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Passado, Presente e Futuro
de um movimento que há 20
anos acredita em Inovação
e Empreendedorismo no Brasil
Incubadoras de Empresas
Parques Tecnológicos
Empreendedorismo Inovador
Aventura
do Possível
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Sonhar, Acreditar e Realizaré uma Grande Aventura...
“As incubadoras de empresas e parques tecnológicos vêm ganhando cada vez mais importância em todo omundo, induzindo a criação de novas empresas, em função da aproximação das universidades.”
Sérgio Rezende - Ministro da Ciência e Tecnologia
Fonte: Vídeo-depoimento Seminário 2006
Há 20 anos um grupo de pioneiros se propôs a criar no Brasil uma entidade paracongregar algo absolutamente novo para aquela época: incubadoras de empresas eparques tecnológicos.
Era preciso coragem e visão de futuro para acreditar que isso poderia se proliferarpor todo o país. Talvez inspirados pelo próprio propósito da entidade, promover oempreendedorismo inovador, estes fundadores decidiram arriscar e criar umaassociação.
Hoje este sonho completa 20 anos e certamente seria difícil para aqueles pioneirosimaginarem o futuro do movimento que surgia pequeno, mas ousado naquele outubrode 1987.
Muitas razões podem ser enumeradas para explicar o crescimento do movimentode incubadoras e parques no Brasil e o papel da ANPROTEC neste processo. É provávelque a mais simples seja:
a causa é nobre e apaixonante.
Poucos trabalhos podem ser mais nobres do que ajudar alguém a transformar
sonhos em realidade, idéias em resultados. Poucas missões podem ser maisapaixonantes do que conviver todo o dia com gente empreendedora e inovadora.
Quando isto ocorre, tudo fica mais simples. Causas nobres atraem pessoas do
bem e parceiros comprometidos. Causas apaixonantes ajudam a superar os desafios
com alegria.
Quem entra nesta jornada, precisa acreditar, precisa sonhar, mas, acima de
tudo, precisa realizar. Parecia ser impossível no começo. Mas foi possível. Às vezesparece ser impossível no dia a dia. Mas está sendo possível. Muitas vezes pareceimpossível fazer no futuro. Mas será possível.
Este é o destino de quem se engaja na causa do empreendedorismo inovador.Tornar o improvável possível. É uma grande aventura. A Aventura do Possível...
Diretoria da ANPROTEC
Brasil, 2007
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20 Anos de Empreendedorismoe Inovação...
“Inovação e acesso à tecnologia são fatores cruciais para o desenvolvimento do país e das pequenasempresas. A Anprotec tem contribuído fortemente na sua disseminação.”Paulo Okamotto - Presidente do Sebrae e parceiro do movimento de incubação de empresas
Existe um país que possui cerca de 400 incubadoras que articulam mais de 6300 empre-
sas, entre incubadas (2800), associadas (2000) e graduadas (1500). Estas empresas ge-
ram mais de 33 mil postos de trabalhos altamente qualificados e produzem inovações reco-
nhecidas nacional e internacionalmente na forma de contratos, premiações e parcerias. As
empresas geram impostos anuais que já representam mais do que o dobro do que já foi
investido pelo país nas incubadoras em toda
a história do movimento.
As incubadoras estão espalhadas em 25 uni-
dades da federação e estabeleceram como
grandes objetivos o incentivo ao empreende-
dorismo, o desenvolvimento regional, a gera-
ção de empregos e o desenvolvimento tecno-
lógico.
Também existe um crescente movimento de
parques tecnológicos que já envolve cerca de
55 projetos, sendo 10 em operação. Estes
parques e incubadoras estão conectados a 16
das 20 melhores universidades do país e con-
quistaram até hoje 33% das posições nas fi-
nais do Prêmio Finep de inovação tecnológica
(categoria produto, pequena empresa e pro-
cesso).
No país também há uma associação que
congrega as incubadoras e os parques. Ao
longo de seus 20 anos, esta entidade já reali-
zou mais de 130 eventos de capacitação e treinamento de quase 20 mil pessoas. Já produ-
ziu 59 publicações e inúmeras soluções de interatividade e informação via web. Esta asso-
ciação se articula com parceiros estratégicos do movimento que permanentemente desen-
volvem novas formas de aperfeiçoar e apoiar as iniciativas de empreendedorismo...
Este país existe.
Este movimento existe.
Estas empresas existem.
Esta associação existe.
Conheça um pouco mais sobre todos eles.
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Várias faces de uma Aventura
A Aventura
de uma
AssociaçãoComo uma Associação criada
precocemente contribui para o
crescimento do movimento de
promoção do empreendedorismo
inovador no Brasil...
A Aventura de um
MovimentoComo um movimento formado por
incubadoras de empresas e
parques tecnológicos construiu
uma experiência respeitada
internacionalmente e está
promovendo um novo e ousado
Reposicionamento Estratégico...
A Aventura dos
EmpreendedoresComo jovens universitários,
profissionais experientes e
cidadãos comuns que vivem
ao nosso lado estão criando uma
nova geração de empresas
neste país...
A Aventura
continua...Como o país, a associação,
o movimento e os
empreendedores podem
atuar para promover
resultados ainda mais
relevantes para o Brasil...
“As incubadoras de empresas desempenham um papel vital no processo de sensibilização dosempresários sobre a importância da tecnologia como instrumento de competitividade das empresas”
Luis Antonio Elias - Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia
Fonte: Revista Locus, Nº 47 – Outubro de 2006
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será possível...
A Evolução da Identidade
A ANPROTEC nasceu em 30 de outu-bro de 1987, como resultado de um se-minário organizado no Rio de Janeiropelas entidades que já atuavam ou ti-nham interesse na área do empreende-dorismo e inovação.
A jovem Associação foi uma das pri-meiras entidades do gênero no mundo,sendo criada apenas dois anos depoisda congênere norte-americana (NBIA) etrês anos depois da IASP – InternationalAssociation of Science Parks.
Apesar do pioneirismo, os fundado-res propuseram uma designação queapontava os grandes desafios a seremperseguidos pela entidade – “ANPROTEC– Associação Nacional das EntidadesPromotoras de Empreendimentos deTecnologias Avançadas”. Desde então,esta designação sofreu apenas uma al-teração, em 1999, quando o termo “Tec-nologias Avançadas” foi substituído por“Inovadores”.
Portanto, desde a sua fundação, há
20 anos, a ANPROTEC é a associaçãoque reúne as ENTIDADES (incubadoras,parques e outras organizações) que PRO-MOVEM (estimulando, apoiando e pres-tando suporte) os EMPREENDIMENTOSINOVADORES (novas empresas, projetosinovadores, empreendedorismo e inova-ção) em todo Brasil.
OBJETIVOS INSTITUCIONAIS1. Fortalecer a Liderança,
Representatividade e Envolvimentodos Associados
2. Consolidar e Ampliar as Alianças eRelações Institucionais
3. Reforçar a ação da ANPROTEC nadefinição e elaboração de PolíticasPúblicas
4. Direcionar o Desenvolvimento doMovimento em sintonia com asgrandes tendências tecnológicas,econômicas, sociais e ambientais
5. Qualificar e Inovar os Serviços,Projetos e Programas
6. Aperfeiçoar Continuamente aEstrutura Organizacional daANPROTEC
MISSÃO DA ANPROTECAgregar, representar e defender os in-
teresses das entidades gestoras de In-cubadoras, Parques e Pólos, promoven-do estes modelos como instrumentospara o desenvolvimento do país, objeti-vando a constante criação e fortalecimen-to de empresas baseadas no conheci-mento.VALORES DA ANPROTEC• Espírito Cooperativo• Inovação e Resultados• Competência e Capacidade de
Trabalho• Transparência e Abertura• Ética e Moral• Independência e Representatividade• Responsabilidade Social
A ANPROTEC deve continuar sua tra-jetória vitoriosa de crescimento, atuan-do SEMPRE de forma cooperativa epautando suas ações pela integridadee consistência técnica.
A causa é nobre. O desafio é esti-mulante. A Visão de Futuro é inspira-dora...
VISÃO DE FUTURO DA ANPROTECSer reconhecida pela Sociedade (Go-
verno, Academia, Entidades, Empresase Empreendedores) como InstituiçãoLíder de um Movimento voltado para aCriação, Desenvolvimento e Consolida-ção de Empreendimentos Inovadoresorientados para a competitividade e atransformação sócio-econômica dopaís.
foi possível...
está sendo possível...
A IDENTIDADE da ANPROTEC se fortaleceu ao longo dos anos e hoje pode ser assimresumida:
“São objetivos da Associação:
a) Congregar e colaborar com entidades que
tenham como objetivo a criação ou o de-
senvolvimento de empreendimentos de
base tecnológica ou tecnologia de ponta;
g) Promover os empreendimentos de tecno-
logia avançada como um instrumento de
transformação social e cultural do País;
h) interagir e relacionar-se com entidades con-
gêneres internacionais;”
Estatuto Anprotec - 1987
“Apoiar a incubação de empresas e os parques tecnológicos é capacitar o Brasil para o desenvolvimento.E a Anprotec se destaca no apoio a empreendimentos inovadores.”
Júlio Semeghini - Deputado Federal e Presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicações e Informática
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Representatividade
A ANPROTEC reúne atualmente mais
de 270 associados espalhados por to-
dos os Estados da Federação. São Incu-
badoras de Empresas, Parques Tecnoló-
gicos, Escolas de Empreendedorismo e
outras iniciativas volta-
das para a promoção
de Empreendimentos
Inovadores no país.
A Associação nas-
ceu pequena, tal
como o movimento
que representava na
época. Foram muitos
anos até que se con-
quistassem os primei-
ros espaços instituci-
onais visando divulgar
e defender os interes-
ses das incubadoras
e parques.
Atualmente a Associação participa ati-
vamente de diversos Fóruns e Conselhos,
buscando sempre marcar sua atuação
pela postura propositiva e coerente.
Alguns espaços em que a ANPROTEC
se faz presente:
• Comitê Gestor do PNI – Programa Na-
cional de Incubadoras de Empresas
e Parques Tecnológicos
• Conselho Deliberativo Nacional do
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas
• Conselho Deliberativo da ABDI – Agên-
cia Brasileira de Desenvolvimento In-
dustrial
ação em várias frentes
foi possível...
• Conselho de Administração do CGEE
– Centro de Gestão e Estudos Estra-
tégicos
• Conselho de Administração da Socie-
dade SOFTEX - Associação para Pro-
moção da Excelência do Software Bra-
sileiro.
• Comitê Gestor da Aliança Tríplice para
Inovação – ANPROTEC – ABIPTI –
ANPEI
Além disso, as incubadoras e parques
associadas à ANPROTEC formam uma
rede cuja abrangência é extremamente
significativa, conforme ilustram os dados
abaixo:
Para melhor promover e apoiar o de-
senvolvimento do Empreendedorismo
Inovador, a ANPROTEC tem buscado in-
tensificar e ampliar mais a sua repre-
sentatividade junto a outros segmentos
fundamentais da sociedade:
• Congresso Nacional, Assembléias Le-
gislativas Estaduais e Câmaras de Ve-
readores Municipais
• Entidades de Classe Empresariais
• Universidades e Centros de Pesquisa
• Governadores e Prefeitos
Daqui a alguns anos a ANPROTEC es-
pera ter contribuído de forma efetiva
para que o tema do Empreendedorismo
Inovador se consolide como um tema
prioritário na agenda de desenvolvimen-
to e investimento do país.
está sendo possível...
será possível...
Os parceiros da ANPROTEC foram fun-
damentais para que o tema do empreen-
dedorismo inovador passasse a ser incluí-
do na pauta dos programas de governo e
na agenda dos tomadores de decisão.
“Ainda é frágil a capacidade brasileira de
gerar emprego e valor agregado a partir do
bom conhecimento que produzimos. As in-
cubadoras e os parques tecnológicos têm
uma função decisiva na mudança dessa rea-
lidade e o PNI, por meio de seu instituidor –
ANPROTEC, é o instrumento âncora para
esse desenvolvimento.”
Guilherme Pereira
Secretário SETEC/MCT - Coordenador do
Programa Nacional de Apoio a Incubadoras
de Empresas e Parques Tecnológicos
Mais de
40%das Universidades
Federais do País
contam com
uma Incubadora
Existem
cerca de
400Incubadoras
no Brasil
25Unidades
da Federação
possuem
incubadoras
“Dedicadas à fase pré-natal e ao nascimento das micro e pequenas empresas, com os seuslaboratórios empresariais, as incubadoras de empresas e seus empreendimentos contribuem parao grande salto da economia brasileira ao futuro.”
Senador Adelmir Santana - Presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae
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será possível...
foi possível...
Parcerias nacionais
O impressionante crescimento do
movimento de empreendedorismo ino-
vador no Brasil deve-se muito ao apoio
de parceiros nos mais distintos pontos
do meio governamental, empresarial e
acadêmico.
São pessoas e instituições que acre-
ditaram que valia a pena investir em idéi-
as e propostas inovadoras. Estes par-
ceiros ajudaram a formatar programas
de apoio e projetos de suporte às incu-
badoras, parques e empresas.
Esta história de parcerias começou
com o CNPq, em 1984, que criou um
Programa para criar e desenvolver Par-
ques Tecnológicos no país. Alguns dos
projetos apoiados avançaram na forma
de incubadoras de empresas, dando iní-
cio a um processo que cresceu de for-
ma exponencial por todo o país, especi-
almente na década de 90 com a partici-
pação do SEBRAE, que lançou diversos
Editais para fomentar a criação e aper-
feiçoamento de incubadoras bem como
o apoio às empresas incubadas. Entre a
década de 90 e o início deste novo sé-
culo, o MCT, por meio de suas agênci-
as, especialmente a FINEP, também pas-
sou a lançar editais para financiar proje-
tos inovadores no âmbito das incubado-
ras de empresas e dos parques tecnoló-
gicas, além de novos programas para fi-
nanciamento e investimento em empre-
sas de base tecnológica.
Estes e outros parceiros foram essen-
ciais para que o Brasil alcançasse um
patamar qualitativo e quantitativo tão
destacado em termos mundiais.
PROTEC”, onde “x” é a entidade parcei-
ra, cujo nome vem sempre em primeiro
lugar na designação da aliança.
Estas parcerias se concretizam obje-
tivamente na forma de programas, pro-
jetos e ações cooperativas cujos resul-
tados devem sempre gerar benefícios
tangíveis para os empreendedores e
suas empresas nascentes.
A ANPROTEC tem a convicção de que
o sucesso do movimento de incubado-
ras, parques e empresas inovadoras
depende totalmente do sucesso em se
estabelecer, cultivar e aprimorar parce-
rias.
Baseando-se nesta diretriz, a associ-
ação conta com um significativo conjun-
to das chamadas “Parcerias “x” & AN-
Para atingir os objetivos e superar osdesafios que se apresentam no futuro, aANPROTEC precisa intensificar ainda maisas parcerias hoje existentes e explorar no-vos horizontes especialmente no campo:
• Acesso a Empresas – é fundamental atrairempresas e lideranças empresariais doBrasil e do Exterior para agregar valor àcadeia das empresas inovadoras existen-tes nas incubadoras e parques
• Acesso a Mercado – a ANPROTEC precisatrabalhar em conjunto com seus associa-dos para criar novas modalidades de par-cerias que permitam ampliar o mercado aser atendido pelas empresas nascentes
• Acesso a Capital – a associação precisaestabelecer relações institucionais e par-ceiras com bancos, investidores de riscoe “angels” no sentido de aproximar asempresas inovadoras dos potenciais pro-vedores de “capital empreendedor”.
• Acesso a Capacitação – a ANPROTEC de-verá aprimorar muito suas parceiras comentidades de formação e capacitação, vi-sando contribuir para o desenvolvimentode seu corpo de associados e, consequen-temente, dos próprios empreendedores.
está sendo possível...
Estes são alguns dos parceiros com quem a ANPROTEC tem interagido atualmente:
“O futuro das incubadoras de empresas é
serem atores relevantes para o desenvolvi-
mento local e participarem ativamente do for-
talecimento das concentrações produtivas.
Dessa forma, continuarão a desempenhar seu
papel histórico e estratégico na geração de
novas empresas, com seus produtos e servi-
ços inovadores, e de novos postos de traba-
lho e renda.”
Luiz Carlos Barboza
Diretor Técnico do Sebrae
“A CNI entende que a inovação, fundamental para a estratégia industrial brasileira, requer a criação deum ambiente favorável. Nesse contexto, as incubadoras constituem potenciais ambientes de geração e
desenvolvimento de novos negócios.”Armando Monteiro - Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005
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foi possível...
Parcerias internacionais
Muito do que a ANPROTEC desenvol-
veu e repassou aos seus associados ao
longo destes 20 anos deve-se, em gran-
de parte, ao aprendizado obtido pela in-
teração com entidades nos mais diver-
sos cantos do planeta.
Neste contexto, destacam-se princi-
palmente a Europa e os EUA, cujas ex-
periências anteriores tanto em incuba-
ção de empresas como em parques tec-
nológicos têm contribuído fortemente
para o desenvolvimento do movimento
brasileiro.
Nos EUA, a NBIA – National Business
Incubation Association e a AURP – Asso-
ciation of University Research Parks pro-
piciaram a capacitação de centenas de
técnicos brasileiros desde a primeira Mis-
são realizada em 1994. As publicações,
conferências e cursos realizados pelos
norte-americanos forneceram subsídios
importantes para os projetos brasileiros.
Da mesma forma, a Europa também
teve influência sobre o Brasil, seja por
meio de parcerias específicas entre in-
cubadoras e parques dos dois países,
seja pela interação institucional entre a
ANPROTEC e entidades européias.
No início da década de 90, um Proje-
to da União Européia para estimular a
interação entre países europeus e lati-
no americanos, denominado Projeto Co-
lumbus, proporcionou cursos, consulto-
rias e missões de intercâmbio que aju-
daram a formar um grande número de
profissionais na área.
Da mesma forma, a parceria com a
IASP – International Association of Sci-
ence Parks – também permitiu a capaci-
tação de centenas de profissionais bra-
sileiros na área, além de possibilitar a
troca de experiências práticas, por meio
de visitas técnicas e programas de coo-
peração.
Em 2001, a IASP, NBIA e AURP se
juntaram à ANPROTEC para realizar, no
Rio de Janeiro, a I World Conference on
Business Incubation, um evento que con-
solidou definitivamente a vocação de co-
operação internacional da ANPROTEC.
O futuro da cooperação internacional na
ANPROTEC exige uma intensificação ainda
maior dos projetos e ações concretas em
parceria com países europeus, latino-ameri-
canos e norte-americanos, em função da tra-
dicional relação institucional e comercial
existente com o Brasil.
Entretanto, é fundamental ampliar os
horizontes especialmente para a Ásia, que
vem desenvolvendo um trabalho exemplar
na área do empreendedorismo inovador, cri-
ando incubadoras de empresas e parques
tecnológicos de “classe mundial”. Países
como China, Índia, Coréia, Cingapura e Ma-
lásia, dentre outros, representam uma opor-
tunidade extraordinária de cooperação e
devem ser trabalhados de forma consisten-
te e permanente.
Atualmente a ANPROTEC mantém di-
versas parcerias internacionais que con-
tribuem para o fortalecimento da ima-
gem do país no exterior, possibilitam
acesso a novos mercados para os as-
sociados e ajudam a absorver novos co-
nhecimentos e experiências na área de
incubadoras, parques e empreendedo-
rismo.
Estas parcerias envolvem desde
ações típicas de cooperação e intercâm-
bio, como no caso da RELAPI (Rede La-
tino-Americana de Associações Nacio-
nais) até projetos de suporte e auxílio
a outros países, como no caso de An-
gola.
Vale destacar também a parceria com
o Programa infoDev, suportado pelo Ban-
co Mundial, no qual a ANPROTEC assu-
miu a responsabilidade de desenvolver
e implementar o iDISC – infoDev Incuba-
tor Support Center, uma base de conhe-
cimento na área de incubação de em-
presas que foi disponibilizada aos proje-
tos de incubadoras dos países apoiados
pelo Programa “Incubator Initiative”.
está sendo possível...
“Estamos falando de projetos e estruturasque são a porta de acesso de toda socieda-de de um país à economia do conhecimentoe à sociedade da informação. É muito difícilque as empresas, sem acesso a esses am-bientes facilitadores de desenvolvimento,tenham êxito em um mercado altamente com-petitivo e globalizado.”
Luis Sanz
Diretor-geral da IASPFonte: Entrevista concedida no XVI
Seminário Nacional - 2006
“As incubadoras são essenciais para permitir que boas idéias possam ser transformadas emprodutos inovadores, por meio da disponibilidade de ambientes criativos e compartilhados.”
Hugo Borelli - Presidente da Anpei
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será possível...
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Uma das principais missões
da ANPROTEC ao longo dos 20
anos de existência foi atender seus
associados por meio de produtos
e serviços que contribuam com o
desenvolvimento das incubadoras,
parques e empresas inovadoras.
Estes produtos e serviços foram
desenvolvidos com a participação
efetiva dos próprios
associados, que se
propuseram a trans-
ferir suas experiênci-
as e aprendizados
acumulados ao lon-
go dos anos na prá-
tica da gestão das
incubadoras e par-
ques.
Estes 20 anos
de experiência co-
operativa geraram um con-
junto de produtos e serviços es-
truturados em três grandes seg-
mentos:
• CONHECIMENTO – cursos de
curta duração, seminários e
worksops, publicações, relató-
rios e estudos, informativos e
missões técnicas.
• RECONHECIMENTO – iniciativas
organizadas pela ANPROTEC para promo-
ver e divulgar os resultados do movimento
de incubadoras e parques – prêmios, con-
cursos e materiais promocionais.
• INFORMAÇÃO – relatórios e estudos
contendo dados sobre o desempenho das
incubadoras e parques, resultados das
empresas inovadoras, além de sites e
soluções WEB que disponibilizam infor-
mações e conexões com as experiênci-
as mais bem sucedidas no âmbito nacional e
internacional.
Nos últimos anos, a ANPROTEC vem avan-
çando no sentido de inovar e aperfeiçoar seus
produtos e serviços especialmente no que se
refere ao uso de novas tecnologias, atendimento
à demandas dos associados e sintonia com ten-
dências mundiais.
CONHECIMENTO – novas
soluções para treinamento à dis-
tância, introdução de novos cur-
sos, profissionalização da linha
de publicações e lançamento do
“TOOLKIT de melhores práticas
em incubação de empreendi-
mentos inovadores”. Este TO-
OLKIT permite o download e
upload de práticas, procedimentos, ar-
tigos e sistemáticas na área. Trata-se de uma
base de conhecimento compartilhada e dinâmi-
ca capaz de ser gerenciada de forma cooperati-
va pelos próprios associados.
O futuro dos produtos e serviços da ANPRO-
TEC certamente está relacionado à oferta de so-luções como:• Conhecimento - Publicações de Referência co-
mercializadas em grandes redes de livrarias,fortalecimento da produção científica na áreapor meio da articulação dos núcleos de pes-
quisa existentes no país e organização/dis-seminação de “best and good practices” .
• Interatividade – aperfeiçoamento das solu-
ções de e-learning sintonizadas com os princí-pios da Web 2.0, visando intensificar a intera-tividade e formação de comunidades via rede.
• Certificação – estruturação dos Programas de
Treinamento e Capacitação da ANPROTEC deforma a constituir “pacotes” de formação quepermitam a certificação dos profissionais.
• Acesso a Capital – fortalecimento das parce-rias com órgãos de financiamento e capitali-zação, a fim de disponibilizar às incubadoras,
parques e empresas uma rede de parceirosespecializados e confiáveis.
• Acesso a Mercado – envolvendo acordos de
cooperação nacionais e internacionais quepermitam ampliar o potencial de geração denegócios no contexto das diversas redes de
incubadoras e parques.• Instituto de Referência na área de Empreen-
dedorismo Inovador – a ANPROTEC deve con-
solidar a criação de um Instituto voltado paraa geração e disseminação de novos conheci-mentos, tecnologias, conceitos e soluções na
área de empreendedorismo inovador.
RECONHECIMENTO – desde 2006, o Prê-
mio ANPROTEC passou a ser denominado “Prê-
mio Nacional de Empreendedorismo Inovador”,
visando congregar novos parceiros e ampliar
o sua abragência e visibilidade nacional.
INFORMAÇÃO – os esforços neste seg-
mento da informação vão desde o
Sistema Único de Acompanhamen-
to e Avaliação (em fase de conclu-
são), que visa integrar os diversos
mecanismos de avaliação do movi-
mento, até a base de informações so-
bre as empresas, incubadoras e par-
ques, que está consolidada no Portal
de Inovação, criado pelo Governo Fe-
deral.
Produtos e serviços
“A criação da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas(ANPROTEC), em 1987, representa a consolidação da experiência brasileira em incubação de empresas”.
Telmo Araújo - Eterno Diretor, parceiro, Admirador e professor do movimento
“Nós precisamos de um projeto pedagógi-
co que promova a formação de empreende-
dores socialmente responsáveis e preocu-
pados em gerar também riqueza moral e
cultural, às quais constroem e afirmam a
nossa identidade.”
Wrana Maria Panizzi
Vice-presidente do CNPq
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será possível...
foi possível...
Projetos especiais
está sendo possível...
Além dos produtos e serviços disponibiliza-
dos regularmente aos associados, a ANPRO-
TEC tem desenvolvido projetos especiais em
cooperação com seus parceiros estratégicos.
Estes projetos especiais são focados nos
grandes temas estratégicos e desafios do mo-
vimento.
Alguns exemplos de projetos estratégicos
desenvolvidos ao longo dos últimos 20 anos
da ANPROTEC são:
1996 - Conferência Internacional da
IASP – International Association of
Science Parks 1996 – que envolveu
todo um conjunto de articulações in-
ternacionais e nacionais, promovendo a di-
vulgação do movimento brasileiro de incuba-
doras e parques e estabelecendo um novo
patamar de relacionamento entre o Brasil e o
mundo nesta área do empreendedorismo ino-
vador;
Conferência Mundial de Incubação
de Empresas – 2001 – que consoli-
dou o posicionamento do país no seg-
mento de incubadoras de empresas
e conferiu à ANPROTEC um papel de
liderança e competência técnica na área.
Neste momento a ANPROTEC desenvolve
um grande conjunto de projetos especiais jun-
to a diversos parceiros estratégicos do movi-
mento de incubadoras e parques:
• Portal de Empresas Inovadoras – consiste
numa base estruturada de informações so-
bre as empresas inovadoras do país, des-
tacando seus principais produtos, tecnolo-
gias e indicadores. O Portal está sendo im-
plantado no contexto do Portal Inovação do
Governo Federal, de forma a assegurar efi-
ciência e otimização de recursos.
• Sistema Único de Acompanhamento e Ava-
liação de Incubadoras, Parques e Empre-
sas – SUA – Este sistema é um dos gran-
des desafios do movimento ao longo de sua
história já que está diretamente relaciona-
do com a medição dos resultados do movi-
mento. O Projeto SUA envolve a definição
dos indicadores estratégicos a serem ava-
liados, o desenvolvimento da ferramenta de
software para levantamento e processamen-
to de informações e a geração dos relatóri-
os e primeiras análises de resultados.
• Estudo e Proposições sobre Parques Tec-
nológicos – o crescimento do número e
complexidade dos projetos de Parques Tec-
nológicos nos Brasil levou a ANPROTEC a
propor o desenvolvimento de um projeto de
estudo da situação dos Parques Tecnológi-
cos no Brasil e no mundo visando ao de-
senvolvimento de uma proposta de taxono-
mia de proposições de sugestões de políti-
cas públicas a serem analisadas e adotas
pelo governo e poder legislativo.
• “MBA – Programa de Especialização em
Empreendedorismo Inovador” – este pro-
jeto nasceu da necessidade de qualificar e
profissionalizar ainda mais as equipes de
apoio aos empreendedores inovadores nas
incubadoras e parques. O programa pos-
sui estrutura padronizada e poderá ser exe-
cutado do forma simultânea nas diversas
regiões do país.
Ainda na linha de Projetos Especiais, é fun-
damental que a ANPROTEC continue avançan-
do na direção de implementar projetos que pro-
movam a Relevância e Qualidade do Movimen-
to (Incubadoras e Empresas), tais como:
• Implantação do Sistema Único de Acom-
panhamento e Avaliação de Incubadoras,
Parques e Empresas e de um futuro Siste-
ma de Certificação ou Credenciamento de
Incubadoras e Parques – um tema comple-
xo e difícil, mas fundamental para consoli-
dar a credibilidade e reconhecimento do mo-
vimento.
• Desenvolvimento de um “toolkit” de me-
lhores práticas para Empreendimentos Ino-
vadores – desenvolver e consolidar um Sis-
tema de Melhores Práticas e Instrumentos
de Apoio voltados para a promoção da com-
petitividade das empresas apoiadas por in-
cubadoras e parques.
• Desenvolvimento e implantação de novos
modelos de incubação e parques tecnoló-
gicos em áreas estratégicas – é fundamen-
tal que se dedique atenção ao desenvolvi-
mento de novas estratégias, modelos e
soluções para gerar empresas inovadoras
em segmentos estratégicos para a política
industrial e de inovação do país.
“Eu acredito que o Brasil neste momento é
uma referência mundial no que tange ao nú-
mero de incubadoras de empresas. Minha
opinião é que essas incubadoras deveriam
evoluir para parques tecnológicos, pois elas
são sementes desses parques. Esse movi-
mento, por sua grandeza e resultados faz
do Brasil uma referência no mundo.”
Felipe Romera
Presidente da Associação de Parques
Tecnológicos e Incubadoras de Empresas
da Espanha (APTE)
iDISC – infoDev Incubator Su-
pport Center – a ANPROTEC par-
ticipou e venceu a concorrência mundial pro-
movida pelo Programa infoDev – infomation
for Development, apoiado pelo Banco Mundi-
al. O projeto consistiu no desenvolvimento e
implantação do iDISC, uma base de conheci-
mento de referência na área de incubação de
empresas, orientada para o suporte a um con-
junto de incubadoras de países em desenvol-
vimento apoiados pelo Programa Incubator Ini-
tiative, do infoDev/BancoMundial.
“O papel da Anprotec tem sido fundamental para a transformação de conhecimento em tecnologianacional, e com os novos caminhos abertos pela Lei de Inovação, sem dúvida, a Anprotec terá aindamais a contribuir para o desenvolvimento nacional”.Eduardo Campos - Governador de Pernambuco e Ex-ministro de Ciência e Tecnologia Fonte: Revista Locus, Edição 41, Julho de 2004
12
será possível...
foi possível...
está sendo possível...
O processo de comunicação sempre foi um
grande desafio para uma associação como a
ANPROTEC que atua num segmento tão diver-
sificado e abrangente. Os associados possu-
em perfis diferentes que variam das universi-
dades às prefeituras, das in-
cubadoras aos parques e dos
empreendedores ao governo.
Ao longo dos 20 anos da AN-
PROTEC, foram desenvolvi-
dos os seguintes instrumen-
tos de comunicação com as-
sociados e parceiros:
1. Informativo Locus - O
primeiro instrumento formal de comu-
nicação foi o Informativo Lócus, lançado
no início de julho de 1995. O Lócus conso-
lidou-se como um importante instrumento
de comunicação passando por diversas
fases evolutivas marcadas até a edição 43.
2. info-e – é um informativo eletrônico dinâ-
mico, no qual a Anprotec dissemina infor-
mações rápidas, curtas e importantes. Pro-
duzido há 11 anos, o Info-e é uma ferra-
menta destinada exclusivamente aos asso-
ciados e parceiros da Anprotec. O boletim
é enviado para aproximadamente 5 mil pes-
soas. Já são 158 edições.
3. Website da Anprotec – o Site da as-
sociação apresenta as infor-
mações mais recentes, lista
de publicações e cursos, in-
formações institucionais, bem
como diversos serviços de
atendimento ao associado ou
parceiros. O site tem registra-
do uma média de 1.200 aces-
sos diariamente, chegando a
2000 acessos/dia em épocas de pico.
www.anprotec.org.br
4. Portal Rede Incubar – Este portal foi de-
senvolvido pela ANPROTEC em parceria com
as entidades do Programa Nacional de In-
cubadoras e Parques – PNI com o objetivo
de integrar, concentrar e disseminar as in-
formações estratégicas na área.
Nos últimos anos, a ANPROTEC vem pro-
curando inovar e ampliar os
seus meios de comunicação
com o associado com ações
como:
• Revista Locus – A partir da
edição de setembro de 2005
(edição nº 44) o Informativo
Locus passou definitivamen-
te a se caracterizar como uma
Revista, tendo diversas altera-
ções até alcançar a forma e
conteúdo atuais. A edição nr.
48, de abr/mai de 2007, mar-
ca o início da nova fase da re-
vista, contando com um exce-
lente Conselho Editorial e
apresentando grandes modifi-
cações, tanto no conceito edi-
torial quanto gráfico.
• Locus Científico – Uma edi-
ção especial periódica da Re-
vista Locus voltada especial-
mente para a disseminação da produção
científica na área de empreendedorismo
inovador
• Encontros Regionais de Incubadoras eParques – visando descentralizar os even-
tos na área, o SEBRAE e a ANPROTEC
passaram a apoiar a promoção de Encon-
tros Regionais em parceira com
as Redes de Incubadoras e Par-
ques.
• Publicações Focadas – Peri-
odicamente a ANPROTEC tem
lançado publicações especiais
na forma de cartilhas e docu-
mentos executivos visando atin-
gir públicos de grande interes-
se estratégico tais como prefei-
tos, reitores, deputados, etc.
• Projeto “Empreenderé Show” – trata-se de uma ex-
periência inovadora voltada para
a divulgação de casos de suces-
so de empreendedores brasilei-
ros em que a ANPROTEC está
testando táticas modernas de co-
municação tais como “reality
show”, comunidades na internet,
soluções, experiências e mídia in-
terativa.
Os grandes desafios para o futuro neste
segmento de comunicação estão relaciona-
dos a:
• Ampliar a exposição na mídia – o movi-
mento de incubadoras e parques ainda
não conseguiu ocupar um espaço relevan-
te na imprensa de forma a promover os
excelentes casos de sucesso de empre-
sas inovadoras que podem contribuir para
a formação de uma cultura favorável ao
empreendedorismo no papaís.
• Portal “Comunidade web 2.0” – a comu-
nicação via web com as incubadoras, par-
ques e empresas deve avançar no senti-
do de aproveitar melhor as potencialida-
des das novas tecnologias e conceitos de
comunicação viabilizados pela interativida-
de da web 2.0.
• “Espaço Empreender e Inovar” – a rede
de incubadoras espalhadas pelo país pre-
cisa se consolidar num grande “show
room” com espaços específicos em cada
incubadora para divulgar os resultados e
os casos de sucesso nacionais e locais.
“Um movimento maduro como é o de Incuba-
doras de Empresas no Brasil, tem a obriga-
ção de se comunicar não apenas com aque-
les que o fazem acontecer, mas com toda a
sociedade. Esta é uma das principais diretri-
zes definidas pelo Conselho Editorial da re-
vista Locus.”
Maurício Guedes - Ex-presidente da
Anprotec e Diretor-executivo do Parque
Tecnológico do Rio de Janeiro
Comunicação e Interação
“ANPROTEC: Privilegiada puerta de acceso de Brasil a las redesglobales de la economía del conocimiento.”
Luis Sanz - Diretor-executivo da IASP
13
será possível...
foi possível...
está sendo possível...
“Há uma clara tendência em oferecimento de
plenárias temáticas, focadas em temas es-
tratégicos ou oportunidades econômicas, e
no resgate e solidificação do tratamento aca-
dêmico dos temas de interesse, com traba-
lhos de qualidade crescente, amparados pela
diversidade de forma de apresentação.”
Josealdo Tonholo
Diretor da Anprotec
Toda entidade associativa precisa desen-
volver um evento que permita reunir seus
associados e parceiros a fim de avaliar resul-
tados, trocar experiências e traçar os rumos
para o futuro.
Foi com este propósito que nasceu o Se-
minário Nacional de Parques Tecnológicos e
Incubadoras de Empresas, um evento que já
se encontra na sua 17ª edição.
Ao longo dos 20 anos da ANPROTEC o
Seminário Nacional contribuiu decisivamente
para a evolução do movimento brasileiro. Al-
guns destaques:
• Palestrantes – foram mais de 115 espe-
cialistas internacionais (5 continentes) e
410 nacionais que participa-
ram do Seminário, trazendo
novos conhecimentos e idéi-
as.
• Participantes – foram mais de
6200 participantes de todas
as unidades da federação e
do exterior.
• Primeiro Seminário - o Semi-
nário de 1987, realizado no
Rio de Janeiro de 1 a 4 de de-
zembro, marcou a criação da
ANPROTEC e o início dos even-
tos anuais promovidos pela
Associação. Os anais apresentam os re-
sultados dos estudos realizados no Bra-
sil, Argentina, Colômbia, México e Uruguai,
no âmbito do projeto patrocinado pela OEA
e Finep que visava analisar o fenômeno
dos parques tecnológicos naqueles países
onde estes empreendimentos já tivessem
alcançado alguma projeção.
• Workshop Anprotec – Desde 1993, a As-
sociação realiza na mesma semana do Se-
minário Nacional um Workshop voltado es-
pecialmente para os associados a fim de
permitir um debate profundo sobre temas
considerados estratégicos para o movi-
mento.
O futuro do Seminário Nacional envolve
grandes desafios no sentido de fortalecer ain-
da mais este grande encontro anual das in-
cubadoras, parques e promotores do empre-
endedorismo inovador no país:
• Ampliar fortemente a participação de líde-
res tomadores de decisão do poder exe-
cutivo (ministros, governadores, prefeitos,
etc), poder legislativo (deputados, verea-
dores, etc), setor acadêmico (universida-
des, pesquisadores, etc) e setor privado
(investidores, lideranças empresariais,
etc).
• Promover melhor o evento junto à mídia,
por meio da presença de conferencistas
conhecidos do grande público, pela apre-
sentação de casos diferenciados de em-
preendedorismo inovador e anúncio de in-
formações atraentes a respeito da evolu-
ção e dos resultados do movimento no
país.
• Ampliar a participação no seminário de
jovens estudantes, lideranças comunitá-
rias e público em geral, seja pela presen-
ça física no evento ou pelo acesso via
soluções de webconferência.
Atualmente o Seminário Nacional já é
uma realidade consolidada. Promovido
anualmente em parceira com o SEBRAE
e com apoio dos diversos parceiros do
movimento de incubadoras e parques, o Se-
minário está entre os três maiores
eventos do mundo na área de In-
cubadoras de Empresas e Par-
ques Tecnológicos. Tudo isto de-
monstra a força do Brasil nesta
área e o potencial que deve ser
aproveitado.
Nos últimos anos, o Seminário Na-
cional se transformou numa grande
Semana de Capacitação e Mobiliza-
ção em torno do tema do Empreende-
dorismo Inovador. Em geral, a progra-
mação envolve:
• Seminário Nacional – dois dias de
programação intensa com painéis,
apresentação de artigos e conferên-
cias especiais.
• Workshop Anprotec – 1 dia, normalmente
divido em duas grandes sessões parale-
las para tratar de temas estratégicos para
o movimento.
• Minicursos – geralmente
dois períodos (manhã e tar-
de) onde são ministrados
cerca de 10 minicursos fo-
cados em temas de interesse dos associ-
ados.
• Reuniões e Fóruns Estratégi-
cos – em geral ocorrem mais de
4 Reuniões especiais com seg-
mentos estratégicos para o mo-
vimento tais como: prefeitos,
secretários de C&T, reitores e pró-
reitores, investidores, empresári-
os, membros do legislativo e par-
ceiros de governo e entidades da
sociedade civil.
• Assembléia Geral Ordinária da
ANPROTEC – evento deliberati-
vo mais importante da associa-
ção, onde são tomadas as gran-
des decisões do movimento.
Em resumo, somando todos os eventos,
são cerca de 100 horas de atividades de ca-
pacitação, articulação e mobilização ao lon-
go de uma semana, envolvendo mais de
1000 pessoas.
Seminário Nacional
“As incubadoras de empresas e parques tecnológicos representam mecanismos essenciais para aexecução de políticas públicas de geração de emprego e renda aos estados e municípios.”
Rafael Lucchesi - Presidente do Conselho Consultivo da Anprotec
Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005
14
será possível...
foi possível...
está sendo possível...
As Redes de Incubadoras e Parques
surgiram ainda no final da última déca-
da como uma estratégia natural e sau-
dável de fortalecimento do movimento no
âmbito regional/local ou temático/seto-
rial.
A ANPROTEC enxerga nas Redes um
papel fundamental para articular melhor
o desenvolvimento do movimento e mo-
bilizar de forma mais intensa as forças
e lideranças estratégicas ao redor de
todo o país.
As Redes estruturadas até hoje foram:
1. RAIE - Rede Alagoana de Incubado-
ras de Empresas e Instituições Pro-
motoras de Empreendimentos
2. RBI - Rede Baiana de Incubadoras
3. RIC - Rede Cearense de Incubado-
ras
4. Rede Candanga de Incubadoras
5. Rede Capixaba de Inovação
6. Rede Goiana de Incubadoras de Em-
presas e Parques tecnológicos
7. RMI - Rede Mineira de Inovação
8. Rede Sul Matogrossense de Entida-
des Promotoras de Empreendimen-
tos Inovadores
9. Rede Criativa
10. RAMI - Rede Amazônica de Incuba-
doras de Empresas
11. Rede Nordeste
12. Rede Paraibana de Incubadoras
13. Rede Pernambucana Promotora de
Empreendimentos Inovadores
14. REPARTE – Rede Paranaense de In-
cubadoras e Parques Tecnológicos
15. REINC – Rede de Incubadoras, Par-
ques e Pólos Tecnológicos
16. REGINP - Rede Gaúcha de Incubado-
ras de Empresas e Parques Tecno-
lógicos
17. RECEPET - Rede Catarinense de En-
tidades Promotoras de Empreendi-
mentos de Base Tecnológica
18. RIS - Rede de Incubadoras de Sergi-
pe
19. Incubadoras do Programa da FIESP
– SP
20. RAITEC - Rede de apoio à inovação
tecnológica e empreendimentos em
criação
21. Rede de Incubadoras Sociais
A ANPROTEC tem buscado atuar de
forma integrada com as Redes, visando
fortalecer um modelo de atuação mais
descentralizado e sistêmico. Dentre os
principais avanços destacam-se:
• Articulação de editais para apoio fi-
nanceiro às atividades das Redes de
Incubadoras;
• Descentralização do processo de le-
vantamento de informações sobre o
movimento por meio das equipes das
Redes;
• Criação de instrumentos e sistemáti-
cas de comunicação descentralizada,
visando fortalecer o papel de gerador
de informações e conteúdo por parte
das redes;
• Adoção de práticas de consulta e dis-
cussão de temas estratégicos para
o movimento por meio da interação
com as Redes;
• Criação de Fórum e Comitês específi-
cos com participação de lideranças
das Redes;
• Estruturação de produtos, serviços e
projetos da associação considerando
o papel e a participação das Redes,
tais como o Prêmio Nacional de Em-
preendedorismo Inovador, Seminário
Nacional, Revista Locus, Empreender
é Show, etc.
• Criação do Programa de Encontros Re-
gionais de Incubadoras e Parques Tec-
nológicos, visando promover eventos
de caráter estratégico de forma mais
descentralizada contando com a or-
ganização e liderança das Redes lo-
cais.
É preciso que as Redes se consolidemainda mais como instrumentos sistêmicos e
integrados de fortalecimento do movimento
em todo o país. Para tanto, é fundamental
avançar em alguns aspectos:
• Fortalecimento das Redes Estaduais como
pontos avançados da ANPROTEC no âm-bito local, com representatividade e lide-
rança para promover a mobilização dos
atores críticos.
• Criação de Redes Temáticas, para supe-
ração de obstáculos e aproveitamento de
oportunidades estratégicas em novos edesafiadores segmentos do movimento.
• Harmonização dos principais elementos
jurídicos e operacionais que caracterizam
as Redes, visando gerar melhores resul-
tados.• Ampliação dos instrumentos de apoio à
sustentabilidade das Redes, especialmen-
te com a participação e comprometimen-
to de atores locais.
• Consolidação do papel de Rede em atuar
como grande elemento de “mobilização eavaliação crítica” no âmbito local e temá-
tico, de modo a fortalecer a credibilidade
e consistência do movimento de incuba-
doras e parques.
“As redes de incubadoras virão a se consoli-
dar mecanismos fundamentais para a evolu-
ção das incubadoras e parques no País, pro-
movendo o compartilhamento de conhecimen-
to e melhores práticas, articulando projetos
integrados inovadores voltados às necessi-
dades regionais dos empreendimentos incu-
bados e mobilizando recursos humanos e
competências distribuídas nas diversas ins-
tituições que as integram.”
Antonio Pereira Lima Jr.
Incubadora Tecnológica de Empresas e
Cooperativas - ITEC - Universidade Católica
de Brasília
Redes de Incubadoras e Parques
“As incubadoras e parques são essenciais para a promoção do desenvolvimento tecnológico brasileiro, poissão ferramentas estratégicas na transformação do conhecimento acadêmico em inovação.”
Luis Fernando Caribelli Madi - Presidente da Abipti
Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005
15
será possível...
foi possível...
Equipe e Governança
está sendo possível...
A ANPROTEC nasceu como uma orga-
nização absolutamente informal, manti-
da pelo trabalho pessoal dos primeiros
associados. A partir de 1993 a entida-
de começou a estruturar as bases de
uma equipe técnica de prestação de ser-
viços e atendimento aos associados.
Desde então, esta estrutura foi se
aperfeiçoando tanto do ponto de vista
físico, como, principalmente, humano.
Assim, aos poucos e com muitas difi-
culdades, foi se construindo uma equi-
pe de profissionais dedicados exclusiva-
mente à administração da entidade, ao
atendimento aos associados e à reali-
zação de projetos de interesse do movi-
mento.
Ao longo destes anos, a estrutura or-
ganizacional da Associação foi alterada,
com ampliação do número de Diretores
de 4 para 6 em 1999, criação do Conse-
lho Consultivo e incorporação de novas
categorias de sócios à Assembléia de
Associados.
Atualmente a ANPROTEC conta com uma
equipe de 11 pessoas distribuídas em 4 uni-
dades: comunicação, atendimento, admi-
nistração e projetos. A estrutura é gerenci-
ada por uma Superintendência Executiva
que se reporta à Diretoria da ANPROTEC.
A Diretoria administra as atividades da
Associação com o apoio de Comitês Ges-
tores constituídos por entidades parcei-
ras e também pelas Redes de Incubado-
ras e Parques.
Toda esta estrutura tem como órgão
soberano a Assembléia de Associados,
que conta também com o suporte do Con-
selho Consultivo, formado por lideranças
e personalidades da área de empreende-
dorismo, além dos últimos três Presiden-
tes da entidade.
A ANPROTEC precisa desenvolver
continuamente sua estrutura de coman-
do e gestão para garantir uma padrão
de qualidade e um processo contínuo
de inovação. Para isto, é fundamental
continuar investindo na equipe a fim de
manter uma continuidade na condução
dos projetos e no atendimento aos as-
sociados.
A governança da ANPROTEC também
deve ser aperfeiçoada no sentido de
promover uma melhor participação dos
associados no processo de direciona-
mento da entidade. Ao mesmo tempo,
deve-se criar novos instrumentos de re-
presentatividade junto aos parceiros e
atores sociais estratégicos para o mo-
vimento. Somente com uma governan-
ça forte, atuante e responsável, é pos-
sível dar respostas fortes, contunden-
tes e relevantes aos grandes desafios
que se apresentam no futuro do movi-
mento.
Um antigo filósofo disse: “Os grandes na-
vegadores devem sua reputação às gran-
des tempestades”. Sei, tanto por experi-
ência e pela história de várias empresas,
que o sucesso, a superação e a excelência
são resultado de esforço, de conhecimen-
to e, principalmente, de comprometimento
com os seus ideais e com aqueles que
estão juntos a você na jornada. Este é o
futuro da equipe: buscar o êxito em cada
projeto, com compromisso, destreza e com-
panheirismo.
Sheila Oliveira Pires
Superintendente Executiva da ANPROTEC
“A importância dessas ações é determinante, pois não haverá em 10 anos país de primeiromundo que não priorize instalações de parques tecnológicos.”
Alexandre Aguiar Cardoso - Presidente do Consecti - Conselho Nacional dos Secretários de Ciência e Tecnologia
16
será possível...
foi possível...
está sendo possível...
A ANPROTEC operou durante mais de
seis anos sem uma sede fixa, dependen-
do exclusivamente da infra-estrutura dis-
ponibilizada pelos primeiros diretores da
entidade. Foi a partir de 1993 que a enti-
dade passou a contar com uma estrutura
mais organizada junto à UnB – Universi-
dade de Brasília, na capital do país.
Esta mudança consolidou um mo-
mento de amadurecimento da associa-
ção, fazendo com que se formalizasse
uma sede definitiva no centro de deci-
sões do país, onde estão localizados
os principais parceiros da entidade.
Em 2004 a ANPROTEC transferiu sua
sede para instalações no Setor Comer-
cial Norte da Capital Federal, a fim de
contar com uma área mais adequada ao
crescente número de projetos e ativida-
des desenvolvidas pela Associação.
Nesta nova estrutura, que conta com
cerca de 150 m2, a associação disponi-
biliza espaços exclusivos ao associado
tais como o Centro de Informação com
toda a base de publicações, informações
e dados do movimento, e o “Espaço do
Associado”, com sala de reuniões e cé-
lula de trabalho com computador e aces-
so a internet.
Além disso, a sede conta com espa-
ço para data center e áreas de escritó-
rio das unidades de direção, comunica-
ção, projetos, atendimento e adminis-
tração.
Apesar de contar com uma moderna e fun-
cional sede administrativa, a ANPROTEC pre-
cisa continuar trabalhando para viabilizar uma
sede própria definitiva, de preferência num
dos Parques Tecnológicos em implantação no
Distrito Federal.
Neste sentido, já foram iniciadas tratati-
vas para viabilizar um imóvel junto ao Parque
Tecnológico da
Universidade
de Brasília e,
ao mesmo tem-
po, foi desen-
volvido um pri-
meiro antepro-
jeto de uma fu-
tura sede pró-
pria que deverá
disponibilizar
uma infra-estru-
tura de exce-
lência para a
Assoc iação,
para os associ-
ados e para as
próprias em-
presas das incubadoras e parques, que po-
derão contar com um ponto de apoio na Capi-
tal do País.
O movimento de incubadoras e parques cres-
ceu expressivamente e mostrou os seus re-
sultados para consolidar a cultura do empre-
endedorismo inovador e contribuir para o
desenvolvimento econômico e social do País.
Luís Afonso Bermúdez
Presidente da ANPROTEC de 1999 a 2003 -
Diretor do CDT/UnB
Infra-estrutura
“A inovação e o desenvolvimento tecnológico estão na agenda do crescimento do Brasil. Se nopassado fomos impulsionados por custos de fatores, agora somente iremos crescer impulsionados
pela tecnologia. A ANPROTEC há 20 anos já percebia isto. Parabéns à ANPROTEC.”Deputado Emanuel Fernandes - Membro da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara Federal dos Deputados
18
será possível...
foi possível...
Reposicionamento
está sendo possível...
O desenvolvimento das incubadoras no Brasil ocor-
reu de forma rápida e surpreendente. Ao longo de um
período de não mais de 10 anos o número de projetos
se multiplicou por 10. Ao mesmo tempo, iniciativas
focadas na promoção do empreendedorismo também
se disseminaram por universidades e escolas de todo
o país. Finalmente, nos últimos 5 anos, também ocor-
reu um crescimento vertiginoso no número de projetos
de parques tecnológicos. A ANPROTEC encara esta alta
taxa de crescimento de duas formas:
• Por um lado, trata-se de uma excepcional OPORTU-NIDADE de se consolidar no país um modelo de
promoção de empreendedorismo inovador;
• Por outro, pode se configurar numa AMEAÇA peri-
gosa se os resultados não forem convincentes e
sustentáveis.
O FATO é que há realmente boas e más notícias
em torno do fenômeno brasileiro do crescimento do
número de incubadoras e parques.
Entre as BOAS NOTÍCIAS, destacam-se:
• Os resultados das incubadoras de empresas brasi-
leiras em termos de eficiência e eficácia estão
ACIMA DA MÉDIA de outros mecanismos e pro-
gramas de suporte a pequenos negócios e empre-
sas nascentes;
• A QUANTIDADE DE PROGRAMAS de promoção de
empreendedorismo inovador e de ENTIDADES en-
O processo de mudança e reposicionamento do
movimento para atingir um novo patamar de resulta-
dos e de relevância envolveu inúmeras discussões, de-
bates, reflexões e trocas de experiências.
A ANPROTEC coordenou este conjunto de ativida-
des ao longo dos últimos anos com o objetivo de con-
tribuir com a geração de uma visão de futuro comparti-
lhada pelos associados, parceiros e demais atores so-
ciais. Para construir esta nova visão de futuro foi ne-
cessário:
• Realizar reuniões de avaliação e de planejamento
com os associados, as coordenações de Redes e
as entidades parceiras do movimento;
• Interagir com especialistas nacionais e internacio-
nais que possuem experiências bem sucedidas de
novos modelos de promoção do empreendedoris-
mo inovador;
• Ouvir os principais interlocutores das incubadoras
e parques no âmbito político, acadêmico, empresa-
rial e comunitário;
• Estudar e visitar experiências de sucesso de repo-
sicionamento de mecanismos de suporte e apoio a
empresas inovadoras nascentes;
• Propor, testar e reformatar propostas, idéias e so-
luções a partir da percepção dos principais atores
envolvidos com o empreendedorismo inovador no
país.
A execução destas atividades respeitou um conjun-
to de direcionamentos estabelecidos com base nas
percepções, expectativas e opiniões dos associados e
parceiros:
RELEVÂNCIA – trabalhar no sentido de tornar o Mo-
vimento relevante para o presente e o futuro do País.
ABRANGÊNCIA – perseguir um modelo com poten-
cial para atuação sistêmica e representativa em todo o
País.
COOPERAÇÃO – potencializar as parcerias e coope-
rações nacionais e internacionais.
FLEXIBILIDADE – levar em consideração os diver-
sos tipos de experiências e modelos de mecanismo
existentes.
O primeiro resultado deste processo de planejamen-
to e mudança foi a proposição de um novo posiciona-
mento estratégico para o movimento. A idéia central é
que existe um “DNA comum” ou um “elemento genéti-
co básico” que deve caracterizar uma incubadora, uma
pré-incubadora, um parque ou outro tipo qualquer de
mecanismo de promoção de empreendimentos inova-
dores. Este posicionamento estratégico deve orientar a
forma como o movimento pretende atuar e ser percebi-
do pelo ambiente nos próximos anos.
Posicionamento Estratégico
Incubadoras de Empresas, Parques Tecnológicos e
outros Mecanismos desta natureza devem se
consolidar como Plataformas Estratégicas, Instituci-onais e Operacionais para promover o Empreendedo-
rismo Inovador com foco nos grandes desafiosregionais, setoriais e nacionais
Apesar de conciso, este reposicionamento implica
gajadas é extremamente representativa;
• Existe um ambiente com condições favoráveis ao
empreendedorismo inovador motivado pelo surgi-
mento de POLÍTICAS como a PITCE, Lei da Inova-
ção, a Lei do Bem, etc;
• Tendência de CRESCIMENTO do país com fortaleci-
mento de sua posição externa e da capacidade de
atração de investimentos;
• ESPAÇO/JANELA DE OPORTUNIDADE na área de
Empreendedorismo e Inovação.
Por outro lado, existem GRANDES DESAFIOS pela
frente:
• BAIXA EXPLORAÇÃO DO POTENCIAL de conheci-
mento e efeito multiplicador das incubadoras de
empresas;
• FALTA DE CONEXÃO com outras iniciativas de aten-
dimento e apoio a micro e pequenas empresas ino-
vadoras;
• Dificuldades de SUSTENTABILIDADE das Incubado-
ras e Parques;
• “Pressões Sociais e Políticas” por RESULTADOSMAIS RELEVANTES EM TERMOS DE QUALIDADE,ESCALA/IMPACTO na economia e na sociedade
• Utilização LIMITADA DA CAPACIDADE INSTALADAnas incubadoras e parques no que diz respeito a
qualificação técnica, articulação institucional, infra-
estrutura física, marca, etc.
A evolução das incubadoras e parques bra-
sileiros na direção do novo posicionamento
estratégico fará com que, dentro de pouco
tempo, estes mecanismos se consolidem
como:
• Plataformas para a efetiva promoção da cul-
tura de empreendedorismo e inovação jun-
to às principais universidades brasileiras;
• Plataformas para desenvolvimento de so-
luções inovadoras nos segmentos cientí-
ficos e tecnológicos prioritários para o
País;
• Plataformas para geração e suporte a em-
presas inovadoras estratégicas para a
competitividade dos principais APLs – Ar-
ranjos Produtivos Locais do País;
• Plataformas para a intensificação dos pro-
cessos de cooperação e interação univer-
sidade empresa;
• Plataformas de acesso a informações e
oportunidades de mercado, capital, tecno-
logia e conhecimento. (continua...)
“Existem oportunidades enormes para o país
e, ao mesmo tempo, desafios gigantescos a
serem superados. As incubadoras de Empre-
sas e Parques Tecnológicos estão se *pre-
parando* para adotar novos modelos de atu-
ação que promovam *saltos de qualidade e
quantidade* no universo das empresas ino-
vadoras”.
José Eduardo Fiates
Presidente da Anprotec
“É importante salientar a mudança de paradigma que se dá quando o pesquisador-cientista é desafiado ase relacionar com a iniciativa privada, fazendo do conhecimento novos produtos, melhorando acompetitividade e deixando para trás a cultura do isolamento das instituições públicas de C&T”
Paulo Piau - Deputado Federal e Membro da Subcomissão de Ciência e Tecnologia e Informática
19
será possível...
do Movimento
A autocrítica do movimento de incubadoras em iden-tificar estes pontos positivos e negativos é prova daevolução e maturidade que se construiu ao longo des-tes 20 anos de atuação associativa e cooperativa. Só épossível mudar quando se define claramente POR QUE
é necessário mudar e AONDE se quer chegar.Além destes fatores, ao longo destes 20 anos ocor-
reram profundas mudanças no ambiente econômico,político e social mundial, implicando em conseqüênci-as óbvias para o movimento:• O processo de globalização mun-
dial, que promoveu a integraçãode países, economias e pessoasde uma forma avassaladora;
• A velocidade de acesso a informa-ção e conhecimento, viabilizadapelo avanço nos processos de co-municação e gestão de bases dedados;
• A formação de uma nova estrutu-ra econômica global, com o surgi-mento de novos blocos econômi-cos, das economias emergentese das mega-empresas globais;
• O crescimento da consciência crí-tica sócio-ambiental, com o surgi-mento de movimentos, entidades
em vários compromissos, convicções e atitudes. É sim-ples, mas não é fácil. É preciso disciplina e criatividade.Talento e determinação. Agilidade e paciência. Antes detudo, é preciso compreender e acreditar.
Acreditar que quando se fala de incubadoras, par-ques e outros mecanismos de promoção está se tratan-do, no fundo, de um mesmo tema básico: empreende-dorismo inovador. Trata-se, portanto, de:• Criar soluções, sistemáticas e práticas para estimu-
lar, fomentar, prospectar, educar, identificar e apoi-
ar pessoas empreendedoras;• Promover a inovação aproximando o empreende-
dor das fontes de geração de conhecimento, idéi-as e tecnologias a fim de agregar valor e diferenciaro produto ou serviços da futura empresa;
• Ajudar o empreendedor a encontrar o espaço parafazer da sua idéia um sucesso no mercado e nasociedade, gerando benefícios para todos os envol-vidos;
• Saber conectar os sonhos do empreendedor com os
desafios da região onde está inserido e dos setoreseconômicos para os quais o negócio está orientado;
• Ter foco em superar os grandes desafios no âmbito
da comunidade, da cidade, da região, de um setorempresariais, de um segmento tecnológico e até dopaís;
• Perceber que só é possível se justificar como incu-badora ou parque se existe, claramente, um foco
em gerar resultados e uma capacidade em fazerisso por meio da promoção do empreendedorismoinovador;
e organismos orientados formalmente para a defe-sa do meio ambiente e a redução das desigualda-des.A conscientização sobre a magnitude e complexida-
de dos desafios que se apresentam ao movimento deincubadoras e parques fez com que iniciasse um pro-cesso natural, progressivo e definitivo de transforma-ção e reposicionamento. Este grande processo de mu-dança está em curso e deve direcionar a evolução daANPROTEC para os próximos anos.
• Perceber que uma incubadora não é um prédio nemuma equipe gestora e que um parque não é umterreno nem uma jogada de marketing;
• Perceber que incubadoras e parques são platafor-
mas: um conjunto de pessoas, conhecimentos, ex-periências, rede de contatos, infra-estrutura, his-tória, sistemáticas, serviços e todo um conjuntode capacidades que se articulam de forma naturale harmoniosa no sentido de servir de base para odesenvolvimento de um empreendimento inovador;
• Entender que o maior valor de uma incubadora ouparque está nos seus ativos estratégicos, técni-
cos e institucionais e não nas externalidades;• Perceber e aproveitar o fato de a incubadora ou o
parque já constituírem uma referência de ambien-
te favorável ao empreendedorismo;• Reconhecer e potencializar a capacidade de arti-
culação com parceiros essenciais para o suporteaos empreendedores, utilizando melhor os progra-mas, serviços e projetos de suporte às micro epequenas empresas inovadoras;
• Explorar melhor a sofisticada e valiosa rede forma-
da pelas incubadoras e parques bem como pelassuas empresas;
• Canalizar, ampliar e utilizar melhor o crescente in-teresse dedicado a este tema por parte da classepolítica, acadêmica e empresarial.Resumindo, assumir o novo posicionamento exige
reinventar a incubadora e o parque. Promover um novoolhar. Analisar e criticar os resultados do passado.Sonhar e planejar os resultados futuros.
• Plataformas para a geração de empresas
inovadoras com alto potencial para inves-
timentos de seed capital, venture capital,
private equity e abertura de capital no Mer-
cado Aberto.
• Plataformas para a promoção do empre-
endedorismo social de caráter inovador.
• Plataformas para a elevação do número
de pequenas empresas inovadoras na car-
teira de exportações do País.
• Plataformas para a atração de Centros de
P&D de empresas transnacionais para o
Brasil.
• Plataformas para o direcionamento do de-
senvolvimento econômico e social de mui-
tos municípios e regiões do País.
• Plataformas para a geração e apoio a em-
presas inovadoras focadas na promoção
da competitividade global de setores eco-
nômicos prioritários para o Brasil no cam-
po industrial, agropecuário e de serviços.
“Empreender e inovar são como duas faces
de uma moeda. Ao integrar naturalmente essa
idéias-força, o movimento das incubadoras e
parques tecnológicos tem condição de acele-
rar a transformação do Brasil numa econo-
mia mais dinâmica e equilibrada, capaz de
gerar e utilizar conhecimentos relevantes para
o mundo dos negócios.”
Guilherme Ary Plonski
Vice-presidente da Anprotec
(...continuação)
“As incubadoras e os parques se tornaram nos últimos 20 anos, ambientes estimuladores e impulsionadores doempreendedorismo inovador possibilitando o surgimento de empresas compromissadas com a inovação tecnológica e odesenvolvimento local, que ocupam lugar de destaque nos setores onde atuam, tanto no Brasil como no mercado global.”
Luiz Carlos Barboza - Diretor Técnico do Sebrae
20
Um novo caminho
Plataformas
para promover o
Empreendedorismo
Inovador
A figura apresenta uma visão geral sobre
o novo posicionamento proposto para o mo-
vimento de incubadoras de empresas e par-
ques tecnológicos. Cada uma das quatro
grandes frentes de atuação ilustradas repre-
senta um tipo de plataforma estratégica para
promoção do empreendedorismo inovador
no país.
Cada uma destas frentes de atuação está
focada em um dos grandes desafios de fu-
turo para o empreendedorismo inovador no
Brasil. São plataformas que se relacionam
e complementam ao longo do processo de
estímulo, apoio e suporte aos novos empre-
endedores e seus negócios inovadores.
A escolha de uma alternativa específica
entre as quatro plataformas disponíveis para
se promover o empreendedorismo inovador
depende de diversos fatores, dentre os quais
se destacam:
• Ativos de Conhecimento - capacidade ci-
entífica e tecnológica disponível, na for-
ma de universidades, centros de tecno-
logia e grupos de pesquisa existentes na
região.
• Vocação ou tradição empresarial - na for-
ma de empresas já existentes ou condi-
ções favoráveis ao surgimento de um
novo setor econômico.
• Pessoas - potencial humano qualificado
e motivado a empreendeder e inovar
• Recursos – infra-estrutura, dinheiro e
competência técnica para desenvolver e
implantar a plataforma de promoção de
empreendedorismo.
• Estratégia – clara visão dos objetivos a
serem perseguidos, somada a uma ca-
pacidade de gestão para planejar e, prin-
cipalmente, executar.
Cada região, cidade, universidade ou or-
ganização que tenha a intenção de iniciar
uma ação consistente de promoção de em-
preendedorismo deve avaliar cada um des-
tes fatores a fim de verificar a conveniência
de se investir efetivamente na iniciativa.
Apesar de não existir o “melhor caminho”,
é natural identificar caminhos que fazem sen-
tido. Assim, é possível imaginar que um am-
biente ideal para a promoção do empreen-
dedorismo deveria contar com uma Plata-
forma de Promoção da Cultura do Empreen-
dedorismo Inovador que estimula e fomen-
ta potenciais empreendimentos a serem
apoiados na Plataforma de Incubação Ori-
entada para o Desenvolvimento Local/Se-
torial ou na de Incubação Orientada para a
Geração e Uso Intenso de Tecnologia, de-
pendendo das condições e características
do ambiente. Finalmente, estes empreendi-
mentos incubados e outros empreendimen-
tos inovadores atraídos ou articulados na
região poderiam se instalar definitivamente
num Parque Científico, Tecnológico ou de De-
senvolvimento Regional. Obviamente, esta
não é uma situação genérica. Na esmaga-
dora maioria dos casos a melhor solução é
implantar apenas uma das plataformas e as-
segurar que se alcancem resultados relevan-
tes e consistentes. O fato é que, de alguma
maneira, um projeto bem sucedido de pro-
moção de empreendedorismo inovador sem-
pre estará confrontando uma destas quatro
grandes frentes de atuação.
“As verdadeiras revoluções culturais são promovidas pela sociedade civil de forma silenciosa e persistente. A Anprotec, umaautêntica e vigorosa entidade, lidera e apóia, há duas décadas, o surgimento de uma nova geração de empreendedores eempreendimentos inovadores. Um movimento vital para garantir o desenvolvimento endógeno e sustentado do Brasil”.
Gina Paladino - Ex-Diretora e eterna apaixonada pela ANPROTEC
21
para um novo destino
Elementos Comuns nas
Plataformas”
Apesar de diferentes, as quatro Plataformas
apresentam alguns elementos básicos comuns
cujas características específicas variam de acor-
do com o propósito e a finalidade da Plataforma.
Soluções voltadas diretamente para
o Empreendedor
Toda e qualquer Plataforma de apoio a em-
preendedores inovadores envolve, pelo menos,
cinco frentes de suporte:
• Desenvolvimento do Empreendedor – envol-
vendo desde a identificação e lapidação do
perfil do empreendedor até o processo de
capacitação e desenvolvimento.
• Desenvolvimento de Liderança e Gestão –
visando suprir a natural deficiência e falta
de experiência gerencial e de liderança de
times e organizações que caracteriza gran-
de parte dos empreendedores.
• Acesso a Conhecimento – contemplando to-
dos os aspectos relacionados à idéia, tec-
nologia, informações de mercado, concorrên-
cia, propriedade intelectual, etc.
• Acesso a Mercado – talvez o principal desa-
fio para quem tem uma “grande idéia” para
um mercado “não preparado” ou uma gran-
de “solução para um cliente que não tem o
problema”.
• Acesso a Capital – outro dos fatores que
acaba comprometendo grande parte dos em-
preendimentos inovadores.
Questões relacionadas à gestão do processo
de suporte ao empreendimento inovador
Para conseguir prover o suporte adequado
ao empreendedor, uma Plataforma de Empre-
endedorismo Inovador deve dominar ao menos
três grandes processos:
• Prospecção e Seleção – que consiste na cor-
reta identificação e escolha dos empreen-
dedores e dos empreendimentos a serem
apoiados;
• Capacitação e Suporte – que envolve o de-
senvolvimento e gestão do conjunto de ativi-
dades de apoio direto ao empreendedor;
• Avaliação e Acompanhamento – que con-
templa os processos e sistemáticas que per-
mitam aferir de forma confiável e interativa,
a evolução e a performance do empreendi-
mento.
Elementos pertinentes diretamente à
Plataforma de Empreendedorismo Inovador
Finalmente, além de assegurar o suporte efe-
tivo ao empreendedor e à gestão do processo
a plataforma precisa considerar a sua própria
gestão, como empreendimento inovador que é:
• Gestão da Plataforma de Empreendedoris-
mo Inovador – a fim de assegurar que a Pla-
taforma tenha um bom processo de plane-
jamento, operação, sustentabilidade e lon-
gevidade;
• Ampliação dos Limites – é fundamental que
se observe e atue no sentido de potencializar
a capacidade deapoio ao empreendedorismo
existente na plataforma, buscando oportuni-
dades em outros campos e segmentos.
Como já foi mencionado, os dez elementos
comuns apresentados variam em suas carac-
terísticas específicas de plataforma para pla-
taforma. Assim, é claro que o suporte de um
parque tecnológico às empresas instaladas na
área de acesso a conhecimento, mercado e
capital é diferente do suporte oferecido por uma
Incubadora. Assim como a seleção de empre-
endimentos, suporte e acompanhamento de
uma incubadora é diferente do que ocorre num
parque tecnológico ou num programa acadêmi-
co de promoção de empreendedorismo. Entre-
tanto, estes dez elementos estão presentes
em todas as quatro Plataformas e devem ser
alvo permanente de atenção e de aperfeiçoa-
mento.
“As incubadoras de empresas e parques tecnológicos, como evidenciam os 20 anosde trabalho da Anprotec, são muito importantes para a multiplicação de negóciosbem-sucedidos e empregos qualificados.”
Paulo Skaf - Presidente do Sistema Fiesp
22
será possível...
foi possível...
Cultura do Emp
está sendo possível...
As estratégias de promoção da cul-
tura do empreendedorismo inovador no
Brasil começaram a surgir de modo
mais intenso na segunda metade da
década de 90. Naquela época este tema
começou a fazer parte do vocabulário e
da agenda de algumas universidades e
regiões do país.
No contexto universitário, surgiram
as primeiras Escolas de Empreendedo-
res, voltadas para a realização de cur-
sos, introdução de disciplinas de em-
preendedorismo na grade curricular, in-
tegração com Empresas Junior e reali-
zação de eventos de conscientização e
divulgação.
A Plataforma de Promoção da Cultura do
Empreendedorismo Inovador constitui um dos
grandes desafios para o movimento nos pró-
ximos anos. A qualidade e quantidade de
empreendedores com efetivo potencial de
sucesso dependem desta plataforma.
Como ocorre nas outras plataformas, há
grandes oportunidades mas também muitas
questões a serem superadas. As experiênci-
as dos últimos anos demonstram que os re-
sultados dos esforços nesta área não tem
sido satisfatórios. Por outro lado, os investi-
mentos têm sido muito pouco significativos,
limitando-se a ações isoladas por parte de
algumas poucas instituições que compreen-
dem a importância do tema.
Não há uma visão consensada sobre o
que fazer para evoluir nesta área, muito me-
nos um Programa estruturado e sistêmico de
apoio ao setor.
A ANPROTEC tem atuado com o propósito
de estabelecer um novo patamar para as Pla-
taformas de Promoção da Cultura do Empre-
endedorismo Inovador de forma a serem pri-
orizadas e apoiadas pelo governo, pelas uni-
versidades, escolas técnicas e pela socieda-
de como um todo.
Algumas experiências já começam a gerar
resultados, pois se baseiam efetivamente nos
princípios orientadores das Plataformas: re-
sultados relevantes, atuação abrangente,
postura cooperativa e modelo flexível. Dentre
estas experiências que já estão em operação
ou em fase de implantação, destacam-se cla-
ramente algumas características principais:
• Programas intensivos e sistêmicos de Edu-
cação – tais programas têm sido implemen-
tados nos mais diversos contextos como
universidades, escolas técnicas, centros de
pesquisa, escolas e até pequenas cidades.
A educação para o empreendedorismo ino-
vador é crucial para formar os futuros em-
preendedores e seus respectivos negócios.
• Programas de Fomento à criação e pré-in-
O QUE ÉJovens estimulados e apoiados a criar
e empreender desde o primeiro dia da
graduação na universidade.
Comunidades conscientizadas e
preparadas para acessar
conhecimento de forma a criar novos
negócios inovadores.
Prefeitos e Governantes convencidos
em apostar no empreendedorismo
inovador como forma de transformar
suas regiões e suas universidades.
Muitas das estratégias para fortalecer
a Plataforma de Promoção da Cultura do
Empreendedorismo Inovador estão sen-
do planejadas e desenvolvidas no momen-
to. O futuro deverá comprovar a impor-
tância que terão para a criação de uma
ambiente mais favorável e promissor ao
empreendedorismo.
• Programas de bolsas de mestrado e
doutorado para desenvolvimento de
projetos focados em inovação a partir
de candidatos selecionados por meio
de critérios que valorizem o perfil téc-
nico e empreendedor.
• Projetos de apoio a potenciais empre-
endedores por meio de estruturas fo-
cadas no estímulo à transferência de
tecnologia e à valorização da proprie-
dade intelectual, tais como os Núcle-
os de Inovação Tecnológica das Uni-
versidades.
• Estruturas formais no contexto das
Prefeituras na forma de Secretarias de
Empreendedorismo e Inovação dota-
das de orçamento e qualificação para
promover a cultura empreendedora.
(continua...)
“As Incubadoras de Empresas mostraram ao longo dos últimos vinte anos a força empreendedora do jovembrasileiro e ampliaram ainda mais o papel de nossas universidades.”
Maurício Guedes - Ex-presidente da Anprotec e Diretor-executivo do Parque Tecnológico do Rio de Janeiro
“Sonho com uma educação empreendedora
que atinja 100% dos estudantes da educa-
ção infantil à universidade e tenha como alvo
a construção de comunidades capazes de
cooperar e inovar. Ela deve servir como ins-
trumento de combate à miséria através do
crescimento econômico e desenvolvimento
social e, sob o ponto de vista ético, consi-
derar como empreendedor somente aquele
que oferecer valor positivo para a coletivida-
de.”
Fernando Dolabela
Professor, consultor e escritor
preendedorismo
23
será possível...
No contexto das cidades, dos estados
e do próprio país, começaram a surgir pro-
gramas de treinamento e suporte ao em-
preendedorismo, visando construir e ali-
mentar uma cultura nova nas instituições
e na sociedade como um todo.
A ANPROTEC sempre esteve intimamen-
te ligada a este movimento ao longo dos
seus 20 anos. Muitas dos líderes das in-
cubadoras associadas à ANPROTEC foram
os pioneiros que começaram a discutir, de-
senvolver e implementar programas desta
natureza.
Já no Seminário Nacional de 1996, rea-
lizado em conjunto com a Conferência In-
ternacional da IASP, o tema da cultura do
empreendedorismo inovador foi alvo de
palestras, debates e encaminhamentos.
Diversas publicações foram geradas
pela associação nesta área e ainda estão
disponíveis para o público através do site.
A própria criação do Prêmio Nacional de
Empreendedorismo Inovador, em 1997, fez
parte desta estratégia de geração de uma
cultura empreendedora no país.
Em 2001, foi realizado um Seminário
específico sobre empreendedorismo na
Conferência Mundial de Incubação de Em-
presas realizada no Rio de Janeiro e, des-
de então, a ANPROTEC tem realizado pro-
jetos, cursos e programas específicos vi-
sando fortalecer esta plataforma.
cubação de empresas – além do proces-
so de educação e formação, a Plataforma
de Promoção da Cultura de Empreendedo-
rismo Inovador também envolve as ativi-
dades que tratam da geração de idéias/
tecnologias e do desenvolvimento do pro-
jeto ou plano do futuro empreendimento.
Estas atividades podem ocorrer no âmbi-
to de um grupo de pesquisa, de um nú-
cleo de apoio ao empreendedorismo ou
mesmo na bancada de um laboratório.
• Programas de Inclusão Social e Econô-
mica – a atividade empreendedora basea-
da na inovação constitui uma das formas
mais justas, legítimas e efetivas de inclu-
são social e econômica. Diversas iniciati-
vas de articulação e mobilização no con-
texto de municípios, comunidades e ambi-
entes universitários têm sido desenvolvi-
das com sucesso, gerando empregos qua-
lificados, produtos inovadores e empreen-
dimentos no desenvolvimento local e se-
torial.
• Ações de Promoção e Conscientização –
não se constrói uma cultura em prol do
empreendedorismo inovador sem um for-
te processo de comunicação e sensibiliza-
ção. Estas ações contemplam hoje proje-
tos e programas no âmbito nacional, tais
como o Desafio SEBRAE e o “Empreender
é Show”, até no âmbito local, como cam-
panhas de divulgação junto a escolas e
municípios.
A Plataforma de Promoção da Cultura do
Empreendedorismo Inovador pode ser consi-
derada como a Plataforma Base deste novo
posicionamento do movimento e da ANPRO-
TEC. Sem um “campo fértil e preparado” não
há como “semear” novas incubadoras e par-
ques. Ainda há muito por fazer. Novas estra-
tégias e programas devem ser desenvolvidos
e implantados visando gerar mais e melho-
res empreendedores planejando seus futuros
negócios inovadores.
O QUE NÃO ÉDisciplina fácil na Universidade
para “passar de ano” com um
“projetinho de Plano de Negócios”.
Programas pirotécnicos de
mobilização comunitária sem
geração de resultados efetivos de
agregação de valor nos negócios.
Iniciativas no âmbito acadêmico ou
governamental motivadas “modismo ou
promoção pessoal” de curto prazo.
• Surgimento de Universidades e Esco-
las Técnicas com um posicionamento
de “instituição empreendedora” crian-
do programas efetivamente abrangen-
tes, completos e sistêmicos para pre-
parar e apoiar o empreendedorismo ino-
vador.
• Casos de sucesso de empresas esti-
mulando a cultura do empreendedoris-
mo internamente à organização, ampli-
ando ainda mais a abrangência desta
iniciativa.
• Programas de Empreendedorismo Inova-
dor junto à comunidades, visando iden-
tificar novas formas de conceber e de-
senvolver novos negócios com tecnolo-
gia apropriada e diferencial competitivo.
• Iniciativas concretas e bem estrutura-
das de pré-incubação junto a universi-
dades e centros geradores de conheci-
mento, caracterizadas muito mais pela
criação de um ambiente favorável e
estimulante do que pela implantação de
infra-estrutura.
“Para empreender com sucesso não bas-
ta apenas colocar idéias em prática. Isso
passou a ser lição de casa. Há que se inovar
de forma sistemática, ou seja, fazer da ino-
vação um valor da empresa, desde sua con-
cepção. O empreendedorismo inovador será
cada vez mais essencial aos que buscam
resultados grandiosos. Os que entenderem
como lidar com os desafios da competitivi-
dade não só vencerão, como se tornarão as
referências a ser seguidas.”
José Dornelas
Especialista em empreendedorismo
“Ainda há muito o que melhorar em termos de inovação tecnológica no Brasil e, decerto, os programas deincubação são ótimos caminhos para isso. Tais iniciativas permitem desenvolver idéias que poderiamnunca sair dos sonhos de empreendedores talentosos.”Cássio Aoqui – Editor de Negócios e Empregos do jornal Folha de São Paulo Fonte: Lócus nº 44 – setembro de 2005
(...continuação)
24
será possível...
foi possível...
está sendo possível...
Nos 20 anos de existência da ANPRO-
TEC muitas mudanças foram discutidas e
implementadas no movimento. Talvez ne-
nhuma tenha sido tão complexa e transfor-
madora quanto a discussão acerca de um
novo tipo de incubadora que começou a
surgir no Brasil no início da década de 90:
as então chamadas “Incubadoras Tradicio-
nais”.
A experiência de projetos de incubado-
ras de empresas atendendo empresas não
caracterizadas como “de base tecnológica”
já era conhecida em vários países, especi-
almente nos Estados Unidos. Entretanto,
mesmo no caso americano existiam certas
Foram necessários alguns anos. Mas valeu à
pena, pois hoje está muito mais claro para a AN-
PROTEC, para os parceiros do movimento e, prin-
cipalmente, para os líderes das incubadoras, que
quando se fala em “empreendedorismo inovador”
é preciso não esquecer da segunda parte do ter-
mo. Inovação é fundamental. Agregação de valor é
fundamental. Inserção de conhecimento é funda-
mental.
No entanto, tão “fundamental” quanto estes
direcionamentos, é reconhecer que inovação não
se faz apenas em setores de ponta. Pelo contrá-
rio, é possível gerar empreendimentos inovadores
em setores menos “badalados” que podem ser
tanto ou mais competitivos no âmbito local ou glo-
bal. Além disso, é possível, e necessário, criar em-
preendimentos que agregam inovação a outros se-
tores da economia, estes sim podendo apresentar
uma predominância de empresas “tradicionais e
convencionais”, nem por isso, desprovidas de com-
petências para concorrer e vencer em mercados
altamente competitivos.
A Plataforma de Incubação de Empresas orien-
tadas para o desenvolvimento local e setorial sur-
ge exatamente para preencher este espaço. Nova-
mente neste caso, a Plataforma de Empreendedo-
rismo Inovador deve se balizar pelos princípios di-
recionadores: resultados relevantes, atuação
abrangente, postura cooperativa e modelo flexí-
vel.
Não há dúvida de que o Brasil precisa muito
deste tipo de incubadora e já existem muitos ca-
sos de sucesso que permitem validar e comprovar
esta estratégia. Dentre estas experiências que já
estão em operação ou em fase de implantação, des-
tacam-se claramente algumas características prin-
cipais:
• Integração com Arranjos Produtivos - sintonia
com Arranjos Produtivos Locais e Cadeias Produ-
tivas visando criar e apoiar empresas inovado-
ras que: permitam preencher lacunas ou soluci-
onar gargalos nas cadeias produtivas estratégi-
cas; adensar e agregar valor aos APLs por meio
da inserção de tecnologia e inovação; promover
substituição competitiva de produtos, bens de
capital, insumos e tecnologias estratégicos para
a performance da cadeia.
• Ponto de Referência – incubadoras deste tipo
estão se consolidando com verdadeiros “hubs
de acesso” de Informação, conhecimento e ser-
viços para a região, contribuindo para a absor-
A Plataforma de incubação de empre-
sas orientadas para o desenvolvimento lo-
cal e setorial já apresenta um histórico res-
peitável no País. Mas o futuro promete ain-
da mais:
• Incubadoras deste tipo serão extrema-
mente relevantes para o futuro do de-
senvolvimento econômico e social de
diversas regiões do País.
• Incubadoras orientadas nesta direção
poderão se consolidar como referênci-
as físicas para os APLs da sua região
em função do papel estratégico que
assumirão como pontos de acesso e
disseminação de conhecimento e ino-
vação.
• Incubadoras neste segmento vão desen-
volver e implantar novos modelos para
ampliação radical do número de empre-
sas atendidas; do papel destas empre-
sas para o desenvolvimento local e se-
torial; e para a inovação tecnológica
destes setores.
• Empresas inovadoras criadas a partir
deste tipo de plataforma serão decisi-
vas para o desenvolvimento de soluções
e tecnologias essenciais para a com-
petitividade de APLs e cadeias produ-
tivas estratégicas para o País.
“Minimização de gargalos no acesso a mer-
cados; fortalecimento do empreendedorismo
local; maior articulação política que gera mai-
or visibilidade das MPEs; favorecimento do
processo de inovação; criação de novas prá-
ticas para a interação entre diversos atores;
e uma maior ancoragem local com a inser-
ção das MPEs em arranjos locais.”
Francilene Procópio
Diretora Geral da Fundação Parque
Tecnológico da Paraíba
O QUE ÉIncubadoras totalmente sintonizadas
com os principais desafios e demandas
dos APLs de sua região.
Empreendimentos incubados
interagindo com as cadeias produtivas
estratégicas do país.
Iniciativas de Empreendedorismo Social
Inovador em áreas que promovam o
desenvolvimento sustentável (social,
econômico e ambiental).
Incubação orientada para o
(continua...)
“Concebida por empreendedores que privilegiam o conhecimento como indutor para a criatividade einovação, a Anprotec vem se consolidando como interlocutora imprescindível na gestão e concepção das
políticas públicas para a implantação de incubadoras, parques, pólos e tecnólopes e associados.”
José Rincon Ferreira - Coordenador Nacional dos Telecentros/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
25
será possível...
distorções que passaram a gerar diversas po-
lêmicas junto aos ambientes governamentais,
acadêmicos e empresariais brasileiros.
Se por um lado existia a convicção de que
o Brasil não podia querer apenas gerar novas
empresas nos setores chamados “de ponta”,
também havia um consenso de que não era
possível incluir no contexto do movimento pro-
jetos de incubadoras focadas em apoiar em-
presas totalmente convencional, sem qualquer
diferencial de inovação ou agregação de tec-
nologia.
A ANPROTEC não fugiu desta discussão e,
juntamente com seus associados, especial-
mente aqueles que lideram projetos nesta
área, promoveu treinamentos, atraiu especia-
listas estimulou debates e propôs encaminha-
mentos no sentido de aprofundar a reflexão e
o posicionamento acerca do tema.
O resultado deste processo foi extremamen-
te gratificante e decisivo para o futuro do mo-
vimento e para a ANPROTEC. Se por um lado
não faz sentido limitar os mecanismos de pro-
moção de empreendedorismo inovador ao seg-
mento de alta tecnologia, especialmente num
país em desenvolvimento como o Brasil, por
outro, não faz sentido criar incubadoras preo-
cupadas apenas em prestar suporte a empre-
endimentos que não “fazem a diferença” em
termos de inovação e agregação de valor.
ção e desenvolvimento de novas tecnologias e
a introdução de inovações em produtos e servi-
ços de empresas já estabelecidas.
• Criação de Novas Cadeias Produtivas – este
tipo de plataforma tem contribuído também para
a nucleação e fortalecimento de novas cadeias
e arranjos produtivos em setores não necessa-
riamente de base tecnológica mas suficiente-
mente inovadores para poderem oferecer pro-
dutos e serviços a setores já estabelecidos
dentro de bases competitivas de qualidade, tec-
nologia e preço.
• Programas de Desenvolvimento Comunitário,
Local e Regional – um dos desafios que as in-
cubadoras deste tipo vêm enfrentando e soluci-
onando é o de criar novas estratégias de de-
senvolvimento baseadas no empreendedorismo
inovador para comunidades de grandes cidades,
para cidades de médio e pequeno porte ou mes-
mo para regiões formadas por cidades com vín-
culos econômicos, culturais ou sociais.
• Ampliação dos Limites de Atendimento e Su-
porte – As incubadoras orientadas para o de-
senvolvimento regional e setorial têm atuado
cada vez mais no sentido de incubar empresas
na modalidade não residente (associada) e de
atender empreendedores e empresas da região
interessadas em acessar informação, conheci-
mentos e tecnologias.
Neste momento em que são grandes as pers-
pectivas de crescimento do país, nunca foi tão
evidente a oportunidade e a necessidade de se
criar e desenvolver empreendimentos inovadores
capazes de atuar de forma sinérgica com empre-
sas de setores estratégicos para a economia do
país. Estes setores vislumbram grandes oportuni-
dades de crescimento e, ao mesmo tempo, estão
sendo ameaçados por empresas de outros paí-
ses que se diferenciam pelo custo ou pela inova-
ção. Reduzir custos e aperfeiçoar qualidade é uma
responsabilidade indelegável destes setores mas
agregar inovação é algo que pode ser feito por
meio de empreendimentos inovadores gerados em
incubadoras e que mantém vínculos com universi-
dades, centros de pesquisa e de informação. O
espaço de atuação é imenso, seja no campo in-
dustrial (metal mecânico, têxtil/confecções, mo-
veleiro, etanol, etc), como no setor de serviços
(logística, transportes, segurança, etc) e no de
agronegócios (agricultura, avicultura, suinocultu-
ra, pecuária, alimentos orgânicos, etc)
O QUE NÃO ÉIncubadoras que “não fazem a
diferença” para suas cidades ou regiões.
Empreendimentos sem qualquer
diferencial tecnológico ou característica
inovadora utilizando a incubadora como
estratégia de redução de custo.
Programas assistencialistas de inclusão
social que não se preocupam com a
sustentabilidade e o caráter inovador do
empreendimento.
“O empreendedorismo popular ganha uma
nova dimensão a cada dia e ocupa espaço
nas políticas publicas visando não só o bem
estar do indivíduo, principalmente, a cons-
trução de um modelo de desenvolvimento
capaz de modificar o crítico retrato de dife-
renças sociais hoje tão presente e que só
tem se revelado em fator de violência e atra-
so ao País.”
Gonçalo Guimarães
Coordenador da ITCP
• Incubadoras desta natureza se con-
solidarão em plataformas para ativi-
dades de animação e mobilização
das cadeias por meio de realização
de feiras, palestras, encontros, etc.
• Os serviços de suporte deste tipo de
incubadora serão estendidos às em-
presas da região, especialmente
aqueles relacionados a acesso ao ca-
pital, tecnologia/informação e capa-
citação.
• Programas de apoio ao desenvolvi-
mento de empreendimentos inovado-
res na área social e ambiental esta-
belecerão uma nova forma de promo-
ver a inclusão econômica e social.
• Incubadoras orientadas para o desen-
volvimento de empresas focadas nos
desafios da região e dos setores em-
presariais prioritários .locais/nacio-
nais se consolidarão como âncoras
do processo de difusão de tecnolo-
gia e inovação.
Desenvolvimento Local e Setorial
(...continuação)
“O movimento de fomento a empreendimentos inovadores, que comemora 20 anos, cumpre um papel importante na constituição de umnovo contingente de empreendedores mais focados com a Sociedade do Conhecimento e na agregação de valor a produtos e serviços,
onde a Anprotec, ao aglutinar todas estas experiências contribui para a construção de um novo modelo de desenvolvimento sustentável.”
Paulo Alvim - Gerente do Sebrae Nacional
26
Incubação de empresasgeração e uso intenso
“São 20 anos de incubadoras no Brasil e são 20 anos de ANPROTEC – Fortalecendo este movimentoe apoiando as empresas inovadoras que geram riqueza e ajudam o desenvolvimento do País.”
Christiano Becker - Diretor da Anprotec
será possível...
foi possível...
está sendo possível...
O fenômeno de crescimento das incuba-
doras no país começou com as então cha-
madas “incubadoras de base tecnológica”,
que começaram a surgir na metade da dé-
cada de 80 e estabeleceram os primeiros
casos reais de empreendedorismo inovador
no Brasil.
Naquela época era difícil prever se o país
tinha “capacidade e potencial para abrigar
5, 10 ou 100 incubadoras”. Como sempre,
o tempo ficou responsável em responder
esta questão e hoje são quase 200 as incu-
badoras que autodenominam de “incuba-
doras tecnológicas”.
Várias são as razões para o surgimento
relativamente precoce deste tipo de incuba-
Nos últimos anos a ANPROTEC vem se mo-
bilizando para tornar mais claro o papel e o
futuro das então “incubadoras tecnológicas”.
O resultado desta reflexão, como ilustrado no
novo modelo de atuação do movimento, é o
posicionamento deste tipo de incubadora como
Plataforma para Incubação de empresas orien-
tadas para geração e uso intenso de tecnolo-
gia. Da mesma forma, como ocorre nos outros
casos mencionados, este reposicionamento
como Plataforma de Promoção de Empreende-
dorismo Inovador leva consigo a responsabili-
dade e a oportunidade de ampliar e aprofun-
dar a forma de atuação deste tipo de incubado-
ra.
Deixa-se de atuar simplesmente como am-
biente para incubar empresas de tecnologia e
passa-se a confrontar com novos desafios e
formas de atuação que já estão sendo experi-
mentadas mais intensamente em países de-
senvolvidos ou emergentes e, pontualmente,
por algumas incubadoras brasileiras. Este novo
posicionamento implica em:
• Criar empresas com foco no mercado glo-
bal – o que exige uma nova competência
por parte da incubadora em avaliar tanto o
grau de inovação do produto/serviço propos-
to pela empresa como a realidade e carac-
terísticas do mercado a ser explorado.
• Focar em empresas de alto valor agregado
e potencial de crescimento – este tipo de
incubadora deve se concentrar em prospec-
tar, estimular e desenvolver empresas nas-
centes que se diferenciem por criar soluções
inovadoras com alto valor agregado (intenso
em conhecimento) e grande potencial de cres-
cimento. Somente desta forma é possível re-
troalimentar o sistema de pesquisa e desen-
volvimento, viabilizando um círculo virtuoso.
• Atuar com mecanismo avançado de transfe-
rência de tecnologia – o novo posicionamen-
to como plataforma de promoção de empre-
endedorismo oferece a condição de a incuba-
dora exercer funções naturais de suporte ao
empreendimento no sentido de facilitar o re-
lacionamento com os centros produtores de
conhecimento, em especial as universidades,
experimentando e consolidando mecanismos
eficazes de transferência de tecnologia.
• Fortalecer a fase de pré-incubação – o su-
cesso futuro dos empreendimentos inovado-
res de uma incubadora desta natureza depen-
de diretamente do processo de gênese da
As Plataformas de Incubação de Em-
presas orientadas para a geração e o
uso intenso de tecnologias podem, e
devem, contribuir decisivamente para
a inserção definitiva do Brasil na cha-
mada economia do conhecimento. Para
isso, é preciso que:
• As incubadoras se consolidarem
como verdadeiras “fábricas de em-
presas vencedoras”, catalisando e
orientando o desenvolvimento de
negócios altamente inovadores a
partir de centros de conhecimento
de alta qualidade.
• As incubadoras serão percebidas
como legítimos “faróis de inovação”,
gerando empresas de alto valor agre-
gado tecnológico e atuando como
ponto de referência para futuros
empreendedores.
• Este novo conceito de incubadora
deverá atrair investidores, especia-
listas e parceiros interessados em
contribuir com o desenvolvimento
das empresas.
O QUE ÉIncubadoras com uma intensa e sólida
relação com núcleos de geração de
conhecimento em universidades e
centros de pesquisa.
Portfólio de serviços de suporte às
empresas totalmente planejado para
promover um processo de incubação
de alto crescimento.
Incubadora conectada com rede de
investidores, angels, especialistas em
mercado e outros parceiros estratégicos.
“O papel da inovação gerada nos parques e
incubadoras é a ousadia. Em Santa Catari-
na, ousamos no passado com um dos pri-
meiros Parques Tecnológicos do Brasil e,
atualmente, com sapiens parque , o pólo
de exportação de Games e a presença de
pontos avançados de nossas incubadoras
na Europa”.
Luiz Henrique da Silveira
Governador de Santa Catarina
(continua...)
27
orientadas para ade tecnologia
será possível...
dora no Brasil:
• Demanda reprimida de empreendimentos
inovadores que começaram a surgir a partir
de universidades e centros de pesquisa em
todo o país.
• Ausência de cultura e de mecanismos de
interação universidade-empresa, abrindo
espaço para novos modelos como incuba-
doras.
• Referências mundiais na área de incubado-
ras inspirando e apoiando o desenvolvimen-
to de projetos nacionais.
O fato é que o fenômeno proliferou e esta-
beleceu as bases conceituais, técnicas e insti-
tucionais do próprio movimento de incubado-
ras e parques no país. Foram os primeiros su-
cessos, e também fracassos, deste tipo de in-
cubadora que contribuíram para construir a vi-
são e identidade da ANPROTEC nos primeiros
anos.
Ao longo destes 20 anos a ANPROTEC e o
movimento aprenderam muito sobre o desafio
de incubar empresas de base tecnológica. Mui-
tas universidades e centros de pesquisa se
conscientizaram sobre a importância das incu-
badoras como instrumentos de transferência de
tecnologia e promoção da inovação. A socieda-
de como um todo pode perceber os resultados
deste tipo de incubadora na forma de empre-
sas altamente inovadoras e diferenciadas, atu-
ando em mercados bastante complexos e com-
petitivos.
idéia, da tecnologia e do projeto do empre-
endimento, que ocorre ainda no âmbito dos
laboratórios de pesquisa e desenvolvimen-
to. Desta forma, é fundamental que haja uma
atuação sistêmica e integrada da incubado-
ra ainda na fase de pré-incubação, prestan-
do o suporte estratégico e técnico ao futuro
empreendimento.
• Funcionar com “Experimento” de políticas
e estratégias de desenvolvimento científi-
co e tecnológico – como já ocorre em diver-
sos casos no Brasil e no mundo, a incuba-
dora pode se transformar num ambiente de
“laboratório” para implementação de estra-
tégias de inovação por meio do investimen-
to em áreas de conhecimento prioritárias.
Este potencial é facilmente observado em
incubadoras que se concentram em setores
como software, biotecnologia, entre outros,
em que é possível avaliar claramente a dinâ-
mica do fluxo de inovação envolvendo núcle-
os de pesquisa de universidades, empreen-
dimentos nascentes e o próprio mercado.
• Atuar como “acelerador” do processo de
desenvolvimento da Empresa – este novo
conceito de incubadora exige que os associ-
ados da ANPROTEC revisem e reavaliem seus
processos de incubação, buscando elevar a
performance em indicadores como tempo de
incubação, taxa de crescimento das empre-
sas, rentabilidade e valor potencial do em-
preendimento para fins de negociação.
• Intensificar a relação com Angels, investi-
dores e mercado de capital – como platafor-
ma de promoção de empreendimentos de
alto crescimento e valor agregado, este tipo
de incubadora deve ampliar a rede de aces-
so a capital, visando disponibilizar novas al-
ternativas de investimento e financiamento
aos empreendedores.
A atuação da incubadora dentro deste novo
posicionamento está fazendo com que muitos
dos associados da ANPROTEC adotem mode-
los inovadores na relação com as universida-
des, com o setor privado e com as próprias
entidades gestoras. O novo conceito de plata-
forma acaba levando a incubadora a ampliar os
seus limites de atuação em direção das univer-
sidades e do mercado. O escopo de atuação
torna-se mais complexo mas, por outro lado, o
serviço de suporte faz a diferença para uma
empresa que tem efetivo potencial de se trans-
formar num grande sucesso.
O QUE NÃO ÉIncubadoras que abrigam empresas sem
um diferencial tecnológico relevante.
Empresas com projetos “curiosos”,
fortemente influenciados por convicções
personalistas e desprovidas de
qualquer consistência mercadológica ou
empresarial.
Incubadoras isoladas do ambiente, sem
conexões e relacionamentos tanto no
ambiente acadêmico como empresarial.
• As incubadoras estarão capacitadas
para orientar as empresas no seu
processo de alto crescimento, aju-
dando a alavancar conhecimento,
negócios, financiamento e investi-
mento.
• A taxa de crescimento média das
empresas geradas neste tipo de in-
cubadora será muito superior à taxa
de crescimento do país.
• As empresas inovadoras desenvol-
vidas neste tipo de plataforma se-
rão orientadas para o mercado glo-
bal, estando preparadas para com-
petir no exterior ou no país com os
concorrentes internacionais mais
bem preparados.
• As universidades e centros de pes-
quisa associados a estas incubado-
ras apresentarão os maiores índices
nacionais de registro de patente,
transferência de tecnologia e pré-
incubação de empresas.
A ANPROTEC prestou um inestimável serviço de divulgação dessa nova indústria docapital empreendedor no País e de apoio ao preparo dos empreendimentos e dosempreendedores para viabilizar negócios vencedores.Clóvis Meurer - Diretor-superintendente da CRP Companhia de Participações
“Como crescer sem nascer? O movimento
gera os novos empreendimentos que preci-
samos.”
José Alberto Aranha
(...continuação)
28
será possível...
Parques
““Parques tecnológicos são ambientes de
inovação fundamentais para o desenvolvi-
mento de pólos tecnológicos e de desenvol-
vimento regional,integrando universidades,
empresas âncora e empreendimentos nas-
centes”.
Carlos Alberto Schneider
Superintendente geral da Fundação Certi
foi possível...
está sendo possível...
A primeira ação formal do país na área do
empreendedorismo inovador foi o lançamento
do Programa de Parque Tecnológicos, criado
pelo CNPq em 1984. Esta experiência pionei-
ra se destaca pela simultaneidade com outros
programas que começavam a ser implantados
em países com mais tradição que o Brasil na
área de empreendedorismo e inovação.
Apesar disso, os projetos de Parques Tec-
nológicos não avançaram como se esperava,
acabando por se transformar nas primeiras in-
cubadoras brasileiras. Esta mudança é perfei-
tamente compreensível quando se analisa o
fato histórico depois de tantos anos, já que o
país não apresentava uma massa crítica de
empresas inovadoras demandando uma solu-
ção como um Parque Tecnológico nem conta-
va na época com mecanismos eficazes para
suporte e apoio a empresas nascentes.
Assim, o tema dos Parques ficou adorme-
cido por quase uma década. Foi na primeira
metade da década de 90 que surgiram fisica-
mente os primeiros Parques Tecnológicos no
O desafio do momento é fazer com que os
Parques Tecnológicos se consolidem efetivamen-
te como Plataformas estruturantes de promoção
de empreendimentos inovadores. O papel e o
espaço para estes projetos são evidentes, já que
se trata de “complexos de desenvolvimento eco-
nômico e tecnológico que visam fomentar eco-
nomias baseadas no conhecimento por meio da
integração da pesquisa científica-tecnológica,
negócios/empresas e organizações governa-
mentais em um local físico, e do suporte às in-
ter-relações entre estes grupos. Além de prover
espaço para negócios baseados em conhecimen-
to, PCTs podem abrigar centros para pesquisa
científica, desenvolvimento tecnológico, inova-
ção e incubação, treinamento, prospecção,
como também infra-estrutura para feiras, expo-
sições e desenvolvimento mercadológico. Eles
são formalmente ligados (e usualmente fisica-
mente próximos) a centros de excelência tec-
nológica, universidades e/ou centros de pes-
quisa.” (UNESCO e IASP).
Os projetos de Parques Tecnológicos em de-
senvolvimento no país atualmente estão sinto-
nizados com esta definição e buscam, essenci-
almente:
• Promover a interação universidade empresa
por meio de atividades cooperativas de pes-
quisa e desenvolvimento;
• Apoiar o crescimento de novos negócios e
agregar valor a empresas maduras que bus-
cam um ambiente mais adequado para se es-
tabelecer definitivamente;
• Promover o desenvolvimento econômico e a
competitividade de regiões e cidades;
• Facilitar a criação e o crescimento de empre-
sas baseadas na inovação;
O QUE ÉProjetos complexos e diversificados que
envolvem aspectos imobiliários e
elementos relacionados ao processo de
inovação tecnológica.
Ambientes para promoção e apoio ao
empreendedorismo inovador, integrando
universidades, empresas, incubadoras e
centros de pesquisa.
Empresas efetivamente orientadas para
inovação e interessadas em desfrutar de
um ambiente dinâmico
As oportunidades e os desafios rela-
cionados ao processo de desenvolvimen-
to e implementação dos Parques Tecno-
lógicos no País exigirá soluções e estra-
tégias ousadas e fortes, tais como:
• Estruturação de uma Política Nacio-
nal de Apoio a Parques Tecnológicos,
integrando as esferas do Governo Fe-
deral (diversos Ministérios), Estadual
e Municipal;
• Consolidação desta Política na forma
de marcos regulatórios e Programas
de Apoio com recursos relevantes, es-
táveis e assegurados;
• A Política deve se desdobrar na forma
de um Sistema Nacional de Parques
Tecnológicos, conectado e integrado
com os Sistemas Estaduais;
(continua...)
“O papel das incubadoras de empresas e parques tecnológicos foi e continua sendo essencial para ainovação e o desenvolvimento sócioeconômico nacional. Estes ‘berços’ proporcionam as condições ideaispara a construção de negócios sustentáveis, partindo de sua concepção à consolidação mercadológica.”
Mauricio Schneck - Diretor de Inovação e Competitividade Empresarial do Porto Digitatl e Coordenador da Rede Pernambucana de Empreendimentos Inovadores
29
será possível...
Tecnológicos
País, concentrando-se no atendimento a empre-
sas egressas das incubadoras ou já existentes
na região do entorno.
Entretanto, foi somente no início do século 21
que o Brasil começou a experimentar uma onda
de novos projetos de Parques Tecnológicos, sur-
gindo, principalmente, devido a fatores como:
• Demanda por parte das empresas geradas ou
graduadas em incubadoras (cerca de 6000
no total) por manter-se instaladas em ambi-
entes propícios ao empreendedorismo e ino-
vação;
• Capacidade instalada de pesquisa e desen-
volvimento nas universidades brasileiras é
bastante significativa e atua como elemento
estimulador do processo de criação de empre-
sas inovadoras;
• Crescimento do interesse e investimentos in-
ternacionais no país, resultando na atração de
empresas estrangeiras acostumadas em ope-
rar em Parques;
• Experiência bem sucedida de países como Es-
panha, Finlândia, França, Estados Unidos, Co-
réia, Taiwan, entre outros, que têm demons-
trado o potencial efetivo dos Parques Tecnoló-
gicos em promover desenvolvimento econômi-
co, inovação e empreendedorismo;
• Necessidade do país definir estratégias e pro-
gramas sistêmicos para promover o crescimen-
to e fortalecimento de determinados setores
da economia com potencial de atuação no mer-
cado internacional;
• Estados e Municípios anseiam por novas es-
tratégias de promoção de desenvolvimento
sustentado em setores com potencial de com-
petitividade global.
O resultado destes fatores foi um crescimento
acentuado no número de projetos de Parques Tec-
nológicos, atingindo atualmente cerca de 55 em-
preendimentos em fase de operação, implantação
ou planejamento. Foram mais de 20 anos desde
o início desta jornada. Os poucos casos existen-
tes já demonstram a validade e pertinência deste
mecanismo para o desenvolvimento do país. A
grande questão é definir como avançar de forma
sustentável.
• Fomentar o empreendedorismo e a incuba-
ção de start-ups;
• Estimular e gerenciar o fluxo de conhecimen-
to e tecnologia entre as universidades, insti-
tuições de P&D, empresas e mercado;
• Prover um ambiente onde empresas basea-
das em conhecimento podem desenvolver in-
terações/sinergias com centros de conheci-
mento visando benefícios mútuos;
• Construir espaços atraentes para “profissio-
nais do conhecimento”;
• Consolidar uma rede de projetos de referên-
cia em desenvolvimento sustentável econô-
mico, social, ambiental e tecnológico;
Em meio ao processo de cumprir com estes
objetivos, o movimento de Parques Tecnológicos
brasileiro se defronta com alguns temas desafia-
dores:
• Articular e coordenar as diversas iniciativas
de parques para evitar uma “Bolha de Cres-
cimento”;
• Mudar profundamente a cultura das universi-
dades para aproveitar melhor os ativos de
conhecimento já acumulado e investir cada
vez mais no sentido do empreendedorismo e
da inovação;
• Sintonizar a Estratégia de Implantação dos
PCTs com as prioridades nacionais e tendên-
cias internacionais;
• Aportar recursos financeiross governamentais
significativos para “fazer a diferença” no mer-
cado global e definir regras claras, com segu-
rança jurídica, para a atração intensiva de
capital privado;
• Definir uma Política Nacional de Apoio a PCTs
estabelecendo claramente o papel dos vários
atores (governo, universidades, setor privado).
O QUE NÃO ÉProjetos focados exageradamente no
aspecto imobiliário, aproximando-se de
condomínios e distritos industriais.
Espaços dotados de infra-estrutura
para abrigar empresas de
tecnologia sem disponibilizar sistemas
e mecanismos de interação
com universidades.
Empresas interessadas unicamente em
espaços urbanisticamente aprazíveis e
de baixo custo.
• É importante reconhecer que, tanto aPolítica como o Sistema exigem umaabordagem interministerial em funçãoda transversalidade do tema, que en-volve demandas e apoios de ministéri-os diversos como MCT, MDIC, MEC,MinCidades, etc;
• Será necessário adotar critérios e es-tratégias claras para “fazer escolhas”
sobre os investimentos a serem reali-zados, levando em consideração o po-
tencial tecnológico e empresarial dospotenciais projetos de parques tecno-lógicos.
• A viabilização dos Parques exige umanova engenharia financeira e de inves-
timentos que deve contemplar a parti-cipação das três esferas de governoe, principalmente, do setor privado.
• É preciso ficar claro para os atores en-volvidos que não se pode construir pro-
jetos vencedores mundialmente sem
investimentos significativos em infra-estrutura básica (urbanização) e infra-estrutura tecnológica (laboratórios,equipamentos, etc).
• O Brasil deve maximizar o potencial de
integração internacional tanto no âm-bito dos Parques Tecnológicos comodas empresas instaladas.
“Os Parques Científicos e Tecnológicos bra-
sileiros tem potencial para se transforma-
rem em ambientes de inovação e pesquisa
de classe mundial em áreas de alta tecnolo-
gia, posicionando o País como protagonista
no processo de atração de investimentos
internacionais e propiciando a criação e de-
senvolvimento das empresas nacionais, ge-
rando oportunidades para nossa gente e
desenvolvimento econômico e social.”
Jorge Audy
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-
graduação da PUC-RS
(...continuação)
Ações na área do empreendedorismo valorizam os comportamentos proativos, com os habitats de suporte àinovação como as incubadoras e parques tecnológicos. Para a UTFPR, a ANPROTEC tem sido importante paraqualificação dos nossos gestores e decisiva no movimento de empreendedorismo inovador.
Eden Netto - Reitor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
30
O Reposicionamento Estratégico signifi-
ca, na prática, um grande e profundo pro-
cesso de mudança no movimento de incu-
badoras e parques no sentido de buscar
mais e melhores resultados, tornando os
projetos mais relevantes e, consequente-
mente, permitindo atrair mais recursos e
investimentos.
Como foi evidenciado até aqui, as quatro
esferas de atuação certamente envolvem ní-
veis e categorias de atenção diferentes em
função de suas peculiaridades. Entretanto, é
possível identificar todo um conjunto de ino-
vações relativamente comuns aos quatro
segmentos, que deverão surgir e ser incor-
poradas ao movimento nos próximos anos,
tornando-o mais eficiente e significativo.
• Programas de Pré-incubação coletiva e em
parceria, visando integrar incubadoras e
parques num conceito de redes coopera-
tivas em torno de centros de geração de
conhecimentos.
• Programas de pós-graduação mais orien-
tados para projetos com potencial de ge-
ração de empreendimentos.
• Prospecção e seleção de projetos de for-
ma cooperativa/coletiva, utilizando recur-
sos de parceiros.
• Integração do processo de seleção de em-
preendimentos com iniciativas de premia-
ção e concursos de empreendedorismo.
• Integração das
ações de seleção
de empreendi-
mentos para in-
cubadoras e par-
ques com Progra-
mas de Educa-
ção Empreende-
dora.
• Geração de edi-
tais para apoio a
incubadoras e
parques com fo-
cos temáticos
muito específicos
e direcionados
para prioridades
de políticas púbi-
cas nacionais e
regionais.
• Construção coo-
perativa de Roa-
dMaps de Oportunidades/Prioridades Tec-
nológicas na lógica de Observatórios de
Inovação, visando fornecer subsídios tan-
to para as incubadoras como para as em-
presas.
• Indução/orientação de projetos de incu-
badoras e parques no contexto de cadei-
as produtivas com grandes oportunidades.
• Programas de capacitação à distância,
padronizados, customizados e de alto ní-
vel.
• Programas de capacitação desenvolvidos
e disponibilizados por entidades parcei-
ras.
• Portfólio de serviços de suporte vincula-
dos a indicadores de desempenho da in-
cubadora, do parque e da empresa.
• Sistemas regionais e/ou nacionais e/ou
internacionais cooperativos de prestação
de serviços em temas específicos como
acesos a mercado e capital.
• Disponibilização do portfólio de capacita-
ção e serviços a empresas graduadas e
potenciais empreendedores.
• Indicadores absolutamente padroniza-
dos entre as incubadoras e parques
para possibilitar comparação/bench-
mark.
• Estabelecimento de sistemas de cre-
denciamento e certificação de siste-
mas e procesos.
• Sistema de Marketing/Comercializa-
ção de Inovações com definição clara
do papel do empreendedor, da incuba-
dora, do gestor
da incubadora e do agente comercial.
• Base de informações para inteligência
em negócios confiável e abrangente.
• Rede local de agentes comercial/ne-
gócios com relação baseada em per-
formance.
• Operações piloto com parceiros “incu-
badoras” em países com grande poten-
cial de mercado.
• Orientação dos processos de marketing
com base em estudos prospectivos e
de mercado de alto nível.
• Criação de operações-programa junto
a grandes agentes do sistema financei-
ro (BB, CAIXA, bancos privados, etc).
• Desenvolvimento ou viabilização de so-
luções compartilhadas na área finan-
ceira tais como cooperativa de crédito,
fundo de aval, fundo de investimento
“operado” pelo Sistema de Incubação.
• Operações-programa de financiamen-
to para os compradores/clientes das
empresas de parques e incubadoras.
• Operação programa de financiamento
do “ciclo” de desenvolvimento tecno-
lógico, contemplando o ciclo de vida de
produtos das empresas e evitando par-
ticipação em editais desconectados.
• Estruturação de um programa de MBA
de alto nível para formação de uma
massa crítica do movimento.
• Análise e disponibilização de soluções
de TI customizadas para a gestão dos
processos críticos das incubadoras,
parques e empresas inovadoras.
Inovações decorrentes doReposicionamento Estratégico
“Os vinte anos de organização deste movimento no país provam sua eficácia através de resultados concretos, que são disponibilizados para asociedade em geral. Eles também evidenciam a eficiência do trabalho da Anprotec, que canaliza todas as forças necessárias em prol da manutenção
de um ambiente extremamente diferenciado para o surgimento e para o desenvolvimento de empreendimentos inovadores e competitivos.”
Rogério Abranches - Presidente da Rede Mineira de Inovação
“Em seus 20 anos a ANPROTEC consolida-
se como catalisadora do movimento nacio-
nal pró-inovação e empreendedorismo. No
momento de reflexão sobre o impacto dos
diversos ‘brasis’ e suas realidades, nas
ações e resultados das incubadoras, a nos-
sa Associação começa a escrever uma nova
história e deve oferecer serviços que permi-
tam a estruturação dos novos CERNEs.”
Emerson Corazza
Coordenador da Rede Sul Mato-grossense
de Incubadoras
32
será possível...
foi possível...
está sendo possível...
Uma idéia criativa e viável, quando alimenta-
da por condições tecnológicas e suportada
por investimento adequados, tem todo o po-
tencial para se tornar um grande negócio
Wolney Betiol
Co-fundador e Presidente do Conselho de
Administração da Bematech
Fonte: Revista Lócus 48 – Abril/Maio de 2007
Inovação: dar efeito de novo, novidade. Atradução da palavra já diz o que uma incuba-dora deseja de uma empresa que quer en-trar no mercado. A seleção é sempre criteri-osa e busca produtos que transmitam origi-nalidade.
O comprometimento com a inovação au-xilia e direciona o país ao crescimento. Semtecnologia e inovação não há desenvolvimen-to. Para isso, muitas empresas investem naárea de tecnologia, que é abundante em no-vas idéias. De acordo com a pesquisa PA-NORAMA 2006, realizada pela Anprotec, 41%das incubadoras existentes no Brasil atuamexclusivamente na área tecnológica. Issoinclui a nanotecnologia, biotecnologia, infor-mática, eletrônica, robótica, mecânica, en-tre outras.
O movimento de incubadoras de empre-sas e parques tecnológicos passou a ser de-nominado de empreendedorismo inovador
por suas idéias originais. A maioria dos pro-dutos desenvolvidos dentro deste ambienteé inédita ou possui algo diferente daquelesjá comercializados no mercado. As empre-sas que investem na inovação, muitas ve-zes, são consideradas referências em suasáreas e se destacam no mercado.
A raiz desta capacidade inovativa normal-mente reside numa universidade ou centrode tecnologia com capacidade de pesquisae desenvolvimento. Este tipo de ambientecria as condições para que pessoas comperfil empreendedor atuando no contextodesta unidades de P&D identifiquem oportu-nidades para transformar uma idéia ou co-nhecimento num produto de sucesso nomercado. Esta é a história básica de muitase muitas empresas que surgiram em incu-badoras nos últimos 20 anos e hoje consti-tuem grandes exemplos de sucesso no mer-cado.
Meantime
Desenvolvimento e
Exportação de
Software S/A
Vencedora doPrêmio Anprotecde Melhor Empre-sa Incubada de 2006, a Meantime Desenvol-vimento e Exportação de Software é uma em-presa residente no Centro de Estudos Avança-dos do Recife (CESAR). Seu foco principal é osegmento de jogos para celulares.
A empresa começou em janeiro de 2001 ehoje exporta jogos para os Estados Unidos ealguns países da Europa, Ásia e América Lati-na. A Meantime combinou o acesso privilegia-do à tecnologia de desenvolvimento de jogospara celulares com parcerias estratégicas. Elafoi uma das pioneiras na utilização do JavaMicro Edition (JME) no mundo, no qual rece-beu para testes um dos primeiros protótiposde celulares da Motorola.
O reconhecimento veio ao longo dos anos.Um deles com o Ásia Java Móbile Chellenge,promovido pela Singapure Telecommunicati-ons, em 2002. Na ocasião dois jogos – SeaHunter e Gold Hunter - concorreram com maisde mil aplicativos de 23 países diferentes. OSea Hunter foi o único ganhador do continenteamericano, deixando a Meantime no topo doranking de qualidade internacional.
Trilha Desenvolvimento de Projetos
Ganhadora do Prêmio Anprotec de MelhorEmpresa Graduada em 2005, a Trilha Desen-volvimento de Projetos tem como principal mis-são transferir tecnologia e conhecimento ino-vador para empresas industriais e de serviços,ampliando o conteúdo e a utilidade de pesqui-sas realizadas em universidades e centros tec-nológicos, com o objetivo de melhorar a com-petitividade das empresas e assim contribuirpara a geração de riqueza e de novos empre-gos na sociedade.
Graduada pela Incubadora do Instituto Na-cional de Tecnologia (INT), a empresa existedesde 1985. Atua na área de desenvolvimen-to de simuladores de apoio e planejamento deprocessos fabris e para capacitação de recur-sos humanos. Em sua trajetória, empresascomo Honda, Siemens, Nokia, Companhia Si-derúrgica Nacional (CSN), Sony, XEROX e Phi-lips fizeram parte de sua carteira de clientes.
Nas edições de 2004, 2005 e 2006 do Prê-mio FINEP de Inovação Tecnológica, havia 5empresas de incubadoras dentre as 15 fina-listas nacionais nas categorias “Produto”, Pro-cesso” e “Pequena Empresa” . Ou seja, 33%dos Premiados em Inovação pela FINEP nas-ceram em incubadoras.
Para continuar sendo uma referência de
inovação no mundo empresarial brasileiro,
as empresas de incubadoras e parques tec-
nológicos precisam de mais suporte na for-
ma de políticas públicas e estratégias con-
sistentes de apoio, tais como:
• Sistemáticas mais simples que facilitem
a relação com universidades, assegu-
rando um acesso rápido à base de co-
nhecimentos científicos e tecnológicos;
• Programas de financiamento e fomen-
to à inovação com uma estrutura am-
pla e integrada, permitindo o apoio fi-
nanceiro ao longo de todo o ciclo de de-
senvolvimento da empresa de forma
contínua e confiável;
• Estabilidade das políticas industriais e
tecnológicas do País, assegurando às
empresas a possibilidade de planejar
minimamente o futuro com perspectiva
de continuidade das políticas públicas;
• Ampliação dos recursos de subvenção
e fomento dedicados exclusivamente à
empresas nascentes de universidades
e apoiadas por incubadoras;
• Intensificação do apoio e suporte às em-
presas nascentes por parte de órgãos
de governo relacionados com o proces-
so de qualificação e domínio tecnológi-
co das inovações, tais como INMETRO
e INPI;
• Participação mais relevante das empre-
sas de incubadoras e parques no pro-
cesso de inovação tecnológica de se-
tores prioritários para a economia do
País.
Empresas de incubadoras e parques sãoCampeãs da Inovação
No Brasil, existe um movimento importante de empreendedorismo, percebido por meio dasincubadoras – que são uma forma de criar modelos de negócios e produtos adequados à realidade.
Wolney Betiol - Co-fundador e Presidente do Conselho de Administração da Bematech
Fonte: Revista Lócus 48 – Abril/Maio de 2007
33
será possível...
foi possível...
está sendo possível...
A grande maioria das incubadoras de em-presas no Brasil está associada à ambien-tes universitários. De acordo com a pesqui-sa PANORAMA 2006, 73% delas são liga-das formalmente a alguma universidade.
A relação entre as universidades e asincubadoras remonta às origem do movi-mento, 20 anos atrás. As incubadoras, comsuas empresas e produtos de sucesso, dãovisibilidade à universidade, e esta, por suavez, disponibiliza infra-estrutura, espaço, in-formações e, principalmente, acesso a re-sultados de projetos de pesquisa e desen-volvimento.
Mas o elemento mais importante nestarelação é a formação de recursos humanosqualificados: talentos. Ao longo destes 20anos, o movimento de incubadoras e par-ques gerou empresas inovadoras de suces-
so que evidenciam o que há de melhor noprocesso de relação entre as universidadese a sociedade.
O símbolo deste novo paradigma é o em-preendedor inovador, um novo tipo de em-preendedor que mantém os “cacoetes sau-dáveis” da academia e cultiva “novos hábi-tos” típicos do mundo empresarial. Trata-se de uma nova geração de empresários,que transita com desenvoltura nos labora-tórios de universidades e negocia habilmen-te com investidores e banqueiros, que dis-cute propriedade intelectual com os pesqui-sadores e desenvolve novas estratégias deexportação com parceiros internacionais.Um empreendedor com DNA 50% de origemna universidade e 50% com um pé no mun-do dos negócios”. Símbolo perfeito da “pon-te” universidade-empresa.
Reivax Indústria e Comércio de
Instrumentação Eletrônica e Controle Ltda.
Vencedora doPrêmio Anprotec deMelhor EmpresaGraduada de 2006,a Reivax Indústria eComércio de Instru-mentação Eletrônicae Controle é uma empresa que recebeu oapoio do Centro Empresarial para Laboraçãode Tecnologias Avançadas (CELTA), incubado-ra da Fundação Centros de Referência em Tec-nologias Inovadoras (CERTI), de Florianópolis(SC).
Especialista na área de controle deprocessos industriais, a Reivax pos-sui um projeto de fabricação de equi-pamentos de controle e supervisão desistemas de geração e transmissãode energia elétrica, especialmente re-guladores de velocidade de turbinase de tensão de geradores.
A empresa conseguiu o sucesso graças àincubação e ao contato com os laboratóriosda Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC). Este contato propiciou diferenciaistecnológicos, que trouxeram vantagens com-petitivas que levaram a empresa a exportarpara dezenas de países do mundo.
Polymar – Polímeros Marinhos
Vencedora do Prêmio Anprotec MelhorEmpresa Graduada de 2003, a Polymar foiincubada no Parque de Desenvolvimento Tec-nológico da Universidade Federal do Ceará(PADETEC). A empresa desenvolve produtosque auxiliam em programas de emagrecimen-to e de redução do colesterol a partir de cara-paças de crustáceos. Também por meio dereaproveitamento de resíduos, passou a pro-duzir cosméticos e produtos hospitalares. Oscarros-chefe da empresa são o Fybersan e oFybersense.
A trajetória da empresa começou em 1997e em 2000 ela se gra-duou. O crescimento eo ganho de mercado fo-ram resultados gradu-ais. Hoje, a Polymarpossui 18 funcionáriose gera mais de 400empregos indiretos no
nordeste brasileiro. Seus produtos estão nasprincipais lojas de departamentos do país esão comercializados na Romênia, Espanha,Portugal, França, México, entre outros.
16 das 20 melhores universidades
públicas do Brasil contam com
incubadoras de empresas
A relação universidade-empresa e a for-mação de talentos devem estar no topo daagenda do movimento de incubadoras paraos próximos anos. Para avançar na direçãode empresas mais inovadoras e competiti-vas, é fundamental:• Implementar os Núcleos de Inovação Tec-
nológica de forma rápida, eficiente e pro-fissional a fim de acelerar o processo detransferência de tecnologia e estimular arelação com as empresas, especialmen-te as nascentes dentro das próprias uni-versidades;
• Elevar radicalmente a quantidade de pro-
fissionais formados em áreas tecnológi-
cas a fim de assegurar o atendimento dademanda inevitável que deve surgir como crescimento do setor de empresas detecnologia no país;
• Ampliar o escopo de relacionamento das
incubadoras com as universidades, ex-plorando novos segmentos acadêmicosnas áreas de educação, ciências sociaise econômicas e outras, visando estimu-lar o empreendedorismo inovador além dafronteira tecnológica;
• Explorar melhor o “efeito demonstrativo”
do empreendedor inovador no contextodas universidades, incentivando a suarelação com pesquisadores e utilizando-o como elemento de inspiração para fu-turos empreendedores.
Referência de Relação Universidade Empresae Formação de Talentos
“As Incubadoras de empresas, sob a tutela da Anprotec, são importantesferramentas na formação de empreendimentos inovadores e integrados como modelo globalizado de geração de negócios.”Sérgio Risola - Gerente do CIETEC e Coordenador da Raitec
Nesses 20 anos a Anprotec fez história por
meio das incubadoras que ajudaram a criar
novas empresas. Para os proximos 20 anos,
continuaremos essa revolução no desenvol-
vimento do Páis ampliando a ação das incu-
badoras e consolidando os parques tecnoló-
gicos.
Paulo Gonzalez
Diretor da Anprotec
34
será possível...
foi possível...
Geração de emprego e ResultadoEconômico
está sendo possível...
“Os empregos informais tendem a acabar e
a grande produção de novos empregos vai
estar ligada à inovação. Chegará um momen-
to em que a empresa inovadora será fator
fundamental para o mercado de trabalho.”
Alexandre Aguiar Cardoso
Presidente do Consecti
O resultado econômico de uma empre-
sa é um dos primeiros itens a serem ob-
servados por especialistas de mercado e
analistas de desenvolvimento. Nas incu-
badoras não é diferente. Ao longo dos 20
anos da ANPROTEC, o foco no crescimen-
to das receitas sempre foi um tema cons-
tante nos debates, programas de capaci-
tação e projetos de desenvolvimento de
suporte às empresas.
Os números de receita gerada pelo
movimento ainda são tímidos se consi-
derados com outros setores tradicionais
da economia, mas ganham um significa-
do diferente quando se leva em conta o
pouco tempo de existência das empre-
sas.
Da mesma forma, a geração de em-
prego é um outro indicador importante
para o movimento e representa hoje um
volume de mais de 30 mil postos de tra-
balho. Trata-se de um universo de profis-
sionais altamente qualificados que am-
plia em quantidade ano após ano.
Bematech
A Bemate-
ch é hoje,
sem sombra
de dúvidas,
um dos princi-
pais modelos
de empreendimentos de sucesso gera-
dos no movimento de incubadoras e par-
ques. Nascida em 1990, na In-
cubadora Tecnológica de Curiti-
ba (Intec), a empresa sempre
buscou antecipar-se às tendên-
cias de mercado, tornando-se a
primeira empresa brasileira a fa-
bricar miniimpressoras em larga
escala e fornecer blocos impres-
sores integrados para Terminais
de Auto-Atendimento.
Colecionadora dos principais prêmi-
os da empreendedorismo e inovação no
Pais, inclusive a Medalha do Conheci-
mento, concedido pela CNI, Prêmio Fi-
nep e Prêmio Anprotec, a Bematech con-
ta hoje com subsidiárias nos Estados
Unidos e Taiwan, escritório comercial na
Inglaterra e oito filiais pelo Brasil.
Nuteral
Empresa especializada em produtos
nutricionais, chamados de medical foo-
ds, foi criada em 1994, incubada no Par-
que de Desenvolvimento Tecnológico da
Universidade do Ceará (PADETEC).
O primeiro produto lançado pela em-
presa não vendeu nenhuma unidade, no
entanto, isso não foi motivo de desistên-
cia. Hoje, a Nuteral está consolidada,
possui sete patentes ativas, seis em fase
de registro e lançou uma linha de 46 pro-
dutos diferenciados, todos voltados para
nutrição clínica, suplementos nutricionais
e ingredientes para indús-
trias de alimentos.
A empresa venceu o
Prêmio Finep de Inovação
Tecnológica de 2006, na
categoria Pequena Empre-
sa, e coleciona bons nú-
meros. Tem capacidade
de produzir 120 mil quilos
de produtos por ano e no ano passado
faturou R$ 9,2 milhões, investindo 26,4%
deste montante em pesquisa e desenvol-
vimento.
A relevância econômica e social das
empresas inovadoras geradas nas incu-
badoras e parques é um fator chave para
o reconhecimento do movimento como ele-
mento-chave para o desenvolvimento do
país. Desta forma, nos próximos anos, é
fundamental concentrar esforços para:
• Gerar empresas em setores com mai-
ores perspectivas de crescimento por
atuarem em segmentos sintonizados
com oportunidades de mercados glo-
bais;
• Promover uma cultura de valorização do
compromisso da empresa com o cres-
cimento sustentado e prolongado, ge-
rando benefícios para os empreende-
dores e para a sociedade;
• Conectar empresas de incubadoras e
parques com cadeias produtivas estra-
tégicas já estruturadas e demandantes
de inovação tecnológica;
• Vincular o desempenho econômico e
social das empresas ao aporte de in-
vestimentos e apoio institucional à in-
cubadora.• Cerca de 31 mil postos de
trabalho direto
• Faturamento estimado das
empresas GRADUADAS de
incubadoras: R$ 1,6 bilhões
• Faturamento estimado das
empresas INCUBADAS:
R$ 400 milhões
Devemos às incubadoras um sem-número de inovações importantes em nossaeconomia e muitos postos de trabalho de boa qualidade.
André Urani - Diretor-executivo do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade
35
será possível...
foi possível...
Novas Oportunidades: Capital deRisco e Exportação
está sendo possível...
“As incubadoras de empresas devem atuar como
promotoras do empreendedorismo gerador de
tecnologias avançadas impactantes no processo
de modernização industrial brasileira. Já os par-
ques tecnológicos deverão ser locais apropriados
para abrigar e fomentar as empresas inovadoras
e competidores do mercado global.”
Rodrigo Loures
Presidente da FIEP
Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005
“O que a Anprotec tem feito para fortalecer as incubadoras e estimular o surgimento de novosempreendimentos é decisivo para o desenvolvimento econômico do Brasil.”Acari Amorim - Diretor da revista Empreendedor
Fonte: Lócus nº 44 – setembro de 2005
O capital empreendedor, ou
capital de risco, ou ainda venture
capital, apesar de recente no País,
tem crescido exponencialmente
desde 2001, quando a FINEP e o
SEBRAE passaram a apoiar esta
área. Para se ter uma idéia, em
1999 esse tipo de investimento já
ultrapassava a soma de US$ 3,7 bi-
lhões no Brasil. Um ano depois, ba-
tiam a cifra de US$ 4,95 bilhões. Segundo o
primeiro mapeamento da indústria do capital
empreendedor no Brasil, em 2004 o País já con-
tava com 71 organizações gestoras de 97 fun-
dos, que, juntos, somavam US$ 5,8 bilhões.
Com o resultado desses investimentos, foram
apoiadas 306 empresas de diversas áreas de
atuação, sendo que muitas das empresas ge-
radas nas incubadoras brasileiras também fo-
ram beneficiadas. A ANPROTEC realizou em
1996 um primeiro Workshop sobre Capital de
Risco envolvendo lideranças do mercado finan-
ceiro e do movimento visando promover uma
interação entre as partes e um processo de ca-
pacitação das equipes das incubadoras. Em
1997 foi realizado o primeiro Curso de Forma-
ção de Gerentes de Incubadoras em
Capital de Risco. Desde então, o tema
tem sido alvo de seminários,
workshops e projetos de cooperação
com parceiros e atores do mercado
financeiro.
Outro tema que também ganhou
grande importância nestes anos foi
o das exportações. O Brasil tem ex-
perimentado saltos positivos crescen-
tes na balança de exportações, aproveitando
as oportunidades do comércio internacional e
se inserindo definitivamente no mercado globa-
lizado. O universo das empresas de parques e
incubadoras também tem se beneficiado forte-
mente desta tendência. A pesquisa PANORA-
MA 2006, realizada pela Anprotec, revela que
entre aquelas que optam pela exportação, 60%
atingem um patamar de exportação na ordem
de U$ 100 mil ao ano; 20% se concentram na
faixa de U$ 100 mil a U$ 200 mil, e outros
20% exportam acima de U$ 200 mil em produ-
tos ou serviços. Entre as graduadas, cerca de
30% exportam mais de U$ 200 mil. São núme-
ros ainda modestos, mas todos os sinais indi-
cam uma tendência de crescimento.
FK Biotecnologia
A FK Biotecnolo-
gia foi residente na
Incubadora Tecnoló-
gica da Fundação de
Ciência e Tecnologia
(Cientec), em Porto
Alegre (RS). Atua na
produção de kits de imuno-ensaios e tem
como principal produto a vacina para câncer
de próstata.
A empresa foi ousada, e com apenas três
meses de constituição, em 1999, recebeu
um aporte de capital de R$ 625 mil. Logo
depois, em 2000, a primeira rodada de in-
vestimentos com um Fundo de capital de ris-
co, o RS-TEC, foi concluída. Os recursos aju-
daram na evolução das pesquisas.
Na época, a FK era uma escritório com o
proprietário e um computador. O objetivo do
empreendedor era atingir 25% do mercado
brasileiro de imuno-ensaios, o que represen-
taria um faturamento de R$ 200 milhões ao
ano. A empresa foi destaque da revista Na-
ture Biotechonology como exemplo de casos
de sucesso na área de biotecnologia em
países emergentes.
Chamma da Amazônia
A empresa Chamma da Amazônia
existe há dez anos e foi incubada na
Universidade Federal do Pará (UFPA).
Graduada desde 2002, é um exemplo
de empresa que deu certo, principal-
mente com a exportação de produtos
ecologicamente sustentáveis. Ela pro-
duz cosméticos e perfumaria - cremes, lo-
ções, perfumes, óleos aromáticos, hidratan-
tes, entre outros. Todos ecologicamente cor-
retos, com qualidade e credibilidade, propor-
cionando aos seus clientes bem estar, sa-
tisfação e beleza. No Brasil, trabalha com
sistema de franquias e possui unidades nas
principais capitais brasileiras.
Hoje são mais de 80 produtos comerciali-
zados em todo o mundo, principalmente Por-
tugal, Itália e Estados Unidos, com proces-
sos avançando na Austrália, China, Japão,
Alemanha, França, Dinamarca e Inglaterra. A
Chamma gera 35 empregos diretos, cerca de
130 indiretos e três empregos diretos por
cada ponto de venda aberto. Há uma gera-
ção de renda permanente para a comunida-
de extrativistada Amazônia, na qual estão en-
volvidos, pelo menos, cem trabalhadores.
O movimento de incubadoras e parques preci-
sa ampliar ainda mais a sua capacidade para ex-
plorar as oportunidades na área de exportação e
capital de risco. Estratégias e programas estão
sendo articulados pela ANPROTEC e devem ser
intensificados nos próximos anos, tais como:
• Desenvolvimento de programas em parceira
com entidades focadas no comércio internaci-
onal, como APEX, visando facilitar o acesso dos
empreendimentos inovadores a novos merca-
dos, no exterior.
• Fortalecimento de alianças internacionais da
ANPROTEC com associações congêneres de
outros continentes, visando potencializar a rede
de cooperação entre incubadoras, parques e
empresas destes países.
• Implementação de projetos de capacitação e
orientação das empresas de incubadoras e
parques para melhor exploração das oportuni-
dades de negócios no mercado externo.
• Formação de uma rede de profissionais espe-
cializados na área de exportação, visando apoi-
ar de forma mais organizada as empresas ino-
vadoras.
• Formalização de parcerias e cooperação entre
as incubadoras e parques associados à ANPRO-
TEC e agentes na área de capital de risco de
forma a sistematizar a relação com os fundos,
angels, bancos e outras modalidades de inves-
tidores.
• Consolidar uma cultura e uma modelagem de
negócios “ganha-ganha-ganha” na área de ca-
pital de risco, onde o investidor “ganha”, a em-
presa nascente “ganha” e a incubadora/parque
também “ganha”, a fim de assegurar a criação
de um ciclo virtuoso no sistema de criação e
desenvolvimento de novas empresas.
36
será possível...
foi possível...
está sendo possível...
“Tecnologia é perecível e, em si, tem valor
limitado. O modelo de negócio campeão even-
tualmente transformará a tecnologia em van-
tagem perene, que, por sua vez, resultará em
barreiras de entrada e crescimento exponen-
cial. A relação societária entre a empresa
incubada e o venture capital há de ser com-
plementar e ter sempre esse foco.”
Marcos Regueira
Presidente da ABVCAP
“Temos visto que o processo de incubação de empresas dá certo porque é na incubadora que oempreendedor passa a acreditar que seu negócio vai ter êxito. Se conseguimos multiplicar esses modelos
no país, teremos um fabuloso desenvolvimento tecnológico.”
Dia após dia o tema da sustentabilidade
ambiental, social e econômica se consolida
como grande prioridade neste início de sécu-
lo. Diversos grupos trabalham em prol da cons-
cientização das pessoas, de modo a produzir
menos lixo, reciclar mais, aproveitar melhor
os recursos naturais disponíveis, poluir me-
nos e preservar a biodiversidade. Ao mesmo
tempo, entidades e organizações trabalham
para promover projetos de redução de desi-
gualdade, geração de emprego e renda, su-
porte à qualificação de pessoal e promoção
da inclusão social.
Neste quesito, as empresas incubadas ino-
vam e se destacam pela criatividade e tecnolo-
gia. São empresas que já nascem com o “DNA
da sustentabilidade”, refletindo esta consciên-
cia no portfólio de produtos, na prática gerenci-
al e no comportamento dos empreendedores.
Em vários locais do país existem empresas que
buscam alternativas inteligentes para solucio-
nar os diversos problemas ligados à relação
entre o ser humano e o meio ambiente. Diver-
sos produtos passam a ser comercializados no
mercado por causa da funcionalidade, econo-
mia e sustentabilidade. A inovação de materi-
ais e produtos é peça-chave neste caminho tri-
lhado por estas empresas.
Concomitantemente à atenção dedicada à
inovação, ao lucro e faturamento, muitas em-
presas incubadas primam pela promoção do
bem estar das comunidades em que vivem. A
idéia de responsabilidade social aplicada aos
negócios é recente no mundo todo, mas já foi
incorporada pelas empresas de incubadoras
e parques. Com o surgimento de novas de-
mandas e maior pressão por transparência
nos negócios, empresas se vêem forçadas a
adotar uma postura mais responsável em
suas ações.
Traduzindo, responsabilidade social é um
princípio que orienta as atividades da empre-
sa, tornando-a co-responsável pelo desenvolvi-
mento da sociedade. Quando realmente aplica-
da, esta filosofia passa a permear a pesquisa
científica, a atividade comercial, a produção e a
gestão como um todo, consolidando-se como
algo muito maior do que a simples filantropia.
Natupol Tecnologia em Polióis e Sistemas
de Poliuretanos Naturais
Empresa ganhadora doPrêmio Anprotec de MelhorEmpresa Incubada de 2004,a Natupol Tecnologia em Po-lióis e Sistemas de Poliure-tanos Naturais atua na pro-dução de matéria-prima deprodutos automobilísticos,isolamento térmico, adesivo, pintura, imper-meabilizante, embalagens, etc.
Seu diferencial está na utilização de fon-tes naturais renováveis para a fabricaçãodestes produtos. A empresa foi residentena Incubadora Tecnológica Univap/Revap, em São José dos Campos(SP) e desenvolve polióis e siste-mas de poliuretano, de base vege-tal, por meio do óleo de mamona.Tudo ecologicamente correto, emsubstituição àqueles derivados depetroquímicos.
Adespec Adesivos Especiais Indús-
tria, Comércio, Importação e Expor-
tação Ltda.
A Adespec Adesivos Especiais foi a
empresa vencedora do Prêmio Anprotec deMelhor Empresa Graduada em2004. Sua missão é a de cons-cientizar a sociedade brasilei-ra e o governo sobre a impor-tância de se preservar a saú-de humana e o meio ambienteno ramo de adesivos e selan-tes.
A trajetória da Adespec ini-ciou-se no Centro Incubador de EmpresasTecnológicas (Cietec), em 2003. Ela produzadesivos selantes de alta tecnologia para in-dústrias, construção civil e também para ouso do- méstico. Sua responsabili-
dade social é destaque, poisseus produtos contribuempara a preservação da saú-de do trabalhador, do usu-ário e do meio ambiente.A composição dos produ-tos da Adespec dispensaorgânicos voláteis, ouseja, não emitem vaporesprejudiciais. Entre os pro-dutos comercializáveisestão o “prego líquido”e a “cola isopor”.
A crença legítima e verdadeira das empre-sas de incubadoras e parques de que a ques-tão do desenvolvimento sustentável não ésomente um elemento de pressão, mas tam-bém uma grande oportunidade de posiciona-mento estratégico, permite identificar váriosdesafios para o futuro do movimento nestaárea:• Prospectar e avaliar o valor da “janela de
oportunidade” representada pelos ele-mentos que caracterizam o tema do de-senvolvimento sustentável, especialmen-te no que se refere às áreas de energia emeio ambiente;
• Criar instrumentos e práticas que permi-tam a troca de experiências entre as em-presas no que se refere às práticas desustentabilidade e responsabilidade so-cial;
• Estruturar programas e projetos que per-mitam o engajamento e participação deempresas de incubadoras e parques nasolução dos grandes desafios na área de
sustentabilidade;• Disseminar experiências positivas e pro-
mover a capacitação dos colaboradoresdas empresas, tornando a experiência dasempresas inovadoras na área de desen-volvimento sustentável um exemplo a ser
seguido por outros segmentos da socie-
dade.
Fonte: Revista Locus nº 45 – Abril de 2006Fernando Kreutz - Diretor da FK Biotecnologia e vencedor do Prêmio Finepe 2007
Empresas que realmente acreditam emDesenvolvimento Sustentável
38
será possível...
foi possível...
Crescimento Sustentado e
Inclusão Social
está sendo possível...
“As incubadoras e parques têm o papel de
formar uma nova geração de empresários
empreendedores em tecnologia, e fazer com
que suas empresas ganhem nesse mercado
globalizado, ganhem em competitividade, por
conta do investimento em tecnologia, por
conta da geração de novos produtos.”
Sérgio Resende
Ministro da Ciência e Tecnologia
Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005
Ao longo destes 20 anos de existência
da ANPROTEC, o movimento de incubado-
ras tem se dedicado de maneira despren-
dida e comprometida com o processo de
desenvolvimento do País por meio da pro-
moção do empreendedorismo inovador.
Esta contribuição tem vindo na forma
de novas empresas criadas, geração de
empregos, desenvolvimento de novas tec-
nologias e criação de estratégias para pro-
moção de desenvolvimento regional e se-
torial.
O resultado deste processo é um movi-
mento espalhado por inúmeros municípi-
os brasileiros, promovendo geração de
emprego, renda e desenvolvimento econô-
mico baseado na vertente da inovação.
Trata-se de uma experiência reconheci-
da internacionalmente por organismos in-
ternacionais, especialistas na área e ou-
tras entidades atuantes na área do empre-
endedorismo. O Brasil desenvolveu um
caso na área de incubadoras e parques que
se destaca de forma contundente no con-
texto dos países em desenvolvimento e
que, em alguns casos, pode ser compará-
vel a resultados obtidos apenas pelas gran-
des economias do mundo. Este é um patri-
mônio e uma conquista de um conjunto de
atores da sociedade brasileira e deve ser
reconhecido, valorizado e continuamente
aperfeiçoado.
Naturalmente, há ainda muito por fazer
visando oferecer ao país contribuições
mais relevantes para o processo de cres-
cimento sustentado com inclusão social.
Cada uma das quatro hélices do posicio-
namento estratégico da ANPROTEC tem pro-
curado atuar de diferentes formas nesta
direção.
As incubadoras orientadas para a pro-
moção do desenvolvimento local e setori-
al criaram novas formas de aplicação de
conhecimentos e tecnologias em setores
inusitados, com grande impacto social, am-
biental e econômico. Estes projetos têm
criado novas perspectivas de futuro para
comunidades de baixa renda, permitindo
aproximar o mundo acadêmico das reali-
dades difíceis da sociedade brasileira.
Por outro lado, nos segmentos de incu-
bação de empresas orientadas para a ge-
ração e uso intenso de tecnologia, o mo-
vimento tem contribuído com a criação de
algumas das empresas mais inovadoras do
país, muitas delas premiadas nacionalmen-
te devido ao seu grau de excelência e dife-
renciação.
Os projetos e programas desenvolvi-
dos pelo movimento na área da promo-
ção da cultura do empreendedorismo ino-
vador estão gerando uma nova consciên-
cia no universo dos jovens de escolas e
universidades. Começa a surgir uma cul-
tura de que é possível as pessoas cres-
cerem na vida por meio da atividade em-
preendedora, da capacidade criativa e do
trabalho cooperativo.
Finalmente, no contexto dos parques
tecnológicos, percebe-se claramente o for-
talecimento da conscientização e da moti-
vação de lideranças políticas e sociais que
vislumbram neste tipo de empreendimen-
to uma nova forma de organizar o proces-
so de desenvolvimento econômico de suas
regiões e setores empresariais.
64% dos
municípios com menos
de 1 milhão e mais de
300 mil habitantes
possui uma incubadora
e/ou parque
tecnológico
100% dos
municípios brasileiros
com mais de
1 milhão de habitantes
possui uma incubadora
e/ou parque
tecnológico
20% dos
municípios com mais
de 50 mil e menos de
300 milhabitantes
possui uma incubadora
e/ou parque
tecnológico
Para cumprir com este propósito fun-
damental de contribuir com o crescimen-
to sustentável e a inclusão social no Bra-
sil, o movimento deverá assumir novas
posturas e implementar novas ações:
• Fortalecer os laços com organizações
e programas com experiência na área
de inclusão social, buscando identi-
ficar formas de inserir a temática do
empreendedorismo inovador;
• Sintonizar o movimento de empreen-
dedorismo inovador com as grandes
tendências, desafios e prioridades do
País, visando criar perspectivas con-
cretas para que os empreendimen-
tos inovadores das incubadoras e par-
ques aproveitem as grandes oportu-
nidades de mercado e de crescimen-
to;
• Ampliar a rede de relacionamento e
parcerias do movimento de incuba-
doras e parques, contemplando se-
tores do governo e da sociedade que
estejam desenvolvendo ações estra-
tégicas tanto no contexto do cresci-
mento sustentado como da inclusão
social.
“A presença crescente do movimento de incubadoras e parques tecnológicos no cenário brasileirotraduz o desejo e a capacidade de construirmos um país mais empreendedor e inovador.”
Guilherme Ary Plonski - Vice-presidente da Anprotec
39
será possível...
foi possível...
Política Pública Nacional
está sendo possível...
O que as empresas precisam é aquilo que é
ter acesso àquilo que faz diferença para o
desenvolvimento, tais como ao mercado, ao
conhecimento e ao dinheiro.
Eduardo Costa
Diretor de Inovação para o
Desenvolvimento Econômico e Social da Finep
Fonte: Locus 50, setembro de 2007
“As incubadoras tecnológicas têm papel decisivo na interface entre C&T e setor produtivo.São Carlos, sede da primeira da América Latina, é prova disso.”Newton Lima - Prefeito de São Carlos
O sucesso do movimento de incubadoras deempresas e parques tecnológicos brasileiros estádiretamente ligado ao apoio viabilizado por diver-sos programas e projetos implementados ao lon-go destes 20 anos por diversas agências de go-verno e entidades da sociedade civil que traba-lham com recursos públicos.
O investimento realizado gerou frutos e osretornos são evidentes até porque foram inúme-ros os processos de avaliação, levantamento deinformações e de indicadores. É uma das iniciati-vas mais avaliadas e acompanhadas de que setêm notícias no universo dos projetos de investi-mento público no país.
Apesar de sempre haver espaço para melho-rias, o diagnóstico dos 20 anos é que houve dis-posição dos vários atores sociais e públicos parase investir e apoiar este movimento estratégicopara o país.
Uma das razões principais deste retrospectopositivo foi a criação do PNI – Programa Nacio-
nal de Incubadoras de Empresas e Parques Tec-
nológicos, que congrega as várias entidades eorganizações com interesse na área e que pos-sibilitou o fortalecimento do movimento, comotambém uma atuação mais integrada e harmo-niosa dos diversos atores públicos.
Ao longo dos últimos anos, a ANPROTEC vemtrabalhando intensamente no sentido de ampliaras formas, modalidades e volumes de recursosdirecionados ao movimento de incubadoras e par-ques bem como às empresas inovadoras.
Algumas destas novas formas de apoio já fo-ram implementadas e outras estão em fase dediscussão para lançamento futuro. Essencialmen-te, este arcabouço de políticas públicas com osquais a ANPROTEC tem contribuído seja na for-mulação, na disseminação ou no apoio à implan-tação, contemplam temas como:• Novas formas de apoio ao financiamento da
inovação nas empresas, visando reforçar oprocesso de interação com universidades eas atividades de P&D internamente à empre-sa;
• Programas sistêmicos de apoio às incuba-
doras, vinculados ao desempenho do progra-
ma de incubação e avaliados por meio de in-dicadores objetivos e claros. Esta nova formade apoio permitirá aos parceiros do movimen-to assegurar que os recursos aplicados es-tão gerando retorno e, ao mesmo tempo, eli-minará o insuportável processo de instabili-
dade e inconstância na disponibilização e apli-cação de recursos no universo das incubado-ras;
• Novos pacotes de fomento e financiamento
às empresas inovadoras, levando em consi-deração o “projeto de empresa” e não “um
projeto montado para edital”. As empresas
inovadoras precisam de soluções na área desubvenção, fomento, financiamento e até in-vestimento que levem em consideração o ci-clo de vida completo do empreendimento ese desenvolvam numa base de relacionamen-to de longo prazo, com acompanhamento einteração constantes;
• Aperfeiçoamento do Sistema Nacional de
apoio às incubadoras e parques, articulandomelhor as ações e programas desenvolvidosno âmbito do governo federal, dos governosestaduais, das entidades da sociedade civilque operam recursos públicos, dos agentesfinanceiros e outros atores críticos para omovimento;
• Ampliação do escopo de atuação dos pro-
gramas de apoio e fomento ao movimento,
contemplando iniciativas de promoção do em-preendedorismo inovador e setores menoscontemplados atualmente como o de tecno-logia/inovação social, meio ambiente, agro-negócios e serviços;
• Programas e projetos de apoio a iniciativas
cooperativas de promoção do empreendedo-rismo na forma de redes de incubadoras econsórcios empresariais;
• Priorização de investimentos no movimento
de incubadoras, parques e empresas inova-doras no contexto de programas e legislaçõesjá existentes como os Fundos Setoriais, o
FNDCT, Fundos de Desenvolvimento Regio-
nais e a Lei do Bem.
Muitas vezes é difícil imaginar a aplicabi-
lidade de certas soluções mais inovadoras
de políticas públicas e programas de apoio
ao movimento de incubadoras, parques e
empresas inovadoras. Entretanto, a evolução
que os País experimentou nesta área ao lon-
go dos 20 anos do movimento surpreende
até observadores internacionais. Portanto,
vale a pena pensar que será possível:
• Programas de apoio a incubadoras e par-
ques que ofereçam recursos regulares e
significativos para viabilização de deter-
minadas atividades de suporte às empre-
sas, vinculadas a indicadores de desem-
penho;
• Vinculação dos recursos e investimen-
tos a serem aplicados no movimento aos
impostos gerados pelas empresas cria-
das nas incubadoras e parques;
• Criação de fundos de seed capital e de
subvenção gerenciados com a participa-
ção direta das incubadoras e parques;
• Fortalecimento de mecanismos de parce-
ria público-privada aplicados ao movimen-
to, visando atrair investimentos privados
na direção dos desafios estratégicos e
prioritários de estado;
• Consolidação de um Sistema Nacional de
Incubadoras e Parques, articulando as
ações de Governo (Federal, Estadual e
Municipal), entidades parceiras (SEBRAE,
Sistema “S”, etc), poder Legislativo, se-
tor acadêmico e sociedade civil como um
todo.
• Recursos públicos ou de entidades
parceiras aplicados nas incubadoras
e parques ao longo de 20 anos:
aproximadamente R$ 150 milhões
(cerca de 35% do custo do
movimento em 20 anos)
• Estimativa de impostos gerados
anualmente pelas empresas:
R$ 400 milhões
• Custo de implantação e operação
aproximado das incubadoras e
parques tecnológicos ao longo dos
últimos 20 anos: R$ 430 milhões
40
será possível...
foi possível...
Balanço de uma
está sendo possível...
A organização social dos parques tecnológi-
cos e incubadoras de empresas significa for-
talecimento político-institucional da ativida-
de e a possibilidade de desenvolver projetos
de competitividade internacional, nacional,
regional e local, gerando empresas, empre-
gos, riqueza e bem-estar social.
Deputado Federal Paulo Piau
Subcomissão de Ciência e Tecnologia e
Informática
O passado deste movimento quecompleta 20 anos já está escrito nahistória, com seus erros e acertos,sucessos e fracassos, vitórias e der-rotas. Ao longo deste documento,
vários destes momentos foram rela-tados. É uma história rica em mo-mentos desafiadores, pródiga em ati-tudes empreendedoras e intensa emsuor e trabalho.
O processo de mudança associado
ao Reposicionamento Estratégico doMovimento de Incubadoras e ParquesTecnológicos não é simples e exige,
principalmente, a formação de lideran-
ças e a articulação dos parceiros.A ANPROTEC vem desenvolvendo
este processo de mobilização dos as-sociados e dos parceiros de forma aefetivamente criar condições para que
o processo de mudança ocorra.Este grande processo de mobiliza-
ção e mudança está sendo denomina-
do de “Programa Movimenta” e seusprincipais objetivos são:• Estruturação de um novo Modelo de
Atuação das Incubadoras de Empre-
sas e dos Parques Tecnológicos noBrasil;
• Desenvolvimento de um novo con-
ceito e portfolio de mecanismos de
apoio a empresas inovadoras no Bra-
sil;• Comprometimento efetivo dos ato-
res e parceiros do movimento em
investir recursos significativos nasincubadoras, parques e empresas,vinculados a compromissos de ge-
ração de resultados relevantes para
o País;
• Proposição de um desafio objetivo
e claro para estados e municípios
que querem realmente promover o
crescimento e desenvolvimento
sustentado;
• Implantação de um programa am-
plo de formação de lideranças para
O futuro do movimento está fortemen-
te ligado ao sucesso do Programa MOVI-
MENTA. Avanços já foram obtidos no sen-
tido de assegurar a implantação deste pro-
cesso de mudança, mas muito ainda pre-
cisa ser feito para promover este verda-
deiro “salto quântico” de relevância, repre-
sentatividade e qualidade no movimento
de incubadoras, parques e empreendimen-
tos inovadores:
• Capacitar, articular e mobilizar lideran-
ças competentes, talentosas e efeti-
vamente comprometidas com a visão
de futuro do movimento;
• Implementar novas estratégias para
promover o processo de geração e dis-
seminação de conhecimento dentro do
próprio movimento, por meio da articu-
lação de especialistas e da estrutura-
ção de uma parceria estratégica em
P&D na área de empreendedorismo ino-
vador;
• Reforçar o processo de comunicação,
interação e trabalho cooperativo com
associados, parceiros do movimento e
outros atores sociais;
• Aproveitar melhor o potencial de de-
monstração e de mobilização represen-
tado pelas empresas inovadoras gera-
das nas incubadoras ou estabelecidas
nos parques.
“O pilar do crescimento econômico depende justamente da geração deempresas inovadoras de base tecnológica”
Fernando Pimentel - Prefeito de Belo Horizonte - Fonte: Boletim 4 do Seminário 2007
41
será possível...
Grande Aventura
“Incubadoras e parques tecnológicos são
agentes pró-ativos do desenvolvimento regi-
onal que requer a criação de oportunidades,
redução de diferenças sociais e geração de
melhor qualidade de vida. O sucesso deles
requer boas parcerias com instituições de
ensino e pesquisa e o poder público.”
Newton Lima
Prefeito da cidade de São Carlos - SP
Em relação ao passado, ficam os
resultados, as pessoas formadas,
as empresas criadas, os projetos
implementados. As duas últimas pá-
ginas deste documento ilustram al-
guns destes resultados. Cabe ape-
nas reforçar que as lições e conclu-
sões tiradas neste período estão ori-
entando o presente e o futuro do mo-
vimento.
Quando se olha para trás e se perce-
be o que foi feito nestes 20 anos é inevi-
tável lembrar das dificuldades e das bar-
reiras que foram enfrentadas e supera-
das. O caminho da inovação não é sim-
ples nem confortável. Entretanto, o que
fica no final é a satisfação de ter escolhi-
do o caminho do “fazer acontecer”.
Ao longo deste caminho, muitas vezes
ouvimos...
Isso não pode ser feito aqui.
E COMEÇA A SER FEITO...
E depois alguém dizia...
Pode até fazer, mas não vai dar certo.
E COMEÇA A DAR CERTO...
E então surgia uma nova “previsão”...
Pode até funcionar, mas ninguém vai
saber para que serve.
E TODOS COMEÇAM A ENTENDER
PARA QUE SERVE...
E, finalmente, surgia algo como...
Tá bem, mas eu poderia ter feito
melhor.
Ótimo, então, junte-se a nós, e vamos
fazer juntos!!!!
Até o Futuro!!! A Aventura continua...
conduzir o processo de mudança;
• Estabelecimento de uma Visão de
Futuro que busca aliar Performance/
Resultado & Impacto/Abrangência
O desenvolvimento e implantação do
Programa Movimenta segue uma estra-
tégia apresentada esquematicamente
na figura abaixo e dependerá fortemen-
te do comprometimento de todos os as-
sociados e parceiros da ANPROTEC.
“Incubadoras, Parques e Parceiros, estamos todos ajudando a criar uma *nova Geração de Empresas* que serádecisiva para ajudar o país atingir um novo patamar de desenvolvimento social e econômico”José Eduardo Fiates - Presidente da ANPROTEC - Superintendente de Inovação da Certi - Diretor Executivo do Sapiens Parque
42
Expediente
ANPROTEC – Associação Nacional de Entidades
Promotoras de Empreendimentos Inovadores
Diretoria:
José Eduardo Azevedo Fiates – Presidente
Guilherme Ary Plonski – Vice-presidente
Christiano Becker – Diretor
José Alberto Sampaio Aranha – Diretor
Josealdo Tonholo – Diretor
Paulo Roberto de Castro Gonzalez – Diretor
Equipe:
Sheila Oliveira Pires – Superintendente Executiva
Katia Sitta Fortini – Coordenadora da Unidade de Atendimento ao Associado
Rutilea Azevedo de Jesus – Coordenadora da Unidade de Projetos
Francisca Silva Aguiar – Coordenadora da Unidade Administrativa e Financeira
Marcio Caetano Setúbal Alves – Coordenador da Unidade de Comunicação
Rosangela Medeiros – Responsável pelo projeto infoDev/RedLAC/RELAPI
Michelle Araújo Ferreira – Jornalista
Francisca N. Santos Ribeiro – Secretária
Fernanda de Oliveira Andrade – Estagiária
Liev Moreira de Souza Moraes – Estagiário
Magno da Conceição Paula – Auxiliar de Serviços Gerais
Textos
José Eduardo Azevedo Fiates
Projeto Gráfico e Editoração
Consenso Editora Gráfica
Impressão
Gráfica Athalaia
Exemplares deste livro podem ser obtidos na Associação Nacional de
Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores
SCN Quadra 01 - Bloco C
Salas 209/211 - Edifício Brasília Trade Center
Brasília, DF - CEP 70711-902
PABX: (61) 3202.1555
E-mail: [email protected]
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meio, seja total ou parcial, constitui violação da Lei nº 9.610/1998.
“A função das incubadoras e parques é servir como ponte entre universidades, instituições depesquisa e a economia real, estreitando essa relação que ainda está longe de ser satisfatória”.
Ignacy Sachs - Socioeconomista
Mais de
40% das
Universidades
Federais do País
contam com
uma Incubadora
33%dos
CEFETs
possuem uma
incubadora
97%das
incubadoras
priorizam o
incentivo ao
empreendedorismo
88%das incubadoras
priorizam o
desenvolvimento
econômico
regional
84%das
incubadoras
priorizam a
geração de
empregos
72%das
incubadoras
priorizam o
desenvolvimento
tecnológico
33% dos finalistas do
Prêmio de Inovação
Tecnológica da FINEP nos
últimos 3 anos nas categorias
“produto”, “processo” e
“pequena empresa”
nasceram em incubadoras.
40% dos finalistas do
Prêmio de Inovação Tecnológica
da FINEP nos últimos 3 anos nas
categorias “instituição de C&T e
Instituição Social” possuem uma
incubadora de empresas
Mais de 7.000participantes nas 17edições do Seminário
Nacional de Parques
Tecnológicos e
Incubadoras de Empresas
45Publicações
lançadas na área
de incubadoras,
parques e
empreendedorismo
inovador
Tempo
médio de
incubação
4 anos
Tamanho de
equipe das
incubadoras:
média de 5
Mais de
40% dos
colaboradores
com nível
superior
300.000horas/homem de
Treinamento
Seminário/Workshop
60 Cursos e 50
encontros/
workshops
envolvendo mais
de 10.000participações
100% dos
municípios brasileiros
com mais de 1 milhão de
habitantes possui uma
incubadora e/ou parque
tecnológico
64% dos
municípios com menos
de 1 milhão e mais de
300 mil habitantes
possuem uma
incubadora e/ou parque
tecnológico
20% dos
municípios com mais
de 50 mil e menos de
300 mil habitantes
possuem uma
incubadora e/ou
parque tecnológico
Existem
cerca de
400Incubadoras
no Brasil
25Unidades
da Federação
possuem
incubadoras
2800empresas
incubadas e
mais de
2000empresas
associadas
Cerca de
1500empresas
graduadas
Mais de
6300empresas
vinculadas a
incubadoras
10Parques
tecnológicos
em operação
Mais de
40Projetos de
Parques em
desenvolvimento
Empresas de
incubadoras e
parques geram
cerca de 33mil postos de
trabalho direto
16 das 20 melhores
universidades públicas do
país contam com
incubadoras de empresas e
11 estão vinculadas a
projetos de Parques
Tecnológicos
Taxa de
mortalidade
das
empresas
abaixo de
20%
Faturamento
estimado das
empresas
GRADUADAS em
incubadoras:
R$ 1,6 bilhões
Faturamento
estimado das
empresas
INCUBADAS:
R$ 400milhões
Estimativa de
impostos
gerados
anualmente:
R$ 400milhões
Custo de implantação e
operação aproximado
das incubadoras e
parques ao longo dos
últimos 20 anos:
R$ 430 milhões
Recursos públicos ou de
entidades parceiras aplicados nas
incubadoras e parques ao longo
de 20 anos: aproximadamente
R$ 150 milhões(cerca de 35% do custo do
movimento em 20 anos)
Percentural do custo
assumido pelas
entidades
gestoras ou
empresas
incubadas: 65%
Custo médio para
geração de
uma empresa
inovadora:
R$ 70 mil/empresa
Empresas
nos Parques:
cerca de
150