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Em paltstras feitas na Guanabara o dtputado Leonel Brizola alertou vi- gorosamtntt o Pais para o caráttr anlinacional dtssa política, orientada, segundo disst, pelos srs. San Tiago Dantas, Roberto Campos t o embaixador ianque Lincoln Gordon, dt acordo com o figurino do FMI. —- (Matérias nas páginas 3 t 8). mm WE&T£k?% fsssjgyppi) Ommtpnms.Umtfrl •*•**&*&»_, "¦' *&íy£^...... i\f..my: ¦•¦•< '•£•.).: ms a»»»*».»*!* i»'. ii t »»—æi i i 11 i i wiin _^S!P^#*';•¦'•*^*¦|*•,¦ ¦****$** 'w*Wy:-*.t*y:M' •-"¦*>'¦ •¦¦¦¦¦ ¦¦¦¦•' ssasco tf?",*«:*: itii/uim^ ¦^i^^yia^iÍ-;' *ifâswjm*íÍA íúkYw '.**tyifiiiáy,- ^j^aj^sçl.;' our aa \ f «§«ri >co«i»£fjf"¦¦' óuíe •* pabe n*i< ^•:í^/V«*ili*DA *D0T<fi .'acSÜÒ .-STtLfl LvIA CCIJ ',:^'*#t:-'.;l*/.t4-Hr-«»*«0S ? IRAtAS :':ESIRAIíO£ l«03 ' 'V.Í/AtSiO»» C.C^OhtaU *t SAÜDACÚES * . 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Negociata e Carestia Carnaval: Festa do Povo Sábado é carnaval, festa do povo. Até quar- U-ieira a cidade «estará entregue ao samba, com o povo principalmente através das escolas de sambas e noa blocos "su- Joe", exaltando a vida e tuas lutas e lamentando aa dificuldades que é for* çado a amargar, no «com* paeso do noeso ritmo conta|iante «tnvol- - --- <""ii,*ü(i^o-fii' reportagem sôbre o "império do sam- ba", visto particularmen- te do ângulo dos desfi- le* das escolas, sua cul- minância. Como o 'rei da folia" não permitirá trabalho durante o seu curto rei- nado, NOVOS RUMOS não circulará na próxi- ma semana,; voltando às bancas no dia oito de março. Orlando Bomfim Jr. . Os patriotas todos os patriotas, sem distinção de nenhuma natureza tém pela . frente tuna tarefa inadiável e urgente: unir e mobilizar suas forças para impedir que o ' Governo realize a anunciada compra de íér- ro velho da Bond and Share. mais ou menos 40 anos que essa em- presa norte-americana, organizada em "hol- ding" e camuflada cpm nomes "nacional!- zadps" .nos., diversos Çstadòs, vçm roubando nosso povo- e prestando-lhe maus serviços. Estudos feitos pelas próprias autoridades fe- derais, nos toinbámentos já. realizados, com- provaram fartamente as falcatruas que cia costuma praticar, seu sistemático desre.s- peito ás nossas leis e aos-termos dos con-. .tratos de<eoncessã,o,.o caráter parasitário e ' antlnacional de suas atividades. £ conheci- dp,o episódio do desmembramento forçado do município de Belo Horizonte pelo govér- no mineiro, a fim de retirar determinada área das garras do monopólio da distribui- ção de energia elétrica exercido pela Bond and Share, e isso como condição Indispen- savel a que nela pudesse instalar-se uma cidade industriai. A verdade é que a em- presa norte-americana se transformou, em todos os Estados onde fincou seus postes, em objeto do ódio popular, vivamente ma- nifestado através de campanhas de ampli- tüde e envergadura, orientadas sempre no sentido encampação do patrimônio da empresa, ou da pura e simples reversão üe seus.bens ao poder público. Em alguns casos, passos concretos foram dados com esse objetivo. E essa era e è a solução justa em todos .os casos.. ; Mas o governo do sr. João Goulart pro- cura agora passar uma esponja sôbre tudo isso, desprezar as lutas e as vitórias parciais conquistadas pelas populações que dire- tamente têm suportado a nefasta atividade do truste, abandonar os caminhos indicados nós contratos de concessão e no Código de Águas, pôr de lado os interesses nacionais e premiar a Bond and Share com uma ver- dadeira doação (a palavra "compra" não passa de eufemismo) de 200 milhões de dó- lareS! E ainda por cima seria assegurado o reinvestimento de 75% dessa importância em setor de nossa economia a salvo de aíri- tos diretos com o povo. a fim de que a es= poliação pudesse ser desfrutada tranqüila- mente, sem os choques do passado... Ousa-se chamar essa negociata de "na- cionalização de serviços públicos". A reali- dade, entretanto, é que ela não passa de uma capitulação ante as Imposições do governo dos Estados Unidos, ante as exigências colo- nizadoras do "Poreign Aid Act." Prepara- se o caminho para que o sr. Santiago Dan- Ias (cuja "clareza e segurança de orienta- ção" Mr. Gudin exalta agora), bem acoli- tado por Roberto Campos (que "O Globo" acaba de elevar ao posto de "Condestável da Verdade"...» possa chegar a Washington em situação de fazer jus a umà fornada de dólares, naturalmente debaixo de condições que importarão em capitulações também no terreno político e em vantagens ainda maio- res para os monopólios norte-americanos. E foi sem dúvida visando a esse mesmo ver- gonhoso fim que o governo barganhou com a IT & T o "empréstimo" de 1 bilhão e 30 milhões de cruzeiros. Abrem-se dessa maneira. geiYerosamen- te. os cofres do Ministério da Fazenda às empresas ianques. E isso no exato momento cm que até cortes em despesas com hospi- tais são anunciados, como necessários ao combate à inflação. Também êsse combate, aliás, se procura fazer por caminhos que fereni os interesses de nosso povo. Veja-se, por exemplo, a suspensão dos subsídios ao petróleo e ao trigo. Qual a explicação dada pelo sr. João Goulart aos líderes sindicais? Quem pagava esses subsídios, explicou o pre- sidente da República, era o próprio povo. pelas conseqüências das emissões de caráter inflacionário. Muito bem. E agora ? Suspen- dem-se os subsídios e quem vai pagar, com a inevitável elevação de preços, continua a ser o mesmo povo. Então o povo paga pelos subsídios e paga pela suspensão dos subsi- dios... Isso significa que. pela nolitica eco- nõmicQrfinanceira seguida, sôbre os ombros dás grandes massas atlra-se o ônus tanto ci'as medidas inflacionárias como das me- didas antiinflacionárias. Num. caso como no outro, uma orientação contra o povo, ao mesmo tempo em que os interesses nacio- nais são sacrificados em benefício da espo- Ilação lmperiallsta. A hora exige, pois, que todos os demo- cratas e patriotas fortaleçam sua unidade e intensifiquem sua ação no sentido de dois objetivos principais: o combate à carestia de vida. nao permitindo que novos sofrimen- tos e privações sejam impostos às massas trabalhadoras e populares, e o combate à "compra" da Bond and Share, para impe- dlr que a escandalosa negociata seja ulti- mada. ' I _p" ,. *mI I S____&~:» 'W ___________________¦_____. v' ÍT__Í - ,sVfl^ .^_1_P,;'. "¦¦¦¦¦:¦>¦ VSM -'*^HssssV* *'¦'¦>* ' *^)PWH |^Wf ,| . '¦¦'¦ ¦ ^Jri^Bfò tW':'ÍÉ>f<,,:'''-';',;STOgl !_¦ llK_P€?4ÍÍ__l K';, .- '•;¦:¦• WmWSgmmmSm^mm ft&wv^áWÊm ___S»í?»ívt-. 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E algumas delas, como o Sindicai» dos Ferroviários da Leopol*. dina, vem desenvolvendo grande atividade nessa frente de combate à ab- sorção das melhorias sa* lariais conquistadas pe* los trabalhadores através de árduas lutas. Para o dia 7 de março os ferroviários da Lco* poldina nr-an izaram uma série de manifesta* ções, incluindo uma via- gem do "Trem contra a Carestia", que partirá de Duque de Caxias, às ... 16,40 horas, com destino à Estação Barão de Mauá, onde haverá gran* de comício. «f..r.VW "ii k 'áiífe^fe?'^ DE KÉMNÊDY Ao receber o ehefe do governo da Venezuela, Ró- mulo Betancourt, ora em visita . oficial aos Estados Unidos, o presidente Ken- nedy declarou: "Vossa ex- cclénoia representa tudo quanto admiramos num di- rigente político. Sua pio- longada luta para fortale- cer a democracia, não sò- mente em seu pais como em toda a região, do Carl- be. seu e.spirito de solida- riedade para com ôs outros governos liberais i .. j fí- zeram de vossa cxcelóncia o símbolo do líder que dc- sejamos para nosso pais c' para toda;, as nações irmãs da America Latina." É muito cinismo! Betan- court encont.vn.se no go- vèrno três anos. mais dr dois. passados sob estado de sitio, as garantias cons- titucionais suspensas, jor- nais oposicionistas fecha- dos. presos políticos às'-cen- tenas, deportações cin mas- sa. movimentos grevistas e populares esmagados pela força armada. A Venezue- é o terceiro grande pro- dutor dc petróleo no mun- do, e no entanto os 6 mi- lhões de venezuelanos \i- vem, em sua maioria na pobreza e na miséria. A fa- buiosa riqueza produzida pele petróleo vai para as arcas de Wall Street e pa- ra o bolso de um punha- do de magnatas, Venezuela- nos associados às grandes 'companhias petrolife- ras novte-americanas Be- tancomt uianteve a Vene- zuela como apêndice doca- pitai monopolista dos Esta- dos Unidos, simples semi- colônia do "colosso do Noi - ¦te." E é êste o modelo âpoiV* tado por Kennedy para os governantes da América. Devido, além de tudo, ao ódio feroz que mantém o lacaio Betancourt contra Cuba socialista, contra a Revolução Cubana, parti- dário declarado que é da invasão de, Cuba pelos Es-, tados Unidos, serve de mu- délo pretendido por Ken- nedy. Ê uma preferência que diz também do tipo de de- mocracla que existe nos Estados Unidos: uma de- mocracia para os trtistes e monopólios internacionais americat.os. uma democra- cia que maneja marionetes como Betancourt. servicais dos Interesses' do capital monopolista que suga as nossas riquezas, uma demo- cracia qut nâo admite go- vemos soberanos em pai- ses independentes masbo- necos de engonço como Rô. mulo Betancourt. ¦;'¦¦¦¥¦¦¦. V: ||*NgffSMv~*f ViiKTÊne.-1- dosB - -^f^%f^ aneanos ao Público 0$ Sindicato» dot Empregados *m Eítabelecimentos Bancário* do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, reunidos, examinaram, entre outros assuntos, questão d«r maior importância para a categoria, no momento: O DE-' SEMPREGO. A pretexto de diminuir os custos operacionais, pre- tendem os bancos, na Guanabara # na cidade de São Paulo, como o fizeram em Belo Horizonte, reduzir o expediente externo (de atendimnto ao público), para apenas algumas horas à tarde, suprimindo-o totalmente na parte da manhã. A medida poderá redundar em maiores lucros para os bancos, porém, nas grandes cidades, é profundamente anli-social: prejudica os clientes em geral, e ao comércio e a indústria, em particular.. Anti-social, sobretudo, porque acarretará a dispensa em massa de bancários. Não se compreende que os bancos, qu» vêm obtendo altos e progressivos lucros, tomem atitude contrária aos interesses gerais da socwdade, apenas e tão somente por política de economia interna. Os bancários das cidades do Rio de Janeiro, São Poulo e Belo Horizonte, mais diretamente ameaçados, protestam contra essa medida, com a qual, sem proveito " para ninguém, os bancos procuram eximir-se de suas res- ponsabilidadís para com o público, criando condições para a dispensa em massa, agravando a situação de inú- meros lares de honrados trabalhadores. E amarga a experiência de Bel0 Horizonte, onde os bancos instituirom êsse horário reduzido, e, apesar do propósito manifestado de não demitir, ojntenas de ban- cários o foram e outros tantos estão ameaçados. Protestamos contra tais dispensas, dispostos a garan- tir por todos os meios o direito ao pleno emprego. Paro isso, wsolvemo* unir-nos t lutar conjuntamente contra a ameaça que pesa sôbre todos nós. Certos de que assim estaremos resguardando tam- bém os. interesses do comércio, da indústria « do povo em geral para os quais a redução do horário de oten-' dimento pelos bancos nas grandes cidades acarretara, wm dúvida, sérios embaraços —, reclamamos do governe que encare a questão, visando assegurar os legítimos direitos dos bancários e os interesses de toda a população Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 1963. Assistidos pela CONFEDERAÇÃO NACIONAI DO' TRABALHADORES NAS EMPRESAS DE CRÉDITO, os sindi- calos: dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dc Rio de Janeiro. . dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo dos Empregados cm Estabelecimentos Bancários de Belo Horizonte. V '*,• . V\V- \«" . 'V. SV i ¦ , *y ¦ *"• ' -)¦ ¦¦':< \\\

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ANO IV —• Rio de Janeiro, semana de 22 a 28 de fevereiro de 1963 — N< 210

Avoluma-se o clamor da todos os patriolas con-tra a negociata qut st pretende fazer com a com*pra da Bond and Share -— vergonhosa capitulaçãoaos frustes t ao Governo dos Estados Unidos. O Co-mando Gtral dos Trabalhadores, a Frente Parla-mentor Nacionalista t outras entidades patrióticascontinuam condtnando êsst tnormt «panamá» o,dt modo gtral, a política tconômieo-financtiraaplicada pelo Governo. Em paltstras feitas naGuanabara o dtputado Leonel Brizola alertou vi-gorosamtntt o Pais para o caráttr anlinacionaldtssa política, orientada, segundo disst, pelos srs.San Tiago Dantas, Roberto Campos t o embaixadorianque Lincoln Gordon, dt acordo com o figurinodo FMI. —- (Matérias nas páginas 3 t 8).

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Prefeito de Maliza

AosOrgani Resistência

Piratas da LagostaDo Prefeito de Natal, o diretor de NOVOS RUM06

recebèn o.stgubita;ttíHra|nà datado de ontem: "JonIUU Orta-Mo«oafim, Ataolda Bio «teanco, *n. tala J,'

stedo, para ortainfOf-v WU" en.das riquesas Metoflals smtnrirtso Bfja alfaiasse doj pe*queiras estrangeiros. O combate Iniciado com è noeeo te-legramà anterior dé protesto desdobra-se a outra frenteconcreta, que poder* ser obrigada a adotar o mesmo es-tilo de luta com que enfrentávamos os piratas estran-geiros no periodo colonial. Saudaç«5e<i4>fáima4laranhãò,Prefeito". £*£ . _ _ „¦ ..".*,..,

O telegrama do governador da cidade de Natal queacima reproduzimos foi precedido, por-outro que se. en-contra no texto da matéria em que denunciamos o crimeque constitui para um importante ramo da economia na-cional — a indústria pesqueira — as concessões dadas afranceses, americanos e japoneses. (Ler na 3.* pág.'

Negociata e Carestia

Carnaval:Festa do Povo

Sábado é carnaval,festa do povo. Até quar-U-ieira a cidade «estaráentregue ao samba, como povo principalmenteatravés das escolas desambas e noa blocos "su-Joe", exaltando a vida etuas lutas e lamentandoaa dificuldades que é for*çado a amargar, no «com*paeso do noeso ritmoconta|iante • «tnvol-- --- <""ii,*ü(i^o-fii'

reportagemsôbre o "império do sam-ba", visto particularmen-te do ângulo dos desfi-le* das escolas, sua cul-minância.

Como o 'rei da folia"não permitirá trabalhodurante o seu curto rei-nado, NOVOS RUMOSnão circulará na próxi-ma semana,; voltando àsbancas no dia oito demarço.

Orlando Bomfim Jr.. Os patriotas — todos os patriotas, sem

distinção de nenhuma natureza — tém pela. frente tuna tarefa inadiável e urgente: unir

e mobilizar suas forças para impedir que o' Governo realize a anunciada compra de íér-ro velho da Bond and Share.

Há mais ou menos 40 anos que essa em-presa norte-americana, organizada em "hol-ding" e camuflada cpm nomes "nacional!-zadps" .nos., diversos Çstadòs, vçm roubandonosso povo- e prestando-lhe maus serviços.Estudos feitos pelas próprias autoridades fe-derais, nos toinbámentos já. realizados, com-provaram fartamente as falcatruas que ciacostuma praticar, seu sistemático desre.s-peito ás nossas leis e aos-termos dos con-.

.tratos de<eoncessã,o,.o caráter parasitário e' antlnacional de suas atividades. £ conheci-dp,o episódio do desmembramento forçadodo município de Belo Horizonte pelo govér-no mineiro, a fim de retirar determinadaárea das garras do monopólio da distribui-ção de energia elétrica exercido pela Bondand Share, e isso como condição Indispen-savel a que nela pudesse instalar-se umacidade industriai. A verdade é que a em-presa norte-americana se transformou, emtodos os Estados onde fincou seus postes,em objeto do ódio popular, vivamente ma-nifestado através de campanhas de ampli-tüde e envergadura, orientadas sempre nosentido uã encampação do patrimônio daempresa, ou da pura e simples reversão üeseus.bens ao poder público. Em alguns casos,passos concretos já foram dados com esseobjetivo. E essa era e è a solução justa emtodos .os casos. .

; Mas o governo do sr. João Goulart pro-cura agora passar uma esponja sôbre tudoisso, desprezar as lutas e as vitórias parciaisjá conquistadas pelas populações que dire-tamente têm suportado a nefasta atividadedo truste, abandonar os caminhos indicadosnós contratos de concessão e no Código deÁguas, pôr de lado os interesses nacionais epremiar a Bond and Share com uma ver-dadeira doação (a palavra "compra" nãopassa de eufemismo) de 200 milhões de dó-lareS! E ainda por cima seria assegurado oreinvestimento de 75% dessa importânciaem setor de nossa economia a salvo de aíri-tos diretos com o povo. a fim de que a es=poliação pudesse ser desfrutada tranqüila-mente, sem os choques do passado...

Ousa-se chamar essa negociata de "na-cionalização de serviços públicos". A reali-dade, entretanto, é que ela não passa de uma

capitulação ante as Imposições do governodos Estados Unidos, ante as exigências colo-nizadoras do "Poreign Aid Act." Prepara-se o caminho para que o sr. Santiago Dan-Ias (cuja "clareza e segurança de orienta-ção" Mr. Gudin exalta agora), bem acoli-tado por Roberto Campos (que "O Globo"acaba de elevar ao posto de "Condestávelda Verdade"...» possa chegar a Washingtonem situação de fazer jus a umà fornada dedólares, naturalmente debaixo de condiçõesque importarão em capitulações também noterreno político e em vantagens ainda maio-res para os monopólios norte-americanos. Efoi sem dúvida visando a esse mesmo ver-gonhoso fim que o governo barganhou coma IT & T o "empréstimo" de 1 bilhão e 30milhões de cruzeiros.

Abrem-se dessa maneira. geiYerosamen-te. os cofres do Ministério da Fazenda àsempresas ianques. E isso no exato momentocm que até cortes em despesas com hospi-tais são anunciados, como necessários aocombate à inflação. Também êsse combate,aliás, se procura fazer por caminhos quefereni os interesses de nosso povo. Veja-se,por exemplo, a suspensão dos subsídios aopetróleo e ao trigo. Qual a explicação dadapelo sr. João Goulart aos líderes sindicais?Quem pagava esses subsídios, explicou o pre-sidente da República, era o próprio povo.pelas conseqüências das emissões de caráterinflacionário. Muito bem. E agora ? Suspen-dem-se os subsídios e quem vai pagar, coma inevitável elevação de preços, continua aser o mesmo povo. Então o povo paga pelossubsídios e paga pela suspensão dos subsi-dios... Isso significa que. pela nolitica eco-nõmicQrfinanceira seguida, sôbre os ombrosdás grandes massas atlra-se o ônus tantoci'as medidas inflacionárias como das me-didas antiinflacionárias. Num. caso como nooutro, uma orientação contra o povo, aomesmo tempo em que os interesses nacio-nais são sacrificados em benefício da espo-Ilação lmperiallsta.

A hora exige, pois, que todos os demo-cratas e patriotas fortaleçam sua unidadee intensifiquem sua ação no sentido de doisobjetivos principais: o combate à carestiade vida. nao permitindo que novos sofrimen-tos e privações sejam impostos às massastrabalhadoras e populares, e o combate à"compra" da Bond and Share, para impe-dlr que a escandalosa negociata seja ulti-mada.

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Carnaval no Rio

Solidariedade MaisAmpla a Cuba

3Q-yciiArtfet dtCARLOS MARIGHELUna 4» página

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AuinarParaSobreviverEm apenas dois dias, no

Largo da Carioca e naCentral do Brasil, maisde quatro mil donas-de-casa apuseram suas aa*sinaturas num manifes-to dirigido ao presidenteda República, exigindomedidas, urgentes e efi*cientes contra a carestiat protestando contra npolítica ecniKtinicn-finaii-ceira do (inverno, subor*dinada a interesses an*tinacionaiv O movimen*to contra as novas e es*corchanlcs in a j oraçõesdos preços das tit ilida*des e dos gêneros alimcn-ticios, provocadas pelaretirada das subvençõesà gasolina e an trigo, apretexto dr debelar a in-fiação, é uma iniciativada Liga Feminina daGuanabara e das asso-ciações . de amigos debairros. As organizaçõessindicais também estãoentrosadas na campa-nha. E algumas delas,como o Sindicai» dosFerroviários da Leopol*.dina, vem desenvolvendogrande atividade nessafrente de combate à ab-sorção das melhorias sa*lariais conquistadas pe*los trabalhadores atravésde árduas lutas.

Para o dia 7 de marçoos ferroviários da Lco*poldina nr-an izaramuma série de manifesta*ções, incluindo uma via-gem do "Trem contra aCarestia", que partirá deDuque de Caxias, às ...16,40 horas, com destinoà Estação Barão deMauá, onde haverá gran*de comício.

«f..r.VW "ii k 'áiífe^fe?'^

DE KÉMNÊDYAo receber o ehefe do

governo da Venezuela, Ró-mulo Betancourt, ora emvisita . oficial aos EstadosUnidos, o presidente Ken-nedy declarou: "Vossa ex-cclénoia representa tudoquanto admiramos num di-rigente político. Sua pio-longada luta para fortale-cer a democracia, não sò-mente em seu pais comoem toda a região, do Carl-be. seu e.spirito de solida-riedade para com ôs outrosgovernos liberais i .. j fí-zeram de vossa cxcelónciao símbolo do líder que dc-sejamos para nosso pais c'para toda;, as nações irmãsda America Latina."

É muito cinismo! Betan-court encont.vn.se no go-vèrno há três anos. mais drdois. passados sob estadode sitio, as garantias cons-titucionais suspensas, jor-nais oposicionistas fecha-dos. presos políticos às'-cen-tenas, deportações cin mas-sa. movimentos grevistas epopulares esmagados pelaforça armada. A Venezue-1í é o terceiro grande pro-dutor dc petróleo no mun-do, e no entanto os 6 mi-lhões de venezuelanos \i-vem, em sua maioria napobreza e na miséria. A fa-buiosa riqueza produzidapele petróleo vai para asarcas de Wall Street e pa-ra o bolso de um punha-do de magnatas, Venezuela-nos associados às grandes'companhias petrolife-ras novte-americanas Be-tancomt uianteve a Vene-zuela como apêndice doca-pitai monopolista dos Esta-dos Unidos, simples semi-colônia do "colosso do Noi -

¦te."E é êste o modelo âpoiV*

tado por Kennedy para osgovernantes da América.Devido, além de tudo, aoódio feroz que mantém olacaio Betancourt contraCuba socialista, contra aRevolução Cubana, parti-dário declarado que é dainvasão de, Cuba pelos Es-,tados Unidos, serve de mu-délo pretendido por Ken-nedy.

Ê uma preferência quediz também do tipo de de-mocracla que existe nosEstados Unidos: uma de-mocracia para os trtistes emonopólios internacionaisamericat.os. uma democra-cia que maneja marionetescomo Betancourt. servicaisdos Interesses' do capitalmonopolista que suga asnossas riquezas, uma demo-cracia qut nâo admite go-vemos soberanos em pai-ses independentes masbo-necos de engonço como Rô.mulo Betancourt.

¦;'¦¦¦¥¦¦¦. V: ||*NgffSMv~*f

ViiKTÊne.-1-

dosB - -^f^%f^aneanosao Público

0$ Sindicato» dot Empregados *m EítabelecimentosBancário* do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte,reunidos, examinaram, entre outros assuntos, questão d«rmaior importância para a categoria, no momento: O DE-'SEMPREGO.

A pretexto de diminuir os custos operacionais, pre-tendem os bancos, na Guanabara # na cidade de SãoPaulo, como já o fizeram em Belo Horizonte, reduzir oexpediente externo (de atendimnto ao público), paraapenas algumas horas à tarde, suprimindo-o totalmentena parte da manhã.

A medida poderá redundar em maiores lucros paraos bancos, porém, nas grandes cidades, é profundamenteanli-social: prejudica os clientes em geral, e ao comércioe a indústria, em particular.. Anti-social, sobretudo, porqueacarretará a dispensa em massa de bancários.

Não se compreende que os bancos, qu» vêm obtendoaltos e progressivos lucros, tomem atitude contrária aosinteresses gerais da socwdade, apenas e tão somente porpolítica de economia interna.

Os bancários das cidades do Rio de Janeiro, SãoPoulo e Belo Horizonte, mais diretamente ameaçados,protestam contra essa medida, com a qual, sem proveito

"

para ninguém, os bancos procuram eximir-se de suas res-ponsabilidadís para com o público, criando condiçõespara a dispensa em massa, agravando a situação de inú-meros lares de honrados trabalhadores.

E amarga a experiência de Bel0 Horizonte, onde osbancos instituirom êsse horário reduzido, e, apesar dopropósito manifestado de não demitir, ojntenas de ban-cários já o foram e outros tantos estão ameaçados.

Protestamos contra tais dispensas, dispostos a garan-tir por todos os meios o direito ao pleno emprego. Paroisso, wsolvemo* unir-nos t lutar conjuntamente contra aameaça que pesa sôbre todos nós.

Certos de que assim estaremos resguardando tam-bém os. interesses do comércio, da indústria « do povoem geral — para os quais a redução do horário de oten-'dimento pelos bancos nas grandes cidades acarretara,wm dúvida, sérios embaraços —, reclamamos do governeque encare a questão, visando assegurar os legítimosdireitos dos bancários e os interesses de toda a população

Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 1963.

Assistidos pela CONFEDERAÇÃO NACIONAI DO'TRABALHADORES NAS EMPRESAS DE CRÉDITO, os sindi-calos:

dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dcRio de Janeiro . .

dos Empregados em Estabelecimentos Bancários deSão Paulo

dos Empregados cm Estabelecimentos Bancários deBelo Horizonte.

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Page 2: ^B · seus.bens ao poder público. Em alguns casos, passos concretos já foram dados com esse objetivo. E essa era e è a solução justa em todos .os casos..; Mas o governo do sr.

_ í NOVOS RUMOS Mo '4o

Jonalro, lemono da 22 a 28 d* ftvtrtlro tf• 1943 —

liMilrt dos tralalliadorN da tadéttfta oaalMai

A Postos PeloSalário • Pelas

eformas de BaR seAo som do Hino Nacional•"tn o Cine Paramoum com-

jleiamente lotado, encerrou-K, em melo a grande enttt>siasmo. o 1.° Encontro Sindi-eal dos Trabalhadores nasIndústrias do Estado de SãoPaulo, convocado sob oi sus-pldos da CNTI e organiza-do por uma comissão dosseguintes dirigente» sindi-cais paulistas: presidente:Luiz Menossl,'vice-preslden*te. José R. Mendes; lecre-tárlõ-gcral, Domingos Alva-res: 1.° secretário, Luiz To-nor o de Lima: 1.° tesourei-io. Cecilio Domingos Nem;2." tesoureiro. Pedro Ghllar-di.

O Encontro teve Iniciosexta-feira, dia 15, e teveo iru prosseguimento duran-tp ns dias 16 e 17 do méscorrente. Todas as sessõesse realizaram no Auditóriodo IAPC e o encerramentosolene teve lugar no CineParamounl,PARTICIPANTES

O Encontro teve a maiorrepercussão no seio do prole-tarlado paulista. Tomaram

fia ric nos trabalhos 437 de-

egados, representando l.V)entidades sindicais e provi»-dos de 64 municípios. Assim,a maioria das organizaçõesde trabalhadores industria-rios do Estado de São Pauloparticipou do Encontro.As categorias profissionaisenviaram as seguintes dele-gações: Alimentação: 29memebros; Construção e Mo-hillários. 28; Gráficos. 9:Fiação e Tecelagem. 31; Qui-micos, 13; Metalúrgicos. 17;Vidreiros, 6; Papel e Pape-lio, 5; Borracha. 2; Brinque-dos. 2; Plásticos, 1; Inriús-tria Extràtiva. 2; Calçados.l,Couros, 1; Lavanderia. 1.MSOLUC0IS PRINCIPAIS

A discussão fundamentalse travou sobre as condi-ções de vida dos trabalha-dores e do povo. Combateu-ae energicamente a orienta-ção do Plano Trienal, que,antes mesmo de ser aplica-do. já 4 responsável pelaalta vertiginosa do custo devida. Os documentos que ser-viram de base à discussãoforam os do IV EncontroSindical Nacional e do Co-mando Geral dos Trabalha-dores, este divulgado no diaS da fevereiro último. Asconclusões foram adotadaspor unanimidade.

Os participantes do En-•ontro reafirmaram com vo-emenda o propósito de lu-tar pelas reformas de base,sem as quais nào poderá ha-ver mudança da situaçãoeconômica do Pais.

Outro ponto que provocouacalorados debates foi aprevidência social, tendo ha-vido criticas acerbas ao seufuncionamento. Na discus-sào participaram Dante Pel-lacani. diretor do DNPS, eRoberto Morena, do CA do

:IAPL Nesse ponto foi apre-.sentado um programa derealizações, salientando-se aassistência médica, a cons-truçâo de moradias e o tér-mino do Hospital e Ambula-tório, até 1.° de maio.

Por último, a questão dasliberdades democráticas foiseriamente debatida. Foramdenunciadas as violênciaspraticadas pelo governadorAdemar de Barros em Assis,•Janta Fé do Sul e Ourlnhos,oontra os camponeses, aprisão de dirigentes da Fe-deraçào e Associação doaMetalúrgicos, em Jaú e,acima de tudo, o desrespeitoaos mandatos populares,conferido* pelo povo paulls-ta no pleito de 7 de outu-bro do ano passado.PMNTI ÚNICA IM MARCHA

Ma sessão solene de en-eerramento tomaram partena Mesa, o Ministro Almi-no Afonso, o Capitão CelsoCosta, em representação doComandante do II Exército;deputados federais Clodo-mir Leite, padre Lage e Be-nedltoCerqueira; deputadosestaduais, Jethero Cardoso,Rocha Mendes, ClodsmltRianl e Luclano Lepera; di-

NOVOSRUMOS

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rigente* da CNTI, PlácidoChaga* * Zacarias Feman-dea; membro do T8T. LuisS^BffS' «totefado regionaldp Trabalho de 8. Paulo, dr.Roberto Ouamào; delegadosregional* do IAPC, IAPTEC,IAPI a IPA8E; a viúva d*José Chedlak. dirigente sin-dlcal falecido, patrono doEncontro; deputado* fede-rais eleito* Geraldo Rodri-gue* do* «anto* o Rio Bran-ço Paranhoe; deputados es-tadual* «leito* Luii Tenóriode Lima, subtenente Hero-tldes Araújo de Carvalho,Mario Schemberg, MiguelJorge Nlcolau, Oswaldo Lou-renço e grande número dedirigentes sindicais de SàoPaulo, da Guanabara e Ml-nas Gerais.

Falaram, em nome do pie-nário, o dirigente AntônioChamorro, que analisou osresultado* do Encontro; Ro-cha Mendes, em nome daComissão Executiva do En-contra; Benedito Cerquei»,pela CNTI e o subtenenteHerotldes, em nome dossargentos eleito* deputados.O ministro do Trabalho, Al-mino Afonso, entre outra*afirmações, declarou quenão está naa cogitações dogoverno o congelamento desalários e nem se fala determinar com o* colegiados.

Em nome do COT, DantePellacanl entregou um dl-ploma a cada um doa elel-tos no pleito de 7 de outu-bro, ato que constituiu umaafirmação de luta em defe-sa dos mandatos populares.O MANIFESTO

Depois de retificar dadossobre o desenvolvimentoeconômico em Sào Paulo,diz o manifesto:"Constatamos Igualmenteo agravamento do custo devida de maneira Jamais vis-ta, o que dificulta a vidadas massas trabalhadorasna cidade e no campo. Olocfc-out dos proprietáriosde padarias contra o càm-bio da farinha, as filas in-termináveis de populares àprocura de alimentos. Osprotestos e choques com apolicia em várias cidades dointerior paulista demonstramo desespero a que esta che-gando o povo, em virtudeda política econômica e fl-

nancelra do governo brasl-loiro.

Os novo* nivela do saláriominlmo, estabelecidos emdetembro para vigorar emJaneiro, já insuficientes,perderam grande parte de•eu valor em face da cares-tia. Ao mesmo tempo os sa-terloa profissionais estàosendo nivelados ao minlmo.

Com as medidas do Pia-no Trienal, com o quai sepretende, maü uma vez, des-carregar o peso da crise nascostas do povo, Sáo Pauloaa ressente mais ainda dafalta de medidas concretaspara estabilizar o custo devida. Oa trabalhadores pau-listes sempre' lutaram pelodesenvolvimento econômicodo Pais e por medidas decombate à Inflação, mas nãopodem concordar com umapolítica financeira que im-põe maiores sacrifícios àsmassas consumidoras e dei-xa Intactos os lucros fabu-losos do capital estrangeiro,as grande rendas dos gru-pos econômicos poderosos.Não aceitamos, portanto,nenhuma sugestão de tré-gua em nossa luta reivin-dlcatória. Com o mesmo im-peto que lutamos o ano pas-sado por melhorias salariais— cerca de 1.000 greves —continuaremos a lutar do-ravante.

A carestla de vida só podeser efetivamente combatidaatravés de reformas profun-das na estrutura económl-ca do pais. Por isso os tra-balhadores lutem contra acarestla, exigindo hão ape-nas aumento de salário, mastambém a realização das rc-formas de base. Alertamoso povo que a suposta brigaentre o governador que as-sumiu e o que deixou o car-go, um falando em "déficit"e outro em 'superávit", es-conde na realidade uma in-tençào criminosa de aumen-tar ainda mais os impostos,principalmente o de vendase consignações, o que vaiempobrecer ainda mais ostrabalhadores e o povopaulistas".REFORMAS Dl RASE

Após reafirmar as decisõesdo IV Encontro Sindical e oManifesto do COT, o do-cumento paulista exige que

o govêmo Intervenha "enér-glcamcnte no mercado abas-iccedor o distribuidor, pon-du cm Imediato funciona-mento a SUNAB, medida queo governo pode tomar ime-dlatamente. Inclusive deveintervir nos moinhos e fri-gorifleos para impedir a so-negação e o câmbio negro,que agora Jà leva à greve eao desespero náo apenas o*trabalhadores mas tambémos comerciantes, pequenosIndustriais e militares, comoocorreu na greve do Corpode Bombeiros e da ForçaPública do Estado.

t hora, pois, companhei-ros, de lutarmos com todo ovigor para que essas refor-mas sejam realizadas efetl-vãmente. A reforma agráriaprofunda que preconizamosde entregar as terras dos la-tifundlários aos campone-ses nào é a que o Oovêrnodo Estado vem fazendo. Nósdenunciamos as violênciasque sofreram em Assis,Santa Fé do Sul, Ourlnhose outras cidades, os campo-neses, enfrentando a rea-ção para lutar pelos seus dl-reltos. Da mesma forma pro-testamos contra as prisõesIlegalmente feitas e proces-sos forjados contra traba-lhadores do campo e da ei-dade por lutarem pelos seusdireitos.

A violência com que se re-vestiu, em Jaú, a prisão dedirigentes da Federação e daAssociação dos Metalúrgicosrevela o desrespeito e oalheamento de certas auto-rldades ao espirito e à le-tra da Constituição.

As enormes subvençõesaos latifundiários e exporta-dores de café, que recebembilhões de cruzeiros para es-tocar montanhas de sacasque apodrecem nos arma-zéns, e um crime contra aeconomia popular e revelauma política financeira pro-tecionlsta a grupos de lati-fundiários.

Ê hora de lançar impôs-tos diretos fortemente pro-gressivos sobre a renda dosgrupos privilegiados e nãoimpostos indiretos sobre asmassas consumidoras.

A força unida dos traba-lhadores, juntamente com ados estudantes, dos milita-

ros, dos camponeses e dotodos oe patriotas, há d* Ira-por novas e decisivas der-rotas aos grupos reacloná-rios que, nas cúpulas parti-darias, no Parlamento ouno próprio Oovêrno, tendama se opor à vontade do povo.

O sr. governador eleito,constitui o seu Secretariadona maioria d* homens rea-donários, muitos dos quaiscomprometidos com setoreseconômicos exploradores dopovo, esquecendo-se das ca-madas populares que o ele-geram. A Secretaria daEducação, abolindo no en-sino oficial o 5.° ano pri-mário. está fazendo o jogodos proprietários de esco-Ias particulares e prejudl-cando os filhos dos opera-rios."BOND AND SHARE

Diz adiante o manifesto:"Nào concordamos com apolítica de compra da Bondand Share e da Llght pelogoverno brasileiro. Somospela encampação, com otombamento contábil e pa-gamento pelo valor hlstóri-co. Os cortes de energia que

. a Light vem fazendo em SãoPaulo sflo criminosos « pre-judiciais às indústrias e aostrabalhadores. Náo podemalegar falta dágua nassuas represas, quando todossabem que São Paulo viveultimamente inundado pe-ias chuvas. Igualmente de-nunciamos a Cia. TelefônicaBrasileira, que está impondoum contrato lesivo à Pre-feitura e ao povo paulista-no. Devem a Câmara Muni-cipal e o governo da nossacidade encampá-la.

Advertimos: não admiti-remos qualquer retrocessona política externa; qual-quer tentativa de afastar oBrasil dos princípios de au-todeterminação e nào-inter-venção em outros paises;qualquer arranhão nas 11-herdades públicas.Exigimos o respeito aomandato popular, com aposse sem discriminação detodos os candidatos eleitos,inclusive a dos sargentos denossas gloriosas Forças Ar-madas, ilegalmente vetadospelo TRE paulista, sem ne-nhuma prova idônea.

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OS DEPUTADOS DO POVONo palco do Paramount, ovacionado»

pelos trabalhadores, os parlamentares na-^V*^ * democrático* eleito* pelo povode Sào Paulo, e aos quais a Justiça Eleitoralpretende nào dar posse. Da esquerda paraa direita: Rocha Mendes, Lote Tenório de

Lima, Oavaldo Lourenço, Rio Branco r*.*-nhos, Miguel Jorge Nlcolau, Luclano Lepera,Herothildes de Carvalho, Mário Schenberge Oeraldo Rodrigues dos Santos. Com osdeputados, o dirigente slndliul Dante Pe-lacani.

"A omprôsi jogo fora at subvonçios quo o povo paga"MECÂNICOS DE VÔO PEDEM À JUSTIÇA QUEOBRIGUE PANAIR A LHES DAR TRABALHO

Conclamando ao sorvMoroo à luta oontra ai 40%"Barnabés" MostramUma a Uma as RazõesPorque Exigem 700/,

Afirmando taxativamente que a proposta de 40% deaumento oferecida pelo governo federal aos barnabés detodo.o pais é INACEITÁVEL, as entidades de servidores pú-blicos federais divulgaram manifesto conclamando a classea se manter unida e organizada na luta pela conquista doaumento de 70% para civis e militares.

Ê o seguinte o texto do documento, assinado por CarlosTajrlor, presidente da Confederação dos Servidores Públlrcos do Brasil e por Alace Mendes Tavares, presidente da Fe-deraçào Carioca de Servidores Públicos:

As entidades representa-tivas dos Serviciores Públl-cos Civis, Federais e Au-tárquicos, abaixo assinados,em nome das FederaçõesEstaduais, das 600 Associa-ções, e, conseqüentemente,em nome da classe, por in-termédio desta Declaração,emitida após reunião dosConselhos de Representan-tes da Confederaçào dosServidores Públicos do Bra-sil e da Federação Cariocados Servidores Públicos,tornam público que é IN A-CEITAVEL a percentagemde 40% sobre os venelmen-tos atuai» que o senhor pre-sidente da República, naforma do Plano Trienal,pretende propor ao Con-gresso, para a concessão dereajustamento de venelmen-tos, soldos e proventos aosservidores dvis e militaresativos, inativos e pensionis-tas do Poder Executivo daUnlào.

Ao mesmo tempo, paraque o povo brasileiro pos-sa avaliar a Justeza destarecusa, apontam, as signi-tárias, as principais razõesporque nào aceitam o rea-justamente de 40% propôs-to e lutam pelo aumento ml-nimo de 70% sobre os atuaisníveis de vencimentos, sol-dos, proventos e pensões, apartir de 1.° de janeiro de1963:

1) — é público que o au-mento do custo de vida des-de abril de 1962 até hojeatingiu uma taxa multo su-perior aos 40% previsto pe-io Governo para propor oreajustamento de venelmen-toe, atingindo em média ta-xa superior até mesmo aos70% que o funcionalismoreivtadlea;

3) — agora, com a exe-euçào do nano Trienal. ten-do * Oovêrno eliminado ossubsídios soncedidoo ao trl-

Se e à jasolina * anundan-

o a «nadnaçfto doa *ubsl-dlos coaoadido* a setores deampla Nusmiesàu ao* gas-tes da* damos aaaalariadas,aoeadamente a doe trans-portes ferroviário* t mer-

£¦ elétrica, novas e brutais

ddênclai do custe de vidaae verificando^ aupe-

rando de multo até mesmoos 707o -reivindicados pelaclasse;

3) — é estranho, portan-to, aos servidores públicosque pretenda o Oovêrno ne-?ar

a elevação salarial de-endida pelo funcionalismo

— 70% de aumento — quena realidade não significaum aumento real de salários,mas, apenas, a recuperaçãodo desgaste provocado nossalários pela inflação e con-seqüente elevação do custode vida; e mais, estranhamtambém os servidores públl-cos que o Oovêrno, nos tér-mos do Plano Trienal, elimi-ne subsídios concedidos aprodutos e serviços essen-ciais a todo o povo brasi-leiro, enquanto mantémsubvenções que interessamapenas a grupos econútnl-cos e ricos produtores e. ex-portadores, como é o casodas subvenções concedidasaos produtores de café,com financiamento de sa-fra, estocagem e erradicaçãodos cafèzals improdutivos,subvenções de ordem supe-rior aos trezentos bilhões decruzeiros, como também asrecentes subvenções conce-didas à avlaçào comercial,

. o empréstimo concedido à8tandard Eletrlc e a pre-tendida compra das emprê-sas estrangeiras côncessio-nárlas de serviços públicos;

4) —• os servidores públl-cos vêem nesta taxa de 40%de reajustamento de venci-mentos, a Intenção de man-ter a política de reduçãodo salário real das classesassalariadas — a poupançaforçada monetária — queredundam num confisco desalário, a fim de que, coma miséria e a fome das cias-ses asalariadas, reunir re-cursos para financiar o de.senvolvlmento econômico,enquanto em nenhum doscapítulos do Plano Trienalse prevêem esforços do Go-vérno, no sentido de impe-dir a sonegação do Impostode renda, calculada em cêr-oa de tretentos e elnqtten-ta bilhões Je -jruzelrns nosanos de IM'. t \06Z f esti-mados em trezentos alihõesde sruselrot para o ano de

1963.di — há ainda um fato

multo importante que pre-cisa ser esclarecido ao povo.— A despesa com pessoal ei-vil e multar da União alcan-ça apenas a pequena per-centagem de i8,'<% do to-tal da Despesa Orçamenta-ria e essa percentagem jáfoi 45% em 1940. O* aumen-tos ou melhor o* reajusta-mentos dé vencimentos Jàconcedidos em anos ante-nores não têm sido, comose propala, fator determi-nante da elevação do custode vida através do aumen.to de impostos. As estatisti-cas revelam que esses au-mentos têm sido feitos In-dependentemente do reajus-tamento de vencimentos eem proporções mais eleva-das;

6) — os servidores públl-cos civis vêem, alnaa, napropalada proposta de 40%o intento não só de reduziros seus vencimentos, mas decriar condições para impe-dir futuras elevações do sa-làrlo-minlmo — já neces-sárlas — em nivels a ela su-periores, bem como, tam-bém, as revisões de toda aescala de salários dos tra-balhadores em geral.As entidades de servidorespúblicos, ao mesmo tempoque expõem as razões daclasse recusando os 40% deaumento anunciado, reivin-dlcando, como é de inteiraJustiça, o minlmo de 70%,tornam público sua lnten-çáo de defender, com todosos recursos que advèm dasua unidade e organização,o nível de aumento que pre-tendem e esperam alcançar,responsabilizando as auiori-dades pelas conseqüênciasque advirão se demonstra-rem Intransigência no enca-mlnhamento de propostasde aumento Inteiramenteinaceitáveis para a classe.

Finalmente, as entidadesde servidores públicos agra-decem a solidariedade em-prestada à classe pelo Co-mando Geral dos Trabalha-dores e conclamam os ser-vldores públicos federais eautárquicos, em todo o Pais,a que se mantenham unidose organizados nas associa-çoes da classe, atentos àorientação das FederaçõesEstaduais e da Confedera-Ção dos Servidores Públicosdo Brasil.

Rio de Janeiro, 15 de fe-verelro de 1963.CARLOS TAYLOR - Pres.

da Confederação dos Servi-dores Públicos.

AIACE MENDES TAVA-RES — Pres. da FederaçãoCarioca dos Servidores Pú-blicos.

"Ganhamos ben, temo*estabilidade no emprego maarecorremos à Justiça para?bl2ü£ *.*KPri*e a no* dartrabalho". — afirmou umexperimentado técnico daFugir do Brasil, mecânicod* vôo, que, juntamentecom mais 46 companheiro*de profissão e especialidade,esti imobilizado no aolo."Sim, queremos voar; noa-so trabalho é a bordo daaaeronave*" — reafirmou.

Possivelmente seria estaa primeira vez, no Brasil eno mundo, que um grupo deprofissionais, bem remune-rados e sem quaisquer'preo-cupações quanto & estabili-dade, recorre ao Judiciáriopedindo trabalho."A companhia nos pagapara nào trabalhar, enquan-to, por outro lado, fica pres-slonando o Oovêrno, recla-mando subvenções de cen-tenas de milhões de crusel-ros anuais, que tio desbara-tados dessa forma irracio-nal."

O que há, afinal, com osmecânico* de vôo da Pa-nalr?DINHEIRO DO POVO

Ainda recentemente, eisto hà poucos dias, o Par-lamento aprovou e o presl-dente da República conflr-mou as subvençõer a serempagas no* próximos ano* àsempresa* de avlaçào comer-ciai do nosso Pala, que prà-«camente estão sob o do-minio de um único grupo.Mal administradas, opera-das por milionários semqualquer qualificação têc-nica, posto que sempre le-varam vida de ociosidade,tais companhias teriam ne-cessàriamente de apresentardeficits progressivos. Comotais deficits. sempre foramcobertos pelo Governo, pa-gos pelo povo, jamais, foi

Trabalhadores da GBVão a Congresso DiscutirProblemas Sociais e do País

A democratização da le-glslaçào social e trabalhista,a situação social * políticado* trabalhadores, a melho-ria da Previdência Social ea posição dos trabalhadoresguanabarino* face aoa pro-blemas nacionais e do Esta-do, sáo alguns dos temas aserem debatidos no PrimeiroCongresso dos Trabalhado-res do Estado da Ouanaba-ra, que se reunirá de 8 a 17de março vindouro. O con-clave é convocado pela Co-missão Permanente das Or-ganizações Sindicais, cujosecretário administrativo, olíder sindical Benedito Cer-queira, faz apelo aos traba-lhadores no sentido de queestudem e apresentem "su-gestões sobre os temas a se-rem tratados no Congresso,promoverem reuniões de fà-brlcas, bancos, escritórios,isto é, em todos os locais detrabalho, para organizaremsuas delegações ao Congres-so."

PROGRAMA

No dia 8, às 19 horas, serealizará a instalação doCongresso, com aprovaçãodo regimento Interno e elel-çáo das comissões e mesa dl-retora. A partir do dia se-gulnte (sábado) e até o dia.15, as comissões de proposl-ções examinarão as questõesrelacionadas com os pontos

. do temárlo, que, juntãmen-te com propostas, ata e re-lação de presença, deverãoser entregues à mesa dire-tora, até às 21 horas do dia15.

Para facilitar a participa-ção de todos os delegados, ascomissões de proposições sereunirão nos dias 9 o 10 enas noites dos dias 11, 12,13, 14 e 15. As sessões pie-nárias se realizarão nos dias16 e 17, a partir das 8 horas,devendo o Congresso ser en-cerrado às 19 horas do dia17.

Para preparação dos es-tudos dos materiais a seremdiscutidos nas comissões de

proposições, foram consti-tuidas seis comissões provi-sórias, que estào funclonan-do nas sedes dos Sindicatosdos Gráficos, Advogados, Al-falatos, Bancários e Tece.lões, e na Federação dosTrabalhadores em Vestuário.

A comissão de propagandaestá funcionando na Fe-deraçào dos Trabalhadoresna Indústria de Couro, à av.Rio Branco, 118,4.° andar.

Por decisão da reuniãorealizada pela Comissão Exe-cutiva da CPOS, foi eleitauma comissão organizadorado Congresso, que funciona-rá na sede da CNTI.

TIMARIO

O Temárlo do Congressoa) Atividades da Comissão

constará dos seguintes pon-tos:Permanente das Organiza-ções Sindicais do Estado daGuanabara e proposições pa-ra a estrutura da Seção daGuanabara do Comando Ge-ral dos Trabalhadores;

b) Situação econômica epolítica dos trabalhadoresno âmbito estadual e medi-das para combater o altocusto de vida;

O Justiça do Trabalho,seu funcionamento e suges-toes para sua melhoria;

d) Legislação Social eTrabalhista, estudo de suaestruturação e aplicação emodificações necessárias àsua democratização e efl-ciência;

e) Previdência Social, exa-me da aplicação da Lei Or-«ànlca da Previdência Sociale medidas para melhorá-la;

/) Problemas nacionais ea posição do movimentooperário e sindical; •

g) Posição perante o pie-biscito estadual do dia 21 deabril próximo, sobre a divl.são municipal do Estado daGuanabara;

feito qualquer esforço paraequilibrar seus orçamentosdomésticos. As despesas compublicidade e promoção sáofabulosas, imenso* são osgastos dos seus departamin-tos de relações públicas, Otransporte de políticos cgrandes comitivas, nas cam-panhas eleitorais ou depoisde empossados, contribuemporá a situação deficitáriada* empresas, mu como elascontem eom aa subvenções(ou com favores do figurãotransportado) nunca sepreocuparam em pôr ordemnos seus gastos.

E' por isso, igualmente,que não se importam empagar dezenas de técnicosque praticamente não tra-balham.COLADOS AO CHÃO

O mecânico de vôo é pe-Mi Importante na tripulaçãodas aeronaves modernas. E'éle o responsável pelo eom-porta m ento, em vôo. do mo-tor e célula do avião. Cabeao mecânico de vôo llber-tar o piloto dessas preocu-paçOes técnica*, deixando*com os encargos exclusivosda navegação, pouso • deco-lagem. A Pànair do Brasilfoi daa primeiras empresas— talvez a pioneira dosgrandes aviões em nossopala — a utilizar os quadrl-motores de operação com-plexa • que. por Isso mes-mo, redama a presença dês-se técnico, antes conheddopor engenheiro de vôo, abordo. Face a êsse pionel-rismo, a Panair formou de-zenas desses técnicos, queinidalmente operaram nosConstelations e mais tardeem outros aparelhos."Mas, desde 1957 — con-ta o nosso Informante — aempresa nos alijou das trl-pulaçôes, substituindo -nospor jovens pilotos submeti-dos a cursos especiais. Na-da temos contra esses técni-cos por ela formados, em-bora possamos Invocar apouca experlênda da maio-ria deles.

Os 47 mecânicos alijadosda escala de vôo — prosse-guiu — têm muitos anos deexperiência em terra e pre-ciosos anog de serviço abordo, que náo podem serdesprezados sem prejuízopara a companhia. Isso éjustamente o que está ocor-rendo. Resumindo: ganha-mos, em média, 140 mil

paracruzeiros por mês, ,„„_voar o mínimo de 75 horas.Dentro desse esquema, es-tnriamos percebendo à ba*se de 2 mil cruzeiros porhora voada. Como, entre»tanto, voamog somente omáximo de s horas, o sala-rio-hora sobe para 18 milcruzeiros. Isto sem contar o-que a empresa paga ao*mecânicos de vôo em servi*ço, e em cuja preparaçãoIgualmente sáo malbarata»dos muitos milhões de cru-zeiros."São desmandos destaordem — completou — quetornam a aviação comer-ciai brasileira deficitária, enão a operação em si."ESTAGNAÇÃO TÉCNICA

A expianaçáo do nossoinformante limitou-se aosprejuízos financeiros quedecorrem para a empresa e,conseqüentemente, para oPaís, com a malversarãodas subvenções generosasentregues pelo Governo.

Mas nào são apenas estesdanos que tal prática acar-reta. Na realidade, os profls-stonais afetados percebemque o seu nào aproveita-mento implica em desatua-lizaçào com os progressosda avlaçào, que dà verda-deiros salto* a cada dia que

"Também aalarialmentesomos prejudicados, poisnosso* vencimentos lnde-pendem da noasa vontadede trabalhar mais. Se esti-véssemos voando poderia-mos alargar nossos venci-mentos, desde que operas-semos horas além daquela*a que estamos obrigados.Desde que nào somos esca-lados para viagens longas,temos de nos conformarcom aquele teto, que é alte-rado somente com os rea-justamentos anuais promo-vidos pelo Sindicato dos Ae-ronautas.

E concluindo:"Chamamos a atenção doGoverno para o procedimen-to das empresas, que tomamdinheiro do povo para jo-gar fora. Em relação à Jus-tiça, queremos destacar oaspecto socialmente nocivodo que está sendo feito pelaPanair do Brasil, que, de-liberadamento, quer relegarà ociosidade um importantegrupo de profissionais, todosinteressados em progredirtecnicamente e servir aoPais da melhor maneira."

Carestla náo esperaiTrabalhadores em TransportesColetivos QueremAntecipação de 15 Mil Cruzeiros

SAO PAULO — (Da su-cursai) — Enquanto mem-bros do Governo Federalvão e vêm em intensa pro-paganda das "medidas pa-ra conter a inflação", osSrecos

não param de su-Ir. Somente em Janeiro,nesta capital, atingiram a10,7% segundo levantamen-to do Departamento Inter-sindical de Estatísticas eEstudos Sócio-econômicos.Todos os que vivem de sa-lários são duramente atin-gidos por esta situação enào podem permanecer debraços cruzados.

Em fins de Junho v»n"e-rá c acordo salarial dos tra-balhadores em transportescoletivos urbanos Mas, acarestla nào espera e ostrabalhadores acima cita-dos resolveram apresentara seguinte prooosta aos pt-trões: aumento geral de .,Cr$ 15 000,00 como anted-pavào sobre o ftruro acòr-do salarialCONTRA O AUMENTODE TARIFAS

A êsse pedido 03 proprle-tEiiOs das empréras nartuculares respondeiam "comuma contraproposta: 20%de aumerto' geral, condi-cionado a elevação de te-rifas na mesma proporção.Em assembléia realizada nodia 8 dêste os trabalhadoresrejeitaram-na. O principalargumento contra a pre-tençào dos patrões é 3 deque, com o pretexto do pa-

gamento do 13.° salário,conseguiram, em dezembrode 62, aumento de 35% naapassagens. Um dos partiei-pantes da assembléia apre-'«tov o seguinte cálculo:quando a passagem de ôoUbus custava Crf 3,00 eramnecessárias 10 passagenspara cobrir uma hora dosalário de um motorista;hoje, 10 passagens pagam1 hora de salário- do moto-riste, mais o do cobradore ainda sobram alguns qne-brados. Portanto — saiba-taram alguns owdores —"*?, há ™*io Para onerarmais a bolsa io público. Aaempresas possuem fundo*suficientes. A diretoria daCMTC foi alvo de durascriticas, pois nem sequer sedignou a fazer qualqueroferta.TRÊS SINDICATOS UNIDOS

Os três sindicatos quecongregam os tnbalhadoresem transportes coletivos —condutores de veiculo,] car-ris urbanos e emoregadosem escritórios — encon-tram-ie unidos e já reaii-zaram diversas reuniões eassembléias rm eanlumoImpressionan ce «lemonsi ra -çao de combalividade fo. aassemb'éia do ala 8 com aparUdpação de cerca de .Í000 twbalhadoies. O 1111-biente é de greve, caso. nãosejam atendidos em suas rei.vlndlcações,. principalmenteentre os empregados nàsempresas de ônibus parti-eulare*.

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Page 3: ^B · seus.bens ao poder público. Em alguns casos, passos concretos já foram dados com esse objetivo. E essa era e è a solução justa em todos .os casos..; Mas o governo do sr.

I— Wo do Jonslro, ismano d* 22 a 28 do fevereiro do 1963 —

IriMli tfMMKte i!M iMlniCst*!» dd Sil Tlip.Rtbtr.0 Cimpos

Política Financeira do Brasié Orientada Pelo Embai

'OVOS RUMOS 3 -

"Samo». dono» de no»»»çn:m. Teinu» do tramr daleual pura Igual com o go-vôrno doR Ettadog Unido».Nao podcmo» admitir queproblemas nosso» wjam re-«olvido» segundo lei» norte-amoricanas, contra o» inie-rísse» do Brasil, E. m-siiesontldo, posuimos um rotel-f\>: a cHrta-tcstamento dcVargas, que é uma denúncia<• um grito de rebeldln contíu a cspollaçAo du capitalestrangeiro--' - declarou odeputado Leonel Brlzolacm sua palestra pronuncia-dn na última tôrca-felra aomicrofone da Rádio Mni-i-ink Veiga, mi que deixoudeflnlllvamento claro o ca-rater anfnuclonal da nego-clala em curso pura a com-pra da Bond and Sharo.

U ex-governador gaúchoInvocou a autoridade quepossui para abordar o as-Mimo por ter encampado,(liiando governador de seuEstado, as subsidiárias daBund and Sharo e da 1T&T.aplicando rigorosamente asleis brasileiras. E recordou,então, uma série de opisó-dios ocorridos ao longo des-sas operações, todos «le-monstrando o que hú de cs-polludur « aírontoco nas rp-iwçoes entre os EUA e oLrasll. Lembrou, por exem-pio, que enoi"nio discutiacom o governo federal dproblema da encampação daBond and Shaic. surgiuparticipando desses enten-(limemos entre autoridadesbrasileiras o próprio presi-dente do truste ianque. Mis-ter Sr.rgmit.' "Nfio admitiessa insolcntc interferência— disse Brizola — e tive

aixador 'anquea iniciativa de romper o de-nunciar um entendimentodisse tipo, entregando a de-ciüAo ao nosso Poder Judl-clário". Quanto k ITAT.apó» ter sido encaminhadoum acordo conveniente aosuoiRo» interesse», o tru»ieIanque o Ignorou. Foi. emseguida, o governador gaú-cho convoendo pejo chanca-ler San Tiago Dantas paraum entcndlmcnlo no Itama-rail. La chegando, encon-liou porém uma comissãode "técnico» ds ITAT'...Kecusou-se a participar dcum» discussão em que es-tivessem presentes rc-presentantes daquela cor-poraçfio, cuja falta de Ido-neldade Já ficara comprova-dn. Foi nessa ocasião que oembaixador dos EstadosUnidos, Lincoln Gordon. In-sultou a Justiça brasileira,considerando-a suspeita pa-ra decidir sóbre n encnmpvçao de empresa» estrangei-ra», embora Isko seja e«ta-bclccldo pelas leis de nossoPais.

INCAMPAI, E NAOCOMPRAR

Referindo-se diretamenteao probiemrt hoje em focoda Lu:id and Shurc, reiterouque não se tratava, em ab-soluto, de encampação, esim da compra, em condiçõesaltamente lesivas ao inte-rêsse nacional, de um acer-vo que, em sua maior parte, .já pertence ao povo brasl-leiro. E Indicou alguns dosprincipais inconvenientesdessa compra:

H vai firmar doutrinapara prevalecer, no futuro,

em qualquer caso de nacio-nallzuçáo de empresas es-Uangeiras, particularmentea Uglit, que custaria entãoum preço Impossível de surpago;

2 vai abrir caminho psraenormes negociatas. Trata--se de um negocio de cen-i: .ua de milhões de dólares.E todos sabem que uma cor-poração como a Bond andsare só fsz negócios llici-tos. "Quiseram peitar o go-vérno do Rio Orande do Suldurante as gestões para aencampação de sua subsl-dlá^ia•'•

3) vai contribuir para umfabuloso aumento de lucrospara a Llght. E explicouporque: com a compra, se-rão aumentadas ss tarifasde serviços públicos, alegan-do-se que isso é necessáriopara a Eletrobrás. Acontece,porém, que o aumento seráextensivo também k Llght— o que é uma exigência doForelng Aid Aci. Os lucrossuplementares que resulta-rão desse aumento para áLlr.ht. somente cm um ano,eqüivalerão a um terço daindenização que agora sequer pagar a Bond and Sha-re!. 4) a compra será paga emdólar, c náo cm cfuzeii03; Eainda mais: u valor da com-pra será fixado, náo medi-ante um Justo tombamen-to ou a decisão de uma co-missão arbitrai, mas segun-do as declarações feitas pe-los próprios trustes. Mas.como confiar no que élés di-zem? Como excluir os crlte-rios estabelecidos pela jus-tiça brasileira?

5i no volume da compraestào incluídas subsidiárias

Íá encampadas) como ss do

tio Orande e Espirito an-to) ou cm processo de pas-sagem para o Estado (cuiuoem Pernambuco). Como ad-mlllr-sc ésse ultraje à Jus-Uça brasileira, apenas paraassegurar maiores lucrosaos austes ianques? Ne-nhum brasileiro pode con-cordivr com ésse absurdo.

LEI IANQUE NO BRASIL '

Orande parte da palestrauo deputado Leonel Brlzo-Ia íol dedicada à denúnciado Forelng Aid Act - a 'leide ajuda ao exterior", re-cenlcmente aprovada peloCongresso ianque e saneio-nada por Kcnncdv, tendoentrado cm vigor no dia 31de Janeiro último. Scgunuoessa lei, todo o intercâmbioeconômico com os EUA ficasubordinado a que nenhumpais (no caso, o Brasil) en-campe, em atos dc sua pró-pria soberania, empresas oubens pertencentes a norte-americanos. Quer dizer: aslei brasileiras e a Justiçabrasileira ficam na depen-dcncla das leis e das mito-rldadcs norte-americanas.'Por Isso — disse Brlzola —é que nas vésperas do 31 deJaneiro houve um enormecorre-corre nos gabinetes anm de que saíssem o 1 bl-limo c 300 milhões de cru-zclros doados á StandardEietric, subsidiária da IT&T,forma disfarçada de in-denizaçào não devida", odeputado gaúcho repeliuenergicamente essa Intro-missão de leis norte-am-rl-canas para regular problc-mas que são da soberaniabrasileira.

O sr. bionel Uii/ola nm-tostou, |wr fim, o* falsus ar-gumentos nlegado» polo ml-nlstro Sim Tiago para Jus-tlficnr n ato anlinnclonnl dccompra da Bond and Sharo,"Diz-se que a encampaçãoiria provocar atrito com ogoverno dos Estado» Uni-dos. Mas, »o tanto sc falnem livre Iniciativa - dissoBrizola - quo tom o go-vôrno do» EUA a ver comIsso? Ademais, cada pai» le-glsla para si. O Brasil naolegisla para a Bolívia ou oUruguai. Por que devemosconcordar quo vigore emnosso Pais a legislação nor-te-amorlcana?".

Por fim, o deputado Leo-nel Bri/ola afirmou que "*efosse Governo nao teria dú-vidas: encamparia nao só aBond and Sharo. mas outrasempresas estrangeiras con-cessionárias do serviços pú-bllcos, -como a Llght, alemdc outros setores onde esta*mos sendo espoliados c poronde nos amarram aos con-sórcio» estrangeiros, comoas indústrias farmacêutica,de telecomunicações, etc."

POLÍTICA DO FMI

Quarta-feira, depui» domeio dia, o deputado Leo-nel Brizola voltou a- falarpelo rádio, condenando vi-gorosamente a política eco-nômico-financeira posta emprática pelo Governo — po-litica inspirada e orientada,segundo disse, pelos srs.San Tiago Dantas, RobertoCampos c Lincoln Gordon.dentro dos figurinos doFMI.

Manifesto doé um Roteiro

Mais uma ves a vos dos trabalhadoressc ergue, com a mesma veemência dos me.moravels dlns de 5 do Julho e 14 de solem-bro do ano passado, para Indicar o canil»nho seguro k nuçào brasileira, neste mo-mento tão dlficll para a vida do nosso povo,O manifesto discutido e aprovado na

rouul&o do Comando Geral dos Trabalha*dores, realizada em Sáo Paulo, nos dia* 2

e 5 de fevereiro, e lido perante o presiden-to da República, dr. Joúo Goulart, no Pa-láclo do Planalto, nu dia 5, constitui umaadvertência ao Governo ao parlamentonacional e ao Juldlclário e um veementechamado à luta, à unidade e á organização.

Está claramente exposto cm seu con-teúdo o sentido dos históricas greves de 5de julho e de 14 de setembro e da posiçãodos trabalhadores no plebiscito do dia 6 deJaneiro. Náo há palavras dúbias e nem va-cllaçòes e subterfúgios. Está claramente ex-presso que é hora de se passar a levar aefeito uma política firme e sem vacllnçüescontra as Imperlalistas e o latifúndio. Nãopoderá alegar mais, o presidente Joúo Ciou-lart, dificuldades que lhe foram criadas pelogolpe branco de setembro de 1961.

Pode, deve, atacar as causas geradoradas crises que corroem a vida econômica doPais e que levam as massas trabalhadorase populares ao desespero. Não basta maisprometer que enviará mensagens ao par-lamento sóbre as reformas de base. £ ne-cessárlo que sejam iniciadas suas realiza-ções.

No manlfcolo se diz claramente quecabe ao poder executivo pôr em execuçãoa lei que limita a remessa dc lucros para oexterior. Por que demora em pô-la em an-damento?

Nestes últimos dias, os responsáveispela política financeira do Pais giram emtorno do embaixador americano, Llncoinuordon, que dá entrevistas e faz conferên-cias sobre o caminho que o Brasil deve se-gulr. Como se não bastasse isso, os abu-três do Fundo Monetário Internacional an-dam pelo Brasil, vasculham os ministériose Impõem condições leoninas para morató-rias e empréstimos.

Demora-se para ampliar nosso mercadoexterior, com receio de desgostar os trustese monopólios norte-americanos, s se humi-

CGTrara a Ação

Robtrft; Miiüilha nosso Pais para ter esperança das ml»naihas da '"Aliança para o Progresso".

Mais um.i vez reclamamos medidas paraiiieliiornr o abastecimento de gêneros deprimeira necessidade do povo. O presidentauou.ttrt, mi suu ia;.,, declarou que a safrade cereais é uma das maiores que tivemos.No entanto, ns filas csiúo ai e os especula»dores sonegam os artigos dc consumo po-pular, que quando apodrecem sào vendidospor preços exorbitantes. Quando se organizaa Ja famo.su SUNAU?

As leis trabalhistas e sociais nâo sàocumpridas porque os órgãos incumbidos desua aplicação ou > fiscalização estão desa-parelhados ou comprometidos com os ex-ploradores do trabalho de milhões de seres.Sonegam os empregadores as quotas quearrecadam para a previdência social, che-gando os industriais a dever ao IAPi cercadc 4U bilhões de cruzeiros. E, ainda, tudofazem para nâo efetuar o pagamento donovo salário-mintmo, cm vigência a partirde 1.° de Janeiro dêste ano.

Poderiam, diante disso tudo, os traba-lhadores ficar apenas em um novo apeloao Governo? Poderiam, também, depositarmais uma vez, apenas confiança na açãodo Governo?

O que constitui' o fundamental dc ma-nifesto do Comando Oeral dos Trabalhado-res é o chamado à luta, à ação, à unidade,à organização. Cabe, em primeiro lugar, aosdirigentes sindicais a responsabilidade daexecução das medidas preconizadas no ma-nifesto. Ésse documento deve ser discutidoamplamente com a massa trabalhadora.

Devemos ter absoluta confiança, comotivemos em 5 de Juiho e 14 de setembro,quando demos a palavra de ordem de grevegeral nacional e fomos correspondidos pelostrabalhadores, brasileiros.

O manifesto dn CGT não é para serapenas lido e comentado. í um gula, umroteiro psra a ação.

Que cada organismo sindical, confe-deraçáo, Federação ou sindicato, organizeseu plano de ação e proceda de tal forma adar ao COT a força suficiente, para agiu»tinar e dirigir as forças nacionais e demo-crátteas, para tornar vitorioso o programaemanclpador que apresentamos à Nação.

Ka precisamente um ano, em fevereiro de 1961, NOVOSRUMOS revelava, em reportagem, que íòra desencadeadano Nordeste a "auerra da lagosta" (NR, 10/16.11.1961). Aquc-Ia época, devido ao Incremento da pesca do crustáceo naspraias nordestinas, a situação ainda era relativamente de-safogada para os pescadores locais. Embora o crescentecontróe da produção por empresas norte-americanas, náointervinham diretamente pesqueiros estrangeiros. Os mé-todos de pesca eram — como ainda são — os mais nrlml-tlvos: a tradicional jangada de vela triangular. Agora, asituação mudou completamente. Não é apenas o perigo daperda de autonomia pelos pescadores nordestinos — é umaameaça muito mais grave: a destruição dos próprios vi-veiros de lagosta no litoral do Nordeste, com a intervençãode barcos de pesca estrangeiros na indústria pesqueira.

Na Guerra da LagostaFranceses Juntam-se a

no NordesteAmericanos

A imprensa de todo oPais, nos últimos dias, deuo brado de alarma; barcosde pesca franceses estavaminvadindo as zonas de pes-ca de lagosta no Nordes-te, praticando uma vèrda-deira rázia nos viveiros eaté mesmo investindo con-tra as frágeis jangadasnordestinas. De Natal veioa Informação de que umaescuna francesa abordara aembarcação de um pesca-dor, Manuel Pagâo, lntlml-dando-o a abandonar o io-cal. O p;.*-ador recusou-sea obedecer à intlmação,sendo atacado frontalmen-te pelo barco francês empleno litoral brasileiro, ten-

do sua jangada destroçadae não morrendo o pesca-dor por ter recebido lme-dlato socorro de seus com.patriotas.

Era natural que surgisseum clima de indignaçãoante a insoléncia dos pes-quelros franceses. O prefel-to de Natal, sr. DJalma Ma-ranhão, em telegrama diri-gido a NOVOS RUMOS,traduziu o estado de espi-rito reinante no Nordestenestes tèrmcs:"A noticia de que o go-vêrno federal liberou a pes-ca de lagostas s barcosfranceses causou Impressãogeral de que estí oficiall-sada a pirataria em nosso

Po:*í. podendn estrangeirosrtvlizar tranqüilamente osaque das riquezas rocio-rais Ê impossível deixar demanifestar a constataçãomelancólica de que o Nor-drste está entregue ao Dia.b(: os japoneses levam opeixe, os franceses levam alagosta e os americanos le-vam o resto. Perdurando talsituação, é melhor declararo Nordeste terra-or nin-puém. Quando deputado fe-deral, pronunciei na Cá-mara dois tangos discursosdenunciando a rapinagem.realizada nas costas nor-destinas pelos pesqueirosjaponeses. É oportuno lem-brar que aqui não é a sededa ONU, onde possam tre-mular impávidas bandeirasde todas as nacionalidades.Saudações. DJalma Mara-nhão, prefeito".

Nota Econômica

Josué Armtidi

Os insaciáveis

barões do café

A VERGONHOSAVERDADE

E' triste reconhecê-lo: otelegrama do Prefeito deNatsrl representa a verdade,a vergonhosa verdade: aságuas territoriais brasilel-ras, uma fonte de riqueza— e hoje mais do que Isso,de subsistência de parcelaconsiderável das WtfUsoõea,litorânea» nonfesSssf -í- e*a> própria vida dos nossospescadores estão à mercêda -. pirataria estrangeira.Porque é isso mesmo o queestá havendo nos mares doNordeste: pirataria pura esimples. Os pesqueiros fran-ceses não se arreceiam deInvestir contra as nossasembarcações de pesca — aspobres e indefesas janga-das — para afugentá-lasdas áreas piscosas, pondoem perigo a vida de cida-dàos brasileiros.

E embora pareça incrível,foi o próprio governo brasl-leiro quem autorizou a açãodos pesqueiros franceses,sem dar qualquer satisfa-ção ou ao menos informardessa concessão ultrallbe-

ral aos interessados nado-nais. Depois veio o govêr-no, uma vez dado o bradode alarme, e anunciou o fa-to. acrescentando que apermissão era apenas paraseis barcos de pesca fran-ceses. Mas tudo indica quenas água» dessa autorizaçãopara sela vieram dezenas.4mmmmmW De qualquer maneira, êInadmissível semelhante permissão. Todos os anteceden-tes nos advertem contraela. Os mesmos pesqueirosfranceses, propriedade depoderosas empresas, comgrandes capitais, modemls-simos equipamentos, meto-dos modernos de pesca, jáforam responsabilizado» pe-Ia destruição de viveiros delagostas na» costas daÁfrica e de Portugal, ondeobtiveram concessões do ti-po colonial, como esta quealcançaram no Brasil.

Trata-se, no nosso caso,de permissão a uma con-corréncia desleal por todosos títulos. Com as exce-lentes condições técnicasde que dispõem, os barcos

franceses estão capacitadosa empreender uma concor-rência, alem de desleal rui-nosa, com os nossos pes-

quelros. Em primeiro lugar,náo temos nada que se as-semelhe aos modernos bar-cos de pesca com que con-tam a França, os EstadosUnidos ou o Japão. Em se-gundo lugar, não.dispomosde' rncursos para. a indua-trtalüsação doá" produtos dapesca. Um simples dadocomparativo mostra o ab-surdo de semelhante con-ceção: um barco francês sã»'sinho, durante o período dasafra ds lagosta, novembroa março, tem maior cepaei-dsde de produção do quetodas as Jangadas nordesti-nas juntes.

Dai a situação de terrívelatraso em que nos encon-tramos ainda hoje nesteimportante ramo da produ-ção: com um litoral de maisde sete mil quilômetros,águas extremamente pisco-sas, conseguimos anualmen-te pouco mais de 300 miltoneladas de pescado, en-quando os japoneses ultra,passam os 5 milhões s 400

O Pais está assistindo a uma destas pe-riódicas investidas dos barões do café. lien-te insaciável, figuram eles entre os maio-res beneficiários da inflação. Querem agoraque o Governo aumente 900 cruzeiros nopreço que vem pagando por saca de café.Pagando para. quê? Para empilhar nos seusarmazéns, onde já existem mais de 50 mi-lhões de sacas. Consoante a nota distri-buida pelo Ministério da Fazenda, o aten-dimento da nova reivindicação importarianum acréscimo de despesa variável entre8,5 e 19,5 bilhões de cruzeiros, algo assimcomo o que vinha sendo gasto paia subsi-diar o trigo. Se já é uma política indefen-savel comprar café para estocar, que dizerde pagar mais caro ainda por êsse caie?

No comunicado expedido ao público, ex-plicaram as autoridades fazendárias que osrecursos para atender aos barões do caleteriam que ser inflacionários. Isto porqueestá em vermelho o chamado Fundo deDefesa do Café, constituído pela conversãoem cruzeiros dos 22 dólares retidos por sacaexportada. Para aplicações pendentes de93,8 bilhões de cruzeiros, o saldo da conta éde apenas 52,9 bilhões. Em outras palavras,até 31 de dezembro o Oovèrno já havia en-tregue aos homens do cale 40,9 bilhões decruzeiros a mais do que o que havia arreca-dado através da cota de retenção. De pas-sagem, convém assinalar que a investida deagora já prestou certo serviço ao País:

.obrigou o Ministério da Fazenda a revelar.que ao menos uma boa parte das grandesemissões do fim do ano passado não sedestinou ao pagamento do 13.° mês, como

.trombeteia a imprensa antioperária, e simaos barões do café, como sempre susten-tamos.

Que alegam os grupos dominantes daeconomia cafeeira paranaense para pleitearo aumento de 900 cruzeiros em saca? Ale-gam, nem mais, nem menos, que a infla-ção elevou os preços rias bens e serviços,dai a necessidade do rea justamente. Sim,ninguém melhor do que os trabalhadoressente a ação iníqua do processo inflado-nário. Mas, o que não dizem os homens docafé é que eles já se haviam defendido prè-vlamente da corrosão inflacionária. De fato,o café nunca foi prejudicado no Brasil;sempre ficou com a parte do leão. Mas, nosdois últimos anos, sobretudo a partir dogoverno Jânio Quadros, os favores à caiei-cultura foram excepcionais. Vejamos, con-cretamente, o que ocorreu o ano passado.Enquanto no período de janeiro a dezembroo custo de vida elevou-se de 52,7'ió (se-gundo a Fundação Getúlio Vargas). a taxa [de conversão do cruzeiro em dólar foi ma- ijorada em 48,37o (passando de 310 cruzei-ros em janeiro para 460 cruzeiros em setem-

bro). Quer isto dizer que a elevação doscustos internos foi praticamente compeli-sada pelo aumento da parcela em cruzeirosentregue aos homens do café. Por que, en-tão, a grita?O aumento de. preços internos para acompra do café teria como conseqüência

inevitável uma nova desvalorização exter-na do cruzeiro (mais cruzeiros por dólardo que atualmente). E aqui chegamos a umponto de importância capital. Uma das te-ses básicas sustentadas pelas correntes na-clonallstas consiste em que a desvaloriza-ção externa do cruzeiro acarreta Inevitável-mente o agravamento do processo inflacioná-rio. A vicia comprova essa tese. Ainda no anopassado, foi precisamente a partir de linsde agosto e princípios de setembro, quandoa taxa de câmbio sofreu um aumento demais de 100 cruzeiros em dóiar (Instruçõesda SUMOC de números 229 e 230) que seacentuou o desequilíbrio interno. Até 31de agosto, as emissões haviam sido de 60,5bilhões e nos quatro meses restantes su-blram para 196 bilhões; o custo de vida,que se elevara de 28,7%, chegou a dezembrocom uma alta de 02,7.

£ importante assinalar, também, queum aumento agora na taxa de conversãopara efeito de beneficiar o setor exporta-dor estaria em choque aberto com t.qui.oque estabelece o próprio Plano Trienal, Comefeito, prevê o Plano que durante todo oano de 1963 a elevação das taxas de câm-blo deverá ser da ordem de 25%, acompa-nnando a alta do custo de vida. Conquan-to consideremos náo ser esta a maneiramais conveniente de sustentar a exporta-çao (achamos que o País lucrará mais se oGoverno comprar aos produtores a preçosmínimos justos e se encarregar êle próprioae exportar, sem tocar na taxa de camDioi,o fato é que um aumento na taxa de expor-*a«áo como 4> que está sendo reclamado(650 cruzeiros por dólar) daria toda razãoaos que vêem na atual política econômico-Iínanceira do Governo apenas uma enco-menda do Fundo Monetário. E efetlvamen-te a desvalorização do cruzeiro viria com-pleter o receituário habitual dos magnatasdo Fundo para combater a Inflação,

Por isso, ao dizer nâo aos barões do café,isto é ao recusar um aumento de 1 cruzei-ro que seja no preço da saca. o que seexige também do Governo c que tome ati-tude idêntica em relação às taxas de càm-bio mantendo-as no nivel em que estão,nivel que já atenta contra o Brasil, porqueestá muito acima da taxa real de conversãobaseada no efetivo poder llberatório dasduas moedas.' Se para isso se impuser omonopólio do câmbio, por que não adotá-lo?

Anzoàtegui: Protestode um Povo Contra umLacaio do Imperialismo

mil toneladas, os EstadosUnidos se aproximam dos 3milhões de toneladas, aUnião Soviética atinge os 2e melo milhões. As frotaspesqueiras desses paises scdeslocam a milhares de mi-lhas de suas costas nas épo-cas de safra. Enquanto isso,nós nos encontramos poucomais ou menos com- os mé-todos de pesca e a produti-vldade dos nossos Indígenasem 1500,,,

No entanto, as nossaspossibilidades locais sãoenormes. A simples intcnsl-ficação da pesca da lagos-ta nos últimos cinco anosno litoral do Nordeste con-tributa rara um considera-ver^u«B^,/di^pr?Jtiüçãodesse crustáceo. - Milharesde famílias de pescadores,desde o Ceará até Pernam-buco, melhoraram suas con-dlções de vida, antes de ex-trema miséria.NAO SAO SÓOS FRANCESES ...

Engana-se quem supõeque a questão da pesca noNordeste — e no Brasil in-telro — se restringe ao epl-sódio suscitado agora pelosbarcos franceses. Já de data .mais distante, a pesca emnosso Pais vinha sendo mo-nopollzada por empresas es-trangeiras. Diretamente, pe-los Japoneses, no Rio Oran-de do Sul e em algumasáreas do Nordeste, na pes-ca do atum. Indiretamente,pelos norte-americanos, quecontrolam quase toda a pes-ca da lagosta nos Estadosnordestinos. A maior parteda produção lagostelra, des-de o Ceará *até Pernambuco,destina-se à exportação pa-ra os Estados Unidos. O pes-cador nordestino entrega alagosta a menos de 100 cru-zeiros a unidade, enquantonos Estados Unidos ela évendida * mais de dois dó-lares. A industrialização é

feita nos Estados Unidos,revertendo também para osamericanos os beneficiesdela. Através de empresasbrasileiras subsidiárias, osfrigoríficos americanos mo-nopolizam a pesca da lagos-ta, sem levar em conta asnecessidades de consumo io-cal, ditando os preços, poisnão admitem a concorrèn-cia. Do Ceará a Pernambu-co, atuam, mais ou menosentrosadas, a Pesca Alto-Mar Limitada, a CompanhiaProdutos Marítimos, a La-gosta Verdes Mares (estaúltima do americano Mor-gan) e a Lagostabrás, alémdc outras I menores, que sesubordinam às imposiçõesdás mais Wwkmm* .NACIONALIZAÇÃODA PESCA

. Os remédios estão evl-dentes: trata-se em primeirolugar de nacionalizar a lh-dústria pesqueira nacional,retirá-la das mãos ganarictb-sas dos japoneses, norte-amerioanos c franceses. Emsegundo lugar, mas semperda de tempo, dotá-la dosrequisitos necessários à suamodernização.. .Qs, níveisatuais da pesca no Brasilsâo^ simplesmente, ridículos,em face das nossa» imensas

.possibilidades, de que outro»estão se aproveitando, E'fazer, finalmente, com queas atividade» plscatórias setransformem numa autêntl-ca indústria moderna, capazde abastecer o mercado na-cional e contribuir decisiva-mente para a redução dopreço de um alimento bási-«•o, como é o peixe e oscrustáceos. O que não é ad-missivel é que continue a si-tuação atual, na .qual nossujeitamos ao papel de co-lônia das grande» potênciaspesqueiras, permitindo si-tuaçõeg humilhantes, comoessa que se criou agora noNordeste.

Enquanto o chefe do go-vêrno da Venezuela, Rômu-Io Betanoourt, dirigia-se aosEstados Unidos, o episódiodo navio "Anzoàtegui" emo-cionava o mundo. A visitado Presidente venezuelanoconstituí uma dessas perió-dicas prestações de contas srecebimentos de ordens jun-to aos verdadeiros donos daeconomia e das riquezas na-turais da Venezuela: os go-vernantes e monopolistasianques. A captura de umnavio e a fuga de um pu-nhado de revolucionáriosvenezuelanos era um gestode protesto contra o regi-mé reacionário e servil deRómulo Betancourt contrasua visita aos Estados Uni-des, nas circunstâncias emque essa visita se efetua.O CASODO «ANZOÀTEGUI»

O navio mercante vene-zuelano 'Anzoàtegui" ree-ditou nos últimos dias a fa-çanha do navio português"Santa Maria": parte desua tripulação, ao lado deoutros lutadores contra oregime de Betancourt, toma-ram conta do barco, decla-raram-no insubmisso ao go-vérno e rumaram para ascostas do Brasil.

O acontecimento teve re-percussão mundial. Reper-cussão naturalmente sim-pática ao povo venezuelano,aos revolucionários vene-zuelanos, que lutam patriò-tlcamente pela emancipaçãoeconômica do seu Pais.

Como era de esperar tam-bém, o governo de Betan-court declarou o "Anzoáte-gui" navio pirata, tornando-

o passível de perseguição o

apreensão pela policia mari-tlma Internacional, desquali-ficando o ato como ação po-litica, para considerá-lo cri-me comum.OS AMERICANOSEM AÇÃO

O governo dos EstadosUnidos não perdeu tempoem atuar como gendarmeinternacional. Navios deguerra norte-americanos fo-ram mobilizados imediata-mente para perseguir o"Anzoàtegui", sob o pretex-to de que teriam recebidoum pedido de ajuda do go-vêrno venezuelano. Na rea-lidado, Washington agia emlugar de Caracas. Confes-saram depois os meio» oíi-ciais americanos que nadamenos de 12 navios e 24aviões militares ianquesparticiparam da caçada ao"Anzoàtegui", até próximoao litoral do Brasil. Umavião americano teve adesfaçatez de lançar fogue-tos contra o navio mercan-to venezuelano rebelado,numa tentativa de lntlml-dá-lo e obrigá-lo a render,se. O comando do "Anzoà-tegul" protestou contra oatentado, que não pode teroutro qualificativo senão demonstruoso.

Os Estados Unidos se con-sorvam coerentes, no seuapoio aos regimes dilato-riais e opressivos contra o»anseios de «libertação dos po-">os oprimidos. Agem agorada mesma forma como

"agi-ram no passado em .relaçãoao Brasil, quando a diplo-macia americana denunciou "junto ao governo de Lisboaas démarch€8 de jovens re-

volucionários brasileirosque; na Europa, tentavamobter ajuda dos EstadosUnidos para conquistarem aIndependência do Brasil dodomínio colonial português.A SOLIDARIEDADEDO POVO BRASILEIRO

O feito do "Anzoàtegui"íol recebido com a mais vi-va simpatia pelo povo bra-silelro. A repercussão queencontrou em nossa impren-sa, no rádio e televisão tra-dúzia o estado de espíritodominante em nosso Pais,de inteira solidariedade aosbravos que se levantam con-tra o regime antlpopular eantinacional de Rómulo Be-tancourt.

A mensagem enviada pe-lo comandante do "Anzoá-tegui", Wlsmar Medina Ro-Jas, ao presidente da Re-pública, João Goulart, foidada a resposta que o po-vo brasileiro esperava: di-relto de asilo à tripulaçãodo navio venezuelano. De-vem encontrar abrigo o anossa irrestrita solldarle-dade todos aqueles que lu.tam contra os regimes an-tipopulares, como é o casodos revolucionários vene-zuelanos, para os quais Ro-mulo Betancourt, o presl-dente eleito, que tem go-vernado permanentementesob estado dc sitio, em vir-tual regime ditatorial anti-democrático, é tão lacaiodos t r u st e s petrolíferosamericanos quan'.', u foi seuantecessor Marcos Perez Jl-ménez, testa de ferro dsStandard Oil. sanguináriocarrasco do povo venezue-lano.

Fora de Rumo

Paul» Moita Um*

Segundo uma noticia telegráíica, o embaixador norte-americano no México teria feito declarações de importânciatranscendental, "em reunião de um clube de mulheres"Sobre o clube e suas associadas não há referências Contu-ao, a boa educação determina que se admita, ém princi-pio, tratar-se de gente séria e normal. O embaixador cha-ma-se Robert HHI. Sua declaração é no sentido dei Su ? "seos comunistas ocuparem o Brasil os Estados Unidos nerde-rão a América Latina". H

i»™ÍLexpJlcaçÍ0JC0-mpleta das Paiavras desse diplomatat#2m a ^ d?sd°D*-an*ento sem fim. Que consideraria o*J,\ML oc"PaÇao do Brasil pelos comunistas"? Ora, os co-SESD-i?*SsfSSSWi #•?*> constaram jienhum PaisSi"fce-ro- Sao especialistas", isto sim, na expulsão de in-yasores militares ou econômicos estrangeiros. Toda a his-Kna- Í°mada. d0 P0*51" Pelos comunistas tem sido umaSSt ^ ePxüs^° d<- /«""cas estranhas e hostis ao desen.volvimento de cada pais libertado do capitalismo. A con-cepçao do sr. Hill, portanto, não encontra apoio na basede fatos.

Será que o sr. Hill se refere a "ocupação do Brasil" pe-los próprios comunistas brasileiros? ora, ai estamos emface de um segundo disparate. Os comunistas brasileiros,naturalmente nascidos, crescidos e criados no Brasil, vi-yendo aqui, não precisariam ocupar sua própria terra,'poisfazem parte dela. O que eles fazem é lutar para que o Brasilseja cada vez mais desocupado pelos norte-americanos eoutros representantes da dominação econômica estrangeirae de sua influência política.

Se o sr. Hill soubesse alguma coisa a respeito do Bra-sil estaria informado de que. hoje, não somente os comu-. nistas denunciam a dominação do poder econômico estran-geiro, lutando contra êle. Antes, es.si( luta era travada poruns poucos patriotas; entre Os quais figuravam' os comunls-tas. Hoje,-milhões-de-brasileiros estão empenhados nela e,a polít ca nacionalista influi no próprio governo, Assim oscomunistas brasileiros não "ocupam" sozinhos o Brasil, quee noje um Pais cada vez mais "ocupado" pelos próprios bra-

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Page 4: ^B · seus.bens ao poder público. Em alguns casos, passos concretos já foram dados com esse objetivo. E essa era e è a solução justa em todos .os casos..; Mas o governo do sr.

í- '4

Ifo reecnte congresso do Partido Socialista Unificadoda Alemanha, o representante do Chile, Orlando afilio», ou*falou em nome das delegações de ti países latino-americanospresentes ao conclave, pronunciou o seguinte ditcurso:

Queridos camaradas:Foi-me conferido um prevllégio extraordinário. Tenho

a honra de ter sido designado para falar em nome dos Par-tidas- Comunistas c Operário» da Argentina. Bolívia, Brasil,Colômbia, Costa Rica, Chile, Eoundor, Guatemala, Haiti.Honduras. Nlcnrnaiin, Panamá. Paraguai. Peru, RepúblicaDominicana, El Salvadoi e Uruguai cujos delegados assisti-mes o vosso VI Congresso. A América Latina, por nosso in-termédlo vos nnresenta n saudação mais afetuosa de nossospartl'"0S r rtp nossos povos.

Vimos dc uni continente em que sc desenvolve vigorosa aluta ue no&tú* puvu» conua u imperialismo. Nos.°o.» opera-rios. camponeses c Intelectuais conhecem o Imperialismo Ian-que rnmo nm inimigo feroz que saauela as riquezas naclo-uni- c sc opõe encnrnlçndamente à liberdade c ao progressoP-nilmos na proprlc carne que n Imperialismo ainda é po-(laroioi mos. trmbdm mu suas forças de apoio na AméricaLatina debatem-re cm uma crise econômica c política endavez mnis ürôTíiiirln <• recuam sob a crescente pressão dasmassas populares e de amplas coalizões nacionais antllm-perinllstas. Temos confiança.na capacidade de nossos povosde libertar-se i'rí.niilvamrnte do Jugo dos monopólios norte-i nu ricanos »•• c'. s ol.:'uiqulr.s. Dc diferentes maneiras, pornhc-s, cm condlçCeg diferentes segundo as cir-r ••'n pais, tíir'a a América Latina está com-•••Vi norrirl* i dc vanguarda da classe ope-.;-' rcmiinlstos, contra os ounls sc conecn-inimigos do nossa Independência. Devemosdizer-vos, camaradas., que nesta difícil e extenuante con-tenda da America latina com o imperialismo, estamos cons-cicnleií r!ü « .-'Vc hjudn qne representa o fato de que vósestais construindo, com êxito, o socialismo. Necessitamos daPi'z. cento vòfi e como iodos ns pnvos, r lutamos por ria. Anós Interessa qur sejam eliminados os remanescentes daSegunda Guerra Mundial, que seja assinado o tratado depoz.cóm a Alemanha, que seja solucionado pacificamente oproblema de Berlim ocidental, que sc chegue através de umrsfórço conjunto ao desarmamento geral e completo.

Vossa luta é admirável Ouvimos com atenção tanto oInforme eomo o discurso dc encerramento a cargo do ca-mr«Dda Walter Ulbrieht. compartilhamos dc suas opiniõese especialmente aderimos a seus pontos-de-vista sobre ocurso da situação mundial Saudámos a trajetória revolu-clnnãrla rle vo-sos dirigentes, seu repúdio ao culto da per-sonalldiulr. a firme o flexível Unha de principio», de vossogrande Partido. Agradcccmo-vos. camaradas, por tudo quantopudemos aprender em vosso Congresso, no qual houve tan-tas Intervenções vivas, criticas e autocríticas, que evlden-riam vosso alto nível ideológico. Havcls traçado para vós

NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 22 a 28.de fevereiro de 1963 —•

No OtngrMii dt MM

Comunistas Latino-Amerkanos Apoiama Política de Paz e Coexistência Pacífica

diversos can(•'unstftnci'b-'"ic"fj.«' 'rãrla, sc ••Ir i i, ndl i (

grandes tarefes, entre elas essa decisiva tarefa rovoluaio*nária de elevar substancialmente a produtividade du tra-balho na Republica Democrática Alemã, e formamos o con*vlcçAo de que saberei» cumpri-las, que vesso Estado opera-no e camponês alcançara todos ai metas e que no ouraode nossas vidas chegaremos a ver tremular em toda a Aic-manha a bandeira do marxismo-lenlnlsmo.. . Um dos grandes méritos de vosso Partido é sua fldcll-dade indiscutível ao Internaclonallsmo proletário, com n quuleufrentastes vitoriosamente o raivoso nacionalismo do im-

perlallsmo alemáo. Destacamos vossa adesão ao XX c aoXXII Congressos do Partido Comunista da União Soviéticae ás Declarações dos Partidos Comunistas e Operários dc1957 e de 1960 Vosso Congreiso tem sido uma elevada trlbu-na do Internaclonallsmo proletário. Por multo tempo ecoarãoos conceitos fundametals que aqui expôs o camarada NikltaKruschiov. Estamos totalmente de acordo com as teses do,discurso do camarada Kruschiov e reafirmamos nosso reco-nhecimento pelo papel do Partido Comunista da Unl&o So-vlétlca como vanguarda do movimento comunista,Na noite antei.de partir do longínquo Chile, estive cmuma concentração de massas em uma povonçáo onde moramfamílias multo pobres, ralou ali, de pé sobre uma cadeira,uma mãe trabalhadora, densas que têm de carregar Jarrosás costas e Ir buscar a multas quadras de distância a água

para as necessidades de seu lar, que náo contam com nrnhu-ma das comodidades da civilização e que quando seus ma ri*dos estão desempregados, fasem até o impossível para darde comer a seus filhos. Nessa noite, três garotlnhos rodeavamsua mãe enquanto ela falava. O que ela disse foi mais oumenos o seguinte:— Nossa vida é multo amarga. Mas se náo fosse o ca-marada Kruschiov nem sequer estaríamos vivendo, porqueos ianques teriam desencadeado a guerra atômica. Agora,depois do perigo que esteve tão próximo da guerra, todamanha ao despertar olho o berço de meus filhos que aindavivem porque os comunistas do mundo defendem a paz. c

penso que devo aproveitar esse dia em fazer algo mais. emlutar contra os ianques, que são os culpados pela misériade nosso povo.

láusa mulher proletária disse o que pensam milhões delatino-binFrlcanus. Poro nossos novo. é multo csllmatia, pro-fundamente estimado, a heróica Revolução Cubana. NaAmerica Latino reccou-su ver-uc Cul» arrasada pelas bem-bc , com feu» filhos «oríflcadcs cem a morte dominandonm paisagem agora túo forme?a No.soi povoa ie felicitamp.r ve-Ia viva o trlunfante, Independente, socialista, tal comofita graças a admirável lirmcia de seu povo e de seu go-vèrno. a solidariedade universal das forças amantes da paz.v ii sabia política amllmperlall°ia de coexistência pacificada grande União Soviética.

A Declaração dos 81 advertiu com acerto: "Pode-se con-Jurar a guerra mundial mediante os esforços conjugados docampo socialista, tia classe operária internacional, do mo-vtmrnlo de libertação nacional, dos paises que se pronun-ciam contra u guerra e dc todas as forças pacificas." Êssemesmo documento, assinado por todos os partidos comunis-tas do mundo, acrescenta: "O principal é pôr freio em tem-pu ao agressor conjurar a guerra, náo deixar que deflagrea conflagração." A União Soviética, o Comitê Central lenl-nista de seu Partido Comunista e, pessoalmente, o camaradaKruschiov cumpriram multo bem esse acordo solene.- de*tendo a agressão do perigoso tigre imperialista com denteiatômicos e fazendo-o recuar. A cessação do bloqueio deCuba e o fracasso da Invasão preparada pelo Pentágonoconstituíram um grande triunfo das forças da pas e emparticular do valente povo de Cuba.

Esta vitória é um estimulo magnífico para a luta dospovos. A jvida ratificou a advertência da Declaração dos 81:"A coexistência de Estados com regime social diferente éuma forma da luta de classes entre o capitalismo e o 10-clalismo. Nas condições da coexistência pacifica surgem pos-.iibllldades favoráveis para o desenvolvimento da luta declasses nos paises capitalistas é do movimento de libertaçãonacional dos povos que vivem nas colônias e nos paises de-pendentes. Por sua vez. oi êxitos da luta revolucione rin declasses e nacional-hbertadora contribuem para a consolida-ção da coexistência pacifica." Em nossos paises a vitóriaque significou o haver evitado a guerra preservando a inde-pendência de Cuba e sua construção socialista, foi um im-portanto estimulo para as lutas populares.

Em nossos combates democráticos de libertação naeie-'mil. representam uma grande ajuda a construção do comu.nismo na Unlto Soviética e do socialismo nas democraciaspopulares. Terá, assim, grande repercussão favorável naAmérica Latina o que vos façais, camaradas alemlee. paralevar à prática o novo programa de vosso Partido. O for-falecimento e a coesão do movimento comunista Intenta-cional lio fatores decisivos para o auge da luta antllmpe-rlallita em nossos poise*. Ninguém conseguirá debilitar aconfiança dos povos da Américo Latina na União Soviética.A ajuda que a União Soviética prestou e continua prestar-do a Cuba, tanto a econômica pira a construção dn n<" isociedade como a militar para sua dcfwn, é i-m rxsmn dmagnífico de assistência nos pntow lubduemolvldoi, coma qual te podo

'enfrentar as ameaças do Imperialismo.Trmhém é certo que. assim como a União Soviética a

o conjunto do canpo socialista nus ajudam, há quem cuj iatividades nos prejudicam e favorecem de fato nosso» ir. -mlgos. Rcfcrlmo-nos aos que parecem procurar a dlvlifodj movimento comunista, uma vez que recorrem ás calúnirscontra o próprio partido de Lcnln, solapam oi prlnciploiideológicos e orgânicos e promovem o perifto dc fraclonlimo.Do iiovía parte, condenamos energicamente as posições ns-clonallstas burguesas, reiteramos nosso protesto ás provoca-ções dos dirigentes albaneses c declaramos nosso propósitode manter uma luta Ideológica Intransigente contra a en-fermldade sectário-dogmátlca e contra o rcvlslonlsmo.

O Comitê Central do Partido Comunista da União So-vlétlca propôs um método razoável para solucionar as dl-vergéncla» no movimento comunista Internacional a b»edos princípios marxlsta-leninlstas. Apoiamos sua poslçroe estamos dispostos a fazer tudo n que facilite a superaçãode potlçôes que prejudicam n desenvolvimento do movlmen»to revolucionário e a luta pela paz mundial.

Estimados camaradas:Desejamos, por último, auradeerr ao camarada Walter

Ulbrieht que, no começo déstr transcendental Congresso,tenha lembrado, ao lado de grandes figuras desaparecidasnos últimos tempos do movimento comunista mundial, umvelho e batalhador operário latino-americano, Elias Lafertte.Pouco antes de morrer, Lafertte percorreu a República De-mocrátlea Alemã e verificou com alegria que o povo de KarlMarx e Prledrich Engcls. depois de sofrer os horrores donazismo. Unha construído aqui muito sòlldamente um Ei-tado operário e camponês.

Viva o Partido Socialista Unificado da Alemanha!Viva a unidade fraternal dos comunistas!Viva o futuro socialista da humanidade!

Para o povo brasileiro,que deseja emancipar-seeconomicamente c atingir omais amplo progresso, a re-voluçáo cubana c não só mo-tivo de simpatia e de entu'siasmo.

Ela significa, sobretudo,um marco adiante na estra-da revolucionário que os po-vos latino-americanos per-correm.

Tendo liquidado os entra-ves ao seu completo desen-volvimento e ao bem-estarde seu povo. Cuba desem-penha na América Latina omesmo papel das vanguar-das numa frente dc bata-lha. A revolução cubana vi-toriosa é. hoje. cm nossocontinente, o principal ba-luarte da resistência aonosso inimigo comum — oimperialismo dos EstadosUnidos.

E' curioso ver-se o deses-péro e a agressividade doscírculos dirigentes norte-americanos. A perda quesofreram eom a libertaçãodo povo cubano tirou-lheso sono. Temem agora quetoda a América Latina seliberte em conseqüência dorompimento da cadela emCuba; — um dos elos queeles Julgavam firme.

Comprovam esses temoresdeclarações recentes do ex-embaixador dos EstadosUnidos, no México, mister

Solidariedade Mais Ampla a CubaRobert Hill. rao Informar qüe,sc o; comunistas ocuparemo Bra.sil. os Estados Unidasperderão a América Latina.Proféticas palavras!

São também elucidativasas observações do relatórioda Comissão Especial de Se-gurança da Organização dosEstados Americanos (OEA),organização cuja finalidadeé defender os interesses eapetites Imperialistas dosEstados Unidos. O relatórioconcluía pela formação deuma torta policial interame-ricana, visando a perseve-rar na tentativa de Isola-mento de Cuba. Seria me-lhor dizer, na tentativa deagredir Cuba miíitarmenteA proposição foi vetada peloBrasil e México. E isto exa»-pera os governantes norte-americanos, que precisamdo apoio desses dois impoi-tantes paises latino-amerl-canos para cobertura dè

Carlos Marighflla

uma aventura criminosacontra a ilha.

Os altos círculos do go-vèrno dos. Estados Unidosestão apavorados com oavanço do movimento de ti-bertacão nacional na Ame-rica Latina. E desesperamse, sobretudo, porque nào

.conseguiram deter a mar-cha de Cuba — que conso-lida a revolução e prosse-gue construindo o soclaRs-mo. A presença de Cuba socialista no continente é umexemplo demasiado fascl-nante para as massas em-pobrecidas desta parte douniverso. Dai porque as au-

.tortdades Ianques falamagora em concentrar esfor-ços no ataque contra o»problemas da pobresa e dosubdesenvolvimento, atra-vés da "Aliança para o Pro-

.grasso". Mas o que eles que-rem é encobrir a ação co-lonizadora e agressiva dosEstados Unidos contra toda

a America Latina. O quepretendem é paralisar aatividade das massas c dasforças revolucionárias cm-penhadas na luia contra jImperialismo e o latifúndio,'— causas da pobreza e ciosubdesenvolvimento dos la-tino-amerleanos.

A apreciação desses e ou-tros fatos atuais mostra co-mo a solidariedade a Cuba

tem um significado por de-mais expressivo. Incremen-tar a solidariedade a cubaé contribuir para a garan-tia da liberdade a um paisoutrora explorado e oprimi-do pelos norte-americanos,tal como o somos hoje noBrasil. %' defender a causade nossa própria emancipa-ção econômica e social.

Não se pode deixar de as-sinalar que está em marchauma nova lnvasio de Cuba.A denúncia é grave. Os Es-tados Unidos treinam cmseu território e em outrospaises, como Guatemala nNicarágua, pilotos de bom-herdeiros a jato e gruposde infiltração para sabota-

gcn.s e Invasão dc Cuba.Cerca de 25 torpedeiros aca-bam de ser fornecidos aesses dois paises para a in-vasào da ilha..

Este é um momento emque os "5 Pontos de FidelCastro" tem mais atualida-de que nunca. E é precisodar-lhes todo o apoio, em-prestar-lhes o máximo de

solidariedade.Todos temos uma parcelade responsabilidade na luta

pela solidariedade a Cuba,sobretudo os operários ecamponeses com suas orga-

nizacõe8 de classe, os es-tudantes, os Intelectuais, osjovens, as mulheres, os par-lamentares, os homens decombate e dc fé na capacl-dade de mobilização dasmassas.; v >

A solidariedade a Cubaprecisa e deve ser ampla.Precisa abranger os partida-rios da libertação nacionalbem como os que amam apaz e os que querem respei-tada a autodeterminação donovo cubano.

A tal posição são chama-dos Igualmente os que dc-fendem sob esse aspecto aatual política externa dogoverno brasileiro.

E' claro que os círculos di-r i g entes norte-americanosinterferem descaradamentenos ncgóslos internos doBrasil. Além de outros meiosrecorrem á pressão Intolerá-vcl do embaixador dos Esta-dos Unidos, mister LincolnGordon, com o objetivo deforçar o governo de JoãoOoulart a um recuo de suaatitude em face de Cuba.

Cabe-nos exercer vigilán-eis, e, ombro a ombro, comas massas t todas as forcaspatrióticas, repelir a lniul-tuosa intromissão. Nenhumrecuo da posição do Brasilem relação a Cuba deveráser admitido! Ao contrário.Cumpre manter bem no altoa.bandeira da solidarieda-de a Cuba, empenhar todosos esforços na luta pelo res-peito à autodeterminaçãodo povo cubano. Esta é umadas maneiras de contribuirpara assegurar no contintn-

te americano a coexistén-cia pacifica entre nações dcregimes diferentes. Torna-te desnecessário Insistir novalor que isto tem para acausa da paz e da liber-tação nacional.

No presente momento,quando pairam novas amea-ças contra Cuba, é Impor-tante assinalar a iniciativada convocação do EncontroNacional e do CongressoContinental dc Solidarieda-de a Cuba, a serem realiza-dos no Rio de J'aneiro <Oua-nabara). em 26, 27, 23, 29e 30 de março.

Apoiam a iniciativa perso-nalldades de renome mun-dial como Lázaro Cardenas,Lombardo Toledano. Ber-trand RusselI, John D. Ber-nal, e, ao seu .lado, organi-xaeoes como o ConselhoMundial da Paz, a Confe-deração Unitária dos Tra-balhadores do Chile(Cutch), organizações estu-dantls de vários paises eoutras.

Inúmeras personalidadesbrasileiras Incluindo parla-

mentares. escritores, sacer-dotes e organizações sindl.cais, camponesas, estudan-tis e patrióticas patrocinamigualmente o Encontro Na-cional e o Congresso Conti-nentai de Solidariedade aCuba.

A nenhum brasileiro idado alhear-se do trabalhoimenso que exige a realiza-cão dp tal iniciativa cm nos-50 pais. E', pois. pela causade Cuba, que é a própriacausa da libertação de nn*,-so povna^é pela defesa dosprincípios de autodetermi-nação e náo-intervençèonos assuntos de outros'pai-ses, princípios que devemnortear a política externaindependente do Brasil; ipelo patriótico interesse rieunir todos os povos latino-americanos em torno da de-fesa de sua soberania e li-herdade, e do direito dereger seus próprios desti-nos; é pela defesa da eau-ss da pai que estamos eha-mados a dar o mais eom-plcto apoio e o melhor denossos esforços para a rea-lização e a garantia do êxi-to do Encontro Nacional ado Congresso Continental deSolidariedade a Cuba.

A Tchecoslováquia situa-se na Europa Central; sua ex-tensão é de 127.880 Km2. Limita-se com a URSS, Polônia.Alemanha Democrática e Alemanha Federal, Áustria eHungria. Seu povo compõe-se das populações da Boêmia,Moraria, Eslováquia e de outras minorias étnicas. Ê naTchecoslováquia que se originam os famosos rios europeus:o Elba e o Oder. sendo cortada ainda pelo Danúbio. Estesrins ligam a Tchecoslováquia aos mares do Norte, Báltlco #Mar Negro. Parece um país inserido em um jardim de pi-nhelros, cordilheiras e riachos. 8ua população ascende aquase 14 milhões e sua capital -- a linda e tradicional Pra-aa —, um dos maiores centros da arte barroca, possui 1 mi-Irião de habitantes.

A história deste pais, que teve inicio no século VII, émarcada de páginas épicas de lutas pela sua libertação dasocupações estrangeiras e pela sua liberdade. A última lutaque atraiu a simpatia do mundo todo foi a resistênciarontra a ocupação nazista. O ambiente de então foi muito

.bem retratado na célebre obra de Fuschix — "Testamento,sob a Porca" — e com os acontecimentos de Lldice: todauma aldeia knpiedosamente destruída pelos nazistas, en-quanto ma população era caçada à bala, e que continuamalertando a humanidade em relação aos crimes da reação,dos crimes da reação fascista. Corajosamente reconstrui-

.da, Lidice constitui ainda hoje símbolo da vitória dos povosda Tchecoslováquia sobre seus opressores.

Já após a I Guerra Mundial, a Tchecoslováquia teve umrápido desenvolvimento industrial, mas foi na RepúblicaSocialista que os povos encontraram sua plena expansão,sua unidade estatal plurlnaclonal e o ascendente floresci-mento econômico, cultural e social.

No XII Congresso do PC da Tchecoslováquia exultavamde otimismo e de segurança no futuro socialista e comu-nista. O proletariado representa 52% da população ativa.Trabalham na indústria 2.400.000 operários. Na economianacional, representam as. mulheres 43% da população atl-va. Na produção geral, 83% são representados pelas cm-presas socialistas, 12% pelas cooperativas e granjas, sendoque 3,2% ainda lavram a terra própria.

O desenvolvimento do seu regime é um dos mais avan-çados do sistema socialista. Das terras, 96% são socialistas.Para 7 milhões e 296 mil hectares de terras arávels, exis-tem 126.000 tratores, quando em todo o Brasil, para 282milhões de hectares de terras ocupadas, há, para todos osfins, 60 mil. No que tange ã Indústria houve saltos: cmrelação a 1948, tomando como base 100, atingiram em 1961405.

A Tchecoslováquia é um pais avançado quanto á indús-tria pesada: a produção de aço passou de 2,3, em 1957.para 7 milhões de toneladas em 1961: o ferro bruto, de1.7 para 5 milhões de toneladas: a extração de carvão, de16.7 para 26,2 milhões de toneladas. Atualmente produzmais aço per capita de que os Estados Unidos.

O progresso técnico é notável: em 1961 foram apresen-tados 344.000 projetos de inovações, sendo 189.000 aceitose 176.000 postos em prática.

Desempenha importante papel o comércio exterior daRepública e é também destacado seu papel no plano mun-dial. Em 1961, o comércio exterior atingiu 30 bilhões decoroas (7 coroas eqüivalem a um dólar>: mantém relaçõescom mais de 100 países; a exportação dc máquinas-ferra-mentes atinge 47 paises. Suas maiores trocas comerciaissáo feitas com a União Soviética, que alcança um terço dotots! da Tchecoslováquia e 11% do oemércio externo daUnião Soviética. Com o Brasil, as trocas aumentaram, de1948 a 1959 em 104%. Nossas economias se completam:exportamos café, cacau, algodão etc. e importamos má-ouinas-ferramentas. tratores, motores Diesel e instalaçõesindustriais como, por exemplo, a fábrica de cimento emCapanema, centrais e termelétricas, de Barlrl, em PortoAlegre e outros. Em 1960 um novo acordo comercial entreos dois países foi realizado, a longo prazo, acertado peloBNDE e o Banco do Estado Tchecoslovaco.

FEBRE DE TRABALHONas visitas que fizemos ao interior da Merávia e Esló-

váquia, pudemos verificar a febre de construção e progresso

Tchecoslováquia no Caminho do ComunismoMoisés Vinhas

que reina neese pais. Na Moraria do Norte, visitamos acidade de Ostrava, chamada "o coração de aço"; estive-mos nas "Novas Fundições Klement Gottwald", que produ-zem 2.600.000 toneladas de aço, sendo utilizado o minériodo Brasil. AU, a eletrônica substitui em grande medida otrabalho do homem, sendo multo avançada a proteção aooperário. Igual Impressão tivemos da visita na EslováquiaCentral, nos distritos chamados Prevlza e Martin. 'AEslo-váquia, na chamada Primeira República era uma regiãoatrasada, onde não havia quase indústria, e somente noperíodo de 1945 a 1985 foram ali Instaladas 169 grandesfábricas e 16 centrais elétricas, ultrapassando atualmentesua produção de energia a da Itália, Holanda e Japão reu-nldos. Ali visitamos a fábrica química Wilhelm Plek, queabastece aa indústrias com diversos produtos químicos, des-de o fio de nylon à glicose. Em inúmeros pavimentes commilhares de metros quadrados, algumas dezenas de traba-lhadores — técnicos controlam uma fabulosa produção au-tomatlzada. Ai já existe um médico para cada 800 pessoas,quando na França há apenas 1 para 1.000. Os gigantescoscombinados de aço e carvão, como por exemplo o de Ostra-va, criaram em tomo de si parques Industriais completosque abrangem todos os ramos da indústria pesada e leve,utilizando cada um a matéria-prima local, como o carvão,os minérios, o cristal ou os pinheiros para a produção decasas pré-fabricadas. Cada um destes combinados são dirl-gidos pelo diretor engenheiro, presidente de sindicato e sc-cretárlo do Partido local.

No Congresso constatou-se que havia sido violada a leida produção planlflcada e proporcional por setor. Daiuma resolução no sentido da criação de um Conselho cen-trai de planiflcação e controle dos principais setores deprodução, para uma melhor harmonização da produçãofundamental.

Desta febre de trabalho e de produção se beneficia opovo tchecoslovaco. O salário médio é de aproximadamente1.400 coroas, ou sejam. 200 dólares por mês icâmbio ofi-eiãl — 7 coroas por dólar). O aluguel absorve apenas de2% a 12?p de salário. Os Impostos atingem aproximada-mente 10%, sendo o principal o que Incide sobre o salário..No decorrer dos últimos 4 anos foram entregues aos traba-lhadores, pelo Estado, empresas e cooperativas, 315 milmoradias. Cada uma delas possui calefaeão. luz gás, etc.incluídos no aluguel.CIDADE OPERARIA

Em Ostrava visitamos a cidade satélite dos operários daindústria, assim como a cidade nova dos mineiros. Sãoconstituídas por blocos de apartamentos de 2 a 5 andares,avenidas largas, Jardins, etc. Grato é assinalar o centrode cultura de Ostrava que é construído sobro uma área de13.000 m2 e custou 80 milhões de coroas, conta com teatrosdramáticos, de comédia, marionetes, da juventude, orques-tra sinfônica, centro de artes; pintura, escultura, ginásiosde cultura física, etc. etc.Por nossa solicitação fomos visitar um apartamento. Noprimeiro atendeu-nos uma criança que afirmou não esta-rem os pais em casa; no segundo encontramos o dono:um maquinlsta que trabalha na turma noturna e ganha1.650 coroas, ou sejam. 230 dólares, (há operários na cl-dade que ganham 2 250 coroas . O apartamento compõe-sede dois quartos amplos, duas salas moblltadas', para doisadultos e duas crianças. Êle assistia TV, às 10 horas damanhã, na sala, e Os garotos o seu TV no quarto. Isto éuma característica da região: cada casa ou apartamentopossui um ou dois aparelhos de TV. O consumo de caloriaspelo novo é de 3.100 diárias, superior ao consumo da Ale-mnnhft Oelden»p'. que é fe 2890, da França, que é de 2.910e da Itália, que é de 2.770.,

Na mesma cidade proletária funcionam 5 faculdades,8 teatros. 3 óperas e duas orquestras sinfônicas; possui 1médico para cada 560 habitantes.

A. assistência providenciaria aos trabalhadores é dasmais avançadas. A mulher gestante tem direito, de 6 me-ses a 1 ano de férias remuneradas — segundo seu estadofisico. Grande preocupação é demonstrada pela Juventudeestudiosa. No decorrer do ano 61-62. freqüentaram (obri-ga.tòrlamente) a escola de 9 anos, 2.227.954 alunos, parauma população de 14 milhões: nas escolas de especializa-cão 255.000 alunos; nas escolas superiores, 112.623. isto é,4.5 vezes mais do que antes da guerra, embora a popula-'ção seja a mesma.

A Tchecoslováquia c um pais onde o cidadão durante tô-da sua vida pratica esporte. Este merece atenção parti-eular dos podêres do Estado. Visitamos o mais modernoestádio da Europa para a prática de esportes sobre o gelo.com a capacidade para 18.500 pessoas, construído sem umaúnica coluna no centro; no tablado central deslizavamno gê!o os artistas, e para o público a temperatura do am-biente era de 18° acima de zero enquanto fora era de 8graus abaixo de zrro. As grandes massas praticam todosos esportes de verão e de inverno,-que se conhecem no mun.do. E torcem como os cariocas.

Com o plano setenal esperam alcançar a construção so-cialista num nivel mais avançado para então entrarem nafas" do comunismo: .«emana de 40 e 42 horas; um aumen-to de consumo per capita de 25%; o equllibrio da oferta eda procura - oorque apesar de ser a Tchecoslováquia umpais produtor de carros de primeira linha, existem, agora,filas de aquisição de carros particulares —, solucionar em85% o problema do cuidado das crianças de pais que tra-balham. através de Jardins-de-iníància e casas-berçários;esperam alcançar em 1970 o completo nivelamento das di-ferentes regiões do pais e atingir 224 mil estudantes noscursos superiores.

Confiam em sua inteligência tradicional, sua cultura ele-vada, sua vontade férrea de realização para alcançar o'•ume do comunismo. Depositam grande confiança na aju-da desinteressada da União Soviética, com quem têm con-tado para a construção de grandes empreendimentos, nacooperação cientifica e técnica reciproca, e em especial nosresultados da última conferência econômica realizada emMoscou pelos paises socialistas, onde se instalou o Conse-selho de Planiflcação Conjunta, tendo em vista marcharpara um sistema econômico único dó mundo socialista.

O PARTIDO

Desempenha papel decliivo na vida atual do oovo tche-coslovaco o P. c O PC Tch. guln-se pela sua própria llnnapolítica de construção do socialismo no Estado plurinacio-nal, considerando as particularidades econômicas e naclo-nals dos povos da Tchecoslováquia. Segue, como é de suatradição, o principio do internaclonallsmo proletário e aju-da cencretamente aos demais paises socialistas e aos liber-tados do colonialismo. Atualmente, gula-se pelas Declara-eões dos Partidos Comunistas e Operários de 1957 e 1060.Foi um dos paises onde a resistência ao ocupante nazistase caracterizou por sangrentas lutas nai célebres monta,nhas e bosques que atravessam todo o Dais. Foi, por suavez. um dos paises que realizou o caminho pacifico para ar?volucào socialista depois da II Guerra Mundial. Estaefetuou.se principalmente, sob a direção da Frente Naelo-nal. com Influência e participação do P. C, pela ação dasgrandes massas organizadas, nos momentos decisivos quan-do a reação queria impedir o avanço da democracia nopais. Atualmente defende uma conseqüente política de paz,rie eocxlstênela pacifica e de desarmamento geral e uni-vr-"l. Contam cem ouadros teóricos avancedo» e contrt-bi'»m para a elaboração geral da teoria marxista da atua-lidade.

.,-J- um P&rtl5° COn? características especiais; possui eis-n;l°M«Umero de P">lf-*-¦¦•» <¦* mandes empresas ee umEfiihA. dc ££***?,' íkÍ? que Para um» População de tamilhões e 700 mil habitantes, alcança mais de 1 rnilhftnvffjSKwrsr^V-A*-?28-truturado sobre os principies lenlnistas de organliaçáo eque quase se funde com as massas. A InteleSdade re*^ní„nhâ:ia eHOS, pÍTlros - a Juventude comun*"ta - "-sempenham destacado papel nas tarefas do Partido Nomomento aprofundam a luta ideológica contra os vesti-d« fii°ni;« Tna Dd°H?lt0 da Pcrsona»dade. tanto dentrodas illeiras do Partido, como no regime vigente: contraas tendências burocráticas e o isolamento dos d rlgentesEKffit8b .9 O» P-»1***-. das massas do' povo?"Siaparticipação mais efetiva das massas na elaboração è exê-cuçáo da política do Partido e do Poder estatal.h„ NaJ?rcpar.açao, do„?°ngresso. participaram da discussãofmo^ocu.meilt0^3 niilhôea de Pessoas ent« filiados e nãofiliados ao Partido. Foram enviadas ao Comitê Central trásmil propostas e sugestões sobra o plano setenal sdemaU)questões referentes ao Congresso.CONSTITUIÇÃO E GOVERNO .

Em 1960 reformaram sua Constituição, na base de umreferendum nacional, em cujos comidos é assembléias pú.blicas participaram mais de 4 milhões de pessoas A Coniltituiçáo estabelece o sistema dos órgãos estatais*. ZSprledade socialista, a propriedade coleUv. (cooperafivS eos direitos de propriedade privada, que IncluenTalém dos£u.SodV0nSum0, ' resld*™ia familiar; estabelece mp»!h^S L a pa5S-rem para a sociedade comunista, que aca-bara com as diferenças essenciais entre o trabalho fliteoeintelectual, assim como entre a cidade e o camno- * «li!rçlto de eleger e ser eleito; a liberdade de reunUo ê depalavra; na discussão sóbre o manifesto do PC Tcheoeale-vaco pelo aumento do nível de vida., participaram 1785^íoopessoa, e fizeram-se 297.000 propostas; a 1 bértade'lSivU

,u, -,° :cdadao so pode ser preso com manoato Judl-&Â inl ° 7riUc!ade 0° lar. da correspondênclai é Mie"gurado o direito aos cidadãos de diferentei naclonalidedeano que tange as franquias constitucionais no terreno se!ciai, econômico e lingüístico: participam na vldTtmlltf«através de seus representantes nas Câmaras LeMval?

O sistema tíe governo p conmtuido pela Assembléia Na.SS2& »Sd?n e da RePu,*l<* e o Ministério; Muelâeege o presidente e representa o órgão supremo doS?d?VeS^!*"""1 da Just,«a: ««S e&fêimaM rtPrM"118, para os qua,s foram «leites em1980 903.843 deputados que exercem o poder e a adminiS.tração do Estado das regiões, distritos elocaUdadee^rom «flumHOelí»t0raI é dl5et0 e secret°: ^os os cidadãoscom mais de 18 anos votam e quabuer cldadãn in«T «it.«ÍnPr°deHCan-dldatar-5e para Portos e"M*ffi^B,J!temente da cor, raça. credo ou tempo de residência mPaís, salvo os que perderam os direito- bo'itTen^StvWv5i Aprocesso: em 1960. dos 13,7 milhões d«T haw^nfl. «»ífram 89.2a % dos 9.209.299 eleita^ s ÍLcrltoli^òí^índlStoaconcorrem tnscrevendo-se através das comissões da]heiltSNacional que se compõem de partidos e oreaílz.êíJr?nciais nacionais: em 1959. 57% do. deputaSrWe&Sènacional, eram operários e camponeses S«2?«thS5ítVpropaganda reacionária de que é renrimldo .^SS£uS¦%^'sWti a «tatlstlca ?ie195Tmelava RffiéScia de 6.870 templos, 2.580 capelas e 1440 i*,i, Si i,Sção. atendidos por 5.500 eclesiásticos rlòi *•SisH«& £*."

gozam de todos os direitos políticos; ~ce™°«s e estes

Esta política de verdadeira democracia - ri« mvn «,«o novo - conduzida oelo PnHirtn «ürf ^ ao P?vo P*1*todos os tchecoslovàcM a ner pectíví rSdSl?. *bre "7-%digna e cheia de amor. frate«Waff.^?H'^ uma vl *pectlva do comunismo

uaceimtaae e esperança _ a pers-

Page 5: ^B · seus.bens ao poder público. Em alguns casos, passos concretos já foram dados com esse objetivo. E essa era e è a solução justa em todos .os casos..; Mas o governo do sr.

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Canfo de Páaiagina

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Ê ,.Carnaval

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D» sábado, até qunta-f.lra da pr.uima semana,o'Pai» — e parf.cu armen.te a cidade do R!o de Ja-nçi-o r: será todo C.ur.a-vai. Os tamborins r.t nr&o

! .plr.r.r.tio c as cnbrotshnaS usando por tóih a par-te, dentro da nrlhor tra-d :àò da nos. a fc&ln popu-Irr por cxcccnc.a. O pevor lará nas ruas, no., blccosd» "sujos" e ao redor doscoretos suburbanos, nossciríprc simpáticos clubesdos bairros e ate me-mo nasagremiações mais sofistica-dks, sambando e cxprlmln-rio em forma de samba osseus problemas e o desejode soluções, exaltando oamor e outras belezas davida e lamentando as asru-ras e dificuldades «"• •"-frente.

ESCOIAS

Os desfiles das escolas densmba constituem o pontoalto do Carnaval. São umademonstração vigorosa dearte autêntica e revelam aimpar riqueza d: alma e decriação do' povo. As escolastrazem censigo o sambamais puro e as evoluções deseus passistas e pastorais,mareadas por baterias con-tagiantes, resultam numespetáculo, »»m nenhum fa-vor, deslumbrante.

No Rio o desfile oficial,invariavelmente presencia-do e prestigiado por cente.nas de milhares de pessoas,dá-se na noite de domin-go. Há três desfiles slmul-táneos, u escolas dlvidln-do-st ¦ em três categoriashierárquicas, com as cam-.peis das divisões lnferio-res ascendendo k categoriaimediatamente superior, noano seguinte, e sendo de-clarada campei do Cama-vai a escola classificada emprimeiro lugar no desfilecondderado principal. Asclassificações são determi-nadas por júris constitui-das para tal fim e compôs.tos de artistas, sambistas,figurinistas. críticos de mú-sica, maestros, cronistas erepresentantes do governo.

Algumas dás escolas quese exibem no desfile da pri-meira categoria — o das"grandes escolas", que esteano voltará a realizar-se naavenida Presidente Vargas

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Escolas de Samba: Rimado Carnavale do Povo

— são famosas e amadasem toda a Nação, consti-tuem verdadeiro patrimônioda cultura popular brasilel-ra e são conhecidas cm to-do o mundo. Estão nesse ca-so, principalmente, a Esta-ção Primeira, de Afanjiuetrn,farta e merecidamente de-cantada em prosa e verso, acampeonissima Portela, osAcadêmico io Salgueiro e aImpério Serrano.

PREPARAÇÃO

A apresentação das esco-Ias — de todas — é sistema-ticamente impecável. — p.eis ai um dos motivos porque o veredlto dos júris ja-mais deixou de causar con-trovérsias generalizadas. Üs-sas exibições assim em pon-to de bala custam meses emeses de acurada e dispen-diosa preparação. Ensaiosdiários, à noite, entrandopela madrugada, entre umdia e outro de duro traba-lho, exigindo pesados sacri-ficios dos milhares de com-ponentes de cada escolapara que as cores do pavi-Iháo possam oferecer umcoro magistral de milharesde vozes afinadas, uma ba-teria harmoniosa que deixetoda a gente em desassos-sego, para que os passistaspossam demonstrar sua con-dição de exímios, enfimpara que o conjunto mara-vilhoso possa brilhar maisuma ves. Mas é um sacrlfi-cio que em todos é supera-do pêlo prazer de sambarque acompanha cada cabro-cha, cada sambista autén-tico: quem vai aos ensaiosdas escolas de samba — e¦ão muitos os que vão —sabe que p ar de realizado,ostentado no desfile oficial

por todos os seus partlcipan-tes. é uma constante na ia-ee de cada um deles em to-dos os instantes das evolu-ções preparatórias.

MILHÕES

As escolas de.samba, gló-ia e baluarte do carnavalnesta do povoi, atração tu-listica de primeira ordem,são completamente desassis-tidas pelos governos: náogozam de subvenções e nemrecebem verbas especiais,Vivem das mensalidades doseus associados, de engenho-sas campanhas de finanças,da cobrança de ingressospara os ensaios, das contri-buições espontâneas e sacri-ficadas de seus componen-tes c admiradores. £ seusgastos são imensos: o eus-leio de centenas e centenasde ricas fantasias de bandei-ras e estandartes, de canosalegóricos, do instrumentaldaa baterias, o pagamento afigurinistas, decoradores, es-cultores e oficiais de carpin-taria, as despesas com trans-portes e tantas outras so-mando, no fim de tudo, adezenas de milhões de cru-zeiros.

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Para faser uma idéia: di-reteres da Escola de SambaUnido de Jacarepaguá —cujas cabrochas, passistas,compositores e membros desua formidável bateria llus-trem esta página — direto-res da Escola de SambaUnião dt Jacarepaguá nosdisseram que gaitaram, atéagora, 36 mllhoe» de cruzei-ros para colocar sua tradt-eional t disciplinada agre-miaçâo em condições de sedestacar no grande desfilede domingo na avenida Pre-sldente Vargas. A um escul-tor. para que esculpisse acabeça de Mestre Valentim,o inolvldável artista do povoque será homenageado pelaescola, a União de Jacaré-paguá pagou cinqüenta milcruzeiros. Com a figurinis-ta que desenhou as fanta-sias aquela escola vem dis-pendendo, excluídas as des-pesas obrigatórias, umaquantia de três mil cruzei-ro» diários — táxi para quea modtlta se desloque deCopacabana a Jacarepaguá,para efetuar provas e mo-difleações no andamento deseu trabalho. E todos os diasaparecem despesas novas einsuspeitadas. Como a queterão dt fazer, por força deabsurda decisão do Juizadode menores, com a contra-tação de carros que a noiteinteira fiquem à disposiçãodos desfllantes menores deidade que a escola exibirá.

ENRÍDO

Grande interesse desper-ta no público o enredo es-colhido pelas escolas paradesfilar, ou seja, o temaque motiva as fantasias, oscarros alegóricos e os aam-bas eom que se apresen-tam. Quase sempre os en-redos são bateado» em epi»

«ódios e vultos históricosdas lutas de nosso povo.Ainda está na lembrançade todos, por exemplo, osu-cesso obtido pela ImpérioSerrano em 19S9. quandoapareceu tendo como enrè-do a Inconfidência Minei-ra, exaltando, num bonitosamba do compositor ManoDedo' da Viola, a figurapatriótica de Tlradentes. Osamba é o que dizia assim,no estribilho: "Joaquim Jo-sé/ da Silva Xavier/ Mor-reu a vinte e um de abril/Pela Independência doBrasil/ Foi traído, mas náotraiu Jamais. A Inconfi-déncia de Minas Gerais."

Um du» enrede» mais ex-presstvoi deste »..o seráapresentado pela Escola deSamoa União de Jacarepa-guá. Trata da vida e dacbra f.c Mestre Valentim.VainUim da Fonseca e Sil-va, "artista genlai que ahistória consagrou", autordas esculturas que emoldu-ram hoje o Passeio Público.

Mestre Valentim era fi-lho de uma escrava e nas-ceu em Minas Qerais. Mor-reu aos 75 anos de idade,tendo vivido toda uma exls-tenda de dificuldades e po-breza. Desde cedo manlfes-taram-se em sl o gênio in-

ventivo e um irresistível eftdmlrávil talento de escul-tor, aplicado partirularmcn-te na feitura de movei*:rcllcárlus, cirlals c magni-ficas custódias. r"ol u pivmeiro escultor braMlelro afazer aplicações sóbre o me-tal. Construiu o famoso cha-far.z da Praça 15, hoje napraça da Bandeira. Escul-pin a estátua de Diana, aCaçadora, os verdalôes daIgreja do Carmo, as lámpa-t»as de prata das Igrejas deSuo Bento c Santa Rita.Projetou e realizou as obrasdo Passeio Público.

O samba do enredo que aUnião de Jacarepaguá can-tara é de autoria de Valte-nlr e Cateni, da ala de com-posltorcs da escola, c tem aseguinte letra, numa bonitamelodia:

"Foi Minas Gerais quenos deu/ A glória de um ar-lista mestiço/ Filho de umnobre português ' Que a cs-cultura/ Nosso Brasil con-sagrou/ Mestre Valentim.'Da Fonseca e Silva/ O cria-dor/ De artes brasileiras/De real valor.""Apresentamos obras inior-

tais/ Desde o tempo do Bra-sil colonial/ Chafarizes, es-cultura cm matrizes/ Pas-seio Público.../ Orgulho derenome nacional/ Este artis-ta genial/ Que a históriaconsagrou/ De mérito semfim/ Mestre Valentim".

ESPERANÇAS

t parada dura — como sediz no saboroso linguajarpopular — conquistar a vi-tória nos desfiles das esco-ias de samba. Tanto. nascategorias onde o primeirolugar significa o acesso aoescalão superior como naclasse onde o prêmio nú*mero um eqüivale ao titulode campeã absoluta do car-naval, Não faz multo os Jui-zes do desfile principal ti-veram de outorgar ó troféua quatro competidores: Por-tela. Salgueiro, Mangueira eImpério Serrano, tão lrre-preensivel as quatro apare-ceram. Mesmo assim, saben-do da dureza da competição,mas, por outro lado, confl-ando em seu valor, cada es-cola vai ao desfile cheia deotimismo.

Estivemos no etisoio-oeralda Escola de Samba Uniãode Jacarepaguá. A agremla-ção nio tem Ilusões de con-qulstar primeiro lugar: vaienfrentar em sua faixa nadamenos que as "quatro gran-des" que dividem há muitosanos entre si os títulos má-ximos do carnaval carioca,além de outras seríssimasrivais. Mas os de Jacarepa-guá náo escondem as suaspossibilidades de conseguiruma consagradora quinta,ou mesmo quarta, coloca*ção. Desfilarão com cerca demil e trezentos partlcipan-tes, entre og quais se desta-ca uma impressionante ba-teria de oitenta figuras, co-mandadas por Jorge e porTapete, e asseguram quenunca estiveram tão "afia-dos". Abigall, a porta-estan-darte da escola, com a sualonga experiência de qua-torze anos de desfiles, é dasmais entusiasmadas: querestrear na União (ela per-tencia até o ano passado áImperatriz Leopoldinense, deRamos) com uma vitóriaque a sua classe exuberan-te bem está a merecer.

O Caranaval carioca, festa máxima de noawempre teve muitos Inlmleos, mus nenhum dê es é tio (troaiWUlto a oficialização, ela que (.ira tóta um.. ;.érle de res-.r.eiirs ao carnaval de rua e que, êue r-.o u...-.se ao pontomal* alto, tirando du Avenida t>s escolas Jo -..mbo e até(•ii desfiles das Brandes «ocledailss a dtamndos prcjtitos.Desde que u Avenida foi entro ..:.• ,u ,'jvo, que nela oacarnavalescos fizeram o seu rarnm I; c«te ícra o primeiroano — desde 1000 -- que aquele povo que vín!ia para asescadarias da Biblioteca Nacional esperar paciento t quotadevotamento a passagem dos préstltot náo mala terá áut

prazer, ju que tudo o praier é retirado do povo, negando-tta ele os direitos, mesmo os pequeninos, como tra esse. Oque lucra eom isso o carnaval? A avenida Presidenta Var-gas que será agora inelo menos este ano) o local dttUnadoaos desfiles das escola» de samba e das grandes soeltdtooe.• desprotegida de tudo, ampla demais e naturalmente nelatudo se perdera. Inclusive a beleza das escolas de samba.O que a mim pessoalmente mala espanto é qu» o Dt-parlamento de Turismo faça o que entenda sem qua hajaprotesto, srm que se levante uma só vos contra éle. Aagrandes surledadrs que tiveram um passado táo bonito, dtlutas e de tomada de posição, aceitaram sem um resmungo•pelo menos que aparecesse nas torneis» a retirada dat prét-tujs da avpiikm. Tudo e aceito, serenamente eomo t* i.»

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vosso munido no enrnitvalesco carioca aquela passada »eiade intranslscntc defensor de sua festa máxima.

Em nome da moral iqup moral?) prolbem-se oaniseomo se fôsse. possivc.. com probtçóes. tornar sadlt uma.sociedade corrupta. Mas isso de proibir e de criar toda umaserie de obstáculos aos carnnvnioco?. sempre foi muitodos governo- desde que o earnnvui « carnaval. Só que anti.gamente havia protestos,, o povo se encarregava de der-ruoor proibições c de continuai fazcido o e.t»rhavai s numodo. já que éle é o criador dessa festa. Três dias de dst-vairada alegria para .suavizar os outros dias de luta pelavida. Onde anda a velha fibra dos carnavaleseosl

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ESTUDOS SOCIAIS N* 15

Nat bancai o último núnvero dt rtviila ESTUDOSSOCIAIS, contendo ot seguintes artigos: Editorial — «Um»interpretação das eleições de I9Ó2»; Almlr Motos —«Golpe, imperialismo « democracia»! Mário Alvti — «Aburguesia nacional e a crise brasileira»; Fragmon CtrltsBorges -— «Movimento camponês no nordeste»; RenetoGuimaròss — «Marxismo t desenvolvimento»; Asieist-ria Técnica Parlamentar — «Aspectos econômicos dt pro.duçâo de autovelculos no Brasil»; Manifesto «Pela pasl»,de 1915; lesxek Kolakowski — «oi fim juitlfletm timeios?»

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Tópicos Típicos

Pitlro Sivirine

Náo ando com sorte ultimamente, companheiros.Ontem à noite, por exemplo, fui a uma festa - a afesta nem era de carnaval.Para me distrair um pouco da amolaçáo, peguei a ob-servar os presentes e acabei descobrindo uma criatura «nó-mala. Comentei com um conhecido:

Você Já viu que figura estranha a daquela se.ihorasentada á nossa esquerda?Aquela de óculos?S.Ó que é que ela tem de estranho?E uma velha de bigodes I

Meu amigo se calou, por alguns uv mentos Depois ea»clareceu:E a minha avó.

Tentei corrigir:Você náo entendeu ík ;• wtou me referindo àquelaoutra senhora, mais adiante.

• Ele riu:—: Náo adianta, Pedro. A única velha de bigode u.ut

existe aqui nesta festa é a minha avó.

Hoje de manha, senti que a garganta estava arranhan-do um pouco. Entrei num bar e pedi uma br.üun de limão,para lubrlflcar as amigdalas. O dono do bur -- qu«> eralusitano — serviu-me uma batida de maracujá. Chamei-lhea atenção para o erro:Meu chefe, houve engano; eu pedi limáo e o amigoserviu maracujá.

O homem olhou, impávido, e respondeu:Náo houve engano, não sii: . isso que ai 'ata éuma vatida d'llmáo.Considerei-o cínico e elevei a yoj.Não me venha com historias, luso i maracujá!Bal ber que o amigo é daltónlco..."Daltonlca" é a vovòzlnhalFoi nesse ponto que entrou em cenn uni auxiliar do

português, um laparoto criado à base da vitamina, com deismetros de altura e cento e vinte quilos de ocao Aproxi-mou-se, examinou a batida e concluiu, ,serenamenteINão há dúvida; é limão.Convidado polo gigante a rccon;-i<icrar o meu Julga-mento hesitei por alguns segur.cio.-:, tun- i^abei percebendoque o equivoco era meu. O di.it>u da br. iria era limio, noduro. Confesso que nunca tinha visto tuna baild.-» çlc liniaotâo amarela e com um gosto tao proin.nela.do üe me.r -

cuja. mas estou seguro de que pi , l':,i aio. Está in .iido meu latiu o laparoto parrudo, tjuu nuu ine ciclka nicuUr.

n -¦¦.

\.. 1 . -,

Page 6: ^B · seus.bens ao poder público. Em alguns casos, passos concretos já foram dados com esse objetivo. E essa era e è a solução justa em todos .os casos..; Mas o governo do sr.

— é NOVOS RUMOS Rio do Janeiro, semana d* 22 a 28 do fevereiro do 1963 —

Vitória Democrática Dos"*mr<iám> », ,1 ;.í ...

Estivadores PernambucanosDomingo, dia S, realiza,

ram-se aa eleições para re-novação da diretoria doSindicato dos Estivadores eTrabalhadores em CarvãoMineral do Estado de Per-nambuco, que dirigirá osdestinos da classe até fe-verelro de 1865.

O pleito decorreu numclima de grande Interessee entusiasmo, o a éle con-correram duas chapas:uma encabeçada pelo sr.José Osvaldo Oomes (Cca*Irã»: e outra pelo sr. An-tónio Amaro Batista (Ja-ponès). Nas listas dos vo-tantes constavam 766 asso-ciados cm condições de vo-to. No entanto, terminadas*'s eleições, haviam votado,aprna.- 57b eleitor»-.- ocor-rendo, oois, uma abstençãodr 187 associados "Ceará"obteve 462 sufrágios, en-quanto seu o"o»r.ir reci-beu apenas 104 votos. "Cca-rá" conseguiu assim umaexpressiva malcria de 358votos. Um sufrágio foi anu-lado é 12 surgiram embranco.

Foi eleita a seguinte cha-pr Direto, a — José Os-vaido Gomes, Euclides Ro-drlgues de Moraes- e Lu|lzCarneiro de Oliveira. Melo;suplentes — Daniel Gomesde Santana, José Abílio de

Amiro Vilinlim

Lima e Muvllo José deLima; Representantes noConselho aa Federaçào —Francisco de Assis Ferrei-ra. Antônio Domingos L:nse Otonlet Monte Uma; su.plentes — Wa-U-r Mendesde Lima. Liro Correia deMelo e Colmo Vasconcelos

de Almeida; Couàeili» Fls-cal — José Thomaz Sobrl-nho, Luiz Estanlslau dosSantos e Jcsé Varlindo daCosta; suplentes —. JoàoOdilon Ferres, José Evan-gellsta Simões e ManoelGonçalves da Silva.

ENTUSIASMO*

As eleições foram ençer-radas às 19 horas c, a.s 20,depois da leitura da ata, amesa apuradora iniciou ostrabalhos de apuração. Es-tavam presentes jornalistase autoridades, entre as quaiso delegado regional do Mi-nlstcrlo do Trabalho, sr.Enock Saraiva. Depois deanunciado o resultado fi-nal, consagrando-.se vito-rlo.sa a chapa encabeçadapor Ceará, foi grande oentusiasmo dos presentes.

O candidato derrotado foià tribuna, reconhecendo avitória de Ceará e dosseus companheiros de cha-pa, declarando que, .sem

ódio ou rancor, continua,ria trabalhando pelo en-grandeclmenh da clasBces-tlvadora, cooperando com anova diretoria eleita. Fala-tant ainda, vários orndat es,todos eles dc&tacnndo ascausas que Irvaram os è*,-tivadores a reelegerem"Ceará" para dirigir, pormal< dois anos, a-, de. Unosdaquele sindicato.

REFORCAMENTO DOSINDICATO

Sabemos que os estiva-dores sempre foram umbaluarte du unidade n n slutas rclvlndicatórlas daorla maritima. Mas, aos

.poucos, as atividades de seusindicato vlnham-sc apa-K.indo no cenário do movi-mento operário. O órgãode classe foi dlriildo ai-guns anos por diretores dementalldades estreitas epouco progressistas e, que,sem dúvida, atrasaram cdificultaram o engrandeci-mento da categoria estiva-dora.

José Osvaldo Gomes,(Ceará), ao contrário, du-rante os dois anos em queesteve h frente do sindica-to ergueu o pnstiglr riaclasse perante a opinião,pública. O sindicato dosestivadores, nesse periododa sua administração, vo!-tou à familla unida da fai-xa portuária. Multas rei-

vlndicr.çóes foram conquis-todas. Durante as crisespolíticas, o sindicato dos.crtlvado. cs teve um papeldtv.taru<l(, nu defesa da le-itnIldn-Jr c das liberdadesdemocráticas. Prestou.' soll-darlodiulr a outros setoresprofissionais o aos campo-neses cm luta. O sistemaditatorial, na estiva, foiiilr>ll(l.\ O.i t i.vailore. náolevam mrls i bofetcados na"parede" t •*•• ijo.-om a «crtratados, ir..' dignamentecomo pcaoa humanai '

A grande i^-oria dos es-tlwdcres, I. r .irJo Justiçaá èsses fatos, votou emmassa em C .,' rtn-,h ¦ ¦)que o Sindicato, ao lado daFederação. tor •<• ar» ' . -vas vitórias, A .sua eleiçãofoi uma vitória cfa? hemensprogressistas da rrtlva. '

Observa-se que o policia-llsmo e os dlvfsio t r,: i»- •ram, mais uma vez, frago-ro^amente derrotados, porque náo colntam com oapoio dos estivadores maisesclarecidos e' conscientes.Mas, ancsai de tào grandevitória, os estivadores, rr*"da!ertas contra os uivisionls-tas. comandados por Alva-ro Rodrigues de Brito 'Ga-lo da Campina), que colo-ca sua inteligência a ser-viço dos desagregados daclasse, dos reacionários epoliciais, que tanlo preju-dicam e humilham cs esti-vadores.

Apoiadas peles alunos, pais do alunos e trabalhadores

Professoras do ParanáVenceram no 10? Dia Com"Operação Tartaruga //

Curitiba (Sucursal) —Resultaram inúteis todos osesforços repressivos e divi-sionistas do Governo, eapós uma greve de 10 diasos professores primário dês-te Estado alcançaram con-sagradora vitória. Foramatendidas nas suas prlnci-pais reivindicações abrindocaminho paiu as -metas visa-das por todo o funcionalis-mo estadual.

Foi. a primeira greve deprofessores no Brasil, ma^seu desenvolvimento apre-sentou lances de grandesrecursos táticos, como sedele participassem trabalha-dores altamente experimen-tados em movimentos dessanatureza.

Deflagrada no dia 5 docorrente, 72 horas depois a"operação tarráruga" esta-via consolidada, firme, der-ratadas que foram todas asmanobras governamentaispara asfixiar a parede."Senhores pais de alunos— diziam as professoras nosseus manifestos — não le-vem seus filhos às escolas,até que se concretizem asnossas aspirações."

Tais apelos foram aten-didos não somente pelospais de alunos como, e prin-clpalmente, pelas organiza-çoes sindicais do Estado, quedivulgaram manifestos hi-potecando Integral solida-riedade às mestras.

MESTRASEM ORGANIZAÇÃO

Cinco entidades de pro-fessores lideraram a mani-festação das professoras pa-ranaenses por melhores sa-lários — Associação dosProfessores do Paraná, Sin-dicato dos Professores doParaná, Casa do ProfessorPrimário, União do Profes-•orado Pontagrossense e As-sociação dos Professores doParaná. Coube a essas or-ganizações firmar o docu-mento que ordenou a sus-pensão das aulas, enquantoa uma Comissão Central deGreve ficou atribuído o co-mando das ações táticas, a

arregimentação dos profes-sores em todas as regiõesdo Estado e a coordenaçãodos piquetes, trabalhos depropaganda, campanhas fi-nancelras, de solidariedade,etc.

Deflagrada na têrça-fel-ra, dia 5, na sexta-feira se-guinte a "operação-tartaru-ga" já estava estruturadaem todo o Paraná. Sindica-tos de outras categorias pro-flssion^ls acorreram em au-xlll(.tt\s jovens mestras,ofere^.ido-lhes suas expe-riéncias de luta e contrlbu-indo financeiramente paraa manutenção do movimen-to. Os pais dos alunos tam-bém se integraram na pa-rede, não mandando seusfilhos às escolas.

SOLIDARIEDADEDiariamente, dezenas de

professoras chegavam aCuritiba, para receber ins-trações e trocar experiênciacom siras colegas da Capi-tal. Em Paranaguá, PontaGrossa e Londrina funcio*naram com grande eflclèn-cias os comandos regionaisda greve, enquanto nestacidade localizou-se a Comis-sáo de Comando Geral, cen-tralizando a operação.

Dé todos os municípioschegaram igualmente, ma-nlfestações de solidariedadeestudantil, por Intermédiodos seus grêmios represen-tàtlvos.

As próprias professorasnão suspeitavam que seumovimento alcançasse tama-nha amplitude. Tanto as-sim que, ao receber um do-cumento de solidariedade,assinado por mais de 100lideres sindicais, cópia doque fora enviado ao gover-nador Ney Braga íexigln-do atendimento para a rei-vindicação do professoradoparanaense) uma jovem ebela professora foi presa de

uma crise dç nervos. Cho-rando e rindo ao mesmo

tempo, abraçou-se a umacolega mais idosa, excla-mando:"Meu Deus, como. nós es-tamos importantes!"

Logo no acanhado recintose formava grande movi-mentação, todo mundo que-rendo vêr o documento che-gado. Lágrimas, sorrisos, ex-cl&mações festivas.

O rádio foi ligado, umsamba sintonizado.. Da. ça-ram.

Era apenas o quinto diade greve.AS MEStRAS NAS RUAS

As mestras perceberamque para a vitória do seumovimento havia necessida-de de ganhar o povo. Foramao povo através de alto-fa-lantes montados em auto-móveis, pelas emissoras derádio, por intermédio dosjornais, em passeatas. Nin-guém lhes negou apoio.Mesmo os pasquins absorvi-dos pelas verbas oficiais nãotiveram coragem de repelirseus pedidos de solidarieda-de. No máximo, silenciaramsobre a greve. N'a Assem-bléia Legislativa foi tam-bém grande a recèptivlda-de à "operação-tartaruga",pois os próprios deputadosgovernistas não tiveram co-ragem de se pronunciar os-tensivamente conhw asmestras. Esta ingrata e an-tipática tarefa ficou exclu-si vãmente para os srs Ja-cundlno da Silva Furtado,secretário da Educação,Vespero Mendes, secretário

dos Negócios do Governo, emais dois ou três indivíduosinsensíveis às necessidadesüãs professoras, e ligados aoOovêrno por interesse me-nos nobres.

VITÓRIAFinalmente no di» 15, jáentrando pela madrugada

do dia 16, as professoras sereuniram em sessão da as-semblél'a permanente e acei-taram uma nova propostagovernamental:

' 25 e 20%de aumento, respectlvamen-te, rçara as normalistas e asregentes, com reenquadra-mento automático,

O que ressaltou desse des-fecho foi a amplitude da virtória que deixou de ser ape-

nas das professoras para setornar uma cont,u ia detodo o funcionalismo tota-dual. Isto, porque, no acór-do firmado, ficou decidido•acelerar o atendimento doaumento de. vencimentosdos' "barnabés"; aos quaisserá destinado, para tílstrl-buição equitatlva, o nume-rário que ultrapassar 33 bl-lhões de cruzeiros, receitaprevista do Estado.

No 10.° dia as mestrasestavam extenuadas: esgota-das pela luta, cansadas dasnoites mal dormidas, daspasseatas pelas ruas deCuritiba, das missões que ti-veram de cumprir. Estavamexaustas mas alegres, sa-tisfeitas por terem levadoà derrota o "bom moço"Néy Braga e seus bajulado-res. Lutaram nas ruas, naAssembléia Legislativa, noscorredores do palácio gover-namental. Enfrentaram, in-cluslve, ameaças de violên-cias, que foram repelidafs àaltura. Foram injuriadas ecaluniadas, sofreram morale fisicamente com a intran-sigêncla governamental.

Reagiram, lutando commanifestos, comidos, reuni-ões, discursos, chârges e pa-ródias carnavalescas.

Quando as primeiras lu-zes do dia 16 iluminaramCuritiba, as primeiras pro-fessoras tomavam assentosem trens e ônibus, de re-gresso às su&s escollnhas nointerior do Estado.

Viajaram .cansadas, este-nuadas mas vitoriosas,

Dormiram com um sorri-so nos lábios.

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mmm íabriel passosO sr Fianciscu Mangabôlra, presidente da Petrobrás,

im., ..iou dia 6 último, em Betlm, com a prc.uiça de auto-ri "ades civis e militares, o Inicio das obras de ocnstruçáodi Refinaria "Gabriel Pastos". Na ocasião, foi recepcionadopr uma caravr.na de lideres sindicais da cidade e proísrlutris conferências, duas delas para as classes trabalhadoras,uma no Centro dos choferes e outra na Secretaria de Saúdee Aç i^èncla, ptrmovida pelo IV Congresso Sindical. Em suasconferências, o sr. Francisco Mangabèira defendeu o mo-nopóllo estatal do petróleo e reivindicou a distribuição doederivados de petróleo pela Petrobrás. Os trabalhadores deMinas manifestaram na ocasião seu apoio à política ado-tada pelo presidente da Petrobrás frente à empresa e soli-oarlzaram-se com êle contra a campanha que atualmentelhe é movida por todos os setores da reação. Na foto, a ban-da da Policia Militar executa o Hino Nacional quando dohosteamento das bandeiras brasileira e da Petrobrás no atoda inauguração das obras da refinaria em Betlm.

Delegado violento recebeu o troco

VITORIOSOS OS CAMPONESESDE GUAIRA EM GREVE CONTRAA REBAIXA DE SALÁRIOS

São Paulo, (Da sucursal)— No começo deste mês,trabalhadores agrícolas deGuaira desencadearam lu-ta contra a rebaixa de seussalários, conquistando am-pia vitória.

Os trabalhadores ruraisque prestam serviços ha co-lheita de algodão ganha-vam, em aua maioria, Crf.750,00 por dia. Aproximan-do-se o fim da cdheita.de-cidlram oe fazehdeiros des-tá região diminuir a diáriapara apenas 450,00. Êsse fa-to provocou enorme rcvol-ta entre os assalariados.

PASSEATA

Dlahte da decisão patro-nal. Oi trabalhadore., resol-veram procurar as autórl-dades na cidade para que.solucionassem o problema.Ivfah. de 1000 camponeses,com enxadas às costas ecaldeirões nos mãos, tendoà frente uma faixa, ondesô Ha: "Passeata da Fome",penetraram em Guaira,desfilando pelas ruas cen-.

. trais. Firialmente, realiza-ram concentração diante doedifício - onde se localizama Prefeitura e a CâmaraMunicipal. O prefeito localprocivcu se esquivar dosmantfestarités mas, cerca-do por estes, não teve ou-tra alternativa senão aten-dê-los, ocasião ém que ex-puseram seus problema--, eo qüe desejavam. Impres-sionado com o V u 11, f> damanifestação, o prefeitoresolveu abrir um créditoespecial de 1 milhão, decruzeiros para fovnedmen-to de gêneros de primeira

necessidade aos campone-ses. No debate entre a co-missão de trabalhadores eo prefeito, ficou resolvidoque aquela comissão segui-ria, sem nenhuma, despesade sua parte, para Barre-tos, a fim de tratar do ca-so com o juiz do Trabalhodaquela localidade.- Os responsáveis pelo po-llciaihinto procuraram dis-persar, pela violência,os manifestantes, Contandocom apetrecho bélcoconsiderável — muitos po-Ucials portavam até me-tralhadoras — atacaram amassa, aglomerada pacifi-camente. O próprio delega-do se encarregou de darinicio às violências, dispa-rando o seu revólver. Ata-cada, a massa respondeucomo pôde. O atrabiliáriodelegado foi castigado, re-cebendo tremenda surrados camponeses.

VITORIA

Realizaram-se entendi-mentos entre empregadaé empregadores, em Barre-tos, em reunião presididapelo juiz do Trabalho io-cal. Deles, resultou o se-guinte acordo: pagamentode Cr$ 700,00 por dia a to-do trabalhador adulto, ho-mem ou mulher. Isso re-priseníou uma ou'ra giro-de vitória, pois antes osfa-zendeiros preferiam con-tratar mulheres para rea-llzar o mesmo trabalho queos homens, pagando sala-rio menor. Assim, depois de4 dias dè greve, os camno-neses de Guaira conquista,ram as suas reivindicações.

I

MÀFERSA: Greve Para Resolvera Questão de Uma Vez

BELO HORIZONTE (Dasucursal) —» Oa metalúrgi-eos de Belo Horizonte e daCidade Industrial entrarãoeai greve nos próximos diasdaa» nio seja soludonadoImediatamente o problemada MAFERSA. Segundo oer. Onofrr Martins Barbo-àa, presidente do Sindicato,"há asais de 6 mooos ot em-pregados daquela empresanio recebem e nota-se queav autoridade* estào prote-lando em assinar o contra-te da Companhia Vale dolite Doee. eom e BNDE, sen-do que a eatejjoete nio mais

i, Ae desenhes peta as ne-IVodiflOou am tóssa uo tu

nanciamonto à firma meta-lúrgica já caminham para10 meses .tendo na semana-passada a diretoria do Sindi-cato dos Metalúrgicos esta-do em Brasília cóm o pre-sidente João Goulart. Desseencontro nada de concretoficou acertado, levando osmetalúrgicos a tomaremmedidas para encontraruma soluço. Sabe-se que es-tá sendo articulada, segun-do fomos informados, umagreve geral de todos os me-talúrgicos, já contando a Di-retoria com o aipoio de ou-trás categorias de operários,havendo a possibilidade deuma greve geral pela solu-ção do "Caso Mafersa".

COMEMORAÇÃO E LUTAO Congresso Sindical reu-

nido na semana passada,resolveu comemorar comuma passeata de todos ossindicatos de trabalhadoresda ca-pital, a passagem do"Dia do Trabalho". Repre-sentamos da Liga Femininaestiveram presentes solioi-tando dos sindicatos o apoiopara se efetivar um grandemovimento para combatera carestia. O deputado Sin-vai, Bambirra recordou naocasião as lutas de 3 a 4anos atrás, quando os tra-balhadores conseguiram im-pwiir os aumentos das pas-sagens e do preço do pão.

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^immmtê^BalgUÊmmmV

INSULTO A SOIERMII NAOlOHâLDa carta de René Silva, de Ponta Grossa. Paraná:"Atualmente quase todas as opiniões sào deturpadas,

Incertas e inseguras, Na época em que vivemos nem sem-Pre podemos estabelecer uma opinião profunda sobre fatosque presenciamos e sobre os quais multas veies somos obri-gados a calar, Dai surgir a divlsào entre os esciareddos eus que Ignoram os acontecimentos. Mas, todos, estamoscientes do que se possa hoje no Brasil: a especulação, aexploração e a intervenção ianque em nossos problemas eem nossu pollllca.Náo pudemos dizer que cotamos num regime democrá-lico, como também nuo podemos aíirmar que temos Ubcr-daao. lwi.uinoí) sob. o uominio nortu-americano, sob cujasortiun* tistubettcoinod o emitido e as relações. Estamos comas ntuOá atadas us uoslus.

Como se nuo badetudü uido isso, chegamos ao ponto deaceitar os restos que us noru-uniericanos nos mandam"umljtucumeiue', imp^am "íratcrnalmente", e que, humil-tícmc-ntc-, upanhi.nius uemo caus esfomeados. Até quando,P-iV.uiUu eu, continuara tom situação, íorçando-nos a ri-dicula cena de beijei a inao que nos rouba? Até quandoiicin-jo pjrta.iir éite ubuov que macula a bandeira nacional,insulta a soberania d:> tíru.ái, corrompe os pensamentos edestrui o senso de painoilsmo de nosso povo. - ~.

Náo prcclsamo.i de tal "ajuda" e devemos repeli-la cons-cientemente".

VINGANÇA DE TRUSTEfe ESCAi.h:0 00 UVIFÚNDIO

Também, de Curitiba, Paraná, é o leitor Odélio Ko-valovsiii, que u.:..a dois episódios bem definidores da vidade seu iini..o mm trabalhador, como éle) e do vizinho desua noiva min latiiundlário mlliardàrlo).Conte Odélio:

Meu irmão trabalha, há mais de um ano, na fir-ma General tíltiric, e aind aestá com seus vencimentosuu ruzao de dezenove mil ctu.-:.iros mensais. Éle é casadoe tem duas n.hiulias pequenas, wúo ganhou aumento sóporque lêz um teoie para a empiéou_ ivioblloll: quandoluncionários desta coniijanhia foram pedir informações delena GE esta última o colocou na iisia dos empregados quenao receberiam o aumento gerai. Logo após, a Mobilou,apesar de éle ter obtido ótima co:ocuçuo no teste, resolveunáo admiti-lo.. E isto apenas porque alguns dos diretores dafirma acharam de não ir com a cara dele.

Um rico fazendeiro do norte do Estado reside aqui emCuritiba, em belo palacete próximo a um posto do SESI,onde trabalha minha noiva. O homem náo sabe nem maiso que fazer com tanto dinheiro que tem. Por último deude imitar outro milionário que mora em frente à sua casa;ei como este havia construído um Jardim na parle frontalile sua residência o latiiundlário mandou destruir o muro econstruir uma verdadeira, praça na entrada do paiaceic.Gastou na oparuçao quase oito im.hõcs de cruzeiroa, o queconfessa a todos, vaicioõo e irresponsável.Odélio, por fim", Inoaaa: — Será que em nosso Pais nãotem mais governo? Será que ninguém enxerga contrastesuo eiitantes como esses, e que tenho certeza se repetem em •

todo o território nacional?

LIBERDADE DE IMPRENSANoraldino Souto, de Belo Horizonte, Minas Gerais, dáum exemplo de como funciona a liberdade de impicifeaem seu Estado. Diz:"Aqui em Belo Horizonte surgiu um cronista social detendências naciona.lstas. Escrevia no "Estado de Minas",,o maior jornal das alterosas. Nas suas crônicas vez poroutra falava em Leonel Brizola e em outros assuntos nadado agrado dos diretores da folha, discípulos do velho e car-comido Chateaubriand. Certa feita o cdunlsta redigiu umanota criticando uma atitude antinacional de determi-nado figurão político local. Foi suspenso por um mês desuas funções. Quando voltou a trabalhar deu a seguintenoticia: "nào causou a menor repercussão o lançamento dolivro Vm Engenheiro Brasileiro na Rússia, de autoria dosr John Cotrm". Pois bem: no outro dia amanheceu des-

pedido. <¦.. . •Noraldino Souto — que nos faz várias perguntas, enca-moinadas pjr nós ú sccçuo "Teoria e Prática" — quer apre-sentar por nosso intermédio sua solidariedade ao jornalistademitido.

0 OPERÁRIO "Jamerson Moreira, de São Paulo, pede a transcrição deveráos de sua autoria, dedicados aos operários brasuehus.Eis alguns:

• — Mil lágrimas, mil rancores,eu senti somente em olharde um operário os horrorestriste, magro, a trabalhar.Vem por cima a ingratidãodo febril, triste horário.E dado por usurárlo patrãoum mísero e ruim salário.Sc eles falam da igreja,dizem logo: é sacrilégio.Peço pois que o clero vejaque ser padre é privilégio.Jamais Deus permitiráque o pobre morra de fomeporque morto êle já está.d fome, fome, é o seu nome.

SUGESTÕESDomingos Cociolito, de São Paulo, capital, aplaude a

publicação em nosso jornal do artigo de Claude Tresmom-tant. Marxismo e Cristianismo", iniciativa Já louvada Dorvários outros leitores. Domingos sugere que mandemos im-prlmir o artigo em panfletos, "para distribui-lo ao novoem geral". *Acham°s Que a medida pode ser tentada pelo próprioPor sua vez Menando Poliz, também da capital de SãoPauio sugere a publicação periódica de suplementos, em*formato tabloide contendo seleções dos melhores artigospublicados por NR, de nossos colunistas regulares e de nossoscolaboradores eventuais. »u»au*

MARILIA: GREVE VITORIOSANAS FAZENDASSANTA ROSA E SANTA ÂNGELA

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OCUPANDO TERRASCinqüenta e uma famílias camponesas,

sob a direção da Liga Camponesa de Gua-rabira, ocuparam mais de 110 quadros de50 de terra (aproximadamente 130 hecta-res), na localidade denominada ''Carrasco",no município de Guarablra, Paraíba. Dessaárea ocupada já foram divididos .mais de 85hectares, cujo cultivo vem sendo realizadodesde janeiro de 1962. .O grileiro Assis Mefl-des, que já grilou 480 quadros naquela re-gião, pretendeu desalojar oà camponeses,derrubando a cerca que os mesmos haviamcontraído, objetivando estender a sua cria-çao de gado. Foi repelido pela massa orga-'nizada e a própria policia o obrigou a re-construir a cerca.

A lavoura que floresce na área ocupa-da pelos camponeses já está servindo de ele-

. mento para garantir aos mesmos um em-préstimo solicitado ao Banco do Brasil. AoConselho de Desenvolvimento foi encarai-nhado um abaixo-assinado solicitando aconstrução de uma escola e ao governo es-tadual a construção de uma casa de fari-nha. buscando, ainda, a aquisição de trato-res por Intermédio da Associação Campo-nesa do Carrasco, fundada recentemente eoma ajuda da Liga Camponesa do município CeGuarablra. sob a presidência de dona Mariado Carmo Aqulno. Na foto os camponesesdo "Carrasco" reunidos no dia da 'broca",vendo-se entre eles dona Maria do CarmoAqulno (assinalada na foto).

Nos dias 4 e 8 de feverei-ro, 14 famílias de tarefelrosdas fazendas Santa Rosa cSanta Angela, de proprleda-de do sr.'-'Benjamin Knobel,conseguiram vitória total.Trabalhavam essas famíliasrecebendo Cr$ 1.800,00 porcarpa de mil pés de eafé,importância essa, que nãodava para tirar nemCr$ 200,00 por dia de servi-ço de 10 horas. Reivindica-ram do fazendeiro aumentopara Cr$ 3.000,00 por carpade mil pés. O patrão negou-se a atendê-los, alegundoque os trabalhadores esta-vam ganhando muito. Dian-te da recusa do latifundiário,as 14 famílias entra/am emg.eve e orocuraram imedia-tcmenlç a Associação dosTrabr>'hador,-s Agrícolas deMarilia para orientá-hs. Opresidente da Associação, sr.Orden A. de Moura, e o ad-vogado dos trabalhadores,dr Aniz José Mahrana, In-timaram o fazendeiro a

comparecer na sede da As- "sociação em Marilia parasolucionar o caso. Dessesentendimentos participou opresidente do Sindicato dosTrabalhadores na Alimenta-çao de Marilia que, desdemuito tempo vem auxilian-do muito 03 tiUbalhadoresrurais./,°,„sr- Beniamin Knobelfalsificou a realidade tendoem vista náo atehder as rei-vlndicações dos trabalhado-res. que foi toda desmen. 'tida pelas grevistas. Diantede tal situação e da firmezae unidade dos grevistas, o ;sr. Benjamin resolveu pa- 'gar os Cr$ 3.000,00 por car-pa de mil pés. conforme e::i-giam os trabalhadores. Pa- ¦ia se vingar de sua derrotae da vitória dos ttabalh-- 'dores, o latifundiário d'ç-pensou três dos grevi? scom suas respectivas fai ¦-lias. mas foi obrigado a p —gar as indenizações de acór-do com a lei.

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RUA PRINCIPALAv.nM. jnsn n.ti.t, ., pl° PnuIlsto Q"e "tá comemorando, com

Osasco Festeja PrimeiroAniversário de AutonomiaHâ um ano atrás, em fe-

vereiro, o povo de Osascofestejava a vitoria conquls-toda após anos de lutas:ganhara-se a autonomiamunicipal, a cidade novatinha seus podêres eleitospelo próprio povo, os pro-blemas que eram permanen-tes motivos de aflição te-riam a sua solução condi-clonada ás próprias exlgén-cias da população.Não foi fácil a vitória.Pelo contrário, por diversasocasiões, quando ela pareciaconsumada, os podêres mu-nicipais de Sao Pauio, a ca-pitai, que administravam oentão bairro de Osasco, re-corriam contra a decisãosoberana do povo e venciamna justiça (injustamente),impedindo que se concreti-assem os anseios populares.NECESSIDADE

Dizem os moradores dcOsasco que os fatos da vidaobrigaram-nos a ir à luto.Iramos um bairro relegadoao esquecimento. A prefel-tura da capital de milhõesde habitantes olhava-nos adistância. E. por causa dis-so só recebíamos as mlga-

lhas das verbas municipais,quanuo navia. Os piob.eniascomuns da vida ao pauus-tano tf ai ia de luz, esgoto,auua, saneamento, paviuien-t..caü de ruas, escolas, etc),eram vividos pelo povo deOsasco com mais agruras. Obairro, relegado ao esqueci-mento, carecia dc toous osmelhoramentos, de qualqueriniciativa visando a uioa-nizaçao. Enadanto, Osascocolaborava com uma parcelanada desprezível para as fi-nança.1 municipais.— Se nós contribuímos,por que hão usufruímos osproventos de nosso "co.abo-ração" para a grandeza deSão Pauio?

si, veio a autonomia.

PROGRESSOSA nova administração pro-curou, segundo dizem, ata-

car alguns problemas maisagudos do novo município.Trabalhou-se no sentido daurbanização. Mas, ainda sãomultas as reivindicações dosmoradores de Osasco quenão foram atendidas.

Há queixas, nesse sentido,de algumas autoridades, emrelação á falta de apoio dos

SAUDAÇÃO AO POVOl

O Sindicato dos Trabalhadoras na Indús-

trio da Construção Civil dt São Paulo saúda o

povo dt Osasco, os trabalhadores na construção

civil t os trabalhadores em geral por motivo da

passagem do I9 aniversário da Autonomia do

município, conquistada após anos dt lutas.

Tf

João Louzada, presidente

ANIVERSÁRIO DE OSASCOO Deposito Torres, por ocasião da passa-

gem do 1* aniversário da omancipação política

dt Osasco, cumprimenta o povo laborioso dôste

novo município paulista desejando anos de pro-

grosso o felicidade.

DEPÓSITO TORRESEstrada da Hu, II181

SAUDAÇÃO AO POVO

O Sindicato dos Trabalhadores nas indús-

frias do Carnes o Derivadas t do Frio dt S. Paulo,cumprimenta o povo de Osasco o os trabalhado-

res em geral pelo transcurso do primeiro aniver-

sário de sua Autonomia, assim como manifesta

irrestrita solidariedade a Egrégia Câmara Muni-

cipal pelo requerimento 772/C/62, que trata de

encampação de Frigorífico Wilson do Brasil S.A.

A Diretoria

podêres federal e estadualno sentido de promoverem adotação de verbas como, porexchipio, para a educação.k deficiente o serviço deassistência à maternidade eà iniãncia. Também háâueixas

em relação à faltae verbas para a amplia-

ção de rédt de esgotos, prin-clpalmente para os bairrosperiféricos do município.

O OUE E OSASCOO mais novo município

paulífca tem uma área deaproximadamente 250 quilo-metros quadrados. Sua po-pulaçào é de 130000 habl-tantos, uma grande percen-tagem composta de opera,rios. Possui 200 clubes espor-tivos e recreativos, nele es-tão Instalados 150 estobele-cimenta, industriais, algunsabrigando mais de 1000 ope-rários. 3eu centro comercialpossui mais de duas mil Io-jas e nele estão instaladasagências de 8 estabeleci-mentos bancários, da CaixaEconômica Federal e daCaixa Econômica Estadual.

O município tem ainda umclube de campo, cartóriode Registro Cível e Tabelião,mercado municipal, coope-ratlva de consumo, 6 em-presas de ônibus, 2 hospl-

-tais. Circulam na cidade doisjornais: Oateta de Osasco e

rDidrto da Osasco.Liga-se com Sio Paulo porEstrada de Ferro e pelas ro-

dovias Raposo Tavares e An-chleta, e pela Estrada de Itu,todas pavimentadas.OS TELEFONES

Depois da autonomia, oserviço de telefones (ex-piorado pela CTB), sofreuestúpida majoração de tari-fas, Injustificável tendo emvista que antes disso o mes-nio serviço custava muitomenos. Diante da crise sus-citada, nela ação dos verea-dores, foi aprovado projetode autoria do edil AlfredoThomás, criando a Compa-nhla Telefônica Municipal,de propriedade do Munici-pio, que o prefeito saneio-nou. A experiência de Osas-co, nesse sentido, é lição pa-ra muitos municípios brasl-ros que estão às voltascom o problema dos to'e.fones.

Os advogados

Dr. Álvaro TerrasoDr. Júlio Lassam

Congratulam-se como povo de Osasco, napassagem do primei-ro aniversário de sua

EMANCIPAÇÃO

Av. João Batista, 330— sala 11

MUNICÍPIO DEOSASCO

SALVEOSASCO

CIPROPAR S/A saúdao povo dt Osasco tseus clitntes por mo-tivo do transcurso doV aniversário daEmancipação Políticado Município.

ESTRADA DE ITU,11787

AUMENTO DE 500NA PASSAGEMPARA O INFERNO

V.

Reportai em de Drtfo Soaras Cardoso

"Patrão, o trem atrasou,porisso estou chegando ago-ra", era justificativa que umtrabalhador antigamente po-deria dar, exibindo o ceie-bre "memorando da cen-trai". Agora-, Isto terminou.Mas oa atrasos continuam,cada ves maiores, o. queconstitui um sério desfalqueao orçamento dos que saoobrigados a utilizar-se detrens, pois sofrem o descoreto do dia e o repouso remu-nerado. Se calcularmos oprejuízo médio diário de umtrabalhador em consequên-ela desses descontos poratraso de condução, veremosque a passagem dos trensnão sal tão barata rnmo éapregoado.

Conforme foi noticiado,pretende-se aumentar as ta-rifas para 14 e 20 cruzeiros,circulando versões, por ou-tro lado, de que o ministroda Viação tende- a fixar apassagem no máximo de 10cruzeiros.

Mas será justo esse au-mento, dentro du atuaiscondições oferecidas pelaRede Ferroviária Federalaos seus usuários?

A ESPERA 00 TREM

Antes de qualquer aumen-to, deverão ser corrigidas asgraves deficiências que apre-sentam o transporte ferro-viário, no percurso urbano.Há uma completa falta derespeito à vida dos passa-geiros, que viajam sjm con-.dleoss piorei que o gadotransportado para o corte.V preciso que se utUise dostrens diariamente o — comoé obrigado a f aser o repor-tor — para sentir.os horro-res, os sofrimentos, as an-gústlas, as contusões, e atémesmo a morto violenta quesão espetáculos comuns.

Dorme-se menos na ten-tatlva de chegar ao traba-lho no horário. Citemos oexemplo o* quem mora emNllôpolls, ramal de NovaIguaçu. Chega-se á platafor-ma ás 6 horas, na doce ilu-são de iniciar o trabalho ás7,30 ou ás S horas, na Qua-nabara. O passageiro sofreentão a primeira desilusão:triste,- vé a plataforma re-pleta e tem noticia de que otrem está atrasado. Até quechega uma composição comseis carros, já superlotados,com plngentes de todos oslados. Alguns se penduramnas Janelas, nas portas doslados. Mas a maioria fica.Passam mais dois trens, to-dos repletos, todos eom ape-nas três vagões, até quechega uma composição com

nove carros, que já propiciao embarque a um númeromaior de passageiros.

Mas já é então multo tar-de, A maioria Jà perdeu ahora de Iniciar o trabalho.Aa vises fica-se 45 minutos,una hora, tem que chegueum irem, sem qualquer sa-tlsfaçâo tos passageiros,cujo único direito é esperar,sem saber até quando.A VTAOtM I UM INHRNO

Entra-se no. trem de qual-quer maneira, mais empur-rado pelo rojão de passa-geiros do que pelos seuspróprios pés, e passa-se asofrer uma terrível pre*-são, da qual escapam ape*nas os mais altos, porqueos baixos ainda sofrem apressão de cima para bai-xo. No Interior dos trens ocalor é Insuportável. Namaioria daa vetes, viajamoscom os ventiladores desll-gados, fazendo supor umverdadeiro sadismo dos res-ponsáveis. Km cada estaçãoque para o trem, mais viu-mas entram para sofrer eomoa que já vêm de mais lpn-ge, eomo se todos fossemuns condenados a entrar nobarco de Caronte e seguirinferno a dentro ato a ga-

. re Pedro II. As roupas fi-cam completamente molha-das de suor quando nio siorasgadas pelo esforço parapenetrar um ou dois .metrosno barco do Inferno. De vesem quando sei uma briga,outro passe. mal. viajamdoentes e sãos nom apertosem medida, numa promis-cuidado horrorosa. Miobastando Isso, os trens deDeodoro à Central parammais vezes do que os trensparadores, levando geral-mente 1 hora e mais de NI-lópolis á Central. Os trensexpressos, vindos do In-terior com a preferênciaque tem sobre os trens depassageiros suburbanos, sãotambém uma das causasdesses atrasos. A volta ànoite nâo muda em nada aviagem da manhã, senãoque é acrescida de maioranarquia na própria Qare.Na maioria das vetes ficamdois trens na plataforma,.lotados de 'passageiros, au-portando um calor Infernal.passa-se a hora do tremsair e ficam os dois trensna plataforma durante 10. >IS e mais minutos, sem uma'satisfação, sem uma solu-çio dos administradores daCentral. De repente surgeuma vot fanhosa atravésdos auto-falantos que já de-veriam ser substituídos poroutros um pouco melhores,mais possante avisando

que o trem tal da platafor-ma t linha O. está com dr-feito e que sairá o da li-nha II. Outras vezes, há lo-go depois a salda do primei-.ro trem para o abrigo, um-segundo aviso de que o ou-tro trem também está en-gulçado e que devemos es-perar o terceiro. Dai mui-tu véses a irritação do po-vo contra esse abuso, essedesrespeito, essa anarquiaadministrativa, depredaçãode trens e de estações, comresposta imediata dos res-ponsáveis lançando a poli*cia com eaeetetes e gás la-erimogêneo contra suu vi-Umas Irritadas por tantosofrimento.

MAIS PASSAOMOSNão há exceção. Oa trens

de menor percurso, tanto oDeodoro como o Madurelraque deveriam ser mais regu-lares, nio o são, e o povosofre os mesmos horroresdos trens de longo percur-so, apenas tendo a sorte desofrer durante menos tempopor ser sua viagem maiscurta. O pior de tudo é queos preços du passagens dosônibus e lotações tornam-secada ves mais altos e crês-ce o número de passageirosdos trens, que deve seratualmente.da ordem de ummilhão, diariamente.

Há talvea pouco mais dedois meses, segundo noti-cias de Jornais, o sr. Héliode Almeida, na qualidadede ministro da Viação, fésuma "longa" viagem ao En-genho de Dentro, para sen-tir de perto o sofrimento dospassageiros dos trens aaCentral do Brasil, isso pelamanhã, partindo da garePedro n. Ora, uma viagemKla

manhã ao Engenho de«tro no trem parador n.°10, é um paraíso, só nâosenta quem nio quer, Para

conhecer bem de perto oque é o sofrimento do povoque se transporta nos trenssuburbanos. í preciso te dis-por a apanhar um trem nagare Pedro II entre 17 e1» horu. Nio se precisa iralém de Nllôpolls ou CampoOrande. E pela manhã, en-tre • e 7,30 horu em Nlló-polis. Ver-se-á então, comopeuou são jogadas de qual-quer maneira para dentrodos trens, como outras tan-tos pulam pelas Janelas nu-ma verdadeira acrobacta.como outros, principalmentejovens, penduram-se dequalquer forma nos engates,nas portos e Janelas e, poruso mesmo, morrem de vezem quando dois, três e maispor semana, quando nãodiariamente. Como aumen-tar as tarifas sem primeiromoralizar, organizar e dls-ctplinar com firmeza os ho-rários dos trens?

BARATO SAI CAROVárias estações de rádio

vém, em comentário, defen-dendo o aumento das tarifasdos trens de subúrbio,achando que é ridículo opreço de dois cruzeiros pelapassagem de trem. Vamosfazer um rápido exame dês-se ridículo: um operário nãoqualificado, ganhando o sa-Iário mínimo diário de 700cruseiros, perde na melhordas hipóteses, 1 dia por se-mana o que representa doisdias pela perda do domingo

remunerado, num total drl .400 cruzeiros. Divididos por(> iIUs úteij, dc tiubalhii porsemana, .essa Importúnriasignifico que o upernilp pn-rou as passagens no pinode 233 cruzeiros. Se o uperu-rio ganhar 1.000 cruzeirosdiários, com n mesma perdade um dia. a passagem fica-rá avaliada Cm 333 cruzrl-ros. Temos de levar em eon-ta que milhares e milharesdc trabalhadores perdemmultas vezes ate 8 dias du-rante o mès. Quem paga és-se terrível prejuízo.* ComoJa assinalamos, acabou o"Memorandum". Hoje e per-da de dia e domingo remu-nerado. Multipliquemos Issopor mrs e por ano e vejamosns enormes prejuízos que aCentral do Brasu causa, pcusua desorganização, aos tra*balhadores e ao povo. assimcomo á indústria da Ouana-nabara que forçosamente te-

r"v K' Iikio aumentar ru ta-rif.i» dn.-. trens sem primeiro••urrj-tr fisa» deficiência*?MEDIDAS PARA MELHORAR

Algumas medidas podem•¦cr sugeriria* á KM* paraminorai u sofrimento riospassageiros;

- Intensificar * recupe-ração dos trens a fim de su-montar o número do carro»nn cada composição que nashoras do "rush" pela manhãe a noite devem ser todosde'9 movei «-urros. Nflo **¦bemos porque, depois do"rush", trafegam trens de 9carros.

¦ Pela manha e k noite,nas horas de maior movi-mento, cessar com a piffe-róncla, (pie reputamos an-surda-, aos trens expressosdo Interior e ans carguei-ros. A preferencia deve ler

'ú&mmumtf$¦tfviÈuw¦J$$3m

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rá de produzir multo menoscom as faltas de seus opera-rios ao serviço, motivadaspelos permanentes atrasosdos trens suburbanos. Serájusto o aumento das tarifasdos trens suburbanos semsérias e enérgicas modifica-ções na administração daCentral do Brasil V

O serviço de manutençãona Central do Brasil é o piorpossível. Um trem não de-veria encostai; na platafor-ma de partida sem estar cmcondições de fazer a viagemde Ida e volta. Mas isso nâoacontece. Muitas vezes, otrem parte r- a duzentos me-tros enguiça. Outro, commuito custo chega ao Enge-nho de Dentro enguiçado elarga os passageiros. Nãosão poucas as vezes em queo motorista chega para par-tir com o trem e o encontra-em situação tâo precária aponto de ser recolhido aoabrigo. Em certas ocasiões, otrem fica parado sem poderprosseguir vingóm por dofei-to no sinal. Basta cair umachuva mais forte para quesurja defeito du haja que-da da rede. Isso mostra evi-dentemente que há umagrande deficiência no servi-ço de manutenção e conser-vaeao na Central do Brasil,Quem sofre o.s efeitos dessadeficiência são os passagei-

para os trens de passagei-ros dos subúrbios da Guana»bara e do Estado de Rh». -

3 — Aumentar o númerode trens que partem pelamanha diretamente de No-va Iguaçu e Nllôpolls. entre.*> a 7 horas. Municípios bas-tanlp populosos em quemuitos dc seus habitantestrabalham na Guanabara.

i -i Organizar' o serviçode manutenção e conserva-ção para que cessem os en-gulçós constantes dc trens,defeitos e quedas de rédea.

—', Organizar um bomserviço de comunicações en-tre as diversas estações eque sejam os agentes obriga-dos a Informar imediata-mente os passageiros dosfatos.

— Que, em vez de"slogan" como havia há ai-Rum tempo nos trens com osseguintes dlzeres :"Não via-jo como plngente, há semprelugar para mais um", to-mem medidas rigorosas pa-ra que seja disciplinado erespeitado o horário dostrens.

Só assim acréditanios queo povo possa aceitar semprotesto mais um aumentodentre os muitos que vemsofrendo no dia- a dia

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A Comprada Bondand Share

| — Segundo o ministro dn Fazenda. San Tiago Dantas,estão sendo concluídos entendlme-ilos entre o governobrasileiro e a Bond und Share para a compra do acervodessa companhia no Brasil.

De acordo com as noticias de fontes oficiosas, divui-gsdas pelos Jornais, o montante da operação atingiria 200milhões, de dólares, sendo 135 milhões correspondentes ácompra dos bens. 43 milhões para o pagamento de umadivida da companhia junto ao Banco Inter-Americano deDesenvolvimento «BIDi e o restante referente a juros de K - Em terceiro lugar, o pagamento realizado naoueWscapital e dividendos do exercido de 1962. 10% do valor.

™ condições Importará en sobreca¦«non,2,da compra seriam pagos imediatamente, a titulo de entra- cambiai nn" ¦>*(« SÍL?."..f2?"c." BA."Io._oi5a.ment0

da, e o restante em 15 anos. 75% do total seriam relnves-i/o°üf22 BraíU' em outra" •ndt"trl»»* (Jornal do Brasil, de3/2/1803).

geira. Esta enorme soma será transferida dos cofres pú-pllcos para as mãos de um nonopólio est.angelro, Ondeira produzir lucros que serão remetidos para o exteriorDeveria ser empregada na construção de novas usinas Re-radoras para atender à demanda crescente dc energiaelétrica Assim, aumentaria o papel do Estado no setor deenergia, sem imobilizar recursos públicos cm usinas eequipamentos antiquados. ;' '

2 — O governo do sr. João Goulart procura apresentar amedida como "nacionalista". Agora que se trata denacionalizar as empresas de serviços públicos, afastandoo capital estrangeiro de um setor fundamental para a eco-nomia do-pais. Na realidade, porém, trata-se de uma ope-ração profundamente contrária aos Interesses nacionais,de ura verdadeiro ato de capitulação diante do imperia-lismo.

J — Em primeiro lugar, trata-se de empresas concessio-nárias de serviços públicos, que devem ser encam-

padas e nao compradas, o Poder concedente pode realizara encampação, por meios rigorosamente legais, quando háinfração dos contratos. A encampação deve ser feita legal-mente, como ocorreu, no Rio Orande do Sul, devendo serprocedido o tombamento físico e contábil dos bens d"asempresas. Dò montante da indenização devem ser descon-tadas parcelas referentes à depreciação dos bens. aos lucrosremetidos ilegalmente, etc. A encampação, nestes termos,e Inteiramente legal mesmo no caso das empresas cujoscontratos continuam em vigor. Mas, como se sabe, váriasdas subsidiárias da Bond and Share estão com os con-tratos já caducos ou prestes a caducar.4 — Em segundo lugar, não se Justifica de modo algum-«- qHe.° 8°vérn°. na situação atual do pais, empregue200 milhões de dólares (maia de 100 bilhões de cruzeiros)na compra do acervo obsoleto dessa companhia estran-

™mi,r.7T , i LH j " «uuifca ga no orçamentocambiai do pais, apesar das alegações em contrário oorparte do governo. O maior gasto de divisas não ocorreráapenas com o pagamento da entrada e Hes amort'7""--^previstas, mas também pelo fato de que 75% do montante«tnrCo0mR™ ?.era •T,nvesU<*°. Pela Bond and S.iure cmsetores lucrativos de nossa economia. Êste capital conti-nuara por tempo indefinido a gerar lucros que ssr£• re-£l!«0S Mra ° exterior- agravando ó desequilíbrio de nossanh»£Ç\,de)iPagameníos- Ass,m- ° Bovêrnd transforma di-nheiro brasileiro em lucros de um truste estrangeiro.

J - Em quarto lugar, trata-se dè uma negociata escan-<,« »„t«aJ.°inarf!m í?-vorJíle UP monopólio americano, porqueas autoridades estão dispostas a concluir os entendimentosno que se refere ao preço da operação sem realizar umenm^ennt0./ÍS,C0 e contab11 rl*°ros° *» »eS i serem£3ad0s- Alegam °-ue ° tombamento durará vários ano"quando se sabe que e possível realizá-lo em muito menos&0. Alem dsso-Por «me há tanta pressa agora em reulizar a operação de compra? .• *

| - Na realidade êste ato do governo atual é mais umlance da política dc conciliação da burguesia na-io-St^ • -- S-donaí-* ~

il21'!!1,s de servi?os Públ*c°s estão com os seuse nàotPZ™,i,?P geraK fundamente desgastadosen^a q»iatru„ reallzar, novos investimentos no setor dè™* e.letrica e serviços urtonos para não diminuir aremessa de lucros. Com o desenvolvimento do pais crescea exigência de ampliação e melhoria destes serviços. Além

disto, os contratos estão prestes a terminar, ou já venci-S2?.\.» * z'Jsteií fatoícs pressionam no sentido da nacio-naiizaçào desses serviços através da encampação.

0 — A fim de evitar a encampação pura e simples, nosOr«nH- X ,em q,ue foi reali*^**a Pelo governo do Riourande do Sul e pela qual se batem as forças nucionalú-L ».e-P°»pu,ares' -maginam os trustes uma fórmula segundof»nqJí.. *ran?íerejn o seu acervo desvalorizado ao governo,JelnSr0 elCVa.das indeniza<?oes e ainda com o direito dehÚU aJ*. ° capital reciiP2*"ado em setores altamente lucra-iivos de nossa economia.

|Q — Esta fórmula entregulsta vem sendo estudada hámulto tempo entre o governo brasileiro e o norte-americano. Quando o sr. João.Goulart esteve nos EstadosUnidos, em abrir do ano passado, êste foi um dos pontosprincipais dos entendimentos com Kennedy. A declaraçãoconjunta sobre as conversações entre Goulart e Kennedydiz em certo trecho: "O presidente do Brasil manifestoua intenção de seu governo de manter condições de segu-rança, que permitirão ao capital privado desempenhar oseu papel vital no desenvolvimento da economia brasileira.O presidente.do Brasil declarou que nos entendimentoscom as companhias, para, a transferência das empresasde serviço'publico psra a propriedade do Brasil, será man-X.-?,.0 Pr*ncíP*° *•» Justa compensação, com reinvesti-mento em outros setores importantes para o desenvolvi-mento econômico do Brasil O presidente Kennedy mani-ISSSÍ. Brande interesse por esta orientação" (íntegra dadeclaração conjunta no Jornal do Brasil, de 5/4/1962».

11 — Como a encampação dessas empresas tende a pro-vocar o agravamento das contradições com o im-peiiallsmo, o governo trata de encontrar uma solução con-íilladora, que fere' profundamente os interesses nacionais.Foi o que confessou o sr. João Goulart em seu discursodiante do Congresso dos Estados Unidos: "Em matériade serviços de utilidade pública, há certas áreas de atritoque convém eliminar, tanto mais quanto, por um fenó-meno natural, além de Incompreensões entre poder con-cedente e concessionários, não raro geram equívocos entrepaíses amigos" (Jornal do Brasil, de 5/4/621.

12 ~ Esta solução é contrária aos interesses nacionais,porque náo suprime um foco de espoliação l.npe-nalista em nossa economia, mas apenas transfer: éatc focoae um ;=ctoi para outro. Os investimentos iniperiali3t?sfao removidos de un setor como o dc serviços públicosonde sao considerados "Impopulares" c Cstãó súbitos àencampação. pa:*a outros setores, como a indústria manu-íaturelra, onde se sentem mais seguras.

|3 — Ao acsltar essa fórmula, o governo brasileiro capl-tulou vergonhosamente diante das imposições nor-te-americanas expressas no Artigo 6 do "Poreign Aid Act"tLei de Ajuda ao Extèrion, votado recentemente pelo Con-gresso dos Estados Unidos. Segundo aquele artigo, o go-vêrno . norte-americano deverá suspender a "assistência"que estiver sendo prestada a qualquer pais, quando nestepais for realizada a nacionalização de alguma empresanorte-americana. Há poucos dias, esta lei foi aplicada aoCeilao. sendo suspensa toda a "ajuda" norte-americanapor ter o governo cingalès nacionalizado algumas em-presas petrolíferas. O governo brasileiro pretende, com acompra da Bond and Share no Brasil, evitar medidasde nacionalização que poderiam criar dificuldades para aobtenção dos novos financiamentos ianques previstos no

|4 — A luta contra a compra do acervo da Bond and„,„,;• S1larc Po?? c deve adquirir o caráter dc um amplomovimento de todas as forças nacionalistas e democrá-tiras. O deputado. Leonel Brizola já denunciou o sentidoantinacional dessa medida. A cia se opõem tanbém nume--í°nr°PLdfPrUtad0s da F,l-e,-te Parlamentar NacStá™ffiHtaram suas objeçoes ao ministro San Tiago Dantas.mouele, rffiv^ dc $VÍest0 podem ser organizadosSaq»r5?JFstadu? ontlea Bond and share possui empresasSn ,mmM,f0!' toc,as convertidas cm material oteo-' 81 vencer C°m M contral0s vencidos ou prestes

15 — Uma grande campanha nacional pode obrigar o go-vêrno a recuar nos seus propósitos, levar ao fra-casso as negociações e, com isto, agravar as contradiçõescom o imperialismo ianonp e contribuir para o avanço daluta antiimpenalista.

Caso doEmpréstimo

HORA DE ENCAMPAR

a IT&TI — O governo do Ko Orando do Sul encampou a CTN

(Cia. Telefônica Nacloiml), subsidiária da IT&T, emvista dos péssimos serviços que prestava e por terem fal-tado seus dirigentes a compromissos assumidos. A encam-pação foi feita sm processo regular, de acordo com as leise mediante autoridade do Poder Judiciário.

f —• Uma* comissão arbitrai; incluindo representantes daCTN, havia fixado em cerca de Orf 1.300.000.000,00 o

valor dos bens da empresa. Para efeito de encampação,o governo gaúcho propôs ao Poder Judiciário fossem dedu-. zidos daquele;valor os montantes correspondentes aos ma-terlals doados pela população ao serviço, às indenizaçõesdo pessoal e á obsolêneia dos equipamentos.

3 — 0 governo tomou posse dos bens da empresa pormandado judiciário, que fixou o depósito prévio era

Cr$ 149.758.000,00. A encampação é um direito do PoderPúblico concedente e tornou-se um fato. A única questãopendente é a fixação pelo Poder Judiciário do montantedefinitivo da indenização. E isto depende de processo quetramita regularmente na Justiça.J — Diante dos protestos surgidos por parte da IT&T, nos

Estados Unidos, o governo norte-americano passou ainterferir na questão. Numa reunião realizada no Itama-rati, o embaixador Lincoln Gordon disse que o problemadeveria ser resolvido por arbitragem internacional, e nãojudicialmente, porque o Poder Judiciário brasileiro, era,para êle, parta na questão.K — Recentemente, em dezembro de 1962/janeiro de 1963,

o governo federal resolveu conceder, por ihtermè»dio do Banco do Brasil, um empréstimo de CrÇ 1.300.000.000,00

à, Standard Eletric, Indústria subsidiária da IT&T. Segun-ao nota oficial do ex-governador Brlzola, Isto foi notificadoao governo gaúcho por intermédio do Banco do Brasil.5 — Em sua nota (Jornal do Brasil de 27/1/63) diz Bri-macãn rtJ 2° ?ovérno SSidao foi dada, ainda, a infor-a rinr ,,««que, e-se empréstimo excepcional destinava-sea aar uma solução provisória ao caso tíá èríp*mS?S"?!i • vCompanhia. Telefônica Nacional, em face da intranst»"'«P^W assumida pelo governo dos tíUat o. ,necnHflpl2U ao POI?to .de condicionar todas e quaisquerÍSffH^0!1?1.00-financeiras eom o Brasil áo prévioresguardo dos interesses da IT&T". ¦:-

7 — Em nota divulgada pela imprensa (Jornal do Brasil21/1/63), o ministro da Fazenda procura desmentirque o empréstimo seja uma indenização antecipada, mastermina por confirma-lo.

k«cno^ota dlz que "a* negociações entre as autoridadesbrasileiras e os representantes da IT&T, concluídas atravésd^n^an^i° d0 ^ras11, ,nao 'mportaram em pagamento ante-cipado de qualquer indenização pelos bens da Cia. Tele-ãZ, Hacioiial«de ?°*ía 5l6,gn> desapropriados pelo go»verno do Rio Grande do Sul. O ato do referido governoío^ como nao podia deixar de. ser, integralmente respel-tado e a indenização devida, na .forma das leis brasileiras,~rtní-que V,er.a rer í,xada Pelos Tribunais compTtentesperante os quais se processa a desaproprlação"rDepolsdar?ElQtri,

°,emft° industrial Concedido à Stan-dard Eletric S/A, já liberado, destina-se a investimentoinat«mC2i^t?leÍ0nes' apa.relhos de radl° e teleSão «

ín f, em- Reral -que ps,a flrma está cons-trumdo no Rio dc Janeiro, e a indenização que venha a ser

¦v .;;Míí ii^^::ív:v;:' awWM mmms%. - ¦ ^*ssOr^B« ^1' <;í-.Si;í3'?sííf^isáíÉS"i;:5^ »¦ B **^ bVh

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Ül PB m. ^1 WL &JÊ máâm wL. mF3 m •mm K.ST*«A" ^M mmmm^aWfmMummmÁ\m mk\ V>'nM Kiijaft .

P9H—9h"i im ir ¦ ijii ' 1WM1 WÊÊÊm ° 4r-^ -»**»»7-*-**»»»*»»»*»»*»*«»»«»*»***»**»«<v-.-^^^^ . Mif^m^g^mjg^mmjm^. '-^^S.P«fa à CTN, no Rio Grande do Sul, será aplicada em seureembolso ou amortização".-...,.ILeconnece a nota °-ue a "Standard Eletric é una sub-sidlarla da IT&T, estabelecida no Rio de Janeiro há cèrcude 35 anos ..

~ A*5im> o ministro da Fazenda admite que "a inde-h« n.iS2 que„venha a ser paga à CTN, no Rio Grande°mn!-iii^»aíaPllcad,a 2° r«*n**'°lso ou amortização doempréstimo feito; pelo Banco do Brasil à Standard E"c-tric que e subsidiária da IT&T. Note-se a coincidência'entree o valor da Indenização pretendida pela IT&T.

- Náo é válida a alegação de que se trataria de umempréstimo e não de pagamento de uma indeniza-ção ja que o empréstimo terá de ser reembolsado ao Ban-co do Brasil.O empréstimo á Standard Eletric — como diz o ex-eo-vernador Brlzola em sua nota - "é uma verdadeira doa-çao , porque o prazo é de 8 anos, a juros de 12% ao ano.Com a desvalorização da moeda, dentro de pouco tempoas amortizações e os juros representarão uma pequenaparcela do montante do empréstimo, em termos reais.

|Q — O fato de que se trata da solução dò caso da IT&Tno Rio Grande do Sul é confirmado pelo presi-dente da IT&T nos Estados Unidas, H. S. Geneen. Segun-do telegrama da UPI (O Estado de São Paulo, 2/2/63), êledeclarou que "o ajuste a que se chegou na encampaçãodos bens dessa empresa pelo Estado do Rio Grande do

Sul constitui uma demomtração do.esforço realizado porno.nens de boa vontade oue atuaram iuntos cm situação

difícil... Isto foi alcançado mediante a compreensão éesireita coope.açáo do governo brasileiro e do Douarta-mento de Estado Norte-Americano .. Em virtude dos ter-anU-^.nn''^.?*"?1801,10- Ta p*drte da soma totaI «rã« „r ."? ?r.asltL ISS0 nos da a oportunidade de expandiro nosso estabelecimento, a Standard E!etric. S/A, que vemluncionando no Rio dc Janeiro há 35 anos!

11 — O sr. João Goulart tentou confundir os tr«L«lU-dores, quando disse aos representantes do CGT?m.5rasll,a o-"01 "N"° s»? tl'ata- então, pròoriamente. daIT&T. Trata-se de uma subsidiária. E' outra empresa ligadaa um grupo que opera na indústria de material- elétricoRealmente, o empréstimo .foi feito à Standard Eletric e°acredito que náo seja o único feito no Brasil a companhiasque operam em nosso território".

|2 — 0 empréstimo é escandaloso, porque sc faz cm be-neficio de poderosa empresa estrangeira, no mo-

mento em que numerosas empresas industriais brasileiraslutam com dificuldades de financiamento, ou só coiv:e»uemempréstimos a curto prazo e a juros de 36^ ao ano!

|3—0 empréstimo é antinacional, porque se trata dedesviar dinheiro da Nação em beneficio de umgrupo monopolista, a fim de possibilitar a ampliação «esuas instalações e, conseqüentemente, o envio de maioreslucros para o exterior. O dinheiro nacional, do Banco' doBrasil ->-ansfo:-mar-Se-á »,,im cm dólares a serem rem-cSiâíra

°S EStadüS UllÍC"JS' desíalca»d0 »°*a receita