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Diocese de Guarapuava

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Esti mados/as Jovens!

O Papa Francisco escolheu o tema das bem-aventuranças para as Jornadas Diocesanas da Juventude de 2014 até 2016. Este ano ele trás como tema – “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia (Mt 5,7). As bem-aventuranças além de uma proposta nova de vida e de promessas exigem de nós conversão, ou seja, mudança de rota. Apresentamos, aqui, propostas para a rea-lização da Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) neste ano de 2016.

Este subsídio quer contribuir com as paróquias de nossa diocese de Guarapuava, que celebra 50 anos, para que possam dar conti nuidade ao espírito da JMJ, pro-movendo o aprofundamento do tema, trazendo refl exões e propostas para con-centrações com os jovens, reunindo as expressões que atuam na evangelização da juventude.

A Igreja do Brasil quer esti mular nossas dioceses a promoverem a vida da juven-tude, conduzindo os jovens a uma real experiência de fé e esti mulando-os a irem ao encontro daqueles jovens que estão com o coração ferido.

Este subsídio quer ser um apoio para todos os grupos e conta, também, com a importante criati vidade de vocês. A parti r das suas diversas experiências e realidades uti lizem o material como uma luz para o seu grupo. Com a verdadeira alegria que vem de Cristo puro de coração sigam o seu caminho de Evangelização.

Tenham todos uma excelente Jornada Diocesana da Juventude!

Subsídio Nacional da Jornada Diocesana Juvenil - CNBB

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JDJ 2016 na Diocese de GuarapuavaA JDJ de 2016 acontecerá em um formato

novo! Diferentemente dos anos anteriores, esta edição acontecerá em duas etapas! Nos dias 19 e 26 de junho de 2016! As atividades da JDJ acontecerão nas paróquias no dia 19 e no dia 26 acontecerá o encerramento na festa do Jubileu de nossa diocese de Guarapuava.

No dia 19 de junho, domingo, acontecerá a primeira etapa, onde os jovens realizarão a JDJ em suas paróquias, reunindo toda a juventude de sua cidade ou bairro. Portanto, a organização desta primeira etapa é de responsabilidade dos jovens de cada paróquia. Ao final deste subsí-dio, segue em anexo, as sugestões de metodo-logia para fazer acontecer a JDJ em sua paró-quia (festival, missão, vigília etc).

Para isso, vocês escolherão a metodolo-gia em que realizarão a JDJ em sua paróquia. Juntamente com uma equipe, irão dividir os trabalhos para fazer acontecer estas atividades. Independentemente do modo em que farão a JDJ, todas as atividades devem ter como tema o seguinte versículo: “Bem aventurados os miseri-cordiosos porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5,7). Além disso, como estamos vivencian-do o jubileu da Diocese de Guarapuava, outra tarefa para este dia é que o ambiente esteja ornamentado com painéis com alguns dados sobre a história da paróquia (data de fundação, párocos, idade etc). Estes mesmos dados serão utilizados por vocês para prepararem um painel que deve ser levado no dia 26 na Catedral, onde será exposto em um ambiente preparado.

Neste painel, além dos marcos da história da paróquia, devem conter fotos e momentos da JDJ em sua paróquia, bem como da preparação paroquial da JDJ (do dia 19). Deste modo, a pri-meira etapa da JDJ será no domingo 19 e vocês terão uma semana para preparar este painel para ser levado no dia da celebração do jubileu. A importância da história da paróquia se deve ao fato de que a Diocese de Guarapuava celebra 50 anos, mas com a história de cada paróquia que forma a diocese. Assim, na exposição dos painéis, os demais jovens e leigos vão poder conhecer mais da sua paróquia e da força da ju-ventude que há nela.

No dia 26 de junho, se dará o encerramen-to da JDJ na Catedral Nossa Senhora de Belém, em Guarapuava, na celebração do jubileu da diocese. Isto é, a Diocese de Guarapuava estará celebrando, exatamente neste dia, 50 anos de existência; deste modo, todas as paróquias e leigos da diocese se reunirão para festejar este dia na Catedral. As paróquias se organizaram para irem celebrar este dia e a juventude vai celebrar junto, reunindo o máximo de jovens de cada paróquia para participar deste momento, para juntos, agradecer a Deus pela juventude de nossa diocese e pelas atividades ocorridas em cada paróquia no domingo anterior. Assim, encerraremos a JDJ na celebração do jubileu. Reiterando, haverá a exposição dos painéis na Catedral durante todo o dia.

Além disso, o ultimo ato da juventude no dia do jubileu será a realização de um FLASMOB nas escadarias da Catedral Nossa Senhora de Belém, logo após o término da celebração do jubileu. A partir da segunda metade do mês de maio estará disponível na conta oficial do face-book da Pastoral Juvenil da diocese um vídeo ensinando a coreografia do FLASMOB, no se-guinte endereço:

www.facebook.com/setorjuventudeguarapuava

E vocês ensaiarão com os jovens de sua pa-róquia durante todo este tempo, para no dia 26 de junho fazermos todos juntos a mesma core-ografia em um grande FLAHSMOB.

Para realizar todas estas atividades é essen-cial ter presente a realidade de cada paróquia, ou seja, cada paróquia terá a liberdade para organizar e montar o cronograma da JDJ em sua paróquia, levando em consideração a sua realidade paroquial. Desse modo, devemos tra-balhar com o que temos em nossas paróquias, contando com as estruturas paroquiais.

Quaisquer dúvidas podem ser sanadas com a equipe diocesana da Pastoral Juvenil. Os en-dereços e contatos seguem no final do subsídio.

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Introdução

SiglasMV – Misericordiae Vultus (O Rosto da Misericórdia). Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, do Papa FranciscoJDJ – Jornada Diocesana da JuventudeJMJ – Jornada Mundial da JuventudeCNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Este tópico inicial de nosso subsí-dio tem por objetivo principal auxiliar os jovens a compreender o que são as Jornadas Diocesanas da Juventude (JDJ). Sugerimos que, numa primeira oportu-nidade, a equipe paroquial, pastoral ou movimento, possa se reunir e entender o que é uma JDJ. Você poderá organizar este encontro de diversas maneiras: len-do e debatendo as questões ou elencan-do perguntas do grupo para que sejam respondidas com a ajuda do subsídio.

O que são as Jornadas Diocesanas da Juventude?

A Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) é a organização das Jornadas Mundiais da Juventude em nível dio-cesano e é celebrada nas Igrejas Locais com o objetivo de “fazer a pessoa de Jesus o centro da fé e da vida de cada jovem para que Ele possa ser seu pon-to de referência constante e também a inspiração para cada iniciativa e compro-misso para a educação das novas gera-ções.” (Carta de João Paulo II ao Cardeal Eduardo Francisco Pironio na ocasião do Seminário sobre as Jornadas Mundiais da Juventude, organizado em Czestochowa, Polônia). A JDJ busca a evangelização da juventude e a integração e união de todas as forças juvenis que compõem

nossas paróquias, decanatos e diocese, gerando assim, uma experiência e cul-tura que entenda a Igreja particular, a Diocese, como verdadeira família cristã. Também relembrar a Jornada Mundial da Juventude e concretizar o apelo do Papa Francisco de “ir ao encontro das periferias existenciais”.

Quem convoca e qual o tema das JDJs?

A convocação é feita pelo Santo padre o Papa, que sempre propõe uma temá-tica específica aos jovens e encaminha uma carta para que meditem e aprofun-dem seu encontro com Jesus Cristo e o comprometimento com seu Evangelho. No Brasil, ela acontece no período em que a Igreja celebra a Campanha da Fraternidade, e, quando possível, deve ser realizada em consonância com as reflexões levantadas pelo Episcopado Brasileiro para a quaresma de cada ano.

Quando surgiram as JDJs?

Elas são uma atividade mundial e são a JMJ acontecendo nas Igrejas Locais, por-tanto, sua história é a mesma da Jornada Mundial da Juventude. O ano de 1985 foi proclamado pela ONU como Ano inter-nacional da Juventude. Aproveitando a ocasião, o Papa João Paulo II conclamou

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para o Domingo de Ramos um encontro com os jovens de Roma. 300 mil jovens reuniram-se com o Santo Padre. Esta pri-meira Jornada Diocesana inspirou as JDJs e propagou-se nos anos seguintes por di-versas Igrejas locais.

Como organizar a JDJ?

As Jornadas Diocesanas da Juventude são uma atividade da Igreja Jovem, e como tal, precisam ser preparadas pelas forças vivas da Juventude das dioceses. O processo de construção coletiva é fun-damental, especialmente com a presen-ça efetiva e comunhão dos movimentos, pastorais, novas comunidades e congre-gações que trabalham com jovens. E deve acontecer com envolvimento dos grupos de base e, o quanto possível, com os gru-pos de crisma. Na preparação de uma JDJ, é preciso considerar: 1) O estudo do tema pelos jovens da diocese e, 2) Preparação do dia do evento.

Como aproveitar a JDJ para pre-parar a JMJ 2016 na Polônia?

A Jornada Diocesana da Juventude é a JMJ realizada em nível diocesano. O Santo Padre o Papa mantém, inclusive, o mesmo tema. A JDJ, portanto, é ocasião oportuna para preparar os peregrinos que partici-parão da JMJ e é também oportunidade para que todos os jovens que não podem realizar a peregrinação participem de al-guma forma deste evento.

História das JDJ realizadas na Diocese de Guarapuava

A primeira etapa da Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) realizada em Guarapuava, aconteceu no dia 15 de abril de 2013, onde estiveram presentes

mais de dois mil jovens da diocese, hou-ve uma grande motivação para a Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro, em 2013.

O evento iniciou com a Catequese da Juventude, tendo como tema: “Discípulos de Emaús” (Lc 24). Logo após a catequese, os jovens saíram ao encon-tro das comunidades, visitaram famílias de alguns bairros da cidade levando a boa notícia, rezando e entregando um grande abraço.

A tarde os jovens que estavam nas comunidades, dirigiram-se a catedral nova, onde participaram de um Show com o Padre André Luna da comunida-de Bethânia. Seguindo o cronograma foi celebrada a Santa Missa presidida pelo Bispo Diocesano Dom Antonio Wagner da Silva, SCJ. Momento de uma explo-são de alegria, fé, dinamismo. Após este momento, os jovens puderam aproveitar mais um show Sertanejo Universitário Cristão com a Dupla Emerson e André.

A segunda etapa da JDJ foi realiza-da durante o tríduo pascal de 17 a 19 de Abril de 2014, com o lema “Eu vim para que todos tenham Vida” (Jo 10,10). Estiveram presentes jovens de regiões vizinhas os quais foram acolhidos pelas famílias das paróquias de Guarapuava, recordando a experiência da JMJ.

A JDJ 2014 teve início na quinta-feira Santa (17), com a acolhida dos missioná-rios na celebração de lava pés nas paró-quias do Decanto Centro. Na Sexta-feira Santa os jovens realizaram adoração ao Santíssimo Sacramento, após fizeram visi-tas às famílias, buscando despertar uma reflexão sobre a vida, para isso em cada casa foram deixados folders com passos indicando como cada fiel pode realizar seu projeto de vida. Cada família foi con-vidada a participar das vias sacras realiza-das pelas ruas dos bairros e da Encenação da Paixão de Cristo, na Praça da Fé.

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A jornada encerrou na manhã do Sábado Santo com uma caminhada pelas ruas centrais, com momentos de refle-xão sobre a Campanha da Fraternidade 2014 que trouxe o lema “É para a liber-dade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1). Já frente à Catedral, realizaram um flash mob com a música “Eis que faço nova to-das às coisas”, onde o bispo diocesano, Dom Antônio Wagner, juntamente com padre Rogério, deram o envio aos jovens para que dessem continuidade à jornada em suas paróquias, comunidades e gru-pos de atuação.

A terceira etapa da Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), acon-teceu nos dias 1 a 3 de maio de 2015 do instituto Dom Bosco, localizado no Bairro Vila Carli, em Guarapuava, es-tando presentes aproximadamente 350 jovens vindos de várias paróquias da Diocese. O lema dessa edição da JDJ foi: “Bem-aventurados os puros de co-ração, porque verão a Deus” (Mt5,8)

A Jornada proporcionou aos jovens que participaram da JMJ Rio 2013 revi-

verem os momentos que passaram du-rante a peregrinação, também propor-cionou aos jovens que ainda não partici-param de uma JMJ sentirem o que é “Ser Peregrino”.

Os jovens que participaram da JDJ 2015 ficaram acampados no Instituto Dom Bosco e realizaram várias atividades semelhantes as desenvolvidas durante a Jornada Mundial da juventude, como catequeses, shows, adoração e celebra-ções. Foi realizada uma caminhada com os jovens até o Santuário Nossa Senhora Aparecida, no bairro Bonsucesso em Guarapuava, para referenciar os “300 anos de Aparecida e a Juventude”.

O encerramento, no domingo (03), foi marcado com a troca de lembrancinhas, assinaturas nos crachás e almoço.

Quem pode participar da JDJ 2016?

Podem participar da JDJ todos os jo-vens e adolescentes com 14 anos com-pletos, independentemente se partici-pam de alguma pastoral.

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Aprofundamento do tema“Bem aventurados os misericordiosos,

porque eles alcançarão Misericórdia” (Mt 5,7).

A Jornada Diocesana de Juventude (JDJ) 2016 têm como tema a Bem-Aventurança da Misericórdia! Na verdade, estamos perpassando um caminho reflexivo pro-posto pelo Papa Francisco como reflexão para as JMJs de 2014 a 2016.

• 2014 - “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus” (Mt 5, 3)• 2015 - “Bem- aventurados os puros de coração, porque verão a Deus (Mt 5,8)”• 2016 - “Bem-aventurados os misericor-diosos pois obterão misericórdia (Mt 5,7)”

Misericórdia: é a palavra que reve-la o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quan-do vê com olhos sinceros o irmão que en-contra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da li-mitação do nosso pecado (MV, 2). A pala-vra misericórdia tem sua origem em duas palavras latinas – miserere (ter compai-xão) e cordis (coração) ou seja, significa sentir o coração. Misericordioso é aquele que é capaz de sentir o coração do outro e sabe entender suas dores e fraquezas. Em outras palavras, misericórdia é uma pos-tura humana diante do outro. É reflexo da graça de Deus que nos move à reconcilia-ção, ao perdão, para que sejamos sinal do amor de Deus pela humanidade.

Neste ano em que também vivemos o Jubileu da Misericórdia, iniciado na sole-nidade da Imaculada Conceição, somos chamados a viver o que Jesus disse: “Sedes Misericordiosos, como o Pai” (cfr., Lc 6, 36). É tempo fecundo para abrirmos nossos corações com alegria para experimentar-mos o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança. A colocarmos em prática os fundamentos de nossa fé e compassiva-mente olharmos nossos irmãos.

Nosso Deus é Misericórdia

“É próprio de Deus usar de miseri-córdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua onipotência” (Tomás de Aquino, Summa Theologiae, II-II, q. 30, a. Apud Misericoerdiae Vultus, 6). A Sagrada Escritura é testemunha desta verdade: “Eterna é a sua misericórdia” (Sl 136). Assim foi, desde o princípio, a ex-periência do Povo de Israel. Eles experi-mentaram a escolha especial do Senhor, que olhou para eles com misericórdia e os libertou da escravidão do Egito – ele os amou por primeiro e deu o primeiro passo. Durante os doze séculos que se-pararam a Passagem do Mar Vermelho e o nascimento de Jesus Cristo, o Povo da Bíblia sempre sentiu a presença do Deus que a tudo desculpa.

A misericórdia é também a experi-ência central testemunhada no Novo Testamento. Em seu primeiro discurso – Sermão da Montanha – Jesus proclama: “Bem aventurados os misericordiosos, por-que eles alcançarão misericórdia” (Mt 5,7). Bem-aventurado significa “feliz”. Jesus afirma veementemente que a felicidade não está na vingança, mas no amor doado.

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Quem se vinga não é capaz de sentir o que o outro sente, mesmo que este outro seja malvado ou pecador. A vingança nunca é solução. Somente o amor redime e corri-ge. Quem entendeu isso, segundo Jesus, é verdadeiramente feliz.

Na verdade, Jesus entende que somen-te os que experimentam a grande mise-ricórdia do Pai fazem-se misericordiosos. Por isso, o Mestre se sente na obrigação de ser expressão – ele mesmo – do gran-de amor do Pai. Todos os que se aproxi-maram de Jesus receberam dele amor, perdão, acolhida, vida – Ele, o Senhor, é o primeiro “feliz” porque foi ele o maior misericordioso da história. Esta é “a bem-aventurança a que devemos inspirarnos, com particular empenho, neste Ano Santo. (...) A misericórdia é a palavra chave para indicar o agir de Deus para conosco. Ele não Se limita a afirmar o seu amor, mas torna-o visível e palpável. Aliás, o amor nunca poderia ser uma palavra abstrata. Por sua própria natureza, é vida concreta: intenções, atitudes, comportamentos que se verificam na atividade de todos os dias. A misericórdia de Deus é a sua responsa-bilidade por nós.” (MV, 9).

Os primeiros cristãos entenderam que deveriam amar misericordiosamente por-que seu Deus olhou para eles com miseri-córdia por primeiro, quando ainda eram pecadores. Assim nos ensinou São Paulo: “com efeito, quando éramos ainda fracos, Cristo a seu tempo morreu pelos ímpios. Em rigor, a gente aceitaria morrer por um justo, por um homem de bem, quiçá se consentiria em morrer. Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.” (Rm 5, 6-8). O cristão não tem o direito de condenar, porque também ele não foi condenado por causa de seus pecados. O que o salvou e o fez

um ser humano melhor não foi a punição nem o rigor da lei, mas o amor. Por isso, cristão é aquele que transforma o mundo amando misericordiosamente, por mais difícil que isto seja.

Esta foi a experiência central dos Apóstolos, que após fugirem da Cruz, abandonando seu Senhor à morte soli-tária e dolorosa, receberam, na tarde da Páscoa, a primeira visita do Ressuscitado, que não os condenou por sua infidelida-de e deslealdade, mas proclamou como primeiro dom da sua ressurreição: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, também eu vos envio. A quem perdoardes os pecados, serão perdoa-dos” (Jo 20,19-23). O Senhor Vencedor e Onipotente os amou, os perdoou, não olhou para a sua infidelidade. Ele encheu o coração daqueles homens frágeis com seu Espírito de Misericórdia, e eles saí-ram daquela sala e foram impulsionados pela força renovadora do perdão, a se fazerem ministros e apóstolos da miseri-córdia por todos os cantos da Terra.

São Paulo também faz esta experiên-cia. Foi amado por primeiro no caminho de Damasco. Por isso pode dizer: “Dou graças àquele que me deu forças, Jesus Cristo, nosso Senhor, porque me julgou digno de confiança e me chamou ao mi-nistério, a mim que outrora era blasfemo, perseguidor e injuriador. Mas alcancei mi-sericórdia, porque ainda não tinha recebi-do a fé e o fazia por ignorância. E a graça de nosso Senhor foi imensa, juntamente com a fé e a caridade que está em Jesus Cristo. Eis uma verdade absolutamente certa e merecedora de fé: Jesus Cristo veio a este mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o primeiro. Se encontrei misericórdia, foi para que em mim primei-ro Jesus Cristo manifestasse toda a sua magnanimidade e eu servisse de exemplo para todos os que, a seguir, nele crerem, para a vida eterna.” (1 Tm 1,12-16)

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Igreja: casa da misericórdia

A Igreja nasce, portanto, da profunda experiência da misericórdia do Pai ex-pressa em Jesus Cristo, Senhor Nosso, que nos dá o mesmo Espírito que era o seu: o Espírito de Misericórdia. A postura de mi-sericórdia não é periférica aos cristãos. A Igreja precisa ser casa e escola da miseri-córdia, sob pena de não realizar a missão para a qual ela existe. Se nossas comuni-dades paroquiais, grupos juvenis, movi-mentos, pastorais, congregações religio-sas, novas comunidades não forem mise-ricordiosas para com os mais pecadores, serão profundamente infiéis ao Senhor que cultuam e adoram como Deus. “A arquitrave que suporta a vida da Igreja é a misericórdia. Toda a sua ação pastoral deveria estar envolvida pela ternura com que se dirige aos crentes; no anúncio e testemunho que oferece ao mundo, nada pode ser desprovido de misericórdia. A credibilidade da Igreja passa pela estrada do amor misericordioso e compassivo. A Igreja vive um desejo inexaurível de ofere-cer misericórdia.” (MV, 10)

Por uma juventude missionária e misericordiosa

Maria, Mãe da misericórdia, convida os jovens a serem missionários da miseri-córdia. Em sintonia com a celebração dos 300 anos de Aparecida e dos 100 anos das aparições em Fátima, é um impulso para que a juventude possa se colocar a cami-nho com disposição e alegria, querendo aprofundar nosso espírito missionário, sendo promotores da paz, da solidarie-dade e da justiça. A justiça é, por certo, necessária. E precisamos educar nossos jovens para exigi-la. Porém, a justiça da Igreja não é a mera punição de quem erra. Ela age como Jesus e em seu nome.

Portanto “diante da visão duma justiça como mera observância da lei, que julga dividindo as pessoas em justos e pecado-res, Jesus procura mostrar o grande dom da misericórdia que busca os pecadores para lhes oferecer o perdão e a salva-ção.” (MV, 20). Deve preocupar-nos o crescente espírito vingativo e justiceiro em muitos de nossos grupos juvenis. O fundamentalismo legalista católico é um grave mal, que desfigura e desvirtua em seus fundamentos a mensagem cristã e pode transformar nossa juventude mais em “soldados de uma guerra santa” do que apóstolos do Senhor que mostrou toda a sua força e poder morrendo por nós no alto da Cruz.

Outra tanta parcela de nossa juventude se ver vítima de um julgamento que mar-ginaliza e condena cada vez mais os exclu-ídos de nossa sociedade, ao invés de pro-piciar condições para o desenvolvimento de uma vida digna. São jovens feridos e massacrados por uma vida cheia de cha-gas, sendo crucificados pelo povo assim como Jesus.

“Jesus afirma que, a partir de agora, a regra de vida dos seus discípulos deverá ser aquela que prevê o primado da mise-ricórdia, como Ele mesmo dá testemu-nho partilhando a refeição com os peca-dores”. (MV, 20).

Somos pecadores e não somos dignos da misericórdia de Deus, mas mesmo assim Ele nos estende a mão. “Deus não rejeita a justiça. Ele engloba-a e supe-ra-a num evento superior onde se expe-rimenta o amor”. (MV, 21) A justiça de Deus é o perdão. Somos chamados como jovens seguidores de Cristo a combater o pecado e seus males, mas nunca rejeitar qualquer pecador. A viver a misericórdia no nosso dia a dia, como missionários na fé, fazendo das palavras, ações e atitudes de Jesus as nossas.

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Sugestões Metodológicas

Preparamos a seguir, algumas sugestões de atividades que podem ser realizadas para aju-dar sua Comunidade Jovem Diocesana a celebrar a JDJ. Este momento a vida da Igreja é uma ótima oportunidade de comunhão entre as Juventudes da sua Diocese, então aproveite para pensar e fazer uma JDJ de Comunhão e Unidade. Dentro da realidade de cada Diocese este evento pode ter mais ou menos atividades; ser mais concentrado ou menos centralizado; ain-da assim a sua criatividade será fundamental para que todos se sintam tocados pelo Espírito Jovem de sua Igreja local.

Realizar uma Vigília: que tal reunir a juventude para uma vigília de adoração e oração? No olhar de cada jovem para Deus podemos ver refletido o rosto jovem de Cristo. Pense em como ambientar um espaço acolhedor para receber os jovens de sua paróquia. Com mo-mentos de reflexão sobre a misericórdia e outras dinâmicas oportunas para um momento de Vigília na paróquia.

Caminhada Celebrativa: o rosto jovem de Cristo nas ruas de seu bairro ou cidade! Uma Caminhada Celebrativa é uma ótima chance de inspirar a comunidade local a buscar uma vida em Deus. Lembre-se, a JDJ também quer ser um farol para os jovens que não estão vivendo na Igreja. Com simplicidade e alegria, cada jovem é um Sentinela da Manhã, anunciando a chegada do sol, Cristo Ressuscitado.

Festival da Juventude: que tal usar os dons das expressões juvenis e jovens para alegrar e fazer de sua JDJ um momento de festa e celebração? Junte a galera da música e do teatro, para juntos partilharem a vida plena que se encontra na Igreja.

Gincana cooperativa: Fortaleça seu Setor Juventude pensando-o e criando-o juntos. Nunca é tarde demais para brincar e fortalecer os laços de amizade. Use esta atividade para os jovens se aproximarem uns dos outros através de jogos e brincadeiras que tragam coisas boas aos mais necessitados. O grande prêmio e os vencedores da Gincana certamente serão a Juventude Viva de sua Paróquia.

Experiência Missionária: a comunhão a serviço da Missão! Revise as diversas ações mis-sionárias da paróquia. O que importa mesmo é todos estarem de mãos dadas na missão maior que todos estão inseridos: a construção do Reino de Deus. Façam visitas às famílias de uma comunidade de sua paróquia.

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Deus, Pai misericordioso,Que revelaste Teu amor em Teu Filho Jesus CristoE, no Espírito Santo, Consolador, o derramaste sobre nós,A Ti confiamos o futuro do mundo e de todos os homens.De maneira especial a Ti confiamos os jovensDe todos os idiomas, povos e nações.Guiai e protegei-os nos complicados caminhos de hojeE dê-lhes a graça de poder colher abundantes frutosA partir da experiência da Jornada Mundial da Juventude de Cracóvia.Pai celeste,Faça-nos testemunhas da Tua misericórdia.Ensina-nos a levar a fé aos que duvidam,A esperança aos desanimados,O amor aos indiferentes,O perdão a quem fez o malE a alegria aos infelizes.Fazei com que a centelha do amor misericordiosoQue acendeste dentro de nósConverta-se em uma chama que transforma os coraçõesE renova a face da Terra.

Maria, Mãe de Misericórdia, rogai por nós.São João Paulo II, rogai por nós.Santa Faustina, rogai por nós.

Oração oficial da JMJ 2016

Pastoral Juvenil da Diocese de Guarapuava

Felipe Geraldo Madureira – Assessor Diocesano.Rua XV de Novembro, 7466. Edifício Nossa Senhora de Belém – 4º andar.Cep: 85010-000.Fone: (42) 9985-3646.E-mail: [email protected]

Daniela de SouzaFlavia MizerskiIr. AlecsandraIr. Karen KlaczekIr. Marcieli BabinskiRegiane Barros e Fabio BarrosTaynara Cassimiro.

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