AVENTURAS DE ÇHIQUINHO E ZE' MACACO -...

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ANUO XV RIO DE JANEIRO, QUARtA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 1920 R. 7S8 (S^r-——--^ -**- *)"~- " '"^~"°-"?'««^V"/" NUMERO AVULSO,«SOO R? ^\ 5KWí^TÁSi"^£ J>t"**^ -C -^^rC~^-^^^T^ - jL NUMERO ATRAZADO. 500 R* J i-.nti-: .ioiivxi, rini.K'» OS hktbato» DE TODOS os «i-:rs LEITORES AVENTURAS DE ÇHIQUINHO E ZE' MACACO iWiLmr^^^^Êmv?^-^^jí2^ Compadre Sapão quiz ohsequíar condignamente a tão —«.^^. "^i? ¦HE?*>—^^"—"^ ilhistfes vjiajjantes, e convidou-os a um chá <le na sua ) admirável residência de verão. t Como se vê, a residência do compadre Sapão era pit-Abancaram-se de cócoras no chão e deram começo jao banquete que se toresca. e para o Macaco e Jagunço collocara uma es-compunha de vermes e moscas au gratin. Alem do cha d era havra umi deU z***. posto que para elle isso não era necessário, por-cioso licor de rã. que os hospedes beberam, beberam... ate se embebedarerr. quanír. pUlaria.

Transcript of AVENTURAS DE ÇHIQUINHO E ZE' MACACO -...

ANUO XV RIO DE JANEIRO, QUARtA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 1920 R. 7S8

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5KWí^TÁSi"^£ J>t"**^ -C -^^rC~^ -^^^T^ - jL NUMERO ATRAZADO. 500 R* Ji-.nti-: .ioiivxi, rini.K'» OS hktbato» DE TODOS os «i-:rs LEITORES

AVENTURAS DE ÇHIQUINHO E ZE' MACACO

iW iLmr^^^^Êmv? ^-^^jí2^ Compadre Sapão quiz ohsequíar condignamente a tão —«.^^."^i? ¦HE?* >—^ ^"—"^ ilhistfes vjiajjantes, e convidou-os a um chá <le rã na sua )

admirável residência de verão.

t Como se vê, a residência do compadre Sapão era pit- Abancaram-se de cócoras no chão e deram começo

jao banquete que se

toresca. e para o Zé Macaco e Jagunço collocara uma es- compunha de vermes e moscas au gratin. Alem do cha d era havra umi deUz***. posto que para elle isso não era necessário, por- cioso licor de rã. que os hospedes beberam, beberam... ate se embebedarerr.quanír. pUlaria.

{CONTINUAÇÃO) AVENTURAS DE JOÃO GARNIZÉ o Tico-Tico

.......k. H.I..IÉH •¦- '— i-d-;..¦:¦¦ "¦¦'¦' i ¦ 'I ¦¦'¦! I IlHMiVii ¦¦ 1 í tV .111 ¦¦ ¦ !!¦¦ ¦¦!— — - ¦¦!..#¦¦¦¦ ¦W—MIMi— -

A canoa deslisou, célere, pelo rio abaixo. João Garnizécomeçou então a ouvir distinctamente o ronco ida cachoeira.Nada mais podia fazer; fechou os olhos e pediu a Deus queo salvasse. Poucos minutos mais, um grande abalo,...

...um mergulho, um sonho e nada mais... Sonhava quelhe estavam dando fortes beliscões é acordou com um dei-les e qual não foi a sua surpresa vendo, encarapitado no seuabdômen, a negra figura de um urubu!

Berrou com toda-força de seus pulmões e os urubusfugiram assustados; mas, accudiu aos seus gritos um casalde ciganos. João Garnizé cahira, casualmente, em poder deum bando de ciganos, que ali...

... se achavam com um circo ambulante. O cigano viulogo na figura exótica de Garnizé um typo a explorar e umsucoesso para a Companhia e por isso convidou-o a ir ao seuacampamento onde lhe deu...

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< .., roupa, calçado e o cargo de tratador de animaes. Gar-nizé ahi permaneceu satisfeü i alguns dias, até que os ciga-tios leyantaram acan e-amento e partiram para a mais proxi-ms r^dwie nara dar .

.espectaculos. Depois de armarem o circo e distribuí-,rem annuncios, pnzeram á entrada do barracão um grandecartaz annunciando o "Homem da Floresta", que nio eraoutro senão o João Garnizé.

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Grandloio (S. Leopoldo) —Tem uma natureza muito propen.sa aos prazeres dos sentidos e émesmo de temperamento muito ma-terialista. Seu espirito ú bastante

apaixonado, com arrcbatamcnlos bruscos. E' impaciente e des-confiado. Todavia tem alguma bondade cordial, nos momentoscalmos.

Clarinha (Rio) — 1» — Creme Tollali, externamente. In-ternamente use Licor de Fowler, ás gottas, antes das princi-pães refeições. 2» — Negrita ou qualquer outro preparado finoe caro. 3' — Bicarbonato de sódio ou Antinyo. 4» — Deduz-seda sua lettra um temperamento calmo e voluntarioso, sem fra-üuezas idealistas. Tem um espirito naturalmente frio e um tanto"convencido". Mas essa vaidadesinha não aborrece ninguém.5» — O horóscopo da mulher nascida a 29 de Agosto diz as-sim: Será casta, diligente e muita devota. Apezar desta ultimaqualidade, a sua pbyslonomia será alegre. Levará um fortetrambolhão em sua vida (physico ou moral).

Será amiga da hygiene e multo elegante. Não será muito pro_pensa ao casamento. Viverá mais de 70 annos.

Carmen Rocha (?) — Agradeço os votos que faz. Quantoás perguntas e conselhos respondo: 1» — Sim, o licor de Fow_ler 6 de grande conveniência, como tônico e beneflclador dapelle. Mas para encrespar cabeilos... isso não ! 2o — Atravésda sua lettra vê-se sente-se uma creatura franca e vaidosa, deespirito altaneiro e muito idealista. O coração é quem é um tan-to duro, sem signaes de bondade. Entretanto, como parece aindamuito nova, talvez modifique essa parle fraca de sua individua-lidade.

Afaria Celmía Cunha (Pouso Alto) — Sinto muito não tértido a honra e o prazer da sua visita.

— O preparado que lhe indique^ e é de resultado magnífico,vende-se aqui na pharmacia Silva Araújo. Custa nove mil reiso litro e cinco o meio litro.

Sadi S. L. S. ( Rio) — 1» Auctores... de que espécie de li-vro3 ? 2* — Penso que é uma bobagem. 3« — Penso sobre"elles", que são o que ha de mais pernicioso para a sociedade.4' — O seu horóscopo é este : O homem nascido sob tal signoserá honrado, casto e nobre de coração. Solicito e cuidadosoem todos os seus negócios. Amigo de exercer cargos do go_verno, qualquer que seja a categoria. Amigo -de variar de na-moros. Possuirá riquezas, mas perdel-as-á por sua honradeze boa fé ! (Sirva-lhe isto de aviso...) Viverá muito. 5» — Apedra taüsman é o diamante em annel de cobre com o hiero.grypho de Venus. 6* — A sua lettra demonstra um caracterdesegual, mixlo de presumpção e timidez. O espirito é es-sencialmente volúvel, indo da verdade á mentira em trêstempos. Muito desconfiado, não obstante rasgos de franqueza e6inceildade. Vontade muito caprichosa.

Pudiquinha (Paraíso) — A consulta medica foi enviada aoredactor da respectiva secção. Não posso fazer estudo grapho-lógico, por falta de assignatura ! Quanto á palavra de que pedesignificação, é nome -de moléstia uterina.

Ruth Roland (Rio) — Procure na Livraria Quaresma rua de S. José. Não me lembro agora do nome do livro, masbasta falar no titulo da poesia.

Louríiin?ia (?) — 1» — E' o chá de Lipton verde ou preto.Faz.se como se fosse para tomar. Usa-se depois de estar frio.2» — Custa quatro mil réis e vende-se em qualquer livraria boa.Z° — Pôde mandar qualquer trabalho, sujeitando-se porém, aoJuízo de quem tiver de julgar. Em geral, ha muita benevo-lencia.

Lygia Seabra (Santos) — Diz assim o horóscopo do signode rua irmãsinha Iria : A mulher será de gênio alegre e muivariável. Será honrada, modesta e amiga de trabalhar. Sahiráda terra em que nasceu, mas regressará breve.

Terá alguns namoros, porém, entre os 17 e os 23 annos, ca.sar-se-á com o homem que doseja, apezar do seu amor soffrergrandes difficuldadts. Viverão felizes até avançada idade.

DR. SABETUDO

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AINDA A IIV-GIENE

Meus netinhos:Como vocês sa-

bem, eu já havia da-do por terminada aminha resposta ao"Pae de familia", eia entrar noutro as-sumpto. Mas acon-tece que uma cartado mesmo senhorobriga-me a umapalestra sobre hy-

giene, que eu tratarei de tornar interes-sante e útil, não só a vocês, mas lambema todos os chefes de familia.

Essa carta convida-me a dizer algumacousa sobre o meio de combater os mi-crobios e sobre a alimentação : E', por-tanto, um assumpto dc interesse geral,muito proveitoso á infância, visto comodesde cedo é que se devem saber essascousas, afim de se garantir o mais possi-vel uma boa saúde — que o é o bem pre-cioso acima de todos, mesmo para aquel-'es que não precisam de trabalhar paraganhar a vida.

Ouçam, pois, com attenção, meus neti-nhos :

As doenças são em geral transportadasnos ares por seres invisíveis chamadosmicróbios.

Arriscamo-nos muito absorvendo ar pc-Ia bocca, ar que esteja contaminado pelosniicrobios, por que estes nos causarão do-enças ou mesmo a morte.

Se o sangue estiver bom, não terágrande importância qualquer doença; masa fraqueza geral ou a constipação, espe-Malmente do ventre, viciam o sangue e osmicróbios absorvidos podem ser muitoPrejudiciaes.

E' necessário, pois, empregar todos osi ineios para supprimir os micróbios, que. vivam em geral nos logares humidos,

sombrios e pouco limpos. Nascem naspoeiras, nas carnes em decomposição, e era

todos os logares onde haja maus cheiros.Deve-se, pois, conservar bem limpo e bemsecco o quarto de dormir, e todo o ves-tuario, e ter tudo sempre bem arejado etanto quanto possível ladeado de sol.

Antes das refeições devem-se lavar asmãos e as unhascuidadosamente, paraevitar que alguns micróbios que porventu-ra ahi se encontrem se passem para a co-mida.

Vêem-se algumas vezes por ahi, nosbondes principalmente, uns avisos recom-mendando que se não deve cuspir para ochão. Esse aviso devia ser mais commum,porque ha muita gente que tem o mauhabito de cuspir para toda a parte, tendo

T~^ *Fig. i

A manha hyg.enica e as duas fôrmas'prejudiciaes de andar

os pulmões em mau estado, e dahi resultaespaiharem-se pelo ar os micróbios datuberculose, que, respirados por pessoassadias, as vão contaminar. ã

Podemos ter durante muitos annos ai-guina doença incubada, sem o saber, e porisso é uma boa medida de prudência e hu-manidade, não cuspirmos senão em loga-res próprios para esse fira.

E' conveniente, .quando sahiinos dc umtheatro, de uma igreja ou emfim de qual-quer reunião onde esteja muita gente, éconveniente, meus netinhos, tossir e as-soar o nariz, para assim desembaraçarmoso organismo dos micróbios que porven.íura tenhamos absorvido.

Em trinta pessoas, uma pelo menos étuberculosa, e esta doença, como se sabe,é de grande contagio. E' bom notar, po-rém, que, em parte, adquirc-se este malcom a mania de se ter sempre as janeilasfechadas. Por isso um dos melhores meiosde o evitar é dormir ao ar livre ou, pelomenos, em aposentos onde o ar se renovefacilmente.

Vem a propósito accrcscentar que, quan-do se adquire o bom habito de dormir comas janeilas abertas, nunca se sente frio emparte alguma e evita-se as constipações.

Era oceasião agora, meus netinhos, depassar ao interessante capitulo da alimen-tação. E' longo, porém, o que tenho adizer, e por isso prefiro dar uma ligeiraexplicação das figurinhas aqui presentes.

Referem-se ellas á maneira de sentar ede andar. Em ambos os casos deve-se tersempre em vista ficar com o tronco direi-to aprumado e a cabeça erguida. As po-sições abandonadas ou "cabidas" esma-gam, por assim dizer os órgãos, impedin-dc-os de funecionar convenientemente, defôrma que um indivíduo que se curva égeralmente fraco e as mais das vezes do-ente.

De pé e andando, deve-se imitar a pri-meira posição da figura n. i, pois as ou-trás duas são posições condemnadas. Ereparem bem nos pontinhos que indicam adirecção do olhar.

Sentado, o tronco deve ficar egualmen-te aprumado e completamente encostado áscostas da cadeira (Figura n. 2, segundaposição). E para escrever, atar os sapatosou apanhar qualquer cousa do chão, quan-to menos se curvar o dorso, melhor.Ha muito meios de evitar essas curvaturas.

Ü i^ ¦*.^____*A-_k_'

Fig. 2

1) Como não se deve e 2) como se deveestar sentado

O resto, meus netinhos, fica para a pro-xima semana.

VÔV0*• <>k>-!-o<-<>h>^<>-x>^>!-<m-o*:-c>-:-<>vC>-;- o•K>•^<>•^o•^c>•^c>-.•o*<>'¦^^

•o-i-o«> o TIC0-TICO 0^<>-:<>--<>^<>-x>*<>-. o v<>:<>-:^í0-.0

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GTíco^Tsco mundano4

esposa, a Sra. Castro, por ter muito geito para recitar: ÇMaria Alzira A. Pereira, por querer ser í

ANXIIT.RSARIOS

. ., Lloyd Brasileiro, c suaElvira da Silva Jackson. «lana .-uzira A. rereira, por querer ser

Foram padrinhos da pequena o coronel espirituosa ; Dallila Couto, por ser tra- VEgard Pinto Ribeiro Duarte e senhora. vessa; Alice Modesto Cardoso, por con- 7-

—Eoi levado no dia 4 do corrente ' pia versar durante as aulas; Dulce Queiroz, %baptismal, na matriz de Nossa Senhora da por ter o rosto muito comprido; Dulce òPenha, o menino Manoel, filo do Sr. Carvalhacs, por ser a mais clara, e eu jj

por ser alta — Lili. V— Estão na berlinda os seguintes lei- X

tores do Collegio Sylvio Leite iFernando Oliveira, por ser bonitinho; ò

Nicanor Oliveira, por ser amigo dos li- jçvros; Josias Leal, por ser dentista; José Y

Theotonio Alves Rodrigues.— Realizou-se também a 4 do corrente,

na egreja do Sacramento, o baptisado doCompleta hoje o seu décimo anniversa- menino Adhemar, filho de D. Marietta

rio natalicio o galante Walter da Cruz, Câmara da Silva e do Sr. Adelstano Sil- __ leitor residente em Nicth.roy. ".Foram padrinhos^ Sr.JSrne.to_ Ma- g^j^ pQr ^ ^ ^^.^ ^^

nek, por ter pé de anjo; Sylvio Valverde,por ser delicado; Moacyr Costa, por ser

ira;por ser quieto; Antônio

—INadyr Pinho Alves do Valle, nossa chado Guimarães e D. Nazareth Macedo

graciosa amigninha, faz annos no dia 19 Soares Machado Guimarães.do corrente. Nadyr, que é o encanto dolar do Dr. Optaciano Alves do Valle, re-ceberá muitas felicitações.

José Pinheiro, nosso amiguinho re-sidente nesta capital, completa hoje o seu10" anniversario natalicio.

NASCIMENTOSRecebeu o nome de Marina a pri:

nita do casal Augusto de Hollanda Ra-mos, nascida nesta capital.

Acha-se augmentado com mais umbébé que veiu a ter o nome de Olivio, olar do pharmaecuiteo Victor Marques deOliveira.

O Sr. Jeronymo de Almeida Pires,funecionario federal, está com o seu larem festa, desde o dia 28 do mez findo,por motivo do nascimento de sua filhaDalba.

Clelia, foi o nome rec.bido pela fi-Ihinha dc- casal Enrico Eugênio de Azeve-do Maia.

Nasceu nesta capital no dia ,'o domez ultimo, a menina Anime, filha do Sr.Arthur Saldanha, funecionario dos Tele-graphos.

A aprazível vívenda á rua Ccnja-min Constaut, residência do Sr. João Ce-cilio Manes, acha-se enriquecida, desde odia 29 do próximo passado, com o nasci-mento de um robusto pimpolho que, napia baptismal receberá o nome de Be:.-j a m i;..

Aciia-se enriquecido com mais umrebento, que recebeu o nome de OctavioAugusto, o lar do Sr. Peruando deAvellar.

Está em festas o lar do Sr. Tlieo-domiro Tavares de Araujo, por motivo

cimento de sua filhinha Carm.lina.Recebeu o nome de Maria Coralia, a

primogênita do casal Olympio Svares doCouto, nascida nesta cidade.

Acha-se augmentado o lar do Sr.Bento Ferreira Zuth, com o nascimentode seu fiíhinho Carl >s.

r.a eLlesmar, filho do Sr. Adelesmar F". Sil-va, do commercio desta praça, e D. Ma- eu.

GALERIA DA INFÂNCIA

Baptisou-se no domingo de Paschoa, gordo; Paula Pessoa, por ser' linureja do Livramento, o menino Ade- Gastão Mou

Caetano da Silva, por ser amável, epor ser o mais firme — Nininho.

,— Estão na berlinda as seguintes me-ninas da praça de Ipanema:

Marina, por ser a mais sympathica;Eliza, por ser de Deus; Ameba, por ser amais impertinente; Laura, por ser a maisintelligente; Ecila, por ser a mais gra-Aciosa; Edina, por ser "mignon"; Helena, Xpor ser muito estudiosa; Wanda por ser ôa mais bonitinha; Zuzu', por ser a mais 1""melindrosa"

; Lucia, por ser a mais or-Ygulhosa; Alcina, pela indispensável tran- Acinha; Paula, por ser mais gorda; Odette ¦_e Gioconda, por fiscalisarem a praça. ò

H. B. A— Estão na berlinda os seguintes me- T

ninos da praça de Ipanema J£Edgard, por ser o mais escovado; Wal- X

demar, por ser o mais bonito; Joãosinho, Xpor ser o que tem mais força; Ivan, por òter perdido as esperanças; Chico, por ser *bom nadador; Josué, por usar paralamas; VLalá, por ser muito querido; Xestor, por A

o mais convencido; Luiz. por ser 0.5.sermais adorado; Fernando, o mais dengoso, òe eu por que vejo com quatro olhos — _¦//. B. A

DEO

X BAPTISADOS ¦

O Sr- João Roberto da Silva, glivro., nesta praça, e sua esposa, .Aurca de Oliveira e Silva, leva4 do corrente o seu filhi á piabaptismal

Lorcnso, ;:">sso intelligente leitor, fiíhinhodo Sr. Dr. Antônio Lopes do .lutara!

rietta Marques de Câmara da Silva, sendopadrinhos os Sr. Ernesto Machado Gui-marães c Sra. Nazareth Macedo SoaresMachado Guimarães.

NA BERLINDA

Estão na berlinda as alumnas da F.s-Estacio de Sá, pelos seguintes mo-

Maria Maia, por ser a mais bonijinha;Maria de Lourdes Cortes, a mais meiga;Ítala Samartino, por ser muito gorda.

risonha; Arlettc A. de Bri-

MARAVILHOSO BRINQUEDOARMAR

uma hrca da Cantareira! Ioo«O TICO-TICO" iniciará riam do- seu* Õ

próximos números a publicação de um XKensaoional Iirinqurdo fie armar — I *.| \ ¦*¦BARCA IJA CANTAREIRA — que será, Oestamos certos, o suecesso Infantil do Xanno de 1920. *

Muito fácil de ser armada c dc 11111:1 Vbelleza extraordinária, a IlAItCV UI ÁCANTAREIRA c um brinquedo para to. Vdas as creança.. e que p6de correr cm Y.secco e ate fluetuar nos luso. das j.-ir- 0UT <>

I\«o perenm o* próximo» ii.i__.rr.>. •*-d'"0 TICO-TICO", cuja» ed-C«ei ac e .ro- Õtar&o «em duvida, com a publicação da Á

Foram padrinhos do peci '

Je- | u;n lind 1suino dc Oliveira e sua esp Penatorte, a mais conversadora; Deolin-men A. de Oliveira. da Pavão, por ser bonitinha; Dareilia

— Na capella de Nossa Senhora A:' ,1:1a. por ter os olhos íascinadores; RARPA RA PANTARPiRA Õliadora de Santa Rosa, Nictheroy, reee- Gloria Pavão, por ser gordinha ; Ida La- •"»«"*»« UH UHI1 1HI1 Llílr. .;.beu no dia 4 do andante, o sacramento do vagnino, por ter os olhos muito boni _?..._• .baptismo, a pequena Dulce, filha do Sr. Alayde de Souza Ribeiro, por ser a mais No próximo numero continuação d.Gastão de Orieans Jackson, funecionario de.a.socegada; iHaydéc Gonçalves de conto "O Esperto."

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OT (i A AFILHADA DE S. PEDRO I \d^P\<o=^T\ 1 I

Em tempos que já lá vão, houve um homem e uma mulherque eram muito pobres.

Tinham tantos filhos que já não havia ninguém na altleiaque não fosse seu compadre, de modo que ao nascer o ultimofilho, que era uma menina, envergonharam-se de convidar pa-drinhos na terra.

E disse o homem para a mulher:— Parece mal ped;r aos visinhos e aos amigos para nos

baptisarem mais esta filha e então vou correr mundo até quealguém nos eiueira fazer essa esmola.

A mulher concordou, fez-lhe o farnel para a jornada, elá partiu.

Andou, andou, até que ciufim encontrou um velho de gran-des barbas brancas, vestido de mendigo, que lhe perguntoupara onde ia.

O homem coutou logo a sua triste vida, e o pobre — queoutro não era senão S. Pedro disfarçado _m ped-.nte — offe-receu-sc para ser padrinho da criança.

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O pai ficou muito satisfeito por achar uma pessoa de tãoboa vontade, c vieram os dois para casa.

Ora o compadre prometteu proteger a afilhada, mas coma condição de que não diriam a ninguém que era uma meninae vestiriam de rapaz, andando sempre assim e chamando-aPedro, <i'.'.c era o seu nome.

Os pais concordaram de boa mente com o desejo do velho,e elle, depôs de abençoar a afilhada, desappareceu, promeí-tendo voltar logo epie fosse preciso.

A menina cresceu em graça e belleza, mas, como andavasempre vestida de rapaz, ninguém tomava por mulher e nãoreparavam para a sua formosura.

O padrinho é que se não esquecia de a mandar ensinar e,como aprendia muito bem, aos /doze annos já sabia ler e tocarguitarra á maravilha.

Quando o professor não tinha mais que lhe ensinar, o pa-drinho trouxe-lhe, um dia, um rebanho de ovelhas, recom-nicndando-lhe que todos os dias as levasse ao pasto.

A menina assim fazia e, para não passar aborrecida aquel-Ias horas de solidão, levava a sua guitarra, tocava e cantava,de maneira que era um encanto ouvil-a.-

Um dia estava tocando atraz de uma moita, quando passouna estrada o poderoso rei daquelle paiz, com .a sua numerosacomitiva.

Ouvindo musicr. tão suave, como só as fadas ou os anjosexecutariam, mandou pelos camaristas saber quem era e ondeestava o artista, pois o queria levar immediatamente para a suacorte.

A menina, que era muito acanhada, mal ouviu ruido em-brulhou-se na sua manta e escondeu a guitarra debaixo dobraço. Vieram os fidalgos perguntar pelo grande artista quesua magestade queria honrar e, vendo apenas aquelle pastor-sito humilde, perguntaram-lhe se linha visto quem tocava ad-miravelmcnte.

Que não sabia — respondeu a afilhada de S. Pedro— que houvesse naquelle descampado quem tocasse tão bem,como elles diziam.

Voltaram ao rei com esse recado e de tal modo elle seenfureceu que não houve cavalleiro que não «stremecesse,apezar de valentes e destemidos na guerra e na par.

Ccmo não visse mais que o pastorsito que se afastavacom o rebanho, chamou-o, elle próprio, e mandou-o desembu-Ç&r. O Pedro assim fez, tremendo como varas verdes, e mos-trando a guitarra que tinha procurado esconder. Ordenou-lheo rei que tocasse e de tal fôrma o fez que toda a comitivaficou pasmada.

Cheio de admiração o rei jurou ali mesmo que nunca maisa.ue.la creança maravilhosa sahiria da sua companhia, poisnaquella musica encontrava consolação para todas as suas ma-gliftü. E mandou a um dos pagens que lhe cedesse o seu ca-vallo e continuasse a pé.

—Xão, meu senhor — disse o Pedro — eu não .posso inporque estas ovelhas são do meu padrinho e não as possoabandonar aqui sem guarda.

Eu darei o valor dellas ao teu padrinho.—Não, meu senhor I Se quer que eu o acompanhe de boa

vontade deixe-me ir entregar o rebanho, que eu volto já.Correndo como um cabritinbo, foi atraz de um oenedo e

chamou :—. Valha-me aqui o meu padrinho !Immediatamente lhe appareceu o velho santo, com as suas

barbas brancas e o seu pobre fato de antigo pescador, e lheperguntou o que desejava.

E' o rei que me quer levar para o palácio porque amusica da minha guitarra suavisa a grande magua em quevive.

Pois bem, vae com o rei, mas não te esqueças de pedirum quarto só para ti, dizendo-lhe que sem isso não o poderásacompanhar.

O soberano concordou de boa vontade com esse simphspedido e o partorsinho seguiu na comitiva real como pes-soa de maior estimação, emquanto o bom do padrinho ia levaras ovelhas e dizer aos pães o destino que levara a filha.

Ora o rei era casado com uma senhora muito má, queo tornava infeliz com o seu gênio invejoso. Primeiro, quandoviu o rapazinho e ouviu a sua guitarra, ficou muito contenlee não havia festa que lhe não fizesse; depois, notando a pre-dilecção que por elle manifestava o rei e toda a corte, poisnão havia dama ivm cavalheiro que o não estimasse e pro-curassse oceasião de o ouvir, encheu-se de fúria má, e resolveuperder a creança.

Neste propósito foi um dia ter com o marido e disse-lhecom ar de muito boa pessoa — que o Pedro affirmára sercapaz de separar um moio de trigo doutro de cevada, no es-paço de uma noite.

O rei admirou-se. mas, não querendo desfeitear a rainhaduvidando da sua palavra, chamou o Pedro e perguntou-lhese era verdade o que lhe contara a rainha.

Real senhor, tal não disse, mas se a rainha o afíirmaé porque é verdade.

—Pois sob pena de morte se não cumprires, has de fazero que a rainha me disse.

A rapariga poz-se a chorar e foi a correr fechar-sie no seuquarto. Como estava muito afflicta, lembrou-se do seu pro-tector e chamou : — Valha-me aqui o meu padrinho !"

Appareceu logo S. Pedro, com o seu cajado, e per-guntou-lhe que apoquentação era aquella. Contou-lhe tudo e osanto socegou-a, dando-lhe ordem para ir dizer ao rei que

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lhe mandasse para ali os dois moios de trigo e cevada, quede noite os escolheria.

Depois quiz a porta bem fechada e tapadas todas as frin-chás e o buraco da fechadura e tudo por or.-de se pudesse, defora, espreitar.

Feito isto, ordenou-lhe que dormisse socegada.Mas a menina, veiylo avançar a noite c o trabalho por fa-

zer, encheu-se de desanimo e poz-se a chorar. E chorou tanto,tanto, que -por fim adormeceu de cansaço. Alta noite acordoue qual não foi a surpresa vendo o padrinho, rodeado de lindosmeninos, que suppoz serem anjos, a trabalharem na escolhado trigo ? ! Tornou a fechar os olhos e de manhã quandodespertou viu o trabalho já prompto, o trigo a um lado e acevada ao outro. Estava só o padrinho, a quem agradeceucheia de contentamento.

Foi a correr participar ao rei, que veiu com a sua corteadmirar aquella maravilha !

Todos se regosijaram por verem que escapava á mortecom tanta honra; só a ra\iha ficou raivando por vêr que nãotinha dado resultado a sua mentira.

Tempos depois voltou a dizer ao rei que o Pedro tinhadito, a quem o queria ouvir, ser capaz de ir ao mar buscarum atinei que elle perdera, uma vez em que andava a viajar.

O rei mandou logo chamar o Pedro, a quem perguntouse era verda,de- o que a rainha lhe tinha dito.

O rapaz respondeu — que não, mas se a rainha o affir-mava é porque era verdade. E correndo para o seu quartochamou pelo padrinho, a quem contou a sua afflicção.

Pede-lhe uma lança e um cavallo de batalha e vaepara a praia que cu lá estarei comtigo.

O rei ordenou aos seus servidores que sem demora satisfi-zessem o pedido de Pedro, e elle, montando a cavallo, partiua galope com a sua lança em punho.

A rainha convidou as grandes damas do reino para iremcom ella para um palácio á beira-mar e verem dahi como ofavorito do rei ia perder os seus créditos, não conseguindoachar o annel.

Quando S. Pedro appareceu e olhando para o palácio viutodas as varandas e terraços cheios de senhoras, levantou amão e deitando a benção fez descer um tão espesso nevoeiroque nada puderam descortinar. Depois ordenou ao afilhadoque estendesse a lança para tirar o annel. Como por encar.to,o annel subiu do fundo das águas e veiu enfiar-se na pontada lança.

Cheio de alegria voltou o moço ao palácio, onde já estavaa rainha com as damas, muito desapontada com o nevoeiroque lhes tirara a vista.

O Pedro mal enxergou a rainha fez parar o seu bellocavallo de batalha e, pondo-se em pé nos estribos, esten-,leu-lhe a lança na ponta da qual ia enfiado o annel.

O rei e toda a corte applaudiu com muita palmas a genti-leza do cavalheiro e a própria rainha fingiu estar satisfeitacom o pequeno musico.

Tempos depois lembrou-se ella de fazer nova intriga edisse — que o rapaz jurara ser capaz de ir á Moirama livrara filha do rei, que eslava encantada havia muitos annos, sen-<lo essa a causa do maior desgosto da sua vida.

Alvoroçado com tal noticia chamou o Pedro e perguntou-lhe se era verdade o que rainha contara.

O Pedro negou, mas o rei não quiz saber do que elle diziae repetiu-lhe o mesmo que das outras vezes, mas com tantaautoridade que era impossivel recuar — que fosse, e se nãocumprisse a sua palavra soffreria a mais affrontosa pena ddmorte dada aos embusteiros.

Desanimada com tanta cousa que lhe suecedia foi a me-nina para o seu quarto e chamou o padrinho, debulhando-seem lagrimas ao dar-lhe parte do suecedido.

Não te apoquentes — respondeu S. Pedro. Quem te li-vrou das outras também te livrará desta. Vae ao rei e pede-lhedois cavallos, um para ti, outro para a prir.ceza. Depois vaesem receio que eu estarei comtigo. A' entra/la da Moiramalia de estar um leão; se tiver os olhos fechados é que estáacordado : espera que os abra; se tiver os olhos abertos éporque está a dormir. Tira-lhe da bocea a chave que nellaestará e abre a poria que enconlrares ao teu lado esquerdo.Entra, pega na menina e vem-te embora. Repara em todas as.palavras que a princeza disser e não as esqueças.

Assim como o padrinho recommcndou, assim ella fez.Quando abriu a porta do captiveiro a princeza, que era muda,deu um grande ai. Montaram a cavallo e partiram a galope, te-mendo que os moiros os perseguissem, e no meio do caminhoa princeza tornou a <dar um ai. Ao entrarem no palácio soltouterceiro ai.

O rei ficou satisfeito a mais não poder. Mandou fazer

festas por toda a parte e foi tal o regosijo que durante muitosdias ninguém pensou senão em divertimentos e festejos.

Só a rainha não descansava na sua maldade. Como a en-teada era muda foi ter com o rei e o convenceu de que oPedro af firmara ser capaz de dar fala á prir.ceza sua filha.

E logo o pobre musico foi chama-lo á presença real eintimado a cumprir a palavra que dera, eob pena de morte.

Muito apoquentada recolheu-se a menina ao seu quarto echamou :

— Valha-me aqui o meu padrinho !vS. Pedro appareceu logo e, ouvindo a nova intriga da

rainha, exclamou :.— Pois vae dizer-lhe que desta vez não é possivel cum-

prires com a palavra da soberana c então estás resolvido amorrer. Pede que mandem levantar uma forca deante do pa-lacio c só desejas que to,da a corte assista á tua execução.

A menina assim fez, tal qual o padrinho lhe mandou.Quando já tinha subido os degraus da forca voltou-se para

o rei, que estava com toda a corte ás janellas do palácio, epediu licença para dizer três palavras ao mur.do. O rei, quechorava de pena, concedeu-lhe essa graça, e o Pedro vol-tando-se para a princeza muda perguntou-lhe :

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O' Anna Deiadana. Porque deste tu um ai á sahida daprisão ? A princeza respondeu :

Porque a rainha te armou traição.O' Anna Deiadana : Porquj deslc um ai no meio do

caminho ?Porque S. Pedro é teu padrinho.

O' Anna Deiadana : Porque deste um ai á entrada dopalácio ?

Porque és fêmea e te crêem macho.Ao ouvirem estas perguntas e respostas, todo o povo se

levantou numa gritaria, acclamando a afilhada de S~. Pedro eapupando a miserável rainha autora de toda.- as intrigas queiam levando á forca uma innocente.

O rei mandou que a menina fosse logo vestida de senhorapelas aias e, como era linda de encantar, mais bella ficou como trajo próprio. Mostrou-a então ao povo e á corte, declarandoque desejava fazel-a sua esposa e expulsar a má e intriganterainha, que todos odiavam.

Houve applausos e regosijo geral, c, cumprindo-se comodisse, não houve reis nem povo mais felizes í.em que melhorse entendessem, pois a afilhada de S. Pedro estava sempre aolado dos pobres e dos fracos, para proteger e fazer ouvir ajustiça. A princeza muda recuDerou a fala para sempre e ficoutudo muito bem.

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A VlPfl PE SfllITA IQÍ1CZÕOOOOOOOOOO OOOOO OOO 0000000000000000000000000 OOOOOOOOOOOOO-OOOOOO

Um dís primeiras virgens martyres da Igreja foi SantaIgnez, cujos restos mortaes foram encontrados, ha annos,

i dentro de uma urna, numa das velhas catacumbas da CidadeEterna, que, como vocês devem saber, é a cidade de Roma.

Numa grande quantidade de povoações, Santa Ignez é pa-"sjdroeira das virgens e symbolo da innocencia. Representam-n'a,3, geralmente, com um cordeirinho branco nos braços e a palmaA do martyrio na mão. Antigamente era costume quasi uni-?> versai benzer um cordeiro, na igreja, no dia de Santa Ignez,

e passeial-o depois em procissão pelas ruas, sendo condu-"}l zido por virgens. Esta prati-ca conserva-se ainda de uma

<_, maneira extraordinariamente so-lemne em Roma, onde, ü. ve-tusta igreja a que serve de pa-droeira a santa, se benzem, nodia 21 <le Janeiro, anniversariodo martyrio de Santa Ignez, doiscordeiros brancos, sem manchaalguma, que são tratados comgrande cuidado até chegar aépoca da tosquia; cortam-lhesentão a lã, e esta, fiada pelasfreiras, serve para fazer os pai-lios que usam o Papa e os pri-mazen da Igreja, os quaes senão devem confundir com a es-

A pecie de docel collocado sobre+ varas e que vae cobrindo os pre-O lados e os reis ein certas e de-T terminadas festas; mas siri, con-

siste numa espécie de faixaA branca, com sei;, cruzes, que tra-*h zem nos hombros os arcebispos

e alguns bispos, e que constitueT uma insignia pontificai. O Papa^ antigamente tomava muitas ve-A zes parte nas cerimonias da ben-* ção dos cordeiros.

Santa Ignez era füha deT uma familia nobre, chri-tã. Quan-

do tinha apenas treze annos, aA sua belleza extraordinária e o*. seu caracter meigo fizeram comy que a solicitasse em casamentoT Procopio, filho do prefeito Sin-

fronio, reinando Diocleciano. Ne-A gou-se ella a acceitar Sinfronio" para esposo, dizendo que já es-

tava promettida a um, a quemamava com ternura. Queria re-ferir-se a Jesus. Procopio ficoutão triste, que adoeceu scriamen-

•£ te, e, tendo seu pae conseguido saber a causa da doença, foi<) pedir á donzella que tivesse dó do deivjraçado moço. Respoii-"jt" deu-lhe Ignez da mesma fôrma que respondera ao filho; Sin-

fronio quiz saber quem era o promettido de que elle falavs,/v e averiguou que Ignez era christã. Isto encheiro de alegria,

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Santa Ignez

porque ella cahia desse modo em seu poder. Ordenou-lhe impe-riosamente que casas.se com seu filho, ou se fizesse vestal, ecomo Ignez se negasse a uma e outra cousa, Sinfronio mau-dou-a prender e submetteira a toda a casta de mãos tratamen-tos. Os soldados arrancaram-lhe o fato até a deixarem nua;porém, a cabelleira de Ignez serviu-lhe de véo, cobrindo-lhetodo o corpo de uma maneira milagrosa, e todos quantospresenciaram esse prodigio encheram-se de terror. Levaram-n'a depois para um palácio e a santa pediu fervorosamentea Deus que a amparasse. L'm manto resplandescente desceu

do céo e a virgem vestiu-o cheiade regosijo.

Pouco depois entrou Pro-copio julgando encontral-a jásubmissa; mas o resplendor domanto da santa era tão grande,que o cegou, e o enamorado fi-lho do prefeito caiu no chãotomado de convulsões. Ignez mo-vida de compaixão pelas lagri-ma. dos pães do rapaz, conse-guiu da clemência divina quedesapparecesse a cegueira deste.Nesse momento, Sinfronio, tel-a-ia posto, de boamente, em li-herdade; mas o povo, excitadocontra os christãos, revoltava-se, dizendo que Ignez era umafeiticeira e pedindo que a ma-lassem immediatamente,

Ataram-n'a a um poste, eaccenderam em volta deüa uniafogueira; porém o fogo eonsti-

»niiu os .eus verdügos e poupou-a, nem sequer lhe tocando.

Por fim, a martyr rogou aDeus que a chamasse para océo, - um soldado trepou pelasachas de lenha e matou-a, dego-lando-a com a espada.

Os christãos enierraranrn'ana catacumba da Via Nomenta-na, e desde esse instante fizeramde -v.-j. sepultura logar de ;>ere-grinações e de devoções.

Oito dias depois de morta,a martyr appareceu aos seus cor-íeligior.anos, rodeada de outros.autos martyres. e tendo ao ladoum cordeiro sem mancha; e fa-lando-lhes, disse-lhes. que, afi-r.al, era completamente feliz.

Desde esses"tempos primitivo,? da Igreja, Ignez. a mar-tyr quasi creança, foi objecto de especial veneração porparte das raparigas solteiras, que nas nações do norte da Eu-ropa, lhes enviam preces, acompanhadas de pedidos paraque as façam sonhar com o rapaz cora o qual virão a casar.

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Os poros do corpo humanoQUANTOS ELLES SÃO

Vocês sabem o que são poros ? Certa-mente sabem. São as pequenas aberturas,pequeníssimos buracos que existem napelle humana. São tão pequenos que nãosão vistos a olho nú. Só com o micro-scopio os podemos observar.

Leuwenhoeck, celebre pelas suas obser-vações microscópicas, achou que, sobre umpedaço de pelle humana, do comprimentode uma linha, fazendo abstracção da sua

largura, se descobrem 120 aberturas ouporos reunidos em linha recta sobre esseespaço; seriam, por conseguinte, sobre essamesma pelle e por pollegada, 1440 poros.Mas, para tornar mais fácil o calculo geralque queremos fazer, reduzamos o nume-ro desses poros a ioco por pollegada; ter-se-ão 12000 para um pé; o que dará, paraum pé quadrado, doze mil vezes doze mil,ou 144.000.000 (144 milhões) de poros.Ora, a extensão da pelle humana, numapessoa de corpulencia mediana, deve t-er,pelo menos, de quaitoze pés quadrados;

haverá, portanto,'um numero 2.016.000.000'(2016 milhões) de poros espalhados portoda a superfície do corpo humano.

—' . ¦ ... — é . %m»f ¦

SSmAHA 5AHTAE' um verdadeiro álbum, de riquíssimas

tricomias sacras e de valiosos artigos so-bre a semana santa o numero do corrente Xmez do primeiro magazine Leitura para £todos. Eel-o, guardal-o, é o que devem fa- Qzer os nossos leitores que são religiosos e japreciadores da boa e sã leitura.

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A fraqueza e o desenvolvinien-to das creanças - Respon-

sabilidade dos pãesO Sr. Antônio Nunes Pereira Junior diz que seu

filho Carlos, de 5 annos de edade, era tão fraco erachilico que parecia ter2 annos, côr muito pallida,só se alimentando com leite e mingaus isso mesmonn pequena quantidade: comia terra, tinha verme?intestinaes, caminhava meio curvado, tinha feridasna cabeça e nas pernas, uma creança verdadeira-mente anêmica. Experimentou muitos remédiosBem melhoras sensíveis, começou a tomar Olco deBacalhau, tendo que abandonar porque vomitavaeíse remédio; receitado pelo.medico Dr. Araujo deBarros, começou a tomar o"lodolino de Orh"com o qual colheu tão bons resultados, que no. fimde 2 mezes não era a mesma creança; usou 3 niefzesoIODOLINO DE ORH, mas durante esse tetr. ¦po póde-se dizer que recuperou '_ annos, está gordo,forte, com muito appctite.comendo de tudo, corado,é ivma creança bonita e alegre. Grato por e-te 1 -sultado, creio de meu dever fazer publico estepara que possa aproveitar a outros pais dc famíliasque desconheçam o poder fortificante e rctuinte do lodolino dc Orh. — Antônio Nunreira Junior, sócio gerente da Fabrica de SabãjNunes Pereira & C. rua do Encantado n. 17.

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TUBAGEM DA larynceAté um 1 ¦' riodo não muito longínquo, era a tracheotomia a

, operação que se realisava em caso de asphyxla prove,nieiite do crup, do edema da Olotte, do cancro da larynge e dapresença d" corpos estranhos nesse importante órgão regplrato*-rio. Sú em L'881j o gênio Inventivo do Dr* aa' Dwyer, de NovaYork, apresentou uo mundo ^cientifico uma nova operação, porelle denominada tubagem da larynge. ,

O fim de serue] ração ê introduzir na larynge unitubo regido que permitte a penetração do ar na trachéa.

A tubagem da larynge ,'¦ uma operação que "ão tem a gra-vidade da tracheotomia. e, por isto, na pratica cirúrgica, a suaimportância avultou rapidamente.

Qual das duas operações deve t(r a preferencia ?A resposta não pode Ber dada a pWort. A questão das ver.-

tagens e dos inconvenientes dos dois processos, ainda, boum ponto multo discutido, Bem que esteja dita a ultima palavra.Entretanto, Bem idéas preconcebidas, confrontando as opiniõesque Be debatem ardorosamente e tirando do confronto vaconclusões, podemos apresentar, com relativa segurança, as in-dicações clinicas das suas operações.

Xa laryngite diphterica, havendo symptomas de morteapparente, dev, ;»mora a tracheotomia. Em si-jvui: graves, far-se-á a tubagem, sempre que fôrBivel deixar, junto ao leito jla creança doente, ura medico ouum dos nus auxiliar,'.», pois que o tubo collocado na larynge

. .'giimas vezes, repellldo bruscamente e outras \namente obstruído, em virtude da presença de uma falsa

membrana. — olrcumstanoias que exigem uma nova íubagem.m a tubagem <!a larynge sú r praticada nas

na clinica daa cidades, ondefaeil collpcrfr um medico ou um ajudante ú cabeceira do en-ferino. Em semelhantes condições, 6 preferível recorrer ágem. operação que dá logar a uma rápida convalescença -dJmínue sensivelmente a mortalidade, reduzindo-a talvi

que ora na Cpoea do predomínio exclusivo da tratomia.

No campo, entretanto, dlfflcllmente o cirurgião se encon-tra habilitado para fazer a tubagem. B, assim, O obrigado arecorrer á tra ração que não exige a perma

um medico, janto ao pequeno enfermo.Algumas vezes, <1 atirada a tubagem, as '

membranas obturam de tal modo o tubo, q\:e é impossível apassagm do ar atmosphi rico, mesmo que se retire o tuboprimitivo e Be Rroc ítull-o 1 or outro, Em tal emergeii-cia. urge praticar secundaria, visto como a tu-bagem da larynge não deu o benéfico resultado que Biperavã, — o que, felizmente, raras vezes acontece.

iCOilii,, :'l)

CONSULTAS DA SEMANAT. A- (Rio) — L'ma creança de 30 dias, alimentada a pa-

pas e mingaus, não pod ,-ias dessa lou-Aura... A natureza não anda aos saltos '. Veja que a situa-çâo da creança é perigosa, se não voltar ao regimen do leitematerno.

Clotilde (Rio) — Todas essas perturbações nervo-:sem respeito ao .'• anêmico. Use Peptonafo ie Ferrotiooin, — dez gottas, depois de cada refeição. Faça imr 5 ¦-mana 3 injecções íntra-museulares do Stbeno-Sedans de SilvaAraujo.

.1. I.nii- (Xictheroy) — Use: infuso de uva ursina 250 gr.,acto fluido de piciii, 1" gr., extraeto fluido de abacateiio

15 gT., tintura de dulcamara 1 gr., xarope das cinto raízes30 gr. — um pequeno Cálice de 3 em 3 horas.

./. Menezes (Petropoüs) — Basta usar externamente: va-Belina C gr., lanollna U gr., bi-oxydo de hydrargyrio obtidopoT via humida 10 centigr., — em uneçõea nas palpebras pelamanha e a noite.

.4. Cavalcante (Rio) — Pôde vir ao consultório — ruaSete de Setembro 1."..", 1" andar c ãs 5 horas).

/.. da Silva (Rio) — l"se este collyrio: hydrolato de rosas15 gr., sulfato de zinco 6 centigr., Iauda.no de Sydenhani \igottas. Faça applicações, tres vezes \»>r dia, instillando algu-mas gottas entre as ijalpebras.

M. de Lourdes (Santos) — - Para amaciar a pe'le, pôde em.pregar em massagens ; oito de amêndoas doces 100 gr.permacete 30 gr. cera branca, lã gr., lanolina 15 gr., hyd.-o-lato de rosas 30 gr., tintura de benjoim 10 gr., essência de vio-letas 10 gottas. Contra as santas, applique no rosto, deixando oliquido demorar bastante : hydrolato de amêndoas amargas 15gr., álcool 8 gr., bi.ehlorureto de hydrargyrio 5 centigr._ chio-rhydrato de ammonlaco 1 gr., emulsão de amêndoas amargas250 gr.

C. Alves ÍS. Pau'o) — Faça o mesmo tratamento indicadona consulta de M. de lourdes.

DR. DURVAL DE BRITO

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A cidade naquella manhã acordou numa agitação de es-candalo. A cidade e todo o reino. O povo juntava-se pelaspraças, em grupos, a commentar.

Soldados partiam levando a nova pela extensão dos ca-minhos, acordando a tranquillidade dos casebres, com a pontadas lanças brilhando ao céo e ameaças nas lanças. O reiqueria o seu thcsouro !

Haviam roubado o thesouro do rei. Em frente ao pa-lacio a multidão ia-se condensando. Fidalgos entravam ar-rastando apressadamente a cauda dos mantos, fidalgos sa-•hiam tristemente tinindo pdo mármore da escadaria a bainhadas espadas.

Em cada rua, em cada canto um soldado gritava ao-povo :

Roubaram o thcsouro ao rei.A côrtc já se havia reunido para descobrir o ladrão;

nobres, fidalgos e até as da-mas procuravam o thesouro portoda a parte; adivinhos tinharrbaldadamente consultado as car-tas e era debalde que muitagente fora mettido em ferrospara confessar o crime.

A' janella do palácio umcortc;:ão surgiu promettendo ri-quezas. O rei daria barras ebarras de ouro, diamante.--, e pe-rolas a quem descobrisse o la-drâo. O rei queria o seu thc-sòuro 1

Um cavalheiro assomou, atrote, ao longe, na praça. Vi-nha cm disparada, a pluma dochapéo agitada ao vento, todoelle ardendo' como se trouxesseo thesouro nas mãos. Parou nu-ma onda de poeira, atirando anova á multidão e ao rei. Ouvi-ra dizer que um velho sabi»quem roubara o thesouro.

— Quem era o velho ?De sua vida pouco sabia.

Sabia apenas que o sujeito mo-rava numa casinha miserável,no bairro pobre da cidade. Lápelo bairro toda gente affirma-va que elle se compromctüa aapontar o ladrão.

Houve sustos, quer na pra-Ali. as damas procuravam o thesouro por toda a parte.ça quer lá dentro do palácio.

Quem sabe se o velho não iaapontar ao acaso, uma pessoa qualquer que não fosse o cri-minoso.

Soldados seguiram o caminho do bairro pobre á procurado velho.

Horas depois a multidão fez-se em alas e um velhinhotremulo, seguro ao bastão, cercado pela soldadesca, entrou nopalácio real.

A corte estava toda formada, o rei inquietamente á es-pera.

—Aponta-me o ladrão, já que sabes, fez o monarcha.Elle não sabia do ladrão, nem do thesouro. Não se havia

compromcttido a descobril-os, e nem pensara em tal. Aqui!-Io era naturalmente alguma intriga nascida de algum ini-»iigo seu.

— A gente de teu bairro affirma que tu descobrirás.Mas que ia elle descobrir se nada sabia, mettido lá no

seu velho casebre cheio de pobreza e cheio de solidão ? !¦— Tens tres dias para descobrir. Se não o fizeres—a

forca, concluiu o rei.O pobre velhinho tremeu. A forca ! Se não apontasse o

ladrão subiria á forca. Que brincadeira !< 1 rei mandou que o installassem num dos ricos quartosdo palácio e ordenou á creadagem que a servisse do que hou-

vesse di melhor na adega e na dispensa.

A hora do almoço, em pratos de ouro, um creado moçovem trazer ao velho as finas iguarias da mesa real, osvinhos caros, as frutas raras que os seus dentes trincavampela primeira vez.

O dia passou deliciosamente.O bom velho sentiu na sua carcassa um gozo indefinivel

que nunca tivera em dias de sua vida. Pois passara a inoci-dade inteira lutando tremendamente pela eixstencia. creoucabellos brancos na miséria, encheu-se de rugas, ficou emfimvelhinho sem ter um dia de socego, uma hora de farturae agora, nos últimos momentos da vida, comer pelos pratosem que o rei comia, beber o mesmo vinho que elle bebia,era positivamente um consolo, uma alegria.

E além disso aquelle quarto todo forrado de velludo,aquelles moveis parecendo feitos de propósito para o seurheumatismo, aauella cama magnificamente fofa em que a

gente se deitava como se esti-vesse a deitar-se na extensão deum campo de plumas Nunca,nunca imaginou ter um dia as-sim, com tanta fartura, comtanto conforto. Afinal de con-tas tinha visto um dia bom nasua vida !

O creado veiti trazer-lhe aceia. Elle ainda estava enthu-s.:asmado pela sensação do diaexcellente que passara. Tocounos hombros do creado. Aquilloé que era vida.

Afinal, vi um.O creado teve um choque,

corou, empallideceu, e já ia der-ramando o chá.

Que tens tu rapaz ? Pa-rçce qUe ficaste tonto.

O creado saiu pela portado quarto ainda a tremer. Doisoutros creados vieram ter comelle.

Que foi ?O velho é adivinho de

verdade. Tocou-me no braço edisse-me : afina!, vi um. /

Quem sabe se elle "não

está a dizer a cousa atoa.Não era posr-'vcl. Aquelle"vi um" era afíirmação de

que elle sabia dos ladrões.Queres con ven ecr - te ?

Amanhã és tu que vaes servil-o.No dia seguinte o velho estava mais satisfeito. Pas-

sara uma noite encantadora, na maciez daquella cama, no levecalor daquelle quarto. Qtie differença para o quarto, para acama de sua casinhola miserável no bairro pobre da cidade IE elle que nunca suppoz dormir num palácio, beber o mesmovinho que o rei bebia ! E já velhinho sem pensar em seme-lliantc cousa eis que o agarraram, mettem-n'o no palácio efazem-n'o passar dois dias como nunca sonhara". Dois dias !Afinal tinha visto dois dias magníficos na sua existen-cia. E tocando no braço do novo creado :

—Olhe, vi dois ! Dois !O moço estremeceu, a chicara de chá rolou-lhe das mãos.

Que desastre foi esse, rapaz. Pareces uma vara verdea tremer. Vae dormir, tu precisas é de., descanço.

O creado sahiu com a cabeça ardendo. Os outros doisvieram-lhe ao encontro.

lí então ?A peste do velho sabe. Olhou-me e af firmou que tinha

visto dois.Não podia ser um simples palpite. O velho tinha mesmo

a certeza.A ultima prova era mandar o terceiro creado que o velho

ainda não conhecia.Pois amanhã irás tu.

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•e>*o*o o TIC0-TICO <>K>*o*<>r<>-:<>*o:-o*o:-o-r^^

Na outra manhã a alegria do velho era mais explosiva.Parecia que remoçara uns dez annos, parecia ter menos

cabellos brancos que nos dias anteriores.E não era para menos . A noite dormira um somno

ferrado, desses que nem mesmo com um tiro de peça agente acorda. Até os seus achaque::., o rheumatismo haviamserenado e já .não sentia mais dores. Também com aquellacama, aquella deliciosa cama, com os seus colchões de penna,os seus almofadõcs de velludo !

Que boa vida ! Assim seria capaz de viver ahi mais unscincoenta annos, sem dar um gemido, sem queixar-se deuma pontada.

Se o rei prolongasse mais o praso ! Ora... pouco lheimportava morrer. Morria, sim, é verdade, mas morria comum consolo, com uma victoria : Tinha passado três dias acomer e a beber do bom e do melhor, sem dar um ; :para isso. Três dias ! Mas, senhores, elle algtsm ,d;a pensou

O em passar três dias naquelles luxos ? I Sim, senhor, três dias 1Y Tinha visto três dias bons !X O creado servia-lhe o chá ! Elle deu-lhe uma palmadaA nos hombros :

Olhe, vi três ! Três !...Um bule que se despenca, um creado que se ajoelha, a

chorar.Não diga, não diga 1

O velho estava espantado.Que é isso, rapaz ?Não diga ao rei. Fomos nós, sim, os três creados.

O velho ficava cada vez mais aturdido. O creajrfo re-petia :

Fomos nós que roubamos o thesouro. Não diga ao nei.O velhinho caiu das nuvens.

Ah ! foram vocês 0Nós. O senhor não sabia T

Não. VEu " vi um"', " vi dois ", " vi três ". O velho deu uma <$

risada. O acaso salvava-lhe a vida, enchia-o de riquezas eentregava-lhe os ladrões.

Então foram vocês ?Nós. Repartiremos o thesouro com o senhor. Não

diga.Repartir ? Pois então vocês não vem que eu não me

vou metter em roubos. Ao rei !Nesse momento a porta abriu-se. A corte vinha saber

se o velho havia descoberto os ladrões.Elle estava_ alícre, saltitante como um moço ;Descobri.Um ah ! sahiu |do peito de toda a corte.

Quem foi ?Quaes foram ! São três os ladrões. Os três creados

que me serviram.O creado que estava ajoelhado perdeu a cabeça num

desmaio.O rei entrou, falando para o velho.

As riquezas que te prometti são tuas.VlRIATO COKRÜA

Si

A BOPECA QUEBRADAI Monólogo para menina I

F.lla entra em casa com a boneca cm — Ouvi.pedaços. Vejam vocês—queibrei a minha E sahiu. Elles moravam num bairroboneca, a minha única boneca. E quebrei afastado da cidade. Por alli era raro pas-como ? Eu vou contar. Deu-se commigo sar um carro,aquella mesma historia que se deu com amulher do coelho.

Os senhores já ouviram falar na bis-toria da mulher do coelho ? Eu conto.

O coelho era casado. Não me pergun-, tem com quem. Devia ser com a madame.coelho. Os dois viviam muito mal de vi-da. Os moveis que tinham em ca^a erammoveis baratos, as louças, as panellas, tu-do com que se serviam eram cousas muitoordinárias. Mas quer o coelho e quer amadame viviam a sonhar grandezas. Umdia arranjaram uns cobres e compraramum bilhete de loteria.

Aquelle bilhete ficou sendo a esperançado casal. Se lhes sahisse a sorte grandeiriam morar num palacete, com jardim nafrente, moveis de luxo, toda a louça deporcellana e crystal.

E tanto sonharam com isso que, em pous.' co tempo, estavam convencidos que a sorte1 não podia deixar de sahir senão para elles.Chegou finalmente o dia de correr a lo-

teria. O coelho vestiu-se para ir assis-tir a loteria correr. A' porta da rua bei-jou e abraçou madame dizendo-lhe :

1 — Minha querida, hoje é o grande diada nossa felicidade. A sorte será nossa,' tenho a certeza, diz-me o coração aqui por

i dentro. Não havemos de querer nadai destas insignificancias que estão dentroda nossa casa. Tudo novo, tudo novo.

tar e não ficou um objecto inteiro. Ter-rinas, chicaras, pires, compoteiras, talhe-res tudo foi feito em pedaços. Na cosi-riba o mesmo estrago. Pegava as janellasí-i\m e bumba ! com ellas no chão. Ochão ficou coberto de pedaços de caça-r Ias, bacias, etc.

O carro, o tal carro que vinha na es-trada parou na porta. Madame correu pa-ra abraçar o marido, beijal-o, elle que lhe

Madame coelho ficou em casa vibrando.Naquelle dia ia ser rica, ter cousas finas Mas ó decepção ! O pobre coelho vinhapara lidar, louças raras para tocar os de- no carro, sim, mas vinha doente, muito do-dos. Mais tarde ouviu um rumor de carro ente. Lá na cidade tinha tido um desas-

tre. Um carroção havia-lhe passado porcima das peras e decepado as duas. Vie-ra de carro porque lhe fora impossívelvir a pé.

E os moveis que estavam quebrados e aslouças que não havia mais uma inteira en:casa.

Facto parecido deu-se commigo. Eu ti-r.ha a minha boneca. Vi a de minha primae fiquei encantada. Achei a minha infe-rior. Corri ao papá e pedi que elle mecomprasse uma boneca como a da prima.Elle me prometteu comprar hoje. A 15 mi-mitos atraz um carregador vem trazer umembrulho. Que cousa parecida com umaboneca. Não abri o embrulho mas nãotive duvida que ali dentro estivesse a bo-neca desejada. E corri ao quarto e puz aminha boneca neste estado. Agora eis queo papá cega. Abre-se o embru'.ho. Emvez da boneca era bacalháo. 'Olhando aboneca quebrada)

E eu que já havia quebrado a pobre-sinha. Fiquei sem a boneca como a esposado coelho ficou sem as louças.

E agora ? Agora só me resta chorar.Meninas que me ouvis. Não quebreis

nunca as vossas bonecas. Mães de fami-lias que ine estaes ouvindo — não façaes

s1 Jbb£*SSL

5/77/1 !>/ 1 I \ \ \ \ \// /\\[ y \ \ \\ N

lá no começo-da estrada. Devia ser o seununca como a mulher do coelhoquebreis as vossas louças velhas.

V. C.

Não me fica um objecto velho. Se a Sorte marido. E correu para a porta.grande me sahir (que sahirá com certeza) ° carro Yllll]a numa disparada louca.eu voltarei para casa de carro. Não me Era elle certamente. Vinha naquella dis-ficará bem andar a pé. Pois bem. Logo parada porque tinha pressa em lhe virque ouvires rodar o carro na estrada que- avisar ° «olpe da felicidade.bra tudo e tudo que houver aqui em casa. E correu para dentro de casa. Ao pas-Quebre porque, no mesmo carro em que sar pela sala de visita quebrou tudo : ca-eu vier trarei tudo novo, tudo de luxo deiras, sofás, mesa de centro, consolos, ¦para formar a nossa casa rica. Ouviste quadros, o diabo.Entrou na sala de jantar- Não percas nunca o tempo.0*04«>*<>*0-K>-KX-0*0*0*<>*0*0*0*0^ ]

A arvoreancas.

é o bom amigo das cre-

•o4<>h<x<>^<>4<>4<h-<>^<h<>*:*<>:*<>*:*<>^<>4<>+<>^^4*<>4^4^4<>4-<>4*<-*<>-»<>*<> o TIC0-T ICO o+o**

ufct______ ____X^ J__f "' ______ _f &S. . ___f___\

v3-__T_l_3 *T"

o1) .liaria, Aloysio, Eduardo e Clery Campos do Amoral; 2) Francisco A. Moreira; 3) Woodrow Wilson e Hélio R. Santiago; 4) j-Wilson F. da Cunha; 5) Ida, Alice e Mary Shepard; 6) Elzy de Carvalho; 7) tenente Victor da C. Mora; 8) .olanda Morei- Q

* ra; 9) /lnpela J. Gonçalves,- 10) Jahel de A. Santos; 11) Um csiudioso leitor; 12) Antônio de Freitas; 18) Bomtida e _Hi»- ?tiíia Gomes de Mattos, e 14) Arthur Dantas — nossos prezados leitores. V

+<>^<H<>4<H<>-t<>4<H^^4<H-->4<H<^ .<>-!<. .-<>-}<>-K>.<>4<>*<>f<>^^

O CARRO DA LEI^IRA HOLLANDEZA 0 TICO-TICO

(Vejam a explicação no ii'\io)

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/ío alto e ao centro alumnos da Escola Cesario Motta, desta capital; em baixo : Tosinho Ablas, Caubj da Silva Rego eMaria Helena Garrido

r«>l <>*<>'f<>-r<>'J<>-KH<H<>-r<>-K^

•C>4<>4<>4<>.-<>4<>404CS'0-:<*4<->4<>t O T I C 0-T ICO 0+040-

r '------J\AnJ•_"^n_-----.¦,^.''^-.'

BRIPiQUEDOS: : AnTIQOS : : RODA QUE GYRi

. JVATAA,'J----V«¦«rtJVrJWWUW.

,"«".".n_wuv* fe2 aa prova3 delle em presença de Chol-seul, então ministro da guerra, do generalGriheauval, o celebre aperfeiçoador da pri-

'.mitiva artilharia, e de grande numero dehomens do sciencia e grandes illustrações. kOs ensaios foram satisfactorios; mas, não X

. obstante, foi-lhe necessário corrigir muitos Á^NdWdWtW defeitos, que foram notado3. X

No anno seguinte, repetirara.se as exjriencias com um novo vehiculo; e emta do resultado que deram, foi concedida a

me- Avis- 4.Vocês conhecem certamente o brinque- o corpo de maneira a levantar a parte

do de que nos occupamos hoje aqui. E' superior deste, tocando só os pés no chão,a, roda tão antigo e interessante e tão e os crandcs começam a girar rapidamen- Cugnot uma pensão do mil francos para

*8knJtâ

lÊÊÈm

continuar no aperfeiçoamento do seu lnvea-to; porem, passado pouco, morreu, levando •£para a sepultura alguns dos segredos, que 'constituíam o mais Importante elo meca-nisrno das suas carruagens automóveis.

A NOSSA PAGINA DE ARMAR

O carrinho da leiteira çhollandeza ò..*.

Iniciamos hoje a publicação de Viria inte- Aressante pagina de armar, que por certo há Xde muito agradar aos nossos leitores. Como A,vocês devem saber, é costume, na Hollanda .?.e na Bélgica, vender leite pelas ruas, mas Anão como se fazia antigamente no Rio de •>Janeiro, andando com a3 vaccas pela cidade. Q

Na Hollanda, são mulheres que vendem 4leite, levando-o a fregueziaem latas do ío. 0lha, que vão em uma carrocinha puxada 4por um cão. li' esse carrinho eiuc damos ho- y.ie c daremos no próximo numero na nos- Vsa pagina de armar. y

A peça principal da pagina de ho.ie ê o ';'

carro. Colta-se essa pega em papel cartão Xfino recorta-se e dobram-se os lados emangulo recto pelas linhas pontuadas. Feitoisto, dobram.se as pontinhas brancas, que,colladas, servem para ligar os lados do car-ro. Está o carro armado. Tomem então apega marcada com um E e enro'.em-a em

apreciado pelos meninos. O numero de te. Os pequenos servem de eixo da roda. forma de tubo, ao longo, e tendo o cuida-jogadores é de 8 meninos. O jogo consiste, para os pequenos, em do de dobrar para fora as duas tirinhas

Para este jogo são necessários quatro cansar os grandes sem deixarem de for- marcadas com a letra X (como indica o

, jogadores crescidos (de uns 12 annos) e mar a cruz e para os grandes, em obrigar ^^^m^e^C^ ZfZ^Zò

quatro jogadores pequenos. Os pequenos os pequenos adestacarem os pes uns dos *™% ^J^^^o^TlonZLjí

séntam-se formando unia cruz com os outros. é q.je ,jeve passar o eixo da carrocinha. que 0pés unidos e tocando uns nos outros. Os Quando pára a roda, os grandes nao YOc6s dcvem _azer de um paosinho fino equatro maiores estão de pé, collocados en- devem largar os pequenos, que se pode- bem rouco.tre os quatro pequenos e pegando-lhes nas riam maguar cahindo. As rodas devem ser coUadaa duas a duas i—«- De resto os grandes devem sempre cui- em papel cartão forte, antes de recortadas, y

A um dado signal os pequenos entezam dar com carinho dos mais pequenos

QUEM INVENTOU D feUTOfflOyELAg PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS DE

CUGNOTOs nossos pequeninos leitores gostam de

automóvel ? Quem não gosta ? Um excellen-te passeio num bom Pope pela AvenidaBeira Mar ou pela Gávea e Tijuca é real-mente um prazer digno de ser do bomgosto.

Mas os meninos quando estão nas alrr.o-fadas do automóvel de que é que se»lem_bram ? De um milhar de cousas. Dos brin-Tiedos, dos passeios, das escolas, -de tudo.Alguma vez se lembraram do inventor doauto-r-ovel ? Estamos a apostar que não.Esl-.,.. >s a apostar que nenhum dos meni-nos i »\ 3 a curiosidade de saber quem foique inventou a admirável machina de via-Ção veloz.

E porque nunca tiveram a curiosidade desaber evidentemente não sabem.

Ninguém nos eucommendou o sermão deensinar, mas como sabemos e não somosegoístas vamos ensinar.

O automóvel não é cousa muito roo-dernaacomo geralmente se pensa. Em 1800 ja elleexistia,mashoje é.

Depois é fácil enf;al-a3 no eixo e prendei- /.as com auxilio das rodinhas menores ;M),Yenie devem ser pregadas nas pontas do eixo A

Quem o inventou ? Cm tal José Cugnot,de Lorena que viveu de 1725 a 1S04.

Em 1770, José Cugnot construiu o seu mero e terão completa a carrocinha daprimeiro vehiculo automóvel de vapor, e leiteira hollandeza.

com lacre. Têm vocês assim quasi pio:npta a carroça. Esperem pelo próximo

>m_ .f.mi- Ada X

PASSATEMPOS INFANTIS — Transformações

\J^^ A

»K>i-<x-o.:-<>H>:-o.:-0404-

Damos a seguir aos nossos leitores um estuao ,,ratico üe desenho elementarperrnitte partint

tando uma barreira

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£".- 14.1111'- 1UÍ-- i-ll-. l«l'Oa. 4_.ll- u-VJVU JU, W.V7 _ T \ J

l Certamente não era o que é hoje. Damos a seguir aos nossos leitores um estuao ,,ratico ele desenho elementar, Yjá era uma approxima_ão do que que perrnitte partindo de um simples rectaugulo, desenharem um cavallo sal- A5. tando uma barreira. •>

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HAVERÁ' HABITANTES EM MARTE?SEGUNDO O ASTRÔNOMO LOWELL ESSESHABITANTES EXISTEM E SÃO INTELLI-

GENTISSIMOS

»-*<3£>

qpPARA LOWELL-MAOTE E' UM PLANETAE.Al PLEXA AGONIA. A TEP.P.A TERÁ' A

MESMA SORTE©

NÃO EXISTEM HABITANTES, NÃO EXISTE AGONIA. AFFIRMAM OUTROS ASTRÔNOMOSEXPERIÊNCIAS E TI1EORIAS INTERESSANTES SOBRE PLANETA MARTE

De todos os planetas é Marte o que Não serão esses canaes uma illusão de gelo seria preciso que houvesse água, e Vmais preoccupa a attenção dos astrono- óptica ? Já varias experiências forain fei- Marte não a possue. Mas ae[ui está jus- Xrnos. Marte será habitado, perguntam tas para averigual-as. Já se puzeram ob- tamente o perigo, a siccidez. Marte teve 4.elles ? Uns affirmam que sim, outros di- servadores de vista aguda e sem idéa oceanos, ao que parece, e agora já não os ózem que não. preconcebida, verdadeir-,s professos, ver- tem. Como foi qae os perdeu ? Um pia- *

Entre os astrônomos que (discutem o dadeiros ignorantes (dc astronomia deante neta pôde exhaurir «le ,-kias maneiras as Vnosso visinho planeta destacam-se Camil- dos telescopicos. E as experiências não de- Suas reservas aquáticas : absorveudo-as XIo Elammarion, o mais popular delles, ram resultados satisfatórios. FicOU-sc na nas suas profundezas, ou deixando-as dis- *Percival Lowell e Ch. André. Os dois pri- mesma. Não se poude verificar se Lowell «ipar-se no espaço. A água transforma-se òmeiros são de opinião que Marte é um tinha ou não razão. em vapor; uma parte desse vapor cáe em Vplaneta vivo e tem habitantes. André ne- O director do Observatório de Flagstaff chuva, mas uma outra parte perde-se e yga essas qualidades ao astro do nosso photographou os canaes. Ninguém poderá a força de attracção do planeta não basta Xsystema planetário. Lowell, embora diga dizer que a maçhina photographica tenha para a reter. Esta dispersão é tanto mais .;.que Marte é ainda vivo, affirma que o idéa preconcebida e seja capaz de ter il- rápida quanto mais pequeno é o planeta. <J>planeta está em franca agonia o que faz lusão de óptica. Isto explica a razão por que a Lua já *prever que esse phenomeno se dará com Mas _ astronomo Ch. André está morta. Marte agpnisante e a Terra. <>arlerra*

,. yr , , ,. . . a existência dos habitantes e ,dos canaes <iue e maior, existe a*n«,a. <>I-, por que se diz que Marte e habitado ? de Marte contesta a photographia da ma- Com respeito á seccagem progressiva da .;-

Por isto. Cada primavera, as crostas. po- ncira segl,inte que toda a gente é força- nossa Terra, não desejaria assustar os <^lares que parecem ser formadas como as da a CO!lcorjar q,,e elle parece ter razão, meus leitores, mas é inrdubitavel qtie já *da terra, de gelo e neve, derretem-se :.o- _,..'. , . , ,Diz André que, o que se photographa

não é o planeta e sim uma imagem doseu tamanho reduz-se e pouco a poucodesapparecein completamente. Ao mesmotempo apparece em redor da crosta quele retrae uma grande quantidade de li-quido.

O mais extraordinário é que depois des-ta liquefacção das crostas polares se vê oujulga ver formar-se uma serie de linhasrectas multo compridas, direitas, que sedirigem, no senti-do do equador, e que sãoatravessadas por outras no sentido con-trario. Estas linhas, só visíveis ra boaCitação marciana, estendem-se de d-a pa-ra dia na direcção do equador, onde sejuntam ás que partem do polo opposto.A's vezes estes canaes desdobram-se emuitas vezes enlaçam-se, formando pon-tos redondos que se chamam oásis. JulgaLowell que, á me,lida qiu* se derretem a1;neves polare-, as águas que dahi resul-tam são encar.adas em vallas pouco pro-fundas, e que só se tornara então visi-

elo facto da água desenvolver a ve-getação. Qual será o mechanismo destecanal. Qual a razão da água escorrer dopolo para o equador ? Os pólos não sãomontanhas, os declives são pouco pronun-ciados. Como se explica então o escoa-mento das águas ? Explicação plausível éque Lowell não dá. Diz, como explicação,que aquellas redes ele canaes não são obrada natureza e sim obra da intelligenciados habitantes de Marte, pois ellas têmformas regulares e geométricas e obede-cem a um traçado, a um plano.

Esses canaes, a seguirmos o que diz oobra de ura povo qnc pro-

cura utilisar-se dos últimos recursos na-turaes do planeta cm agonia, pois queMarte está seccando cada vez mais e vi-rá uma época em que, estando absoluta

meus lei.urc;, uia... c u_j_.uui-_.y--i ijuc jj íexistem signaes precursores da morte do \gênero humano e do planeta a que clle Xpertence. A seccagem não ha de sobrevir Xde uma só vez : antes de se manifestar õpelo desapparecimento dos oceanos, revê- *lar-se-á pelo enxugamento das terras. E Ya este ponto chegámos já nós. visto pos- Astiirmos já grandes desertos cm redor do .j.globo, desertos que se estendem cada vez Qmais : o Arizona por _m lado, o Sahara. *a Arábia, a Ásia central pe!'-' outro. Na VÁfrica tinha os romanos estabelecimentos aimportantes, onde hoje não pode viver .;.nenhum organismo; já etãL) se viam «j.obrigados a ir buscar a asiia muito longe; •>

hoje em dia nem ao longe se encontra vNa Ásia são evidenter, e contínuos os pro- /\gressos do deserto; de século vara século. Xpode até dizer de anno para anno, a sicei- «j-dez. a esterilidade, a morte avançam itn- "j-

placaveis. VE' assim que deve ter começado a aep- <\

nia de Marte, agonia esta e-ue se encon- vtra agora muito adeaniada : Como Marte Qe como a Lua, também a Terra ha de Tmorrer. E depois ? Estas sepulturas frias, £ir-rrando pelo espaço, tornarão a comhe- <J>

planeta reflectido no plano íocah- Ora, cer a vida ? Entrcchocaiuio-se uns de en- •:•

a imagem reflectida dá .não só o «jue exis- cor.tro aos outros, poderão recomeçar de Ote realmente como também tudo que nelia novo o cyclo ? Seria agra.lavei =aber isto A,introduzem, em matéria dc desigualdade mas só se poderiam observar estes pheno- ...luminosa, as leis /de transmissão das on- menos se elles se dessem no nosso próprio ydas atreve-:, da objectiva. Em conclusão, systema solar.e a proximidaue de taes aba- vos taes canaes que Schiaparelli viu pela los não deixaria de perturbar esta -r.ossa

^primeira viz em 1877 e que Lowell vê

Percival Lowell¦. 1

hoje, todas as vezes que quer 't-.ão exis-tem. Pelo menos não se pode sufficiente-mente provar a sua existência.

Quanto a affirmação de que Marte estámorrendo as contestações não são meno-

Terra, que os .seus habitantes ja se en- *.carregam de agitar sufficientemen-te sem j.carecer dc cataclysmas vindos de fora.

COSTA DE MUSICA rres. No emtanto, a these de Lowel é mui"

mente privado de água, a vegetação ha t0 mais acceitavel neste ponto. Marte g05ta _e optimas charges políticas .- de í.f dé" desannarei-er de todo de sua sunerfi- -m planeta que envelheceu dspressa : está . , , , __ • , , Ãr »e UL^,dpi)artn.r uc louo uc. -u- miiilili e -1

„., „„ . ' . bons contos, bons romances ? Aprecia lu- ycie c a vida por lá se extinguira total- agora na phase subsequente aquella em * *llle.ne que a terra se encontra; e já não tem si- teratura, versos, charadas ? Quer saber c Q

J Mas ha uma objecção seria. Os taes "ão a passar para a _ phase em que está ver ludo que se passa nesta capital e nos 1• canaes de que Lowell fala existem real- actualmente a Lua, isto é, a phase da ]rsía<*os reproduzido pholographicamente X

mente ? Muita gente os nega. Muitos as- morte. Idêntico a este e o futuro da nossa petição admirável ? Se quer tudo 9! tronomos nunca os viram No Observa- terra. Tornar-se-a primeiro como Marte . +. torio de Flagstaff que Uwcll dirige to- em seguida como a Lua. isto, so uma cousa tem a faier: - com-

£S da gente os vê por toda a parte, talvez De que morte deveremos, pois, morrer Prar aos sabbados o príncipe dos semana- 1

j devido influencia do astrônomo chefe. Não por congelação, visto que para fazer rios illustrados, o popular O Malho. v

¦.0*0*0 o0Secção para

meninas

TIC0-TICO o.-o-:-o.-o-i<m-o*o*o*o*o.-o*:>0'>o<>o*o*o*o.<>*o*o*o*o*o+0-<>*o*

drado d

fbresde papelAs minhas caras sobrinhas, leitoras desta secção, estão

certamente de accordo commigo em deixarmos hoje a costtt-ra e fazer flores, que não terão perfumes — é claro — masem compensação vão durar muito mais de um dia e terãotoda a belleza, todas as cores que lhes quizermos dar.

Trabalharemos em papel fino, do chamado ''de seda",e, se fôr possivel, com pape! de arroz, o que ainda serámelhor.

Vamos começar por fazer uma rosa commum, com pa-pei de cor apropriada. Corta-se nesse papel uma tira comquinze centímetros de extensão c cinco _e altura. Dobra-se essa tira varias vezes, de modo a formar com ella umcaderninho quadrado, do qual arredondaremos os cantos decima rasgando-o com os dedos (não cortaremos com tesou-ra para não ficar o corte muito regular). Teremos, assim,um caderninho, igual ao representado pela fig. i.

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to fiPassa-se no meio desse caderno um arame fino com a

ponta curva (fi. 2). Em torno desse fio enrola-se forteruen-te a parte debaixo |do caderninho. Puxa-se o arame paraabaixo (o mais que fôr possivel), dá-se uin geito graciosoás petaias e ahi está a rosa prompta (fig. 3).

Para fazer uma violeta corta-se uma tira de papel de10 centimetros de extensão e recorta-se rom os dedos, comoindica a fig. 4. Enrola-se essa tira em torno de um arame,dá-se um geito nas petaias e obtem-se a fig. 5.

Para fazer uma campanula corta-se, sempre com os de-dos, um circulo de papel vermelho. Depois dobra-se esse cir-culo varias vezes cm sentido horizontal, vertical c oblíquo(fig. 6) e dobra-se mais, até obter a fig. 7. Feito isso, bas-ta põr-se-lhe um pé com arame para se ter a flor prompta.

Um cravo faz-se do seguinte modo : Corta-se ura qua-

>•-¦!. dobra-se e recorta-se, como indica a fig. 9.Esse papel, depors de cortado assim e aberto de novo,dá em resultado a fig. 10,

Fazem-se vários papeis assim e enfiam-se tidos pelomeio em um arame. Depois ba.ta ageitar as petaias parase ter o cravo proíTIA THEREZA

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Historio da moça que deixaua cair \diamantes e pérolas quando falava i7_*-".---W---".".--V.-^__V_-í,__-^-_V_V-i-__-.-_sn-VR-Vt--

Era uma vez uma mâe qOe tinha duas filhas.Uma dellas era vaidosa e a outra de uma bondade en-

car.tadora. A vaidosa parecia-se immensamente com a mãee a bôa era, tu alma, o retrato do pae que já havia mor-rido.

A mãe postava da vaidosa. Tudo quanto era serviço pe-íado, ella distribuía á filha bondosa. A orgulhosa vivia emcasa como uma princeza, penteada, bem vestida, sem mexeruma palha. A outra era quem cosinhava, quem lavava, quemia com o puearo á fonte buscar água. Não lhe davam ummomento de descanso, não lhe permittiam um enfeite, umatavio de mulher.

Trabalha, burra ! gritava a irmã.Trabalha, mandriona ! gritava a mãe.

A fonte em que a pobre moça ia todos os dias buscarágua era distante de casa a meia légua do campo.

Lm dia cm que a rapariga bondosa chegou á fonte viuuma velha, muito velha, toda ella vestida de farrapos.

Estou a morrer de sede, menina. Dá-me água paraque eu refresque a minha garganta.

A moça encheu a sua bilha e veiu collocar-se perto davelha. Esta era tão velhinha que mal podia suster a bilhanas rnãoi. A moça segurou o vaso e fel-a beber tranquilla-mente.

Quando acabou a velha lhe disse :¦— Sou muito rica, minha filha, dize que porção de ou-

ro queres que eu te darei.A rapariga recusou. Não queria ouro nenhum. O que

cila tinha feito era o que lhe mandava o coração : dar debeber a quem tenha sede. Seria uma impiedade da sua par-te se ella deixasse morrer a tinia pobre velhinha sem lhedar uma po-ica dágua.

E' boa, tem o coração grande, disse a velha. Eu soutuna fada. As fadas tudo podem. Quero pagar a tua bonda-de. Todas as vezes que falares sairá de tua bocea uma chu-va de (diamantes e pérolas.

A mora foi para ca.a. Quando chegou a mãe estavadesesperada.

Por que te demoraste tanto, mandriona ? perguntou.A pobresinha moveu os lábios para dar uma desculpa.

Uir. punhado de pérolas e diamantes caiu-lhe da bocea. ro-laudo no chão.

Foi um esp.vMinha querida filha ! disse a mãe, cor.enuo para

ella. Era a primeira vez que lhe dava aquelle tratamentocarinhoso.

Conta-me, conta-me como foi isso.A moça contou.No (dia seguinte de mar.hã quem seguiu á fonte foi a

isa. A mãe rccommendou-lhe que dé.se água ávelhinha e a tratasse com tola a ternura. Queria que a fi-lha querida também botasse diamantes é pérolas peta boceaquando falasse.

Mas quando a orgulhosa chegou á fonte não lhe appa-receu velha- nenhuma. Quando ella já estava para retirar-seveiu chegando uma mulher bem vestida, coberta de jóias.Dá-me a tua bilha para eu matar a minha sede, pe-diu a mulher.

Beba na fonte, se quizer, que eu não sou sua crea-da, disse a moça.

A mulher fitou-a. Fitou-a e disseE's má. Vou dar-te a recompensa. Quan.o falares

sairão da tua bocea rãs, sapos e cobras.A rapariga voltott-lhe as costas. Ao chegar em casa

quiz contar tudo. Mas foi um -desastre. Cobras, sapos c rispularam-lhe da bocea.

A mãe ficou desesperadaFoi esta peste que no» ensinou errado I gritou, apoii

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*c>*<>+o-:<k<>*<>-í-©-^<>>c^<^^ O TICO-TICO o*o*o*

UIVI APPELLO DO CHIQUINHO- - - - -*- Em favor das creanças do nordeste -h_

X O gesto do nosso Chiquinho, appellando para a caridade•jr de seus ainijuir.hos, que são todos os leitores d'"0 Tico-X, Tico", em favor das milhares de crianças do Nordeste, vieti-

y mas do flagelle da seeca, vae encontrando éeo no' coraçãoÕ magnânimo da infância brasileira.

Traguiuas, levado da carépal sempre appareceudo nesteT jornal como heróe de muitas travessuras, o Chiquinho pou-X de pensar na situação de angustia cm que se encontram asY creanças do Norte — orpliãs, sem lar, sem pão, sem o cari-Ô nho materno, sem o conforto que a idade requer — c appcl-

fylar para a caridade de seus amiguinhos. Pediu-lhes uma es-% mola, um obulo para os nossos juvenis patrícios.

E a esmola tem surgido, pouco a pouco, pequena, é ver-[djj.;. ii,i seu valor monetário, mas grandiosa, sublime, con-' soladora na sua significação, na sua origem, pois que vem> ella desse sacrario inconfundível que c o coração caridoso

, da infância.Corramos, ass'.in, em soecorro dos pobrezinhos, que na

[ Norte minguam á fome, á sede, á falta de carinho.

Ao fecharmos este jornal, estava a lista :

Cni,fINUO ioo$oooB-enjamin S0$cooJujuba 5°$oooUm menino do Sul io$ooo

Antor.inho de Miranda . .Amigo do Chiquinho . .Auto B. S. Silva ....Leitor caridosoJosé de Andrade ....Menina MariaDaria Lemos Pereira . .Norival Lemos Pereira . .José OberlaenderDe E. Elisa HoferMenina ElisaLina e Therezina Rigat.Amigo do Jujuba. . . .Menina Maria do Carmo.

5$ooo2$000

S$oooi$ooo

5$ooo

3$ooo

S$ooo

5$ooo

5$coo

S$ooo

2$000

S$ooo20$00O

S0$oooio$ooo

No escriptorio d'0 Tico-Tico, á rua do Ouvidor n. 1Ó4, 4.acha-se aberta uma lista para as creanças que queiram mi- Y*?*

ligar com uma esm^'-» os soffrimentos dos nossos irmãozi- ônhos do Norte. A

Qualquer obulo do interior deve ser enviado em vale ypostal ou carta registrada com valor declarado dirigida á (fredacção d'0 Tico-Tico — Secção Caridade do Chiquinho— Rua do Ouvidor n. 164. Rio.

tando a filha bondosa. E' ellaquem tem a culpa desta des-graça. E no mesmo momento poza filha boa, fora de casa.

— Vae-te, diabo ! vae-te !Que não me appareças mais !

A moça saiu pelas estradaschorando. Quando anoiteceu ellaestava na floresta. ¦ Dormiuaquella r.oite sob a copa das ar-vores.

Ao amanhecer ouviu um ala-rido de b u s i n a s e latidos decães. Era um principe riquissi-mo que ia á caça.

Ella quiz esconder-se portraz de um tronco. Já não erapossível. O principe viu-a.

1— Que fazes aqui, moça ?perguntou o principe

A pobresinha começou a fa-lar. contando a sua infelicidade.L'ma chuva de pérolas, umachuva de diamantes caiu-lhe dabocea.

O principe ficou encantado.A tarde quando voltou ao pa-lacio levava a moça. Dias de-pois, no meio de festas estron-dosas, tinha-a por esposa,

A outra, a rapariga má, diza historia que morreu de des-gosto num canto do bosque.

Os bons são sempre reconrpensados.

S<u,om& Barreiros

GALERIA INFAN2TE

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v__ _L_p í «S IkúmãCioconda e Jorge, filhos do nosso amigo Sr.

ProvenzanoOctazio

ças.

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Qual a côr ds que maisgosta a creança?

Um notável scientista es.-trangeiro, cujo nome não nosoceorre, fez innumeras experi- Xencias para reconhecer qual a Xcôr mais agradável ás crean- À

Para esse fim. sabem vocês yo que fazia elle ? Collocava, aos Xpares, rodellas. de papel de côr Ysobre fundo cinzento. Ia as^im Qassociando as cores a duas e •!•duas, e perguntando ás creanças yquaes eram aquellas de que maisgostavam.

De 191 respostas precisas, Qdadas por meninos e meninas, "*"resultou ser preferido o azul 55 £vezes, o verde 46 vezes, e o en- Xcarnado e o amarello 45 vezes .£cada um. ò

A côr preferida pelas me- Tn-nas foi 30 vezes o verde. 26 Y

1 ...vezes o azul, 23 vezes o encar-

nado. e só 16 vezes o amarello.Os meninos preferiram o

amarello e o azul 29 vezes, oencarnado 22 e o verde 16.

Destas e de outras experi- ?>encias feitas resulta que o ver- <•de é a côr favorita das meni- 0nas, e que os meninos preferem "JJas combinações do azul. Y

i-oj-o-ro o TI C 0-TI C 0 o-:-<x<>-:-o.-o-k>vO-k>:-<c>.^0

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$ Resultado do Concurso N. 1.481Q Soluclonistas : Abigail A. Almeida, Os-* waldo Ramalho, Carlos M. da Silva, Ja-ô ckson Pinto da Cruz, Heitor Lopes Ama-T dor, Cecilia Azevedo Moreno, ArlindoO Telles Martins, José Faria Rosa da Sil-T Va, Joaquim Carvalho. Daurelia da Luz,

-y 1'edro Vasco dos Santos Pinto. E i.a VI-vacqua, Noemia da Silva, Abidizio Alvesde Mello, Cândido Cunha Júnior. Alvinhoda Rocha Azevedo, José Bonifácio dosSantos, Carlos Baiochi, Dasoberto M.Chaves, Maria de Lourdes Corrêa. AltairDuque Estrada, Raul Ambrogi, José daSilva. Elisio Lamas da Silva, Oswal.do Ix>pes de Moraes, Benilde de O.Galhardo, Edy Mercer Guimarães, Rosi-nha da Silveira Rosenburg, Lourdes Pe-ry Pereira, Zilma Pessoa, Semirames Mi-• anda de Carvalho, Roberto L. Lima, Al-varo Teixeira, Napoleão de Carvalho.Raul Vieira, Otl.on Cruz. Maurício LeiteComes de Pinho. Beatriz Maria Eleono-ra de Lima. Luiz de Lima, Lavinia deMm i., Octavio Paes Lemes Zamith, RaulDarcanchei Silvo. Jovelina Santo?, nul-ce Pacheco Fuleiro, Dioguinho Fortuna

Garcez, Paulo Faulhaber, Alba Nieves,Dermandina de Carvalho, Olímpio F. deMagalhães, Carlos Erito, Maria AnnaNaegele, Hildegurd Schneierss, RubensSouza da Rocha, Zeny Mafra Peixoto,Alcides Figueiredo Jardim. Olímpio Fer-nandes Mello, Hilda Puget, AValdemar

A solução exacta do concurso n. 1.4S1

A. de Sã, Mabel Monteiro de Carvalho,Maria Immaoivada Rodrigues, Oyama doMacedo, Edith Villas Boas, João Manoelda Fonseca Netto, Célia Leãc-.«. MoacyrPeixoto. Antônio Fróes. Victor da ('unhaMora. Jaerci.o Lamaneres. Maria de Frei-tas Braga, Pedro Ramalho, Raymundo Ro-drigues, Camelia Maya, Danilo Ramires

Azevedo, Mercedes Blanco. Cyro PortellaDina Silva Lima, Flora Delvlka Mendesde Hollanda, Nelson Borges, Ruy Fer-reira, Isaura Andrade Mello, Dora SoaresCosta, Maria de Lourdes Vieira Lima.Mario Rocha, Ely Rodrigues Alves, Ma-ria da Conceição de Sá, Sylvio de Sá,Maria de Lourdes Gomes de Oliveira. Pai-myra Vogel, João Barreto, Antônio Del-gado, Walter Bittencourt Passos, PauloLamaneres, Jadyr Vasconcellos, JoãoFreire Ribeiro, Elisa Victoria Martins,Paulo Araújo Alvim, Carlos Schramm,Benino Armando Arruda de Castro. Nel-sinho Mineiro, Edgard de Aragão Buleão,Enedina Gonçalves da Silva, Adhemar Arge-miro da Silva, Maricota Rodrigues, De-mosthenes Aguiar. Octavio Saraiv-uJ deMello, Paulo Max Suarez. Edith Tavaresde Almeida, Sylvia Cintra Tigre. Mariado Soccorro Caldas, Irene Salcedo Dias,Maria Eugenia B. Ribeiro, Djalma Bas-tos, João B. Andrade Souza. Caio Maraea-já Aledia, Maria Henriqueta P. Halfeld,Maria Soares Pederneiras. Hoonholtz M.Ribeiro, Isaura Cezar, Marina Salvia, Es-meralda Martins. José Antonio Portella.Aileda Fróes, Benedicto da Silva Serra,Evaldo Silveira de Souza. Nelson Guedes,Maria Motta de Oliveira. Théa Freire.Tones, Hilda "vVernieri, Aguinaldo C. TI-noco Helena Ribeiro de Medeiros, Octa-cilio de Avellar Drummond, Zilda Simões,Aida Braga, Helena Villar, Iwan Moraesde Andrade, Gertrudes, Crespo CâmaraAlva Barreto, Noemia Mendes de Macedo,Alcindino Coelho, Antonio Ferraiol, Cio-vis da Costa Campello, Cyro da Ç. Cam-pello, Erasmo Mendes de Macedo. AnnitaPortella, Marina Souto Lyra, Olma Cal-das, Kurt Laurentzen, Elcino Lopes Bra-gança, Altamiro Filgueiras Moreira. Ely-gio de Araújo, Joaquim Bezerra Wander-ley, Rita Ayres Wanderley. Joaquim Car-los Soutinho, Zuleika. de Barro3 Pinto de O,,.,.

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Chiquinho pií-gando ás lununa t — .per.3avel usar sempre o pô de arroz Lady.

cutis formosa e avelludada,inaii caro !

é lndis-.e fiquem sabendo que, para se terisar rrus tnu;(i K' 9 melhor que oouheeo e nâo é « —.-- *.«.- -

Mcui.-nte um srllo de 200 rí-is mandaremos nm Catalogo Illustrudu de Conselho» de ltelleza e uma amostra doI.ADY. Caixa grande 2$500, pelo correio :;fM». rm «mias a» «nua!, du Brasil — Deposito» Perfumaria Lopes. ttu.'ua)»ua¦«« — I«lo Preço nos Estados: Caixa grande S$000, Dequena 600 reis

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ò25

O Remédio mais Efficaz e Econômico fpara a Tosse, Bronchiíe e demais affec

ções do peito e pulmões, é a

EMULSÃO de SCOTT:Expectorante e Reconstituinte ao mesmo tempo.

'1 II II II II II II SS I! II I¦a 'IE1E

Oliveira, Mario Nunes, Marina Helena Xa-vier, Aurora da Rocha, Demetrio dosSantos Lisboa, Alice de Lima, Ivan Bas-tos da Silva, Jayme Ramos da FonsecaLessa, Lourival Passos, Claudionor JoséBarroca, Benedicto Ferreira, Maria Anto-nietta V. de Vasconcellos, AlexandrinaCotta, Pauo Gamara, Ruy Barretto, Ma-ria Antonietta Vida), Gilson Cortines deFreitas, José Moreira, Mario Caranta,Jorge Fonseca, Evilasio Lasneau Júnior,Romarina C. Correia, Aristóteles Perel-ra Manhães, Anna Bocce, Carlos Francis-co Duarte, Alice Coutinho, Kurt Laurit-zen, Marietta Peters, Jacob Schmall, LolaHadler, Isabel de Lyra, José G. Ferrei-ra, Jocelyno Marques Cardoso, Arlindoda C. Siqueira, Antonio Ferreira, AfroMarques A. Fontoura, Oswaldo Marquesde Azevedo, Octavio Oliveira Lins, Marioda Costa Botelho, Lourival Maia, EstellaAlves de Carvalho, Dorwal Barra, So-phia Barros Pimentel, Adolpho Silva,Jorge de N. Domingos, lua Luz, JoséPaulino da Silva Júnior, Nelson Pereira¦*, de Castro, Henrique Ernesto Greve, Ma-

Q rio Cortez, E. L. Greve, Sebastião Rosa,.}• Pascoal Isoldi, Lúcia da Rocha Lima,

Hercilia Cadiz de Lima, Stella de MelloFleury, Carlos R. Chataignier, Nilo Mar-tins da Cunha, Frederico Gomes Pereira,Flauzina Azedo, Elza Braga, Jahyra Ro-drigues Coelhlo, Maria Eugenia Mello,Francisco Mormano, Cyro Werneck deAlmeida e Silva, Iracema Luz Silva, Ve-cio R. dos Santos A., Sebastião Scaput,

Esther Salles Rocha, Sindico Oliveira,Solon Miranda e Silva, Juarez Correiarompeu Júnior, Edgard Lopes da Silva,Hebe Simões Magro, Heitor Vogel, ZilioMachado Tosta, Sylvia Ramos, AntonioGomes Moreira, Rogério dos Santos, Ma-ria Stella Couto, Mauro Pimentel, ArthurMartins, Lúcia Perdigão Silveira, Fran-cisco Gouvêa Braga, Adval Montez de Al-meida, Carmen Gontizo Arcos, Horacio.Martins, Cicero Neves, Francisco de Sou-ca Lima, Antonio S. Bartels, Elvira Gly-ceria Lins, Helena Figueira de Mello,Washington Tarquino Pereira, Laura deAzevedo Coutinho, Pedrinho Chocair, AidaBergmann, João Antero de Carvalho,Branca Renaulta, Regina F. de Carvalho,Dorayl Perrini, E>'alva do Amaral, Geno-veva Nunes de Mello, Maria Ayres Gomes,Julia Martins Rosas, Egais Moniz, Wal-fredo Cavalcanti, Roque Mendes de Mar-cos, Eleonora M. de Mello, Filaggy deMoura, José Jonas, Francisco Varinl. Gas.par Gonçalves, Abdon Parrini, JuremaCoutinho d'Avila, Dairsy Moretaon, Ruy.da Cunha Pereira, Enoy Chaves, Justinade Oliveira, Celso Pires, Geraldo da CunhaSiqueira, Rubens Sabá, Yvan Dias, Car-los Valdozende, Aurora M. Arpelan, IrenePinto, Lúcia Jardim, Magdalena Canter-ni, EIvino Schenux, Romulo Guimarães,Maria José Pereira, Hely Macedo, SylvioTeixeira de Godoy, Olga Barros, IracemaValente, Mario Gracho da Costa, RaphaelMenezes de Almeida, Stella Aleixo, Ma-noel Geraldo Antunes de Macedo, Arthur

Dias Pimenta, Zilka Braga dos Santos. •(•Marinho Lopes Barccllos, José Leonidas 0Figueiredo Damazio, Maria Amalia de As-sis Nogueira, Alba d'Albuqucrque, Fran-cisco Ricciopo, Manoel Ncvoa Campos,Maria Cortez Cabral, José Miguel Cypria-no, Antonio M. SanfAnna, Antonio Na-vier, Inah Cruz, Nelson A. das Chagas,Raul Penido Filho, Clarice Laurito, JoséA. de Mello, Nilo Dantas Palhares, EdmirRibeiro, Maria Cecilia Sodré Aguiar,Odette Vianna da Costa, Clara Dulce, Jo-nathas Ferreira Vianna, Yara Paim, Ma-ria Paiva, Sebastião Moreira dos Santos,Euride Martins Guimarães, Aricio Guima-rães, Aricio de Albuquerque Cunha, Pau-lina Massora, Aires do Rego Macedo.Sabino de Almeida, Henriqueta Reynaud,Lúcia Carneiro da Rocha, Eliza LauraRaffard, Flavio Pinto Ribeiro, Euride J."elidiu, ria.vio .rimo .uiDeiro, JSuride ?**Martins Guimarães, Maria da Gloria Ay- Âres, Maria José Faria Macedo, Helcinno •£

sá Âo, •$•ia yíe *,?e-yv- •;•

Soares, José Maenares Dias Filho, JoséMoreira, Lais SanfAnna, Scarinha Brito,José Caldeira, Maria de Lourdes LimaAlvares, Jorge Nery de Mello, Guilherme £Proter, Octavio José Monteiro, Nei.ua Pe-reira Braga, Oscar Pereira Braga, New- -.-ton Sodré Bragança, Carlos Henrique de QGusmão, Petronio Martins Adrião, Hum- *¦berto Alvares, Zulma Alvares, Maria òFournior, Maria de Lourdes Pieri, Flyz- *zi Cabral de Menezes, Walmor de Toledo,Alfredo Martini, Magdalena Sguillara,Maria de Lourdes Machado, EsmeraldoGarrido, Francisco Barone, Aurora Sanz

7?M ARISTOLINO¦Jà

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Quereis ter a vossa cabeça limpa e isenta deaspae o vosso cabello macio, Iustroso e abundante ? Qjereisler o vosso rosto completamente isento dos~CRAVOS, ESPINHAS,PANNOS,SAROASE RUGAS?

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Drogaria flnERicRMR

Duro, Ornar de Oliveira, Ery FurtadoBandeira, Daluce Almeida, Helena Man-droni, José Marca L. C, M. Nevares,Francisco Bastos Filho, Amélia da Ame-lia tia Silva Quintas, Roberto Luz, Casíl-de de Paula. Emilia Figueiró, PhilomenaMoraes, Abilio Corrêa, Virgínia da CunhaFigueiredo, André Ortega, Luiz Pereira,João Pereira da Silva, Cecília SanfAnna,Laurindo Pinheiro, Álvaro José Teixeira,Eunice da Silva Mattos, Clnyra Alves,Ernesto Silva, Ernemilde Luvey ViannaJoão José Arnaut, Jeronymo Lopes Pa-checo, James Skey, Francisco de AssisPinheiro, Joaquim de Azevedo Barros,João Carvalho, Moacyr Dario Ribeiro, Ar-mando Guerzhievfisz, Helios S. Vergueiro,Maria de Lourdes Aguiar Machado,Amaury Benevenuto de Lima, João da Sil-va Schumann, Edgard Pernambuco de1 Campos, Ely Rodrigues Corrêa, Clovis daRocha Leão, Alva Barbosa, João SilvaMachado, Maria de Lourdes Valentim,Zilda de Oliveira Rory, Danilo CunhaNunes, Maria H. Bandeira de Mello, Al-varo Vianna Júnior, D'alva Fróes da' Cnjj, Cacilda Esteves Martins, José Dan-tas de Araújo Bastos, Lioione Guaraná,', Edgard Alves de Oliveira, Valina Rocha

, e irmão, Emma Pizzi, Walter Vernieri, Ary1 Kerner Soutinho, Julieta Rodrigues Ri-, beiro, Nelson Ferreira d'Almeída e Silva.1 Jorge Alberto Romero, Francisco Malfi-

tano, Oswaldo Teixeira da Silveira, Ma-noel Salgado Talyra, Álvaro D. de Paula,Alice Jeolas, Julia Pontes, Eduardo Cor-rêa da Silva Jur.ior, Manoel Lino Costa,José Moreira de Sousa, Oswaldo Coelho¦Je Castro, Fellppe Macieira, Lúcia deCastro Lima, Moacyr Motta de Oliveira,Anelio Pereira dos Santo», Maria Eliza<3as Neves, Nancy Pedroso, Nicanor Coe-!ho, André Barcellos, Nelly de MirandaGuimarães, Francisco de Paula Ferreira,Guarin Delgado de Moraes, Alice Godoy,Tair de Barros, Aloysio do LivramentoBarreto, Paulo Augusto Monteiro de Bar-ros, Eullna Prado,Ruy de Mello Junquei-ra, Alzira Lourengo, Hélio de AzevedoDaltro Santos, Celso de Azevedo DaltroSantos, Marcello Santos, Casemiro Pinto.'Bianor Moura, Clovis Muniz, Maria Bia

E ias, Ely Mendes Itacolomy, AlfredoAntônio da Silva, Francisco Greca, Lu-oovina de Assis, Hermes de Moura e Ja-•Jlliel Loredo. «.

Soliícioíiisías :Abigail A. Almeida Raul Dareanehy Si]va, Oswaldo Machado. Marina Heloisa ()Xavier, Maria do Carmo Dias Leal, Ho- •}•'mero Dias Leal, Marilia Dias Leal, Ru- 0'bens Dias Leal, Ilka de Carvalho Ama- 4*ral, Imar Amaral, PeiJrínho Chocair, Ci- vnyra Pinto Miranda, Diva Guertner,Adler Montez de Almeida. Gilberto Fer-reira Mendes, Laura Azeredo Coutinho,Carlos R. Chatargnier, Rogério dos San-tos. Orlando Brandão Fidalgo, CarlosSchrain, Maria Amaiia de Assis Noguei-ra, Carlos Baiocchi, Izabel de Lyra, One-zino Pinto. Maria Elza da Silveira Mello,Hebe Nathanson, Isabel Ribeiro, Alberti-na Figueiredo, Ademar Argemiro da Sil-va, Armando Arruda de Castro, MarioMarques Araújo, Fehv Souza, Wilson deOliveira. Joaquina Mathildo da Silva I->ei-te, José Pedro Dias Junior, Pedro Soaresde Alcântara Filho, Anizio de Avi'a Mel- AIo, Paulo Lamatierea, ITelia Pires, Hei- 4.tor de Moraes Barros. Aloysio do Ijivra- Ãmento Barreto, redro Chocair. Pedro Cie- .{.ment, Zilmar Campos de Araripe Macedo, ÃD'Alva Fróes da Cruz, Maria Francisco •!•

™™_™„ de Azevedo, Claarim Delgado de Moraes, òEdmundo Correia da Silva Junior, Lucin- "Jr

FOI O SEGUINTE O RESULTADO «Ja Campos. Álvaro de Coimbra, Alva Bar- Obosa, Abigail A. Almeida, Erasmo X. de T,

FINAL DO CONCURSO: Paula, Oswaldo Ramalho, Nelson Alves <},das Chagas, Abelardo Pinto Magalhães, 'Antônio José da Costa, Jayme Borges,Mario Cortez.Dalila Grauna, Jayme Ra-mos da Fonseca Lessa, Ornar MedeirosCruz, Álvaro Vianna Junior. Wilson deOliveira, Octavio Costa. Pedrinho Choca-ir, Geraldo da C. Siqueira, Rubem Soca da Rocha, Pedro Vasco dos SanPinto, Pedro Clement. Ruy da Costa Mat-tos, Diva H. de Campos. Junio Marslag,Georgette Brasil Porto, Maria de Naza- ,\

RIibero Badrro'.K4 -5.PRU13

I prêmioHERMES DE MOURA

de 11 annos de idade e residente em Syl-vestre Ferraz, Estado de Minas Geraes.

2" prêmioMARIA AYRES COMES

roca- YSou- *tntos Yi-t- *

de 9 annos de idade e moradora á ruaBarão de Cotegipe n. ç>5, Villa Isabel,nesta capital.

Resultado tio Concurso 1. 1.488RESPOSTAS CERTAS

1« — Porto — Torto2" — Fardo — Farda3» — Ondas4» — Cera5» ¦— Grammo — Gramma

reth de Lellis Ferreira, Arfciq de Albu-querque Cunha, Alvinho da Rocha Aze-vedo, Maria de Lourdes, Dinah Velloso,Silvia Ramos, Marina Heloisa Xavier,Tabajara Barbosa, Jonas Amaral, ZllioMachado Tosta e José do Amaral Silva,

FOI PREMIADA A SOLUCIONIS-TA:

LU CINDA CAMPOSde 8 annos de idade e residente á rua Ba-rão de Tatuhy n. 25, em S. Paulo.

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TECOMOLE' um poderoBo depuratlvo do san-gue, que está sendo receitado dia-riamente por summidades médicasde valor. Attestados valiosos com-provam a sua efficacia na curadas seguintes moléstias: Moléstiasda pelle) Syphilis, Rheumatismo,Feridas, Fraqueza geral. Anemia,Eczemas, Darthros, Impingens, Ul.ceras Manchas, Lymphaüsmo,Erupções, Dores, Escrophulas, Dôrnos ossos, Boubas, Impurezas dosangue e qualquer moléstia de fun-do escrophuloso, herpetlco e sy-philitico. A' venda nas pharmaciase drogarias. Depositários : A. Tra-jano & C. — Avenida Rio Branco'47. C. Postal 1.898-Rio de Janeiro.

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CONCURSO N. 1.439PARA OS LEITORES DESTA CAPITA- _ D03

EÍTAD03 PK.OX.I_aPerguntas :1"—Qual a ilha européa que_ trocada uma

lettra do seu nome, torna-se um peixe ?(3 syllabas) José Dantas de Araújo

2'—Elle É docaElla é jogo

(2 syllabas) Eloy Silva11" — Qual o numero formado por um laço

e um tempo de verbo 1Cl syllabas). Fiorito,J — Qual a fructa que tem caroço Í6ra

da casca ?(2 syllabas Carlos I-eiteC" — Qual o homem que affirina que ha de

ser o fim ?(3 syllabas) Dioço Mendes

MU formado o novo concurso de per-guntas, fáceis da serem respondidas. As so-

I i-.-õeu devem ser enviadas a esta reda-cçâo em papel separado de outro qual-quor concurso, acompanhadas da decla-rac-o de idade e residência, assignatura dopróprio punho do concorrente e do vale,íj_e vae publicado abaixo e que tem o nu-mero 1.494.

Para este concurso, cujo encerramento«erâ no dia 5 de Maio distribuiremos, emsorteio, como premio, um exemplar do li-vro HISTOIUA DE CÀES.

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CONCURSO N. 1.437

PARA OS LEITORES DESTA CAPITAL

Vamos hoje dar ao3 nossosleitores um concurso muito ori-Kinal, de ura problema já conliccido. Houve uma vez um relo-joeiro hespanhol, chamado D.Prudenclo, que procurou fazerfortuna com todas as industriasconhecidas.

Uma das suas ultimes tenta-tivas íoi a de estabelecer relo-joaria e á força de vêr o seuajudante montar e desmontarrelógios metteu-se-lhe em cabe.ça fazer tambem um. A fisruraillustrativa desta noticia é omostrador dessa primeira provada sua habilidade.

Olhem bem os leitores paraelle e digam-nos se o acham Ir-reprehensivel ou se lhe notamalguns defeitos e enganos. E,dando-se este ultimo caso, quese nos afigura o mais presumi-vel, apontem.nos quaes e QiWX-tos esses enganos ou defeitossejam, para vermos se o nume-ro delles que encontrarem con-corda com o dos que n6s lbeestamos notando.

As soluções devem ser enviadasque vae publicado abaixo sob opunho do concurrente, idade e residência.

Para este concurso, que será encerrado nodia 30 do próximo <mez de maio, daremoscomo premio. por sorte doís riquíssimos vo-lumes de historias apropriadas pára a iu-fancia.

¦ DE TODOS TODOS OS ESTADOS /v

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a esta redacção acompanhadas do vale respectivonumero 1.4 97, trazerem a assignatura do próprio

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ho*2 João,

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Aos Srs. Chefes de FamiliaIndavassú, — (Estado do Rio),

18 de Junho dc 1919.Illmos. Srs. VIUVA SILVEIRA

<_ l'ILH0S.Rio de Janeiro

Eu abaixo assignádo, residenteV em Indayassú, 2o districto doí Município da Barra de S5 Estado do Rio :í DECLARO para Iodos os finsS que, soffrendo os meus filhi-

nhos : OSWALDO, de 9 annos —í SILVIO, de 8 annos e JOSÉ' de 65 annos de edade, de SARNAS,í desde tenra edade e após ter fei-í to usar os mesmos de muitos me-J dicamentos aconselhados e, nãoí tendo debelado tão terrível mo-? losíia, com esses preparados, re-

solvi applicar o ELIXIR DE NO-GUEIRA do Pharmaceutico Chi-mico João da Silva Silveira.

Apenas com 2 frascos do ELI-XIR DE NOGUEIRA tive os meusfilhos completamente curados e, como dever de gratidão, aconselho.esse medicamento a todos

J quantos soffrerem do moléstias do. pelle.*\ Som mais, sou de VV. SS. Amo., Att. evCro. CELESTINO YICTERTestemunhas : Abilio José de Mattos — Salomão José Elias. (Firmas reconhecidas).*-"-"-VJV-^VV-VJVJV'*'AVJV^

9

9í5V

8ANAGRYPPEIllo de Janplro,

oura. oonmtipuQÕoti -ALMEIDA CARDOSO _ OOMP.

ROSALINA o_.ni, oo«_iiel_,ch©— Itua Marechal Kloriano Peixoto, 11

>-*-<*i.--0-*-0-'-<>-'~ •i-o -*-_-:o-:-<_-5-o-:-< -c-:-o-:-<>4-'^:-_-:•o+<^:-<>^<>-^o•J•<>-^c^:-<c>-:-<>•>o4•<_»>

O MACACO, A ONÇA E O SAPO / 0 Tico-Tico

O sapo devia algum dinheiro á onça e como não pa-Kasse foi aggredido pela credora em plena rua. Alguns ani-mães protestaram pela violência e a onça, então,...

... resolveu o caso levando a questão a Juizo. O maça-co seria o juiz e provisoriamente o sapo ficaria preso pelopescoço. Mais tarde r.moveram-n'o para a Detenção...

"~""""~~*"Tfí—Ifl | W"\ ¦¦;¦"'¦' ..-.¦'¦:¦¦;:¦„¦ ¦¦¦ :¦:¦',..'.' : ': .''"';'',-. -r{f_ """ '~~~' "'.' ;"'.'.". ---—-¦—~T

• ¦.e puzeram o'perú como- sentinella á vista. Preparado° processo formaram a mesa do jury, que se componha deJuiz, promotor e advogado de (defesa, este ultimo,...

... porém, tinha as orelhas tão grandes _ a intelligenciatão pequena, que o juiz se.cóndoeu do sapo. Finalmente, foio sapo cpndemnado e entregue á onça, qttc delle...

lK tT^ _¦*.* V/JV-i-nri 1 ______\ ^^—PV-FvV* _. _^^^H _C__/^ ___ ____F -_^_______________Btf____B_r^-H_ ______________ -

--.poderia fazer o qu« quizesse. Então o juiz quiz_ con-'«ssar o sapo e saber as suas ultimas vontade». A' beira de«m rio « junto a uma arvore...

...com a assistência da onça, entoou uma cantiga cm la-tim, misturando estas palavras:." Sapo .-.'água r macaco nopaul" A onça

'datnnou-se, ma; se contar mau.

0/^RP_P^AV,T\V3esevi _iho 0\)0\)_>Pv o jumenio oo ¦v\*\i\\.o

/ JL* i *v-* >"ü^^"""*7 / %mV ^7V». T \V^—r ^"s. \^*—sv

Ao lado da casa dr Carrapicho mora um velho que^fem um jumento insuppovtavcl. O bicho zurra estridentemente,-de meia cm meia hora. com a precisão deum relógio. Jujuba não gosta daquelle barulho, e hontem. pela manhã, tomou

uma resolução. Trepou no mur o com sua bola de foot-hall e ficou a olharpara o jumento. O quadrúpede barulhento pastava calmamente, desconfiado po-rem, por já conhecer as travessuras de Jujuba.

Lá para as tantas o hucephalo esticou o pescoço, escancarou a gm-la e poz-sea zurrar. Jujuba preparou a I da e de iim golpe arremessou-a dentro da boceado jumento.

E lá ficou o bicharor.o engasgado, emquanto Jujuba punha-se ao fresco, por-que o dono do jumento não é de brincadeiras... , .,_

Offieinas llthographinas d'Q MAL.HO