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Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia Agosto 2013 Dois Missionários, Mundos à Parte 12 Incredulidade e Engano 25 Nomes , Nome s, Nomes… 26 Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia o O que grandes líderes de negócios na Rússia me ensinaram sobre sucesso

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Agosto 2013

Dois Missionários,Mundos à Parte12 Incredulidade

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Nomes, Nomes…26

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O que grandes líderes de negócios na Rússia me ensinaram sobre sucesso

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Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. V. 9, Nº 8, Agosto de 2013.

www.adventistworld.orgOnline: disponível em 13 idiomas

Tradução: Sonete Magalhães Costa

3 N O T Í C I A S D O M U N D O

3 Notícias Breves 6 Notícia Especial

A R T I G O D E C A P A

16 7 Segredos para o Sucesso

Andrew McChesneyAlguns dos empresários mais preeminentes da Rússia podem não saber, mas seu segredo de sucesso vem diretamente da Bíblia.

8 V I S Ã O M U N D I A L

Transformados pela Educação Ted N. C. Wilson A serviço de Deus e da humanidade.

12 V I D A A D V E N T I S T A

Dois Missionários, Mundos à Parte

Gary Tetz Pacientes são beneficiados pela missão

médico-missionária do White Memorial Medical Center, em hemisférios diferentes do mundo.

14 H I S T Ó R I A A D V E N T I S T A

As Sementes e os Princípios do Reino

Carol Tasker O início humilde da obra adventista no

Sul do Pacífico.

20 D E V O C I O N A L

Yvonne Oliver L. Jacques O frágil elo entre o passado e o futuro.

22 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

No Princípio Criou Deus Ronny Nalin Tudo começa e termina com Ele.

25 E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Incredulidade e Engano Ellen G. White Temos evidências suficientes para alicerçar

a fé cristã.

11 S A Ú D E N O M U N D O

Vegetariano ou Ovolactovegetariano?

26 R E S P O S T A S A

P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Nomes, Nomes, Nomes…

27 E S T U D O B Í B L I C O

Vivendo na Incerteza

28 T R O C A D E I D E I A S

S E Ç Õ E S

Agosto 2013

Capa: Vista noturna da cidade de Moscou

2 Adventist World | Agosto 2013

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■ Floyd Morris fez história no Parlamento da Jamaica quando se tornou o primeiro deficiente visual a ser nomeado presidente do Senado.

Morris, 44 anos, é muito conhe-cido nessa nação insular caribenha por defender pessoas portadoras de necessidades especiais.

Em seu discurso durante ceri-mônia de posse no dia 17 de maio, Morris citou Miquéias 6:8, o verso para memorizar da lição da Esco-la Sabatina da IASD da semana anterior: “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Se-nhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus.”

Em entrevista, Morris disse que a nomeação foi uma prova da fidelidade de Deus, e que ela veio apesar dos vários anos de incerteza sobre que direção tomar na vida.

“O que aconteceu provou para mim, mais uma vez, que meu Deus é real”, mencionou.

A primeira ministra da Jamaica, Exma. Sra. Portia Simpson-Miller, disse em entrevista que “sempre admirou o forte senso ético, disciplina e conduta do Senador Morris”. E acrescentou: “o Senado será tremen-damente beneficiado por sua liderança, e não tenho dúvida de que ele continuará a ser uma inspiração para muitos, tanto aqui na Jamaica como em todo o mundo.”

Morris apresenta um programa de rádio: “Vendo por Uma Perspec-tiva Diferente”, e pratica jogging com a ajuda de seu motorista. Ele se tornou o primeiro senador cego da Jamaica, em 1998.

Ele começou a perder a visão aos 17 anos, vítima de glaucoma, tornando-se totalmente cego seis anos mais tarde. Recebeu assistência da Sociedade Jamaicana para Cegos onde aprendeu a ler e escrever em Braille. Desde então, completou o bacharelado em comunicação de massa e mestrado em filosofia de governo. Atualmente, é doutorando em comunicação política.

“Pessoas com deficiências devem se conscientizar de que vivemos em uma época onde as oportunidades de capacitação para elas estão melho-rando muito, especialmente no contexto da Convenção da ONU sobre

N O T í C I A S D O M u N D O

S E Ç Õ E S

Aplaudidos pelo Céu

EM DEFESA DOS DEFICIENTES: Floyd Morris é o primeiro deficiente visual nomeado presidente do Senado Jamaicano.

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Senado JamaicanoNovo Líder do

Ela era uma das mulheres mais bem-sucedidas que conheci, porém, quase

nunca tinha dinheiro para encher o tanque de combustível do carro ou colocar alimento suficiente em sua mesa.

Possuía mente brilhante e inquiridora, mas muitos para quem ministrava, jamais captaram sua habilidade com as palavras e brincadeiras com a linguagem.

Suas ideias podiam mergulhar profunda-mente nas coisas de Deus, explorando textos e profecias com força e clareza. Mas é pelo amor, não pela lógica, que ela é lembrada.

Não me esqueço da cena de Judy cami-nhando vagarosamente em direção ao seu velho carro, todos os sábados após o culto. Geralmente sozinha, ela comia sanduíches frios e frutas, parando apenas o tempo sufi-ciente para organizar os pensamentos, antes de sair para mais uma tarde de atividades.

Trinta minutos depois, tendo percorrido 16 quilômetros, ela começava sua rotina sabática. No inverno, limpava a neve da calçada congelada que levava ao pequeno santuário, e acendia o fogão a óleo. No verão, abria as janelas e enxotava as vespas. Às três da tarde, começava o roteiro de visitas, levando os idosos e deficientes em seu carro, ajudando-os a subir as escadas íngremes.

Judy era corista e professora da Escola Saba-tina. Em três das quatro semanas do mês, Judy era também a pregadora. A folga era somente quando recebiam um pastor ordenado, como eu. E é claro, quando acabava a Escola Sabatina ela levava todos os membros de volta para casa.

Mês após mês, ano após ano, essa santa redesenhava em minha mente a imagem do que é sucesso. Seu nome nunca irá render um grande donativo para os pobres, pois frequentemente ela estava entre eles. Seus ensi-namentos ou máximas jamais serão impressos em um livro de sabedoria eterna, pois, como seu Salvador, ela mesma estava representada na maioria das histórias que contava. Sucesso para Judy era fidelidade, seguir pacientemente Jesus entre os pobres, os idosos, os marginalizados. Sempre vou honrá-la, como a honram as deze-

nas de pessoas abençoadas por ela. Ao ler o artigo sobre sucesso

na matéria de capa deste mês, lembre-se de apreciar os que são aplaudidos pelo Céu – como Judy.

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N O T í C I A S D O M u N D O

os Direitos dos Deficientes”, disse ele. E acrescenta que um dos principais objetivos deste ano parlamentar é aprovar a Lei Nacional para Deficientes, a qual tem defendido desde 1998.

Everett Brown, presidente da Igreja Adventista na Jamaica, disse que os mais de 270 mil membros no país ficaram orgulhosos com a nomeação de Morris.

“Apesar da deficiência visual, o Senador Morris sempre demonstrou fé em Deus e grande força de vontade cristã para vencer, a despeito das probabilidades. Estamos certos de que seu compromisso com os ideais cristãos, associado ao seu amor pelo povo jamaicano e seu caráter impecável, o capacitarão a servir o Senado com distinção”, disse Brown.

Cerca de 10% da população da Jamaica é adventista. Vários membros ocupam cargos de destaque, tanto no governo como nos negócios. Sir Patrick Allen, membro da Igreja Adventista, é o governador-geral da nação. – Nigel Coke, União Jamaicana

Tribunal Superior do Quênia vota sábado livre para estudantes adventistas

■ O Tribunal Superior do Quênia publicou uma lei interina para as escolas públicas isentando os alunos adventistas de assistirem aulas aos sábados, dia observado por eles como sendo o sábado bíblico.

A ordem imediata veio durante ação envolvendo a União Missão do Quênia contra o Ministério da Educação e 26 escolas que não cumpriram a garantia constitucional do cidadão ter o direito de praticar sua religião.

“Como líderes da União do Quênia

estamos felizes e satisfeitos com o progresso da ação no tribunal, por enquanto, os líderes das instituições educacionais terão de respeitar a constituição e não poderão negar aos estudantes adventistas os serviços públicos que o governo oferece a todos os quenianos”, disse Samuel Makori, secretário executivo da União do Quênia. “Espero que o juiz julgue a nosso favor, pois estamos reivindicando o que é previsto na lei de direitos em nossa constituição. Envolvemos advogados adventistas que agiram no caso com patriotismo e lealdade para com seu país.»

Makori informou que os líderes da Igreja encaminharam o assunto à justiça em julho de 2012, após o insucesso de muitos esforços diplomáticos.

Ele declarou ao jornal The Standard que vários estudantes foram suspensos de escolas públicas por não compa-recerem às aulas e exames realizados aos sábados. “Pagamos os honorários legais com o dinheiro da própria igreja para que pudéssemos obter justiça para nossos jovens”, disse mais tarde.

Os Adventistas do Sétimo Dia observam o sábado bíblico do pôr-do-sol de sexta-feira ao pôr-do-sol de sábado.

Steve Bina, diretor de comunicação da Divisão Centro-Leste Africana, espera que a lei seja um exemplo a ser seguido por outros países. Ele men-cionou que estudantes adventistas em vários outros países da Divisão sofrem de problemas semelhantes com alguns diretores de escolas públicas.– Rede Adventista de Notícias

Pastor Adventista é eleito presidente da Sociedade Bíblica Suíça

■ Delegados da Sociedade Bíblica Suíça elegeram o pastor e teólogo Reto Mayer como presidente da organização durante as reuniões no dia 24 de maio, tornando-o assim o primeiro adventista a ser nomeado para a função em 58 anos de história da sociedade.

Mayer, tesoureiro associado da Divisão Intereuropeia, com sede em Berna, Suíça, era o vice-presidente da sociedade desde 2005. A Igreja Adventista se filiou à entidade em 1982.

“Espero que as pessoas vejam a Bíblia como um convite de Deus para

VITÓRIA DO SÁBADO: União na Divisão Centro-Leste Africana conseguedecisão provisória favorável na justiça que isenta estudantes adventistasde frequentar aulas e realizar exames no sábado. Porta-voz da Divisão espera que outros países da região sigam o exemplo.

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LÍDER DA SOCIEDADE BÍBLICA: Reto Mayer, à direita, foi nomeado presidente da Sociedade Bíblica Suíça. A sociedade promove a tradução e distribuição da Bíblia na Suíça e em Liechtenstein. F

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4 Adventist World | Agosto 2013

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N O T í C I A S D O M u N D O

que tenham relacionamento pessoal com Ele. A distribuição da Bíblia está no meu coração, portanto, para mim é um prazer participar desta obra”, disse Mayer.

A Sociedade Bíblica Suíça foi fundada em 1955, sucedendo a ex-coligação de Sociedades Bíblicas Suíças. Atualmente, a sociedade conta com 45 instituições em seu rol de membros, entre outras: igrejas cantonais evangélicas reformadas, a antiga igreja católica, igrejas evangé-licas independentes, sociedades bíblicas cantonais, sociedades cristãs e grupos de trabalho na Suíça que compartilham o caráter distribuidor de Bíblias da sociedade.

A sociedade promove e estabelece as normas para tradução, produção e distribuição de Bíblias na Suíça e no Principado de Liechtenstein.

Ela e mais 146 sociedades bíblicas nacionais trabalham em conjunto para levar a Bíblia, em linguagem fácil e moderna, mais perto das pessoas.

Ajuda Adventista para refugiados sírios, inclui clínica para mulheres e escola

■ A Agência Adventista de Desenvolvi-mento e Recursos Assistenciais (ADRA) tem prestado auxílio a centenas de fa-mílias refugiadas que fugiram do atual conflito na Síria, dedicando atenção especial aos refugiados não registrados.

Durante o ano passado, a ADRA ofereceu assistência em dinheiro para ajudar no aluguel de mais de 100 famí-lias, na vizinha Jordânia, disse Thierry Van Bignoot, diretor de Administração de Emergências da ADRA.

A Instituição também fez parceria com o governo da Alemanha na distri-buição de roupas de inverno para cerca

de 3.500 famílias que moram no campo de refugiados de Al Zaatari, em Mafraq Governorate, Jordânia.

Há dois anos, refugiados fogem da guerra civil da Síria, que já matou mais de 90 mil pessoas, segundo as Nações Unidas. Mais de 1 milhão de pessoas fugiram para a Jordânia, Líbano e Turquia.

Van Bignoot disse que a ADRA estima que o número de refugiados seja maior, pois muitos não estão registrados.

“Algumas pessoas não têm coragem de declarar seu nome, temendo retalia-ção”, disse.

No ano passado a agência fez parceria com a ADRA Oriente Médio e Norte da África e com a Organização Hashemite Jordaniana de Caridade para oferecer 100 denários jordanianos (cerca de 140 dólares) por mês, durante três meses, para a acomodação de famílias não registradas. Muitos estão hospedados nas casas de famílias desig-nadas, enquanto outros estão alojados em porões ou pequenos apartamentos.

O recurso tem ajudado pessoas como Amara, que disse aos líderes locais da ADRA ter fugido para a Jordânia com seus cinco filhos enquanto seu ex-marido permaneceu na Síria com

sua nova esposa. Com o dinheiro extra, ela pode pagar o aluguel de um aparta-mento sem mobília e sem aquecimento. Ela disse também que foi possível com-prar alguns medicamentos necessários para seu problema cardíaco.

Outro beneficiado foi um homem chamado Musa, que veio para a Jordânia com a esposa e seis filhos. Suas posses se esgotaram depois de terem vendido a última joia de ouro que trouxeram.

A ADRA já identificou outras necessidades na região e agora está desenvolvendo um projeto para oferecer assistência ginecológica e obstétrica para as mulheres sírias refugiadas em West Bekaa, Líbano. Em Beirute, a agência está planejando construir uma escola que oferecerá aulas para os filhos dos refugiados. Ainda outro projeto propõe uma clínica móvel no Vale da Jordânia, área onde poucas organizações não governamentais estão atuando.

“As necessidades são enormes”, disse Van Bignoot.

Ele estima que mais de 70% dos refugiados são mulheres e crianças. Muitos homens ficaram na Síria. – Ansel Oliver, Rede Adventista de Notícias

Esquerda: AJUDA FINANCEIRA: A Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) subsidiou aluguéis dos refugiados sírios na vizinha Jordânia. Na foto, um funcionário da ADRA entrega a ajuda. Direita: SUPRINDO NECESSIDADES: A ADRA enviou roupas de frio a milhares de sírios no campo de refugiados Al Zaatari, em Mafraq, Jordânia. Funcionários descarregam a ajuda.

F o t o : c o r t e s i a d a a d r a i N t e r N a c i o N a l

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Duzentos e quarenta administradores da Divisão Interamericana (IAD) se

reuniram para a conferência de gestão de risco, e não se surpreenderam com tanto entusiasmo como resposta. Pode haver um assunto mais desinteressante? Alguns podem perguntar.

Entretanto, explicam que como delegados – de 37 países e territórios do México, Américas Central e do Sul, bem como do Caribe – aprenderam a como proteger a missão da IASD em suas comunidades e um assunto que a princípio parecia enfadonho, de fato tornou-se fascinante.

O evento sugerido pela IAD e orga-nizado pela Adventist Risk Management (ARM) teve duração de três dias e aconteceu na sede da Associação Geral, em Silver Spring, Maryland (EUA). Foram apresentados vários seminários sobre segurança, questões de responsa-bilidade, proteção de crianças e jovens, e também, sobre seguros. Mas, manter uma apólice de seguros não é a solução para gestão de riscos, disse Arthur F. Blinci, vice-presidente da ARM e diretor de gerência de risco da instituição.

“O seguro é a vassoura que vem para limpar a desordem após ter ocorri-do a perda. Se alguém foi tragicamente ferido, ou se alguém perde a vida em consequência de negligência na super-visão, nenhum valor monetário trará

“Esse evento me deu as ferramentas, e me deixou mais consciente sobre os perigos potenciais e medidas de pre-venção. Tornou-me mais proativo em relação aos muitos riscos de nosso país e sobre a construção de igrejas em áreas de risco. Estou muito preocupado com o potencial de perda de vidas e como diminuir o risco.»

Na Universidade Adventista da América Central, em Alajeula, Costa Rica, as necessidades de seguro e os riscos são diferentes – e estão crescendo, segundo Carlos Cima, vice-presidente financeiro da escola.

Os 400 alunos são, em sua maioria, da América Central, mas agora há alguns da América do Sul e dos Estados Unidos que vêm em busca de qualidade em sua educação e dos baixos preços. Como o governo não oferece seguro de saúde para os alunos, a escola precisa oferecer, diz Cima.

“É muito importante obter mais conhecimento sobre como prevenir perdas e assumir responsabilidades quanto ao patrimônio da Igreja, e de como proteger nossos alunos contra os diferentes riscos”, disse ele à Adventist World.

Florencio Suarez, tesoureiro da União Central Mexicana, disse que o seminário da ARM o ajudou em duas áreas: “informação e influência”.

Ele comentou: “Necessitamos de

N O T í C I A S D O M u N D O

Seminário sobre estratégias deprevenção de perdas

aquela vida de volta”, disse Blinci, expli-cando por que a prevenção de perdas é tão importante.

Bancroft Barwise, tesoureiro da União Jamaicana em Mandeville, Jamai-ca, ressaltou que minimizar os riscos e prevenir as perdas é fundamental na administração do trabalho da Igreja em seu país, a qual conta com 275 mil membros – uma porcentagem muito representativa.

“Quanto menos perdas tivermos, mais dinheiro haverá para a missão da Igreja. Na Jamaica, não se pode dar ao luxo de ter perdas, devido à situação econômica que o país tem sofrido com a desigualdade nos últimos anos», acrescentou ele.

E não é apenas a instabilidade econômica que preocupa os líderes adventistas na Jamaica; o clima é outro fator.

“Esperamos pelos furacões todos os anos, e eles estão se tornando mais e mais violentos”. Ele informou que a igreja está preocupada também com os estragos que os furacões estão causando nos lares dos membros, e com a segu-rança das pessoas.

Barwise disse que, como tesoureiro da União, constantemente associa a gestão de risco com mordomia em suas palestras para Associações e igrejas, pois ambos são importantes meios de admi-nistrar os recursos para o ministério.

OUVINTES ATENTOS: Delegados da Divisão Interamericana assistem às apresentações da Conferência de Gestão de Risco, realizada na sede da Associação Geral , em Silver Spring, Maryland, Estados Unidos.

Mais do que comprar seguro, é importante proteger a missão da igreja, seus membros e obreiros

Por Mark A. Kellner, Editor de Notícias

e gestão de rısco

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informação para ver o que aconteceu no passado, para que possamos aprender e treinar os líderes da igreja local, em cada nível, a lidar com todo risco que possa afetar o trabalho da igreja.”

Na esfera da influência, disse: “Graças a essas reuniões, compreendo que precisamos expandir a influência da liderança na Igreja. Precisamos ter au-toridade moral para aqueles que servem

e pertencem à igreja, para que sejamos capazes de cuidar de nossos membros, os quais são nosso maior bem.”

Tais sentimentos refletem a filosofia da ARM, como articulado por Bob Kyte, presidente da instituição, na abertura da conferência: “Tudo sobre o que falamos é ministério. Digo às pessoas que o nos-so ministério é proteger o de vocês.”

A Adventist Risk Management

é a instituição de gestão de risco da Igreja Adventista, com sede na região de Washington, D.C. (EUA). Ela oferece serviços de gestão de risco e soluções de produtos de seguros para ajudar a Igreja a eliminar equívocos que possam resultar em acidentes dispendiosos. A ARM emprega 130 pessoas em todo o mundo, e está disponível on-line na página: www.adventistrisk.org. ■

N O T í C I A S D O M u N D O

Uma das séries de palestras mais concorridas durante a conferência da ARM, foi a do pastor Lowell Cooper, presidente da mesa diretiva da ARM e também vice-presidente da IASD.

Falando sobre vários aspectos da liderança, Cooper começou com o “Código de Conduta do Líder”, dizendo que liderança

não é apenas uma questão de “como você faz as coisas, mas, também, que tipo de pessoa você é”. Ele desafiou seus ouvintes a perguntarem a si mesmos: “Fui chamado por Deus para ser que tipo de pessoa?”

Na primeira apresentação de uma hora, Cooper apresentou sete elementos desse código: humildade, integridade, confiança, respeito, responsabilidade, colaboração e excelência. Sobre integri-dade, ele disse: “É necessário uma vida interior para alicerçar a vida pública”, enfatizando que a “crise não desenvolve o caráter, ela o revela. O caráter é desenvol-vido nos momentos de silêncio da vida”.

Citando o pensador Stephen M. R. Covey, filho do autor do livro “Sete Hábitos”,

Cooper falou que “a confiança é a carac-terística mais importante na liderança de organizações voluntárias. Um problema local pode causar metástase em toda organização. Líderes, temos de agir de modo a conquistar a confiança da Igreja”.

E sobre o tema da excelência, Cooper insistiu que a “motivação não deve ser a disputa para ser o melhor, mas porque a obra de Deus merece a excelência”.

Carlos Cima, vice-presidente financeiro da Universidade Adventista da América Central, comentou: “A palestra do pastor Cooper foi bem ao ponto no que diz respeito à nossa liderança e sobre fazer o nosso melhor.”

– MARk A. kELLNER

Cooper Ministra aulas de liderança

Da esquerda para a direita: ORGANIZADOR DA CONFERÊNCIA: Arthur F. Blinci, vice-presidente e diretor da ARM, organizou a conferência da IAD. DESAFIO IMPORTANTE: Bancroft Barwise, tesoureiro da União Jamaicana, Jamaica, disse que minimizar os riscos e prevenir perdas é fundamental na manutenção do trabalho da igreja que soma 275 mil membros naquele país. NECESSIDADES DISTINTAS: Carlos Cima, vice-presidente financeiro da Universidade Adventista Central Americana em Alejeula, Costa Rica, disse que os riscos e as necessidades de seguro para as instituições de educação, são

diferentes. GRANDE AJUDA: Florêncio Suarez, tesoureiro da União Mexicana Central, disse que o seminário da ARM foi de grande ajuda em duas áreas: “informação e influência.”

SEMINÁRIO SOBRE LIDERANÇA: Pastor Lowell Cooper, vice-presidente da Igreja Adventista, fala aos delegados da IAD.

Agosto 2013 | Adventist World 7

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V I S Ã O M U N D I A L

A revista Times Higher Education (THE), com sede em Londres, é um veículo informativo

de reputação confiável sobre o Ensino Superior em todo o mundo. Anualmente, ela publica a Classificação das Univer-sidades. É a “única tabela mundial que mede o desempenho das universidades por meio de seu núcleo de trabalho: ensino, pesquisa, transferência de conhecimento e perspectiva internacional”.1

Nomes conhecidos estão no topo da lista: Universidade de Oxford, Universidade de Cambridge, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Harvard, Yale, Universidade de Stanford, Universidade de Tóquio, etc.

Essas instituições têm larga reputa-ção por oferecer excelentes oportunida-des educacionais e formar líderes com padrão internacional. Vários prêmios Nobel em química, física, medicina, literatura e da paz foram concedidos a pessoas associadas com essas insti-tuições educacionais de alto padrão. Líderes de governos, líderes financeiros, líderes da ciência, da filosofia e de outras áreas estudaram nessas escolas altamente competitivas e de prestígio.

Essas famosas universidades estão unidas em seu objetivo de servir a socie-dade como centro de alto aprendizado, conhecimento avançado e pesquisa, de-safiando seus alunos a desenvolver todo o “potencial intelectual e humano”.2

Nosso Objetivo A Igreja Adventista também está

profundamente comprometida com a qualidade na educação. Com nossas 7.883 escolas e universidades, temos o maior sistema educacional protes-tante do mundo. Por que faríamos um investimento com tais proporções? Respondendo de forma simples, porque queremos que nossas crianças, jovens e adultos recebam mais do que o mundo pode lhes oferecer.

Ellen White escreveu no livro Educação, página 18: “Mais elevado do que o sumo pensamento humano pode atingir, é o ideal de Deus para com Seus filhos.” E mais: “O mundo tem seus grandes ensinadores, homens de poderoso intelecto e vasta capacidade de pesquisa, pessoas cujas palavras têm estimulado o pensamento e revelado ex-tensos campos ao saber […] há, porém, Alguém que Se acha acima deles […] Cada raio de pensamento, cada lampejo do intelecto, procede da Luz do mundo” (ibid., p. 13).

Enquanto os sistemas educacionais do mundo procuram oferecer conhe-cimento, a educação adventista busca familiarizar os estudantes com a Fonte de todo conhecimento. Enquanto o mundo levanta hipóteses sobre as origens, ensinamos que “No princípio criou Deus os céus e a Terra” (Gn 1:1). A educação adventista oferece uma

visão global sobre a criação, queda, redenção e recriação, fundamentada na Bíblia e nos conselhos inspirados de Ellen G. White.

No contexto dessa visão, os alunos são incentivados a se desenvolver e crescer de forma integral como seres humanos – espiritual, física, intelectual e socialmente. O serviço para Deus e para os outros é enfatizado. A restau-ração da imagem de Deus em cada ser humano é o ideal a ser alcançado. Isso fortalece o caráter, fortifica a mente contra o mal e prepara o aprendiz para servir a Deus e ao próximo.

Missão Principal Em uma década de organização

formal, nossos fundadores reconhece-ram a importância da educação divinamente balanceada, construída sobre os princípios da Palavra de Deus e a necessidade de educar nossas crianças e jovens para exercerem influência na sociedade. Sumamente importante para o desenvolvimento dessa visão foi Ellen White. Ela deli-neou a filosofia e missão visionária e prática para a educação adventista em seu ensaio de trinta páginas “Proper Education” (1872). Mais tarde, ela expandiu esse trabalho nos livros Educação (1903) e Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes (1913).

No centro dessa filosofia está o fato

Por Ted N. C. Wilson

pela EducaçãoTransformadosPor que a Educação Adventista Existe

8 Adventist World | Agosto 2013

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de que a educação deve ser redentora, com o propósito de restaurar o ser humano à imagem de Deus. A compre-ensão básica é de que o fundamento de toda educação verdadeira precisa ter o conhecimento de Deus. A saúde espiritual, física, social e mental, o crescimento intelectual e o serviço pela humanidade são os principais valores. Desenvolvendo a importante tarefa de oferecer uma educação integral, fundamentada na Bíblia e direcionada para a missão, a educação adventista cresceu de uma pequena escola de igreja em Battle Creek, Michigan, em 1872, para o que é hoje: uma rede mundial com 7.883 escolas e universidades.

Milhares de alunos, da pré-escola ao nível doutoral, têm-se beneficiado da experiência educacional adventista e muitos seguiram em frente, servindo ao próximo como: médicos, professores, pastores, assistentes sociais, administra-dores e outras atividades direcionadas para o serviço.

Grande ou Pequeno

Embora saibamos que a educação começa no lar, é importante que a igreja local compreenda que os jovens não são filhos apenas de seus pais – eles são filhos da igreja. Quando a igreja pode assistir coletivamente seus filhos, é magnífico! Gostaria de incentivar

as congregações a oferecer assistência educacional a alunos que desejem frequentar nossas escolas.

Sempre que possível, incentivo as igrejas a terem sua própria escola local – mesmo que seja uma escola de apenas uma sala. Cursei a primeira série do curso fundamental em uma pequena escola de igreja, em Beirute, Líbano, onde aprendi os conhecimentos básicos de um estudante. Tem sido demonstrado que escolas pequenas e com várias séries, na verdade, produzem bons alunos e que eles não são privados pedagogicamente com o que possa parecer um ambiente limitado.

Recentemente, tem havido uma falta de comprometimento em tornar a educação adventista disponível para cada aluno adventista. Em 2012, a média de alunos adventistas (batizados) era de apenas quatro para cada 100 membros.3

Pensemos em maneiras criativas de incentivar nossas crianças e jovens a usufruir dos muitos benefícios da educação adventista – mesmo que isso signifique criar uma escola com apenas uma sala.

Nas áreas onde temos muitas escolas, pode não ser prático para cada igreja ter sua própria escola. Por exemplo, a igreja onde frequento – Triadelphia, em Clarksville, Maryland – não tem sua escola. No entanto,

oferecemos subsídio para que todo adventista, cujo filho esteja frequen-tando uma de nossas escolas na região, receba desconto nas mensalidades.

Muitos alunos do ensino médio e universitário estão estudando em escolas seculares. Isso pode apresentar grandes vantagens pelo fato de que tais alunos podem se tornar valiosas testemunhas para várias pessoas nessas instituições. Entretanto, a menos que a igreja se preocupe em envolver esses jovens no treinamento para o trabalho missionário, poderão ser facilmente oprimidos pelo ambiente secular se não estiverem profundamente com-prometidos em permanecer ao lado de Jesus.

Mantendo Adventista as Escolas Adventistas

Ao longo dos anos, a educação ad-ventista tem atraído o reconhecimento das autoridades governamentais em muitos países e o apoio de um grande número de famílias de outras religiões que enviam seus filhos para nossas esco-las. Na realidade, hoje, mais da metade dos alunos matriculados vem de lares não adventistas.

A presença desses alunos em nossas escolas pode ser uma maravilhosa opor-tunidade missionária, desde que a esco-la tenha uma equipe bem preparada de professores e funcionários adventistas. Infelizmente, porém, algumas das nos-sas instituições de nível mais alto estão contratando professores não adventistas e, ao mesmo tempo, aceitando uma porcentagem cada vez mais elevada de alunos não adventistas.

Estou apelando aos administradores de todas as faculdades e universidades a fazer dessa uma prioridade, e o máximo possível, para contratar somente pro-fessores e funcionários adventistas do sétimo dia, caso contrário não estarão cumprindo sua missão e descobrirão que sua instituição se tornará comum e redundante.

Mas há esperança, mesmo onde erros foram cometidos. Na Review and Herald, de 9 de janeiro de 1894, Ellen

Queremos que nossas crianças e jovens recebam mais do que o mundo pode lhes oferecer.

Agosto 2013 | Adventist World 9

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V I S Ã O M U N D I A L

White escreveu que quando os alunos “não veem diferença entre as escolas e colégios do mundo, e não têm a primazia nas escolas que frequentam, pois nessas, o erro é ensinado por preceito e exemplo, necessitando, portanto, de profunda análise das razões que levam a tal conclusão, nossas instituições de ensino podem oscilar em conformidade com o mundo. Passo a passo, podem avançar para o mundo, mas elas são cativas da esperança, e Deus atuará para corrigir, orientar e trazê-las de volta à sua posição de distinção no mundo”.

A educação cristã é absolutamente indispensável. Apesar da luta que enfrenta, a educação adventista é uma tremenda bênção. Muitos de nós somos frutos dessa educação. Não podemos perdê-la. Vamos ajudá-la a crescer; ajudemos aqueles que estão em escolas seculares a serem fortes no Senhor, incentivando-os a não se “amoldar ao padrão deste mundo, mas transformar-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2). ■

1 The World University Rankings, www.timeshighereducation.co.uk/world-university-rankings/2012-13/world-ranking.2 “The Mission of Harvard College”, www.harvard.edu/faqs/mission-statement.3 Relatório Estatístico do Departamento de Educação da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, 2012

Ted N.C. Wilson é presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ele é doutor em Educação

pela Universidade de Nova York.

GLOW – Levando Luz ao Nosso MundoGLOW (inglês, BRILHO – Giving Light to Our World [Levando Luz ao

Nosso Mundo]) – é um projeto evangelístico que surgiu na Califórnia, Estados Unidos, e agora está se ramificando para outras Divisões do mundo. Tem o objetivo de motivar os membros a terem sempre consigo literatura – panfletos chamados GLOW – para serem distribuídos gratuitamente aonde quer que forem, e em qualquer oportunidade. Atualmente, os panfletos estão sendo impressos em 35 idiomas.

A seguir estão duas pequenas histórias que retratam vidas tocadas pelo GLOW:

HiSTóriA 1: Holanda: Um homem chamado Danny falou sobre suas convicções religiosas quando estava no cabeleireiro, especificamente sobre o sábado. Em outra ocasião, enquanto a senhora cortava seu cabelo, Danny começou a ler a Bíblia e fazer anotações. Aquilo iniciou uma conversa sobre o sábado. A senhora lhe fez

várias perguntas as quais foram ouvidas por outro cliente, que passou também a participar do “estudo bíblico”. Danny deixou alguma literatura com a cabeleireira, inclusive vários folhetos do GLOW. Ela irá oferecê-los aos clientes.

HiSTóriA 2: Filipinas: Enquanto passeava pela ilha de Bohol, um jovem chamado Justin estava vestido com uma camiseta do GLOW com os seguin-tes dizeres: “Eu lhe dou 5 dólares se você pedir um folheto da Bíblia e eu não tiver”. Um turista viu e pediu um folheto. Justin lhe deu. Outro homem também pediu. Algumas pessoas queriam mais de um folheto para dar a outras pessoas. O método singular de Justin testemunhar certamente chamou a atenção e resultou na distribuição de vários folhetos do GLOW.

Histórias compiladas por Nelson Ernst, diretor do GLOW da Associação Central da Califórnia, Estados Unidos. Para saber mais sobre o GLOW, acesse sdaglow.org.

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Histórias do

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S A Ú D E N O M U N D O

Cremos que já houve demasiada discussão e debate sobre esses dois tipos de dietas. Portanto, agora, precisamos nos concentrar no equilíbrio. Ele vai além do alimento no prato; envolve o relacionamento e a tolerância com as diferenças entre as pessoas. Como a Bíblia coloca tão claramente, a vida é muito mais do que comida e bebida.2

Quando a graça de Jesus enche o

coração e a vida, somos capazes de viver alegremente e em paz conosco mesmo e com os outros. O que devemos nos esforçar para alcançar são os benefícios para a saúde de um relacionamento tranquilo, acolhedor e amoroso com todos os filhos de Deus, independente-mente de suas convicções alimentares. ■

1 Ellen G. White, Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 208.2 Lucas 12:22-24.

Allan R. Handysides, médico ginecologista, é diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor associado do Ministério de Saúde da Associação Geral.

VegetarianoOvolactovegetariano?

ou

Já houve demasiada discussão e debate sobre esses dois tipos de dietas. Em vez disso, precisamos nos concentrar no equilíbrio.

Por Allan R. Handysides e Peter N. Landless

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Os defensores da dieta exclusiva-mente à base de vegetais, muitas vezes citam Ellen White para apoiar suas crenças. Todavia, certos textos que uti-lizam foram respostas da Sra. White a algumas pessoas que promoviam dietas extremistas naquela época. Declarações como: “Tempo virá em que talvez tenhamos que deixar alguns dos artigos de que se compõe o nosso atual regime,

tais como leite, nata e ovos”,1 estavam mais no contexto de refutar a necessi-dade de abandonar os produtos lácteos e ovos, do que propriamente uma indi-cação profética. Além disso, ela deixou muitas declarações que incentivam a utilização de quantidade moderada de laticínios. Sua mensagem principal era contra alimentos cárneos.

Pedimos, também, cautela quanto ao uso do que poderíamos chamar de “bebidas caseiras”. Por exemplo, os norte- americanos podem comprar com facilidade leite de soja fortificado, mas em muitas partes do mundo os pro-motores de saúde produzem e vendem os chamados “leites de soja”, que são, na verdade, “suco de açúcar e soja”. Tais bebidas não contêm os nutrientes com-paráveis ao leite semidesnatado comum. Não podemos recomendar tais bebidas caseiras, da mesma forma que não reco-mendamos uma “bebida industrializada” de fruta em lugar do “suco” de fruta.

Com o aumento das evidências apoiando a dieta vegetariana, por que ainda se fala que a dieta mais equilibrada deve incluir um cardápio ovolactovegetariano?

Sua pergunta é muito boa e esse é um assunto sobre o qual temos refletido e discutido com nossos

líderes do Ministério da Saúde.Sendo totalmente franco, creio que

ambas as dietas, se balanceadas, tanto a vegetariana como a ovolactovegetariana (inclui ovos, leite e seus derivados) são excelentes. No entanto, como escreve-mos para a Igreja em todo o mundo, temos que considerar o fato de que existem dificuldades em outras regiões para se adotar uma dieta exclusivamente vegetariana. Para ser equilibrada, a dieta vegetariana precisa de suplementação da vitamina B12, bem como quantidade suficiente de vitamina D e cálcio. Pode também aumentar o risco da osteopo-rose em pessoas idosas. Por outro lado, a dieta ovolacteovegetariana pode ser problemática se incluir grandes quanti-dades de gordura saturada, resultando em taxas mais elevadas de colesterol e maior índice de massa corporal. Entre-tanto, uma administração cuidadosa de ambas as dietas pode facilmente resolver esses problemas.

Até o momento, o Estudo Adventista de Saúde 2 (AHS2) ainda não conseguiu demonstrar conclusivamente a superio-ridade de uma dieta sobre a outra. Os dados ainda são insuficientes e é neces-sário acompanhamento de longo prazo; além de não haver claros resultados de vantagem para os níveis de colesterol, peso e benefícios potenciais secundários para o diabetes, na categoria das causas de morte em geral.

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V I D A A D V E N T I S T A

Uma história começa na Índia, onde um jovem pioneiro, com a Bíblia em punho, assume o

compromisso que influenciaria gerações. A outra se inicia com um garoto mexicano de oito anos de idade, recém-chegado à América do Norte, com olhos arregalados para as possibilidades.

Dois tipos de missionários, um cujo chamado o levou ao outro lado do mundo, e outro que viu a necessidade bem ali, no seu quintal. Apesar do tempo e da distância entre eles, estavam ligados pelo desejo de mudar o mundo para melhor – e por intermédio do White Memorial Medical Center (WMMC).

O Centro Médico foi fundado em 1913, em homenagem a Ellen G. White, e está comemorando seu centenário este ano. Foi estabelecido em Boyle Heights, a alguns minutos do centro de Los Angeles, na Califórnia (EUA), com objetivo de oferecer serviços de saúde aos habitantes da região e preparar mé-dicos, enfermeiros e outros profissionais para servirem globalmente. Por um século, seus funcionários e residentes

têm levado cura e esperança às mais diferentes partes do mundo; lugares como Narsapur, por exemplo.

Coração Compassivo O Dr. Theodore Flaiz esteve entre

os primeiros missionários que serviram na Índia. Ele e sua jovem esposa chega-ram à pequena aldeia de Narsapur, na província de Andhra Pradesh, em 1915. Eram jovens e muito solitários, mas tinham o objetivo de compartilhar o evangelho por meio da educação.

Após construir uma humilde escola para ensinar as crianças da localidade, desenvolveram programas de treina-mento para obreiros e colportores. Quando o Rajah de Teleprole soube dos esforços de Flaiz em benefício da população, ofereceu-lhe um terreno de cinco acres, alguns prédios inacabados e dez mil rúpias, e pediu que construísse um hospital perto da cidade de Nuzvid. O missionário concordou e iniciou a construção em 1923.

Sentindo a necessidade urgente de médicos na Índia, Flaiz decidiu estudar medicina (que incluiu uma residência no WMMC). Após sua formatura, retornou à Índia e administrou a expan-são do hospital durante muitos anos, depois disso, tornou-se diretor mundial da obra médica da Igreja.

Aquela pequena escola se transfor-mou na Escola Adventista de Ensino

Da Índia a Los Angeles, 100 anos de história do White Memorial Medical Center

Médio e Superior Flaiz Memorial, e o Hospital Memorial Giffard continua servindo a comunidade como parte do Sistema de Saúde Adventista na Índia.

Seguindo as OndasO ministério do Dr. Theodore Flaiz

foi como um seixo lançado sobre as águas transparentes de uma lagoa. O efeito das ondas alcançou primeiramente seus dois filhos, Ted e Mary June, ambos nascidos na Índia. Ted passou cerca de 30 anos trabalhando como dentista-missionário, e com 92 anos de idade, continua fazendo várias viagens por ano. Os dois filhos de Ted, Richard e Doug, também escolheram a profissão de médico-missionário. Richard fez dois anos de residência no WMMC. Doug serviu como médico na Etiópia por vários anos.

Mary June se casou com Stanley Wilkinson, que também fez residência no WMMC, e serviram por seis anos no Hospital Adventista em Karanchi, Paquis-tão. Muitos filhos e netos dos dois lados da família já voltaram à Índia para apoiar o trabalho inovador iniciado por Flaiz.

“Sou agradecido a meu avô e a meu pai por terem deixado tão grande lição de vida. Crescer com o exemplo deles fez toda a diferença em nossa árvore genealógica”, diz Richard, que é otorrinolaringologista em Hermiston, Oregon (EUA).

Mundos à Parte

Por Gary TetzDoisMissionários,

F a m Í l i a F l a i Z

FAMÍLIA FLAIZ: Dr. Theodore Flaiz com sua esposa, Jennie, e os dois filhos, concluindo sua residência no White Memorial Medical Center. Ele foi um dos primeiros missionários adventistas a servir na Índia.

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Uma Tradição de Serviço Exemplo como esse – de formandos

em medicina, como Flaiz, que optaram em dedicar a vida e as habilidades na missão mundial da igreja – pontua a história do WMMC. Como comunidade religiosa, a cultura do White Memorial tem sido movida pelo serviço. Embora seja difícil determinar o número exato de missionários formados pelo WMMC nos últimos cem anos, as histórias são abundantes e legendárias.

No entanto, as histórias inspiradoras de serviço internacional representam ape-nas parte da narrativa do WMMC. Desde o início, mesmo em tempos difíceis, o hospital escolheu permanecer em Boyle Heights e prestar cuidados à comunidade. “As pessoas mais carentes de nossa cidade e região têm encontrado nossas portas abertas”, escreveu o Dr. Percy Megan, líder do White Memorial, em 1938.

Isso nos leva à história do garoto mexicano de olhos arregalados, e como um sonho se tornou realidade – oferecer melhor assistência à classe trabalhadora da comunidade onde cresceu.

O Retorno ao Bairro Quando Dr. Hector Flores chegou a

Los Angeles, tinha apenas oito anos de idade. Como tantos outros imigrantes, seus pais vieram em busca de oportuni-dades. O pai era cobrador de ônibus e a mãe camareira em um hotel. Embora

não fossem educados formalmente, sabiam que o estudo era a chave do sucesso e o defendiam incansavelmente. “Eles não queriam que nossa vida fosse tão dura quanto a deles”, disse Flores.

Valeu a pena todo o esforço na escola de ensino médio, pois foi aceito na Universidade de Stanford com bolsa de estudos integral. Embora inicialmente tenha planejado fazer engenharia, Flores resolveu estudar medicina e se formou pela Universidade da Califórnia, na Escola de Medicina Davis. A escolha de exercer a medicina familiar tinha raízes nas experiências de sua família. “O que me motivou foi a oportunidade de tratar a todos, independente do sexo ou situação financeira”, diz ele.

Profundamente impulsionado pela missão de servir à classe trabalhadora, comunidades predominantemente latinas como a sua, Flores foi para o WMMC quando descobriu que estavam em busca de médicos para ser treinados a servir em áreas carentes. Essa era a oportunidade pela qual esperava – criar um modelo de residência em medicina da família que atraísse médicos a Boyle Heights, o que resultaria em melhor assistência e acesso ao povo, porque muitos não possuíam seguro de saúde.

Assistência aos CarentesA medicina da família é uma das

cinco residências médicas mais procura-

Gary Tetz é escritor titular da CMBell Company.

Da Índia a Los Angeles, 100 anos de história do White Memorial Medical Center

das entre as oferecidas pelo hospital sob o patrocínio da Loma Linda University. Os bairros carentes, próximos ao WMMC, já provaram ser esta a perfeita combinação para manter o que, talvez, seja o programa de residência em medicina da família mais influente e inovador dos Estados Unidos.

A oportunidade de prover cuidado específico para as necessidades de saúde dos latinos é um dos benefícios dessa residência profundamente enraizada na comunidade. Flores está encabeçando um projeto-piloto para ajudar a planejar assistência a pacientes com doenças crôni-cas como o diabetes. “É uma das principais doenças que provocam a morte e a inva-lidez em Boyle Heights”, diz ele. “Nossa visão é de que o WMMC seja um centro de recursos para o bem-estar da família.”

“O sacrifício pessoal daqueles que dedicaram sua vida à comunidade daqui e ao mundo é uma grande fonte de inspiração”, diz Beth Zachary, presidente e diretora executiva do WMMC, e também, filha de missionários. “Ao comemorarmos um século e olharmos para o futuro, somos lembrados da importância de permanecermos fieis à nossa missão.” ■

Os dados sobre a vida e obra do Dr. Theodore Flaiz foram extraídos das memórias de Mary June Flaiz Wilkinson, “The Land My Childhood Knew”; a partir das lembranças de Measapogu Wilson na revista Ministry em 2010; e, de conversas com membros da família. “A Journey of Faith and Healing” por Ronald D. Graybill foi a fonte de informação sobre o legado histórico do serviço missionário global do White Memorial.

*Visite: www.whitememorial.com/centennial

Mundos à ParteW h i t e m e m o r i a l m e d i c a l c e N t e r

DR. FLORES E UMA RESIDENTE: Hector Flores fez parceria com o WMMC e criou um dos mais influentes cursos de residência em medicina familiar, a fim de treinar médicos para o atendimento de populações carentes.

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Uma semente insignificante e sem aparência, muito pequena para chamar a atenção, mas

Jesus percebeu. De fato, Ele usava as pequenas sementes para ilustrar grandes princípios do reino. O reino do Céu é semelhante a uma semente de mostarda – tão pequenina, que alguns precisam de uma lupa para enxergá-la. E quando focalizamos esse minúsculo pontinho marrom, não há nada que indique o que ele pode se tornar.

Contudo, o crescimento em si não é nada menos que um milagre, não só em tamanho, mas em forma. Quando uma semente cresce, torna-se uma árvore enorme, proporcionando som-bra para as crianças na escola ou em casa para os pássaros. Também pode se tornar uma cenoura, uma abóbora ou, até mesmo, uma mangueira que produza centenas de mangas–cada uma com a capacidade de se transformar em mais mangueiras, com mais mangas. A melhor ilustração dos princípios de multiplicação do reino!

Como a Semente de Mostarda Como uma semente de mostarda,

nossa Igreja começou pequena na Austrália e no Sul do Pacífico. Em 1885, sete adultos e quatro crianças partiram da América do Norte para a Austrália. A obra de publicação começou em Melbourne, juntamente com a produção de alguns alimentos. Em 1897, uma pequena escola chamada Avondale foi construída no meio do nada, por quatro professores e seus dez primeiros alunos. O hospital adventista da Austrália (Sydney Sanatory) atendeu seu pri-meiro paciente em 1903 - um morador local, muito doente. Esse fato produziu uma trajetória de cinco gerações de adventistas com o sobrenome Butler.

Crescimento e frutos são os resul-tados naturais de sementes plantadas. Cinco anos mais tarde, em 1908, o primeiro grupo de três missionários viajou para Papua-Nova Guiné. Após doze anos de trabalho árduo e

persistente houve o registro de dois conversos. Mas apesar de um início tão desanimador, o número de membros atualmente nesse país chega a 223.856, sem contar os jovens e crianças.

Felizmente, a aparente falta de sucesso em Papua-Nova Guiné não impediu a União Australiana de enviar barcos missionários para outras ilhas, por exemplo, as Ilhas Salomão em 1914, quando G. F. Jones e esposa navegaram no barco Advent Herald (Arauto do Advento), estabelecendo a primeira Missão em Viru Harbor.

Milagres Quase cem anos mais tarde, o

presidente da Missão das Ilhas Salomão (MIS), Wayne Boehm e seu filho Jacob, com o barulho de suas motocicletas, in-comodaram Leonard, o chefe da aldeia, perturbando o silêncio numa manhã de domingo. A recepção daquele chefe foi compreensivelmente fria. No entanto, quando Wayne presenteou a aldeia com um simples pacote de sementes, foi como se ele acabasse de receber um milhão de dólares.

Por Carol Tasker

ReinoPrincípios

Sementes

A Igreja na Divisão do Sul do Pacífico

Deu-se início a uma grande amiza-de. Quase semanalmente, Leonard leva mamão e vegetais como gratidão pelo presente das sementes. Mais sementes são trocadas. Elas significam muito naquele local – alimentam famílias, pagam mensalidades escolares, livros e roupas. O diretor de Saúde da MIS, doutor Silent, e outros membros da igreja, começaram a dar estudos bíblicos na aldeia. Após algum tempo, as reu-niões se transformam em uma Escola Sabatina filial com aproximadamente 50 membros. Leonard e a esposa começa-ram a frequentar a igreja. Eles assistiram à série de estudos Beyond the Search (Além da Procura) e foram batizados no fim de 2012. As classes bíblicas conti-nuam em sua aldeia. Ali, os verdadeiros princípios do reino estão em ação.

Mas a história não termina aqui. Wayne conta mais:

“Estávamos enfrentando dificuldades na costa de Guadalcanal. Lá, havíamos construído uma igreja e precisávamos aumentá-la. Não era de nosso conhe-cimento o fato de que Leonard era o representante também daquela área e,

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As

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História AdventistaAd i v i s à o d o s u l d o p a c Í F i c o

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no passado, havia interrompido a obra de ampliação da igreja. [...] Então, após seu batismo, para a nossa alegria, ele retornou a essa aldeia para dizer que a Igreja Adventista tinha sua permissão para fazer o que quisesse. Agora, outros membros da família enviam seus filhos para a aldeia de Leonard para que conheçam seu novo e maravilhoso estilo de vida.”

As sementes de amor do presidente da Missão chegaram à única pessoa que poderia resolver um antigo problema, e abrir a porta para a continuação do evangelismo naquela área remota.

SolidariedadeReconhecer a necessidade dos

outros pode ser um ato simples, mas tem consequências de longo alcance. Veja, por exemplo, a experiência da Ação Solidária Adventista (ASA). Eles plane-jaram realizar um encontro de final de semana com a equipe em uma aldeia anglicana nada receptiva. Sabendo que não havia água potável, levantaram recursos e enviaram como presente, antes do encontro acontecer, um kit completo para instalação de uma caixa d’água coletiva, e também, uma equipe de adventistas para realizar a tarefa.

A congregação e o sacerdote ficaram admirados. Por que os adventistas se preocuparam com seu problema? Corações foram sensibilizados e, mais tarde, quando um grupo de jovens foi acampar na aldeia (e silenciosamente

de saúde. Essa igreja (280-300 membros) se tornou a segunda em devolução de dízimos da Associação. Os jovens fizeram uma pausa na escola e carreira profissional e se dedicaram ao treina-mento evangelístico durante três meses. A salvação dos filhos tornou-se a priori-dade dessa igreja, e tanto homens como mulheres atuam nos departamentos.

O apoio da comissão da igreja é a maravilhosa evidência da presença de Deus no trabalho. O Pastor Marcus Mundull relata que durante cinco anos de seu ministério ali, “somente três vezes, houve um voto contra nas reuniões da comissão ou dos projetos da igreja”. April Mundall, sua esposa, fala que Kingscliff tem “o maravilhoso espírito da unidade como existiu na igreja primitiva”.

Eles esperam batizar cerca de 50 pessoas este ano.

ConclusãoQuando penso em sementes penso

na generosidade extravagante de Deus, que nos dá muito mais do que necessi-tamos ou esperamos. Ele se deleita com a nossa companhia e nos quer antes de querer nosso serviço. Nos pequenos e insignificantes começos, Deus quer demonstrar o que o Espírito Santo pode realizar sobrenaturalmente por meio de pessoas totalmente comprometidas com Ele. ■

Carol Tasker é diretora associada de Educação da Divisão do Sul do Pacífico.

DIA FELIZ: Leonard, chefe da aldeia, com o Pastor George Vann, no dia do seu batismo.

TEMPO JUNTOS: Wayne Boehm, presidente da Missão, entre Leonard e seu pai, e outros habitantes da aldeia.

testemunhar para seus moradores), ficaram impressionados com as boas- vindas e o convite para realizar o culto de sábado na Igreja Anglicana – com a presença de muitas pessoas locais! Por sua vez, nossos jovens foram ao culto deles no domingo, e nosso pastor foi convidado a pregar. Resultado, muitos jovens e habitantes disseram aos novos amigos que desejam se tornar adventis-tas, porque somos o povo da Palavra e da ação. O primeiro ancião comentou: “Planejamos e programamos fazer a diferença ali, mas o que realmente fizemos foi correr o mais rápido possí-vel para acompanhar o que Deus está realizando!”

A Igreja de Kingscliff No centro dos princípios de cresci-

mento do reino está o relacionamento pessoal com Deus. Há sete anos, os membros da Igreja de Kingscliff, na Associação do Norte de South Wales, Austrália, foram desafiados a passar uma hora de qualidade com Deus; estu-dando a Bíblia e orando. Várias famílias se comprometeram, e o restante da história é a interessante atuação do Espírito Santo no século 21. Ao darem permissão ao Espírito Santo para trabalhar, vidas, ideologias e compor-tamentos foram transformados. O desejo de falar de Jesus na comunidade resultou na realização de três séries evangelísticas e a inscrição de cem participantes em um recente programa

F o t o s : c a r o l t a s k e r

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A R T I G O D E C A PA

Permitam-me compartilhar uma aventura que me levou a conhecer alguns dos líderes empresariais mais bem-sucedidos da Rússia. Eles não são adventistas e talvez

nem sejam cristãos. Mas à medida que os entrevistava como parte do meu trabalho como jornalista, comecei a perceber que seus maiores segredos para o sucesso vêm diretamente da Bíblia – quer saibam disso ou não.

Aqui estão as sete lições que aprendi:

1.Não existem “pessoas insignificantes”.O presidente do Alfa Bank, maior banco privado da

Rússia, convidou-me, certa tarde, para um jantar em sua casa de campo, fora de Moscou. Piotr Aven, 58 anos, que após o colapso da União Soviética construiu uma fortuna pessoal de 5,4 bilhões de dólares, chegou em um Mercedes-Benz preto, com motorista, acenou para os convidados que esperavam no jardim, e foi direto na direção de um empregado em pé, atrás

de uma mesa cheia de suco de frutas, água mineral, vinho, maços de cigarros abertos e isqueiros.

Aven apertou a mão do empregado e conversou brevemente com ele. O

empregado estava visivelmente satisfeito com a atenção e abriu um largo sorriso. Então Aven veio conversar conosco. Após alguns minutos, um homem usando um chapéu alto de chef emergiu da casa, e Aven foi imediatamente em sua direção; apertou-lhe a mão e conversou um pouco com ele.

Mais tarde, enquanto comíamos, comentei com

Aven que não era comum um bilionário dar tanta atenção a empregados. Aven parou e me dirigiu um olhar penetrante. “Você está certo”, disse finalmente. “Mas, sabe, a maior parte dos meus funcionários trabalham comigo há 20 anos, e já é tradição cumprimentá-los dessa maneira. É por isso que trabalham para mim há tanto tempo. Eles são leais.”

Lição aprendida: “Se vocês de fato obedecerem à lei do Reino encontrada nas Escrituras que diz: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’, estarão agindo corretamente. Mas se trata-rem os outros com parcialidade estarão cometendo pecado e serão condenados pela Lei como transgressores” (Tg 2:8, 9).*

2.Administre bem o tempo.Patrick Ghidirim, 39 anos, tem as mãos cheias de Agro-

Terra, um equipamento para agricultura criado por ele, e que emprega mil funcionários, meio bilhão de dólares em ativos líquidos e 250 mil hectares de terra preta e fértil, no centro da Rússia. Quando lhe perguntei sobre sua fonte de inspira-ção, ele confidenciou que sempre carrega “o conselho mais incrível” que anotou durante um encontro com o lendário investidor Warren Buffett, em Harvard.

“Ele olhou para nós em uma sessão na Universidade de Harvard e disse: ‘Olha, vocês todos vão ser bem-sucedidos em algum momento; alguns mais, outros menos. Não se preocupem com isso, não se preocupem com sucesso. Basta lembrar de uma coisa: Você acabará por assimilar muitas das características das pessoas ao seu redor, no lugar onde trabalhar. Quer gostem ou não, isso vai acontecer. Portanto, sejam muito conscientes e criteriosos ao escolher as empresas onde trabalham. Esta é uma das escolhas mais importantes que se pode fazer. Escolham uma empresa e cerquem-se de colegas de trabalho a quem vocês desejam imitar”, disse-me Ghidirim.

Por saber que as pessoas com quem passamos tempo também transformam nossa mente, Ghidirim disse que pesa cuidadosamente o uso do seu tempo.

Por Andrew McChesney

Segredos para o Sucesso O que grandes líderes de negócios na Rússia me ensinaram sobre sucesso

Pyotr AvenF o t o s : i g o r t a b a k o v e v l a d i m i r F i l o N o v

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“Quanto mais velho você se torna, mais valioso passa a ser cada minuto do seu tempo”, mencionou. “Como disse alguém: ‘existe um único recurso, verdadeiramente insubsti-tuível na vida que não valorizamos. O tempo, o nosso próprio tempo’. Quero que cada momento do meu tempo seja importante.”

Lição aprendida: “Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal” (Pv 13:20).

3.Honre suas promessas.Vladimir Vilde, 51 anos, multimilionário que, nos tem-

pos da União Soviética imprimia clandestinamente literatura religiosa, constrói mansões de quinze milhões de dólares para pessoas bilionárias. Perguntei a ele como consegue ser bem-sucedido sem recorrer ao suborno e outras formas de corrupção, comuns no mundo dos negócios.

“A resposta é fácil. Você tem que ser profissional em todas as circunstâncias e sob qual-quer regime. Quando se vive numa economia como a nossa, precisa ser muito profissional e sempre cumprir exata-mente o que prometeu.

Se promete que vai pregar um prego na parede e faz isso ben- feito, vai ser reconhe-cido como um artesão independente, altamente qualificado, procurado por muitos e capaz de receber um bom salário. Po-derá construir mansões como eu. Mas só cheguei até aqui subindo um degrau de cada vez, cada um cheio de profis-sionalismo e previsibilidade. As pessoas precisam saber que o que prometo irá realmente acontecer.”

Lição aprendida: “Senhor, quem habitará no Teu santu-ário? Quem poderá morar no Teu santo monte? [...] o que mantém a sua palavra, mesmo quando sai prejudicado?” (Sl 15:1, 4).

Segredos para o Sucesso O que grandes líderes de negócios na Rússia me ensinaram sobre sucesso

Patrick Ghidirim

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A R T I G O D E C A PA

4.Continue aprendendo.Indra Nooyi, 57 anos, presidente e diretora-geral da

PepsiCo, demonstrava tranquilidade e segurança quando sentou à minha frente, para a entrevista em um hotel em Moscou. Indiana, nascida nos Estados Unidos, com mestrado em Administração pela Universidade de Yale, Nooyi foi apontada pela revista Fortune (2005) como a mulher de negócios mais poderosa do mundo. Quando lhe perguntei sobre o segredo para o sucesso, ela me respondeu: é o desejo de aprender com todas as pessoas, desde os líderes à sua empregada doméstica.

“Procuro por pessoas que têm uma história para me ensinar. Pode ser um líder mundial que tenha uma perspectiva muito interessante sobre uma questão em particular. Preciso pesquisar mais sobre essa pessoa. Do mesmo modo, pode ser um vendedor da PepsiCo ou o zelador. Havia uma secretária em nossa empresa que passou por muitos problemas, e eu aprendi muito com ela. Sempre converso com a pessoa que limpa nossa casa. Ela tem uma vida difícil, ouço suas histórias por horas porque quero compreender como uma pessoa que leva esse tipo de vida e a despeito de tudo, ainda consegue sorrir.”

Nooyi também mostrou um lado vulnerável, dizendo que é importante aprender todos os dias porque o sucesso – mesmo

o seu sucesso – pode ter vida curta. “Todos parecemos bem- sucedidos hoje, mas não sabemos qual será nossa aparência amanhã”, mencionou. “A cada momento da vida, devemos compreender que o sucesso pode ser passageiro. Quando apren-demos com todas as pessoas, tornamo-nos uma pessoa melhor.”

Lição aprendida: “Os sábios acumulam conhecimento” (Pv 10:14).

5.Seja humilde.Muitas pessoas com quem falei eram discretas e tímidas

com a mídia. Mas Antonio Linares, diretor administrativo da filial russa da Roca, a maior fabricante de louças para banheiros do mundo, fez um esforço especial para destacar que a humildade é importante porque não há nada pior que o orgulho para colocar uma pessoa em apuros.

Esse espanhol de 42 anos de idade, que abriu sete fábricas na Rússia em apenas oito anos, mencionou que constante-mente lembra seus 2.500 funcionários: “Não coloque seu ego sobre a mesa”.

Enquanto almoçávamos num restaurante fino em Moscou, Linares me disse: “Certa vez tivemos uma discussão prolongada em uma de nossas fábricas sobre onde colocaríamos uma jane-la em uma grande parede. Alguns engenheiros disseram: ‘Por que não aqui? Em todas as outras fábricas a janela foi colocada aqui’. Outros disseram: ‘Mas aqui é a Rússia, e as leis dizem que deve haver tal distância daqui para ali, por isso a janela não pode ficar aqui. Ela tem que ficar ali e ter essas características’.

“Após algum tempo, a discussão chegou a um ponto em que tivemos de lembrar as pessoas ao redor da mesa: ‘Senhores, por que precisamos tanto dessa janela? E por que queremos tanto que ela fique aqui?’ O debate foi o resultado de egos sobre a mesa.

«Por isso minha sugestão sempre é: Deixe seu ego no bolso, ou, se possível, dentro do carro. Não o traga perto do coração.”

Lição aprendida: “Todo aque-le que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humi-lhar será exaltado” (Mt 23:12).

Você tem que ser profissional em todas as circunstâncias e sob qualquer regime.

Indra Nooyi

Antonio Linares

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6. Liderar pelo exemplo.Arturo Cardelus, 70 anos, apontou para uma coleção

de estrelas de papel prateado afixadas no teto acima de sua escrivaninha, no escritório da sede da Ferrero, em Moscou, famosa indústria de confeitos italiana, fabricante das marcas Rocher, Nutella e Tic Tac.

“Os valores são muito importantes. Olhe todas essas estrelas aqui”, disse-me Cardelus. “Cada uma delas contém uma palavra diferente: estímulo, criatividade, abertura, humanidade, justiça e confiança. Esses são os princípios que nos motivam nesta empresa.”

Os princípios de Cardelus estão enraizados em seu avô, Pedro Muñoz Seca, proeminente dramaturgo de comédias, morto por um pelotão de fuzilamento durante a Guerra Civil Espanhola, em 1936. Cardelus disse que o avô demonstrou honra ao não escrever para a oposição para salvar a vida e que ele, como seu neto, nunca poderia trair essa honra.

Perguntei-lhe como promove esses princípios entre os funcionários sob sua supervisão nas operações locais da companhia, que cresceu de apenas 150 para mais de dois mil funcionários em apenas oito anos.

“A maneira mais importante”, respondeu ele, “é pelo exem-plo. Devemos ser bons exemplos. Sempre. Isso é fundamental. Se falhar – mesmo que seja uma vez – acabou; perde-se a credibilidade. Nunca falhei, nem em sonho, nem uma vez, por não ser honesto, confiável ou fidedigno – nunca, nunca, nunca. Isso é parte do meu cerne. É assim que sempre fui. É assim que sempre dirigi minhas empresas e é assim que sempre trabalhei”.

Lição aprendida: “Aquele que afirma que permanece nEle, deve andar como Ele andou” (1Jo 2:6).

Então, me surpreendi. Todas essas lições de sucesso e liderança leva a uma coisa: Amor.

7. Amor.Talvez Cardelus tenha expressado melhor a verdade

do amor, quando pedi que compartilhasse seu segredo para administrar com sucesso as pessoas e os negócios.

“A minha vantagem é que eu gosto das pessoas. Eu amo as pessoas”, afirmou.

E acrescentou que seus funcionários, a quem sempre se refere como “meu povo”, são uma tremenda fonte de inspiração. “Eu só quero que eles cresçam. As pessoas são

como a parábola bíblica dos talentos. Tenho que torná-las melhor do que quando as recebi. É minha obrigação ou [...] para que estou aqui? Tenho que deixar nossos produtos mais saborosos, mais deseja-dos. Você sabe, quando tudo terminar, Deus irá me perguntar: ‘Está bem, o que você fez na vida?’ O que eu vou dizer: ‘Bem, eu trabalhei no orçamento todos os anos; nunca faltei a um com-promisso; cheguei pontualmente a todas as reuniões’?”

Cardelus disse que se esforça para saber o que as pessoas estão sentindo, e é bem-sucedido por ser transparente e nunca tentar enganar ninguém. “Sei o que eles têm por dentro porque sou muito aberto. Como pode ver, sou extraordinaria-mente aberto, totalmente transparente e eles me respondem”.

Isso deu oportunidade para uma última pergunta: “Soa como se a necessidade de ter transparência fosse um compo-nente importante na liderança”, perguntei.

“De ser, não de ter a habilidade de”, Cardelus repreendeu-me gentilmente. “Não estou fazendo um show. Não, sou sempre muito claro, muito transparente, muito aberto. Nunca simulo coisas [...] Lidero com o coração.”

Lição aprendida: “‘Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento’. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’” (Mt 22:37-39).

Esse é o maior segredo do sucesso e vem direto de Jesus, o maior de todos os líderes: “Amem-se uns aos outros” (Jo 13:34). ■

Andrew McChesney é jornalista na Rússia.

Você tem que ser profissional em todas as circunstâncias e sob qualquer regime.

Arturo Cardelus

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D E V O C I O N A L

Aqui está!”, disse a jovem mãe ao colocar três quilos de gente irrequieta em meu colo. “Você quer segurá-la? Seu nome é Yvonne.” Ao dividir seu tesouro

comigo, Elizabeth sabia como me sinto em relação aos bebês. Há alguns anos, ela havia me ouvido falar sobre o sagrado milagre da reprodução humana, numa igreja onde eu era o pastor. Elizabeth é médica, com vasto conhecimento sobre essas coisas. Ela deu à luz há três dias.

A seu convite, os pais, irmã e dois sobrinhos animados se reuniram na casa para dar as boas-vindas a Yvonne. Minha esposa, Fredonia, e eu estamos felizes por nos unirmos ao clã. Está planejado um grande jantar. A vovó trouxe o prato principal e o bolo.

Yvonne, bem vestida num pijaminha cor-de-rosa, está em meu colo. Pernas, braços, dedos, tudo funcionando. Admiro-a. Ela é tão pequena! A face um pouco enrugada, a cabeça parece um pouco apertada; ou estou imaginando coisas? Ela é nova, tão nova! Mas agora está agitada, quase chorando. “Você não gosta de mim?” sussurro, segurando seu corpinho firmemente em minhas mãos, abraçando-a. Ela relaxa e

adormece. “Ela está acostumada a ambientes apertados”, digo ao vovô que, do outro lado da sala, sorri com aparente inveja. Ele é médico. “Ele não estava presente quando ela nasceu? Ele já teve sua chance!” digo a mim mesmo.

■ ■ ■ ■

Conversa. Boa conversa! Tanta coisa para falar! Expresso espanto de que, tão pouco tempo depois do parto, Elizabeth se sinta à vontade sendo a anfitriã! Que família bonita, inteligente e calorosa! Mas a princesinha está se contorcendo! Carinhosamente, seguro com mais firmeza esse pedacinho de gente, apertando-a contra o peito. Será que ela ouve meu coração? Sente minha respiração? Será que minha voz, ressoando através de sua pequena estrutura, produz confiança e conforto? Ela relaxa. Algo se move dentro de mim. “É bom que ouça uma voz masculina”. Digo para o novo pai. Ele está ocupado arrumando as cadeiras. “Os filhos precisam ouvir a voz do papai. Você não concorda?” Ele sorri com indulgência.

Agora minha amiguinha está acordada. Ela abre os olhos. Boceja e estica as pernas. Coloco o dedo mínimo em sua mãozinha. Ela o agarra e segura firme! Limpo a garganta

YvonnePor Oliver L. Jacques

Um abraço, uma lembrança e uma promessa futura

F o t o : v e r a k r a t o c h v i l

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e fico emocionado. “E esses olhinhos!”, exclamo, “incríveis câmaras de TV dirigidas por um computador infalível!” Toco gentilmente a parte de trás da cabecinha dela. “Logo ela estará focalizando seus olhos”. Mais uma vez ela está irrequieta. Cuidadosamente, pressiono-a contra meu coração. Ambos nos sentimos melhor.

“O que você está pensando? Você está em transe ou o quê?” É Fredonia, minha esposa. “Só pensando”, respondo.

■ ■ ■ ■

Segurar um bebê, para mim, é um ato de adoração. Meu coração transborda com pensamentos e sentimentos sobre Deus. “Sou um homem idoso – mais velho que o papa”, digo, às vezes, aos funcionários do supermercado quando me ajudam a carregar as compras. As pernas não funcionam bem; as costas doem. Os dedos, deformados pela artrite, batem em teclas erradas no computador. Os joelhos estão mal. O coração, com sua válvula mecânica, precisa de reforço. Já passou da hora de ser operado de catarata. Já preciso de um novo aparelho auditivo. Quando prego, preciso de ajuda para sair da plataforma. Não sorria! Não é engraçado! Além disso, tudo é muito assustador. Às vezes, sinto-me inseguro, meio trêmulo.

Minha alma precisa ressoar a voz de Deus. Preciso senti-Lo respirando, preciso ficar perto do Seu coração amoroso. Sim, preciso que Ele me segure em Suas fortes mãos. E, gostaria de saber como Ele se sente em relação aos Seus filhos impotentes e irrequietos; aqueles que foram criados para serem semelhan-tes a Ele! Vêm à mente as palavras conhecidas das Escrituras, trazendo-me paz, segurança e compreensão. Lembro-me de Suas palavras: “Assim como uma mãe consola seu filho, também Eu os consolarei” (Is 66:13).1 Penso no Bom Pastor que carrega Suas ovelhas no colo e da promessa: “Eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28:20).

■ ■ ■ ■

Ele é um homem idoso. Está no Templo, em Jerusálem, e “esperava a consolação de Israel” (Lc 2:25). O que é aquilo em seus braços? Um pequeno bebê recém-nascido de Nazaré! Será que a viagem de cinco dias feita pela mãe sobre um

jumentinho, apressou o Seu nascimento? Enquanto o velho Simeão segurava o bebê Jesus próximo ao coração, ele sabia que essa “semente” de Eva iria, como nosso irmão de carne e sangue, vencer o mal e trazer salvação tanto para judeus como para gentios. Mas, olhe esse bebê! Seus olhos, Suas mãos! Posso dizer a epifania daquele homem idoso enquanto seguro a pequena Yvonne? Lembro-me de ter lido sobre Theodore Roosevelt. Ele está aposentado, tremendo com dor e malária. Homem forte – uma vez liderou as famosas “Rough Riders.”2 Quem não se lembra do destemido presidente dos EUA com sua “grande vara”? Um dia, ele estava em pé em sua sala, com o novo netinho nos braços. Não estava falando, nem rindo. O velho homem estava chorando. Sim – chorando – lágrimas escorrendo pelo rosto! É a maravilha que isso repre-senta, eu acho. “Tudo bem, Sr. Presidente. Nós entendemos. Está tudo certo!”

Bem, Yvonne está crescendo. Já é uma garota em idade escolar, com olhos brilhantes e sorriso encantador. Atualmente ela estuda em casa – sua mãe sabiamente lhe dá a melhor educação. Obrigado, Elizabeth – sim, e também, a você papai, vovó e vovô por aquela visita transcendente e inesquecível!

Um grande abraço pra você, Yvonne. Um dia, muito em breve, se formos fiéis, você e eu vamos ser amigos, vamos realmente conhecer um ao outro! Você sabe o que eu gostaria de fazer? Gostaria muito de fazer uma caminhada com você, talvez corrermos juntos ao longo do rio da vida. Sabe, aquele que flui do trono de Deus – em um mundo melhor e mais seguro! ■

1 Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional2 “Rough Riders” é o nome dado aos primeiros Voluntários Cavalry dos Estados Unidos, reunidos em 1898 durante a Guerra Hispano-Americana.

Oliver L. Jacques atuou como pastor, professor, missionário e administrador. Faleceu em setembro de 2012.

Será que minha voz, ressoando através de sua pequena estrutura, produz confiança e conforto?

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C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Poucos conceitos são de tal forma confirmados na Bíblia como a afirmação de que Deus é o criador

do Universo e da vida. Desde o primeiro verso (“No princípio Deus criou” [Gn 1:1]),1 ao último (“Eu sou o Princípio e o Fim” [Ap 22:13]), as Escrituras repetidamente afirmam que o que trouxe todas as coisas à existência foi a atividade criativa de Deus. Tal clareza inequívoca conflita com o modelo naturalista das origens predominante no pensamento acadêmico secular, o qual, não aceita a ideia do Deus Criador nem da possibilidade de Sua interação com a natureza.

A Bíblia não apenas identifica Deus como o autor da criação, mas também O retrata como ativa e intencionalmente envolvido no processo. Isso é claramente transmitido pelo relato da Criação em Gênesis 1, onde os verbos que descre-vem o papel desempenhado por Deus (criou, disse, viu, dividiu, chamou, fez, colocou, abençoou) estão na forma ativa e associados ao objeto direto.

O que Podemos e o que Não Podemos Saber?

Se a Bíblia é explícita ao indicar a atuação de Deus na criação, o que se pode dizer sobre os mecanismos da criação? As Escrituras fornecem alguma ideia sobre o processo usado por Deus nessa tarefa?

O livro de Jó parece defender a limi-tação da habilidade dos seres humanos em compreender a maneira pela qual Deus utilizou seus poderes criativos. E por falar em Jó, seu amigo Eliú destaca esse fato: “a voz de Deus troveja mara-vilhosamente; Ele faz coisas grandiosas, acima do nosso entendimento” (Jó 37:5). Mais adiante, o próprio Deus apresenta a Jó um retrospecto das maravilhas da criação (Jó 38-41), levando-o finalmente a reconhecer e exclamar: “certo é que falei de coisas que eu não entendia, coi-sas tão maravilhosas que eu não poderia saber” (Jó 42:3). Essa habilidade para

Entre a fé e a ciência

compreender o poder criador de Deus é um aspecto fundamental da condição humana, e não é devido à falta de vonta-de ou diligência. Essa visão é claramente expressa pela seguinte declaração de Ellen White: “Deus nunca revelou aos mortais como a obra da criação foi realizada em seis dias literais. Suas obras criativas são tão incompreensíveis como Sua existência.”2

É verdade, entretanto, que a Bíblia contém inúmeros convites para refletir-

mos sobre os aspectos do mundo natural, uma maneira de nos tornar mais familiarizados com o caráter de Deus e Seu ideal para Suas criaturas. Davi, por exemplo, explana como os pensamentos tomam forma: “quando contemplo os Teus céus, obra dos Teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste” (Sl 8:3). Por-tanto, mesmo que o processo da criação possa ser inacessível para nós, o que resulta dele (da “criação”) convida-nos à investigação e aparenta ser inteligível.

nÚmerO 6

PrincípioCriou

deus

n o

Por Ronny Nalin

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Podemos perceber essa ambivalência mesmo na passagem onde Deus hu-milha Jó por meio de Suas perguntas desafiadoras. Quando Deus faz per-guntas profundas ao patriarca, desperta sua atenção para observar os aspectos maravilhosos da criação. Essa função da ciência, como uma maneira de se conectar com Deus, é maravilhosamen-te confirmada em outra declaração de Ellen White: “Unicamente sob a direção do Onisciente, podemos nos habilitar a meditar segundo os Seus pensamentos, no estudo de Suas obras.”3

Equilibrando Dois Extremos Considerando o que a Bíblia diz

sobre examinar as origens de nosso mundo, a investigação científica deveria manter um equilíbrio entre os dois extremos. De um lado está o risco de deixar Deus fora do cenário. Os métodos científicos nos ajudam a compreender, muitas vezes em minúcias, o funcio-namento de alguns fenômenos físicos. Infelizmente, em vez de suscitar admira-ção e gratidão para com o Criador, esse conhecimento pode levar a uma falsa sensação de domínio e autossuficiência. Quando não compreendemos que saber como algo funciona não significa que entendemos como foi criado, somos enganados pela primeira tentação ouvida no Éden: “como Deus serão conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:5).

Do outro lado do espectro, está a visão da ciência como um perigoso tabu. Pesquisas científicas são suspeitas. Essa atitude faz com que a religião pareça tentar controlar a humanidade mantendo-a ignorante. Satanás tentou retratar Deus da mesma forma quando perguntou a Eva no jardim do Éden: “Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?” (Gn 3:1). Por meio da insinu-ante pergunta, a serpente sugeriu que Deus não queria que os seres humanos experimentassem a criação, quando, na realidade, Deus havia planejado e plan-

tado aquelas árvores para que os seres humanos se alimentassem de seus frutos.

Portanto, quando discutimos certos aspectos dos atos criativos de Deus, é preciso evitar os dois extremos potenciais. Com esse espírito, oferecemos as seguin-tes reflexões como sugestões exploratórias, nascidas de uma perspec-tiva humana limitada.

Fui Criado Por Deus? Uma das primeiras perguntas

sobre o método da criação divina é a questão fiat. Essa palavra latina pressupõe o aparecimento de sistemas totalmente funcionais em resposta imediata ao comando de Deus. O relato da criação do Gênesis é bastante claro, declarando que Deus chamou as coisas à existência. Este conceito é evidenciado em vários outros textos bíblicos, tais como Salmo 33:6: “Mediante a palavra do Senhor foram feitos os céus, e os corpos celestes, pelo sopro de Sua boca”.

Por outro lado, também experi-mentamos a formação de coisas novas, que não são feitas instantaneamente pela voz de Deus, como a vinda de um bebê ao mundo. Porém, isso não está em conflito com a criação fiat original. Deus é autor e mantenedor de todas as coisas, e trabalha por intermédio das leis que Ele mesmo ordenou para governar os sistemas.

Entidades Criadas: Estáticas ou Dinâmicas?

A segunda área de confusão poten-cial é a ideia de que o que Deus criou não pode mudar, porque é perfeito. Muitas coisas que vemos no Universo hoje, fazem parte de um sistema dinâ-mico, cheio de processos, mudanças e,

portanto, da história. Isso é resultado do pecado?

No plano original, Deus não intencionava que Suas criaturas perma-necessem estáticas. Isso está implícito pelas injunções – “sejam férteis e multipliquem-se! Encham as águas dos mares!”, “sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a Terra!” (Gn 1:22, 28) – dirigida aos peixes, criaturas voa-doras e seres humanos, respectivamente. Os verbos usados sugerem que Deus dotou Sua criação com o potencial de crescimento e expansão. Está claro, portanto, que Deus planejava que este mundo fosse um sistema dinâmico, desde o princípio. Ao mesmo tempo, o relato de Gênesis indica que algumas mudanças na natureza foram introduzi-das depois do pecado (Gn 3:14-19).

Independentemente das razões para a mudança, muitas coisas observadas hoje, como, as crateras de impacto na superfície da Lua, parecem apontar para a ocorrência de processos no passado.

Deus é o Criador de todas as coisas, e revelou nas Escrituras o relado autêntico de

Sua atividade criadora. “Em seis dias, fez o Senhor os céus e a Terra” e tudo que tem vida

sobre a Terra, e descansou no sétimo dia dessa primeira semana (Êx 20:11). Assim Ele estabeleceu o sábado como monumento comemorativo perpétuo de Sua esmerada obra criadora. O primeiro homem e a primeira mulher foram formados à imagem de Deus como obra-prima da criação, foi-lhes dado domínio sobre o mundo e se atribuiu a eles

a responsabilidade de cuidar dele. Quando o mundo foi concluído, ele era “muito bom”,

proclamando a glória de Deus. (Gn 1; 2; Êx 20:8-11; Sl 19:1-6; 33:6, 9; 104; Hb 11:3.)

– Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, Nº 6Criou

CriaçãoA

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C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Aceitar que as coisas podem ter sofrido mudanças após a criação, ajuda a entender que nem tudo o que vemos reflete fielmente a condição original.

Veio do nada ou de material pré- existente?

Outra questão importante sobre a criação é a dúvida se Deus trabalha a partir de material pré-existente ou se Ele não precisa de nenhum ingrediente inicial, mas pode realmente fazer as coisas ex nihilo (expressão latina que significa “do nada”).

A Bíblia afirma claramente que Deus tem a capacidade de criar ex nihilo e que de fato Ele fez. “Todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele. Ele é antes de todas as coisas” (Cl 1:16, 17; cf. Hb 11:3). No entanto, o relato de Gênesis mostra que Deus também pode criar coisas usando material pré-existente, o princi-pal exemplo é a criação do homem “do pó da terra” (Gn 2:7).

Determinismo e Livre-Arbítrio A pergunta final sobre a atividade

criadora de Deus diz respeito à quan-tidade de controle que Ele exerce ao governar a mecânica dos sistemas que Ele criou. Será que Deus propositada-mente determina a ocorrência de cada fenômeno, da trajetória específica de um grão de areia transportado por um rio à recombinação exata do material genético dos cromossomos das células parentais? Esta questão é muito im-portante, especialmente nas discussões sobre o livre-arbítrio e a manifestação do mal na natureza.

O Novo Testamento retrata Jesus como o Sustentador do Universo, afinal “nEle tudo subsiste” (Cl 1:17). Isso significa que não existe nenhuma realidade sem Deus. No entanto, suster é diferente de determinar. Deus pode proporcionar um ambiente para que as coisas existam, onde vários resultados de um determinado fenômeno têm a oportunidade de ocorrer. Do ponto de vista dos seres humanos, as leis podem regular alguns desses resultados, ao passo que outros não podem ser

Se você deseja estudar mais sobre os assuntos abordados neste artigo, consulte as seguintes referências:

1. O assunto da fé e pesquisa científica na questão das origens: Ellen G. White, Educação, capítulo 14. Disponível on-line: www.ellenwhitebooks.com/?l=36&p=128

2. Sobre o conceito da criação ex nihilo: Paul Copan and William L. Craig, Creation Out of Nothing: A Biblical, Philosophical, and Scientific Exploration (Grand Rapids: Baker Academic, 2004).

3. Sobre a questão da aleatoriedade e atividade divina: David A. Thomas and Paul F. Barcenas, “Chaos: Crucible of Creation”, College and University Dialogue 4, nº 3 (1992), p. 12-15. Disponível on-line: www.dialogue.adventist.org

4. Materiais adicionais:www.grisda.orgwww.grisda.wordpress.comwww.facebook.com/Geoscienceresearchinstitute

previstos. Essas duas formas de as coisas acontecerem são comumente referidas como necessidade e possi-bilidade. Estas palavras impessoais transmitem a impressão de um mundo mecânico, funcionando sem Deus. No entanto, o que experimentamos como necessidade e possibilidade podem ser, de fato, formas intencionais de Deus permitir que o livre- arbítrio seja possível.

Uma Questão de Fé Concluindo, a investigação científica

pode ajudar a elucidar alguns aspectos dos processos pelos quais Deus escolhe interagir com a natureza. Ao mesmo tempo, embora a ciência possa nos oferecer uma apreciação mais profunda da grandeza do Criador, a compreensão de como Deus fez o mundo continua a ser uma questão de fé. “Pela fé entende-mos que o Universo foi formado pela

palavra de Deus, de modo que aquilo que se vê não foi feito do que é visível” (Hb 11:3). Não foi diferente com Adão e Eva, que acordaram em um mundo maravilhoso no qual não haviam testemunhado sua criação. Assim como eles, temos o privilégio de explorar este mundo fantástico e sermos, cada vez mais, agradecidos ao Criador. ■

1 Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional. 2 Ellen G. White, Spiritual Gifts (Battle Creek, Mich.: Seventh-day Adventist Pub. Assn., 1864), v. 3, p. 93. 3 Ellen G. White, Educação (Casa Publicadora Brasileira), p. 134.

Ronny Nalin, Ph.D., é cientista pesquisador do Geoscience Research Institute (Instituto de

Pesquisa em Geociência) da Associação Geral. Ele reside em Mentone, Califórnia, EUA

ReferênciasOutras

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E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

A semana da criação, na qual Deus realizou Sua obra em seis dias e descansou no sétimo, foi igual a qualquer outra semana […] O ciclo semanal de sete dias

literais, seis para trabalho e o sétimo para descanso, tem sido preservado e mantido ao longo da história da Bíblia. Ele se originou com os grandes acontecimentos dos sete primeiros dias […]

Mas a teoria de que os acontecimentos da primeira semana necessitaram sete grandes períodos de tempo para sua rea-lização, atinge diretamente o fundamen-to do sábado, o quarto mandamento, e torna indefinido e obscuro o que Deus fez muito simples. É o pior tipo de infi-delidade, pois para muitos que professam crer no relato da criação, isso é incredulida-de disfarçada […]

Geólogos mal-intencionados afirmam que o mundo é muito mais velho do que declara o regis-tro bíblico. Rejeitam o testemunho da Palavra de Deus por coisas que, para eles, são evidências da própria Terra […]

Ossos de homens e animais são encontrados […] mostrando que já existiram homens e animais bem maiores […] Porque esses ossos são maiores do que os dos homens e animais que agora vivem, ou que tenham existido durante várias gerações passadas. Assim, alguns concluem que a Terra era habitada muito antes do registro da criação por uma raça de seres superiores em tamanho […] Aqueles que raciocinam desta forma têm ideias limitadas a respeito do tamanho dos homens, animais e árvores antes do dilúvio, e das grandes mudanças que então ocorreram na Terra.

Sem a história bíblica, a geologia não consegue provar nada. Fósseis e objetos encontrados dão evidência de um estado de coisas que diferem em muitos aspectos do presente. Mas o tempo de sua existência pode ser conhecido apenas pelo registro inspirado […] quando os homens deixam a palavra de Deus, e creditam Suas obras criativas a princípios naturais, estão sobre um oceano infinito de incerteza […]

A palavra de Deus é dada como lâmpada para nossos pés e luz para o nosso caminho. Aqueles que deixam para trás Sua palavra, e procuram penetrar nos mistérios de Jeová com a cegueira de suas próprias filosofias, vão tropeçar na escuridão […]

Deus tem dado provas suficientes para alicerçar a fé de todo aquele que deseja acreditar. Nos últimos dias, a Terra será quase destituída da verdadeira fé. Após um mero pretexto, a palavra de Deus será considerada não confiável,

enquanto o raciocínio humano será aceito, ainda que seja em oposição aos simples fatos bíblicos.

Os homens vão se esforçar para explicar a obra da criação por processos naturais.

Mas a maneira como Deus operou na obra da criação Ele nunca revelou aos homens […]

“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a

nossos filhos.” Homens que professam ser ministros de Deus levantam a voz

contra a investigação da profecia, e dizem às pessoas que as profecias, especialmente as

de Daniel e João, são obscuras e que não podemos compreendê-las. No entanto, alguns desses mesmos

homens avidamente recebem as suposições dos geólogos, que disputam o registro mosaico. Mas, se a vontade revelada de Deus é tão difícil de ser compreendida, os homens certamente não devem depositar sua fé em meras suposi-ções sobre o que Ele não revelou […] Pela providência [de Deus] homens, animais e árvores, muitas vezes maio-res do que aqueles que agora estão sobre a Terra, foram enterrados por ocasião do dilúvio e, assim, preservados para provar ao homem que os habitantes do mundo antigo pereceram numa catástrofe mundial. Deus desejava que a descoberta dessas coisas na Terra pudesse despertar a fé na história inspirada. Mas os homens, com seu raciocínio vão, fazem uso errado das coisas que Deus projetou e que deve-ria levá-los a exaltá-Lo. Eles caem no mesmo erro cometido pelo povo antes do dilúvio – as coisas que Deus lhes havia dado como benefício, eles transformaram em maldição, fazendo mau uso delas. ■

Este artigo foi publicado pela primeira vez na revista Signs of the Times (20 de março de 1879). Os adventistas do sétimo dia creem que Ellen G. White (1827-1915) exerceu o dom profético bíblico durante mais de 70 anos em seu ministério público.

Por Ellen G. White

Sem a história bíblica, a geologia

não consegue provar nada.

Transformando o simples em confusoIncredulidade Enganoe

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R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Vou comentar inicialmente sobre

a lista de 1 Crônicas, e depois a respeito do

propósito das genealogias.1. Conteúdo da

Genealogia: Essa genealogia começa com a história pré-israelita desde

Adão, ou da criação (1Cr 1:1-3) até o dilúvio(1:4); e das nações pós-diluvianas (1:5-26) a Abraão (1:27). A

partir daí, a lista de nomes é restrita aos filhos de Abraão com Hagar (1:29-31), Quetura (1:32-33) e Sara (1:34). A genealogia se afunila ainda mais listando apenas os descendentes de Isaque (Esaú [1:35-54] e Jacó [2:1-2]). Nesse ponto, chegamos ao que parece ser um dos principais interesses do autor: Israel como o povo de Deus. As tribos que saíram de Jacó (Israel) são descritas a partir de Judá (2:3-4:23). A intenção é levar o leitor a Davi e seus descendentes (3:1-24). Outros descenden-tes de Judá também aparecem (4:1-23).

Em seguida, são apresentados os descendentes das demais tribos. Admite-se que a lista das tribos segue um padrão geográfico geral. Judá está no centro e o próximo a ser mencionado é Simeão (4:24-43), um dos seus vizinhos mais próximos. O movimento é do sul para o norte, leste do Jordão (Ruben, 5:1-10; Gade, 5:11-22; a metade da tribo de Manassés, 5:23-26; e Levi, 6:1-80). Depois, seguem-se as tribos de Issacar (7:1-5), Benjamim (7:6-112), e Naftali (7:13), e termi-na com o movimento do norte para o sul (Manassés, 7:14-19; Efraim, 7:20-19; Aser, 7:30-40; e Benjamin/Saul, 8:1-40). No capítulo 9, encontramos a lista genealógica daqueles que retornaram do exílio, com ênfase especial nos Levitas (9:1-34). Finalmente, retornamos à genealogia de Saul, preparando assim, o caminho para o reinado de Davi (9:35-44).

2. Significado da Genealogia: Primeiro, é óbvio que essa genealogia é uma história concisa de dimensão global. Ela começa confirmando o fato histórico da criação, do dilúvio e termina com o início do reinado de Davi. Mas, também inclui o exílio e o retorno do exílio, oferecendo um elemento de esperança. Em um tempo quando o povo de Deus estava desanimado devido à destruição de Jerusalém, do templo, e o

retorno do exílio era deprimente, Deus afirma que eles fazem parte de uma história da qual Ele é o Senhor. Essa história não chegou ao fim, mas permanece sob Sua direção como foi no passado.

Segundo, a capacidade humana, dada por Deus, para gerar filhos, é destacada nesse histórico. Dela se originou os traços na raça humana vindos de um ancestral comum, criado por Deus à Sua imagem: Adão. Essa genealogia, em particular, une o povo de Deus à raça humana com laços de solidariedade e deveria excluir qualquer tipo de pre-conceito. O nascimento de Abraão nos leva de volta à sua eleição para ser usado por Deus a fim de abençoar todas as nações da Terra.

Terceiro, essa genealogia, com base na quantidade de espaço que lhe é atribuído, enfatiza Davi e o sacerdócio levita. As genealogias, às vezes, eram imprescindíveis para se organizar tarefas de caráter religioso e social, e conferir privilégios a algumas pessoas. Porém, cada indivíduo tinha um papel a desempenhar na arena da história pelo simples fato de pertencer à determinada genealogia.

Na Bíblia, rei e sacerdote desempenham papéis muito importantes. Eles são instrumentos usados por Deus para representar a obra e o ministério de Jesus em quem as funções de rei e sacerdote se fundem. Cristo não era simplesmente o filho de Maria. De modo particular, Ele era o Filho de Deus, a Quem o Pai atribuiu uma responsabili-dade singular a qual de bom grado aceitou: A redenção da raça humana.

Há muito que aprender das genealogias bíblicas. Da próxima vez que você ler essas listas não leia apenas, mas estude cuidadosa e reflexivamente cada uma. Certamente você encontrará preciosas lições em meio a esse emaranhado de nomes! ■

Ángel Manuel Rodríguez atuou como diretor do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral por muitos anos. Hoje, aposentado, mora no Texas, EUA.

Nomes, Nomes . . .Nomes,

Em meu plano anual de leitura da Bíblia

sempre me deparo com várias listas de genealogias,

por exemplo, 1 Crônicas 1-9. Qual é o propósito delas?

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E S T U D O B Í B L I C O

Alguma vez você já se deparou com perguntas sem respostas? Já se questionou por que certas coisas acontecem na sua vida? O futuro lhe parece escuro

e incerto? No Estudo Bíblico deste mês descobriremos não apenas como viver, mas como ter sucesso em meio à incerteza. Examinaremos princípios bíblicos que nos capacitarão a aceitar o que não podemos compreender, a encarar os desafios da vida e a nos alegrar na presença dAquele que nunca nos abandonará ou Se esquecerá de nós.

1 É necessário aceitar a realidade de que não compreenderemos algumas coisas até a eternidade? Leia Deuteronômio 29:29 e encontre a resposta. Muitas coisas que nos acontecem ficarão sem explicação até a eternidade, quando nosso amorável Salvador as explicará. Ele nos convida a conviver com a incerteza. Nem todas as nossas perguntas serão respondidas nesta vida.

2 O fato de não compreender todas as coisas significa que não podemos ter paz de espírito até entender por que certas coisas acontecem? Leia cuidadosamente, Filipenses 4:7. O que você descobriu?Paulo escreveu sobre “a paz de Deus que excede todo o entendimento”. Embora a mente não compreenda, o coração ainda pode confiar. Quando vivemos com incerteza, podemos confiar nAquele que tem o futuro em Suas mãos, podemos confiar em Seu amor e cuidado.

3 Por que Jesus não responde a todas as nossas perguntas, agora? releia João 16:12 e encontre um princípio eterno. Em Sua misericórdia, Jesus não responde a todas as perguntas agora. Ele explicou aos Seus discípulos que eles não “suporta-riam” ouvir todas as coisas que Ele desejava lhes dizer. Se Jesus nos revelasse todas as coisas, ficaríamos desesperados.

4 Leia João 8:12 e 12:35. O que Jesus nos diz sobre viver em tempos de incerteza?Jesus nos convida a caminhar na luz, assim não temos que nos preocupar com as incertezas do caminho à nossa frente. Quando enfrentamos nossas mais profundas trevas, Jesus revela a luz da Sua presença. Ele nos incentiva a abraçar a luz que Ele oferece, a descansar no calor de Sua presença e a desfrutar da alegria de saber que Ele suprirá todas as nossas necessidades (Fl 4:19).

5 Em tempos de incerteza, que segurança recebemos de Jesus? Atente para cinco promessas contidas em isaías 41:10.

6 Será que algum dia nossas perguntas serão respondidas? Leia 1 Coríntios 13:12. Hoje vemos através de um vidro escuro. Vivemos incertezas e perguntas sem respostas. Mas o dia virá, quando Deus nos revelará todas as Suas respostas, e ficaremos maravilhados com o Seu amor, sabedoria e poder eternos.

7 Como permanecer confiante durante os momentos mais difíceis da vida? Encontramos a resposta em duas passagens das Escrituras: 1 Pedro 5:7 e 2 Coríntios 5:7.Jesus nos convida a colocar “sobre Ele todas as nossas ansiedades”. Podemos colocar todo o peso de nossa ansiedade sobre o Salvador que morreu por nós, que agora vive por nós, e que, em breve, voltará outra vez para nós. Se vivermos pela fé, confiando em Sua graça, estaremos seguros em meio às nossas incertezas, agora e para sempre. ■

Por Mark A. Finley

IncertezaVivendona

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Respostas a Perguntas Bíblicas Tento ler o máximo de artigos que posso da Adventist World. Essa revista me eleva

a um nível melhor, fortalece minha crença como adventista. Por essa razão, agradeço por publicarem a coluna de Ángel Manuel Rodríguez, Respostas a Perguntas Bíblicas, onde as respostas são fundamentadas na Bíblia.

Niyo TheoPor e-mail

Santuário CelesteLouvado seja o Senhor pelo Pr. Mark Finley, sua família e os ministérios que desenvolvem. Certamente, indi-cados por Deus. Muito obrigada por publicarem o estudo bíblico “Quando

TesouroA edição de maio da AW é fantástica. Bênçãos e mais bênçãos!

Jack Blanco Collegedale, Tennessee, Estados Unidos

Nossos Planos e Programas Aguardo ansiosamente para ler a Adventist World e considerar as várias opiniões que os escritores expressam ali. Desta vez, estou enviando alguns dos meus comentários:

No artigo “O Início de Um Movimento” (O relógio de Deus revela Seu plano), Alice R. Voorheis (AW-maio), fiquei incomodado com a palavra plano. No dicionário essa palavra é definida como algo que está “no estágio de desenho na

prancheta”, e que ainda será colocado em ação. Obviamente este mundo já passou, e muito, da etapa de planejamento e já estamos próximos do que é o propósito de Deus para sua história. Ou não estamos perto do clímax?

Um sinônimo de plano é programa, mas não me lembro de nenhuma literatura adventista tê-la mencionan-do, é sempre plano…

O excelente artigo de Lisa Beardsley, “Mundo BMW e o Teatro do Universo”, publicado na Adventist World (novembro-2010), resumiu a expe-riência da vida, como a conhecemos. Temos um papel a desempenhar no drama da vida que Deus nos dá. A vida de Ellen White é um bom exemplo de como alguém pode se comprometer na formação de uma igreja. Outro exemplo é como Moisés foi escolhido para libertar os filhos de Israel da escravidão.

Estamos na era do computador. Devemos começar a usar palavras mais adequadas para descrever uma situação específica. Deixemos de usar a palavra plano, pois a fase de planejamento já terminou.

Milton LenheimCalifórnia, Estados Unidos

Cartas

Estou orando para que o Senhor Todo-Poderoso me ajude a iniciar um projeto avícola. Pretendo destinar a maior parte dos recursos para o avanço da obra de Deus. Por favor, ore por mim.

Linos, Zimbábue

Minha filha está se formando no Ensino Médio e tem o desejo de estudar no Colégio Mountain View. Não tenho condições financeiras para isso. Por favor, ore em nosso favor.

Rosalio, Filipinas

Participo da obra médico-missionária no Brasil. Por favor, ore pelos vários projetos que temos.

Martin, Brasil

Peço orações em favor do meu irmão que está profundamente deprimido. Ore a fim de que ele busque a Deus e O encontre.

Ratna, Indonésia

Deixemos de usar a palavra plano, pois a fase de planejamento já terminou.

– Milton Lenheim, Califórnia, Estados Unidos

GRATIDÃOOraçãow

T r O C A D e I D e I A S

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o Santuário Celeste Foi Purificado” (AW – outubro 2007).

Obrigada a todos vocês por traba-lharem com Cristo e as hostes celestes, salvando pessoas. Continuem a boa obra!

Lona Downer-McHughLondres, Inglaterra

MalamuloQuando li o artigo “Malamulo: Posto Avançado de Deus”, por Adrienne James e Sandy Mattison (AW – março 2012), achei interessante o seguinte: Os adven-tistas são conhecidos em todo mundo como guardadores da lei de Deus e de como a ensinamos aos outros. Somos até chamados de “o povo da lei”. Em Malaui algumas igrejas pioneiras gostam de usar o termo malamulo, que alguns definem como “lei”. Outras escolas e igrejas, além do hospital, também são denominadas Malamulo.

Muito obrigado por esse artigo. Gostaria de incentivar meus irmãos e irmãs a lê-lo e, com fé, viver a verdade que temos.

John KalingaMalávi

ObrigadoAprecio muito essa revista. Muito Obrigado e que Deus os abençoe.

Jailton Gomes República Democrática de São Tomé e Príncipe

Como enviar as Cartas: Por favor envie para letters@ adventistworld.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a data da publicação. Coloque, também, seu nome, a cidade, o estado e país de onde você está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

Meu esposo faleceu há dois anos. Ainda não me acostumei a viver sozinha. Por favor, ore por mim.

Alma, Canadá

Ore pela unidade de nossa igreja e pelas famílias interessadas em fazer estudos bíblicos.

Saleshni, Fiji

Busco a orientação de Deus na área profissional. As coisas não aconteceram como eu esperava. Ore para que melho-rem e eu possa pagar o que prometi.

Samuel, Uganda

rESPOSTA:Um grupo de crentes, das Ilhas Salomão, reunidos em uma capela simples para estudar a lição da Escola Sabatina. Iniciando com alguns membros, o número cresceu para cerca de 50. Eles esperam que no futuro possam construir um prédio. Leia “As Sementes e os Princípios do Reino”, nesta edição, na página 14.

Oração & Gratidão: Envie seus pedidos de oração ou agrade-cimentos (gratidão por orações respondidas) para [email protected]. As participações devem ser curtas e concisas, de no máximo 50 palavras. Os textos poderão ser editados por questão de espaço e clareza. Nem todas as participações serão publicadas. Por favor, inclua seu nome e o nome do seu país. Os pedidos também podem ser enviados por fax, para o número: 1-301-680-6638; ou por carta para Adventist World, 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring, MD 20904-6600 E.U.A.

Uma Jornada de Descobertas através da BíbliaDeus nos fala por meio de Sua Palavra. Junte-se a outros membros em mais de 180 países que estão lendo um capítulo da Bíblia todos os dias. Para baixar o Guia de Leitura da Bíblia, visite:

www.reavivadosporsuapalavra.org, ou inscreva-se para receber diariamente o capítulo por e-mail. Para fazer parte desta iniciativa, comece por aqui:

1 DE SETEMBRO DE 2013 • salmos 25

ReavivadosSua Palavrapor

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Tiago Springer White nasceu em Palmyra, Maine, Estados Unidos, no dia 4 de agosto de 1821. Era descendente dos primeiros

colonos ingleses que se estabeleceram em Massachusetts, em 1620.Professor formado, ele se uniu ao movimento adventista após

ouvir as pregações de Guilherme Miller e Josué V. Himes, em 1842. Com um mapa profético, alguns folhetos e um cavalo emprestado, White viajou pela Nova Inglaterra (EUA) pregando sobre o breve retorno de Cristo.

Em 1846, Tiago se casou com Ellen Gould Harmon, e juntos dedicaram a vida ao movimento que, em 1863, se tornou oficial-mente a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Por diversas vezes ele atuou como presidente da Associação Geral e editor assistente das publicações: The Advent Review and Sabbath Herald (Revista Adventista), Youth’s Instructor (Lição dos Jovens), e Signs of the Times (Sinais dos Tempos)

Anos192

Fantástico!É

A despeito do comprimento do pescoço, a girafa tem o mesmo número de vertebras cervicais que o ser humano.

12345

Mulheres que não fumam vivem, em média, dez anos mais do que as mulheres fumantes.

Fonte: Women’s Health/The Lancet

Uniões que têm o maior número de colportores em tempo integral:

Tanzânia (Divisão Centro-Leste Africana)

Norte Filipina (Divisão do Pacífico Sul-Asiático)

Zâmbia (Divisão Sul-Africana-Oceano Índico)

Sul Filipina (Divisão do Pacífico Sul-Asiático)

Quênia (Divisão Centro-Leste Africana)

Fonte: Publishing Digest

T r O C A D e I D e I A S

maıs

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“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja Adventista do Sétimo Dia, editada pela Associação Geral e pela Divisão do Pacífico Norte-Asiático.

Editor Administrativo e Editor ChefeBill Knott

Editor AssociadoClaude Richli

Gerente internacional de PublicaçãoChun, Pyung Duk

Comissão EditorialTed N. C. Wilson, presidente; Benjamin D. Schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; Daniel R. Jackson; Robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. T. Ng; Daisy Orion; Juan Prestol; Michael Ryan; Ella Simmons; Mark Thomas; Karnik Doukmetzian, assessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist World Lee, Jairyong, presidente; Akeri Suzuki; Kenneth Osborn; Guimo Sung; Chun, Pyung Duk, Han, Suk Hee

Editores em Silver Spring, Maryland, EUALael Caesar, Gerald A. Klingbeil (editores associados), Sandra Blackmer, Stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Mark A. Kellner, Kimberly Luste Maran

Editores em Seul, Coreia do SulChun, Pyung Duk; Chun, Jung Kwon; Park, Jae Man

Editor On-lineCarlos Medley

Gerente de OperaçõesMerle Poirier

Coordenador do Controle de Qualidade e Mídias SociaisJean Boonstra

ColaboradorMark A. Finley

ConselheiroE. Edward Zinke

Administrador Financeiro Rachel J. Child

Assistentes Administrativos Marvene Thorpe-Baptiste

Assistente do Editor Chefe Gina Wahlen

Comissão Administrativa Jairyong Lee, chair; Bill Knott, secretary; P. D. Chun, Karnik Doukmetzian, Suk Hee Han, Kenneth Osborn, Juan Prestol, Claude Richli, Akeri Suzuki, Ex-officio: Robert Lemon, G. T. Ng, Ted N. C. Wilson

Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff Dever, Brett Meliti

ConsultoresTed N. C. Wilson, Robert E. Lemon, G. T. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, Daniel R. Jackson, Geoffrey Mbwana, Armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. Ryan, Blasious M. Ruguri, Benjamin D. Schoun, Ella S. Simmons, Alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John Rathinaraj, Paul S. Ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil A. Wiklander.

Aos colaboradores: São bem-vindos artigos enviados voluntariamente. Toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, Silver Spring MD 20904-6600, EUA. Escritórios da Redação: (301) 680-6638

E-mail: [email protected]

Website: www.adventistworld.org

Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do Sul, Brasil, Argentina, Indonésia, Austrália, Alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

V. 9, Nº 8

Recente estudo na Espanha sugere que as pessoas que tomam uma xícara de gaspacho (sopa fria a base de tomate, pepino e pimentão) uma vez por semana, têm 27% menos probabilidade de se tornarem hipertensas.

Se você dispõe desses legumes frescos em sua região, tente este clássico de verão rico em caro-tenoides, vitamina C, polifenóis e antioxidantes que ajudam a dilatar os vasos sanguíneos.

2 tomates maduros sem sementes

1 pepino descascado e sem sementes

1 pimentão verde sem sementes

2 dentes de alho descascados

30ml (2 colheres de sopa) de azeite de oliva

15ml (1 colher de sopa) de vinagre de vinho tinto

Após picar todos os ingredientes, bata em um processador de alimentos (ou liquidificador) por alguns segundos. Tempere com sal, ponha para gelar e coma.

Fonte: Men’s Health

1,2 mIlHÃOFonte: The Guardian

É o número de pessoas que morrem em decorrência da malária, todos os anos. Cerca de metade da população do mundo corre o risco de contrair essa doença que é transmitida pela fêmea do mosquito anofelino.

o Derrameevite

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A revista que fortalece a nossa esperança.

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