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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia na Fevereiro 2013 Eterna 12 Vitória Sobre a Tentação 27 Quando Vemos Beleza 23 Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia A mérica na A mérica

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AméricanaAmérica

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Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. V. 9, Nº 2, Fevereiro de 2013.

3 N O T Í C I A S D O M U N D O

3 Notícias Breves 6 Notícia Especial

A R T I G O D E C A P A

16Construindo Igrejas

na América Por Julie Z. LeeEmbora os EUA sejam considerados a terra da fartura, há dificuldades para que pequenas congregações adquiram prédios próprios.

8 V I S Ã O M U N D I A L

Nunca Duvide: Deus Está no Controle, Parte 2

Por Ted N. C. Wilson Temos sucesso garantido.

12 D E V O C I O N A L

Fé Eterna Por Jorge Iuorno Se a fé é uma viagem, será que a temos suficiente

para chegar ao nosso destino?

14 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

1, 10, 50 Por Gerald A. Klingbeil Não há limites para o alcance do amor de

Deus pelo perdido.

20 E S P E C I A L

Jornal Indonésio Por Mark A. Finley Eventos e impressões evangelísticas de um

grande campo missionário.

23 E N S A I O F O T O G R Á F I C O

Quando Vemos Beleza Vislumbres da natureza de Deus.

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D E S C O b R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Reconhecendo as Realidades Celestiais

Por Alberto R. Timm Como Ellen White descreveu as obras invisíveis

do governo de Deus.

11 S A Ú D E N O M U N D O

Trombose Venosa Profunda

26 R E S P O S T A S A P E R G U N T A S b Í b L I C A S

Profecias Cumpridas

27 E S T U D O b Í b L I C O

Vitória Sobre a Tentação

28 T R O C A D E I D E I A S

S E Ç Õ E S

Fe vere iro 2013

Capa: Voluntários no local do projeto Decatur- Hartselle discutem detalhes da parte eletrica da nova igreja. Mais de 50 voluntários da Maranatha e dezenas de membros leigos ajudaram na construção.f o t o : L e o n e L M a c i a s

www.adventistworld.orgOnline: disponível em 13 idiomas

Tradução: Sonete Magalhães Costa

2 Adventist World | Fevereiro 2013

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■ O Departamento de Missões da Igreja nomeou novos diretores como parte do projeto de reestruturação dos Centros de Estudos para vários grupos culturais.

Gerson Pereira dos Santos será o diretor do novo Centro de Estudos para Ministério Urbano, com sede na cidade de Nova York. O pastor Santos é também o secretário executivo da Associação da Grande Nova York.

O Centro para Ministério Urbano foi criado em resposta à iniciativa da Igreja Adventista em nível mundial para o evangelismo urbano abrangente. Foi fundado para apoiar líderes ministeriais de todo o mundo ao planejarem como evangelizar as grandes cidades no seu território. No próximo ano, a Igreja Adventista iniciará uma grande campanha na cidade de Nova York como parte da iniciativa NY13 lançada pela denominação.

Seis Centros de Estudos em Missão Global agora servem a igreja auxiliando líderes e membros a construir pontes que nos conectem a pessoas pertencentes a religiões e tradições não-cristãs. O diretor dos Centros de Estudos, Rick McEdward, disse que o objetivo é criar modelos de ministério, materiais e orientar os adventistas que estão falando de Jesus, a fazê-lo de uma maneira que seja adaptada à cultura local.

“Os Adventistas geralmente são muito bons em compartilhar sua fé com outros cristãos, mas temos que aprimorar a maneira de testemu-nhar para aqueles que ainda não conhecem a Jesus”, disse McEdward.

Ele acrescentou que o Centro Mundial de Amizade Judaico- Adventista foi transferido de Jerusalém para Paris. Segundo o estudo da população judaica no mundo, a França ocupa a terceira posição de residentes judeus, ficando atrás somente de Israel e dos Estados Unidos. Richard Elofer, ex-presidente da IASD em Israel, atuará como diretor do centro.

O anúncio foi feito durante a reunião de diretores dos Centros de Estudos, no Camboja. O grupo se reúne duas vezes ao ano para planejar como a Igreja Adventista pode construir pontes para culturas e contextos fora do modelo do ministério tradicional.

Além disso, o Centro de Estudos Hindu, anteriormente com sede na Índia, foi recentemente reiniciado na nação caribenha de Trinidad, que abriga grande população de indianos. Cliffmond Shameerudeen, um

N O T í C I A S D O M u N D OPor Que Construímos?

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CENTROS DE ESTUDOS: Gerson Santos é o diretor do novo Centro de Estudos para Ministério Urbano.

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Devo admitir que amo a escuridão e o ambiente majestoso das catedrais,

onde tudo que é humano parece pequeno e silencioso. Mas eu não quero que minha Igreja construa uma catedral.

Como turista, já visitei dezenas das maiores catedrais do mundo. Igrejas Católicas, Angli-canas, Episcopais, Luteranas – até de cristal! Esses prédios compartilham uma imensidão de escala que tanto impressiona quanto oprime. Enquanto admiro o relevo dos arcos e as abóbodas altíssimas, meu coração de pastor começa a calcular os custos de tudo o que enche meus olhos.

A construção de catedrais, ou de grandes prédios de igreja, são demonstrações tanto de teologia e missão quanto de arquitetura. Os historiadores nos lembram de que a época das grandes igrejas e catedrais registra exatamente a era de menor atividade missionária na tra-jetória do cristianismo. A construção maciça, visualmente impressionante, era para atrair os rebeldes e perdidos, e não para procurá-los. E depois de esbanjar milhões do dinheiro dos fiéis para construir, sobrava pouco para espa-lhar o evangelho, e poucos dispostos a fazê-lo.

Sendo uma das denominações cristãs que mais rapidamente cresce no planeta, a Igreja Adventista do Sétimo Dia constrói igrejas, mui-tas, todos os anos. Por intermédio da genialida-de do projeto “Igreja de Um Dia” da Maranatha International e do trabalho dedicado de volun-tários, centenas de novas igrejas são erguidas a cada ano. Elas nos dão sombra no verão e protegem do sol implacável na região do Saara. Elas oferecem calor e nos protegem dos ventos cortantes em Alberta ou na Ucrânia. Elas nos abrigam da densa chuva dos climas tropicais e oferecem lugar para adorarmos a Deus quando a neve cai profunda à nossa porta.

Mas as igrejas são o principal local onde os crentes se reúnem para falar de sua fé, levar os fardos uns dos outros, adorar a Jesus fervoro-samente e aprender como levar as boas-novas mais efetivamente, a fim de que outras igrejas sejam construídas em outros lugares, até que Ele venha. É tudo uma questão de culto e missão.

Ao você ler o artigo de capa deste mês, ore para ter olhos que vejam

o prédio de sua igreja como o Senhor o vê – um local de fé, pela fé, para a fé e para muito mais fé.

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guianense de ascendência indiana, é o coordenador.

Gregory Whitsett é o novo diretor do Centro para Religiões e Tradições do Leste Asiático, anteriormente deno-minado Centro de Estudos Budistas. Whitsett iniciou sua função em setem-bro de 2012. O centro estava localizado na Tailândia desde 1992; Whitsett e sua família servem como missionários há mais de 10 anos no Sudeste da Ásia. Ele substitui Scott Griswold, que atuou como diretor do centro por 10 anos.

Os outros dois centros são: o Centro para Estudos Seculares e Pós--modernos, localizado em São Paulo, Brasil, e o Centro Global para Relações Adventistas-Muçulmanas, que tem filiais em Berrien Springs, Michigan, Estados Unidos; Nairobi, Quênia; e, Londres, Inglaterra.

Para obter mais informações sobre os centros de estudos, visite a página www.AdventistMission.org. – Fonte: Rede Adventista de Notícias

Wilson Apela à Reconciliação na Costa do Marfim

■ O presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Ted N. C. Wilson, reuniu-se com líderes do governo, comunidade e igreja na África Ociden-tal durante sua visita à região em novembro de 2012.

Na Costa do Marfim, ele apelou à reconciliação após conflito civil que se seguiu à disputa eleitoral. O pastor Wil-son, que serviu como executivo regional da Igreja Adventista na Costa do Mar-fim de 1981 a 1990, disse: “Durante esse período de reconciliação aqui na Costa do Marfim, devemos ter o espírito do Bom Samaritano; o dever dos cristãos é representar a Cristo.”

O pastor Wilson fez seu discurso em francês durante pronunciamento no Palácio da Cultura em Abidjan, e acres-centou: “Devemos tratar as mulheres com respeito. Nossa atitude para com a esposa, marido e filhos deve ser de res-peito e bondade. A reconciliação deve primeiro começar em casa, na vizinhan-ça, na igreja e se espalhar pelo país.”

Ediemou Jacob, presidente do Fórum Religioso Nacional da Costa do Marfim, disse que Wilson foi o primeiro líder religioso a visitar aquele país com a mensagem de reconciliação. O pastor Wilson também se encontrou com o presidente da Costa do Marfim, Alassa-ne Ouattara.

A Igreja Adventista possui cerca de 13 mil membros no país, que abriga também a sede da Divisão Centro-Leste Africana. O Pr. Wilson visitou vários países da Divisão.

Na cidade de Kumasi, durante sua visita de cinco dias a Gana, ele se encontrou com Otumfuo Osei Tutu II, que é o Ashantehene, líder cerimonial do povo Ashanti. O pastor Neal Wilson, pai do Pr. Ted Wilson e presidente da Igreja Adventista de 1979 a 1990, tinha visitado o rei anterior havia 24 anos.

O Pastor Wilson falou com o rei e seus oficiais sobre o presente que seu pai recebeu na ocasião – a escultura de uma mão segurando um ovo. “A expli-cação da escultura é que se você é muito duro com seu povo, irá quebrá-lo. Se você for muito brando e desinteressado, e relaxar a mão, o ovo cairá”, disse à delegação no Palácio Manhyia.

Tutu II elogiou a Igreja Adventista em Gana por sua contribuição nas áreas de educação e saúde. “Concluí que há muita disciplina na Igreja Adventista, e que seus membros creem em seus princípios e valores”, mencionou.

O presidente da AG inaugurou ain-da um centro multicultural na região, que foi financiado pela sede da Igreja Adventista e pela Associação Centro-Sul de Gana. O centro oferecerá para os

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CHEGANDO A ABIDJAN: Ted N. C. Wilson, presidente da Igreja Adventista, é saudado ao chegar a Abidjan, Costa do Marfim. Wilson, que trabalhou naquele país como presidente regional da Igreja Adventista por nove anos, encontrou-se com líderes em vários países da África Ocidental.

PRESENTE PRESIDENCIAL: Wilson foi presenteado com um banquinho dourado pelo representante do rei do povo Ashanti, em Gana. O presente, que representa pilares e fortes alicerces, foi entregue durante o culto de sábado no Estádio Baba Yara, em Kumasi.

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membros da igreja e comunidade, trei-namento em tecnologia da informação, serviço de buffet e costura. Também será oferecido treinamento para evangelismo.

No sábado, 10 de novembro de 2012, o Pr. Wilson esteve presente no estádio Baba Yara, em Kumasi, onde 30 mil pessoas participaram do culto de adoração. No dia seguinte, ele falou na cerimônia de formatura na Universida-de Valley View, administrada pela igreja. Ele desafiou os mais de 500 formandos a adotarem a visão bíblica de sucesso, “seja qual for o trabalho para o qual Deus o conduzir, esteja certo de que o sucesso depende de sua ligação com Cristo, que resulta em serviço humilde para Ele e para os outros”, mencionou.

Depois, ele se encontrou com Alfred Oko Vanderpuije, o primeiro prefeito adventista de Accra, capital de Gana. Há aproximadamente 375 mil membros na União de Gana.

Nancy, esposa do Pr. Wilson, e outros líderes da Divisão o acompa-nharam na viagem. Dias antes, nas comissões de fim de ano da Divisão, a comissão diretiva votou dar status de autossuficiência a 14 unidades administrativas na Nigéria e à unidade na Libéria.

A ação destaca o desenvolvimento da Igreja naquelas regiões em termos financeiros e de liderança.– reportagem de Gilbert Weeh, Solace Asafo Hlordzi, com equipe da ANN

México: Universidade Adventista Transcreve a Bíblia em Tempo Recorde

■ O cronômetro parou aos 59 minutos, 52 segundos e uma fração de um segundo. Esse foi o recorde que arrancou mais de 2.150 pessoas de seus assentos como um grito após transcrever toda a

Bíblia. A atividade aconteceu na Univer-sidade de Montemorelos – instituição da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Montemorelos, Nuevo Leon, México – no dia 24 de novembro de 2012. O evento histórico foi parte das comemo-rações do 70º aniversário da rede educacional adventista.

Vestidos de camisetas comemorati-vas com o número 70 impresso, alunos, funcionários, ex-alunos, membros da comunidade e visitantes copiaram de 20 a 25 versos no ginásio. O evento espera ser oficialmente registrado no Guinness Book [Livro dos Recordes Mundiais], dizem os organizadores.

“O objetivo do evento foi enfatizar os princípios da Bíblia como funda-mento do sistema educacional adventis-ta”, informou Juan José Andrade, diretor do Centro de Pesquisas Ellen White do México e organizador do evento.

Alejandro Zepeda, tabelião público, conferiu o tempo e lavrou um docu-mento legal para registrar a quebra de recorde.

O prefeito de Montemorelos, Geraldo Alanis, e sua esposa Minerva, estiveram presentes no evento histórico. “Sinto que Deus está aqui”, disse o prefeito.

Israel Leito, presidente da Divisão Interamericana, cumprimentou a

universidade via telefone pela iniciativa centrada na Bíblia.

Os pastores distritais também parti-ciparam na transcrição da Bíblia.

A iniciativa foi sugerida por um estudante e envolveu mais de 20 coor-denadores e cerca de 85 assistentes por três meses para orientar aqueles que transcreveram a Bíblia.

Stacy Olmedo, 20, aluno de comu-nicação, transcreveu Gênesis 23 e os primeiros quatro versos do capítulo 24. “Fiquei muito feliz em participar do evento. Demandou muita concentração, mas gostei muito, mesmo tendo apenas 24 versos para escrever.”

Jency Cordova, estudante de medicina, disse: “Falando no lado pessoal, essa atividade ajudou minha vida espiritual e me deixou mais consciente da importância da Palavra de Deus.”

“Foi um grande privilégio”, disse Jaime Blanco, diretor de serviços da escola. “Todos os que participamos pudemos desfrutar da revisão de uma porção da Palavra de Deus.”

Jorge Manrique, diretor da Faculda-de de Engenharia e Tecnologia, a esposa e dois filhos, ficaram entusiasmados em poder copiar os versos juntos. “Como família, foi uma experiência gratificante que reafirmou nosso compromisso e

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RECORDE OFICIAL: Alejandro Zepeda, tabelião público de Montemorelos, Nuevo Leon, México, exibe o tempo total de 59 minutos e 52 segundos gastos para que a Bíblia fosse transcrita na Universidade de Montemorelos. Espera-se que o evento histórico seja registrado no Guinness Book. Essa foi uma das muitas atividades comemorativas dos setenta anos de existência da universidade.

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comunhão com Deus e da leitura da Bíblia. Sentimos tanta alegria por fazer parte desse projeto, pois nos identifi-camos com os que a transcreveram na antiguidade. O evento nos incentivou e reafirmou que a Bíblia é a única fonte da verdade, a Palavra de Deus”, disse Manrique.

Quando a transcrição terminou e o cronômetro parou, todas as páginas transcritas foram reunidas na biblio-teca e levadas para a igreja da univer-sidade para participar do programa da tarde. A transcrição, denominada Bíblia do 70º- Aniversário, será exposta no Centro de Pesquisas Ellen G. White do campus.

“O importante nessa atividade não é o fato de termos transcrito a Bíblia, mas os preciosos momentos que passamos com nosso Deus Soberano. Nosso maior desejo é que a Palavra de Deus se torne o fundamento de nossa

Em tempos de guerra, nem todos os heróis portam armas. Assim, para alguns, o reconhecimento de seu

heroísmo pode demorar mais tempo do que para outros.

Muitos adventistas certamente conhecem a história de Desmond T. Doss (bit.ly/UpZrLu), o “opositor consciente” que nunca portou armas e era ridiculari-zado por seus companheiros. Esse adventista foi condecorado com a meda-lha de honra por seu heroísmo, salvando vidas durante a II Guerra Mundial. A bravura de Doss foi rapidamente reco-nhecida, sendo o presidente dos Estados Unidos, Harry S. Truman, quem entregou a medalha meses após o dia 5 de maio de 1945, dia da batalha pela qual Doss foi homenageado.

Charles Shayb, adventista de Silver Spring, Maryland, esperou um pouco mais por seu reconhecimento. Ele aconte-ceu no dia 9 de novembro de 2012, mais

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vida devocional diária”, disse Ismael Castilho, presidente da Universidade de Montemorelos.– reportagem de Benjamin Garcia/equipe da IAD

Brasil: Publicadora Adventista Produz para Mercados Africanos

■ A Casa Publicadora Brasileira (CPB), editora estabelecida em Tatuí, estado de São Paulo, Brasil, em breve distribuirá seus produtos na África, dizem os administradores.

João Vicente Pereyra, gerente de vendas, disse: “A CPB está preparada para prover literatura em português para vários países, como África do Sul, Angola, São Tomé e Princípe, e Moçambique.” No entanto, há um cronograma para que os livros, revistas e outros materiais sejam disponibiliza-dos para a população que mora nessas regiões.

As primeiras negociações estão sen-do concluídas com líderes que dirigem a sede administrativa da Igreja Adventista nos países que desejam comercializar os produtos.

A publicadora também espera expandir suas operações no formato digital. A ideia é que dezenas de títulos possam estar disponíveis em sistemas operativos para celulares, como o iOs e Android. A CPB está em primeiro lugar em volume de produção e vendas entre as 63 editoras da IASD no mundo.

Com início em 2013, as publicações tradicionais como o Nosso Amiguinho (para crianças de 5 a 9 anos de idade), Vida e Saúde e a Revista Adventista terão também portais na Web. Um núcleo do sistema já foi estabelecido para oferecer todo esse conteúdo em apoio às versões impressas já consagradas. – por Felipe Lemos, equipe da ASN

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RECONHECIMENTO POR HEROÍSMO: O Coronel do Exército Jeremy Martin, comandante da Escola de Informação em Defesa, à esquerda, olha para o veterano do exército, o médico Charles Shyab, a quem foi conferida a Estrela de Bronze pela senadora Bárbara A. Mikulski. Compareceram à cerimônia cerca de 250 familiares, líderes comunitários, funcionários da Escola de Informação em Defesa e estudantes.

EXPORTANDO LIVROS: João Vicente Pereyra é gerente de vendas da Casa Publicadora Brasileira, em Tatuí, estado de São Paulo, Brasil. A editora de propriedade da Igreja Adventista exportará literatura em português para vários países da África.

6 Adventist World | Fevereiro 2013

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de 44 anos após a caótica batalha pela qual recebeu o crédito por salvar dezenas de vidas. Shayb recebeu da Senadora Bárbara A. Mikulski, de Maryland, a tão esperada Estrela de Bronze, em cerimônia na Escola de Informação em Defesa, em Fort Meade.

Karnik Doukmetzian, conselheiro geral da Igreja Adventista e amigo de Shyab, disse: “O reconhecimento de seu heroísmo como médico é importante, especialmente como modelo para nossos dias, quando a guerra tem sido enaltecida e nossos jovens escolhem se alistar para o combate em lugar de esco-lher a posição de ‘opositores conscien-tes’. Desde o tempo em que era militar até hoje, Charlie continua socorrendo incontáveis estudantes e outras pessoas, com o mesmo comprometimento mos-trado durante o tempo no qual serviu sua pátria.”

Shyab, 68, disse que fazia parte de um dos três regimentos destacados para subir a montanha Chu Moor onde Vietnam, Laos e Camboja fazem fron-teira. Eles enfrentaram um batalhão das forças inimigas. “Estávamos no quintal do inimigo”, conta ele sobre a luta de certo dia em abril de 1968. “Quando descobriram que estávamos lá, começa-

ram a nos atacar e, [...] fui ferido.”A Estrela de Bronze pela bravura

de Shyab foi autorizada em 1968, após salvar a vida de muitos soldados ame-ricanos e ficar ferido durante combate na montanha Chu Moor, perto da trilha Ho Chi Minh, no Vietnã. Nessa batalha, trinta homens foram mortos, setenta ficaram feridos e quinze foram evacuados da montanha, disse Shyab.

“Cerca de uma hora antes de ter sido atingido, li a Bíblia e fiz minha meditação”, lembra-se Shyab, que serviu como médico. “Então orei ao Senhor e disse: ‘Não posso salvar a mim mesmo. Não vou sobreviver a menos que Tu me protejas. Se for da Tua vontade, vou dedicar minha vida ao Senhor e me tornar um professor’.”

Quando saiu da trincheira, Shyab ouviu uma explosão, sentiu seu braço amortecer e pensou tê-lo perdido para sempre. Quando olhou para baixo, o braço ainda estava lá. Shyab disse que o soldado que o levou para o helicóptero, não conseguiu chegar de volta à sua trincheira. Shyab foi ferido em ambos os braços e pernas e foi levado para um hospital no Japão. Quando saiu de lá, faltava menos de um ano para completar o serviço militar. Durante

esse período ele trabalhou em um pronto-socorro em Frot Belvoir, na Virgínia (EUA).

Após se formar em Educação no Columbia Union College (atual Washington Adventist University) em Takoma Park, Maryland (EUA), Shyab cumpriu a promessa feita a Deus

naquela trincheira em 1970, e começou sua carreira de professor. Ele lecionou no Tennessee, Pennsylvania, Georgia e Virgínia.

“Ter ido ao Vietnã me ajudou a manter a disciplina nas minhas aulas e me ensinou a ter empatia. Tornei-me, também, uma testemunha. Ainda tenho a Bíblia que tinha no Vietnã, manchada com meu sangue e com um pedaço de estilhaço. Eu a levo para as salas de aula e falo sobre o amor e proteção de Deus.”

Shyab se aposentou em 2008 após lecionar por 16 anos na Escola John N. Andrews, em Takoma Park, Maryland.

“Para mim, cada dia é um presente e uma oportunidade de fazer a vontade do Senhor e ser Sua testemunha. Servir no Vietnam tornou minha vida melhor, por isso sou tão grato todos os dias.”

Na cerimônia Mikulski disse: “Nós o homenageamos e ao fazê-lo homena-geamos a todos os que serviram nossa nação no Exército dos Estados Unidos.”

Alan DeSilva, pastor da Igreja Adventista de Takoma Park, disse ser um privilégio participar de tal ceri-mônia. “Conheço Charlie há dezesseis anos. Ele é um cristão fantástico. Fiquei impressionado com um de seus discur-sos e como ele testifica do Senhor. Ele é um excelente exemplo do sacerdócio de todos os crentes.”– com reportagem da Imprensa das Forças Armadas Americanas

N O T í C I A S D O M u N D O

Reportagem: Taashi Rowe, União de Columbia; Terri Moon Cronk, Assessoria de Imprensa das Forças Armadas Americanas; e, equipe da Adventist World.

por Serviço sem Armas Homenageado

Adventista é

Charles Shyab, médico reformado do Exército Americano, recebe a Estrela de Bronze

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V I S Ã O M U N D I A L

Retornando à experiência de Jesus registrada em Mateus 14, permita-me compartilhar com

você, minha segunda grande preocu-pação com a igreja atual: a necessidade de estarmos unidos em Cristo para

terminar Sua obra na Terra.Mateus 14:15 mostra que, enquanto

as milhares de pessoas estavam sendo alimentadas espiritualmente por Jesus, esqueceram-se de comer alimento para o físico. A noite chegou e os discípulos insistiam com Jesus para que ordenasse ao povo que fosse comprar comida.

Jesus, porém, tinha lições importan-tes para ensinar aos discípulos e para nós hoje. Ele disse: “Dêem-lhes vocês algo para comer” (verso 16) – desa-fiando os discípulos a reconhecer sua constante dependência de Deus e não neles mesmos. Infelizmente, eles perde-ram o foco. Tinham planos egoístas que impediam que o poder de Deus agisse plenamente na vida deles. Eles respon-deram que tudo o que estava disponível eram cinco pães e dois peixes.

Jesus disse simplesmente: “Tragam-nos

aqui para Mim.” Nunca se esqueça do que Deus pode fazer com muito pouco se o submetemos aos Seus planos e não às nossas ideias obstinadas. Ele tomou aquele pequeno lanche, olhou para o céu reconhecendo de onde vêm todas as

bênçãos, abençoou o alimento e come-çou o incrível milagre da multiplicação, alimentando vinte mil pessoas. Deus é o Deus do impossível! Ele pode realizar tudo com nada se tivermos fé que Ele fará.

Planos Frustrados

Após o milagre, aquela grande mul-tidão, incluindo os discípulos, iniciou um movimento para coroar Jesus como rei, por achar que era o momento – Ele podia suprir todas as necessidades e conquistar os romanos que tanto odia-vam! Mas Jesus percebeu o que estava acontecendo e ordenou aos discípulos que entrassem no barco e fossem para o outro lado (verso 22). Sabia que se O proclamassem rei, Sua missão de salva-ção e humilde submissão na cruz não seria realizada.

Os discípulos não podiam crer. Cristo estava frustrando seus planos! Ele estava mudando a percepção que tinham de poder e eliminando a opor-tunidade que teriam de mudar de status.

Desgosto e desunião cresceram no coração deles. Começaram, então, a du-vidar de que Jesus fosse o Filho de Deus. Ficaram cheios de rancor e desconfiança.

Esses discípulos egoístas teriam que ser levados à total dependência, humil-dade e submissão a Cristo. Só assim po-deriam ser discípulos realmente eficazes e experimentariam a unidade espiritual.

Cheios de maus pensamentos e dúvidas, os discípulos finalmente entraram no barco. Ao iniciar a tra-vessia do Mar da Galileia, tinham o coração cheio de dissensão, desunião e desejos egoístas. A nobre obra de salvar pessoas, necessária para a igreja cristã primitiva, nunca obteria sucesso com tal espírito egoísta.

Você e eu também estamos sujeitos à tentação de pensar que nossos planos são melhores do que os planos de Cristo. Somente o amor, justiça e poder santificador do Salvador poderá nos levar à unidade e a cumprir a oração de Cristo em João 17.

O Poder da Oração

“Tendo despedido a multidão, subiu sozinho a um monte para orar” (Mt 14:23). Jesus sabia que o verdadeiro poder não viria pelo ato do povo acla-má-Lo rei, mas do período tranquilo que gastava em oração com o Pai celestial. É desse mesmo lugar que nosso poder virá – um tempo tranquilo com o Senhor, estudando a Bíblia, lendo o Espírito de Profecia e em oração individual.

Do topo daquela montanha, Cristo podia ver seus discípulos e o Mar da Galileia. A mente deles estava cheia de trevas espirituais. Cinismo, ceticismo, desconfiança e independência egoísta intoxicava a todos. Se não controlados, esses sentimentos podem levar as pessoas

O artigo a seguir é a última parte do sermão pregado no sábado, 13 de outubro de 2012, durante o Concílio Anual da AG. A primeira parte foi publicada na edição de janeiro. – Os Editores

Deus está no ControleParte 2

Duvide:Nunca Por Ted N. C. Wilson

8 Adventist World | Fevereiro 2013

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Você e eu devemos fazer parte do movimento Adventista vitorioso que trabalha em harmonia com Suas instru-ções, como fizeram os que formaram a igreja cristã primitiva.

“A ordem que foi mantida na primitiva igreja cristã, possibilitou-lhes avançarem firmemente como bem disciplinado exército, vestido com a armadura de Deus. Os grupos de crentes, se bem que espalhados em um grande território, eram todos membros de um só corpo; todos se moviam em concerto e em harmonia uns com os outros. Ele requer que o método e a ordem sejam observados na adminis-tração dos negócios da igreja hoje, não menos do que o foram nos antigos tempos” (Atos dos Apóstolos, p. 95, 96).

a uma falsa racionalização e autoenga-no. Isso aconteceu com os discípulos e também pode acontecer conosco.

Cristo, em Sua compaixão, preparou uma tempestade especial para tirar a mente dos discípulos para fora de si próprios e colocá-la num ambiente de humildade onde Ele pudesse outra vez falar com eles claramente. Muitas vezes, Deus faz isso conosco quando estamos avançando na direção errada.

Uma Tempestade Compassiva

Na terrível tempestade no Mar da Galileia, os discípulos tentaram de tudo para se salvar, mas ela era tão forte que se resignaram a morrer. Quando final-mente se humilharam, reconhecendo que não podiam salvar a si mesmos, Jesus foi ao encontro deles. Nunca pense que pelo esforço próprio seremos capazes de salvar a nós mesmos; pre-cisamos depender constantemente de Cristo e da Sua justiça para a salvação e instrução. Nosso futuro trabalho na missão do movimento adventista é ba-seado na humildade e reconhecimento de que devemos nos unir e não agir unilateralmente ou independentemente como os discípulos tentaram fazer. Para uni-los, o Mestre precisou tranquilizá-los e conscientizá-los de Seu papel como Salvador.

“Dirigiu-Se a eles, andando sobre o mar. Quando o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram: ‘É um fantasma!’ E gritaram de medo” (versos 25, 26). Você pode imaginar sua surpresa quando ouviram as palavras “Coragem! Sou eu. Não tenham medo!”

Pedro respondeu: “Senhor, se és Tu, manda-me ir ao Teu encontro por sobre as águas” (verso 28). Você pode imagi-nar o choque de Pedro quando ouviu Cristo dizer: “Venha”?

Imagino que Pedro estivesse pensan-do que de um modo ou de outro ele iria morrer, então por que não tentar? Posso vê-lo olhando para o mar, segurando-se

no barco e colocando um pé para fora. Não afundou. Ele colocou o outro pé e soltou o barco. Ele estava em pé sobre a água – algo que os seres humanos não fazem! Ele olhou para Cristo e começou a caminhar sobre a água. Impossível! Incrível!

Feliz, consigo mesmo, Pedro olhou para trás, para seus amigos. Ele tirou os olhos de Jesus e começou a afundar. Quão frequentemente contamos com a autoconfiança em lugar de man-ter humildemente nossos olhos em Cristo?

Quando estava afundando, Pedro gritou: “Senhor, salva-me!”

Jesus poderia ter dito: “Pedro, você tem muito que aprender. Acho que antes de ajudá-lo vou deixar você afundar umas duas vezes.” Mas, não, a Bíblia diz que “Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou” (verso 31). Nós servimos ao Salvador que nunca dorme enquanto trabalha, nunca está longe e está sempre pronto para ajudar imediatamente.

Jesus tirou Pedro da sua situação egoísta e caminharam juntos de volta para o barco. Ao entrarem no barco, o vento cessou. O Deus Criador que comanda o vento, o mar e o uni-verso, estava no controle. Os discípulos, que recentemente haviam duvidado da divindade de Cristo, agora humilhados, curvaram-se em completa submissão, dizendo: “Verdadeiramente Tu és o Filho de Deus” (verso 33).

Deus está no Controle

O Deus do universo estava no controle da situação. Ele está no controle de Sua igreja hoje. É dEle o controle do seu e do meu coração? Ellen White escreveu: “Unicamente compreendendo a própria fraqueza e olhando firmemente para Jesus, podemos caminhar com segurança” (O Desejado das Nações, p. 382).

Fevereiro 2013 | Adventist World 9

a r t e p o r J a M e s t i s s o t

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V I S Ã O M U N D I A L

Ted N. C. Wilson é presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

que ela há de ser firmemente estabe-lecida, robustecida e consolidada […] Os que receberam a unção do Céu, em todos os seus esforços incentivarão a ordem, a disciplina e unidade de ação, e então os anjos de Deus poderão co-operar com eles. Mas nunca […] esses mensageiros celestes sancionarão […] a desorganização e a desordem. Todos estes males são o resultado dos esforços de Satanás para enfraquecer-nos as forças, destruir-nos a coragem e evitar a ação bem-sucedida […] Ele estuda e faz esforços para levar os cristãos professos o mais longe possível da disposição ordenada por Deus; portanto, engana até o povo professo de Deus, e faz-lhes crer que a ordem e a disciplina são inimigas da espiritualidade […] Foi-me mostrado que a obra especial de Satanás é introduzir os homens a crer que Deus lhes ordena agirem por si mesmos, e escolherem seu caminho, independen-temente de seus irmãos […] se, então, os corações forem dóceis, não haverá divisão entre nós” (p. 27-30).

Os Desafios Virão

O movimento Adventista tem muitos desafios à frente, muito maiores do que todos os que enfrentamos atual-mente. Humanamente falando, parece impossível prever vitória para a igreja de Deus. Felizmente, porém, não pre-cisamos depender do poder humano. Jesus Cristo vencerá o pecado e vitorio-samente conduzirá Seu povo através de provações e desafios inimagináveis em Seu nome e para a Sua glória!

O Espírito de Deus está poderosa-mente dirigindo esta igreja em direção ao seu último e alto clamor para o mundo como um movimento singular. O testemunho pessoal dos membros da igreja, como Deus tem guiado sua vida e como eles têm compartilhado a mensagem com outros, é extraordinário! As pessoas estão animadas e a igreja está avançando – não por meio de

esforços humanos, mas pelo poder do Espírito Santo!

Unidade, Unidade, Unidade

Apelo a cada um para que sejamos unidos para glorificar a Jesus e procla-mar a justiça pela fé; unidos para levar às pessoas a poderosa Palavra de Deus como está escrita; unidos em nossas crenças bíblicas; unidos no Espírito de Profecia; unidos em fervorosa oração; unidos para anunciar a mensagem do santuário; unidos para proclamar as três mensagens angélicas; unidos no reavivamento e reforma pelo poder de Deus; unidos para pedir a chuva serô-dia; unidos para distribuir O Grande Conflito; unidos na missão para as cidades; unidos em aceitar a mensagem celestial da reforma de saúde; unidos, trabalhando como coletivamente concordamos em agir sob a direção de Deus; unidos em submissão, humildade e respeito diante do Senhor e uns dos outros; unidos em viver diariamente o ministério de Jesus em serviço amoroso pelos outros; unidos na crença de que a Igreja Adventista do Sétimo dia é a igreja remanescente de Deus; unidos na men-sagem celestial profética encontrada na Bíblia e no Espírito de Profecia; unidos no amor e na graça de Cristo; unidos na grande missão confiada aos adventistas do sétimo dia para “contar ao mundo” que os últimos dias da história da Terra estão se desenrolando diante de nós e unidos em proclamar ativamente a se-gunda vinda de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo – Ele em breve voltará!

Avancemos unidos na missão de Deus, em Seu amor, Sua Palavra, Sua justiça e Sua paz. ■

Deus pode fazer tudo do nada se tivermos fé que Ele o fará.

Ao buscarmos a unidade da igreja, temos um maravilhoso conselho: “É a palavra do Deus vivo que deve decidir todas as controvérsias. Quando o homem mistura sua própria sabedoria com as verdades da palavra de Deus, dando verdades contundentes aos que estão em desacordo com eles, mostram que não têm uma reverência sagrada

para com a inspirada palavra de Deus.” (The Ellen G. White 1888 Materials, p. 45).

Às vezes agimos unilateralmente e com independência, tentando manter a maneira própria em lugar de traba-lharmos juntos. O chamado de Cristo é para que nos unamos e concentremos na missão da igreja, mesmo quando não concordamos com tudo o que a igreja vota. A igreja de Deus é maior do que nossas opiniões individuais.

Instruções para a UnidadeNo livro Testemunhos para Ministros

e Obreiros Evangélicos há um lindo texto sobre unidade e seu resultado na missão da igreja. Veja esses conselhos que falam a todos nós como povo de Deus:

“Ninguém acaricie o pensamento de que podemos dispensar a organização […] Em nome do Senhor declaro-vos

10 Adventist World | Fevereiro 2013

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S A Ú D E N O M U N D O

Nosso sangue tem muitas funções. Uma delas é garantir a normali-dade da circulação para que pos-

sa realizar as outras funções: transportar oxigênio e dióxido de carbono, levando nutrientes e produtos metabólicos para todo o corpo e garantir que os hormô-nios sejam levados até o local de ação.

O sangue também repara as células sanguíneas deterioradas e previne o sangramento; ao mesmo tempo, não sendo muito “coagulável”, a ponto de fechar os vasos maiores. Isso resultaria em trombose coronária, ou em coá-gulo nos vasos do coração. O derrame cerebral também pode acontecer como resultado de coágulos.

O coágulo comumente é formado nas veias grandes da parte inferior da perna. Quando isso acontece, normal-mente o paciente sente dor na barriga da perna, ela fica inchada e com as veias dilatadas. Uma perna pode também ficar mais quente do que a outra.

Tal evento é problemático, mas ele provoca um risco ainda maior. Se o coágulo se dividir em pedaços, pode ser levado pelo sangue até o coração, e daí bombeado para as artérias do pulmão. Isso provoca o bloqueio do suprimento de sangue para os pulmões e reduz a eficiência da respiração. Um coágulo grande pode bloquear todo o pulmão e matar o paciente em até dois minutos.

A coagulação é bem mais provável

de ocorrer quando o fluxo de sangue é lento ou estagnado. Isto significa constrição do fluxo e pressão nas veias. Pacientes acamados e inativos estão mais sujeitos aos coágulos.

Há ainda outras causas que provo-cam lentidão do fluxo nas veias. Você não diz se é homem ou mulher, mas gravidez, com o crescimento do útero, pode diminuir o fluxo de sangue como também os tumores pélvicos. Pílulas anticoncepcionais e cânceres também aumentam a possibilidade de coágulos no sangue. Mulheres com reposição hor-monal também têm o risco aumentado.

Veias danificadas por antigas lesões esportivas, longas viagens de avião em que a pessoa não movimenta muito as pernas, tudo isso deve ser levado em con-ta, além de partos e cirurgias recentes.

Mas se você tem apenas 42 anos de idade, deve haver alguma causa mais. Pessoas com tromboses recorrentes, história de trombose na família, ou coágulos em lugares incomuns como hepático, ou venoso, pode ter um fator genético em ação. Esse problema heredi-tário que pode estar fazendo seu sangue coagular facilmente pode ser estudado.

O uso do ultrassom é muito útil no diagnóstico de problemas venosos; quanto menor a veia mais difícil de ser detectada no ultrassom. O melhor exame para coágulo sanguíneo é o venograma, durante o qual contraste é

injetado e tiram fotografias para mos-trar a arquitetura venosa.

Tomar um anticoagulante, comu-mente chamado de “afinador do san-gue”, é o tratamento usual. Isso bloqueia parcialmente o mecanismo do coágulo, que deve ser constantemente observado para ter certeza de que o sangue conti-nua com sua capacidade de coagulação. É por isso que você tem feito os exames de sangue: para certificar-se de que está obtendo o efeito necessário, não exage-rado. Após uns seis meses, seu médico talvez o libere do anticoagulante.

Depois disso, alguns médicos prescrevem tomar uma aspirina dia-riamente para diminuir a viscosidade das plaquetas. Você deve tomar muita água para prevenir que seu sangue fique muito concentrado. A atividade física é essencial, porque os músculos apertam as veias e ajudam a empurrar adiante o sangue. Se você tem que viajar muito, so-licite um assento no corredor e se levante frequentemente para andar e alongar.

Sugerimos que discuta alguns dos itens que abordamos com seu médico, pois nosso espaço dá para cobrir apenas os pontos mais importantes. ■

Allan R. Handysides, médico ginecologista, é diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor associado do Departamento de Saúde da Associação Geral.

TromboseVenosa Profunda

Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless

Viajo frequentemente devido ao trabalho, e faz alguns meses, tenho sentido muita dor nas pernas. Meu médico diagnosticou trombose venosa profunda. Tomo remédio para afinar o sangue e faço exame de sangue a cada duas semanas. Será que esse é um problema crônico? Tenho 42 anos de idade.

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A história de Noemi está repleta de situações estressantes que também são enfrentadas por

muitas famílias modernas. Como mui-tos de nós, Noemi precisava ter visão clara de um Deus compassivo que nos ama imensamente e que Se importa quando enfrentamos dificuldades.

Uma Vida Estressante Aqui estão os números das situações

enfrentadas por Noemi, de Belém. Você pode se identificar com algumas – mas espero que nem todas.

1. Fome (Rt 1:1): Muitas famílias vivem sem ter como suprir suas necessi-dades básicas. Atualmente, mais de 800 milhões de pessoas passam fome,1 e 1% da população mundial mais rica vive com a mesma quantidade de recursos que os 57 por cento mais pobres.2 Está claro que poucos têm muito e muitos têm quase nada. O paradoxo na família de Noemi é que eles tiveram de deixar Belém, que significa “casa de pão”, para procurar alimento em outro lugar.

2. Mudança (Rt 1:1): É estimado que cerca de 214 milhões de pessoas migraram para outros países em 2010, o que significa que em cada 33 habitantes no planeta um se mudou em 2010.3 Os membros da Igreja Adventista não estão isentos a essa realidade. Muitos deixam

te em pais que deram tudo de si para seus filhos que agora estão ausentes.

5. Perda dos filhos (Rt 1:5): A perda de dois filhos certamente causou muito sofrimento a Noemi. Se alguém perde os pais, torna-se órfão; se uma mulher perde seu esposo, torna-se viúva – no entanto, a perda de um filho não tem nome. Noemi sofreu essa dor sem nome. Esperamos que os filhos enter-rem seus pais, não o contrário. Entre-tanto, a vida nem sempre é lógica.

6. Preocupações, solidão e velhice (Rt 1:12): Noemi deve ter tido muitas dúvidas. Ela teve que enfrentar a difícil experiência de viver com o silêncio de Deus. Além disso, Noemi agora estava velha e suas opções de vida eram limi-tadas. Enfrentar as dificuldades da vida quando se tem a força da juventude não é a mesma coisa de quando já se está cansado com o peso dos anos. Foi a essa altura na narrativa, que Noemi decidiu voltar para Belém – uma viagem arris-cada para uma mulher sozinha. Imagine sua chegada à sua terra natal, repetindo sua triste história para a família e para os amigos.

Que contraste entre o que ela espe-rava que acontecesse e o que aconteceu! Noemi partiu com a família e voltou sozinha. Deixou Belém na esperança de encontrar uma vida melhor e retornou

sua terra natal em busca de melhores oportunidades. A família de Noemi representa todos os que tiveram que se estabelecer em um contexto cultural e religioso diferente, sem um grupo de apoio. Se enfrentaram dificuldades, tiveram que enfrentá-las sozinhos.

3. Viuvez (Rt 1:3): Estudos mostram que a perda do cônjuge é um dos maio-res fatores de estresse na vida. Noemi sentiu a solidão da viuvez numa socie-dade dominada por homens, onde os maridos tomavam conta da segurança do lar. Depois da morte do seu esposo, ela teve que educar os filhos, desempe-nhar o papel de mãe e pai. Infelizmente, essa é uma realidade comum em nossos dias e que requer nossa atenção. Como muitas famílias hoje, a família de Noemi tinha que viver como podia, não como gostaria.

4. Vivendo a síndrome do “ninho vazio” (Rt 1:4): É lei da vida que nossos filhos venham e vão, aparentemente de um dia para outro. É isso que espe-ramos da vida; isso faz parte do cres-cimento. Entretanto, não significa que não iremos sofrer pela ausência deles. Um quarto perfeitamente arrumado e limpo pode evocar memórias do baru-lho e desordem causados pela presença de nossos filhos. Essa situação muitas vezes é fonte de depressão, especialmen-

FéEterna

Por Jorge Iuorno

Como sobreviver a situações estressantes

D E V O C I O N A L

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com uma história trágica. Partiu como Noemi, que em hebraico significa “doce”, e retornou como Mara, que significa “amarga” (Rt 1:20, 21).

Um Raio de Esperança Rute, a nora moabita de Noemi, ha-

via sofrido perdas similares: ela sofreu com a morte do marido e se sentiu inse-gura em relação ao futuro. Contudo, decidiu não deixar sua sogra, declarando numa impressionante profissão de fé: “seu povo será o meu povo, e seu Deus será o meu Deus” (verso 16).

De certa forma, Rute e Noemi representam aqueles que, com a ajuda de Deus, enfrentam da melhor maneira possível, as provações e dificuldades da vida. Em lugar de se tornarem cinica-mente amargas, elas continuaram viven-do, amando e encontrando satisfação e alegria em servir a outros. Elas demons-traram que a fé é a chave para estabelecer resiliência emocional e espiritual.

Enquanto Rute cuidava de Noemi, respigando no campo, ela encontrou Boaz, que ficou impressionado com a atitude da jovem viúva. Boaz ofereceu água e proteção a Rute; ele dividiu seu alimento com ela, a incentivou, a livrou do desconforto e lhe deu a oportunida-de de ajudar-se a si mesma (Rt 2:9-17).

À noite, quando Rute contou as

estava a semente do futuro Redentor, nosso Senhor Jesus. Obede seria o avô de Davi e da linhagem de Davi viria o Salvador da humanidade.

Em meio às nossas perdas e tra-gédias pense por um momento em Noemi balançando Obede em seu colo, confiando que o futuro estava seguro, graças a um redentor. Aqui vemos que a fé pode permanecer em face às provações e à dor.

Jesus compreende nosso sofrimento, pois Ele também foi “experimentado no sofrimento” (Is 53:3, NVI). Ele quer restaurar nosso coração, curar nossas dores e trazer paz e esperança aos corações feridos. ■

1 Compare o relatório das Nações Unidas no site www.un.org/apps/news/story.asp?NewsID=43235&Cr=food+security&Cr1.2 Veja “From Left Business Observer”, www.marxmail.org/facts/inequality.htm.3 World Migration Report 2010 (International Organization for Migration); www.iom.int/cms/en/sites/iom/home/ about-migration/facts--figures-1.html.4 Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 327.5 Perceba que quando os vizinhos de Ruth 4:17 declaram que Obede é filho de Noemi, estritamente falando ele nem era seu neto.

bênçãos para a sogra, Noemi identifi-cou Boaz como remidor (verso 20). O termo hebraico significa “redentor”.

A história de Noemi e Rute nos lem-bra que Deus compreende as necessi-dades das famílias. Em Sua providência Deus ofereceu um redentor (goel) para Rute e Noemi. E Ele também proverá um redentor (goel) para as dores de sua família. Boaz, como redentor (goel), tornou-se um tipo de Cristo, como menciona Ellen White: “A obra de nos redimir a nós e a nossa herança, perdi-da por causa do pecado, recaiu sobre Aquele que nos é “parente chegado”. Foi para resgatar-nos que Ele Se tornou nosso parente. Mais achegado que o pai, mãe, irmão, amigo ou noivo é o Senhor nosso Salvador.”4

Finalmente, Rute pede a Boaz que assuma sua reponsabilidade como redentor (goel) e a redima. De bom grado, Boaz faz de Rute sua esposa.

Final FelizEm seguida, encontramos Noemi

responsável por tomar conta de Obede, o filho de Rute.5 Grande contraste: àquela que perdera tanto deram uma criança para cuidar. Sua face sulcada por tantas rugas, seus olhos acostuma-dos à sombra das lágrimas, agora bri-lham com esperança. No colo de Noemi

Jorge Iuorno, D.Min., é professor de teologia na Universidade Adventista del Plata, Argentina.

Em meio às nossas perdas e tragédias pense por um momento em Noemi balançando Obede em seu colo.

Como sobreviver a situações estressantes

i L L U s t r a ç ã o p o r B r e t t M e L i t i Fevereiro 2013 | Adventist World 13

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C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

O poder das histórias sempre me impressionaram.

Sempre valorizamos os professores que não apenas conheciam bem sua matéria, mas que eram capazes de comunicar seu conhecimento. No meu caso, lembro-me dos que eram bons contadores de histórias. Posso ter esquecido grande parte das datas, fórmulas ou teorias, mas as histórias permanecem na memória.

Jesus conhecia o poder das histórias e, geralmente, usava parábolas para abordar um assunto. Afinal, Jesus não estava inte-ressado em novas técnicas de semeadura ou nos melhores métodos de cuidar da lavoura. Ele desejava comunicar verdades espirituais que muitas vezes continham conceitos incompreensíveis e surpreen-dentes, por isso usou imagens faladas. Como mencionado por Ellen White: “O desconhecido era ilustrado pelo conhe-cido; sagradas e divinas verdades, pelas coisas naturais e terrestres, com as quais o povo se achava mais familiarizado.”1

ContextoTrês das parábolas mais conhecidas

contadas por Jesus estão registradas em Lucas 15. Em Lucas 14:25-35 encontramos Jesus cercado por gran-des multidões. O Mestre fala sobre o custo do discipulado usando diferentes imagens. Família, e até os pais, têm que estar em segundo lugar (versos 26 e 27); o construtor deve fazer um plano financeiro de longo prazo (verso 28); um rei deve considerar os custos de realizar uma guerra (versos 31 a 33); o sal deve permanecer salgado (versos 34 e 35). No final dessa sequência de imagens, Jesus anuncia: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (verso 35).

A próxima cena é importante: Lucas declara que os coletores de impostos e pecadores (!) estavam se acotovelando

deixaria as 99 ovelhas para encontrar apenas uma que estava perdida? A explicação de Jesus no verso sete nos dá uma dica: O céu se alegra sempre que um pecador se arrepende, e os outros 99 podem não sentir necessidade de mudança. Você pode imaginar o espanto dos fariseus naquele momento?

A história da moeda perdida aborda diferentes aspectos. Dessa vez, Jesus eleva o fator de perda para dez por cento. Contando seu tesouro em moedas de prata – provavelmente parte de seu dote – a mulher descobre que uma moeda está perdida. A moeda era equivalente a dez salários de um trabalhador diarista, num dia de chuva. A mulher ainda tinha noventa por cento, mas começa a procurar freneticamente. Ela acende uma lamparina em plena luz do dia, para procurar em todos os cantos da casa. Quando finalmente encontra a moeda, ela chama os amigos e vizinhos e compartilha a boa notícia (verso 9).

1, 10, 50Quando Deus Corre ao redor de Jesus, para ouvi-Lo. Eles entenderam o convite, ao passo que os fariseus e doutores da lei murmuravam em desaprovação (Lc 15:1, 2).

Sabendo de tudo isso, Jesus conta uma história – na verdade, três histó-rias, todas relativas ao mesmo assunto. Todas seguem o mesmo padrão: alguém perde algo, procura desesperadamente, encontra e comemora – fim da história.

Ovelhas, Moedas e Pródigos Primeiro, há um pastor que, per-

cebendo que uma ovelha se perdeu durante o período mais quente do dia, deixa as 99 ovelhas para procurar a perdida. Você alguma vez já questionou a viabilidade de o pastor aparentemente decidir ignorar as 99 ovelhas e se con-centrar na que estava perdida? Alguns dos meus amigos com tino para negó-cios, dizem que perder um por cento da produção, na verdade, representa uma média muito boa. Por que o pastor

Por Gerald A. Klingbeil

N Ú M E R O 1 0

14 Adventist World | Fevereiro 2013

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A mulher investe pesado (lembre que não havia eletricidade e a lamparina a óleo era muito dispendiosa!) para encontrar seu tesouro; então ela divide sua alegria com sua comunidade. Mais uma vez Jesus relembra Seu público que um pecador que se arrepende causa muita alegria nas cortes celestiais.

A última história é ainda mais surpreendente. Dessa vez o público deve ter engasgado ao compreender que, dos dois filhos, o mais novo (não o mais velho) foi até o pai para exigir sua herança. Aquilo era algo que simples-mente ninguém fazia. Mostrava grande falta de respeito e era vergonhoso. Você sabe a sequência da história. O jovem saiu de casa, viveu dissolutamente e, finalmente, falido e humilhado, tem que cuidar de porcos para ter direito ao cardápio deles. Por fim, cai em si e decide voltar para casa, não como filho, mas como servo.

alegrar-nos, porque ele estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado.”

Salvação ParadoxalEssas três histórias podem ensinar

muitas lições. Todas querem nos lembrar de que a salvação requer ajuda externa. Seja ela de um pastor, de uma mulher que freneticamente procura por uma moeda ou de um pai esperando por seu filho: quando estamos perdidos é Deus quem toma a iniciativa de nos salvar (Jo 6:44). Uma vez que reconhecemos nossa situação desesperada, temos que tomar a deci-são de “voltar para casa” e permitir que o Espírito de Deus nos transforme em nova criatura (2Co 5:17).

Na matemática de Deus, 1 % + 10 % + 50 % = 1– aquele que está perdido. A graça salvadora de Deus vai além dos números e probabilidades para as pessoas. Todo o universo está observando a grande disputa pelo destino da humanidade. Cada pessoa encontrada faz com que, mais uma vez, haja ruído de comemoração nas cortes celestiais. Cada decisão contrária causa dor e lágrimas na família do Céu.

Quando Jesus olhou para a multi-dão ao Seu redor que estava ouvindo essas importantes histórias sobre o reino, estava procurando por aqueles que ouviriam e abraçariam a graça de Deus que salva e transforma. Hoje, Ele ainda continua procurando. ■

1 Ellen G. White, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, p. 178.

Em infinito amor e misericórdia, Deus fez com que Cristo, que não conheceu pecado, Se tornasse pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus. Guiados pelo Espírito Santo, sentimos nossa necessidade, reconhecemos nossa pecaminosidade, arrependemo-nos de nossas transgressões e temos fé em Jesus como Senhor e Cristo, como Substituto e Exemplo. Essa fé que aceita a salvação advém do divino poder da Palavra e é o dom da graça de Deus. Por meio de Cristo, somos justificados, adotados como filhos e filhas de Deus, liber-tados do domínio do pecado. Por meio do Espírito, nascemos de novo e somos santificados; o Espírito renova nossa mente, escreve a lei de Deus, a lei de amor, em nosso coração, e recebemos poder para levar uma vida santa. Permanecendo nEle, tornamo-nos participantes da natureza divina e temos a certeza da salvação agora e no juízo. (2Co 5:17-21; Jo 3:16; Gl 1:4; 4:4-7; Tt 3:3-7; Jo 16:8; Gl 3:13, 14; 1Pd 2:21, 22; Rm 10:17; Lc 17:5; Mc 9:23, 24; Ef 2:5-10; Rm 3:21-26; Cl 1:13, 14; Rm 8:14-17; Gl 3:26; Jo 3:3-8; 1Pd 1:23; Rm 12:2; Hb 8:7-12; Ez 36:25-27; 2Pd 1:3, 4; Rm 8:1-4; 5:6-10.) – Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, Nº 10

O pai, por sua vez, espera todos os dias pelo filho. Um dia, ele enxerga uma figura decadente que lentamente se dirige para a casa. A figura tem um aspecto vagamente familiar – sim, ele é o seu filho. A próxima cena é totalmente inesperada. O pai começa a correr em direção ao filho malcheiroso e maltrapilho. O abraço do pai parece durar uma eternidade – finalmente o perdido voltou para casa. Rapidamente foi organizada uma festa e toda a famí-lia comemora – ou seja, quase toda a família. O irmão mais velho, amargo e desconsolado, prefere não participar da comemoração.

Jesus dedica oito versos para nos contar sobre o diálogo entre o pai e seu filho primogênito. Os versos 31 e 32 relatam a parte mais importante: “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu. Mas nós tínhamos que celebrar a volta deste seu irmão e

A Experiência da Salvação

Gerald A. Klingbeil é editor associado da Adventist World.

Fevereiro 2013 | Adventist World 15

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A R T I G O D E C A PA

A Igreja Adventista Hispano-Americana de Decatur- Hartselle, no Alabama, estava caindo aos pedaços. O telhado estava podre. A parede dos fundos estava

toda esburacada e remendada com folhas de metal enruga-do. Um passo em falso e o pé cairia em um dos buracos do assoalho. Na nave da igreja, havia um cabo esticado do topo de uma parede à outra para evitar que o prédio desmoronasse.

A estrutura da igreja nunca esteve em bom estado, mas agora estava ficando perigosa. Alguns invernos antes, o edifí-cio para multiuso construído atrás da igreja havia desabado durante uma tempestade de neve. Algo semelhante possivel-

Acima, à esquerda: Em menos de uma semana, a nova igreja de Decatur-Hartselle foi tomando forma. A igreja tem aproximada-mente 560 metros quadrados e

inclui um salão de festas, salas para os departamentos e a nave da igreja com assentos para 130 a 150 pessoas. Acima à direita: Misael e Hortensia Aguilar posam orgulhosamente na frente de sua nova igreja. Misael foi um dos primeiros membros do grupo de Decatur-Hartselle. Abaixo: Mel Eisele (esquerda), presidente da Gulf State Conference, e Roger Hatch, membro da comissão administrativa da Maranatha e líder do projeto, conferem a planta do prédio da igreja. Destaque: Pastor Davi Huaringa posa onde será a nova nave da igreja. Ele está trabalhando todos os dias ao lado dos voluntários que, segundo ele, são “um exemplo de nobreza porque têm o firme propósito de continuar servindo.”

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mente aconteceria ao santuário.Assim, a congregação de 75 membros começou a orar e a

economizar para construir a nova igreja. Havia muito tempo, eles já estavam separando o equivalente ao salário de uma semana no mês para o projeto. Mas, pelo fato de a maioria ser composta por operários, mesmo os maiores sacrifícios eram pequenos comparados aos custos da construção.

Mesmo assim, o grupo continuou economizando e, mais importante, continuou orando. “Orávamos todas as manhãs, pedindo ao Senhor: ‘Faça um milagre; precisamos de um milagre’”, recorda Hortensia Aguilar, membro da Decatur-Hartselle.

Mal sabiam eles que Deus já estava tomando as providên-cias para responder às suas orações.

Missão para os Estados Unidos Poucos anos atrás, a Maranatha Volunteers International

descobriu que havia um problema. Embora soubessem como atender aos pedidos internacionais de igrejas – um sistema que vinha sendo aperfeiçoado por mais de quatro décadas – havia poucas soluções para igrejas e congregações pequenas na América do Norte. A organização mobilizava voluntários para a renovação de projetos nos Estados Unidos, mas raramente construía uma igreja desde o início. E, diferente dos projetos do estrangeiro nos quais a Maranatha fornece um plano padrão, não existia algo semelhante para a América do Norte.

“As congregações da América do Norte vinham até nós pedindo ajuda, mas não havia um plano definido. Não podíamos ajudá-los. Esse foi especialmente o caso das peque-nas congregações com orçamento limitado”, diz Kyle Fiess, vice-presidente de Marketing e Projetos da Maranatha.

Além do mais, pequenas congregações tinham a tendência

16 Adventist World | Fevereiro 2013

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de mergulhar no processo de construção resultando em gran-des dificuldades financeiras e na paralisação de projetos pelos altos custos com arquitetos. Alguns grupos acabavam ficando com projetos elaborados no papel e um lote vazio na vida real.

“Já vimos isso acontecer várias vezes: igrejas formam comissões, arrecadam dinheiro e acabam gastando todo o seu tempo e dinheiro com um arquiteto que projeta igreja que é ineficiente e muito dispendiosa para construir. Essa realidade motivou a ideia de padronizar um projeto para igrejas peque-nas na América do Norte. Concluímos que podíamos atender a esse nicho e oferecer os serviços para aqueles que têm pouco ou nenhum conhecimento de construção”, explica Fiess.

Assim, os membros da comissão da Maranatha, Ken Caper e Roger Hatck, ambos empreiteiros aposentados, começaram a desenvolver os projetos padronizados. Teria que ser um projeto simples, que pudesse ser facilmente executado por voluntários, mas que não sacrificasse sua função. Mais importante, tinha que ser acessível financeiramente.

Enquanto isso, outra necessidade surgia na América do Norte. O número de membros latino-americanos estava crescendo tremendamente e a população precisava de locais de adoração.

A situação se adequaria perfeitamente com a ideia das igre-jas “econômicas” da Maranatha – evidência do plano divino.

Dores do Crescimento Está havendo uma mudança demográfica nos Estados

Unidos. A população latino-americana está crescendo rapidamente; o censo de 2010 mostrou que o crescimento do grupo alcançou a taxa de 43% entre 2000 e 2010. Os latino- americanos são 16,7% da população dos Estados Unidos, o maior grupo étnico do país.

Essa tendência nacional é refletida no crescimento da Igreja Adventista na Divisão Norte-Americana. Ernest Castillo, vice-presidente da Divisão Norte-Americana (DNA), diz que os latino-americanos já são 17% do total de mem-bros, hoje.

“O número de membros está crescendo ao ritmo de 8 a 10% ao ano. O trabalho com latinos está crescendo rapidamente em toda a DNA”, diz Castilho. Ele relata que houve 15.000 batismos, somente em 2012.

Castilho atribui o rápido crescimento ao ministério dos pequenos grupos. Ele diz que, frequentemente, os membros

América Uma história de mudança, construção e fé

Por Julie Z. Lee

f o t o : L e o n e L M a c i a s

da igreja convidam os vizinhos para assistirem a reuniões evangelísticas de estudo da Bíblia. Há também o componente cultural que facilita o processo. “Nosso público latino é evan-gelístico por natureza”, informa Castillo.

Iniciativas evangelísticas de largo alcance são comuns nas Américas Central e do Sul, e tanto pastores como os membros leigos são zelosos com o evangelismo. Essa perspectiva tem transitado pelas igrejas latinas na DNA. Entretanto, o cresci-mento não acontece sem problemas. Esse crescimento repen-tino criou a escassez de prédios de igreja, e com a cultura de evangelismo latina, há ainda mais frustração por não se ter espaço permanente para pregar o evangelho.

Esse dilema foi especialmente sentido na Southern Union Conference, uma região formada por oito estados. Segundo Jorge Mayer, diretor dos Ministérios Latinos dessa União, há mais de duzentas igrejas latinas na região, mas somente 20% possuem prédio próprio.

Um dos pedidos que chega frequentemente ao meu escritório é: “Como podemos construir uma igreja? Como podemos fazer campanha para conseguir o dinheiro? Preci-samos de um lugar para o culto. Queremos mais atividades. Queremos ministrar para nossas comunidades”, diz Mayer. “As congregações não têm espaço para armazenar alimentos e materiais, e não têm espaço para realizar seminários ou treinamentos regularmente.”

Obviamente, a solução é que as congregações realizem campanhas e consigam o dinheiro para construção do prédio. O problema é que essas congregações não têm dinheiro.

Embora os desafios fiscais sejam comuns para as igrejas da América do Norte, esta situação é única porque o aumento dos membros se dá em grande parte entre os imigrantes, muitos dos quais trabalham em empregos de baixa remuneração.

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A R T I G O D E C A PA

No entanto, a sua pobreza não os impede de doar generosa-mente para a igreja. Porém, na maioria dos casos, ainda não é suficiente.

Planejando uma Estratégia Em 2010, a comissão administrativa da Maranatha percebeu

o crescimento de membros latinos na América do Norte e votou a criação do plano para incentivar a participação em viagens missionárias. A Maranatha entrou em contato com Jorge Mayer e agendou uma reunião na Southern Union Conference.

“Estávamos assentados ao redor da mesa, falando sobre a missão da Maranata, e por que estávamos interessados em trabalhar com essa população. Conversávamos sobre a realização de uma convenção hispano-americana, quando alguém perguntou: ‘Vocês ajudam congregações a construir igrejas nos Estados Unidos?’ Fomos pegos de surpresa porque não esperávamos essa pergunta”. E dissemos: “Claro.”

A resposta da Maranatha mudou o rumo da conversa. Os coordenadores latinos começaram a falar animadamente sobre suas necessidades. Eles enumeraram todos os grupos em sua associação que poderiam receber uma igreja imediatamente.

“Enquanto conversávamos, percebemos que todas as congregações precisavam de prédios pequenos e básicos. Muitos grupos estão localizados em áreas rurais do país onde não há necessidade de prédios requintados ou complicados. Nossa atenção, então, foi direcionada para um conceito de igreja totalmente padronizado e acessível financeiramente”, disse Fiess.

Roger Hatch, membro antigo da comissão da Maranatha, guardou o esboço do modelo e o deixou em segundo plano. Ele estava pronto para atacar o projeto com um novo propósito e mais urgente.

“Tentamos encontrar um modelo viável de igreja e quanto custaria”, diz Hatch, que estava presente na reunião dos coordenadores latinos. “O primeiro em que trabalhamos, com capacidade para 250 a 300 lugares, custaria cerca de 400 a 500 mil dólares. Imediatamente, dissemos que era muito caro; eles não podem pagar tanto. Assim, trabalhamos revisando os nossos planos.”

O alvo, baseado na proposta dos líderes hispano-americanos, era construir uma igreja para aproximadamente 125 a 150 pessoas e manter o preço abaixo de 200 mil dólares. Hatch continuou descartando planos, pesquisando outras igrejas pequenas bem sucedidas e possíveis de serem construídas. Finalmente, ele e a comissão de construção da Maranatha chegaram a uma solução, estimando o custo de 215 mil dólares, usando mão de obra voluntária.

Havia também uma congregação pronta para testar o novo projeto. A congregação de New Albany, no Mississipi, era um grupo itinerante, que se mudava de um local alugado para outro. Felizmente, tinham economizado o suficiente para construir o prédio, e os líderes da União os colocaram em contato com a Maranatha. Em junho de 2012, os voluntários chegaram para começar a fundação da primeira igreja Mara-natha “econômica”. Nas duas semanas seguintes, voluntários e membros locais trabalharam desde o amanhecer até o pôr do sol na construção do prédio.

Enquanto o projeto da New Albany estava em andamento, outra igreja estava orando. No Alabama, a 241 quilômetros de distância, cerca de setenta membros do grupo Decatur- Hartselle ainda estava orando por sua igreja “quase em ruínas”. Outro inverno se aproximava e, com o telhado rachado e paredes caindo, estavam ansiosos e inseguros no prédio. “Em todos os grupos de oração clamamos a Deus dizendo:

DIREITA: Centenas de pessoas comparecem à dedicação da Igreja Hispano-Americana de New Albany,

Mississipi. Poucas semanas depois, a igreja realizou uma campanha evangelística, e dezesseis pessoas foram batizadas. ABAIXO: A Igreja de New Albany

foi a primeira igreja pequena padronizada construída pela Maranatha.

Senhor, dá-nos uma igreja. Dá-nos a igreja que o Senhor merece.”

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‘Senhor, dá-nos uma igreja. Dá-nos a igreja que o Senhor merece. Não queremos mais essa igreja velha’”, diz Aguillar.

Quando ouviram do projeto da New Albany, os membros viajaram até o local para ajudar sua igreja irmã. Chegando a New Albany eles ganharam algo mais: esperança. “Bem, dissemos, ‘Se eles vão construir uma igreja para New Albany, por que não podem nos ajudar também?’” recorda Aguilar.

O pastor David Huaringa teve a mesma ideia. Ele era pastor de ambas as igrejas – Decatur-Hartselle e New Albany – e quando estava no local da construção de New Albany, chamou Hatch à parte para pedir um favor. “O pastor me perguntou: ‘Roger, será que vocês poderiam construir outra

igreja este ano? Nós realmente precisamos de uma igreja’. Quando visitei o grupo compreendi ime-diatamente porque precisavam de uma nova igreja. Aquele foi o início do projeto em Hartselle.”

Ruído de Construção Um lindo dia de outubro, na região agrícola do

Alabama – o céu é azul, a grama verde e os pássaros cantam a trilha sonora num cenário bucólico. O único detalhe fora de lugar é o incessante martelar e o ruído das

grandes máquinas. Esse é o local de trabalho da Maranatha em Hartselle, onde mais de cinquenta voluntários se unem para construir a nova igreja da congregação de Decatur- Hartselle. Em menos de uma semana, com a estrutura pronta, a equipe iniciou a colocação do telhado. Outra semana de trabalho e, a igreja já está quase pronta!

A velocidade na qual está sendo construída tem mais a ver com o número de mãos do que com a planta. A igreja “econômica” da Maranatha pode ser simples, mas tem tudo o que uma congregação necessita: nave, saguão, escritório para o pastor, banheiros, classes para escola sabatina, cozinha e salão de confraternização. Tudo isso é habilmente projetado em 1.828 m².

O pastor Huaringa fica maravilhado com o progresso. “Como igreja poderíamos construr esse prédio talvez em três ou quatro anos. Mas com a ajuda da Maranatha, os mem-bros estão entusiasmados não apenas com o trabalho dos voluntários, mas, sobretudo, pela maneira como a construção avançou rapidamente.”

Ao se espalhar a notícia sobre o projeto, a Maranatha está recebendo mais pedidos de ajuda. Mesmo antes de o projeto de Decatur-Hartselle ser concluído, os líderes da Southern Union Conference solicitaram a terceira igreja para outra congregação latina.

A situação é especialmente urgente na Associação dos Estados do Golfo, região que abrange o Alabama, Mississipi e a península da Flórida. Tanto a Igreja de Decatur-Hartselle como a de New Albany pertencem a essa associação, onde 50% dos batismos anuais são de imigrantes latinos. Mel Eisele, presidente da Associação, tem acompanhado o crescimento astronômico dos membros latinos – de 15 para 2 mil – nos últimos quinze anos, e quer oferecer apoio adequado. Eisele sente que os projetos de construção de

igreja, que precisou do apoio financeiro parcial da Associação, é uma maneira de mostrar incentivo. “Queremos levar a sério a recomendação das Escrituras sobre a maneira de tratar as pessoas que imigram para nosso país. Esse projeto é um re-forço ao nosso apoio – e prova de que não é apenas conversa.”

A declaração de Eisele pode ser considerada ousada num clima nacional onde a imigração é um assunto controverso. Mas ele tem acompanhado a Igreja Adventista que tem se transformado numa família multicultural. “Hoje, mesmo aqui no extremo sul, bem poucas igrejas são completamente de brancos. Em todo o território da Associação, de cada 100 igrejas, devemos ter uma ou duas com população branca. Temos asiáticos, negros americanos, ilhéus e latinos. Somos uma grande mistura. A América está mudando,” diz Eisele. “Enquanto tivermos uma população numerosa de imigrantes, temos que nos concentrar no evangelismo para essas populações.”

Colocando suas palavras em ação, Eisele saiu por um dia dos escritórios da Associação para trabalhar em Hartselle. Ele chegou à construção vestindo jeans e um chapéu. “Nós estamos aqui para evangelizar as pessoas e, para mim, um prédio que irá receber interessados e servir como local para realizar evangelismo, é tão parte do ministério quanto qualquer outra coisa que fazemos. Não é somente construir prédios. É alcançar as pessoas”, diz.

Essa filosofia certamente impactou os membros de New Albany e Decatur-Hartselle. Há esperança em saber que eles têm uma igreja e uma Associação que os apoia. Há, também, nova motivação para devolver em serviço para a obra de Deus.

“Essa experiência tem nos incentivado a compartilhar melhor o evangelho com os outros, servindo melhor à igreja e animando nossos filhos a ser melhores com o Senhor, e entregar tudo, tudo a Ele,” diz Aguillar.

Para Aguilar e seu esposo, Misael, ver o novo prédio se erguer do chão é um sonho! Um sonho americano, de mais de dez anos, quando Misael chegou aos Estados Unidos e começou o grupo. Ele sacrificou várias semanas do seu trabalho assalariado para trabalhar com os voluntários. Todas as manhãs ele se levanta radiante e louvando a Deus pela nova igreja.

“Às vezes meu esposo e eu conversamos sobre quando ficarmos velhos, como vamos nos lembrar de tudo sobre este grupo: a experiência de construir a igreja, as pessoas, a Maranatha”, diz Aguilar, falando com entusiasmo em seu inglês recém- aprendido. Atrás dela, a nova igreja está sendo construída, mais rápido do que jamais poderia imaginar.

“É um milagre!” ■

Julie Z. Lee é a diretora de marketing da Maranatha Volunteers International.

Senhor, dá-nos uma igreja. Dá-nos a igreja que o Senhor merece.”

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A R T I G O E S P E C I A L

Mark Finley, evangelista veterano; Janathan Kuntaraf, diretor do Departa-mento de Escola Sabatina e Ministério Pessoal da AG; Kathleen Duntaraf, es-posa de Jonathan e diretora associada do Departamento do Ministério de Saúde da AG; Charles Haugabrooks, solista, e demais participantes da equipe realizaram uma série evangelística em Manado, Indonésia, de 31 de agosto a 7 de setembro de 2012. Como resultado, houve um extraordinário número de conversões, inclusive do chefe tribal de uma ilha remota. O Hope Channel gravou todo o programa e transmitiu para o país pelo recém-inaugurado canal de televisão. A seguir, estão três notícias do evento enviadas pelo pastor Finley, enquanto estava em Manado. – Os Editores

2 de setembroAs mais calorosas

saudações de Manado, Indonésia! Começamos nossas reuniões evangelís-ticas na última sexta-feira à noite com o Centro de Convenções lotado com milhares de pessoas. Manado é a capital da província do Norte Sulawesi, uma das centenas de ilhas da Indonésia. Mais de 73 mil adventistas frequentam as 450 igrejas da província.

O Adventismo começou aqui em 1921, quando Samuel Rantung, que vivia nesta área, visitou Jacarta. Durante sua longa estada, entrou em contato com a mensagem adventista, recebeu estudos e foi batizado. Quan-do retornou a sua cidade em Norte Sulawesi, todo o povoado queria saber sobre as “bestas de ferro”, referindo-se aos trens de Jacarta. Não há trens nessa região aqui, e o povo nunca viu um. Assim, Rantung convidou as pessoas do povoado para uma reunião especial para ouvir sobre suas aventuras. Mas,

Por Mark A. Finley

Tribo ouve sobre

Jesus em ilha remota.p

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Acima: COMPROMETENDO-SE COM JESUS: Mark Finley e Jonathan Kuntaraf batizam duas das centenas de pessoas que aceitaram a Jesus como seu Salvador, em Manado. Abaixo: MULTIDÃO DE PESSOAS: Cerca de 15 mil pessoas lotaram cada espaço disponível do Centro de Convenção de Manado, no sábado durante série evangelística.

Noticia 1

20 Adventist World | Fevereiro 2013

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interromper o status quo de sua tribo, porém, seu filho aceitou a mensagem em 1995, e hoje é professor na Universi-dade de Manado.

O chefe está agora com 77 anos de idade e voltou a estudar a Bíblia há quatro anos, com o filho do mesmo pastor que estudou a Bíblia com ele há tanto tempo. Ele e sua família viajaram de barco durante uma semana para assistir à série evangelística de Manado, e pediram batismo. Por favor, ore pelo chefe, sua família e seu povo.

Jonathan e Kathleen Kuntaraf, Charles Haughabrooks e eu sentimos o poder de Deus trabalhando todas as noites. Jonathan é o tradutor; Charles está apresentando a música e Kathleen fala sobre saúde.

O povo indonésio nos trata com incrível hospitalidade. As igrejas gastam horas todos os dias preparando nosso almoço. Que alegria fazer parte da família adventista mundial!

5 setembro Acabei de chegar da

reunião desta noite, e me parece que tivemos o maior público até agora. Milhares de pessoas lotaram quase todos os espaços disponíveis no centro de convenção, inclusive os corredores e saguões. Acomodamos os demais, colo-cando telões nas áreas com excesso das pessoas. É emocionante ver as pessoas tão entusiasmadas com Jesus e com a mensagem. Elas estão trazendo seus amigos para as reuniões. O presidente da União do Leste da Indonésia, Noldy Sakul, senta na primeira fila todas as noites e reserva assentos para seus convidados. Outro dia, oito deles com-pareceram à reunião. Nossos membros aqui estão “pegando fogo” por Deus.

O destaque do dia foi o batismo do chefe da ilha. Sua fé foi sendo fortalecida

Por Mark A. Finley

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COMPARTILHANDO A MENSAGEM: Com a ajuda de seu tradutor, Jonathan Kuntaraf (direita), o evangelista Mark Finley compartilha a mensagem do evangelho em Manado, Indonésia.

ele falou sobre outro tipo de besta, as bestas proféticas de Daniel 7 e 8.

As pessoas ouviram com grande interesse e aprenderam sobre profecias e a volta de Jesus. Rantung continuou ensinando as profecias bíblicas, e no fim daquele ano, 21 pessoas foram ba-tizadas e a fé Adventista foi introduzida em Manado.

Nossas igrejas agora estão florescendo aqui, e o número de membros está crescendo. Em Manado temos a União, a Associa-ção e o Centro Médico com 90 leitos. Há, também, uma próspera universi-dade. No sábado, preguei para quatro mil alunos na Igreja da Universidade sobre o Cristo que pode

suprir todas as nossas necessidades. Foi muito bom ver centenas de estudantes, naquela manhã, caminhando para a Escola Sabatina com a Bíblia na mão.

Antes do início do evangelismo, realizei dois dias de treinamento para aproximadamente 120 pastores. Ouvi a história do pai de um dos pastores que há mais de 30 anos encontrou um chefe tribal, que vive com seu povo na ilha remota de Tanimbar. Embora haja 230 mil adventistas no país, milhares de ilhas indonésias não têm nenhuma pre-sença da Igreja. Tanimbar é uma delas.

O chefe e o pai do pastor fizeram amizade e estudaram a Bíblia por

vários anos. Embora o chefe viesse a crer na mensagem adventista,

sua posição de liderança o impediu de abraçá-la

completamente e ser batizado. Ele estava

relutante em

Noticia 2

Fevereiro 2013 | Adventist World 21

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ao longo das reuniões. Ele assumiu seu compromisso com Jesus, e hoje, ele, a esposa, dois filhos e dois netos foram batizados. Foi um maravilhoso programa ao ar livre. O chefe enviou carta para sua grande aldeia explicando que agora ele era Adventista do Sétimo Dia e convidava a todos a considerar as verdades que ele aceitara. Enquanto o batismo era filmado, o chefe olhou para a câmara e se comprometeu a levar o seu povo a compreender a mensagem de Deus para esses últimos dias. Ele está solicitando à nossa organização que envie missionários para ajudar.

Centenas de pessoas que têm assisti-do às reuniões em Manado já tomaram sua decisão de seguir a Jesus por meio do batismo e fazer parte da igreja remanescente. Eles estão se preparando para o próximo batismo. Durante a preparação da série evangelística, outras centenas foram batizadas como resulta-do do ministério dos pequenos grupos.

O Espírito Santo está fazendo algo especial aqui em Manado, e é uma ale-gria fazer parte disso tudo – mas, isso é apenas uma prova do que Deus deseja fazer, e irá fazer, por meio de seu povo pouco antes da volta de Jesus.

8 de setembro Nesta manhã, demos

adeus a Manado e iniciamos nossa jornada de 48 horas de volta para casa. Nossa campanha evangelística no Centro de Convenções de Manado terminou ontem. Quinze mil pessoas lotaram todo o espaço disponível e apinharam-se no exterior do prédio, onde colocamos centenas de cadeiras adicionais para acomodar a multidão. Os carros começaram a chegar ao estacionamento às 6h15 da manhã. Às 8h00 o auditório estava lotado. Quando o prefeito de Manado chegou às 10h00, havia um grande engarrafamento. Milhares de pessoas trouxeram seu lanche e ficaram até

Mark A. Finley serviu como pastor, administrador e evangelista durante 40 anos. Atualmente,

é assistente do presidente da Associação Geral.

Noticia 3

Cerca de duas mil pessoas foram batizadas como resultado da série evangelística em Manado.

p e g g y i s k a n d a r w o w o r

22 Adventist World | Fevereiro 2013

o término do programa às 18h00.Transportamos os candidatos ao

batismo em 15 ônibus, em duas viagens, até o local da cerimônia. Louvamos a Deus pelas pessoas que aceitaram a Jesus como seu Salvador!

Logo após o batismo, retornamos ao centro de convenção para o concerto da tarde e meu último sermão. Mais de trinta grupos musicais e cerca de mil pessoas participaram das apresentações durante as noites das reuniões.

Além das reuniões evangelísticas, nossa equipe conduziu um seminário sobre evangelismo e crescimento da igreja para pastores, participou de duas dedicações de igreja, falou para alunos do ensino médio e universitários, fez várias visitas e, eu me encontrei com autoridades do governo. O prefeito de Manado é amigo dos adventistas. Ele compareceu e falou nas duas dedicações de nossas igrejas e no culto da manhã do último sábado, expressando sua profunda apreciação pelos Adventistas do Sétimo Dia.

Meu sincero desejo e oração é que o Espírito Santo seja derramado com a toda plenitude para que a obra de Deus na Terra logo possa ser concluída e Jesus possa voltar. É para esse fim que conti-nuamos a compartilhar Sua mensagem de amor e verdade.

Que nosso maravilhoso Senhor o abençoe abundantemente, ■

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que lhe dá asas.

Não importa o lugar em que você está

o amor de Deus é tão grande...

tão próximo e pessoal

f o t o s p o r g e r a L d a . k L i n g B e i L

E N S A I O F O T O G R Á F I C O

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D E S C O b R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Percepções de Ellen White sobre o santuário celestial

Por Alberto R. Timm

Um dos temas mais significativos das Escrituras é o santuário. Do ponto de vista histórico, ele flui dos primeiros altares patriarcais até o tabernáculo

mosaico e o Templo de Jerusalém, alcançando seu clímax no sacrifício de Cristo na cruz e Seu ministério sacerdotal no santuário celeste. Da perspectiva teológica, o santuário é a morada de Deus (Ex 25:8; Is 6:1; Ap 11:19), o depositário de Sua lei (Ex 25:16; 31:18; Ap 11:19), e o lugar onde a salvação está disponível a todos os seres humanos (Hb 4:14-16; 1Jo 2:1, 2). Não é de admirar que os primeiros adventistas do sétimo dia viram o santuário como um fator de integração

importante de seu sistema doutrinal.1

Ellen White fala do santuário ter-restre e seus rituais como “compacta

profecia do evangelho”2, e do santuário celestial e seu ministério como “o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens [e mulheres]”3 e “o fundamento de nossa fé”.4 Satanás, porém, odeia essas grandes verdades, e “concebe inumeráveis planos para nos ocupar a mente, para que ela se não detenha no próprio trabalho com que deveremos estar mais bem familiarizados”.5 Portanto, nada deveria tirar nossos olhos de Cristo, como “o autor e consumador de nossa fé (Hb 12:2) e Seu glorioso ministério sacerdotal em nosso favor.

“Assim, os que estavam a estudar o assunto encontraram prova indiscutível da existência de um santuário no Céu. Moisés fez o santuário terrestre segundo o modelo que lhe foi mostrado. Paulo ensina que aquele modelo era o verdadeiro santuário que está no Céu. E João dá testemunho de que o viu no Céu.”7

Com a clara compreensão do santuário celestial como “o grande original, do qual o tabernáculo construído por Moisés era uma cópia”, Ellen White podia argumentar consistentemente que “como o santuário na Terra tinha dois

A Natureza do Santuário Muitos cristãos têm dificuldade de conceber a existência

de um santuário celestial. Para eles, o Céu tem uma dimensão imaterial e espiritual, apenas, como retratado pelos filósofos gregos. Em contraste, a Bíblia fala do Céu real, com a cidade real onde o glorioso santuário-templo de Deus está locali-zado. O livro de Hebreus se refere a essa entidade como “no verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu” (Hb 8:2); o “maior e mais perfeito tabernáculo, não construído por mãos humanas, quer dizer, não desta criação” (Hb 9:11).

Ellen White explica que Deus não apenas apresentou “uma visão do santuário celestial”, mas também deu a ele um “plano”, “uma representação em miniatura do templo celes-tial” como modelo para o santuário terrestre (Ex 25:9, 40).6

RealidadesReconhecendo as

Celestiais

24 Adventist World | Fevereiro 2013

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compartimentos, o santo e o santíssimo, por isso há dois lugares santos no santuário no Céu”.8

O Ministério do Santuário O livro de Hebreus afirma que Cristo começou Seu

sacerdócio oferecendo-Se como sacrifício expiatório sobre a cruz do Calvário pelos pecados do mundo (Hb 8:1-5; 9:11-28).

Tendo oferecido sacrifício completo e perfeito, Ele ascendeu ao Céu e tornou-Se o Sumo Sacerdote “à direita do trono da Majestade nos céus ” (Hb 8:1; cf. Zc 6:13).

Como nosso mediador e advogado, Ele intercede em nosso favor pelos méritos de Seu próprio sangue. O Seu ministério sacerdotal é tão significativo que, nas palavras de Ellen White: “A intercessão de Cristo no santuário celestial, em prol do homem, é tão essencial ao plano da redenção, como o foi Sua morte sobre a cruz.”9 Mas com o final dos 2.300 dias/anos simbólicos de Daniel 8:14, Cristo começou o julgamento investigativo pré-advento (ver Dn 7:9-14; 8:9-14) anunciado em Apocalipse 14:7 como “é chegada a hora do Seu juízo”.

Descrevendo a cena do julgamento, Daniel 7 menciona que “foram postos uns tronos” (verso 9); o trono móvel de Deus possuía rodas como “fogo ardente” (verso 9); e o Filho do Homem [Cristo] foi ao Ancião de Dias [Deus o Pai] (verso 13). Ellen White descreve esse evento como segue: “Vi o Pai erguer-Se do trono e num flamejante carro entrar no santo dos santos para dentro do véu, e assentar-Se. Então Jesus levantou-Se do trono e a maior parte dos que estavam curvados ergueram-se com Ele [...] Então um carro de nuvens, com rodas como flama de fogo, circundado por anjos, veio para onde estava Jesus. Ele entrou no carro e foi levado para o santíssimo, onde o Pai Se assentava.”10 Daniel 7:21-27 explica que o julgamento é, ao mesmo tempo, contra o “chifre” que perseguiu os santos e “a favor dos santos do Altíssimo”.

deviam ser desenvolvidas através de gerações”.11 Assim, na experiência adventista depois de 1844, o estudo sobre o san-tuário “revelou um conjunto completo de verdades, ligadas harmoniosamente entre si”.12

Uma clara visão do santuário celeste nos ajuda a compre-ender melhor a obra de Cristo pela nossa salvação. Ele não apenas revela que no passado Jesus morreu por nossos peca-dos e que no futuro Ele irá voltar outra vez para nos libertar deste mundo pecaminoso; mas também que, no presente Cristo está nos ajudando a vencer o pecado. Por essa razão, Hebreus 4:16 apela: “Acheguemo-nos, portanto, confiada-mente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos miseri-córdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.” E o salmista acrescenta: “Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do Senhor e medi-tar no seu templo” (Sl 27:4).

Todos nós temos que habitar pela fé no santuário celestial de Deus até o glorioso dia quando iremos adorá-Lo “em Seu templo” (Ap 7:15). ■

1 Veja Alberto R. Timm, The Sanctuary and the Three Angels’ Messages: Integrating Factors in the Development of Seventh-day Adventist Doctrines (Berrien Springs, Mich.: Adventist Theological Society Publications, 1995).2 Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 14. 3 ___________, O Grande Conflito, p. 488. 4 ___________, Evangelismo, p. 221. 5 ___________, O Grande Conflito, p. 448. 6 ___________, Patriarcas e Profetas, p. 343. 7 ___________, O Grande Conflito, p. 415. 8 ___________, O Espírito de Profecia, p. 260. 9 ___________, O Grande Conflito, p. 489. 10 __________, Primeiros Escritos, p. 55. 11 __________, The Faith I Live By (Washington, D. C.; Review and Herald Pub. Assn., 1958), p. 194.12 __________, O Grande Conflito, p. 423.

Alberto R. Timm é diretor associado do Patrimônio Literário de Ellen G. White, em Silver Spring, Maryland, EUA.

Uma clara visão do santuário celeste nos ajuda a compreender melhor a obra de Cristo pela nossa salvação.

Percepções de Ellen White sobre o santuário celestialO Significado do Santuário

Alguns cristãos fragmentam a história sagrada em várias dispensações, cada uma com uma mensagem mais distinta da outra. Mas, em lugar de mencionar evangelhos diferentes, a Bíblia fala do “evangelho eterno” (Ap 14:6) e nos alerta contra a aceitação de “qualquer outro evangelho” (Gl 1:6-9). O evangelho eterno flui por meio do modelo do santuário, integrando o desenvolvimento completo do plano da salvação.

Ellen White explica que “ao redor do santuário e seus serviços solenes misticamente reuniu as grandes verdades que

Realidades

Fevereiro 2013 | Adventist World 25

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R E S P O S T A S A P E R G U N T A S b Í b L I C A S

Essa é uma pergunta feita ocasionalmente

por cristãos de outras denomi-

nações. Numa época de racionalismo

e metodologias científicas, é considerado absurdo sugerir

que o profeta/escritor bíblico podia prever eventos que aconteceriam milhares de anos depois. Mas, a Bíblia fornece exemplos abundantes de profecias

de curto e longo prazo que se cumpriram na história.

1. O Deus do Futuro: A data de 1844 tem o propósito de mostrar aos cristãos que o Deus das Escrituras está sempre envolvido em sua história. O método crítico-histórico de interpretação da Bíblia excluiu a atuação divina nas questões humanas, deixando-nos nas mãos de seres humanos e da casualidade natural. Daniel 8:14 e seu cumprimento em 1844 convidam a todos os cristãos a retornarem à Bíblia e às suas profecias apocalípticas para reafirmar que Deus continua ativo no cumprimento de Sua palavra profética na história humana. Essas profecias fornecem um esboço geral da expe-riência do povo de Deus durante a era cristã para ajudá-lo a se localizar dentro do fluxo da história e chamá-lo a se alinhar com o Seu plano divino. A data de 1844 mostra aos cristãos que o discurso do Deus dos deuses não termina no fim do primeiro século, e podemos ouvir Sua voz no cumpri-mento das profecias apocalípticas.

O cumprimento de Daniel 8:14 em 1844 é o anúncio divino para a raça humana, informando que a obra de Cristo no santuário celestial está diretamente relacionada à Sua obra na história terrestre.

2. A Obra Mediadora de Cristo: O ano de 1844, ano em que a profecia foi cumprida, é também um convite aos cristãos para compreenderem os ensinos bíblicos sobre a obra de mediação de Cristo no santuário celestial. Essa verdade bíblica tem sido negligenciada pelo cristianismo em geral. Na tradição católica, a igreja se tornou o santuário celestial e o sacerdote humano foi designado para distribuir a graça de Cristo. Consequentemente, a obra do único Mediador entre Deus e os homens foi obscurecida (1Tm 2:5). Os pro-testantes enfatizaram tanto a cruz que têm tido pouco a dizer

sobre a mediação de Cristo diante do Pai. Frequentemente, Sua mediação é limitada à Sua morte na cruz. O significado tipológico dos ritos do santuário israelita tem sido parcial-mente ignorado. Mas a mediação de Cristo no Céu é tão importante para nós quanto a cruz; não no sentido de que ela complementa a cruz, mas na medida em que Seu poder salvífico é exposto.

3. A Obra de Cristo no Julgamento: O cumprimento da profecia em 1844 mostra ao mundo cristão que o significado tipológico do Dia da Expiação (Lv 16) – Sua obra no julga-mento escatológico – está se cumprindo na mediação de Cristo no santuário celestial. Esse julgamento – já em progresso – resultará na vindicação de Deus e Seu povo e na purificação do universo da contaminação do pecado (Ap 20:11 a 15). O julgamento não é para informar a Deus, mas para revelar a todas as criaturas inteligentes que Ele tratou o problema cósmico do pecado com justiça e amor (Fl 2:9-11; Ap 16:5-7; 19:1, 2). Enquanto esse julgamento está em andamento no Céu, a igreja está ativa na Terra.

4. A Urgência da Mensagem: O cumprimento da profecia em 1844 convida o cristianismo a despertar da letargia espiritual e proclamar a mensagem que preparará o mundo para o retorno de Cristo. O evangelho eterno deve ser pregado no contexto do tempo do julgamento de Deus e dos enganos demoníacos que aumentarão significativamente até o fim do conflito cósmico (Ap 14:6-12; 13:13, 14).

A igreja cristã deve proclamar urgentemente o Salvador crucificado e ressurreto que está no santuário celestial, diante do Pai nos defendendo, e diretamente envolvido na Terra por intermédio do Espírito, em oposição ao último ataque demoníaco contra Deus e Seu reino. O ano de 1844 trouxe à luz um sistema de verdades bíblicas que destemi-damente se opõem aos enganos do inimigo, tornando-se, assim, um instrumento divino para preparar o mundo para a volta de Jesus. ■

Ángel Manuel Rodríguez foi diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral antes de se aposentar.

Por que a profecia de Daniel 8:14,

os 2.300 anos que terminaram em 1844, é importante

para os cristãos?

ProfeciaCumpridas

26 Adventist World | Fevereiro 2013

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E S T U D O b Í b L I C O

A o famoso escritor americano Mark Twain estão creditadas as seguintes palavras: “Eu lido com a tentação, cedendo.” Essa declaração parece ser a norma para

muitos cristãos. Eles aceitaram a Jesus, creem que Ele os salvou, mas ainda lutam contra pecados constantes e são regularmente vencidos pelas tentações de Satanás. É a vida cristã uma constante derrota? É possível vencer a tentação? Se é, como podemos ser vitoriosos? Nesta lição descobriremos as respostas a essas perguntas.

1 Leia Apocalipse 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21. Qual é o tema principal dessas passagens das Escrituras? O que elas têm em comum? O que dizem sobre vitória (ou superação)?O livro de Apocalipse foi escrito para sete igrejas específicas na Ásia Menor, uma grande área geográfica onde está hoje a Turquia. Essas igrejas em Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia enfrentavam enormes tentações e desafios. Cinco das sete receberam repreensões diretas de Deus. Elas estavam infectadas com doenças espirituais mortais.

No entanto, nosso amoroso e poderoso Senhor promete vitória e a habilidade de vencer os ataques do inimigo a cada membro daquelas primeiras congregações cristãs.

2 Leia 2 Coríntios 5:17; Efésios 2:19-22, 3:19, 20 e Judas 24, 25. Que promessas a Bíblia nos faz ao entregarmos a vida a Jesus? Todas essas passagens são incrivelmente animadoras. Quando aceitamos Jesus como nosso Salvador pessoal, o Espírito Santo entra em nossa vida. Recebemos o poder sobrenatural para vencer as tentações de Satanás. Não somos abandonados para lutar sozinhos numa derrota frustrante.

3 Podemos vencer Satanás por nós mesmos? É possível vencer o inimigo sem o auxílio do poder de Jesus? Leia Jó 14:4 e Jeremias 13:23.

4 Leia João 3:1-8. Como Jesus descreve a mudança que ocorreu após a conversão de Nicodemos, homem importante e temente a Deus?

5 Leia Gálatas 2:20. Como acontece essa mudança milagrosa na vida? Quando entregamos a vida totalmente a Jesus, o Espírito Santo toma posse de nós. O resultado é uma união misteriosa e inexplicável com Cristo. Tornamo-nos “novas criaturas” nEle. Somos Sua possessão, sob nova administração, e Ele nos dá uma nova natureza (Rm 6:6-11). Quando recebemos a Cristo nos tornamos filhos e filhas de Deus (Ef 3:15). Ao nos relacionarmos com Ele nos tornamos Suas Testemunhas por meio da oração e do estudo de Sua Palavra e Ele escreve os princípios de Sua lei em nosso coração e mente (Hb 8:10).

6 Leia Efésios 2:8-10. Qual é o resultado prático da maravilhosa graça salvadora de Cristo na vida? O que acontece com o crente que é salvo pela graça? A salvação pela graça tem consequências práticas na vida. Mesmo indo a Jesus do modo como estamos, após nos entre-garmos a Ele, não permaneceremos mais como estávamos. Sua graça nos transforma; tornamo-nos “Sua obra”. Em outras palavras, Cristo realiza mudanças divinas em nossa vida para que dia após dia nos tornemos mais semelhantes a Ele. Essa obra da graça, ou a santificação, não acontece imediatamente. Ao permanecermos em Cristo, somos trans-formados gradualmente à Sua imagem (Jo 15:1-8; 1Jo 3:1-3).

7 Leia Gálatas 5:16-25 e descreva como a vida fica diferente após a conversão, pelo poder do Espírito Santo. Compare as obras da “carne” com o fruto do “Espírito”.É difícil compreender a conversão, e ainda mais difícil é explicá-la. Para ser compreendida, ela deve ser experimentada. Há um poder miraculoso e transformador de vidas no evangelho de Jesus. Há um poder transformador em Sua maravilhosa graça. NEle, não somos mais os mesmos.

Abra seu coração completamente à Sua graça transforma-dora. Se você já entregou sua vida a Ele, entregue-a novamen-te hoje e peça que Jesus continue a obra de transformação em você, a fim de que você seja diariamente transformado à Sua semelhança. ■

Sobre a Tentação

f o t o : a d r i a n v a n L e e n

VıtórıaPor Mark A. Finley

Fevereiro 2013 | Adventist World 27

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Os adventistas do sétimo dia não podem crer na teoria científica da evolu-ção. Como cremos no retorno de Cristo, também cremos na criação em seis dias.

Jörg KralZurique, Suíça

IntercâmbioEu amo ler a Adventist World. Sou fortalecido com seus vários artigos. Trabalho na sede da ADRA em Burkina. A Adventist World me motiva em muitas tarefas.

Alexis MusabimanaBurkina Faso

ApreciaçãoUm cliente assíduo do Adventist Book Center (loja do SELS) na Associação de Quebec, Canadá, vem todos os meses à loja e pergunta se a Adventist World já chegou. Ele gosta tanto da revista que leva cinco cópias para si e para seus amigos. Ele não é adventista.

Sergena ObasLongueuil, Quebec, Canadá

Homem RenovadoEstou agradecido pela inspiradora his-tória de Tammy Zyderveldt “Prisioneiro de Penitenciária Australiana Evangeliza Estudantes com Lições Adventistas” (AW-novembro 2011) sobre o presidi-ário Matthew J. Baronet. Suas palavras: “Em minha opinião, a prisão é um cen-tro de treinamento de Deus e há muito trabalho a ser feito por trás do arame farpado”, tem uma forte mensagem para todos, especialmente para aqueles que ignoram os ministérios nas prisões.

Já estive preso em Malaui por mais de sete anos, e concordo com Baronet: a prisão é um centro de treinamento de Deus. Eu não estava orando, ou me associando com outros, mas fui um an-cião da Igreja Adventista naquela prisão

por dois anos. Estou pronto para trabalhar para Ele em qualquer ministério de Sua igreja.

Boxten T. KudziweMalaui

Ciência e Criação Em relação ao artigo “Maravilhas da Criação” (AW-agosto 2009), a ciência pode observar e explicar o processo natural, mas não o sobrenatural. Se nós assumimos que a criação foi uma intervenção sobrenatural de Deus na história – um milagre – então a ciência não pode explicar isso.

Semelhantemente, a encarnação de Cristo e Seu retorno à Terra não pode ser explicado cientificamente. É fútil tentar confirmar essas crenças pelos métodos científicos. Pela mesma razão, é desnecessário contradizer outras teorias científicas, a teoria da evolução, por exemplo. Cremos que Deus realiza milagres que simplesmente não pode-mos explicar (Sl 98:1, etc.)

Para a ciência, a criação em seis dias é um mito, como também a encarnação de Cristo e Sua segunda vinda. A ciência crê no “big bang” que aconteceu há bilhões de anos, e por essa razão, o mundo irá continuar por outros seis bilhões de anos até que o sol esfrie e a vida neste planeta seja extinta.

Gostaríamos muito de adorar O Cria-dor em um lugar mais confortável, mas a pobreza está em nosso caminho. Por favor, peça ao Senhor para enviar recur-sos para a construção da nossa igreja.

Metellus, Haiti

Por favor, ore pelos jovens da igreja, por minha família, por minha igreja e por mim enquanto trabalho para Deus.

Tesfag, Etiópia

No mês passado tive duas decepções: Primeiro, minha autorização para tra-balhar na Arábia Saudita foi cancelada. Poucos dias depois, o rapaz por quem me apaixonei estava confuso com o que sentia por mim. Por favor, ore para que Deus me mostre Seu plano maravilhoso e me dê forças para superar esse momento difícil da vida.

Marhla, por e-mail

Por favor, ore por minha família para que Deus sempre nos dê saúde e paciência;

que nossas lágrimas sejam substituídas pelo sorriso de Deus; e que os que nos oprimem sejam perdoados por Deus.

Angeline, Indonésia

Minha mãe tem hipertensão. Ela teve uma crise e corri com ela para o hospital. Que o bom Deus opere a cura.

Egly, Malaui

Por favor, ore por minhas filhas e meu filho.

Sonia, Porto Rico

Não ignore o ministério nas prisões.

– Boxten T. Kudziwe, Malaui

Cartas

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T R O C A D E I D E I A S

GRATIDÃOOraçãow

28 Adventist World | Fevereiro 2013

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Vi o exemplar da Adventist World em uma clínica da minha cidade, e fiquei impressionado com os artigos e notícias sobre a missão e comprometimento adventista mundial. Gostaria muito de saber se é possível receber essa revista.

Stevenson KhongsngiMeghalaya, Índia

Nosso conselho a esse leitor e outros com o mesmo desejo, é que entrem em contato com uma Divisão, União ou Associação da Igreja Adventista do Sétimo Dia em sua região geográfica. Estamos gratos pela revista estar cumprindo seu propósito. – Os Editores

Como enviar as Cartas: Por favor envie para letters@ adventistworld.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua em sua carta o nome do artigo e a data da publicação. Inclua, também, seu nome, cidade, estado e país de onde está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

Tenho deficiência na fala e audição que me impedem de pronunciar cor-retamente as palavras. Esses problemas afetaram negativamente minha vida. Por favor, ore por mim. Quero ser capaz de me comunicar efetivamente.

Dwight, Jamaica

Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agrade-cimentos (gratidão por orações respondidas) para [email protected]. As participações devem ser curtas e conci-sas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax, para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600 E.U.A.

Não ignore o ministério nas prisões.

– Boxten T. Kudziwe, Malaui

Não deixe que a promessa de fazer mais exercícios neste novo ano não se cumpra. Tente

essas sugestões e persevere:

Tire uma folga. Não faça exercícios todos os dias. Lembre-se do sábado e descanse ao menos mais um dia da semana.

Tente coisas novas. Atletas chamam isso de “cross- training”: caminhar/correr um dia, nadar/andar de bicicleta no outro, jardinagem/academia no próximo. Mantenha-se renovado.

Volte à rotina. É muito fácil sair da rotina devido a uma viagem, doença ou mudança de agenda. Não espere até o próximo janeiro para começar outra vez. Recomece agora!

Mexa-seResposta: Essa foto, enviada por Rodrigo Assi, diretor da Escola Adventista Betel, foi tirada em Bissau no dia 24 de setembro, dia da independência na Guiné-Bissau. Mais de 100 desbravadores aproveitaram a data para compartilhar o evangelho na capital do país. Os uniformes foram doados pelos desbravadores do Brasil.

LugaréEsse?

Que

Fevereiro 2013 | Adventist World 29

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I D E A E X C H A N G E

O pregador batista, Guilherme Miller nasceu no dia 15 de fevereiro de 1782, em

Pittsfield, Massachusetts, Estados Unidos. Cético convicto lutou na

guerra de 1812, entre os Estados Unidos e a Inglaterra. Após a guerra, ele morou em Low Hampton, Nova York, onde foi xerife e juiz de paz por vários períodos.

Miller se tornou cristão em 1816 e se dedicou ao estudo da Bíblia. Começando por Gênesis, ele não seguia em frente até que pudesse compreender o que estava escrito. Em 1818, após ler Daniel 8:14: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado“ (ARA), concluiu que “em aproximadamente 25 anos (1843) [...] todas as preocupações do nosso estado presente serão encerradas” (Tiago White, Sketches of the Christian Life and Public Labors of William Miller, p. 57).

Pregou seu primeiro sermão em agosto de 1831, tornando-se um dos pregadores cristãos que mais pregou sobre a volta de Jesus para 1843 ou 1844. Como resultado houve grande reavivamento espiritual na América do Norte e Europa. Ele morreu em dezembro de 1849 na esperança do iminente e literal retorno de Cristo.

A Busca pela PerfeiçãoPaíses com o maior número de cirurgias plásticas per capita do mundo (2010):1. Coreia do Sul 2. Grécia3. Itália4. Brasil5. Estados Unidos

Fonte: National Geographic

Meio copo de lentilhas cozidas contém apenas 115 calorias, mas tem oito gramas de fibra. De presente: as lentilhas são ricas em ferro, fósforo e magnésio.

Fonte: Men’s Health

Cuidando da

Saúde

O que importa não é a aparência exterior–

o estilo do cabelo, as jóias, o corte da roupa–,

mas sim sua atitude interior. Cultivem a beleza interior,

do tipo gracioso e gentil que agrada a Deus.

(1Pe 3:3, 4, A Mensagem).*

*Textos extraídos da versão The Message (A Mensagem). Copyright 1993,1994,1995,1996, 2000, 2001, 2002. Usado com permissão do NavPress Publishing Group.

Anos Atrás231

i M a g e M c o r t e s i a d o c e n t r o d e p e s Q U i s a a d v e n t i s t a

T R O C A D E I D E I A S

maıs

30 Adventist World | Fevereiro 2013

Page 31: AW portuguese 2013-1002

5OA T É P A L A V R A S

■ Minha promessa bíblica preferida está em Isaías 65:24. Ela me garante que Deus em Sua infinita sabedoria, sabe minhas necessidades antes que eu peça a Ele. Portanto, quando oro, gasto mais tempo agradecendo e louvando a Deus por Seu maravilhoso poder, amor, bondade e compaixão.

—Marlow, Huntsville, Alabama, Estados Unidos

■ A hepatite havia exaurido minhas forças. Foi então que li Isaías 40:31. Ao concluir que “todas as promessas da Bíblia são para mim”, reclamei a promessa. Colocando em prática essa crença, comecei a subir os 40 degraus de nossa casa. Minha energia retornou permanentemente.

—Heather, Dhaka, Bangladesh

■ Amo Filipenses 4:4: “Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: Alegrem-se!” (NVI). Agradeço a Deus porque Paulo escreveu isso. Esse é um lembrete pessoal quando enfrento as piores fases na vida.

—Christy, Jacarta, Indonésia

■ Minha promessa preferida da Bíblia está em 1 Pedro 5:7: “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês” (NVI). Ao longo dos anos eu aprendi a viver a vida sem preocupações, ao pé da cruz, seguindo em frente na certeza de que Sua vontade será feita.

—Tessa, Brooklyn, Nova York, Estados Unidos

No próximo mês, escreva-nos com até 50 palavras qual é seu hino preferido. Envie sua resposta para: [email protected]. Escreva na linha do assunto: 50 Words or Less. Inclua sempre a cidade e o país de onde você está escrevendo.

Cuidando da

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor Administrativo e Editor ChefeBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente Internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, acessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk, Han, Suk Hee

Editores em Silver Spring, Maryland, EUALael Caesar, Gerald A. Klingbeil (editores associados), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran

Editores em Seul, Coreia do SulChun, Pyung Duk; Chun, Jung Kwon; Park, Jae Man

Editor On-lineCarlos Medley

Coordenadora Técnica e de RevisãoMerle Poirier

ColaboradorMark A. Finley

ConselheiroE. Edward Zinke

Administrador Financeiro Rachel J. Child

Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste

Assistente do Editor Chefe Gina Wahlen

Comissão Administrativa Jairyong Lee, chair; Bill Knott, secretary; P. D. Chun, Karnik Doukmetzian, Suk Hee Han, Kenneth Osborn, Juan Prestol, Claude Richli, Akeri Suzuki, Ex-officio: Robert Lemon, G. T. Ng, Ted N. C. Wilson

Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Brett Meliti

ConsultoresTed N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander.

Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

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Website: www.adventistworld.org

Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

V. 9, Nº 2

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

MinhasPromessas Bíblicas

Preferidas

Fevereiro 2013 | Adventist World 31

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Data: 28-31 de agosto de 2013Local: Jeju International Convention Center, Jeju, Coreia

- Relatórios Poderosos das Missões- Testemunhos Inspiradores- Seminários sobre Missão- Encontros Culturais- Apresentações Musicais- Concerto dos Golden Angels- Exibição do Arena for Mission

Renove seu compromisso com a Missão!

Ted N. C. Wilson G. T. Ng Jairyong Lee Derek J. Morris Cheryl D. Doss

ORADORES

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CONGRESSO INTERNACIONAL DE MISSÕES

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