades e

regiões do país.

No contexto universitário, surgiram

as primeiras Escolas de Empreendedo-

res, voltadas para a realização de cur-

sos, introdução de disciplinas de em-

preendedorismo na grade curricular, in-

tegração com Empresas Junior e reali-

zação de eventos de conscientização e

divulgação.

A Plataforma de Promoção da Cultura do

Empreendedorismo Inovador constitui um dos

grandes desafios para o movimento nos pró-

ximos anos. A qualidade e quantidade de

empreendedores com efetivo potencial de

sucesso dependem desta plataforma.

Como ocorre nas outras plataformas, há

grandes oportunidades mas também muitas

questões a serem superadas. As experiênci-

as dos últimos anos demonstram que os re-

sultados dos esforços nesta área não tem

sido satisfatórios. Por outro lado, os investi-

mentos têm sido muito pouco significativos,

limitando-se a ações isoladas por parte de

algumas poucas instituições que compreen-

dem a importância do tema.

Não há uma visão consensada sobre o

que fazer para evoluir nesta área, muito me-

nos um Programa estruturado e sistêmico de

apoio ao setor.

A ANPROTEC tem atuado com o propósito

de estabelecer um novo patamar para as Pla-

taformas de Promoção da Cultura do Empre-

endedorismo Inovador de forma a serem pri-

orizadas e apoiadas pelo governo, pelas uni-

versidades, escolas técnicas e pela socieda-

de como um todo.

Algumas experiências já começam a gerar

resultados, pois se baseiam efetivamente nos

princípios orientadores das Plataformas: re-

sultados relevantes, atuação abrangente,

postura cooperativa e modelo flexível. Dentre

estas experiências que já estão em operação

ou em fase de implantação, destacam-se cla-

ramente algumas características principais:

• Programas intensivos e sistêmicos de Edu-

cação – tais programas têm sido implemen-

tados nos mais diversos contextos como

universidades, escolas técnicas, centros de

pesquisa, escolas e até pequenas cidades.

A educação para o empreendedorismo ino-

vador é crucial para formar os futuros em-

preendedores e seus respectivos negócios.

• Programas de Fomento à criação e pré-in-

O QUE ÉJovens estimulados e apoiados a criar

e empreender desde o primeiro dia da

graduação na universidade.

Comunidades conscientizadas e

preparadas para acessar

conhecimento de forma a criar novos

negócios inovadores.

Prefeitos e Governantes convencidos

em apostar no empreendedorismo

inovador como forma de transformar

suas regiões e suas universidades.

Muitas das estratégias para fortalecer

a Plataforma de Promoção da Cultura do

Empreendedorismo Inovador estão sen-

do planejadas e desenvolvidas no momen-

to. O futuro deverá comprovar a impor-

tância que terão para a criação de uma

ambiente mais favorável e promissor ao

empreendedorismo.

• Programas de bolsas de mestrado e

doutorado para desenvolvimento de

projetos focados em inovação a partir

de candidatos selecionados por meio

de critérios que valorizem o perfil téc-

nico e empreendedor.

• Projetos de apoio a potenciais empre-

endedores por meio de estruturas fo-

cadas no estímulo à transferência de

tecnologia e à valorização da proprie-

dade intelectual, tais como os Núcle-

os de Inovação Tecnológica das Uni-

versidades.

• Estruturas formais no contexto das

Prefeituras na forma de Secretarias de

Empreendedorismo e Inovação dota-

das de orçamento e qualificação para

promover a cultura empreendedora.

(continua...)

“As Incubadoras de Empresas mostraram ao longo dos últimos vinte anos a força empreendedora do jovembrasileiro e ampliaram ainda mais o papel de nossas universidades.”

Maurício Guedes - Ex-presidente da Anprotec e Diretor-executivo do Parque Tecnológico do Rio de Janeiro

“Sonho com uma educação empreendedora

que atinja 100% dos estudantes da educa-

ção infantil à universidade e tenha como alvo

a construção de comunidades capazes de

cooperar e inovar. Ela deve servir como ins-

trumento de combate à miséria através do

crescimento econômico e desenvolvimento

social e, sob o ponto de vista ético, consi-

derar como empreendedor somente aquele

que oferecer valor positivo para a coletivida-

de.”

Fernando Dolabela

Professor, consultor e escritor

preendedorismo

23

será possível...

No contexto das cidades, dos estados

e do próprio país, começaram a surgir pro-

gramas de treinamento e suporte ao em-

preendedorismo, visando construir e ali-

mentar uma cultura nova nas instituições

e na sociedade como um todo.

A ANPROTEC sempre esteve intimamen-

te ligada a este movimento ao longo dos

seus 20 anos. Muitas dos líderes das in-

cubadoras associadas à ANPROTEC foram

os pioneiros que começaram a discutir, de-

senvolver e implementar programas desta

natureza.

Já no Seminário Nacional de 1996, rea-

lizado em conjunto com a Conferência In-

ternacional da IASP, o tema da cultura do

empreendedorismo inovador foi alvo de

palestras, debates e encaminhamentos.

Diversas publicações foram geradas

pela associação nesta área e ainda estão

disponíveis para o público através do site.

A própria criação do Prêmio Nacional de

Empreendedorismo Inovador, em 1997, fez

parte desta estratégia de geração de uma

cultura empreendedora no país.

Em 2001, foi realizado um Seminário

específico sobre empreendedorismo na

Conferência Mundial de Incubação de Em-

presas realizada no Rio de Janeiro e, des-

de então, a ANPROTEC tem realizado pro-

jetos, cursos e programas específicos vi-

sando fortalecer esta plataforma.

cubação de empresas – além do proces-

so de educação e formação, a Plataforma

de Promoção da Cultura de Empreendedo-

rismo Inovador também envolve as ativi-

dades que tratam da geração de idéias/

tecnologias e do desenvolvimento do pro-

jeto ou plano do futuro empreendimento.

Estas atividades podem ocorrer no âmbi-

to de um grupo de pesquisa, de um nú-

cleo de apoio ao empreendedorismo ou

mesmo na bancada de um laboratório.

• Programas de Inclusão Social e Econô-

mica – a atividade empreendedora basea-

da na inovação constitui uma das formas

mais justas, legítimas e efetivas de inclu-

são social e econômica. Diversas iniciati-

vas de articulação e mobilização no con-

texto de municípios, comunidades e ambi-

entes universitários têm sido desenvolvi-

das com sucesso, gerando empregos qua-

lificados, produtos inovadores e empreen-

dimentos no desenvolvimento local e se-

torial.

• Ações de Promoção e Conscientização –

não se constrói uma cultura em prol do

empreendedorismo inovador sem um for-

te processo de comunicação e sensibiliza-

ção. Estas ações contemplam hoje proje-

tos e programas no âmbito nacional, tais

como o Desafio SEBRAE e o “Empreender

é Show”, até no âmbito local, como cam-

panhas de divulgação junto a escolas e

municípios.

A Plataforma de Promoção da Cultura do

Empreendedorismo Inovador pode ser consi-

derada como a Plataforma Base deste novo

posicionamento do movimento e da ANPRO-

TEC. Sem um “campo fértil e preparado” não

há como “semear” novas incubadoras e par-

ques. Ainda há muito por fazer. Novas estra-

tégias e programas devem ser desenvolvidos

e implantados visando gerar mais e melho-

res empreendedores planejando seus futuros

negócios inovadores.

O QUE NÃO ÉDisciplina fácil na Universidade

para “passar de ano” com um

“projetinho de Plano de Negócios”.

Programas pirotécnicos de

mobilização comunitária sem

geração de resultados efetivos de

agregação de valor nos negócios.

Iniciativas no âmbito acadêmico ou

governamental motivadas “modismo ou

promoção pessoal” de curto prazo.

• Surgimento de Universidades e Esco-

las Técnicas com um posicionamento

de “instituição empreendedora” crian-

do programas efetivamente abrangen-

tes, completos e sistêmicos para pre-

parar e apoiar o empreendedorismo ino-

vador.

• Casos de sucesso de empresas esti-

mulando a cultura do empreendedoris-

mo internamente à organização, ampli-

ando ainda mais a abrangência desta

iniciativa.

• Programas de Empreendedorismo Inova-

dor junto à comunidades, visando iden-

tificar novas formas de conceber e de-

senvolver novos negócios com tecnolo-

gia apropriada e diferencial competitivo.

• Iniciativas concretas e bem estrutura-

das de pré-incubação junto a universi-

dades e centros geradores de conheci-

mento, caracterizadas muito mais pela

criação de um ambiente favorável e

estimulante do que pela implantação de

infra-estrutura.

“Para empreender com sucesso não bas-

ta apenas colocar idéias em prática. Isso

passou a ser lição de casa. Há que se inovar

de forma sistemática, ou seja, fazer da ino-

vação um valor da empresa, desde sua con-

cepção. O empreendedorismo inovador será

cada vez mais essencial aos que buscam

resultados grandiosos. Os que entenderem

como lidar com os desafios da competitivi-

dade não só vencerão, como se tornarão as

referências a ser seguidas.”

José Dornelas

Especialista em empreendedorismo

“Ainda há muito o que melhorar em termos de inovação tecnológica no Brasil e, decerto, os programas deincubação são ótimos caminhos para isso. Tais iniciativas permitem desenvolver idéias que poderiamnunca sair dos sonhos de empreendedores talentosos.”Cássio Aoqui – Editor de Negócios e Empregos do jornal Folha de São Paulo Fonte: Lócus nº 44 – setembro de 2005

(...continuação)

24

será possível...

foi possível...

está sendo possível...

Nos 20 anos de existência da ANPRO-

TEC muitas mudanças foram discutidas e

implementadas no movimento. Talvez ne-

nhuma tenha sido tão complexa e transfor-

madora quanto a discussão acerca de um

novo tipo de incubadora que começou a

surgir no Brasil no início da década de 90:

as então chamadas “Incubadoras Tradicio-

nais”.

A experiência de projetos de incubado-

ras de empresas atendendo empresas não

caracterizadas como “de base tecnológica”

já era conhecida em vários países, especi-

almente nos Estados Unidos. Entretanto,

mesmo no caso americano existiam certas

Foram necessários alguns anos. Mas valeu à

pena, pois hoje está muito mais claro para a AN-

PROTEC, para os parceiros do movimento e, prin-

cipalmente, para os líderes das incubadoras, que

quando se fala em “empreendedorismo inovador”

é preciso não esquecer da segunda parte do ter-

mo. Inovação é fundamental. Agregação de valor é

fundamental. Inserção de conhecimento é funda-

mental.

No entanto, tão “fundamental” quanto estes

direcionamentos, é reconhecer que inovação não

se faz apenas em setores de ponta. Pelo contrá-

rio, é possível gerar empreendimentos inovadores

em setores menos “badalados” que podem ser

tanto ou mais competitivos no âmbito local ou glo-

bal. Além disso, é possível, e necessário, criar em-

preendimentos que agregam inovação a outros se-

tores da economia, estes sim podendo apresentar

uma predominância de empresas “tradicionais e

convencionais”, nem por isso, desprovidas de com-

petências para concorrer e vencer em mercados

altamente competitivos.

A Plataforma de Incubação de Empresas orien-

tadas para o desenvolvimento local e setorial sur-

ge exatamente para preencher este espaço. Nova-

mente neste caso, a Plataforma de Empreendedo-

rismo Inovador deve se balizar pelos princípios di-

recionadores: resultados relevantes, atuação

abrangente, postura cooperativa e modelo flexí-

vel.

Não há dúvida de que o Brasil precisa muito

deste tipo de incubadora e já existem muitos ca-

sos de sucesso que permitem validar e comprovar

esta estratégia. Dentre estas experiências que já

estão em operação ou em fase de implantação, des-

tacam-se claramente algumas características prin-

cipais:

• Integração com Arranjos Produtivos - sintonia

com Arranjos Produtivos Locais e Cadeias Produ-

tivas visando criar e apoiar empresas inovado-

ras que: permitam preencher lacunas ou soluci-

onar gargalos nas cadeias produtivas estratégi-

cas; adensar e agregar valor aos APLs por meio

da inserção de tecnologia e inovação; promover

substituição competitiva de produtos, bens de

capital, insumos e tecnologias estratégicos para

a performance da cadeia.

• Ponto de Referência – incubadoras deste tipo

estão se consolidando com verdadeiros “hubs

de acesso” de Informação, conhecimento e ser-

viços para a região, contribuindo para a absor-

A Plataforma de incubação de empre-

sas orientadas para o desenvolvimento lo-

cal e setorial já apresenta um histórico res-

peitável no País. Mas o futuro promete ain-

da mais:

• Incubadoras deste tipo serão extrema-

mente relevantes para o futuro do de-

senvolvimento econômico e social de

diversas regiões do País.

• Incubadoras orientadas nesta direção

poderão se consolidar como referênci-

as físicas para os APLs da sua região

em função do papel estratégico que

assumirão como pontos de acesso e

disseminação de conhecimento e ino-

vação.

• Incubadoras neste segmento vão desen-

volver e implantar novos modelos para

ampliação radical do número de empre-

sas atendidas; do papel destas empre-

sas para o desenvolvimento local e se-

torial; e para a inovação tecnológica

destes setores.

• Empresas inovadoras criadas a partir

deste tipo de plataforma serão decisi-

vas para o desenvolvimento de soluções

e tecnologias essenciais para a com-

petitividade de APLs e cadeias produ-

tivas estratégicas para o País.

“Minimização de gargalos no acesso a mer-

cados; fortalecimento do empreendedorismo

local; maior articulação política que gera mai-

or visibilidade das MPEs; favorecimento do

processo de inovação; criação de novas prá-

ticas para a interação entre diversos atores;

e uma maior ancoragem local com a inser-

ção das MPEs em arranjos locais.”

Francilene Procópio

Diretora Geral da Fundação Parque

Tecnológico da Paraíba

O QUE ÉIncubadoras totalmente sintonizadas

com os principais desafios e demandas

dos APLs de sua região.

Empreendimentos incubados

interagindo com as cadeias produtivas

estratégicas do país.

Iniciativas de Empreendedorismo Social

Inovador em áreas que promovam o

desenvolvimento sustentável (social,

econômico e ambiental).

Incubação orientada para o

(continua...)

“Concebida por empreendedores que privilegiam o conhecimento como indutor para a criatividade einovação, a Anprotec vem se consolidando como interlocutora imprescindível na gestão e concepção das

políticas públicas para a implantação de incubadoras, parques, pólos e tecnólopes e associados.”

José Rincon Ferreira - Coordenador Nacional dos Telecentros/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

25

será possível...

distorções que passaram a gerar diversas po-

lêmicas junto aos ambientes governamentais,

acadêmicos e empresariais brasileiros.

Se por um lado existia a convicção de que

o Brasil não podia querer apenas gerar novas

empresas nos setores chamados “de ponta”,

também havia um consenso de que não era

possível incluir no contexto do movimento pro-

jetos de incubadoras focadas em apoiar em-

presas totalmente convencional, sem qualquer

diferencial de inovação ou agregação de tec-

nologia.

A ANPROTEC não fugiu desta discussão e,

juntamente com seus associados, especial-

mente aqueles que lideram projetos nesta

área, promoveu treinamentos, atraiu especia-

listas estimulou debates e propôs encaminha-

mentos no sentido de aprofundar a reflexão e

o posicionamento acerca do tema.

O resultado deste processo foi extremamen-

te gratificante e decisivo para o futuro do mo-

vimento e para a ANPROTEC. Se por um lado

não faz sentido limitar os mecanismos de pro-

moção de empreendedorismo inovador ao seg-

mento de alta tecnologia, especialmente num

país em desenvolvimento como o Brasil, por

outro, não faz sentido criar incubadoras preo-

cupadas apenas em prestar suporte a empre-

endimentos que não “fazem a diferença” em

termos de inovação e agregação de valor.

ção e desenvolvimento de novas tecnologias e

a introdução de inovações em produtos e servi-

ços de empresas já estabelecidas.

• Criação de Novas Cadeias Produtivas – este

tipo de plataforma tem contribuído também para

a nucleação e fortalecimento de novas cadeias

e arranjos produtivos em setores não necessa-

riamente de base tecnológica mas suficiente-

mente inovadores para poderem oferecer pro-

dutos e serviços a setores já estabelecidos

dentro de bases competitivas de qualidade, tec-

nologia e preço.

• Programas de Desenvolvimento Comunitário,

Local e Regional – um dos desafios que as in-

cubadoras deste tipo vêm enfrentando e soluci-

onando é o de criar novas estratégias de de-

senvolvimento baseadas no empreendedorismo

inovador para comunidades de grandes cidades,

para cidades de médio e pequeno porte ou mes-

mo para regiões formadas por cidades com vín-

culos econômicos, culturais ou sociais.

• Ampliação dos Limites de Atendimento e Su-

porte – As incubadoras orientadas para o de-

senvolvimento regional e setorial têm atuado

cada vez mais no sentido de incubar empresas

na modalidade não residente (associada) e de

atender empreendedores e empresas da região

interessadas em acessar informação, conheci-

mentos e tecnologias.

Neste momento em que são grandes as pers-

pectivas de crescimento do país, nunca foi tão

evidente a oportunidade e a necessidade de se

criar e desenvolver empreendimentos inovadores

capazes de atuar de forma sinérgica com empre-

sas de setores estratégicos para a economia do

país. Estes setores vislumbram grandes oportuni-

dades de crescimento e, ao mesmo tempo, estão

sendo ameaçados por empresas de outros paí-

ses que se diferenciam pelo custo ou pela inova-

ção. Reduzir custos e aperfeiçoar qualidade é uma

responsabilidade indelegável destes setores mas

agregar inovação é algo que pode ser feito por

meio de empreendimentos inovadores gerados em

incubadoras e que mantém vínculos com universi-

dades, centros de pesquisa e de informação. O

espaço de atuação é imenso, seja no campo in-

dustrial (metal mecânico, têxtil/confecções, mo-

veleiro, etanol, etc), como no setor de serviços

(logística, transportes, segurança, etc) e no de

agronegócios (agricultura, avicultura, suinocultu-

ra, pecuária, alimentos orgânicos, etc)

O QUE NÃO ÉIncubadoras que “não fazem a

diferença” para suas cidades ou regiões.

Empreendimentos sem qualquer

diferencial tecnológico ou característica

inovadora utilizando a incubadora como

estratégia de redução de custo.

Programas assistencialistas de inclusão

social que não se preocupam com a

sustentabilidade e o caráter inovador do

empreendimento.

“O empreendedorismo popular ganha uma

nova dimensão a cada dia e ocupa espaço

nas políticas publicas visando não só o bem

estar do indivíduo, principalmente, a cons-

trução de um modelo de desenvolvimento

capaz de modificar o crítico retrato de dife-

renças sociais hoje tão presente e que só

tem se revelado em fator de violência e atra-

so ao País.”

Gonçalo Guimarães

Coordenador da ITCP

• Incubadoras desta natureza se con-

solidarão em plataformas para ativi-

dades de animação e mobilização

das cadeias por meio de realização

de feiras, palestras, encontros, etc.

• Os serviços de suporte deste tipo de

incubadora serão estendidos às em-

presas da região, especialmente

aqueles relacionados a acesso ao ca-

pital, tecnologia/informação e capa-

citação.

• Programas de apoio ao desenvolvi-

mento de empreendimentos inovado-

res na área social e ambiental esta-

belecerão uma nova forma de promo-

ver a inclusão econômica e social.

• Incubadoras orientadas para o desen-

volvimento de empresas focadas nos

desafios da região e dos setores em-

presariais prioritários .locais/nacio-

nais se consolidarão como âncoras

do processo de difusão de tecnolo-

gia e inovação.

Desenvolvimento Local e Setorial

(...continuação)

“O movimento de fomento a empreendimentos inovadores, que comemora 20 anos, cumpre um papel importante na constituição de umnovo contingente de empreendedores mais focados com a Sociedade do Conhecimento e na agregação de valor a produtos e serviços,

onde a Anprotec, ao aglutinar todas estas experiências contribui para a construção de um novo modelo de desenvolvimento sustentável.”

Paulo Alvim - Gerente do Sebrae Nacional

26

Incubação de empresasgeração e uso intenso

“São 20 anos de incubadoras no Brasil e são 20 anos de ANPROTEC – Fortalecendo este movimentoe apoiando as empresas inovadoras que geram riqueza e ajudam o desenvolvimento do País.”

Christiano Becker - Diretor da Anprotec

será possível...

foi possível...

está sendo possível...

O fenômeno de crescimento das incuba-

doras no país começou com as então cha-

madas “incubadoras de base tecnológica”,

que começaram a surgir na metade da dé-

cada de 80 e estabeleceram os primeiros

casos reais de empreendedorismo inovador

no Brasil.

Naquela época era difícil prever se o país

tinha “capacidade e potencial para abrigar

5, 10 ou 100 incubadoras”. Como sempre,

o tempo ficou responsável em responder

esta questão e hoje são quase 200 as incu-

badoras que autodenominam de “incuba-

doras tecnológicas”.

Várias são as razões para o surgimento

relativamente precoce deste tipo de incuba-

Nos últimos anos a ANPROTEC vem se mo-

bilizando para tornar mais claro o papel e o

futuro das então “incubadoras tecnológicas”.

O resultado desta reflexão, como ilustrado no

novo modelo de atuação do movimento, é o

posicionamento deste tipo de incubadora como

Plataforma para Incubação de empresas orien-

tadas para geração e uso intenso de tecnolo-

gia. Da mesma forma, como ocorre nos outros

casos mencionados, este reposicionamento

como Plataforma de Promoção de Empreende-

dorismo Inovador leva consigo a responsabili-

dade e a oportunidade de ampliar e aprofun-

dar a forma de atuação deste tipo de incubado-

ra.

Deixa-se de atuar simplesmente como am-

biente para incubar empresas de tecnologia e

passa-se a confrontar com novos desafios e

formas de atuação que já estão sendo experi-

mentadas mais intensamente em países de-

senvolvidos ou emergentes e, pontualmente,

por algumas incubadoras brasileiras. Este novo

posicionamento implica em:

• Criar empresas com foco no mercado glo-

bal – o que exige uma nova competência

por parte da incubadora em avaliar tanto o

grau de inovação do produto/serviço propos-

to pela empresa como a realidade e carac-

terísticas do mercado a ser explorado.

• Focar em empresas de alto valor agregado

e potencial de crescimento – este tipo de

incubadora deve se concentrar em prospec-

tar, estimular e desenvolver empresas nas-

centes que se diferenciem por criar soluções

inovadoras com alto valor agregado (intenso

em conhecimento) e grande potencial de cres-

cimento. Somente desta forma é possível re-

troalimentar o sistema de pesquisa e desen-

volvimento, viabilizando um círculo virtuoso.

• Atuar com mecanismo avançado de transfe-

rência de tecnologia – o novo posicionamen-

to como plataforma de promoção de empre-

endedorismo oferece a condição de a incuba-

dora exercer funções naturais de suporte ao

empreendimento no sentido de facilitar o re-

lacionamento com os centros produtores de

conhecimento, em especial as universidades,

experimentando e consolidando mecanismos

eficazes de transferência de tecnologia.

• Fortalecer a fase de pré-incubação – o su-

cesso futuro dos empreendimentos inovado-

res de uma incubadora desta natureza depen-

de diretamente do processo de gênese da

As Plataformas de Incubação de Em-

presas orientadas para a geração e o

uso intenso de tecnologias podem, e

devem, contribuir decisivamente para

a inserção definitiva do Brasil na cha-

mada economia do conhecimento. Para

isso, é preciso que:

• As incubadoras se consolidarem

como verdadeiras “fábricas de em-

presas vencedoras”, catalisando e

orientando o desenvolvimento de

negócios altamente inovadores a

partir de centros de conhecimento

de alta qualidade.

• As incubadoras serão percebidas

como legítimos “faróis de inovação”,

gerando empresas de alto valor agre-

gado tecnológico e atuando como

ponto de referência para futuros

empreendedores.

• Este novo conceito de incubadora

deverá atrair investidores, especia-

listas e parceiros interessados em

contribuir com o desenvolvimento

das empresas.

O QUE ÉIncubadoras com uma intensa e sólida

relação com núcleos de geração de

conhecimento em universidades e

centros de pesquisa.

Portfólio de serviços de suporte às

empresas totalmente planejado para

promover um processo de incubação

de alto crescimento.

Incubadora conectada com rede de

investidores, angels, especialistas em

mercado e outros parceiros estratégicos.

“O papel da inovação gerada nos parques e

incubadoras é a ousadia. Em Santa Catari-

na, ousamos no passado com um dos pri-

meiros Parques Tecnológicos do Brasil e,

atualmente, com sapiens parque , o pólo

de exportação de Games e a presença de

pontos avançados de nossas incubadoras

na Europa”.

Luiz Henrique da Silveira

Governador de Santa Catarina

(continua...)

27

orientadas para ade tecnologia

será possível...

dora no Brasil:

• Demanda reprimida de empreendimentos

inovadores que começaram a surgir a partir

de universidades e centros de pesquisa em

todo o país.

• Ausência de cultura e de mecanismos de

interação universidade-empresa, abrindo

espaço para novos modelos como incuba-

doras.

• Referências mundiais na área de incubado-

ras inspirando e apoiando o desenvolvimen-

to de projetos nacionais.

O fato é que o fenômeno proliferou e esta-

beleceu as bases conceituais, técnicas e insti-

tucionais do próprio movimento de incubado-

ras e parques no país. Foram os primeiros su-

cessos, e também fracassos, deste tipo de in-

cubadora que contribuíram para construir a vi-

são e identidade da ANPROTEC nos primeiros

anos.

Ao longo destes 20 anos a ANPROTEC e o

movimento aprenderam muito sobre o desafio

de incubar empresas de base tecnológica. Mui-

tas universidades e centros de pesquisa se

conscientizaram sobre a importância das incu-

badoras como instrumentos de transferência de

tecnologia e promoção da inovação. A socieda-

de como um todo pode perceber os resultados

deste tipo de incubadora na forma de empre-

sas altamente inovadoras e diferenciadas, atu-

ando em mercados bastante complexos e com-

petitivos.

idéia, da tecnologia e do projeto do empre-

endimento, que ocorre ainda no âmbito dos

laboratórios de pesquisa e desenvolvimen-

to. Desta forma, é fundamental que haja uma

atuação sistêmica e integrada da incubado-

ra ainda na fase de pré-incubação, prestan-

do o suporte estratégico e técnico ao futuro

empreendimento.

• Funcionar com “Experimento” de políticas

e estratégias de desenvolvimento científi-

co e tecnológico – como já ocorre em diver-

sos casos no Brasil e no mundo, a incuba-

dora pode se transformar num ambiente de

“laboratório” para implementação de estra-

tégias de inovação por meio do investimen-

to em áreas de conhecimento prioritárias.

Este potencial é facilmente observado em

incubadoras que se concentram em setores

como software, biotecnologia, entre outros,

em que é possível avaliar claramente a dinâ-

mica do fluxo de inovação envolvendo núcle-

os de pesquisa de universidades, empreen-

dimentos nascentes e o próprio mercado.

• Atuar como “acelerador” do processo de

desenvolvimento da Empresa – este novo

conceito de incubadora exige que os associ-

ados da ANPROTEC revisem e reavaliem seus

processos de incubação, buscando elevar a

performance em indicadores como tempo de

incubação, taxa de crescimento das empre-

sas, rentabilidade e valor potencial do em-

preendimento para fins de negociação.

• Intensificar a relação com Angels, investi-

dores e mercado de capital – como platafor-

ma de promoção de empreendimentos de

alto crescimento e valor agregado, este tipo

de incubadora deve ampliar a rede de aces-

so a capital, visando disponibilizar novas al-

ternativas de investimento e financiamento

aos empreendedores.

A atuação da incubadora dentro deste novo

posicionamento está fazendo com que muitos

dos associados da ANPROTEC adotem mode-

los inovadores na relação com as universida-

des, com o setor privado e com as próprias

entidades gestoras. O novo conceito de plata-

forma acaba levando a incubadora a ampliar os

seus limites de atuação em direção das univer-

sidades e do mercado. O escopo de atuação

torna-se mais complexo mas, por outro lado, o

serviço de suporte faz a diferença para uma

empresa que tem efetivo potencial de se trans-

formar num grande sucesso.

O QUE NÃO ÉIncubadoras que abrigam empresas sem

um diferencial tecnológico relevante.

Empresas com projetos “curiosos”,

fortemente influenciados por convicções

personalistas e desprovidas de

qualquer consistência mercadológica ou

empresarial.

Incubadoras isoladas do ambiente, sem

conexões e relacionamentos tanto no

ambiente acadêmico como empresarial.

• As incubadoras estarão capacitadas

para orientar as empresas no seu

processo de alto crescimento, aju-

dando a alavancar conhecimento,

negócios, financiamento e investi-

mento.

• A taxa de crescimento média das

empresas geradas neste tipo de in-

cubadora será muito superior à taxa

de crescimento do país.

• As empresas inovadoras desenvol-

vidas neste tipo de plataforma se-

rão orientadas para o mercado glo-

bal, estando preparadas para com-

petir no exterior ou no país com os

concorrentes internacionais mais

bem preparados.

• As universidades e centros de pes-

quisa associados a estas incubado-

ras apresentarão os maiores índices

nacionais de registro de patente,

transferência de tecnologia e pré-

incubação de empresas.

A ANPROTEC prestou um inestimável serviço de divulgação dessa nova indústria docapital empreendedor no País e de apoio ao preparo dos empreendimentos e dosempreendedores para viabilizar negócios vencedores.Clóvis Meurer - Diretor-superintendente da CRP Companhia de Participações

“Como crescer sem nascer? O movimento

gera os novos empreendimentos que preci-

samos.”

José Alberto Aranha

(...continuação)

28

será possível...

Parques

““Parques tecnológicos são ambientes de

inovação fundamentais para o desenvolvi-

mento de pólos tecnológicos e de desenvol-

vimento regional,integrando universidades,

empresas âncora e empreendimentos nas-

centes”.

Carlos Alberto Schneider

Superintendente geral da Fundação Certi

foi possível...

está sendo possível...

A primeira ação formal do país na área do

empreendedorismo inovador foi o lançamento

do Programa de Parque Tecnológicos, criado

pelo CNPq em 1984. Esta experiência pionei-

ra se destaca pela simultaneidade com outros

programas que começavam a ser implantados

em países com mais tradição que o Brasil na

área de empreendedorismo e inovação.

Apesar disso, os projetos de Parques Tec-

nológicos não avançaram como se esperava,

acabando por se transformar nas primeiras in-

cubadoras brasileiras. Esta mudança é perfei-

tamente compreensível quando se analisa o

fato histórico depois de tantos anos, já que o

país não apresentava uma massa crítica de

empresas inovadoras demandando uma solu-

ção como um Parque Tecnológico nem conta-

va na época com mecanismos eficazes para

suporte e apoio a empresas nascentes.

Assim, o tema dos Parques ficou adorme-

cido por quase uma década. Foi na primeira

metade da década de 90 que surgiram fisica-

mente os primeiros Parques Tecnológicos no

O desafio do momento é fazer com que os

Parques Tecnológicos se consolidem efetivamen-

te como Plataformas estruturantes de promoção

de empreendimentos inovadores. O papel e o

espaço para estes projetos são evidentes, já que

se trata de “complexos de desenvolvimento eco-

nômico e tecnológico que visam fomentar eco-

nomias baseadas no conhecimento por meio da

integração da pesquisa científica-tecnológica,

negócios/empresas e organizações governa-

mentais em um local físico, e do suporte às in-

ter-relações entre estes grupos. Além de prover

espaço para negócios baseados em conhecimen-

to, PCTs podem abrigar centros para pesquisa

científica, desenvolvimento tecnológico, inova-

ção e incubação, treinamento, prospecção,

como também infra-estrutura para feiras, expo-

sições e desenvolvimento mercadológico. Eles

são formalmente ligados (e usualmente fisica-

mente próximos) a centros de excelência tec-

nológica, universidades e/ou centros de pes-

quisa.” (UNESCO e IASP).

Os projetos de Parques Tecnológicos em de-

senvolvimento no país atualmente estão sinto-

nizados com esta definição e buscam, essenci-

almente:

• Promover a interação universidade empresa

por meio de atividades cooperativas de pes-

quisa e desenvolvimento;

• Apoiar o crescimento de novos negócios e

agregar valor a empresas maduras que bus-

cam um ambiente mais adequado para se es-

tabelecer definitivamente;

• Promover o desenvolvimento econômico e a

competitividade de regiões e cidades;

• Facilitar a criação e o crescimento de empre-

sas baseadas na inovação;

O QUE ÉProjetos complexos e diversificados que

envolvem aspectos imobiliários e

elementos relacionados ao processo de

inovação tecnológica.

Ambientes para promoção e apoio ao

empreendedorismo inovador, integrando

universidades, empresas, incubadoras e

centros de pesquisa.

Empresas efetivamente orientadas para

inovação e interessadas em desfrutar de

um ambiente dinâmico

As oportunidades e os desafios rela-

cionados ao processo de desenvolvimen-

to e implementação dos Parques Tecno-

lógicos no País exigirá soluções e estra-

tégias ousadas e fortes, tais como:

• Estruturação de uma Política Nacio-

nal de Apoio a Parques Tecnológicos,

integrando as esferas do Governo Fe-

deral (diversos Ministérios), Estadual

e Municipal;

• Consolidação desta Política na forma

de marcos regulatórios e Programas

de Apoio com recursos relevantes, es-

táveis e assegurados;

• A Política deve se desdobrar na forma

de um Sistema Nacional de Parques

Tecnológicos, conectado e integrado

com os Sistemas Estaduais;

(continua...)

“O papel das incubadoras de empresas e parques tecnológicos foi e continua sendo essencial para ainovação e o desenvolvimento sócioeconômico nacional. Estes ‘berços’ proporcionam as condições ideaispara a construção de negócios sustentáveis, partindo de sua concepção à consolidação mercadológica.”

Mauricio Schneck - Diretor de Inovação e Competitividade Empresarial do Porto Digitatl e Coordenador da Rede Pernambucana de Empreendimentos Inovadores

29

será possível...

Tecnológicos

País, concentrando-se no atendimento a empre-

sas egressas das incubadoras ou já existentes

na região do entorno.

Entretanto, foi somente no início do século 21

que o Brasil começou a experimentar uma onda

de novos projetos de Parques Tecnológicos, sur-

gindo, principalmente, devido a fatores como:

• Demanda por parte das empresas geradas ou

graduadas em incubadoras (cerca de 6000

no total) por manter-se instaladas em ambi-

entes propícios ao empreendedorismo e ino-

vação;

• Capacidade instalada de pesquisa e desen-

volvimento nas universidades brasileiras é

bastante significativa e atua como elemento

estimulador do processo de criação de empre-

sas inovadoras;

• Crescimento do interesse e investimentos in-

ternacionais no país, resultando na atração de

empresas estrangeiras acostumadas em ope-

rar em Parques;

• Experiência bem sucedida de países como Es-

panha, Finlândia, França, Estados Unidos, Co-

réia, Taiwan, entre outros, que têm demons-

trado o potencial efetivo dos Parques Tecnoló-

gicos em promover desenvolvimento econômi-

co, inovação e empreendedorismo;

• Necessidade do país definir estratégias e pro-

gramas sistêmicos para promover o crescimen-

to e fortalecimento de determinados setores

da economia com potencial de atuação no mer-

cado internacional;

• Estados e Municípios anseiam por novas es-

tratégias de promoção de desenvolvimento

sustentado em setores com potencial de com-

petitividade global.

O resultado destes fatores foi um crescimento

acentuado no número de projetos de Parques Tec-

nológicos, atingindo atualmente cerca de 55 em-

preendimentos em fase de operação, implantação

ou planejamento. Foram mais de 20 anos desde

o início desta jornada. Os poucos casos existen-

tes já demonstram a validade e pertinência deste

mecanismo para o desenvolvimento do país. A

grande questão é definir como avançar de forma

sustentável.

• Fomentar o empreendedorismo e a incuba-

ção de start-ups;

• Estimular e gerenciar o fluxo de conhecimen-

to e tecnologia entre as universidades, insti-

tuições de P&D, empresas e mercado;

• Prover um ambiente onde empresas basea-

das em conhecimento podem desenvolver in-

terações/sinergias com centros de conheci-

mento visando benefícios mútuos;

• Construir espaços atraentes para “profissio-

nais do conhecimento”;

• Consolidar uma rede de projetos de referên-

cia em desenvolvimento sustentável econô-

mico, social, ambiental e tecnológico;

Em meio ao processo de cumprir com estes

objetivos, o movimento de Parques Tecnológicos

brasileiro se defronta com alguns temas desafia-

dores:

• Articular e coordenar as diversas iniciativas

de parques para evitar uma “Bolha de Cres-

cimento”;

• Mudar profundamente a cultura das universi-

dades para aproveitar melhor os ativos de

conhecimento já acumulado e investir cada

vez mais no sentido do empreendedorismo e

da inovação;

• Sintonizar a Estratégia de Implantação dos

PCTs com as prioridades nacionais e tendên-

cias internacionais;

• Aportar recursos financeiross governamentais

significativos para “fazer a diferença” no mer-

cado global e definir regras claras, com segu-

rança jurídica, para a atração intensiva de

capital privado;

• Definir uma Política Nacional de Apoio a PCTs

estabelecendo claramente o papel dos vários

atores (governo, universidades, setor privado).

O QUE NÃO ÉProjetos focados exageradamente no

aspecto imobiliário, aproximando-se de

condomínios e distritos industriais.

Espaços dotados de infra-estrutura

para abrigar empresas de

tecnologia sem disponibilizar sistemas

e mecanismos de interação

com universidades.

Empresas interessadas unicamente em

espaços urbanisticamente aprazíveis e

de baixo custo.

• É importante reconhecer que, tanto aPolítica como o Sistema exigem umaabordagem interministerial em funçãoda transversalidade do tema, que en-volve demandas e apoios de ministéri-os diversos como MCT, MDIC, MEC,MinCidades, etc;

• Será necessário adotar critérios e es-tratégias claras para “fazer escolhas”

sobre os investimentos a serem reali-zados, levando em consideração o po-

tencial tecnológico e empresarial dospotenciais projetos de parques tecno-lógicos.

• A viabilização dos Parques exige umanova engenharia financeira e de inves-

timentos que deve contemplar a parti-cipação das três esferas de governoe, principalmente, do setor privado.

• É preciso ficar claro para os atores en-volvidos que não se pode construir pro-

jetos vencedores mundialmente sem

investimentos significativos em infra-estrutura básica (urbanização) e infra-estrutura tecnológica (laboratórios,equipamentos, etc).

• O Brasil deve maximizar o potencial de

integração internacional tanto no âm-bito dos Parques Tecnológicos comodas empresas instaladas.

“Os Parques Científicos e Tecnológicos bra-

sileiros tem potencial para se transforma-

rem em ambientes de inovação e pesquisa

de classe mundial em áreas de alta tecnolo-

gia, posicionando o País como protagonista

no processo de atração de investimentos

internacionais e propiciando a criação e de-

senvolvimento das empresas nacionais, ge-

rando oportunidades para nossa gente e

desenvolvimento econômico e social.”

Jorge Audy

Pró-reitor de Pesquisa e Pós-

graduação da PUC-RS

(...continuação)

Ações na área do empreendedorismo valorizam os comportamentos proativos, com os habitats de suporte àinovação como as incubadoras e parques tecnológicos. Para a UTFPR, a ANPROTEC tem sido importante paraqualificação dos nossos gestores e decisiva no movimento de empreendedorismo inovador.

Eden Netto - Reitor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná

30

O Reposicionamento Estratégico signifi-

ca, na prática, um grande e profundo pro-

cesso de mudança no movimento de incu-

badoras e parques no sentido de buscar

mais e melhores resultados, tornando os

projetos mais relevantes e, consequente-

mente, permitindo atrair mais recursos e

investimentos.

Como foi evidenciado até aqui, as quatro

esferas de atuação certamente envolvem ní-

veis e categorias de atenção diferentes em

função de suas peculiaridades. Entretanto, é

possível identificar todo um conjunto de ino-

vações relativamente comuns aos quatro

segmentos, que deverão surgir e ser incor-

poradas ao movimento nos próximos anos,

tornando-o mais eficiente e significativo.

• Programas de Pré-incubação coletiva e em

parceria, visando integrar incubadoras e

parques num conceito de redes coopera-

tivas em torno de centros de geração de

conhecimentos.

• Programas de pós-graduação mais orien-

tados para projetos com potencial de ge-

ração de empreendimentos.

• Prospecção e seleção de projetos de for-

ma cooperativa/coletiva, utilizando recur-

sos de parceiros.

• Integração do processo de seleção de em-

preendimentos com iniciativas de premia-

ção e concursos de empreendedorismo.

• Integração das

ações de seleção

de empreendi-

mentos para in-

cubadoras e par-

ques com Progra-

mas de Educa-

ção Empreende-

dora.

• Geração de edi-

tais para apoio a

incubadoras e

parques com fo-

cos temáticos

muito específicos

e direcionados

para prioridades

de políticas púbi-

cas nacionais e

regionais.

• Construção coo-

perativa de Roa-

dMaps de Oportunidades/Prioridades Tec-

nológicas na lógica de Observatórios de

Inovação, visando fornecer subsídios tan-

to para as incubadoras como para as em-

presas.

• Indução/orientação de projetos de incu-

badoras e parques no contexto de cadei-

as produtivas com grandes oportunidades.

• Programas de capacitação à distância,

padronizados, customizados e de alto ní-

vel.

• Programas de capacitação desenvolvidos

e disponibilizados por entidades parcei-

ras.

• Portfólio de serviços de suporte vincula-

dos a indicadores de desempenho da in-

cubadora, do parque e da empresa.

• Sistemas regionais e/ou nacionais e/ou

internacionais cooperativos de prestação

de serviços em temas específicos como

acesos a mercado e capital.

• Disponibilização do portfólio de capacita-

ção e serviços a empresas graduadas e

potenciais empreendedores.

• Indicadores absolutamente padroniza-

dos entre as incubadoras e parques

para possibilitar comparação/bench-

mark.

• Estabelecimento de sistemas de cre-

denciamento e certificação de siste-

mas e procesos.

• Sistema de Marketing/Comercializa-

ção de Inovações com definição clara

do papel do empreendedor, da incuba-

dora, do gestor

da incubadora e do agente comercial.

• Base de informações para inteligência

em negócios confiável e abrangente.

• Rede local de agentes comercial/ne-

gócios com relação baseada em per-

formance.

• Operações piloto com parceiros “incu-

badoras” em países com grande poten-

cial de mercado.

• Orientação dos processos de marketing

com base em estudos prospectivos e

de mercado de alto nível.

• Criação de operações-programa junto

a grandes agentes do sistema financei-

ro (BB, CAIXA, bancos privados, etc).

• Desenvolvimento ou viabilização de so-

luções compartilhadas na área finan-

ceira tais como cooperativa de crédito,

fundo de aval, fundo de investimento

“operado” pelo Sistema de Incubação.

• Operações-programa de financiamen-

to para os compradores/clientes das

empresas de parques e incubadoras.

• Operação programa de financiamento

do “ciclo” de desenvolvimento tecno-

lógico, contemplando o ciclo de vida de

produtos das empresas e evitando par-

ticipação em editais desconectados.

• Estruturação de um programa de MBA

de alto nível para formação de uma

massa crítica do movimento.

• Análise e disponibilização de soluções

de TI customizadas para a gestão dos

processos críticos das incubadoras,

parques e empresas inovadoras.

Inovações decorrentes doReposicionamento Estratégico

“Os vinte anos de organização deste movimento no país provam sua eficácia através de resultados concretos, que são disponibilizados para asociedade em geral. Eles também evidenciam a eficiência do trabalho da Anprotec, que canaliza todas as forças necessárias em prol da manutenção

de um ambiente extremamente diferenciado para o surgimento e para o desenvolvimento de empreendimentos inovadores e competitivos.”

Rogério Abranches - Presidente da Rede Mineira de Inovação

“Em seus 20 anos a ANPROTEC consolida-

se como catalisadora do movimento nacio-

nal pró-inovação e empreendedorismo. No

momento de reflexão sobre o impacto dos

diversos ‘brasis’ e suas realidades, nas

ações e resultados das incubadoras, a nos-

sa Associação começa a escrever uma nova

história e deve oferecer serviços que permi-

tam a estruturação dos novos CERNEs.”

Emerson Corazza

Coordenador da Rede Sul Mato-grossense

de Incubadoras

A Aventura dos

Empreendedores

32

será possível...

foi possível...

está sendo possível...

Uma idéia criativa e viável, quando alimenta-

da por condições tecnológicas e suportada

por investimento adequados, tem todo o po-

tencial para se tornar um grande negócio

Wolney Betiol

Co-fundador e Presidente do Conselho de

Administração da Bematech

Fonte: Revista Lócus 48 – Abril/Maio de 2007

Inovação: dar efeito de novo, novidade. Atradução da palavra já diz o que uma incuba-dora deseja de uma empresa que quer en-trar no mercado. A seleção é sempre criteri-osa e busca produtos que transmitam origi-nalidade.

O comprometimento com a inovação au-xilia e direciona o país ao crescimento. Semtecnologia e inovação não há desenvolvimen-to. Para isso, muitas empresas investem naárea de tecnologia, que é abundante em no-vas idéias. De acordo com a pesquisa PA-NORAMA 2006, realizada pela Anprotec, 41%das incubadoras existentes no Brasil atuamexclusivamente na área tecnológica. Issoinclui a nanotecnologia, biotecnologia, infor-mática, eletrônica, robótica, mecânica, en-tre outras.

O movimento de incubadoras de empre-sas e parques tecnológicos passou a ser de-nominado de empreendedorismo inovador

por suas idéias originais. A maioria dos pro-dutos desenvolvidos dentro deste ambienteé inédita ou possui algo diferente daquelesjá comercializados no mercado. As empre-sas que investem na inovação, muitas ve-zes, são consideradas referências em suasáreas e se destacam no mercado.

A raiz desta capacidade inovativa normal-mente reside numa universidade ou centrode tecnologia com capacidade de pesquisae desenvolvimento. Este tipo de ambientecria as condições para que pessoas comperfil empreendedor atuando no contextodesta unidades de P&D identifiquem oportu-nidades para transformar uma idéia ou co-nhecimento num produto de sucesso nomercado. Esta é a história básica de muitase muitas empresas que surgiram em incu-badoras nos últimos 20 anos e hoje consti-tuem grandes exemplos de sucesso no mer-cado.

Meantime

Desenvolvimento e

Exportação de

Software S/A

Vencedora doPrêmio Anprotecde Melhor Empre-sa Incubada de 2006, a Meantime Desenvol-vimento e Exportação de Software é uma em-presa residente no Centro de Estudos Avança-dos do Recife (CESAR). Seu foco principal é osegmento de jogos para celulares.

A empresa começou em janeiro de 2001 ehoje exporta jogos para os Estados Unidos ealguns países da Europa, Ásia e América Lati-na. A Meantime combinou o acesso privilegia-do à tecnologia de desenvolvimento de jogospara celulares com parcerias estratégicas. Elafoi uma das pioneiras na utilização do JavaMicro Edition (JME) no mundo, no qual rece-beu para testes um dos primeiros protótiposde celulares da Motorola.

O reconhecimento veio ao longo dos anos.Um deles com o Ásia Java Móbile Chellenge,promovido pela Singapure Telecommunicati-ons, em 2002. Na ocasião dois jogos – SeaHunter e Gold Hunter - concorreram com maisde mil aplicativos de 23 países diferentes. OSea Hunter foi o único ganhador do continenteamericano, deixando a Meantime no topo doranking de qualidade internacional.

Trilha Desenvolvimento de Projetos

Ganhadora do Prêmio Anprotec de MelhorEmpresa Graduada em 2005, a Trilha Desen-volvimento de Projetos tem como principal mis-são transferir tecnologia e conhecimento ino-vador para empresas industriais e de serviços,ampliando o conteúdo e a utilidade de pesqui-sas realizadas em universidades e centros tec-nológicos, com o objetivo de melhorar a com-petitividade das empresas e assim contribuirpara a geração de riqueza e de novos empre-gos na sociedade.

Graduada pela Incubadora do Instituto Na-cional de Tecnologia (INT), a empresa existedesde 1985. Atua na área de desenvolvimen-to de simuladores de apoio e planejamento deprocessos fabris e para capacitação de recur-sos humanos. Em sua trajetória, empresascomo Honda, Siemens, Nokia, Companhia Si-derúrgica Nacional (CSN), Sony, XEROX e Phi-lips fizeram parte de sua carteira de clientes.

Nas edições de 2004, 2005 e 2006 do Prê-mio FINEP de Inovação Tecnológica, havia 5empresas de incubadoras dentre as 15 fina-listas nacionais nas categorias “Produto”, Pro-cesso” e “Pequena Empresa” . Ou seja, 33%dos Premiados em Inovação pela FINEP nas-ceram em incubadoras.

Para continuar sendo uma referência de

inovação no mundo empresarial brasileiro,

as empresas de incubadoras e parques tec-

nológicos precisam de mais suporte na for-

ma de políticas públicas e estratégias con-

sistentes de apoio, tais como:

• Sistemáticas mais simples que facilitem

a relação com universidades, assegu-

rando um acesso rápido à base de co-

nhecimentos científicos e tecnológicos;

• Programas de financiamento e fomen-

to à inovação com uma estrutura am-

pla e integrada, permitindo o apoio fi-

nanceiro ao longo de todo o ciclo de de-

senvolvimento da empresa de forma

contínua e confiável;

• Estabilidade das políticas industriais e

tecnológicas do País, assegurando às

empresas a possibilidade de planejar

minimamente o futuro com perspectiva

de continuidade das políticas públicas;

• Ampliação dos recursos de subvenção

e fomento dedicados exclusivamente à

empresas nascentes de universidades

e apoiadas por incubadoras;

• Intensificação do apoio e suporte às em-

presas nascentes por parte de órgãos

de governo relacionados com o proces-

so de qualificação e domínio tecnológi-

co das inovações, tais como INMETRO

e INPI;

• Participação mais relevante das empre-

sas de incubadoras e parques no pro-

cesso de inovação tecnológica de se-

tores prioritários para a economia do

País.

Empresas de incubadoras e parques sãoCampeãs da Inovação

No Brasil, existe um movimento importante de empreendedorismo, percebido por meio dasincubadoras – que são uma forma de criar modelos de negócios e produtos adequados à realidade.

Wolney Betiol - Co-fundador e Presidente do Conselho de Administração da Bematech

Fonte: Revista Lócus 48 – Abril/Maio de 2007

33

será possível...

foi possível...

está sendo possível...

A grande maioria das incubadoras de em-presas no Brasil está associada à ambien-tes universitários. De acordo com a pesqui-sa PANORAMA 2006, 73% delas são liga-das formalmente a alguma universidade.

A relação entre as universidades e asincubadoras remonta às origem do movi-mento, 20 anos atrás. As incubadoras, comsuas empresas e produtos de sucesso, dãovisibilidade à universidade, e esta, por suavez, disponibiliza infra-estrutura, espaço, in-formações e, principalmente, acesso a re-sultados de projetos de pesquisa e desen-volvimento.

Mas o elemento mais importante nestarelação é a formação de recursos humanosqualificados: talentos. Ao longo destes 20anos, o movimento de incubadoras e par-ques gerou empresas inovadoras de suces-

so que evidenciam o que há de melhor noprocesso de relação entre as universidadese a sociedade.

O símbolo deste novo paradigma é o em-preendedor inovador, um novo tipo de em-preendedor que mantém os “cacoetes sau-dáveis” da academia e cultiva “novos hábi-tos” típicos do mundo empresarial. Trata-se de uma nova geração de empresários,que transita com desenvoltura nos labora-tórios de universidades e negocia habilmen-te com investidores e banqueiros, que dis-cute propriedade intelectual com os pesqui-sadores e desenvolve novas estratégias deexportação com parceiros internacionais.Um empreendedor com DNA 50% de origemna universidade e 50% com um pé no mun-do dos negócios”. Símbolo perfeito da “pon-te” universidade-empresa.

Reivax Indústria e Comércio de

Instrumentação Eletrônica e Controle Ltda.

Vencedora doPrêmio Anprotec deMelhor EmpresaGraduada de 2006,a Reivax Indústria eComércio de Instru-mentação Eletrônicae Controle é uma empresa que recebeu oapoio do Centro Empresarial para Laboraçãode Tecnologias Avançadas (CELTA), incubado-ra da Fundação Centros de Referência em Tec-nologias Inovadoras (CERTI), de Florianópolis(SC).

Especialista na área de controle deprocessos industriais, a Reivax pos-sui um projeto de fabricação de equi-pamentos de controle e supervisão desistemas de geração e transmissãode energia elétrica, especialmente re-guladores de velocidade de turbinase de tensão de geradores.

A empresa conseguiu o sucesso graças àincubação e ao contato com os laboratóriosda Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC). Este contato propiciou diferenciaistecnológicos, que trouxeram vantagens com-petitivas que levaram a empresa a exportarpara dezenas de países do mundo.

Polymar – Polímeros Marinhos

Vencedora do Prêmio Anprotec MelhorEmpresa Graduada de 2003, a Polymar foiincubada no Parque de Desenvolvimento Tec-nológico da Universidade Federal do Ceará(PADETEC). A empresa desenvolve produtosque auxiliam em programas de emagrecimen-to e de redução do colesterol a partir de cara-paças de crustáceos. Também por meio dereaproveitamento de resíduos, passou a pro-duzir cosméticos e produtos hospitalares. Oscarros-chefe da empresa são o Fybersan e oFybersense.

A trajetória da empresa começou em 1997e em 2000 ela se gra-duou. O crescimento eo ganho de mercado fo-ram resultados gradu-ais. Hoje, a Polymarpossui 18 funcionáriose gera mais de 400empregos indiretos no

nordeste brasileiro. Seus produtos estão nasprincipais lojas de departamentos do país esão comercializados na Romênia, Espanha,Portugal, França, México, entre outros.

16 das 20 melhores universidades

públicas do Brasil contam com

incubadoras de empresas

A relação universidade-empresa e a for-mação de talentos devem estar no topo daagenda do movimento de incubadoras paraos próximos anos. Para avançar na direçãode empresas mais inovadoras e competiti-vas, é fundamental:• Implementar os Núcleos de Inovação Tec-

nológica de forma rápida, eficiente e pro-fissional a fim de acelerar o processo detransferência de tecnologia e estimular arelação com as empresas, especialmen-te as nascentes dentro das próprias uni-versidades;

• Elevar radicalmente a quantidade de pro-

fissionais formados em áreas tecnológi-

cas a fim de assegurar o atendimento dademanda inevitável que deve surgir como crescimento do setor de empresas detecnologia no país;

• Ampliar o escopo de relacionamento das

incubadoras com as universidades, ex-plorando novos segmentos acadêmicosnas áreas de educação, ciências sociaise econômicas e outras, visando estimu-lar o empreendedorismo inovador além dafronteira tecnológica;

• Explorar melhor o “efeito demonstrativo”

do empreendedor inovador no contextodas universidades, incentivando a suarelação com pesquisadores e utilizando-o como elemento de inspiração para fu-turos empreendedores.

Referência de Relação Universidade Empresae Formação de Talentos

“As Incubadoras de empresas, sob a tutela da Anprotec, são importantesferramentas na formação de empreendimentos inovadores e integrados como modelo globalizado de geração de negócios.”Sérgio Risola - Gerente do CIETEC e Coordenador da Raitec

Nesses 20 anos a Anprotec fez história por

meio das incubadoras que ajudaram a criar

novas empresas. Para os proximos 20 anos,

continuaremos essa revolução no desenvol-

vimento do Páis ampliando a ação das incu-

badoras e consolidando os parques tecnoló-

gicos.

Paulo Gonzalez

Diretor da Anprotec

34

será possível...

foi possível...

Geração de emprego e ResultadoEconômico

está sendo possível...

“Os empregos informais tendem a acabar e

a grande produção de novos empregos vai

estar ligada à inovação. Chegará um momen-

to em que a empresa inovadora será fator

fundamental para o mercado de trabalho.”

Alexandre Aguiar Cardoso

Presidente do Consecti

O resultado econômico de uma empre-

sa é um dos primeiros itens a serem ob-

servados por especialistas de mercado e

analistas de desenvolvimento. Nas incu-

badoras não é diferente. Ao longo dos 20

anos da ANPROTEC, o foco no crescimen-

to das receitas sempre foi um tema cons-

tante nos debates, programas de capaci-

tação e projetos de desenvolvimento de

suporte às empresas.

Os números de receita gerada pelo

movimento ainda são tímidos se consi-

derados com outros setores tradicionais

da economia, mas ganham um significa-

do diferente quando se leva em conta o

pouco tempo de existência das empre-

sas.

Da mesma forma, a geração de em-

prego é um outro indicador importante

para o movimento e representa hoje um

volume de mais de 30 mil postos de tra-

balho. Trata-se de um universo de profis-

sionais altamente qualificados que am-

plia em quantidade ano após ano.

Bematech

A Bemate-

ch é hoje,

sem sombra

de dúvidas,

um dos princi-

pais modelos

de empreendimentos de sucesso gera-

dos no movimento de incubadoras e par-

ques. Nascida em 1990, na In-

cubadora Tecnológica de Curiti-

ba (Intec), a empresa sempre

buscou antecipar-se às tendên-

cias de mercado, tornando-se a

primeira empresa brasileira a fa-

bricar miniimpressoras em larga

escala e fornecer blocos impres-

sores integrados para Terminais

de Auto-Atendimento.

Colecionadora dos principais prêmi-

os da empreendedorismo e inovação no

Pais, inclusive a Medalha do Conheci-

mento, concedido pela CNI, Prêmio Fi-

nep e Prêmio Anprotec, a Bematech con-

ta hoje com subsidiárias nos Estados

Unidos e Taiwan, escritório comercial na

Inglaterra e oito filiais pelo Brasil.

Nuteral

Empresa especializada em produtos

nutricionais, chamados de medical foo-

ds, foi criada em 1994, incubada no Par-

que de Desenvolvimento Tecnológico da

Universidade do Ceará (PADETEC).

O primeiro produto lançado pela em-

presa não vendeu nenhuma unidade, no

entanto, isso não foi motivo de desistên-

cia. Hoje, a Nuteral está consolidada,

possui sete patentes ativas, seis em fase

de registro e lançou uma linha de 46 pro-

dutos diferenciados, todos voltados para

nutrição clínica, suplementos nutricionais

e ingredientes para indús-

trias de alimentos.

A empresa venceu o

Prêmio Finep de Inovação

Tecnológica de 2006, na

categoria Pequena Empre-

sa, e coleciona bons nú-

meros. Tem capacidade

de produzir 120 mil quilos

de produtos por ano e no ano passado

faturou R$ 9,2 milhões, investindo 26,4%

deste montante em pesquisa e desenvol-

vimento.

A relevância econômica e social das

empresas inovadoras geradas nas incu-

badoras e parques é um fator chave para

o reconhecimento do movimento como ele-

mento-chave para o desenvolvimento do

país. Desta forma, nos próximos anos, é

fundamental concentrar esforços para:

• Gerar empresas em setores com mai-

ores perspectivas de crescimento por

atuarem em segmentos sintonizados

com oportunidades de mercados glo-

bais;

• Promover uma cultura de valorização do

compromisso da empresa com o cres-

cimento sustentado e prolongado, ge-

rando benefícios para os empreende-

dores e para a sociedade;

• Conectar empresas de incubadoras e

parques com cadeias produtivas estra-

tégicas já estruturadas e demandantes

de inovação tecnológica;

• Vincular o desempenho econômico e

social das empresas ao aporte de in-

vestimentos e apoio institucional à in-

cubadora.• Cerca de 31 mil postos de

trabalho direto

• Faturamento estimado das

empresas GRADUADAS de

incubadoras: R$ 1,6 bilhões

• Faturamento estimado das

empresas INCUBADAS:

R$ 400 milhões

Devemos às incubadoras um sem-número de inovações importantes em nossaeconomia e muitos postos de trabalho de boa qualidade.

André Urani - Diretor-executivo do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade

35

será possível...

foi possível...

Novas Oportunidades: Capital deRisco e Exportação

está sendo possível...

“As incubadoras de empresas devem atuar como

promotoras do empreendedorismo gerador de

tecnologias avançadas impactantes no processo

de modernização industrial brasileira. Já os par-

ques tecnológicos deverão ser locais apropriados

para abrigar e fomentar as empresas inovadoras

e competidores do mercado global.”

Rodrigo Loures

Presidente da FIEP

Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005

“O que a Anprotec tem feito para fortalecer as incubadoras e estimular o surgimento de novosempreendimentos é decisivo para o desenvolvimento econômico do Brasil.”Acari Amorim - Diretor da revista Empreendedor

Fonte: Lócus nº 44 – setembro de 2005

O capital empreendedor, ou

capital de risco, ou ainda venture

capital, apesar de recente no País,

tem crescido exponencialmente

desde 2001, quando a FINEP e o

SEBRAE passaram a apoiar esta

área. Para se ter uma idéia, em

1999 esse tipo de investimento já

ultrapassava a soma de US$ 3,7 bi-

lhões no Brasil. Um ano depois, ba-

tiam a cifra de US$ 4,95 bilhões. Segundo o

primeiro mapeamento da indústria do capital

empreendedor no Brasil, em 2004 o País já con-

tava com 71 organizações gestoras de 97 fun-

dos, que, juntos, somavam US$ 5,8 bilhões.

Com o resultado desses investimentos, foram

apoiadas 306 empresas de diversas áreas de

atuação, sendo que muitas das empresas ge-

radas nas incubadoras brasileiras também fo-

ram beneficiadas. A ANPROTEC realizou em

1996 um primeiro Workshop sobre Capital de

Risco envolvendo lideranças do mercado finan-

ceiro e do movimento visando promover uma

interação entre as partes e um processo de ca-

pacitação das equipes das incubadoras. Em

1997 foi realizado o primeiro Curso de Forma-

ção de Gerentes de Incubadoras em

Capital de Risco. Desde então, o tema

tem sido alvo de seminários,

workshops e projetos de cooperação

com parceiros e atores do mercado

financeiro.

Outro tema que também ganhou

grande importância nestes anos foi

o das exportações. O Brasil tem ex-

perimentado saltos positivos crescen-

tes na balança de exportações, aproveitando

as oportunidades do comércio internacional e

se inserindo definitivamente no mercado globa-

lizado. O universo das empresas de parques e

incubadoras também tem se beneficiado forte-

mente desta tendência. A pesquisa PANORA-

MA 2006, realizada pela Anprotec, revela que

entre aquelas que optam pela exportação, 60%

atingem um patamar de exportação na ordem

de U$ 100 mil ao ano; 20% se concentram na

faixa de U$ 100 mil a U$ 200 mil, e outros

20% exportam acima de U$ 200 mil em produ-

tos ou serviços. Entre as graduadas, cerca de

30% exportam mais de U$ 200 mil. São núme-

ros ainda modestos, mas todos os sinais indi-

cam uma tendência de crescimento.

FK Biotecnologia

A FK Biotecnolo-

gia foi residente na

Incubadora Tecnoló-

gica da Fundação de

Ciência e Tecnologia

(Cientec), em Porto

Alegre (RS). Atua na

produção de kits de imuno-ensaios e tem

como principal produto a vacina para câncer

de próstata.

A empresa foi ousada, e com apenas três

meses de constituição, em 1999, recebeu

um aporte de capital de R$ 625 mil. Logo

depois, em 2000, a primeira rodada de in-

vestimentos com um Fundo de capital de ris-

co, o RS-TEC, foi concluída. Os recursos aju-

daram na evolução das pesquisas.

Na época, a FK era uma escritório com o

proprietário e um computador. O objetivo do

empreendedor era atingir 25% do mercado

brasileiro de imuno-ensaios, o que represen-

taria um faturamento de R$ 200 milhões ao

ano. A empresa foi destaque da revista Na-

ture Biotechonology como exemplo de casos

de sucesso na área de biotecnologia em

países emergentes.

Chamma da Amazônia

A empresa Chamma da Amazônia

existe há dez anos e foi incubada na

Universidade Federal do Pará (UFPA).

Graduada desde 2002, é um exemplo

de empresa que deu certo, principal-

mente com a exportação de produtos

ecologicamente sustentáveis. Ela pro-

duz cosméticos e perfumaria - cremes, lo-

ções, perfumes, óleos aromáticos, hidratan-

tes, entre outros. Todos ecologicamente cor-

retos, com qualidade e credibilidade, propor-

cionando aos seus clientes bem estar, sa-

tisfação e beleza. No Brasil, trabalha com

sistema de franquias e possui unidades nas

principais capitais brasileiras.

Hoje são mais de 80 produtos comerciali-

zados em todo o mundo, principalmente Por-

tugal, Itália e Estados Unidos, com proces-

sos avançando na Austrália, China, Japão,

Alemanha, França, Dinamarca e Inglaterra. A

Chamma gera 35 empregos diretos, cerca de

130 indiretos e três empregos diretos por

cada ponto de venda aberto. Há uma gera-

ção de renda permanente para a comunida-

de extrativistada Amazônia, na qual estão en-

volvidos, pelo menos, cem trabalhadores.

O movimento de incubadoras e parques preci-

sa ampliar ainda mais a sua capacidade para ex-

plorar as oportunidades na área de exportação e

capital de risco. Estratégias e programas estão

sendo articulados pela ANPROTEC e devem ser

intensificados nos próximos anos, tais como:

• Desenvolvimento de programas em parceira

com entidades focadas no comércio internaci-

onal, como APEX, visando facilitar o acesso dos

empreendimentos inovadores a novos merca-

dos, no exterior.

• Fortalecimento de alianças internacionais da

ANPROTEC com associações congêneres de

outros continentes, visando potencializar a rede

de cooperação entre incubadoras, parques e

empresas destes países.

• Implementação de projetos de capacitação e

orientação das empresas de incubadoras e

parques para melhor exploração das oportuni-

dades de negócios no mercado externo.

• Formação de uma rede de profissionais espe-

cializados na área de exportação, visando apoi-

ar de forma mais organizada as empresas ino-

vadoras.

• Formalização de parcerias e cooperação entre

as incubadoras e parques associados à ANPRO-

TEC e agentes na área de capital de risco de

forma a sistematizar a relação com os fundos,

angels, bancos e outras modalidades de inves-

tidores.

• Consolidar uma cultura e uma modelagem de

negócios “ganha-ganha-ganha” na área de ca-

pital de risco, onde o investidor “ganha”, a em-

presa nascente “ganha” e a incubadora/parque

também “ganha”, a fim de assegurar a criação

de um ciclo virtuoso no sistema de criação e

desenvolvimento de novas empresas.

36

será possível...

foi possível...

está sendo possível...

“Tecnologia é perecível e, em si, tem valor

limitado. O modelo de negócio campeão even-

tualmente transformará a tecnologia em van-

tagem perene, que, por sua vez, resultará em

barreiras de entrada e crescimento exponen-

cial. A relação societária entre a empresa

incubada e o venture capital há de ser com-

plementar e ter sempre esse foco.”

Marcos Regueira

Presidente da ABVCAP

“Temos visto que o processo de incubação de empresas dá certo porque é na incubadora que oempreendedor passa a acreditar que seu negócio vai ter êxito. Se conseguimos multiplicar esses modelos

no país, teremos um fabuloso desenvolvimento tecnológico.”

Dia após dia o tema da sustentabilidade

ambiental, social e econômica se consolida

como grande prioridade neste início de sécu-

lo. Diversos grupos trabalham em prol da cons-

cientização das pessoas, de modo a produzir

menos lixo, reciclar mais, aproveitar melhor

os recursos naturais disponíveis, poluir me-

nos e preservar a biodiversidade. Ao mesmo

tempo, entidades e organizações trabalham

para promover projetos de redução de desi-

gualdade, geração de emprego e renda, su-

porte à qualificação de pessoal e promoção

da inclusão social.

Neste quesito, as empresas incubadas ino-

vam e se destacam pela criatividade e tecnolo-

gia. São empresas que já nascem com o “DNA

da sustentabilidade”, refletindo esta consciên-

cia no portfólio de produtos, na prática gerenci-

al e no comportamento dos empreendedores.

Em vários locais do país existem empresas que

buscam alternativas inteligentes para solucio-

nar os diversos problemas ligados à relação

entre o ser humano e o meio ambiente. Diver-

sos produtos passam a ser comercializados no

mercado por causa da funcionalidade, econo-

mia e sustentabilidade. A inovação de materi-

ais e produtos é peça-chave neste caminho tri-

lhado por estas empresas.

Concomitantemente à atenção dedicada à

inovação, ao lucro e faturamento, muitas em-

presas incubadas primam pela promoção do

bem estar das comunidades em que vivem. A

idéia de responsabilidade social aplicada aos

negócios é recente no mundo todo, mas já foi

incorporada pelas empresas de incubadoras

e parques. Com o surgimento de novas de-

mandas e maior pressão por transparência

nos negócios, empresas se vêem forçadas a

adotar uma postura mais responsável em

suas ações.

Traduzindo, responsabilidade social é um

princípio que orienta as atividades da empre-

sa, tornando-a co-responsável pelo desenvolvi-

mento da sociedade. Quando realmente aplica-

da, esta filosofia passa a permear a pesquisa

científica, a atividade comercial, a produção e a

gestão como um todo, consolidando-se como

algo muito maior do que a simples filantropia.

Natupol Tecnologia em Polióis e Sistemas

de Poliuretanos Naturais

Empresa ganhadora doPrêmio Anprotec de MelhorEmpresa Incubada de 2004,a Natupol Tecnologia em Po-lióis e Sistemas de Poliure-tanos Naturais atua na pro-dução de matéria-prima deprodutos automobilísticos,isolamento térmico, adesivo, pintura, imper-meabilizante, embalagens, etc.

Seu diferencial está na utilização de fon-tes naturais renováveis para a fabricaçãodestes produtos. A empresa foi residentena Incubadora Tecnológica Univap/Revap, em São José dos Campos(SP) e desenvolve polióis e siste-mas de poliuretano, de base vege-tal, por meio do óleo de mamona.Tudo ecologicamente correto, emsubstituição àqueles derivados depetroquímicos.

Adespec Adesivos Especiais Indús-

tria, Comércio, Importação e Expor-

tação Ltda.

A Adespec Adesivos Especiais foi a

empresa vencedora do Prêmio Anprotec deMelhor Empresa Graduada em2004. Sua missão é a de cons-cientizar a sociedade brasilei-ra e o governo sobre a impor-tância de se preservar a saú-de humana e o meio ambienteno ramo de adesivos e selan-tes.

A trajetória da Adespec ini-ciou-se no Centro Incubador de EmpresasTecnológicas (Cietec), em 2003. Ela produzadesivos selantes de alta tecnologia para in-dústrias, construção civil e também para ouso do- méstico. Sua responsabili-

dade social é destaque, poisseus produtos contribuempara a preservação da saú-de do trabalhador, do usu-ário e do meio ambiente.A composição dos produ-tos da Adespec dispensaorgânicos voláteis, ouseja, não emitem vaporesprejudiciais. Entre os pro-dutos comercializáveisestão o “prego líquido”e a “cola isopor”.

A crença legítima e verdadeira das empre-sas de incubadoras e parques de que a ques-tão do desenvolvimento sustentável não ésomente um elemento de pressão, mas tam-bém uma grande oportunidade de posiciona-mento estratégico, permite identificar váriosdesafios para o futuro do movimento nestaárea:• Prospectar e avaliar o valor da “janela de

oportunidade” representada pelos ele-mentos que caracterizam o tema do de-senvolvimento sustentável, especialmen-te no que se refere às áreas de energia emeio ambiente;

• Criar instrumentos e práticas que permi-tam a troca de experiências entre as em-presas no que se refere às práticas desustentabilidade e responsabilidade so-cial;

• Estruturar programas e projetos que per-mitam o engajamento e participação deempresas de incubadoras e parques nasolução dos grandes desafios na área de

sustentabilidade;• Disseminar experiências positivas e pro-

mover a capacitação dos colaboradoresdas empresas, tornando a experiência dasempresas inovadoras na área de desen-volvimento sustentável um exemplo a ser

seguido por outros segmentos da socie-

dade.

Fonte: Revista Locus nº 45 – Abril de 2006Fernando Kreutz - Diretor da FK Biotecnologia e vencedor do Prêmio Finepe 2007

Empresas que realmente acreditam emDesenvolvimento Sustentável

A Aventura

de um País

38

será possível...

foi possível...

Crescimento Sustentado e

Inclusão Social

está sendo possível...

“As incubadoras e parques têm o papel de

formar uma nova geração de empresários

empreendedores em tecnologia, e fazer com

que suas empresas ganhem nesse mercado

globalizado, ganhem em competitividade, por

conta do investimento em tecnologia, por

conta da geração de novos produtos.”

Sérgio Resende

Ministro da Ciência e Tecnologia

Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005

Ao longo destes 20 anos de existência

da ANPROTEC, o movimento de incubado-

ras tem se dedicado de maneira despren-

dida e comprometida com o processo de

desenvolvimento do País por meio da pro-

moção do empreendedorismo inovador.

Esta contribuição tem vindo na forma

de novas empresas criadas, geração de

empregos, desenvolvimento de novas tec-

nologias e criação de estratégias para pro-

moção de desenvolvimento regional e se-

torial.

O resultado deste processo é um movi-

mento espalhado por inúmeros municípi-

os brasileiros, promovendo geração de

emprego, renda e desenvolvimento econô-

mico baseado na vertente da inovação.

Trata-se de uma experiência reconheci-

da internacionalmente por organismos in-

ternacionais, especialistas na área e ou-

tras entidades atuantes na área do empre-

endedorismo. O Brasil desenvolveu um

caso na área de incubadoras e parques que

se destaca de forma contundente no con-

texto dos países em desenvolvimento e

que, em alguns casos, pode ser compará-

vel a resultados obtidos apenas pelas gran-

des economias do mundo. Este é um patri-

mônio e uma conquista de um conjunto de

atores da sociedade brasileira e deve ser

reconhecido, valorizado e continuamente

aperfeiçoado.

Naturalmente, há ainda muito por fazer

visando oferecer ao país contribuições

mais relevantes para o processo de cres-

cimento sustentado com inclusão social.

Cada uma das quatro hélices do posicio-

namento estratégico da ANPROTEC tem pro-

curado atuar de diferentes formas nesta

direção.

As incubadoras orientadas para a pro-

moção do desenvolvimento local e setori-

al criaram novas formas de aplicação de

conhecimentos e tecnologias em setores

inusitados, com grande impacto social, am-

biental e econômico. Estes projetos têm

criado novas perspectivas de futuro para

comunidades de baixa renda, permitindo

aproximar o mundo acadêmico das reali-

dades difíceis da sociedade brasileira.

Por outro lado, nos segmentos de incu-

bação de empresas orientadas para a ge-

ração e uso intenso de tecnologia, o mo-

vimento tem contribuído com a criação de

algumas das empresas mais inovadoras do

país, muitas delas premiadas nacionalmen-

te devido ao seu grau de excelência e dife-

renciação.

Os projetos e programas desenvolvi-

dos pelo movimento na área da promo-

ção da cultura do empreendedorismo ino-

vador estão gerando uma nova consciên-

cia no universo dos jovens de escolas e

universidades. Começa a surgir uma cul-

tura de que é possível as pessoas cres-

cerem na vida por meio da atividade em-

preendedora, da capacidade criativa e do

trabalho cooperativo.

Finalmente, no contexto dos parques

tecnológicos, percebe-se claramente o for-

talecimento da conscientização e da moti-

vação de lideranças políticas e sociais que

vislumbram neste tipo de empreendimen-

to uma nova forma de organizar o proces-

so de desenvolvimento econômico de suas

regiões e setores empresariais.

64% dos

municípios com menos

de 1 milhão e mais de

300 mil habitantes

possui uma incubadora

e/ou parque

tecnológico

100% dos

municípios brasileiros

com mais de

1 milhão de habitantes

possui uma incubadora

e/ou parque

tecnológico

20% dos

municípios com mais

de 50 mil e menos de

300 milhabitantes

possui uma incubadora

e/ou parque

tecnológico

Para cumprir com este propósito fun-

damental de contribuir com o crescimen-

to sustentável e a inclusão social no Bra-

sil, o movimento deverá assumir novas

posturas e implementar novas ações:

• Fortalecer os laços com organizações

e programas com experiência na área

de inclusão social, buscando identi-

ficar formas de inserir a temática do

empreendedorismo inovador;

• Sintonizar o movimento de empreen-

dedorismo inovador com as grandes

tendências, desafios e prioridades do

País, visando criar perspectivas con-

cretas para que os empreendimen-

tos inovadores das incubadoras e par-

ques aproveitem as grandes oportu-

nidades de mercado e de crescimen-

to;

• Ampliar a rede de relacionamento e

parcerias do movimento de incuba-

doras e parques, contemplando se-

tores do governo e da sociedade que

estejam desenvolvendo ações estra-

tégicas tanto no contexto do cresci-

mento sustentado como da inclusão

social.

“A presença crescente do movimento de incubadoras e parques tecnológicos no cenário brasileirotraduz o desejo e a capacidade de construirmos um país mais empreendedor e inovador.”

Guilherme Ary Plonski - Vice-presidente da Anprotec

39

será possível...

foi possível...

Política Pública Nacional

está sendo possível...

O que as empresas precisam é aquilo que é

ter acesso àquilo que faz diferença para o

desenvolvimento, tais como ao mercado, ao

conhecimento e ao dinheiro.

Eduardo Costa

Diretor de Inovação para o

Desenvolvimento Econômico e Social da Finep

Fonte: Locus 50, setembro de 2007

“As incubadoras tecnológicas têm papel decisivo na interface entre C&T e setor produtivo.São Carlos, sede da primeira da América Latina, é prova disso.”Newton Lima - Prefeito de São Carlos

O sucesso do movimento de incubadoras deempresas e parques tecnológicos brasileiros estádiretamente ligado ao apoio viabilizado por diver-sos programas e projetos implementados ao lon-go destes 20 anos por diversas agências de go-verno e entidades da sociedade civil que traba-lham com recursos públicos.

O investimento realizado gerou frutos e osretornos são evidentes até porque foram inúme-ros os processos de avaliação, levantamento deinformações e de indicadores. É uma das iniciati-vas mais avaliadas e acompanhadas de que setêm notícias no universo dos projetos de investi-mento público no país.

Apesar de sempre haver espaço para melho-rias, o diagnóstico dos 20 anos é que houve dis-posição dos vários atores sociais e públicos parase investir e apoiar este movimento estratégicopara o país.

Uma das razões principais deste retrospectopositivo foi a criação do PNI – Programa Nacio-

nal de Incubadoras de Empresas e Parques Tec-

nológicos, que congrega as várias entidades eorganizações com interesse na área e que pos-sibilitou o fortalecimento do movimento, comotambém uma atuação mais integrada e harmo-niosa dos diversos atores públicos.

Ao longo dos últimos anos, a ANPROTEC vemtrabalhando intensamente no sentido de ampliaras formas, modalidades e volumes de recursosdirecionados ao movimento de incubadoras e par-ques bem como às empresas inovadoras.

Algumas destas novas formas de apoio já fo-ram implementadas e outras estão em fase dediscussão para lançamento futuro. Essencialmen-te, este arcabouço de políticas públicas com osquais a ANPROTEC tem contribuído seja na for-mulação, na disseminação ou no apoio à implan-tação, contemplam temas como:• Novas formas de apoio ao financiamento da

inovação nas empresas, visando reforçar oprocesso de interação com universidades eas atividades de P&D internamente à empre-sa;

• Programas sistêmicos de apoio às incuba-

doras, vinculados ao desempenho do progra-

ma de incubação e avaliados por meio de in-dicadores objetivos e claros. Esta nova formade apoio permitirá aos parceiros do movimen-to assegurar que os recursos aplicados es-tão gerando retorno e, ao mesmo tempo, eli-minará o insuportável processo de instabili-

dade e inconstância na disponibilização e apli-cação de recursos no universo das incubado-ras;

• Novos pacotes de fomento e financiamento

às empresas inovadoras, levando em consi-deração o “projeto de empresa” e não “um

projeto montado para edital”. As empresas

inovadoras precisam de soluções na área desubvenção, fomento, financiamento e até in-vestimento que levem em consideração o ci-clo de vida completo do empreendimento ese desenvolvam numa base de relacionamen-to de longo prazo, com acompanhamento einteração constantes;

• Aperfeiçoamento do Sistema Nacional de

apoio às incubadoras e parques, articulandomelhor as ações e programas desenvolvidosno âmbito do governo federal, dos governosestaduais, das entidades da sociedade civilque operam recursos públicos, dos agentesfinanceiros e outros atores críticos para omovimento;

• Ampliação do escopo de atuação dos pro-

gramas de apoio e fomento ao movimento,

contemplando iniciativas de promoção do em-preendedorismo inovador e setores menoscontemplados atualmente como o de tecno-logia/inovação social, meio ambiente, agro-negócios e serviços;

• Programas e projetos de apoio a iniciativas

cooperativas de promoção do empreendedo-rismo na forma de redes de incubadoras econsórcios empresariais;

• Priorização de investimentos no movimento

de incubadoras, parques e empresas inova-doras no contexto de programas e legislaçõesjá existentes como os Fundos Setoriais, o

FNDCT, Fundos de Desenvolvimento Regio-

nais e a Lei do Bem.

Muitas vezes é difícil imaginar a aplicabi-

lidade de certas soluções mais inovadoras

de políticas públicas e programas de apoio

ao movimento de incubadoras, parques e

empresas inovadoras. Entretanto, a evolução

que os País experimentou nesta área ao lon-

go dos 20 anos do movimento surpreende

até observadores internacionais. Portanto,

vale a pena pensar que será possível:

• Programas de apoio a incubadoras e par-

ques que ofereçam recursos regulares e

significativos para viabilização de deter-

minadas atividades de suporte às empre-

sas, vinculadas a indicadores de desem-

penho;

• Vinculação dos recursos e investimen-

tos a serem aplicados no movimento aos

impostos gerados pelas empresas cria-

das nas incubadoras e parques;

• Criação de fundos de seed capital e de

subvenção gerenciados com a participa-

ção direta das incubadoras e parques;

• Fortalecimento de mecanismos de parce-

ria público-privada aplicados ao movimen-

to, visando atrair investimentos privados

na direção dos desafios estratégicos e

prioritários de estado;

• Consolidação de um Sistema Nacional de

Incubadoras e Parques, articulando as

ações de Governo (Federal, Estadual e

Municipal), entidades parceiras (SEBRAE,

Sistema “S”, etc), poder Legislativo, se-

tor acadêmico e sociedade civil como um

todo.

• Recursos públicos ou de entidades

parceiras aplicados nas incubadoras

e parques ao longo de 20 anos:

aproximadamente R$ 150 milhões

(cerca de 35% do custo do

movimento em 20 anos)

• Estimativa de impostos gerados

anualmente pelas empresas:

R$ 400 milhões

• Custo de implantação e operação

aproximado das incubadoras e

parques tecnológicos ao longo dos

últimos 20 anos: R$ 430 milhões

40

será possível...

foi possível...

Balanço de uma

está sendo possível...

A organização social dos parques tecnológi-

cos e incubadoras de empresas significa for-

talecimento político-institucional da ativida-

de e a possibilidade de desenvolver projetos

de competitividade internacional, nacional,

regional e local, gerando empresas, empre-

gos, riqueza e bem-estar social.

Deputado Federal Paulo Piau

Subcomissão de Ciência e Tecnologia e

Informática

O passado deste movimento quecompleta 20 anos já está escrito nahistória, com seus erros e acertos,sucessos e fracassos, vitórias e der-rotas. Ao longo deste documento,

vários destes momentos foram rela-tados. É uma história rica em mo-mentos desafiadores, pródiga em ati-tudes empreendedoras e intensa emsuor e trabalho.

O processo de mudança associado

ao Reposicionamento Estratégico doMovimento de Incubadoras e ParquesTecnológicos não é simples e exige,

principalmente, a formação de lideran-

ças e a articulação dos parceiros.A ANPROTEC vem desenvolvendo

este processo de mobilização dos as-sociados e dos parceiros de forma aefetivamente criar condições para que

o processo de mudança ocorra.Este grande processo de mobiliza-

ção e mudança está sendo denomina-

do de “Programa Movimenta” e seusprincipais objetivos são:• Estruturação de um novo Modelo de

Atuação das Incubadoras de Empre-

sas e dos Parques Tecnológicos noBrasil;

• Desenvolvimento de um novo con-

ceito e portfolio de mecanismos de

apoio a empresas inovadoras no Bra-

sil;• Comprometimento efetivo dos ato-

res e parceiros do movimento em

investir recursos significativos nasincubadoras, parques e empresas,vinculados a compromissos de ge-

ração de resultados relevantes para

o País;

• Proposição de um desafio objetivo

e claro para estados e municípios

que querem realmente promover o

crescimento e desenvolvimento

sustentado;

• Implantação de um programa am-

plo de formação de lideranças para

O futuro do movimento está fortemen-

te ligado ao sucesso do Programa MOVI-

MENTA. Avanços já foram obtidos no sen-

tido de assegurar a implantação deste pro-

cesso de mudança, mas muito ainda pre-

cisa ser feito para promover este verda-

deiro “salto quântico” de relevância, repre-

sentatividade e qualidade no movimento

de incubadoras, parques e empreendimen-

tos inovadores:

• Capacitar, articular e mobilizar lideran-

ças competentes, talentosas e efeti-

vamente comprometidas com a visão

de futuro do movimento;

• Implementar novas estratégias para

promover o processo de geração e dis-

seminação de conhecimento dentro do

próprio movimento, por meio da articu-

lação de especialistas e da estrutura-

ção de uma parceria estratégica em

P&D na área de empreendedorismo ino-

vador;

• Reforçar o processo de comunicação,

interação e trabalho cooperativo com

associados, parceiros do movimento e

outros atores sociais;

• Aproveitar melhor o potencial de de-

monstração e de mobilização represen-

tado pelas empresas inovadoras gera-

das nas incubadoras ou estabelecidas

nos parques.

“O pilar do crescimento econômico depende justamente da geração deempresas inovadoras de base tecnológica”

Fernando Pimentel - Prefeito de Belo Horizonte - Fonte: Boletim 4 do Seminário 2007

41

será possível...

Grande Aventura

“Incubadoras e parques tecnológicos são

agentes pró-ativos do desenvolvimento regi-

onal que requer a criação de oportunidades,

redução de diferenças sociais e geração de

melhor qualidade de vida. O sucesso deles

requer boas parcerias com instituições de

ensino e pesquisa e o poder público.”

Newton Lima

Prefeito da cidade de São Carlos - SP

Em relação ao passado, ficam os

resultados, as pessoas formadas,

as empresas criadas, os projetos

implementados. As duas últimas pá-

ginas deste documento ilustram al-

guns destes resultados. Cabe ape-

nas reforçar que as lições e conclu-

sões tiradas neste período estão ori-

entando o presente e o futuro do mo-

vimento.

Quando se olha para trás e se perce-

be o que foi feito nestes 20 anos é inevi-

tável lembrar das dificuldades e das bar-

reiras que foram enfrentadas e supera-

das. O caminho da inovação não é sim-

ples nem confortável. Entretanto, o que

fica no final é a satisfação de ter escolhi-

do o caminho do “fazer acontecer”.

Ao longo deste caminho, muitas vezes

ouvimos...

Isso não pode ser feito aqui.

E COMEÇA A SER FEITO...

E depois alguém dizia...

Pode até fazer, mas não vai dar certo.

E COMEÇA A DAR CERTO...

E então surgia uma nova “previsão”...

Pode até funcionar, mas ninguém vai

saber para que serve.

E TODOS COMEÇAM A ENTENDER

PARA QUE SERVE...

E, finalmente, surgia algo como...

Tá bem, mas eu poderia ter feito

melhor.

Ótimo, então, junte-se a nós, e vamos

fazer juntos!!!!

Até o Futuro!!! A Aventura continua...

conduzir o processo de mudança;

• Estabelecimento de uma Visão de

Futuro que busca aliar Performance/

Resultado & Impacto/Abrangência

O desenvolvimento e implantação do

Programa Movimenta segue uma estra-

tégia apresentada esquematicamente

na figura abaixo e dependerá fortemen-

te do comprometimento de todos os as-

sociados e parceiros da ANPROTEC.

“Incubadoras, Parques e Parceiros, estamos todos ajudando a criar uma *nova Geração de Empresas* que serádecisiva para ajudar o país atingir um novo patamar de desenvolvimento social e econômico”José Eduardo Fiates - Presidente da ANPROTEC - Superintendente de Inovação da Certi - Diretor Executivo do Sapiens Parque

42

Expediente

ANPROTEC – Associação Nacional de Entidades

Promotoras de Empreendimentos Inovadores

Diretoria:

José Eduardo Azevedo Fiates – Presidente

Guilherme Ary Plonski – Vice-presidente

Christiano Becker – Diretor

José Alberto Sampaio Aranha – Diretor

Josealdo Tonholo – Diretor

Paulo Roberto de Castro Gonzalez – Diretor

Equipe:

Sheila Oliveira Pires – Superintendente Executiva

Katia Sitta Fortini – Coordenadora da Unidade de Atendimento ao Associado

Rutilea Azevedo de Jesus – Coordenadora da Unidade de Projetos

Francisca Silva Aguiar – Coordenadora da Unidade Administrativa e Financeira

Marcio Caetano Setúbal Alves – Coordenador da Unidade de Comunicação

Rosangela Medeiros – Responsável pelo projeto infoDev/RedLAC/RELAPI

Michelle Araújo Ferreira – Jornalista

Francisca N. Santos Ribeiro – Secretária

Fernanda de Oliveira Andrade – Estagiária

Liev Moreira de Souza Moraes – Estagiário

Magno da Conceição Paula – Auxiliar de Serviços Gerais

Textos

José Eduardo Azevedo Fiates

Projeto Gráfico e Editoração

Consenso Editora Gráfica

Impressão

Gráfica Athalaia

Exemplares deste livro podem ser obtidos na Associação Nacional de

Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores

SCN Quadra 01 - Bloco C

Salas 209/211 - Edifício Brasília Trade Center

Brasília, DF - CEP 70711-902

PABX: (61) 3202.1555

E-mail: [email protected]

Home Page: www.anprotec.org.br

Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, por qualquer

meio, seja total ou parcial, constitui violação da Lei nº 9.610/1998.

“A função das incubadoras e parques é servir como ponte entre universidades, instituições depesquisa e a economia real, estreitando essa relação que ainda está longe de ser satisfatória”.

Ignacy Sachs - Socioeconomista

Mais de

40% das

Universidades

Federais do País

contam com

uma Incubadora

33%dos

CEFETs

possuem uma

incubadora

97%das

incubadoras

priorizam o

incentivo ao

empreendedorismo

88%das incubadoras

priorizam o

desenvolvimento

econômico

regional

84%das

incubadoras

priorizam a

geração de

empregos

72%das

incubadoras

priorizam o

desenvolvimento

tecnológico

33% dos finalistas do

Prêmio de Inovação

Tecnológica da FINEP nos

últimos 3 anos nas categorias

“produto”, “processo” e

“pequena empresa”

nasceram em incubadoras.

40% dos finalistas do

Prêmio de Inovação Tecnológica

da FINEP nos últimos 3 anos nas

categorias “instituição de C&T e

Instituição Social” possuem uma

incubadora de empresas

Mais de 7.000participantes nas 17edições do Seminário

Nacional de Parques

Tecnológicos e

Incubadoras de Empresas

45Publicações

lançadas na área

de incubadoras,

parques e

empreendedorismo

inovador

Tempo

médio de

incubação

4 anos

Tamanho de

equipe das

incubadoras:

média de 5

Mais de

40% dos

colaboradores

com nível

superior

300.000horas/homem de

Treinamento

Seminário/Workshop

60 Cursos e 50

encontros/

workshops

envolvendo mais

de 10.000participações

100% dos

municípios brasileiros

com mais de 1 milhão de

habitantes possui uma

incubadora e/ou parque

tecnológico

64% dos

municípios com menos

de 1 milhão e mais de

300 mil habitantes

possuem uma

incubadora e/ou parque

tecnológico

20% dos

municípios com mais

de 50 mil e menos de

300 mil habitantes

possuem uma

incubadora e/ou

parque tecnológico

Existem

cerca de

400Incubadoras

no Brasil

25Unidades

da Federação

possuem

incubadoras

2800empresas

incubadas e

mais de

2000empresas

associadas

Cerca de

1500empresas

graduadas

Mais de

6300empresas

vinculadas a

incubadoras

10Parques

tecnológicos

em operação

Mais de

40Projetos de

Parques em

desenvolvimento

Empresas de

incubadoras e

parques geram

cerca de 33mil postos de

trabalho direto

16 das 20 melhores

universidades públicas do

país contam com

incubadoras de empresas e

11 estão vinculadas a

projetos de Parques

Tecnológicos

Taxa de

mortalidade

das

empresas

abaixo de

20%

Faturamento

estimado das

empresas

GRADUADAS em

incubadoras:

R$ 1,6 bilhões

Faturamento

estimado das

empresas

INCUBADAS:

R$ 400milhões

Estimativa de

impostos

gerados

anualmente:

R$ 400milhões

Custo de implantação e

operação aproximado

das incubadoras e

parques ao longo dos

últimos 20 anos:

R$ 430 milhões

Recursos públicos ou de

entidades parceiras aplicados nas

incubadoras e parques ao longo

de 20 anos: aproximadamente

R$ 150 milhões(cerca de 35% do custo do

movimento em 20 anos)

Percentural do custo

assumido pelas

entidades

gestoras ou

empresas

incubadas: 65%

Custo médio para

geração de

uma empresa

inovadora:

R$ 70 mil/empresa

Empresas

nos Parques:

cerca de

150