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Setembro 2014 Testemunhar na República Checa 20 Protegidas em Casa 24 Responde às Orações Deus Legalização A Maconha 11 da Órgão Internacional dos Adventistas do Sétimo Dia

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Adventist World (ISSN 1557-5519) é editada 12 vezes por ano, na primeira quinta-feira do mês, pela Review and Herald Publishing Association. Copyright (c) 2005. V. 10, Nº- 9, Setembro de 2014.

www.adventistworld.orgOn-line: disponível em 11 idiomas

Tradução: Sonete Magalhães Costa

3 N O T Í C I A S D O M U N D O

3 Notícias Breves 6 Notícia Especial 10 Histórias do GLOW

A R T I G O D E C A P A

16Deus Responde às Orações

Histórias de pessoas que fizeram da oração uma prioridade.

8 V I S Ã O M U N D I A L

A Oração Persistente Ted N. C. Wilson O que dizer a Deus, se Ele já sabe tudo.

12 D E V O C I O N A L

Assunto: Apple Sylvia Renz Existe um “app” para quase tudo.

14 C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Meu Tudo em Resposta ao Tudo de Deus

Penny Brink Quando o que recebemos é muito maior do que

aquilo que damos.

20 V I D A A D V E N T I S T A

Testemunhar na República Checa Petr Činčala O que os cristãos podem oferecer a um país ateísta?

22 D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O

D E P R O F E C I A

Centenário do Legado Profético de Ellen G. White

Alberto R. Timm Após cem anos de sua morte, seus conselhos

continuam relevantes para a igreja.

24 S E R V I Ç O A D V E N T I S T A

Protegidas em Casa Gry Haugen A compaixão cristã em um país conhecido pelo

tráfico humano.

11 S A Ú D E N O M U N D O

A Legalização da Maconha

26 R E S P O S T A S A

P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Cheios do Espírito

27 E S T U D O B Í B L I C O

Quando a Esperança se Dissipa

28 T R O C A D E I D E I A S

S E Ç Õ E S

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N O T í C I A S D O M u N D O

S E Ç Õ E S

■ Raafat Kamal, novo presidente da Divisão Transeuropeia, reco-nhece que a Igreja enfrenta um enorme desafio na Europa do século 21, mas declarou acreditar que encontrarão novos caminhos para propagar a mensagem da segunda vinda de Jesus.

Kamal foi eleito pela Comissão Executiva da Associação Geral, sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, no dia 10 de julho, substituindo Bertil Widlander como presidente da região com 22 países que inclui Grã-Bretanha, Holanda, Escandinávia e uma faixa de países que se estende desde a Finlândia até Chipre.

“A Igreja Adventista tem uma mensagem profética singular para o povo do tempo do fim”, disse Kamal, referindo-se às três mensagens angélicas de Apocalipse 14.

“Estou muito animado com as oportunidades que temos ao nosso alcance, e me sinto muito pequeno diante do fato de que Deus está nos usando para realizar Sua missão”, disse ele em entrevista. “A questão diante de nós é: Como Deus vai transformar nossa Igreja minoritária e grandemente influenciada por uma sociedade secular em uma força que transforme as comunidades locais?”

Kamal, que atuou como secretário de campo da Divisão e assistente de Wiklander nos últimos 7 anos, disse que um declínio espiritual acompanhado pelo crescimento do materialismo representa um desafio para a igreja em seu território.

“A Europa, provavelmente pela primeira vez em mil anos, é hoje um campo missionário”, afirmou.

Realinhados pela oração

Esquerda: NOVO LÍDER DE DIVISÃO: Raafat Kamal, fotografado com sua esposa, Heidi Kamal Kendel, diz que um declínio espiritual acompanhado pelo crescimento do materialismo na Europa representa grande desafio para os adventistas. Direita: LÍDER QUE SAI: Bertil Wiklander, retratado em 2010, diz que está se aposentando por razões pessoais e a decisão foi tomada em comum acordo com sua esposa.

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Raafat Kamal é eleito presidente Divisão Transeuropeiada

Recentemente, meu amigo e eu passamos mais de um ano orando por algo

aparentemente tão lógico, que era difícil pensar que valesse a pena pedir a Deus.

Meu amigo precisava de um emprego; surgiu uma vaga. Ele era o candidato ideal; obviamente seria contratado. Quando comecei a orar, tudo que eu precisava era pedir a Deus que confirmasse que nosso julgamento estava correto e, é claro, organizasse os pormenores.

Mas quando o emprego não se materializou, quando problemas e frustrações passaram a fazer parte do processo, quando meu colega viu ser necessário procurar outro emprego para sustentar a família, a natureza da minha oração mudou. Mês após mês, à medida em que lutávamos com o que começou a ser cada vez mais impossível, nossas certezas do início começaram a se trans-formar em preocupações.

Nossas conversas e nossas orações cada vez mais visavam à importância de aprender a esperar no Senhor, entregando a Ele nossa compreensão do que deveria acontecer, e aceitando a possibilidade de que nossa vontade talvez não fosse a dEle. Dezenas de vezes, fizemos perguntas difíceis sobre nossos motivos: estávamos orando apenas para reivindicar sucesso como homens de oração, uma confirmação de que merecemos as bênçãos de Deus?

Com o passar do tempo, nossa oração mudou. Aprendemos que somos propriedade de um Deus onipotente e não temos nenhuma reivindicação a fazer exceto quando Jesus a oferece. O que antes parecia lógico e inevitável acabou se transfor-mando em algo que, bem lá no fundo, sabíamos que só seria possível por meio de Cristo.

Quando enfim veio a oferta de trabalho e o em-prego estava seguro, descobrimos uma gratidão que não conheceríamos se nunca tivéssemos esperado no Senhor. A exemplo do salmista, murmuramos em profunda gratidão: “Isso procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos” (Sl 118:23, ARA).

Embora tivéssemos orado pela mudança em outros, nós é que fomos transformados pelos meses de oração. Deus nos deu o que realmente necessitávamos: um coração mais alinhado com Ele e com Sua vontade.

Ao ler o artigo de capa deste mês sobre orações respondidas, convide o Senhor

para também realizar em você a transformação e o crescimento que a oração sempre produz.

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Os adventistas representam apenas 0,04% dos 203 milhões de pessoas que vivem no território da Divisão, ou seja, um em cada 2.415 habitantes.

Ted N. C. Wilson, presidente mundial da Igreja, disse que serão necessários no-vos métodos para sensibilizar as pessoas para a religião e definir abordagens que cheguem ao coração delas. “Estaremos orando para que o novo presidente ajude a aumentar a ênfase nesses objetivos muito importantes e eternos, que são muito preciosos para a Igreja Adventista”, disse ele em entrevista.

Wiklander, que completa 68 anos em setembro, informou que está se aposen-tando por motivos particulares e que tomou a decisão em acordo com a esposa.

“Tive o privilégio e a alegria de servir a Igreja como presidente da Divisão por 19 anos, que é um longo período, consideran-do a quantidade de viagens necessárias”, disse ele. “Em minha cultura sueca, a pessoa se aposenta aos 65 anos, e já passei dessa idade”. Ele disse estar ansioso por passar mais tempo com a família, servindo a Igreja, dando estudos bíblicos e buscando a Deus por meio da música, arte e poesia.

Raafat Kamal, 50, nasceu no Líbano e tem dois títulos universitários: admi-nistração e teologia. E quatro títulos de mestrado: teologia sistemática, adminis-tração educacional e curriculum, teologia e filosofia islâmica e administração de empresas. É casado desde 1987 com Heidi Kamal Kendel, natural da Noruega e enfermeira. O casal tem duas filhas.

Quando lhe perguntaram sobre o que o inspira, Kamal citou Lamentações 3:22 e 23: “Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as Suas misericórdias são inesgotáveis. Renovam- se cada manhã; grande é Sua fidelidade!”

“Sou inspirado ao conhecer e experimentar a fidelidade, o amor, a misericórdia e compaixão de Deus, que se renovam cada manhã”, exclamou.– Andrew McChesney, editor de notícias, Adventist World

“Nem nos tempos soviéticos, duran-te a perseguição de todas as organiza-ções religiosas, as autoridades privavam as crianças de famílias religiosas, da oportunidade de receber educação secundária”, disse ele.

O apelo aparentemente funcionou. Mais tarde, as autoridades de Belgorod concordaram em permitir que os nove estudantes realizassem o exame de matemática pouco antes do início do novo ano escolar, no dia 1º- de setembro.– Andrew McChesney, editor de notícias, Adventist World

Filipinas inaugura sucursal de Patrimônio Literário de Ellen G. White

■ Uma sucursal do Patrimônio Lite-rário de Ellen G. White foi inaugurada no Adventist International Institute of Advanced Studies (AIIAS) [Instituto Internacional Adventista de Estudos Avançados], nas Filipinas, segunda instituição do gênero a ser instalada fora dos Estados Unidos.

A sucursal contém cópias dos docu-mentos de Ellen G. White e outros mate-riais históricos do escritório principal na sede mundial da igreja, em Silver Spring, Maryland, e oferecerá tanto aos alunos do seminário do AIIAS como aos adven-tistas e não adventistas da região maior oportunidade de estudar a história da igreja, disseram os líderes adventistas.

“O que estamos fazendo é confir-mando o que você já sabe – que estudan-tes internacionais venham para o AIIAS para se preparar para trabalhar na causa do Senhor”, disse James Nix, diretor do Patrimônio Literário de Ellen G. White (PLEW), em Maryland, na cerimônia de inauguração, em 28 de junho.

O PLEW foi criado conforme último desejo e testamento de Ellen G. White, cofundadora da Igreja, com poderes para atuar como seu agente na custódia de seus

Rússia: Nove adolescentes sofrem punição por faltar a exame no sábado

■ Líderes adventistas na Rússia apela-ram pela interferência do governo russo após nove adolescentes adventistas terem sido proibidos de cursar a décima série por se recusarem a realizar o exame final no sábado.

A direção da escola, que havia rejeitado categoricamente os pedidos por flexibilidade, aparentemente recuou após o apelo em favor dos estudantes. Todos cursavam a nona série na cidade de Belgorod, ao sul do país, e perderam o exame estadual de matemática, no sábado, 31 de maio.

As autoridades federais de educação, que marcaram o exame para aquele dia, já haviam previsto que talvez alguns alu-nos não pudessem comparecer ao exame por questões religiosas. Assim, ordena-ram que as escolas públicas em todo o país oferecessem o exame nos dias 16 ou 19 de junho, para esses alunos.

“Os estudantes adventistas em outras partes da Rússia prestaram o exame no dia 16 de junho”, informaram os líderes adventistas e a Divisão Euro-Asiática, em carta ao governo russo.

Mas as autoridades de educação da região de Belgorod, que inclui a cidade de Belgorod, localizada na fronteira com a Ucrânia, recusaram-se a aplicar o exame na data alternativa.

“Cremos que essa situação é inacei-tável, de modo que apelamos à liderança da Federação Russa como também às associações públicas e religiosas para que sejam tomadas todas as medidas legais a fim de eliminar essas irregularidades na região de Belgorod”, dizia a carta.

A carta também declara que os dire-tores da escola e autoridades do departa-mento de educação pressionaram “cruel e ofensivamente” os pais adventistas a dizer aos filhos que rejeitassem suas crenças religiosas e realizassem o exame.

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N O T í C I A S D O M u N D O

escritos e gerência de sua propriedade. Reuel Almocera, diretor da nova

sucursal, disse que parte do papel da nova instituição será também alcançar os adventistas, estabelecer minicentros de pesquisa, desenvolver exibições portáteis e oferecer atividades para os programas da igreja.– Gay Deles, Cavite, Filipinas

Itália: ADRA presta assistência em crise de imigração

■ Na Itália, os funcionários da ADRA, a agência humanitária da Igreja Adventista, distribuíram centenas de kits de higiene pessoal e realizaram um concerto musical para um grupo de imigrantes africanos, içados do mar Mediterrâneo pela marinha italiana.

O Etna, navio da marinha italiana, ancorou no porto siciliano de Palermo, em meados de junho, após retirar 767 imigrantes em várias operações ao longo do Mediterrâneo, inclusive um grupo vítima de naufrágio na costa da Líbia, que matou 10 pessoas e deixou outras 15 com queimaduras graves.

No sábado seguinte, os funcionários da ADRA visitaram o centro comunitá-rio que abriga 280 imigrantes de Gana, Gâmbia, Nigéria, Costa do Marfim, Mali e Guiné.

“Essa visita nos ajudou a ver, em primeira mão, quais são as necessidades

estavam visivelmente perdidas, deso-rientadas e inseguras”, disse Alfano.

A ADRA está trabalhando no centro comunitário, oferecendo outras formas de assistência, como aulas de italiano, workshops e várias atividades recreativas e culturais.– Equipe da Adventist World

Colômbia: Desfile destaca o sábado

■ Eis uma nova maneira de falar sobre o sábado: organizar um desfile pela cidade com sete carros alegóricos, cada um repre-sentando um dia da semana da criação.

Foi esse o método que os membros da Igreja Adventista utilizaram na cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, para destacar o sábado em uma Expocriação e também o lançamen-to de uma campanha evangelística.

Apelidada de “Caravana da Criação”, os sete carros alegóricos coloridos, pas-saram pela avenida principal de Cúcuta

reais e mais urgentes, e o que podemos fazer para ajudá-los a se sentirem bem- vindos e amados”, disse Luca Alfano, líder do projeto da ADRA na Itália.

Na segunda-feira seguinte, voluntá-rios da ADRA entregaram aos imigrantes aproximadamente 300 kits de higiene pessoal, contendo itens como sabonete, escova de dentes e creme dental.

Naquela noite, o coral Ghanaian Adventista de Palermo apresentou um programa musical no centro comuni-tário. “Tentamos transmitir carinho e solidariedade para aquelas pessoas que

INAUGURAÇÃO: James Nix, à esquerda, diretor do Patrimônio Literário de Ellen G. White, e Stephen Guptill, presidente do AIIAS, revelam a placa da nova filial.

LAR TEMPORÁRIO: Dormitórios de um centro comunitário, visitado pelos funcionários da ADRA, abriga 280 imigrantes em Palermo, Itália.

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no curso “Como Deixar de Fumar em Cinco Dias”, lançado em 1959.

Porém, ele traz uma abordagem completamente nova, pois a atitude em relação ao tabagismo mudou dras-ticamente há pouco tempo, conforme declaração de Handysides, professor- assistente na área de Saúde na Universi-dade de Loma Linda.

Ao contrário das décadas passadas, os fumantes de hoje não precisam ser convencidos de que o fumo faz mal, e eles não têm medo de palestras sobre deixar o vício, comentou.

“Você não encontra um fumante no mundo que não saiba que o fumo causa câncer. Portanto, nosso modelo antigo de palestra com base no medo, não funciona mais.”

Isso significa que os novos métodos precisam ajudar os fumantes, e o Breathe-Free 2 dispensa uma atenção especial ao relacionamento pessoal. Embora o programa tenha uma versão faça-você-mesmo, ele incentiva os fumantes a participar de um grupo local onde possam receber apoio emocional e,

Imagine uma área destinada a fumantes, no pátio da igreja.

Um homem sentado em seu banco sai silenciosamente do prédio, durante o sermão de sábado. Poucos minutos depois ele volta, com o forte odor de cigarro exalando de seu terno escuro.

Você sorri pra ele e continua ouvindo o sermão. Nenhum problema.

Esse cenário é parte da visão do Breathe-Free 2, um programa comple-tamente novo para deixar de fumar, lançado este ano. O programa está depositando suas esperanças de sucesso na combinação de pesquisas científicas, um site na internet e nos relacionamen-tos pessoais dos participantes ao fazer o curso. E não custa nada.

“É gratuito. Será sempre de graça”, disse Daniel Handysides, que passou vários anos desenvolvendo o Breathe- Free 2 , projeto testado nos Emirados Árabes Unidos.

O programa tem raízes no Breathe-Free, desenvolvido pela Igreja Adventista há mais de duas décadas, e

CARAVANA DA CRIAÇÃO: Adventistas exibem o sexto dia da criação durante desfile, em Cúcuta, Colômbia.

no evento que se estendeu por duas horas. Muitos participantes, tanto nos carros alegóricos como os que acom-panhavam em motocicletas, usavam camisetas com a mensagem: “O Sábado é o Meu Dia”. Voluntários distribuíram centenas de folhetos.

“O tráfego andava no ritmo das atividades de nossa caravana. Podíamos ver a surpresa no olhar das pessoas”, disse Eliana Pedrozo, uma das parti-cipantes. “Elas começaram a nos fazer perguntas.”

Os espectadores foram convidados a comparecer no dia seguinte, no cais principal da cidade, Plaza Banderas, para a Expocriação e, mais tarde, para a série evangelística na Escola Adventista Libertad.

“Todos os que compareceram ao cais foram convidados a participar da Expocriação”, informou Raul Torra, diretor de comunicação da Associação Nordeste Colombiana. “Muitos deles ficaram impressionados quando ouvi-ram a história da Criação destacando o sábado como um dia de esperança.”– IAD e equipe da Adventist World

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Andrew McChesney, editor de notícias, Adventist World

novo Curso Como Deixar de FumarDaniel Handysides, criador do programa, afirma que relacionamentos pessoais constituem a chave para ajudar os fumantes a abandonar o vício

Igreja Adventista lança

Breathe-Free 2 (Livre para Respirar-2),

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o mais importante, fazer novos amigos. “Se você fuma e seus amigos também,

significa que você tem que abandonar todo seu círculo de amigos”, disse Handysides. “Esta é uma grande perda.”

Frequentemente, ocorrem situações que levam um fumante angustiado a acender um cigarro e, com a presença dos outros fumantes, especialmente os amigos próximos, é uma tentação quase irresistível. É claro que ninguém quer perder amigos. Por isso o Breathe-Free 2 convida os fumantes a trazer seus ami-gos para deixar de fumar e fazer novas amizades. Novos amigos podem incluir o facilitador local do programa e outros membros do grupo do Breathe-Free 2.

Muitas pessoas que deixaram o vício só obtiveram sucesso após dez tentati-vas. Por isso é tão importante criar um lugar em que eles possam fumar fora da igreja, diz Handysides.

“Meu alvo é que cada uma de nossas igrejas tenha uma área destinada a fumantes fora do prédio”, disse ele. “Os fumantes precisam se sentir à vontade na Igreja Adventista».

“Não queremos que sejam fuman-tes”, disse ele. “Mas devemos aceitá-los como estão. Precisamos estar prontos a trabalhar com eles para que possam mudar e praticar um estilo de vida mais saudável.”

A igreja que Handysides frequenta na

do programa Breathe-Free 2 e testaram os resultados por dezoito meses em Abu Dhabi.

Handysides disse que o índice de sucesso esperado para Breathe-Free 2 é uma média um pouco maior que 40% em relação aos seus dois antecessores. Nenhuma inciativa para deixar o cigarro chegou a índices maiores do que 50%, disse ele.

O público alvo do Breathe-Free 2 são os fumantes que têm forte desejo de deixar o vício, porque eles têm maiores chances de sucesso, disse Handysides.

“Queremos pessoas já na fase da ação”, disse ele.

Parte da vantagem do novo curso é que todo o material está disponível online, na página breathefree2.com. Além disso, qualquer pessoa pode baixar a página, traduzir e fazer um upload no site outra vez, para ser usado por outras pessoas.

Inicialmente, o curso foi lançado apenas em inglês, mas a versão em espa-nhol está programada para ser lançada neste ano. Já começaram a discutir as traduções para o russo, polonês e finlandês.

Entre os materiais na página da Web do Breathe-Free 2, há um mapa-múndi mostrando as localizações e contatos dos primeiros 34 facilitadores do curso e vídeos que visam a promover a discussão em grupo e desenvolvimento de novas amizades. Os vídeos se encon-tram apenas em inglês, mas os roteiros estão disponíveis para download, per-mitindo que grupos de outros idiomas possam representá-los ou usá-los de outras formas, disse Handysides.

A primeira fase do curso deve ser realizada em oito dias e complementada por uma série de reuniões nos dias, semanas e meses seguintes.

“É importante estabelecer relacio-namentos sólidos que se desenvolvam durante o tempo necessário para se abandonar o vício”, disse Handylandes. ■

Universidade Loma Linda não tem uma área destinada a fumantes. Na verdade, é proibido fumar em todo o campus.

Handysides compreende que algu-mas igrejas podem recusar a ideia das áreas para fumantes, e sua proposta, em certo sentido, é metafórica. “O que pretendo é que ocorra uma mudança de atitude, em que permitamos que os fumantes venham à igreja sem que sejam julgados”, disse ele.

O Breathe-Free 2 teve seu início quando a Universidade Loma Linda pediu a Handysides que oferecesse o curso Breathe-Free nas escolas de ensino médio em Abu Khabi, um dos Emirados Árabes Unidos. A universidade abordou Handysides após receber o pedido para a realização do curso de uma organi-zação não governamental (ONG), a Comissão Internacional de Prevenção do Álcool e Dependência de Drogas.

Handysides escreveu para a Asso-ciação Geral, sede mundial da igreja Adventista, em Silver Spring, Maryland, para se informar sobre o modo de obter o material do curso. Soube que a Asso-ciação Geral era seu único editor e que só era impresso mediante encomenda.

Em suma, o curso era “antiquado”, disse Handysides.

Assim, com a bênção da Associação Geral, ele e a esposa, Sandra, enfermeira da família, lideraram a reformulação

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Andrew McChesney, editor de notícias, Adventist World

LANÇAMENTO: Daniel Handysides apresenta do Breathe-Free 2 na Conferência Global sobre Saúde e Estilo de Vida, em Genebra, Suíça, dia 8 de julho de 2014.

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V I S Ã O M U N D I A L

Sem dúvida, a oração mais famosa já proferida é: “Pai Nosso, que estás nos Céus! Santificado seja o Teu

nome [...]” (Mt 6:9).* Conhecida como a “Oração do Senhor”, essa passagem das Escrituras registra a oração simples, embora profunda, que Jesus ensinou aos Seus discípulos durante o Sermão da Montanha.

“E quando vocês orarem”, Jesus os advertiu, “não sejam como os hipócritas [...]. Vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompen-sará” (Mt 6:5, 6).

Algumas outras orações de Jesus incluem Seu louvor a Deus pela revela-ção dada aos pequeninos (Mt 11:25, 26), a oração para ressuscitar Lázaro dos mortos (Jo 11:41, 42), a oração pela gló-ria do Pai (12:28), as orações pela igreja (17:1-26), por libertação (Mt 6:9-13), por perdão aos outros (Lc 23:34) e de submissão (v. 46).

Pessoas de oração Além das belas orações de Jesus,

temos 74 orações de outras pessoas registradas para nós na Bíblia. Essas orações abrangem uma gama de emo-ções humanas: enquanto Habacuque orava por livramento (Hb 3:1-19), os discípulos de Cristo suplicavam ousa-dia (At 4:24-31). Hagar orou pedindo consolo (Gn 21:14-20), e Josafá implo-rou pela vitória (2Cr 18:31). Cornélio orou por esclarecimento (At 10:1-33), e Daniel orou pedindo conhecimento (Dn 2:17-23). Tanto Elias como Pedro oraram (com sucesso) pela ressurrei-ção de mortos (1Rs 17:18-22; At 9:40). Ana orou fervorosamente pedindo um filho (1Sm 1:10-17), e Rebeca orou pedindo compreensão (Gn 25:22, 23). Josué suplicou ajuda e misericórdia

Persistente

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Nunca desista

Oração

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(Js 7:6-9), e o leproso orou pela cura (Mt 8:2, 3).

Cura, orientação, misericórdia, bênçãos, sabedoria, são apenas algumas das dádivas que os crentes, ao longo dos séculos, receberam quando buscaram a Deus por meio da oração.

Descubra a alegria e o privilégio da oração

Você já descobriu a alegria e o privilégio da oração? “A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo”, nos diz a citação conhecida de Ellen G. White, em seu devocional clássico, Caminho a Cristo (p. 93). “Não que isso seja necessário para que Deus saiba quem somos, mas para nos habilitar a recebê-Lo. A oração não faz Deus descer até nós, mas nos eleva a Ele.”

Precisamos orar por tantas coisas, inclusive para termos humildade para

oração de um justo é poderosa e eficaz”. E o próprio Jesus diz: “O que vocês pedirem em Meu nome, Eu farei” (Jo 14:14). Ele nos garante que nosso Pai do Céu dará coisas boas aos que a Ele pedirem (Mt 7:11).

A nós é dito: “A oração da fé é a grande força do cristão e, com toda a certeza, prevalecerá contra Satanás. Por isso ele insinua que não temos necessidade de orar. O nome de Jesus, nosso Advogado, ele detesta. E quando sinceramente vamos a Cristo em busca de auxílio, os exércitos de Satanás se alarmam. Negligenciarmos o exercício da oração serve bem ao seu propósito, pois então seus prodígios de mentira são acolhidos mais depressa” (Testemu-nhos para a Igreja, v. 1, p. 296).

No último mês de junho, aqui na Associação Geral, nos reunimos todos os dias de uma semana inteira de trabalho, especialmente para orar por uma hora. Oramos fervorosamente para que Deus controle cada um de nós neste movimento adventista. Foi um período tremendamente animador. Teremos uma iniciativa similar de oração na sede mundial da igreja nos dias 5 a 8 de janeiro de 2015. Por favor, ore conosco. Deus prometeu grandes bênçãos quan-do Seu povo ora.

Ore pelo Espírito Santo Se você ainda não o fez, quero

convidá-lo a se unir a nós em oração. Nos últimos três anos, os adventistas do sétimo dia em todo mundo, têm feito parte de uma corrente mundial de oração, orando todos os dias às 7 e às 19 horas. Oramos pela presença do Espírito Santo em nossa família, na vida dos líderes, nas igrejas e comunidades. “Uma corrente de cren-tes fervorosos deve rodear o mundo

reconhecer Deus como o Líder de nossa vida e do movimento adventista. Esse movimento foi estabelecido para anunciar o grande amor de Deus por este mundo e por Seu povo conforme demonstrado no plano da salvação.

Precisamos orar pela chuva serôdia do Espírito Santo e pela preparação da igreja de Deus para o último alto clamor. Necessitamos de oração pelo nosso esforço missionário na procla-mação das três mensagens angélicas de Apocalipse 14 e anúncio da mensagem do quarto anjo de Apocalipse 18.

Devemos nos lembrar também de orar pelo reavivamento e reforma em nossa própria vida, bem como na vida da igreja. Podemos apoiar as iniciativas da “Missão para as Cidades” em todo o mundo e o ministério da saúde integral por meio de nossas orações. O evangelismo integrado utilizando todos os meios de comunicação, nosso ministério de publicações, o aumento da promoção da mordomia e fidelidade em todo o mundo, as campanhas evan-gelísticas pelos pastores no mundo e o programa jovem “Um Ano em Missão” são outros ministérios evangelísticos da igreja que serão abençoados, apoiados e encorajados pelas nossas orações.

O próximo Concílio Anual, em outubro deste ano, e a Assembleia da Associação Geral em julho de 2015, todos esses eventos e atividades, somente alcançarão o propósito de Deus mediante as orações fervorosas e incessantes do Seu povo.

Será que minhas orações fazem alguma diferença?

Você pode questionar se suas ora-ções fazem alguma diferença na vida da igreja, ou na sua vida particular. Em Tiago 5:16 somos lembrados de que “a

Persistente

Você já

descobriu a

alegria e o

privilégio

da oração?

Nunca desista

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V I S Ã O M U N D I A L

[…] para orar pelo Espírito Santo”, (Review and Herald, 3 de janeiro de 1907). Se você quiser mais informação ou material sobre a Corrente Mundial de Oração “7-7-7”, visite: www. revivalandreformation.org/prayer.

Certo dia, enquanto incentivava Seus discípulos a ser perseverantes na oração, Jesus contou a história de uma mulher que se recusou a desistir. “Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele, suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. Por algum tempo ele se recusou. Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os ho-mens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha mais me importunar’. E o Senhor continuou: Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará justiça aos Seus escolhidos, que clamam a Ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? Eu lhes digo: Ele lhes fará justiça, e depressa. Contudo, quando o Filho do homem vier, encontrará fé na Terra?” (Lc 18:2-8).

A oração é o exercício da fé, crendo que Deus nos ouve quando falamos com Ele, e responderá no momento e do modo que Ele sabe ser o melhor. ■ *Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.

GLOW (inglês, BRILHO – Giving Light to Our World [Levando luz ao nosso mundo]) – É um projeto evangelístico que surgiu na Califórnia, Estados Unidos, no território da Divisão Norte-Americana, e agora se estendeu às outras Divisões do mundo. Tem o objetivo de motivar os membros a ter sempre em mãos literatura – panfletos chamados GLOW – para ser distribuídos gratuita-mente. Atualmente, os panfletos estão sendo impressos em 45 idiomas.

A seguir, uma pequena história retrata vidas tocadas pelo GLOW, na República Checa:

GLOW: Levando Luz ao nosso mundo

Certo dia, Eric Dunn, que mora em uma pequena cidade de Protivin, República Checa, estava caminhando com seu filho mais novo. Após chegar a um parque próximo de sua casa, percebeu dois jovens sentados em um coreto. Eles estavam tirando cigarros do bolso, preparando-se para começar a fumar.

“Meu filho queria brincar na área do outro lado do coreto, por isso tivemos que passar por eles”, explicou Eric, “mesmo eu não querendo.”

Quando chegaram ao local desejado, Eric sugeriu ao filho que desse aos jovens alguns folhetos do GLOW. Primeiro eles oraram. Depois se aproximaram dos jovens e perguntaram se eles aceitariam os folhetos. “Claro!”, eles responderam, e os folhetos foram entregues.

“Esses folhetos são religiosos?” perguntou um dos jovens. Eric explicou do que se tratava. “Você acredita em Deus?” continuou o rapaz.

Esse foi o início de uma conversa que resultou em dois amigos para Eric. Desde então, eles estão participando de atividades juntos, como escalar rochas e entreter conversas a respeito de temas espirituais.

“A persistência do meu filho levou um pouco de luz para aqueles dois jovens”, disse Eric. “Aprendi que, muitas vezes, as pessoas a quem estamos menos inclinados a evangelizar são as mais abertas ao evangelho.”

As histórias são relatadas por Nelson Ernst, diretor do GLOW na Associação Central da Califórnia. Para saber mais sobre esse projeto, acesse sdaglow.org. Para assistir aos vídeos de testemunhos, acesse vimeo.com/user13970741.

Histórias do

Ted N.C. Wilson é presidente mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia

10 Adventist World | Setembro 2014

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S A Ú D E N O M U N D O

Peter N. Landless e Allan R. Handysides

Meu filho adolescente assiste e lê notícias. Tem havido muitas reportagens sobre a legalização da maconha, em várias partes do mundo, e até algumas declarações sobre seus efeitos positivos para a saúde. Há perigos relacionados ao seu uso?

é prejudicial aos pulmões e ao sistema vascular, além dos efeitos negativos para o cérebro. À medida que mais estudos se tornam disponíveis, e à medida que o sistema de fornecimento for aprimorado (por exemplo, o desenvolvimento de comprimidos, sprays, injeções), haverá mais dados para se saber se realmente existem métodos de aplicação cujos be-nefícios permitam superar os riscos das doenças mencionadas.

Em suma, a maconha é uma droga perigosa que deve ser evitada. Ela causa dependência e afeta a mente, psique, personalidade e o corpo. A única via de acesso do Espírito Santo a nós é nossa mente e devemos mantê-la clara e de-sanuviada. O esforço para a legalização da maconha não indica que seu uso seja seguro. Basta observar os severos danos provocados pelo tabaco e pelo álcool que são drogas legalizadas.

Devemos nos lembrar de que nosso corpo é o templo do Espírito Santo e que a verdadeira temperança nos encoraja a usar com sabedoria as coisas saudáveis e a evitar as prejudiciais. ■

*Alguma informação deste artigo tem por base: “Adverse Health Effects of Marijuana Use”, The New England Journal of Medicine, 5 de junho de 2014, 370:23, 2219-2227.

■ Como o tabaco, a maconha tem se revelado uma droga de passagem, o que significa que aqueles que a usam correm maior risco de passar a usar outras drogas ainda mais perigosas.

■ Ela está associada ao aumento do risco de doenças mentais como a ansie-dade e a depressão.

■ A maconha compromete as funções do cérebro, afetando o raciocínio e o pensamento. Os jovens que são usuários frequentes têm baixo rendimento escolar.

■ Ela prejudica a habilidade de dirigir e está relacionada ao aumento de acidentes automobilísticos, incluindo eventos fatais. O risco de acidentes aumenta significativamente quando maconha e álcool são utilizados juntos.

■ Em longo prazo, a maconha provo-ca danos aos pulmões, como a bronquite crônica. Há uma possível associação com o câncer de pulmão, embora o risco não seja tão grande quanto o do tabaco.

■ O consumo da maconha está sendo associado com vasos sanguíneos dilatados, causando ataques do coração e derrame cerebral (AVC). Entretanto, ainda não se sabe completamente como isso ocorre.

Atualmente, há muita pesquisa na tentativa de descobrir os benefícios para a saúde, que podem derivar do tetrahi-drocanabinol (THC), em certas doenças como câncer, HIV e AIDS, náuseas, esclerose múltipla e epilepsia. Da mes-ma forma que procuram determinar e demonstrar os benefícios, pesquisas têm sido realizadas no sentido de se evitar os efeitos negativos da substância. Não há dúvida de que fumar maconha

Você fez uma pergunta muito importante! A legalização da maconha está nos noticiários

do mundo inteiro. Há uma pressão para que seja concedida permissão para o uso legal com finalidade recreativa, e também algumas pessoas a recomendam para determinados problemas de saúde. Atualmente, a maconha é uma das drogas ilegais mais comumente usadas no mundo. Nos Estados Unidos, no ano passado, cerca de 12% das pessoas acima de 12 anos de idade declararam ter feito uso da droga. As taxas de consumo são particularmente altas entre os jovens.*

O consumo regular da maconha por adolescentes é especialmente preocupan-te, porque os jovens são particularmente vulneráveis aos seus efeitos colaterais perigosos e às consequências do uso.

Então, quais são os perigos?■ O consumo prolongado pode causar

dependência. Alguns estudos mostram que aproximadamente 9% dos que experimentam a maconha vão se tornar dependentes. Essa é uma porcentagem semelhante à dos que se tornam alcoó-latras após terem experimentado o álco-ol. Esse número aumenta drasticamente quanto menor é a idade em que come-çaram e se há algum histórico familiar de alcoolismo. Esse é um problema que preocupa na adolescência, pois o cérebro se desenvolve ativamente durante essa fase da vida. O uso da maconha afeta negativamente o desenvolvimento das conexões nervosas no cérebro. Esses efeitos continuam pela vida adulta e podem se tornar permanentes.

da MaconhaLegalização

A

F O T O C E D I D A P O R P E I x E S E v I D A S E L v A g E m D O S E . u . A

Peter N. Landless, médico cardiologista nuclear, é diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

Allan R. Handysides, médico ginecologista aposentado, é ex-diretor do Ministério de Saúde da Associação Geral.

Setembro 2014 | Adventist World 11

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D E V O C I O N A L

No início de fevereiro de 2011, certo jornal estampou a seguinte manchete: Confissões pelo iPhone.

A Igreja Católica, nos Estados Unidos, havia aprovado um aplicativo para confissões para smartphones. Por apenas dois dólares (U$ 1,99 para ser mais exata), o aplicativo chamado “Confissão” instrui os crentes, inclusive classificando-os automaticamente por idade, sexo e estado civil, como proceder, passo a passo, ao confessar seus pecados. O usuário deve primeiro marcar qual dos dez mandamentos transgrediu. Confissões específicas podem ser enviadas por mensagem, como indicado pelo fabricante do web site. Em resposta, o programa sugere quais orações podem ser usadas para se obter o perdão dos pecados confessados. Os pecadores não muito versados nas Escrituras podem baixar textos bíblicos com as orações correspondentes.

Segundo a página da Web (www.littleapps.com), o aplicativo foi desenvolvido por um sacerdote católico e foi o primeiro App para iPhone a receber um imprimatur (ou seja, a aprovação oficial da Igreja Católica), concedida pelo bispo local Kevin C. Rhodes, da Diocese de Fort Wayne, South Bend. O App deve ajudar cristãos católicos a perder o medo de confessar, disse Patrick Leinen, criador da Little iApps. Mas se alguém pensa que não mais é necessário um padre para perdoar os pecados, está muito enganado. “O objetivo desse

aplicativo é auxiliar a pessoa a se preparar para o sacramento da Confissão, e não substituí-la!”

Hora de confessar Ah! Então não existe um confessionário “drive thru”, o

confessionário nos metrôs ou das salas de espera dos consul-tórios médicos. E quem não tem um smartphone deve conti-nuar, como antes, a quebrar a cabeça para se lembrar de todos os pecados cometidos, até que sejam confessados na próxima visita à igreja. O custo do perdão requerido pelo sacerdote provavelmente seja de mais de dois dólares, se calculado pelo tempo gasto, trabalho e autonegação. Um grande esforço pelo ego te absolvo.1

Para nós, adventistas, isso é muito mais fácil: não neces-sitamos de um App de confissão, nem de um sacerdote que prescreva vinte orações especiais e que nos absolva de nossa culpa. Temos essa promessa na Palavra de Deus: “Se confes-sarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9).2 Essa espécie de confissão pode ser feita a qualquer hora e em qualquer lugar. Não precisamos de um smartphone nem de qualquer outra tecnologia moderna, nem sequer de um confessionário ou sacerdote. Nossas orações são levadas pelo Espírito Santo diretamente para o trono de Deus, no Lugar

O iPhone como confessionário?

Sylvia Renz

AppleAssunto:

12 Adventist World | Setembro 2014

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Santíssimo (Hb 6:19). E, provavelmente, isso aconteça mais rapidamente do que a velocidade da luz.

Mesmo assim, para muitos dos filhos de Deus, é mais fácil pedir perdão do que aceitá-lo pela fé. Quase sempre dizemos: “Não consigo me perdoar”. Talvez nos seja difícil acreditar no perdão, porque não conseguimos senti-lo. O peso da culpa em nossos ombros é semelhante a uma tonelada de tijolos em nosso peito: ele é tão grande que não conseguimos respirar nem andar eretos. Mas nossos sentimentos de culpa não dizem a verdade. Eles contradizem o fato de que Deus realmente perdoou, mesmo não tendo um ser humano para audivelmente expressar esse perdão; não pagando nada; mesmo sem ter feito uma peregrinação, ou ficado ajoelhado por horas no chão duro, para conseguir um “recibo” tangível de Seu perdão.

Vencendo a dúvida A nossa parte, porém, é ignorar as autoacusações e alega-

ções que Satanás, o acusador implacável, sussurra aos nossos ouvidos: “Você fez isso de novo! Você nunca vai aprender! Não, dessa vez Deus não pode perdoá-lo. Você nunca vai vencer! Você é um fracasso!”

Se cremos na veracidade do que João escreveu em sua pri-meira carta, podemos afastar os dardos inflamados de Satanás. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9). E também as palavras de Paulo na carta aos romanos: “Aquele que não poupou Seu próprio Filho, mas O entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com Ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Foi Cristo Jesus quem morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8:31-34).

E se isso não ajudar, então, talvez devamos nos lembrar do diálogo de Jesus com Pedro. “Quantas vezes deverei perdoar a meu irmão”, perguntou Pedro, pois ele pensava que sete vezes fosse mais do que suficiente (Mt 18:21). Jesus, no entanto, multiplicou o sete por setenta; não nos dando permissão para não perdoarmos as primeiras 490 vezes, mas mostrando que devemos sempre estar dispostos a perdoar os outros. Se é isso que Jesus requer de pessoas pecadoras, imagine quanto fará nosso Pai celestial, que é o amor personificado!

Naqueles momentos agonizantes, quando a culpa e a vergonha parecem me sufocar, digo a mim mesma que não devo me tratar pior do que trataria à minha melhor amiga. Eu a perdoaria? Claro! Mesmo quando ela comete várias vezes o mesmo erro e se arrepende? Ah, sim! Então, por que eu deveria ser tão impiedosa comigo, até me torturando, porque não sou tão “boa” como gostaria de ser?

O poder da graça A esse ponto, alguém pode pensar que podemos conti-

nuar pecando, despreocupadamente, porque a misericórdia de Deus é infinita e sempre que pedirmos perdão, Ele nos perdoará.

No entanto, qualquer que pede perdão de forma displi-cente, como que inserindo uma moeda em uma máquina de venda automática – que libera o produto desejado – ainda não compreendeu o que é culpa. A culpa causa dano, dor, preocupação e tristeza. Ela não só fere meu semelhante, mas me machuca também. Pior ainda, o nome de Deus é espezi-nhado quando Seus filhos O envergonham.

Mesmo assim, Ele ainda está disposto a perdoar. Ele pagou o preço da nossa dívida. A graça de Deus é gratuita, mas não é barata. Muito pelo contrário: o coração amoroso de Deus pagou o maior preço possível, e fez o maior de todos os sacrifícios. Ele entregou Seu Filho para Seus inimigos (Rm 5:8-10). Tal é nosso valor para Ele! Não somente a humanidade como um todo, mas a cada indivíduo; pois Jesus teria morrido por uma única pessoa, incluindo você e eu.

Infelizmente, muitas vezes esse é um conhecimento apenas intelectual – sabemos disso. Mas será que ele chega ao nosso coração? Quando chega, podemos levantar nossa cabeça outra vez e respirar aliviados: estamos salvos, estamos livres! ■1 Ego te absolvo significa “Eu te absolvo”, e é dito pelo padre católico após a confissão. 2 Todos os textos bíblicos foram extraídos da Nova Versão Internacional.

A graça de Deus é gratuita, mas não é barata.

Sylvia Renz trabalha para a A Voz da Profecia alemã, em Alsbach-Hähnlein, Alemanha. Escritora talentosa, ela tem vários livros publicados para crianças e adultos.

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C R E N Ç A S F U N D A M E N T A I S

Mordomia.Existe, realmente, uma crença fundamental

chamada mordomia? Sabemos o que significa ser um bom mordomo? Além dos dízimos e ofertas, há algo mais a ser considerado? Na verdade, existe.

Mordomia é a doutrina mais fundamental que temos como cristãos que creem na Bíblia. Ela fala de nossas origens, destino e propósito. Não há um único aspecto em nossa vida, nem em qualquer departamento da igreja que não seja afetado por ela. A mordomia seria o centro do evangelho? Não. Jesus é o centro. No entanto, Jesus também é nosso maior exemplo em tudo, inclusive na mordomia. Essencialmente, se quero ser um bom mordomo, preciso seguir Jesus mais de perto – mordomia, na verdade, é discipulado!

O que faz de Jesus nosso principal exemplo de mordomia? Ele não é nosso Dono? Não! Ele não é mordomo. Ele é o divi-no Criador. É verdade que Ele criou todas as coisas, e todas as coisas pertencem a Ele. Não apenas a Terra, da qual devemos cuidar; não apenas nossa vida e o tempo em que estamos neste mundo; não apenas as bênçãos materiais e os talentos a nós confiados; mas até o intangível procede dEle – nossa inteligência, as próprias inclinações da natureza humana e a alegria de viver!

Estreita ligaçãoUma prova da estreita ligação que existe entre nós e nosso

Criador é encontrada nos primeiros parágrafos do livro Educação, escrito há mais de um século, por Ellen G. White: “O mundo tem seus grandes ensinadores, homens de pode-roso intelecto e vasta capacidade de pesquisa, pessoas cujas palavras têm estimulado o pensamento e revelado extensos campos ao saber. Tais indivíduos têm sido honrados como guias e benfeitores do gênero humano. Há, porém, Alguém que Se acha acima deles. Podemos delinear a série dos ensi-nadores do mundo, no passado, até o ponto a que atingem os registros da História. A Luz, porém, existiu antes deles. Assim como a Lua e as estrelas do nosso sistema planetário resplan-decem pela luz refletida do Sol, também os grandes pensado-res do mundo, tanto quanto são verdadeiros os seus ensinos, refletem os raios do Sol da Justiça. Cada raio de pensamento, cada lampejo do intelecto, procede da Luz do mundo”*.

Em nossa humanidade, somos confinados aos limites da linguagem para descrever os conceitos eternos. Usamos a palavra “mordomo” para descrever a responsabilidade da criatura para com seu Criador – concernente à vida e seus dons. E fazemos bem, pois o mordomo é alguém que

Penny Brink

Mordomia Cristã como estilo de vida

Meu Tudo

DeusTudo

em Resposta ao

N Ú M E R O 2 1

de

14 Adventist World | Setembro 2014

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administra os interesses do proprietário e em seu nome. Isso descreve nosso relacionamento com Deus em muitos níveis, especialmente em relação às Suas bênçãos. Da mes-ma forma devemos abençoar outras pessoas. Mordomia, na verdade, é relacionamento!

O principal mordomo Como é, então, que Jesus é nosso principal exemplo como

Mordomo? Como, sendo Jesus o Criador e Dono de todas as coisas, pode ser nosso “Mordomo principal”?

É gratificante podermos fielmente devolver nossos dízimos e revelar um espírito generoso quando doamos nossas ofertas voluntárias para manter a missão da igreja ou para outras necessidades. Somos igualmente abençoados ao dedicar nossa vida, tempo e talentos para Cristo, no trabalho missionário ou no ministério. Jesus, por outro lado, conduz as coisas um passo além. Ele não é o mordomo que reconhece que o que Ele tem não é Seu. Não. Jesus é o Proprietário que abre mão de tudo pelo mordomo (Fp 2:5-11).

A condescendência de Cristo, Sua humilhação, Seu sacri-fício é algo que jamais poderemos igualar, não importa quão bons mordomos possamos nos tornar, mesmo que entregue-mos nossa própria vida. Simplesmente não conseguimos doar como Ele doou. Todas as nossas doações nunca poderão se igualar ao que Ele fez por nós. Esse é um presente inigualável e estaríamos eternamente perdidos sem Ele (Rm 5:6-8).

Nossa respostaEm um momento de lucidez, reconhecemos que cada

aspecto de nossa existência é um dom da graça de nosso generoso Criador, Senhor e Salvador. Na sala do trono celestial, com os 24 anciãos, depositaremos, com regozijo e gratidão, nossas coroas aos pés dAquele que nos redimiu e exclamaremos “Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por Tua vontade elas existem e foram criadas” (Ap 4:11). Mordomia, na verdade, é adoração!

Quando reconhecemos o imenso dom da graça de Deus, ficamos tão comovidos que tudo o que nos resta é gratidão. Com o coração agradecido, aceitamos nossas circunstâncias, encontramos paz em nossas preocupações e o desejo de ser mais semelhantes a Jesus, para viver Seu caráter e refletir Sua imagem.

Não sei se há alguma coisa em nossa maneira moderna de viver que seja “como Jesus”. Ele tinha tempo para as crianças, soluções para o sofrimento e compaixão para com

os marginalizados (Lc 4:18, 19). Jesus viveu com simplicidade e buscava força em Seu Pai. Quando chegou a hora de doar, Ele doou tudo, e assim procedendo, nos deu esperança (Mt 26:39; Jo 3:16).

É assim nossa vida? Possivelmente, sim, mas provavel-mente, não. Podemos ser melhores. Podemos melhorar nossa maneira de viver e doar, não para obter a salvação, mas em resposta de adoração ao nosso Salvador, em serviço a outros e para apoiar a obra de Deus na Terra. Mordomia, na verdade, é um estilo de vida! ■

*Ellen G. White, Educação, p. 1.

Somos despenseiros de Deus, responsáveis diante dEle pelo uso apropriado do tempo e das oportunidades, capacidades e posses, e das bênçãos da Terra e seus recursos que Ele colocou sob nosso cuidado. Reconhe-cemos o direito de propriedade da parte de Deus por meio de fiel serviço a Ele e aos nossos semelhantes, e devolvendo os dízimos e doando ofertas para a proclamação de Seu evangelho e para manutenção e crescimento de Sua igreja. A mordomia é um privilégio que Deus nos concede para o desenvolvimento no amor e para vitória sobre o egoísmo e a cobiça. O mordomo se regozija nas bênçãos que advêm aos outros como resultado de sua fidelidade (Gn 1:26-28; 2:15; 1Cr 29:14; Ag 1:3-11; Ml 3:8-12; 1Co 9:9-14; Mt 23:23; 2Co 8:1-15; Rm 15:26, 27) – Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia, nº- 21

Todas as nossas doações nunca poderão se igualar ao que Ele fez por nós.

Penny Brink é diretora assistente do Departamento de Mordomia da Associação Geral. É casada com Andre Brink e mora em Silver Spring, MD (EUA). Para saber mais

sobre a vida mais semelhante à de Cristo, assista on-line a conferência mundial sobre mordomia, no dia 19 de setembro de 2014, na página www.adventiststewardship.com.

Mordomia

Setembro 2014 | Adventist World 15

Page 16: Aw september 2014 portuguese

O programa dos Dez Dias de

Oração foi iniciado em 2010,

incentivando os membros

da igreja de todo o mundo

a orar durante dez dias,

todos os meses de janeiro.

As histórias a seguir são

do ano de 2014 e foram

narradas pelo Departamento

Ministerial da Associação

Geral. – Os Editores

Recentemente, em um sábado de manhã, acordei com uma dor intensa nas costas. Olhei para minha esposa e, em tom de brincadeira, disse: “Se eu conseguir chegar

até o púlpito, acho que aguentarei pregar.” Oramos juntos para que, de alguma forma, Deus me

ajudasse a cumprir meus três compromissos de pregação da-quele dia, numa campal. Providencialmente, um amigo havia me falado de um treinador esportivo profissional que estava presente ali, e que estaria disposto a me atender. Após três dias de tratamento, eu me senti bem melhor. Ao nos lembrar dessa experiência, minha esposa e eu estamos convictos de que aque-la foi uma resposta direta às nossas orações. Deus providenciou

uma série de circunstâncias a fim de que eu recebesse de um profissional qualificado, a ajuda específica de que precisava.

Mas, e se Deus não tivesse respondido minhas orações de maneira tão imediata? E se eu tivesse que sentir dores nas costas, como às vezes acontece? Será que eu teria confiado menos nEle? Significaria que a presença de algum pecado não confessado em minha vida estava bloqueando Sua habilidade de responder aos meus pedidos? Estaria indicando que minha fé era muito fraca para receber Sua bênção especial? Não necessariamente.

Isso nos leva a algumas perguntas mais profundas. Qual deve ser minha atitude em relação às orações não respondi-das? Qual é o verdadeiro propósito da oração?

Realidade das Orações Não AtendidasMark A. FinleyA

A Rádio Mundial Adventista (AWR) convidou seus funcionários e estações associadas em todo o mundo, a participar dos Dez Dias de Oração, sem saber o que aconteceria (devido às condições variadas de liberdade religiosa com as quais a maio-ria de seus estúdios funciona). O Pastor Getteh, membro da equipe, fez um apelo na Rádio Adventista FM, no programa de estudo bíblico de sexta-feira à noite, chamado “A Hora Bereana”. Convidou os ouvintes a visitar uma Igreja Adventista do Sétimo Dia na manhã seguinte, para participar do culto de conclusão dos Dez Dias de Oração. Ao mesmo tempo, ele e a equipe concordaram em que cada igreja deveria fazer um apelo durante o culto divino, para que aqueles que já estivessem estudando a Bíblia por meio do progra-ma “A Hora Bereana” pudessem responder. Pela graça de Deus, ao fim dos Dez Dias de Oração, só nessa igreja, 85 pessoas pediram o batismo!

– Fred Ted, Monrovia, Libéria

Deus

FR

ED

TE

D

Histórias de pessoas que fizeram da oração uma prioridade

16 Adventist World | Setembro 2014

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A R T I G O D E C A PA

Durante os Dez Dias de Oração, em 2013, fiz dois pedidos: (1) que minha filha fosse libertada da dependência das drogas e (2) que meu esposo aceitasse o Senhor. Durante os Dez Dias de Oração, em 2014, eu estava louvando a Deus pois minha filha podia dizer que há oito meses está “limpa” da metanfetamina, não vive mais nas ruas e está trabalhando em período integral. Meu esposo foi rebatizado e participou dos Dez Dias de Oração comigo neste ano. A Deus, nosso Pai, e a Cristo Jesus, seja dada toda a glória e o louvor!– Nina Herman, Modesto, Califórnia, Estados Unidos

Nossos Dez Dias de Oração foram repletos do Espírito. Na oitava noite, uma de nossas vizinhas ficou possessa pelo demônio. Um pastor e eu fomos

convidados a orar por aquela mulher. Fomos lá e o demônio se manifestou. Porém, o poder do Senhor também se manifestou em nós. Deus, como sempre, obteve a vitória. O testemunho daquela mulher na manhã seguinte foi de que ela não havia visto só nós dois entrando em sua casa. Ela viu uma multidão de anjos nos acompanhando.

– Pastor Francis Aja, Estocolmo, Suécia

O propósito da oração é entrar em contato com o Todo- poderoso. Oração é comunhão com Deus. Quando oramos, entramos na atmosfera da Sua graça, onde Seu Espírito pode falar ao nosso coração. A função da oração não é conseguir o que queremos de Deus, é entrar em comunhão com Ele. Por meio da oração experimentamos Sua presença, descobrimos Sua vontade e aprendemos a confiar mais nEle.

Ellen G. White esclarece o assunto da seguinte maneira: “A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo. Não que isso seja necessário para que Deus saiba quem somos, mas para nos habilitar a recebê-Lo. A oração não faz Deus descer até nós, mas nos eleva a Ele”.1

A oração nos eleva à glória da Sua presença. Há momentos em que as orações aparentemente não respondidas nos levam a uma experiência mais profunda de confiança em Deus. As ora-ções não respondidas podem nos levar a persistir na oração, à fé mais profunda e a um maior relacionamento com Jesus. A fé é inspirada quando confiamos tanto em Deus que persistimos, mesmo quando, aparentemente, Ele está em silêncio.

Minha experiência cristã não depende de respostas imedia-tas às minhas orações. Ela é o resultado de um relacionamento contínuo com Deus. Ele responde às minhas orações o suficiente para que eu saiba que Ele Se importa pessoalmente comigo, mas não a ponto de eu me tornar espiritualmente arrogante. Olhando para minha vida, vejo os períodos de picos espirituais, situações em que Ele agiu dramaticamente, e tam-bém reconheço os períodos em que minhas orações pareceram sem resposta. Alegro-me de que “na vida futura, os mistérios que aqui nos inquietaram e desapontaram serão esclarecidos. Veremos que as orações, na aparência desatendidas, e as espe-ranças frustradas têm lugar entre as nossas maiores bênçãos”.2

Sou grato porque minhas orações aparentemente sem resposta são respondidas como o Céu julga melhor. Louvo a Deus por Ele ter curado minhas dores nas costas, mas tam-bém O louvo por me ensinar a confiar nEle, mesmo quando minhas costas continuam doendo.

1 Ellen G. White, Caminho a Cristo (Casa Publicadora Brasileira), p. 93.2 Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver (Casa Publicadora Brasileira), p. 474.

Realidade das Orações Não Atendidas

Deus tem atuado poderosamente em nossa igreja. Temos visto membros afastados retornando, pessoas da comunidade têm vindo à igreja e outros que se encontravam desem-pregados têm conseguido trabalho. Estamos orando mais em nossos cultos aos sábados e os membros da igreja estão mais próximos uns dos outros e de Deus.

– Glória, Milton Keynes, Reino Unido

Durante os últimos Dez Dias de Oração

Deus realizou milagres. Operou curas

e atendeu orações que há muito tempo

se elevavam a Ele e, aparentemente,

permaneciam sem resposta. Uma mulher

convidada pelos colegas para uma

reunião de oração foi curada de um

câncer de pulmão - ela foi à França para

se submeter a um check-up e a cura foi

confirmada pelo médico de lá. Creio

que nenhuma igreja pode perder os Dez

Dias de Oração do ano que vem.

– Buhire Elie Brown, Guadalupe

Sou grato a Deus pelo privi-légio e pela oportunidade de participar dos Dez Dias de Oração. Realizamos o evento com jejum e concluímos a última noite com um culto de unção. As pessoas foram ungidas e ocorreram testemunhos de libertação da opressão e depressão.– Pastor O.E. Obebe,

Lagos, Nigéria

S A L v A T O R E B O g N A N D I

Setembro 2014 | Adventist World 17

Page 18: Aw september 2014 portuguese

Anos atrás, minha esposa Janet e eu, tivemos a vida transformada de forma impres-sionante, por meio da oração em conjunto. O povo de Deus da associação em que eu tra-balhava se comprometeu a orar por nós e por outros líderes, todas as manhãs, às 6h15. Dois anos mais tarde, experimentamos um re-avivamento espiritual pessoal, vimos milagres e corações transformados em tantas pessoas ao nosso redor como nunca havíamos visto! Essas mudanças foram os resultados de o povo ter orado unido em nosso favor.

Cinco anos mais tarde, fomos transferidos para outra associação, onde havia muitos problemas. Tendo já experimentado o poder da oração em conjunto, Janet e eu convida-mos outras pessoas para se unir a nós com o objetivo de orar pelas respostas de Deus. Jesus enviou pessoas maravilhosas para nos acompanhar nessa jornada. Após orarmos

unidos por vários problemas, vimos, mais uma vez, Seu Espírito em ação: relacionamentos refeitos, igreja e escola reavivadas, jovens e adultos apaixonados por Cristo, desper-tamento para o evangelismo, doação de re-cursos para apoiá-lo e, quando a igreja fez parcerias para o evangelismo multiétnico, as barreiras foram derrubadas.

A unidade na oração funciona! Jesus nos pede que oremos juntos e promete resultados miraculosos quando o fazemos. Ele disse: “Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na Terra em qual-quer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai que está nos Céus (Mt 18:19). Os membros da igreja primitiva oravam e louvavam a Deus juntos. Eles se humilhavam e confessavam seus pecados juntos. Quando estavam em comum acordo, o poder do Espírito Santo veio

Unidade na Oração

No mesmo período em que realizamos nossos Dez Dias de Oração, também realizamos um curso evangelístico sobre saúde. Foi uma bênção para a ilha de Curaçao! Pessoas de todas as partes da ilha participaram. Muitos dos que foram atendidos e não pertencem à Igreja Adventista afirmaram que esse foi o melhor serviço gratuito de saúde realizado em Curaçao.

Na minha igreja, a Igreja Adventista do Sétimo Dia Cher-Asile, fui testemunha da transformação miraculosa de uma vida: um membro talentoso se tornou um líder devoto e dedicado no ministério da música. [...] Ainda estamos orando para conseguir recursos para a construção de uma nova igreja e também para que as pessoas cujos nomes se encontram na caixa de oração entreguem a vida a Jesus.

– Valerie Lashley, Willemstad, Curaçao

Sou estudante em Sydney, Austrália. Porém, nos Dez Dias de Oração eu me encontrava em minha igreja, em Papua Nova Guiné. No último dia, tivemos vários testemunhos e, que alegria! A igreja está reavivada para a missão. Louvamos a Deus por Sua fidelidade.– Russell Woruba, Port Moresby, Papua Nova Guiné

Amém! Uma das cinco pessoas pelas quais orei e que era alcoólatra, pediu uma Bíblia, recentemente. Creio que o Espírito está trabalhando.

– Moses Kebaso, Nairóbi, Quênia

Jerry Page, Secretário Ministerial da Associação Geral

Durante os Dez Dias de Oração, nossa igreja pediu o derramamento

do Espírito Santo. O programa do sábado foi realmente especial:

durante a manhã, dedicamos tempo para oração e o culto divino, a

congregação foi convidada a pedir fervorosamente o derramamento

do Espírito Santo. Também participamos do jejum mundial. Creio

que, nesta geração, o Senhor fará grandes coisas em resposta às

orações do Seu povo.

– Pastor Sérgio Molina, São José, Costa Rica

sobre eles, então aconteceu o Pentecostes!Ellen G. White falou quanto é essencial a

unidade na oração: “A promessa é feita sob a condição de as orações serem oferecidas por uma igreja unida e, em resposta a essas orações, pode-se esperar um poder maior do que aquele que vem em resposta à oração particular. O poder será dado proporcional-mente à unidade dos membros, seu amor a Deus e de uns para com os outros.”*

Envolva-se e participe dos Dez Dias de Oração, de 7 a 17 de janeiro de 2015 e do projeto de oração diária 777. Para mais informação, inclusive vídeos e outros materiais, acesse www.unitedprayerworks.com, www.tendays ofprayer.org, e www.revivalandreformation.org.

* Ellen G. White, Carta 32, 1903, dos Manuscript Releases de Ellen G. White (Silver Spring, MD: Ellen G. White Estate, 1990), v. 9, p. 303.

Funciona!

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Mais uma vez o Hope Channel fará parceria com os Dez Dias de Oração por meio de seu programa Let’s Pray (Vamos Orar). Você pode assistir à transmissão on-line, na página hopetv.org.

A R T I G O D E C A PA

18 Adventist World | Setembro 2014

Page 19: Aw september 2014 portuguese

Para nós, que pertencemos a uma pequena igreja, foi tanto uma necessidade como uma bênção nos reunirmos para orar. Iniciamos um processo de planejamento de metas e estratégias para nosso grupo e, por essa razão, os Dez Dias de Oração foram necessários e produtivos. Nossos pensamentos foram direcionados a avançar para um alvo comum.– Anton Torstensson, Arvika, Suécia

O objetivo de dedicar Dez Dias de Ora-ção em janeiro é estimular os membros a começar o ano-novo com Deus e também preencher com oração todos os aspectos da vida. Entretanto, algumas pessoas não podem ou decidem não utilizar os dias designados em janeiro. Escolhem outros dez dias que melhor se adaptem à sua agenda, porém, participam igualmente das bênçãos.

A União Central Brasileira realizou seus Dez Dias de Oração nos dias 13 a 22 de fevereiro de 2014. A seguir, apresenta-mos algumas maneiras criativas utilizadas por eles para envolver tanto membros como visitas:

Em Juquitiba, São Paulo, os membros montaram uma tenda de oração em uma

área pública e distribuíram gratuitamente o livro A Grande Esperança. Eles se oferece-ram para orar pelos transeuntes e a fazer visitas domiciliares para os interessados. Os membros, em outras tendas de oração, ofereceram material gratuito e abraços fraternos. Outro grupo montou sua tenda de oração em uma feira de saúde.

A Igreja das Mangueiras, em Tatuí, São Paulo, juntamente com outras igrejas da cidade, abriram as portas às 5 horas para uma hora de meditação e oração. Às 6 horas, realizavam uma reunião de oração.

Em algumas igrejas, os pedidos de oração eram colocados dentro de balões. Eles eram inflados e trocados entre os membros, para que orassem pelos pe-didos uns dos outros. Em outras igrejas,

Orar por Dez Dias

Membros da igreja oram com transeuntes na tenda de oração montada na feira de saúde.

Na sede de nossa Divisão, começamos os Dez Dias de Oração no dia 8 de janeiro. Os diferentes tipos de palestras, cânticos de louvor, adoração, confissão, arrependimento, gratidão, intercessão dirigidos pelos líderes dos grupos, foram inovadores. Pelo poder do Espírito, fomos todos levados a caminhar para mais perto de Deus e a nos preparar para o derramamento da chuva serôdia. No nono dia, entre lágrimas, houve confissões de pecados, abraços fraternos e muitos pediram e receberam perdão naquele grupo. Todos nós choramos. Todos nós fomos levados à experiência dos primeiros discípulos no cenáculo, enquanto esperavam o cumprimento da promessa do poder do Espírito Santo [...] Cremos que o ano de 2014 será ainda mais frutífero para o crescimento do reino da graça de Deus, no território da SSD.

– Alberto Gulfan Jr., Silang, Cavite, Filipinas

Há alguns anos o Senhor nos comissio-nou a iniciar um grupo a fim de pro-pagar o evangelho de Jesus Cristo entre uma população, em sua maioria não cristã, num lugar em que poucas famí-lias vivem em uma área sem a presença adventista. Muitos membros de nossa igreja não compreenderam e criaram certa hostilidade em relação ao nosso desafio. Graças a Deus, dois membros de nossa antiga igreja e que moram em nossa área se uniram a nós nos Dez Dias de Oração. Como resultado, todos fomos ricamente abençoados.

– Richard Buchli, Murten, Ueberstorf, Suíça

A frequência aos Dez Dias de Oração foi impressionante! Houve mani-festação física de espíritos malignos fugindo de seus templos corporais quando estes foram reconsagrados ao Espírito Santo. Testemunhos sur-giam sob o efeito instantâneo de respostas às orações. O mais impressio-nante foi a participação das crianças e mesmo os bebês permaneceram acordados durante todo programa. Essa tem sido uma experiência tão maravilhosa que realizamos os Dez Dias de Oração duas vezes ao ano.

– Emmanuel Amey Azameti, Dunkwa Central, Gana

Maneiras Criativas de

foi decorada uma sala de oração que os membros podiam utilizar segundo sua dis-ponibilidade.

No último dia dos Dez Dias de Oração, algumas igrejas realizaram um retiro espi-ritual ou um “Chá Evangelístico”.

No dia 22 de fevereiro, a Igreja Adventista da região Sul de São Paulo lançou o programa de 30 dias de oração intercessora, quando os membros oraram por três pessoas que não faziam parte da congregação. Durante esse período, pastores e líderes treinaram os membros nas seguintes atividades: visitação, como ganhar pessoas para Cristo, como dar estudos bíblicos e como ajudar os novos membros a permanecer na igreja, além de capacitá-los para o ministério.

Setembro 2014 | Adventist World 19

Page 20: Aw september 2014 portuguese

Como conquistar pessoas para Cristo em um país predominantemente ateísta e onde os cristãos são olhados com desconfiança? É um grande desafio,

indiscutivelmente. Na República Checa, no entanto, em meio ao ceticismo

em relação ao cristianismo, descobri uma grande fome espi-ritual no coração das pessoas. Elas estão em busca de sentido para a vida, querem ver pessoas que deem bons exemplos e que revelem valores positivos. De certa forma, estão à procura de “heróis”.

Deus colocou em meu coração o ardente propósito de levar a mensagem do evangelho ao povo checo, e a tão conhecida citação de Ellen G. White, veio à minha mente: “O Salvador Se misturava com os homens como Alguém que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: ‘Segue-Me.’”*

A mensagem é clara, mas não é fácil de ser colocada em prática. Até 1989, no antigo regime político, não era permiti-

do realizar reuniões evangelísticas na República Checa. Essa dificuldade persiste, o que tem impedido o aumento do nú-mero de crentes. Porém, depois de muita oração, um grupo de quatro pessoas decidiu confiar em Deus e dar um passo de fé.

No princípio Começamos organizando vários programas e atividades

comunitárias, misturando-nos com as pessoas e estabelecen-do contato com outras organizações sem fins lucrativos. A prioridade era suprir as necessidades práticas das pessoas.

Algum tempo depois, decidimos que já era tempo de evan-gelizar e de oferecer estudos bíblicos e palestras a respeito de assuntos espirituais. Porém, ninguém veio. As pessoas expres-savam apreço pela nossa amizade e ajuda, mas não queriam que “falássemos de Deus para elas”. O método de ministério de Jesus não funciona, pensamos. Não percebíamos que, na verda-de, estávamos preparando o terreno para uma missão futura.

Apesar da frustração causada pela primeira experiência, não desistimos. Continuamos a trabalhar na comunidade,

Petr ČinČala

CORAL GOSPEL: O Coral Gospel, organizado pela igreja em 2007, já se apre-sentou em mais de cem auditórios, tanto em igrejas como em locais seculares.

C O R T E S I A D O A u T O R

naNão é uma coisa “simples”

TestemunharTestemunharRepública Checa

20 Adventist World | Setembro 2014

Page 21: Aw september 2014 portuguese

da melhor maneira possível. Então, certa noite, em 2009, perguntei a Deus o que mais poderíamos fazer para ajudar as pessoas a buscar Jesus. Ele disse: “Ore mais”. Foi quando entramos em contato com o maior número possível de membros da igreja, inclusive de outros países, e pedimos que orassem por nós. O Senhor respondeu àquelas orações e, no ano seguinte, tivemos nosso primeiro batismo: o de uma mulher que participava de nosso coral gospel! Desde então, os batismos têm aumentado a cada ano.

Refletindo no processo Ao olharmos para trás, refletimos sobre o processo e a

maneira pela qual o Senhor nos levou a alcançar as pessoas

para Ele, com sucesso. Começamos criando uma associação cívica, uma organização não-governamental (ONG), por meio da qual criamos na comunidade grupos e atividades como eventos familiares, curso de inglês para adultos, clubes de jovens e de saúde e o coral gospel. Antes que pudéssemos começar a falar do evangelho, os residentes da comunidade tiveram que se acostumar com um pastor, alguém que se importava com eles e por eles orava. Essas foram as fases iniciais de nosso ministério.

Nas fases posteriores, as pessoas que pertenciam aos nossos grupos comunitários começaram a apreciar a ami-zade que tinham desenvolvido, e se tornaram mais abertas para aprender sobre Deus e para experimentar a cura espiritual desde que tudo ocorresse de maneira natural e culturalmente relevante. Elas podem não ter sido receptivas a campanhas evangelísticas, mas aguardavam ansiosamente os concertos cristãos, festivais, ensaios do coral, aulas de arte e também gostavam de ouvir histórias e assistir a filmes cristãos.

Foi incrível ver a transformação dos denominados “ateus”, ao longo dos anos. O coral gospel causou particu-larmente um impacto significativo. Uma jovem chamada Kathy, que frequentava nosso curso de inglês, foi uma das primeiras cantoras do coral gospel. Hoje ela é juíza de

direito e continua ativamente envolvida no coral, como maestrina. Embora fosse resistente à “igreja”, hoje ela expressa gratidão pela liderança espiritual que oferecemos.

“Pertencer a esse grupo, moldou minha vida”, diz Kathy. Outra pessoa que canta no coral há vários anos, ainda se

diz ateísta, mas recentemente nos agradeceu pela espirituali-dade e por se sentir amada.

“Ateísta ou não, eu seria totalmente ignorante se não percebesse sua liderança espiritual [... e agora] desejo ser uma pessoa melhor”, diz ela. Há dezenas de histórias semelhantes.

Semana Nacional de Casamento Em 2007, durante a fase inicial de nosso ministério,

organizamos uma campanha para a Semana Nacional de Casamento, na República Checa, para promover o casamento saudável e destacar a importância de se desenvolver boas habilidades de relacionamento. A campanha foi lançada por meio de uma coletiva para a imprensa, com a participação de políticos e celebridades, tanto em Praga como em outros centros comunitários, clubes e igrejas.

Desde então, a Semana Nacional de Casamento tem sido promovida anualmente, em todo o país, e sua popularidade tem crescido. O sucesso dessa campanha ajudou a fortalecer nosso ministério e expandiu nossas atividades para outras cidades vizinhas. Ganhamos a credibilidade e a confiança das autoridades locais e de outras pessoas de influência. Todos os nossos programas comunitários começam, crescem e, eventualmente, resultam em corações ganhos para Jesus e para Sua igreja.

O sucesso vem pela paciência O método de Jesus realmente nos leva ao sucesso, mas,

muitas vezes, requer mais oração, estudo da Bíblia, tempo e paciência. Embora conquistar corações para Jesus em regiões desafiadoras possa envolver um processo de longo tempo, é certamente compensador. Por Sua graça, pessoas são ganhas para Seu reino.

Que o Senhor envie muito mais trabalhadores para Sua seara! ■

*Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 143.

Não é uma coisa “simples”

V I D A A D V E N T I S T A

Petr Cincala, PhD, é professor-assistente de Missão Mundial e diretor do Instituto de Ministérios da Igreja, na Universidade Andrews, Michigan, Estados Unidos.

República Checa

Setembro 2014 | Adventist World 21

Page 22: Aw september 2014 portuguese

Ellen G. White (1827-1915) é, sem dúvida, a adventista do sétimo dia mais influente que já viveu. Sua direção profética orientou a criação e, posteriormente, o

desenvolvimento da igreja. Após sua morte em 16 de julho de 1915, seus escritos continuaram a “oferecer conforto, direção, instrução e correção para a igreja”.1 Hoje, ela é uma das escritoras mais traduzidas em toda a história da literatura e “o escritor americano mais traduzido entre os escritores de ambos os sexos.”2

O centenário de sua morte está se aproximando, e muitas pessoas estão perguntando o que a igreja está planejando fazer em 2015, em relação ao seu legado profético. Este artigo destaca algumas iniciativas em nível global, regional e local. Todos esses esforços têm por objetivo reforçar nossa confian-ça e compromisso com a orientação profética de Deus nestes últimos dias da história humana.

A ênfase das iniciativas do próximo ano não é tanto sobre a pessoa de Ellen G. White, mas sobre as bênçãos que seus escritos trouxeram à nossa igreja corporativamente – e a nós, individualmente, por mais de cem anos. Queremos enfatizar mais a mensagem do que a mensageira.

Falando mundialmente Estão sendo planejados e elaborados muitos lançamentos,

projetos e muitas publicações importantes para benefício da igreja mundial. A Enciclopédia de Ellen G. White (2013),3

com 1.465 páginas, e as Cartas e Manuscritos de Ellen G. White Com Anotações, Volume 1: 1845-1859 (2014),4 com 986 páginas, já foram publicados. Os escritos de Ellen G. White já estão disponíveis online, em mais de 50 idiomas (egwwritings.org).

O principal website do Patrimônio Literário de Ellen G. White (ellenwhite.org) hospeda o documento “The Ellen G. White Estate Announces Plans for 2015 Centennial Comme-moration of Ellen White’s Life and Ministry”5 (O Patrimônio Literário de Ellen G. White Anuncia os Planos de Comemo-ração do Centenário de Sua Vida e Ministério em 2015”. Esse documento menciona, por exemplo, o plano de publicar on-line, em 2015, todas as suas cartas e manuscritos, bem como algumas das correspondências mais importantes endereçadas a ela, por líderes e outros membros da igreja.

Na assembleia da Associação Geral de 2015, em San Antonio, Texas (EUA), será realizado um programa especial

Alberto R. Timm

Relembrando a importância de suas mensagens

I L u S T R A Ç Ã O C E D I D A P E L O P A T R I m ô N I O L I T E R á R I O D E E L L E N g . w h I T E

D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Centenário do

LegadoProfético

Ellen G. Whitede

22 Adventist World | Setembro 2014

Page 23: Aw september 2014 portuguese

de comemoração ao centenário, no dia 10 de julho, noite da última sexta-feira do evento. Além disso, será realizado um grande simpósio acadêmico na Universidade Andrews, “O Dom de Profecia nas Escrituras e na História”, nos dias 15 a 18 de outubro de 2015, com representantes de diversas regiões do mundo.

Planos regionais Nossa igreja é uma denominação internacional com

presença em mais de 200 países, cada qual com seus desafios e necessidades. Sensíveis à condição de seus territórios, várias divisões, uniões e associações/missões organizacionais da igreja estão desenvolvendo planos específicos para promover mais efetivamente os escritos de Ellen G. White em seus terri-tórios, em 2015.

Algumas divisões estão planejando distribuir, a preços simbólicos, os dez volumes da coleção Connecting with Jesus

(ver www.connectingwithjesus.org). No Brasil, a coleção estará constituída por seis volumes, sob o título Mensagens de Esperança.* Vários campos estão trabalhando com suas respectivas casas publicadoras, para traduzir e publicar títulos específicos de seus escritos, ainda não disponíveis em seu idioma. Estão sendo disponibilizadas em vários lugares do mundo, versões em áudio de seus livros, para as populações analfabetas.

Muitas universidades e faculdades adventistas do mundo todo estão planejando eventos especiais para 2015. Esses eventos podem ser simpósios acadêmicos, semanas de oração, discussões em mesa redonda, dramatizações, etc. Por serem realizados em ambiente acadêmico, tais eventos buscam envolver o maior número possível de professores e alunos. O objetivo principal é fortalecer a identidade adventista nas novas gerações.

Algumas divisões decidiram incentivar o estabelecimento de minicentros White nas escolas e igrejas adventistas de seus respectivos territórios.6 Embora a maioria dos escritos de Ellen G. White esteja disponível online, os minicentros ainda podem oferecer excelente oportunidade para as pessoas se reunirem e juntas estudarem a Bíblia, os escritos da Sra. White e pesquisar a história adventista local. Como resultado, esses lugares se tornam centros da cultura adventista.

Mais perto do lar Vários planos e estratégias de apoio para 2015 estão sendo

desenvolvidos em vários níveis da estrutura organizacional da igreja. Mas, para que eles sejam realmente efetivos, devem causar um impacto positivo nas igrejas locais, em nossa família e em nossa vida. A questão crucial é: O que pode ser feito, em nível local, para que 2015 seja realmente uma bênção para todos nós?

Há muitas coisas que nossas igrejas locais podem fazer. Por exemplo, o calendário de pregação pode incluir sermões, e, talvez, até Semana de Oração sobre a natureza e o propósito do dom de profecia. Os programas de jovens podem apresentar dramatizações de alguns aspectos específicos da vida e minis-tério de Ellen G. White. Se a igreja tiver um minicentro White ativo, poderá promover seminários sobre o Espírito de Profecia, seguido de discussões em mesa redonda.

Algumas ideias criativas também podem ser desenvolvidas no círculo familiar. Certa vez me encontrei com um casal

adventista que, após dar muitos brinquedos e presentes para seus filhos, decidiram construir uma biblioteca pessoal, para cada membro da família, com os livros de Ellen G. White. Nos cultos familiares vespertinos, eles liam e discutiam juntos o conteúdo de determinado livro, tendo cada um o seu, para marcar e anotar. Esse pode ser um bom exemplo a ser seguido em 2015.

Independentemente do que será realizado nas nossas igrejas locais e lares, devemos desenvolver um plano pessoal para 2015,

incluindo leitura e estudo da Bíblia e dos escritos de Ellen G. White. Alguns podem até decidir combiná-los em um plano de leitura único.

Seja qual for o plano, sentimos que é importante separar um tempo devocional diário. Como alguém disse, certa vez: “Não ter tempo para Deus significa desperdiçar a vida”.

Ao nos aproximarmos de 2015, devemos evitar as venera-ções extremas a Ellen G. White, ou simplesmente ignorá-la. Devemos sempre nos lembrar de que seus escritos não são um fim em si mesmos, mas um recurso valioso para nos aproximar de Cristo e de Sua Palavra. ■

1 Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia, 18ª ed. (Silver Spring, MD: General Conference of Seventh-day Adventists, 2010), p. 162.2 Arthur L. White, “Ellen G. White®: A Brief Biography,” in www.whiteestate.org/about/egwbio.asp#who.3 The Ellen G. White Encyclopedia (Hagerstown, MD: Review and Herald, 2013).4 The Ellen G. White Letters and Manuscripts With Annotations, Volume 1: 1845-1859 (Hagerstown, MD: Review and Herald, 2014).5 Acesse http://whiteestate.org/estate/2015plans.asp.6 Maiores detalhes sobre o Projeto dos Minicentros White estão disponíveis na página www.whiteestate.org.*http://noticias.adventistas.org/pt/lancamento-de-colecao-de-livros-de-ellen-white-marca-centenario- de-suas-obras/

Os escritos de Ellen G. White não são um fim em si mesmo, mas um recurso valioso para nos aproximar de Cristo e de Sua Palavra.

Alberto R. Timm é diretor associado do Patrimônio Literário de Ellen G. White.

Setembro 2014 | Adventist World 23

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S E R V I Ç O

Grupo vocal de meninas da Noruega brinca com algumas

garotas do abrigo.

Liv Olsen, 82, é apaixonada por crianças, especialmente se estão em perigo. Quando Liv, que é natural

de Moss, Noruega, tinha 78 anos de idade, viajou de seu país para Chiang Rai, Tailândia, para visitar o recém-construído abrigo Keep Girls Safe (Mantendo as Meninas Protegidas), ao qual ajudou financeiramente por meio da ADRA Noruega, em cooperação com a ADRA Tailândia.

“Ainda não compreendi tudo o que aconteceu”, disse Liv na ocasião. “Imagine, poder participar desse traba-lho! É inacreditável, como se fosse um sonho! A melhor parte desta viagem é poder me encontrar com as crianças e ver com meus próprios olhos o prédio maravilhoso. Neste lugar, as crianças estão cercadas de carinho e se sentem seguras. Elas têm uma cama para dor-mir e alimentação saborosa e saudável. As pessoas que trabalham aqui são maravilhosas e capacitadas.”

A tragédia do tráfico A Tailândia se encontra entre os

principais países em que é praticado o tráfico humano. Estima-se que, em todo mundo, 40% das meninas e jovens en-volvidas na prostituição vêm do norte da Tailândia, onde o índice de pobreza tam-bém é muito alto. Muitas vezes, os pais são informados sobre oportunidades de emprego em Bangkok, ou em outras das grandes cidades do país, e recebem como oferta uma soma de dinheiro equivalente a um ano de salário. Embora a promessa seja de bons empregos como garçonetes, atrizes ou musicistas, frequentemente acabam sendo forçadas à prostituição.

Gry Haugen

Protegidas

Com pressa de acabar com o tráfico humano

casaem

24 Adventist World | Setembro 2014

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Feliz, Liv Olsen visita o abrigo Keep Girls Safe.

A SALVO E PROTEGIDAS: As crianças beneficiadas pelo Abrigo

Keep Girls Safe podem esperar por um futuro que não será marcado

pela tragédia do tráfico humano.

zantes e recebem auxílio para encontrar empregos adequados.

O programa do Keep Girls Safe é formado por três componentes: (1) Um lar para meninas vulneráveis; (2) apoio educacional para meninas que per-manecem nas aldeias e campanhas de conscientização e (3) cursos para pais e adolescentes, com base em princípios que procuram alertá-los sobre os peri-gos da exploração e tráfico humanos.

Além disso, a ADRA oferece apoio para o desenvolvimento de projetos rurais em várias aldeias, em parceria com o governo local e líderes das al-deias. Contribui ainda com sistemas de tratamento de água, transformando-a em limpa e segura; oferece assistência médica; educação e melhora nos méto-dos agrícolas. Quanto mais as crianças permanecem na escola, mais remota é a possibilidade de saírem da casa.

A viagem partindo da Noruega com destino a Chiang Rai, Tailândia, é muito longa e precisa ser planejada cuidado-samente. Essa jornada inclui seis horas de fuso horário, além de alimentação e culturas diferentes. “Mas compensa”, diz Liv. “Há tanta gente que diz que isso é inútil, que uma gotinha no oceano não ajuda”.

Mas, olhe essas garotas! Certamente, está sendo válido para elas, quando consideramos uma vida por vez. ■

Liv Olsen economizou dinheiro por muitos anos para ter condição de oferecer um lar às meninas do norte da Tailândia. Para que isso se tornasse pos-sível, ela andava de bicicleta em vez de ônibus para se locomover pela cidade. “Mas o Senhor me abençoou”, diz Liv. “Provavelmente por ter andado tanto de

bicicleta, sou a única da família que não sofre de doença cardíaca”. Liv cresceu nas Ilhas Lofoten, na Noruega que, na época, ficava longe de escolas e centros comerciais. Ela sabe muito bem o que é trabalhar duro para sobreviver.

Todas as meninas do abrigo Keep Girls Safe são de famílias extremamente pobres, a maioria delas vem de aldeias diferentes, nas colinas e selvas do norte da Tailândia. O abrigo tem capacidade para acomodar até 40 meninas, sendo que, grande parte delas, provém de uma dura realidade devido a doenças, consumo de drogas, abuso e falta de cuidado e educação. Esses e outros fato-res podem levar ao tráfico humano, que é predominante na região Sudeste da Ásia. Relatórios mostram que meninas de até 8 anos de idade são forçadas à prostituição. Mas há outras que são exportadas para países desenvolvidos na Ásia, América do Norte e Europa, onde são obrigadas a realizar tarefas domésticas com pouca ou nenhuma remuneração, trabalhando muitas horas sem receber benefícios nem assis-tência médica.

Fazendo a diferença Em colaboração com a ADRA

Noruega e ADRA Tailândia, Liv Olsen contribuiu com grandes mudanças na vida das meninas do abrigo Keep Girls Safe, que moram em uma casa segura. Todos os dias elas saem do abrigo para ir à escola e ajudam nas tarefas domésticas, cozinhando, regando o jardim, lavando roupa e realizando tarefas semelhantes às que fariam nas aldeias de onde vieram. As meninas mais velhas fazem cursos profissionali-

Protegidascasa

Estima-se que, em todo mundo, 40% das meninas e jovens envolvidas na prostituição vêm do norte da Tailândia.

F O T O S : C O R T E S I A D E h E I D I A N E T T O L D E B R A T E N / A D R A N O R u E g A

Gry Haugen reside em Oslo e trabalha para a ADRA Noruega no departamento de comunicação.

Setembro 2014 | Adventist World 25

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R E S P O S T A S A P E R G U N T A S B Í B L I C A S

Espírito(Lc 1:41), reconheceu que era o Messias que estava em seu ventre. Zacarias e Paulo profetizaram quando eles ficaram cheios do Espírito (Lc 1:67; At 13:9). No Pentecostes, os discípulos foram capacitados a falar em diferentes línguas (At 2:4); e, daquele momento em diante, cheios do Espírito, eles falavam de Jesus com ousadia (At 4:8; 4:31; 9:17-22). A igreja era um local espiritual no qual o Espírito estava ativo, enchendo o lugar com Sua presença.

3. Significado de estar cheio do Espírito. Resumindo: Primeiro, os seres humanos são seres emocionais, de modo que Satanás está predisposto a lhes encher o coração com más emo-ções (At 5:3; 13:9). Essas emoções governamos seres humanos e os induzem a praticar maldade e obras opostas às do Senhor. Por meio de suas ações, seu caráter e disposição são revelados.

Segundo, o Senhor quer encher nosso ser interior com a presença e o poder do Espírito que é concedido àqueles que conhecem a Cristo como seu Salvador.

Terceiro, a presença do Espírito Santo em nós nos transfor-ma, nos torna pessoas melhores e fortalece nossa fé (At 11:24). Com Ele, obtemos sabedoria divina e discernimento espiritual que nos permite reconhecer a atividade de Deus (At 6:3; 7:57).

Quarto, a presença do Espírito em nossa vida é visível por meio de vidas transformadas e de serviço para Deus e pelos outros.

Quinto, o Espírito Santo capacita os seguidores de Cristo a testemunhar e a fazer algo para o Senhor. Nem todos são profetas, porque a unção do Espírito é de acordo com Sua vontade para cada um.

Sexto, estar cheio do Espírito não implica necessariamente milagres. Esse elemento está presente, mas é subserviente à missão da igreja. Paulo foi um homem cheio do Espírito, no entanto o seu testemunho não foi acompanhado por manifes-tação sobrenatural. O Espírito Santo o preparou e capacitou para pregar com poder o evangelho (At 9:17-22). Curas e sinais acrescentaram alguma eficácia ao que foi a manifes-tação mais importante de ser cheio do Espírito – ser guiado pelo Espírito e cumprir a missão da igreja (At 4:29-31). ■

Vou limitar meus comentá-rios ao uso da frase “cheio do Espírito Santo”, que é

usada somente no Evangelho de Lucas e no livro de Atos. O

verbo grego é pimplēmi (“encher”, “tornar cheio”), mas também encon-

tramos o adjetivo plērēs (“cheio”) associado com o Espírito. O verbo é usado no sentido literal (Lc 1:23; 5:7), mas nos concentraremos no uso

metafórico do verbo.

1. Cheio de emoções: Os seres humanos são criaturas emocionais e suas emoções podem tomar conta deles. Após ouvir Jesus, as pessoas em Nazaré “ficaram furiosas” (“Todos […] se encheram de ira” [thumos], Lc 4:28), e tentaram matá-Lo. Jesus havia curado um homem durante o sábado e os líderes judeus “ficaram furiosos” (“eles se encheram de furor” [anoia], Lc 6:11), e começaram planejar o que iriam fazer com Ele. Eles também viram o trabalho dos discípulos e ficaram “cheios de ciúmes” (“inveja” [zēlos] acompanhado por hostilidade, At 5:17 e 13:45) e O prenderam. Em Éfeso eclodiu uma revolta e “a cidade toda estava em tumulto” (“tomada de confusão”, At 19:29).

Em outros momentos, as pessoas ficavam cheias de boas emoções. Jesus curou um paralítico e “todos ficaram atônitos” (“possuídos de temor” ou medo reverente [phobos]; Lc 5:26). Pedro curou um mendigo aleijado e as pessoas “se encheram de admiração” [thamboia] e ficaram impressionadas (“assombradas” [ekstasis] Atos 3:10).

Esses exemplos sugerem que, quando as pessoas estão cheias de emoção, essa as controla e as leva a determinadas ações. O estímulo vem do exterior e modifica seu estado interior e o comportamento externo. Com exceção do tumulto em Éfeso, as diferentes emoções foram provocadas pela proclamação da mensagem de Jesus e Seus discípulos. O evangelho de Cristo tem o poder de preencher a vida interior com o que é bom, mas, ao ser rejeitado, o ser humano revela somente hostilidade e emoções de autodestruição. Reações de grande admiração e perplexidade mantêm a porta aberta para a pessoa ser preenchida (ou cheia) pelo Espírito.

2. Cheios do Espírito: Foi dito a Zacarias que seu filho, João Batista, seria “cheio do Espírito Santo, já do ventre materno”(Lc 1:15), expressando ideias de eleição, direção e serviço. Isabel viu Maria, e, “cheia do Espírito Santo”

O que significa estar cheio do

Espírito Santo?

Ángel Manuel Rodríguez está jubilado após ter atuado como pastor, professor e teólogo.

Cheios do

26 Adventist World | Setembro 2014

Page 27: Aw september 2014 portuguese

E S T U D O B Í B L I C O

Você já passou por alguma experiência na vida em que sua esperança por um resultado positivo se desfez? As circunstâncias já lhe pareceram sombrias? O futuro sem

perspectivas? Você não está só. Milhões de pessoas já enfrentaram ou enfrentam situações semelhantes. Algumas pessoas já foram esmagadas pelas experiências infelizes da vida. Outros, porém, não só sobreviveram como também foram bem-sucedidos. Descobriram como ter esperança nos momentos mais difíceis da vida. No estudo bíblico deste mês, descobriremos a fonte da força, como uma âncora em qualquer tempestade que você venha a enfrentar.

Além disso, descobriremos que há esperança, não apenas de que atravessaremos a tempestade, como também de uma incrível esperança além da tormenta.

1 Leia Romanos 15:13. Como o apóstolo Paulo descreve Deus? E que palavra é usada para descrever a esperança disponibilizada a nós por meio do Espírito Santo? A fonte de nossa esperança é o Deus Todo-poderoso que sabe todas as coisas. Quando nossa esperança se desfaz, Deus é a fonte de esperança. Se fixarmos nosso olhar nEle em vez de olharmos para as dificuldades que enfrentamos, poderemos “transbordar” de esperança. Em suas cartas, o apóstolo Paulo menciona a esperança 41 vezes. Esperança é o desejo acompa-nhado da antecipação. Ela está relacionada com nossos mais profundos anseios por algo melhor do que estamos vivendo, na certeza de que Deus realizará esses desejos.

2 Como a esperança impacta nossas atitudes? Leia Salmo 16:9; 31:24 e 71:5-6, e faça uma lista dos efeitos da esperança sobre nossa perspectiva.

3 Quando Jó enfrentou circunstâncias difíceis, que pergunta fez sobre a esperança? Como as palavras de Davi nos Salmos, respondem à pergunta de Jó? Compare Jó 17:15 com Salmo 39:7 e 130:7.

4 Qual é o conselho do apóstolo Paulo em relação à descoberta da esperança na Palavra de Deus? Leia Romanos 15:4. Ao lermos as histórias dos personagens bíblicos, descobrimos que eles enfrentaram muitos dos mesmos desafios que enfrentamos hoje. Eles sofreram com problemas de saúde, desafios familiares, dificuldades econômicas, incompreensões e outras provações que também nos perturbam. Esses homens e mulheres de Deus não eram santos de plástico em torres de marfim, imunes às tristezas deste mundo. Em meio a tudo que enfrentaram, eles aprenderam a confiar em Deus. Se o coração deles pôde se encher de esperança, o nosso também pode.

5 Que atributos da esperança cuja fonte está em Deus, o apóstolo Paulo sumarizou em Romanos 5:2 a 5? Ao enfrentar seus próprios desafios, como Paulo descreveu Jesus para seu jovem companheiro de ministério, Timóteo? (1Tm 1:1.)

Embora Paulo tenha enfrentado naufrágio, açoite, apedre-jamento, perigos de morte e aprisionamento, ainda conseguia escrever para Timóteo sobre Jesus, Sua esperança. Tanto Paulo, quanto todos os apóstolos, quando fixavam o olhar em Jesus e não nas provações, recebiam força sobrenatural que impulsionava seu espírito, enchia o coração de ânimo e lhes comunicava esperança. Essa esperança não era uma experiência emocional e superfi-cial. Era o resultado de uma fé alicerçada em Jesus Cristo.

6 O que a Bíblia destaca como nossa principal e eterna esperança? Leia os textos a seguir. Cada um deles oferece uma visão singular sobre a principal esperança dos cristãos: 1 Coríntios 15:19; 1 Tessalonicenses 4:13-18; Tito 2:13 e Hebreus 7:19.Nós, cristãos, somos plenos de esperança. Quando Cristo vive em nosso coração, Ele é mais que capaz de lidar com qualquer coisa que possamos enfrentar na vida. Sua força é nossa. A sal-vação em Cristo é nossa. E além desta vida, almejamos a “aben-çoada esperança”, quando esse “corpo mortal” será “revestido de imortalidade” e viveremos para sempre na Terra da esperança. ■

Mark A. Finley

F O T O : g E R D A L T m A N N

Quando aEsperança

Dissipase

Setembro 2014 | Adventist World 27

Page 28: Aw september 2014 portuguese

Reverência necessária A carta de Barry Gowland, (AW – junho) “Reverência”, encontrou eco em meu coração. Quero e preciso adorar em um ambiente calmo, cristão, onde, em alguma forma de liturgia, possa declarar minha fé e cantar louvores, tendo a certeza da salvação por meio de um glorioso Senhor.

Tenho cada vez mais tomado conhecimento da existência do tipo de culto parecido com “concerto de música popular com um verniz de religiosidade” que parece estar perme-ando o adventismo do sétimo dia. Já vi também ocasiões em que o culto se assemelha a comícios políticos, ou a uma hora de entretenimento superfi-cial em que um apresentador aparece, e onde é dada a crianças pequenas a enorme responsabilidade de represen-tar a congregação na oração principal ao supremo Deus criador; onde os pregadores gritam e sapateiam. Isso me entristece profundamente!

Mary TrimNew South Wales, Austrália

Querido amigo . . .Escrevo em resposta ao artigo de Roland Karlman “Querido amigo . . .” (AW – julho), que apresenta o livro, recém-publicado, Ellen G. White Letters and Manuscripts With Annotations, Volume 1 (1845-1859) [Cartas e Manuscritos de Ellen G. White Com Anotações]. Minha reação? Esta é uma grande notícia! Estou muito feliz por publicarem uma edição cientificamente criteriosa. Mas pergunto: Por que demorou 100 anos?

Tenho grande interesse pela verdade e oro pelos editores do E. G. White Letters and Manuscripts With Annotations, Volume 1 (1845-1859).

Dark P. GreenStuttgart, Alemanha

Câncer de mamaO artigo “Câncer de Mama” (AW – junho) é um excelente resumo dos fatores de risco do câncer de mama. Evi-dências recentes, publicadas em junho, defendem o fato de a carne vermelha ser outro importante fator de risco. O as-sunto deve interessar aos adventistas que defendem a dieta sem carne. Cito uma fonte confiável (The New England Jour-nal of Medicine’s Journal Watch, junho): “O alto consumo de carne vermelha no início da idade adulta está associado com o aumento do risco do câncer de mama, segundo acompanhamento de longo tempo do Nurses Health Study II (Estudo de Saúde em Enfermagem II), publicado no British Medical Journal [BMJ 2014; 348:g3437].”

Os autores concluem: “Consistente com as diretrizes da American Cancer Society, a substituição da carne vermelha processada ou não, por legumes e aves du-rante o início da idade adulta pode ajudar a diminuir o risco do câncer de mama.”

Peter TungHamilton, Austrália

Cartas

Sou aluno do primeiro ano do curso de engenharia elétrica. Peço a você que se una comigo em oração a Deus para que, por Sua graça, meus colegas e eu consi-gamos um bom emprego. Vamos estagiar de agosto a dezembro. Ore também pelos nossos desafios espirituais, financeiros e físicos que temos enfrentado diariamente.

Neves, Maláui

Estou me divorciando de minha esposa que tem sido infiel ao voto matrimo-nial. Fomos casados por 26 anos e estou sofrendo muito com essa situação. Pre-ciso das suas orações em favor dos meus filhos, e peço que ore por mim também. Agradeço pelo apoio espiritual.

Mário, Guadalupe

Um amigo da igreja em que congrego me pediu que fizesse essa solicitação em seu lugar. Ele está preocupado com seu vizinho e o filho dele, pois são satanis-tas. Por favor, ore pedindo proteção.

Samuel, Alemanha

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T R O C A D E I D E I A S

Foi maravilhoso saber a respeito da maneira como a igreja está trabalhando em tantos países do mundo e, assim, tem cumprido a missão de anunciar o breve retorno de Jesus.

– Donald E. Casebolt, College Place, Washington, Estados Unidos

GRATIDÃOOraçãow

28 Adventist World | Setembro 2014

Page 29: Aw september 2014 portuguese

Especialmente inspirador Embora sempre aprecie a Adventist World, achei a edição de abril especialmente inspiradora. Estava repleta de material informativo, educacional e emocionante. Foi maravilhoso saber a respeito da ma-neira como a igreja está trabalhando em tantos países do mundo e, assim, tem cumprido a missão de anunciar o breve retorno de Jesus.

Donald E. Casebolt College Place, Washington, Estados Unidos

Muito obrigadoSaudações cristãs! Muito obrigado pelo maravilhoso trabalho que realizam através da Adventist World.

Gift DorcusUganda

CorreçãoA Adventist World se omitiu em dar o crédito a Spencer Freeman, do Florida Hospital, pela fotografia do Dr. Jeff Kuhlman, usada na contracapa de nossa edição de julho. Agradecemos Freeman por permitir que usássemos seu traba-lho e pedimos desculpas pela omissão.

Como enviar as Cartas: Por favor, envie para letters@ adventist world.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a data da publicação. Coloque, também, seu nome, a cidade, o estado e país de onde você está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

Peço sua oração intercessora para que Deus me cure para Sua honra e glória.

Adriana, México

Eu me casei com um moço adventista, mas ele abandonou a igreja. Durante os primeiros anos de casados, nosso relacionamento foi bem. Porém, ele é

facilmente influenciado pelos amigos e, por isso e por outros fatores, ao longo de oito anos o casamento foi se desgastando. Ele se tornou irritadiço e tenso. Suspeito, inclusive, que ele esteja se encontrando com outra mulher. Não estamos nos falando e temo por minha vida. Por favor, ore para que ele mude.

Virgie, Filipinas

Número de espécies de abelhas existentes no mundo. Porém, apenas sete espécies produzem mel.Fonte: The Rotarian

Pesquisas revelam que assistir à televisão por mais de duas horas por dia aumenta o risco de doenças cardíacas em mais de 125% Fonte: Men’s Health

RemotoGuarde o Controle

Uma Jornada de Descobertas pela BíbliaDeus nos fala por meio de Sua Palavra. Junte-se a outros membros, em mais de 180 países, que estão lendo um capítulo da Bíblia todos os dias. Para baixar o Guia de Leitura da Bíblia, visite: www.reavivadosporsuapalavra.org, ou inscreva-se para receber diariamente o capítulo por e-mail. Para fazer parte desta iniciativa, comece por aqui:

1 DE OutubRO DE 2014 • miqueias 5

ReavivadosSua Palavrapor

Como enviar as cartas: letters@ adventist world.org. As cartas devem ser escritas com clareza, contendo, no máximo, 100 palavras. Inclua na carta o nome do artigo e a data da publicação. Coloque também seu nome, cidade, estado e país de onde você está escrevendo. As cartas serão editadas por questão de espaço e clareza. Nem todas as cartas enviadas serão publicadas.

Setembro 2014 | Adventist World 29

Page 30: Aw september 2014 portuguese

T R O C A D E I D E I A S

O U V I D E A L G U é M

O mundo nos oferece muitas promessas vazias, mas as promessas de Jesus nunca falham e preenchem o nosso vazio.

– Leon Du Preez, Bloemfontein, África do Sul

No dia 25 de setembro de 1908, Riley Russell e a esposa chegaram a Sunam, Coreia (hoje Coreia do Norte). As pessoas doentes, ouvindo a respeito de sua chegada, já estavam esperando por ele na estação de

trem. Ele tratou seu primeiro paciente no portão da casa da missão.Russell recebeu um diploma de enfermagem do Sanatório de Battle Creek

em 1902, e um diploma de medicina na Universidade George Washington, em 1908. Em 1909, ele inaugurou uma clínica médica em Sunan, em uma casa de 103 anos, com telhado de palha, medindo 2 x 7 metros, ao custo de apenas 20 dólares.

Em 1913, um jornal de Washington, D.C. publicou uma reportagem com o seguinte título: “20 Mil Pacientes Tratados em uma Casa de 20 Dólares”. No mesmo ano, a oferta do décimo terceiro sábado possibilitou a construção de um dispensário medindo 7 x 11 metros.

Durante a Segunda Guerra Mundial a igreja perdeu o controle da clínica.

BéLGICA

REINO UNIDO

HOLANDA

ALEmANHA

FRANçA

EstradaEm 2012, os países europeus onde os motoristas passaram mais tempo por mês dentro do carro foram:

Na

1

2

3

4

5Fonte: INRIX/National Geographic

m u R I C E m I L L E R

maıs

LugaréEsse?

Que

Há106 Anos

RESPOSTA: Duncans, Trelawny, Jamaica. Alunos da DayStar

Adventist Academy, em Utah, Estados Unidos, liderados pela

Equipe de Resgate Radical, viajaram para a Jamaica para

ensinar os Desbravadores, polícia e bombeiros a como resgatar pessoas

durante enchentes. A atividade fazia parte do curso de duas

semanas sobre como responder a desastres, e que também incluiu

uma simulação de terremoto.

30 Adventist World | Setembro 2014

Page 31: Aw september 2014 portuguese

“Eis que cedo venho…”Nossa missão é exaltar a Jesus Cristo, unindo os adventistas do sétimo dia de todo o mundo numa só crença, missão, estilo de vida e esperança.

EditorAdventist World é uma publicação internacional da Igreja adventista do sétimo dia, editada pela associação Geral e pela divisão do Pacífico Norte-asiático.

Editor Administrativo e Editor-ChefeBill Knott

Editor AssociadoClaude richli

Gerente Internacional de PublicaçãoPyung duk Chun

Comissão Editorialted N. C. Wilson, presidente; Benjamin d. schoun, vice-presidente; Bill Knott, secretário; Lisa Beardsley-Hardy; daniel r. Jackson; robert Lemon; Geoffrey Mbwana; G. t. Ng; daisy Orion; Juan Prestol; Michael ryan; Ella simmons; Mark thomas; Karnik doukmetzian, assessor legal.

Comissão Coordenadora da Adventist World Jairyong Lee, chair; akeri suzuki, Kenneth Osborn, Guimo sung, Pyung duk Chun, suk Hee Han

Editores em Silver Spring, maryland, EUALael Caesar, Gerald a. Klingbeil (rédacteurs en chef adjoints), sandra Blackmer, stephen Chavez, Wilona Karimabadi, Kimberly Luste Maran, andrew McChesney

Editores em Seul, Coreia do Sul Pyung duk Chun, Jae Man Park, Hyo Jun Kim

Editor On-lineCarlos Medley

Gerente de OperaçõesMerle Poirier

ColaboradoresMark a. Finley, John M. Fowler

ConselheiroE. Edward Zinke

Administrador Financeiro rachel J. Child

Assistente Administrativo Marvene thorpe-Baptiste

Comissão Administrativa Jairyong Lee, chair; Bill Knott, secretary; P. d. Chun, Karnik doukmetzian, suk Hee Han, Kenneth Osborn, Juan Prestol, Claude richli, akeri suzuki, Ex-officio: robert Lemon, G. t. Ng, ted N. C. Wilson

Diretor de Arte e DiagramaçãoJeff dever, Brett Meliti

Consultorested N. C. Wilson, robert E. Lemon, G. t. Ng, Guillermo E. Biaggi, Lowell C. Cooper, daniel r. Jackson, Geoffrey Mbwana, armando Miranda, Pardon K. Mwansa, Michael L. ryan, Blasious M. ruguri, Benjamin d. schoun, Ella s. simmons, alberto C. Gulfan Jr., Erton Köhler, Jairyong Lee, Israel Leito, John rathinaraj, Paul s. ratsara, Barry Oliver, Bruno Vertallier, Gilbert Wari, Bertil a. Wiklander.

Aos colaboradores: são bem-vindos artigos enviados voluntariamente. toda correspondência editorial deve ser enviada para: 12501 Old Columbia Pike, silver spring Md 20904-6600, EUa. Escritórios da redação: (301) 680-6638

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Website: www.adventistworld.org

Adventist World é uma revista mensal editada simultaneamente na Coreia do sul, Brasil, argentina, Indonésia, austrália, alemanha, Áustria e nos Estados Unidos.

V. 10, Nº- 9

Caracteres041 O que está sendo dito sobre a oração no universo Twitter:

mantenha a calma, você pode ser fraco,

mas Deus é forte. #TenhaFé :)

– Marcelo, Filipinas

Até

Ore como alguém que não vai controlar seu presente.

Ore como alguém que depende de Alguém maior. É incrivelmente libertador.

– JeFFerson, WashingTon, eUa

Quando você não sabe como orar, convide o

Espírito Santo para orar por você e através de você! Romanos 8:26.

– gregory, illinois, eUa

Ore com esperança. . .

Por quê? Porque nosso Deus pode fazer absolutamente qualquer coisa! #grandeDeus

– sean, Tennessee, eUa

Quando você começa a orar FEROROSAmENTE por alguém, logo as coisas começam a acontecer!! #poderdaoração

– lyndie, ÁFrica do sUl

Começando o dia com mau humor. Tenho que mudar de atitude. #OreAtéQueAlgo Aconteça #FORÇA

—nia, Texas, eUa

mais apaixonada por Jesus agora do que nunca antes. Quando Ele está em silêncio, está fazendo o Seu melhor. NuNCA desista. #oreatéquealgoaconteça

– leah, Virginia, eUa

Quando for muito difícil permanecer

de pé, ajoelhe. #PoderDaOração

– carTer, alabaMa, eUa

Setembro 2014 | Adventist World 31

Page 32: Aw september 2014 portuguese

É onde estão as nossas raízes.

w w w. a d v e n t i s t w o r l d . o r g

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