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    LOU CARRIGAN

    BRIGITTE MONTFORT

    O DIABO A SOLTAO DIABO A SOLTA

    NO CARIBENO CARIBE

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    ENQUANTO SOPRA O FURACO

    Fora rugia o furaco, com toda a violncia. Ventos

    terrveis, relmpagos, troves, trombas-dgua... s palmasdos co!ueiros eram arrancadas brutalmente. "avia no armil#ares de l$gubres gemidos, en!uanto ele era dilacerado

    por uma f$ria satnica, em torno da pe!uena il#a.%a cabana, o negro contemplava c#eio de terror os diabos

    !ue tin#a & sua frente. 'randes diabos de rostos vermel#os e

    brancos, #orrendos, rodeados de fogo.( ) disse* ( gritou. ( %o sei mais nada, nada*+entia um medo terrvel e este medo aumentou, ainda,

    !uando diante de seus ol#os apareceu a pe!uena c#ama.anou um grito pavoroso e seus ol#os giraram para ol#ara!ueles demnios alucinantes.

    ( ) disse...*+$bito, a pe!uena c#ama transformou-se em longa lnguade fogo, !ue parecia brotar do ventre de um dos diabosvermel#os e brancos.

    /iomedes foi envolvido por a!uela lngua de togo.0s-se de p1, mas logo tornou a cair.

    2 ali ficou, feito um arc#ote aceso pela lngua de fogo deum dos diabos.2n!uanto isso, fora, o furaco continuava rugindo com

    implacvel violncia.

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    304567 089:2987Olho na rua!

    Fran; :inello apontou com gesto impertinente para a suabelssima e improvisada secretria, agitando o dedo nde( bsolutssima. 2screva, escreva...* ( tornou a agitar

    impertinentemente o dedo.?rigitte :ontfort suspirou, tomando o bloco de notas e acaneta. 2stava sentada no sof do living de seu lu( @/esse as!ueroso pas!uim c#amado Morning News,

    no !ual at1 a data...B( #, sim... %o !ual at1 a data tive a desgraa de

    trabal#ar sob suas ordens, como encarregado da +eo2sportiva. +aiba, ilustre tirano e barrigudo, !ue, se nocontasse Vossa 9ncompetncia com a colaborao de iss:ontfort, a !ual ten#o o privil1gio de con#ecer e amar, esse

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    as"uin#inhoD teria levado a breca # um monto de anos.3ompreenda de uma ve=, vel#o engolidor de plulas & #oracertaE o sen#or e seu cretinssimo Dornaleco no seriam nadasem iss :ontfort e logo veremos !ue esp1cie de

    !uadr$pede colocar & testa da +eo 2sportiva en!uanto medelicio tirando umas f1rias...* 0s o nome do destinatrio,?rigitte>

    ( :i;A 'rogan, /iretor doMorning News,%ova 9or!ue.( :uito bem. :mm... l1m de tirano, estraga-festas,

    ulceroso e atacado de estupide= congnita, o sen#or...

    ( Voc no est passando dos limites, Fran;ie>( 2screva, escreva* :m... 7 sen#or sofre de umaenfermidade incurvel, !ue 1 o Hdio & esp1cie #umana,conforme o demonstrou ao c#amar-me a ateno pelosimples fato de ter !uebrado com o cotovelo o vidro da portado seu pestilento escritHrio, !uando descrevia & sua

    secretria um lance da noitada pugilstica de ontem...( Voc !uebrou o vidro com o cotovelo> ( riu ?rigitte,to encantadora !ue :inello esteve & beira do enfarte.

    ( Cuebrei... :as isso acontece a !ual!uer um, no>( +im ( admitiu ela. ( :as voc D !uebrou o vidro da

    porta de :i;A umas de= ve=es, pelo menos...

    ( 7#* Cuer di=er !ue voc est do lado dele>*( %o, no. 3ontinue. %ada mais>( 0on#a aE o

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    ( 7#, no... ( protestou ela. ( 7utra carta, no*Vamos, no seDam infantis... /em-se as mos e acabou-seEno aconteceu nada. final, foi sH um vidro, :i;A.

    ( 6ma de=ena de vidros* ( gritou ele. ( ) estou farto

    desse brutamontes*( /eus meu... ( ?rigitte levantou os ol#os para o teto.

    ( 0or !ue me envolveste nisto> I uma loucura interpor-seentre estes dois cabeudos*

    ( !ui no # mais !ue um cabeudo ( replicou:inello.

    ( I verdade ( admitiu 'roganE ( voc.( Voc*( Voc*?rigitte ergueu a mo e os dois se calaram no mesmo

    instante. 2m seguida ouviram, distante, o som da porta doapartamento ao fec#ar-se. Ficaram os trs ol#ando para a

    entrada do living, na !ual no tardou a aparecer aencantadora empregadin#a 0eggA, muito assustada.( Cue #> ( ol#ou para todos os lados. ( Cue

    aconteceu a!ui>( 7uvem-se os gritos no corredor ( aterrou-se ?rigitte.( 7#. sim, iss :ontfort. 0ensei... pensei !ue tivesse

    #avido alguma coisa...( "ouve. :as uma coisa muito boa ( sorriubeatificamente 'rogan, agitando o papel ta!uigrafado. (5en#o em meu poder o !ue durante anos deseDeiE uma cartade demisso*

    ( #, tamb1m ten#o uma carta, iss :ontfort. ( disse0eggA, apro

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    2sta nem se!uer respondeu. 2stava pensando em:abanga, a vel#a e simptica feiticeira do vudu, !ue entreoutras coisas l#e vaticinara !uatro fil#os. $ltima ve= !uevira :abanga fora durante a visita desta a %ova 9or!ue para

    aDud-la, a seu pedido. gora era :abanga !uem c#amava asua @!uerida meninaB.J

    ( Cue di= a carta> ( 'rogan estendeu a mo.:inello leu-a em vo= alta. 0eggA e 'rogan lanaram uma

    e

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    ( embro-me !ue no Dornal publicamos alguma coisasobre furaces no 3aribe. 5alve= essa bru( 8ain#a do meu corao* ( caiu de Doel#os diante

    dela. ( 0edi-me a lua, pedi-me o sol, pedi-me...*( +H se trata de !ue me reserve uma passagem de avio

    para Fort de France, na :artinica. 0ode-me fa=er isso>

    ( %o* )amais me separarei de voc, mais consentirei...*( 2stou falando s1rio, Fran;ie. 7#, dei

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    ( 2st certa de !ue viaDar, ?rigitte> ( perguntou'rogan, matreiro. ( 2sse paspal#o nem se!uer saberreservar uma passagem a1rea*

    ( /i=em !ue /eus aDuda as crianas e os tolos ( sorriu

    ?rigitte. ( 2speremos !ue aDude o Fran;ie.7 brocardo foi confirmado. Fran; :inello era um tolo ou

    ainda um menino, pois no tardou muito a telefonarinformando 0eggA de !ue ?rigitte tin#a uma passagem & suadisposio na %ort# O +out# merica irPaAs, noeroporto QennedA, para o vo RS, !ue sairia do dito

    aeroporto duas #oras mais tarde.

    309567 +2'6%/7O ne$o (e Ma-anga

    Cuer di=er !ue, &s oito e meia da noite, ?rigitte :ontfort,

    Dornalista, 0rmio 0ulit=er nesta atividade e 0rmio :undialem espionagem, se tal prmio #ouvesse, acomodava-se noDato !ue, salvo imprevistos, aterrissaria mais ou menos & umada madrugada em +an )uan de 0orto 8ico, onde se veriaforada a fa=er uma escala at1 as oito da man# seguinte.

    =ar. :as, evidentemente, Fran; :inello no tin#a

    podido encontrar uma combinao de vos mais satisfatHria.( %o se mova ( ouviu & sua es!uerda, em italiano. mais perigosa espi do mundo limitou-se a voltar a

    cabea para o #omem !ue acabava de se sentar a seu lado.6m tipo barbudo, de Hculos escuros, !ue tin#a a mo direitaenfiada no bolso do casaco e !ue a moveusignificativamente.

    ( 2stou l#e apontando uma pistola, agente T?abAB (advertiu ele, sempre falando em italiano.

    ?rigitte conseguiu sair de sua estupefao.

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    ( Fran;ie... ( murmurou. ( Fran;ie*( 2ngana-se, boneca ( disse com truculncia o

    barbudo. ( +ou o agente secreto UU:7U+WU-XYGGZZ[X... :as pode me c#amar 0aco.

    ?rigitte no sabia se ria ou c#orava. Cuando abriu a bocaD era tarde, pois o alto-falante pedia aos passageiros !uecolocassem os cintos e apareceu o luminoso proibindofumar. vo= continuava dando instrues !ue ela noescutava.

    ( :as... !ue fa= voc a!ui>

    ( Cuem> ( perguntou o agente 0aco. ( 2u>( Voc* Cue fa= neste avio>( Vendo planos secretos ( inclinou-se para ela. (

    0lanos de bombas, de avies, de tan!ues, de bonecas !uedi=em papai e mame e fa=em pipi, de...

    ( 0elo amor de /eus, Fran;ie, tire essa ridcula barba*

    ( +sst... :eus inimigos poderiam recon#ecer-me*( 2u D o recon#eci e 1 o suficiente* Cue pretende comessa tolice> onde vai>

    ( +an )uan de 0orto 8ico, danar um tango... 7u otango se dana no 3anad> %o me lembro.

    7 avio se movia. ?rigitte fec#ou os ol#os e sH os abriu

    !uando D estavam no ar. vo= avisou !ue podiam tirar oscintos e passou a dar informes sobre o vo, #ora dec#egada... 7l#ou para :inello, !ue D tin#a removido a

    barba e a ol#ava fi( ?rigitte* :as 1 voc> Cue casualidade* %o me diga

    !ue vai tamb1m a +an )uan*( Vou ( resmungou ?rigitte. ( +im, vou a +an )uan.( :as isto 1 formidvel* 0recisamos celebrar* Cue tal se

    sairmos ao terrao para uma taa de c#ampan#a>

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    "ouve risos ao redor. ?rigitte tomou a fec#ar os ol#os.o abri-los, sorriu.

    ( Fran;ieE esta 1 uma Dogada !ue voc me pagar.:as o fato foi !ue a viagem at1 +an )uan esteve

    divertidssima para os passageiros do vo RS, e !ueinclusive ?rigitte riu bastante com as malu!uices do talo-americano Fran; :inello.

    2m +an )uan #ospedaram-se num #otel. \s oito em pontoda man# seguinte, o avio com destino a Fort de Franceempreendia o vo, sem !ue ?rigitte #ouvesse encontrado

    maneira de dei

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    consultava o relHgio, ol#ava pela Danelin#a e, en!uanto osoutros passageiros riam com as brincadeiras de :inello, elenem se!uer parecia ouvi-las.

    ( 9ndignada, a formiguin#a virou-se e protestouE @%o

    empurre, elefante*B5odos riram e, deliciado, :inello cutucou ?rigitte.

    ( Viu como gostaram> 3ontei-l#es a #istHria da formigae do elefante !uando subiram a bordo da rca de %o1.

    ( +e voc continuar assim, a compan#ia a1rea vaicontrat-lo para pal#ao de vo.

    ( 0u

    ( !uele #omem... ( ?rigitte indicou-o com o !uei 0ois vai ver uma coisa*

    ( /ei( Cuem gostaria de estar son#ando sou eu. Cuanto a

    voc, pense na voltaE :i;A no gostar !ue ten#a ficadoac1fala a +eo 2sportiva.

    ( o diabo ele e a sua $lcera* 2stou com voc emviagem para o 3aribe e nem !uero pensar em...

    ( ) c#egamos, Fran;ie. %o est vendo>7 #omen=in#o foi o primeiro a sair do aparel#o e, com

    mos trmulas, e

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    pouco menos !ue correndo e, !uando ?rigitte e :inelloapareceram na sala de espera, viram-no atrav1s da vidraatentando entrar num t

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    9mediatamente as coisas se complicaram. 7 negro soltouum rugido, meteu a mo no bolso e tirou-a, empun#andouma naval#a e investindo contra :inello com ela D aberta. 2como num passe de mgica apareceram mais trs negros,

    todos com naval#as na mo.:inello ficou um instante estupefato. 7 c#ofer ia

    desferir-l#e uma naval#ada bai

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    silncio era boa, todos os policiais !ue c#egavam erampretos.

    ( Cue aconteceu a!ui> ( gritou um deles.( Cue aconteceu> ( retor!uiu :inello. ( Vou l#e

    di=er, para !ue...>( 3alma, Fran;ie. /ei

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    ( %o o encontraro. 7 t( inda no compreendeu !ue !ueriam me levar

    enganada a algum lugar onde me matariam>:inello estremeceu, apertou os pun#os... 7 c#ofer, apHs

    guardar a bagagem no porta-malas, D estava ao volante eperguntava a !ue #otel !ueriam ir.

    ( nen#um ( sorriu ?rigitte. ( eve-nos diretamenteao embarcadouro, por favor.

    ( 0ois no,Ma(eoiselle.( 2 v devagar ( recomendou ela.( 0or !ue devagar> ( estran#ou :inello.( 5emos !ue apan#ar o neto de :abanga.( Cuem>( 7 menino. I um dos netos dela, sem d$vida.

    ( 2 como voc sabe isso>(0or!ue sou esperta. V ol#ando por esse ladoE omenino vir ao nosso encontro, se 1 to vivo como deve serum neto de :abanga.

    3om efeito, o menino apareceu. saindo do mato, a umlado da estrada.

    ( 0are ( disse ?rigitte ao c#ofer.2ste obedeceu e o menino correu para o t

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    ( 3omo 1 seu nome>( ?ibi.( :abanga mandou voc so=in#o me buscar>( :andou sim, menina.

    ( 7nde est ela>( %a il#a, escondida.( +ua avH est escondida> 0or !u>( %o sei. 2la me deu din#eiro para a barca e o t ( sorriu ?rigitte. ( embra-sede mim>( %o... :as :abanga me falou de teus ol#os e sH tu

    podias ser !uem eu esperava.( 7 garoto 1 vivo, #em> ( observou :inello.( Cuantos anos voc tem> ( perguntou ?rigitte.

    ( /e=.( /iga-me uma coisa, ?ibiE voc acredita nessesdemnios !ue esto soprando no 3aribe>

    ( 7s demnios maus, sim.( 2ssa agora...* ( riu :inello. ( 3omo se pudesse

    #aver demnios bons*

    ( " demnios um pouco bons ( interveio o c#ofer, deraa negra. ( :as os !ue viaDam agora pelo 3aribe so dospiores.

    ( %o diga* ( ?rigitte ol#ou-o com curiosidade. (Cue fa=em eles>

    ( ?em... fa=em coisas. +opram, sopram, sopram... 2formam furaces !ue passam sobre as il#as e levam pessoas,casas, barcos.

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    ( 7ua, amigo ( atal#ou :inello (, D sabemos !ueultimamente tem #avido furaces por a!ui, mas isso deserem provocados por demnios !ue sopram...

    ( %esta 1poca do ano nunca #ouve furaces. lguns

    ventos fortes, no furaces... +o os demnios, !ue sopram.Monsieur fala francs muito mal.Ma(eoiselle, muito bem.

    ( 2 voc 1 muito feio ( grun#iu :inello. (Ma(eoiselle, muito bonita.

    ?ibi ps-se a rir e o c#ofer, apHs um instante deperple ( perguntou.( Vrios. %o me lembro bem. 7ito, de=, do=e...

    lguma coisa os demnios esto !uerendo.( Voc viu algum demnio>( %o* ( o c#ofer persignou-se a toda a pressa. ( %o

    vi nem !uero ver* :as vi dois furaces... 2 sei !ue osdemnios esto dentro, soprando.( 3ertamente 1 assim ( tornou a sorrir ?rigitte.:inello ol#ou-a e soltou um bufo. /epois cada um ficou

    absorto em seus pensamentos, at1 !ue finalmente c#egaramao embarcadouro. 2n!uanto :inello se entendia com o

    c#ofer e incumbia-se da bagagem, ?rigitte ol#ava para omar.+$bito, recon#eceu o #omen=in#o da cabeleira grisal#a.

    Falava com um preto alto e forte, !ue usava um gorro demarin#eiro. 7 #omen=in#o insistia, o outro movia a cabea e

    parecia um pouco irritado.( Cue fa=emos> ( ouviu :inello perguntar-l#e.( +upon#o !ue seguir viagem at1 ntillanie. 5eremos

    !ue utili=ar a barca. ?ibi ( ol#ou para o menino (, a !ue#oras sai a barca>

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    ( +H da!ui a trs #oras, menina.0or instinto, ?rigitte ol#ou para o #omen=in#o e o preto

    do gorro de marin#eiro, a !uem ele estava mostrando ummao de c1dulas, 7 negro pareceu #esitar, depois moveu

    negativamente a cabea.( est o nosso impaciente compan#eiro de viagem

    tentando alugar uma lanc#a ou algo parecido ( murmurou?rigitte. ( 3ontinua tendo pressa.

    ( )uda# no aluga ( disse ?ibi. ( 5odos os !ue tmembarcaes pe!uenas esto com medo de sair ao mar por

    causa dos demnios !ue sopram. +H saem os barcos grandes.( 2nto teremos !ue esperar a barca, no 1>( I, menina.( Fico muito alegre ouvindo voc me c#amar de menina

    ( riu ?rigitte, ( )uda# 1 seu amigo>( 2le sabe !ue :abanga 1 min#a avH. Vai sempre a

    ntillanie.( 9sso !uer di=er !ue conv1m a )uda# ser seu amigo (tomou ela a rir. ( ?om, vamos aproveitar essa ami=ade.5ome este din#eiro ( tirou umas notas da maletin#avermel#a ( e v di=er a )uda# !ue precisamos da lanc#adele, pois :abanga est & nossa espera.

    ( :abanga me disse !ue te levasse !uando fosse denoite e agora 1 de dia, menina.( +ei !ue 1 de dia. 2 obedeceremos a :abanga. :as

    faa o !ue l#e disse. /iga a )uda# !ue nada vai acontecercom a lanc#a e !ue a devolveremos, mas !ue, se osdemnios a levarem soprando, eu l#e comprarei uma nova emel#or. V, ?ibi.

    ( +im, menina.7 negrin#o correu para o embarcadouro !uando o

    #omen=in#o, D desesperado, !uase gritava. )uda# o viu e em

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    seu rosto apareceu uma e

    ( 2u disse !ue, se ele no alugasse a lanc#a, :abangafaria um feitio e ele nunca mais apan#ava pei( :mm... Vo sair com a lanc#a>( Vamos a ntillanie. +o apenas umas sete ou oito

    mil#as.

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    ( +im, eu sei, ?em, se no fosse demasiado incmodo...I !ue a barca sH sai dentro de trs #oras e...

    ?rigitte pareceu compreender de repente. +orriu, amvel.( +e vai a ntillanie e tem pressa, podemos lev-lo.

    7 rosto do #omen=in#o se iluminou, ao mesmo tempo em!ue ele e ( surpreendeu-se. (

    Dornalista> !ue...( +im, sim.( #* ?em... ( ele parecia assustado. ( I um pra=er,

    iss :ontfort.( 7 sen#or est bem> ( ela o ol#ava atentamente.( 7#, sim, muito bem.( 2nto podemos partir. Fran;ie, voc 1 bom piloto>( +e sou bom piloto> ( ele pulou para os controles. (

    +ou o maior dos mares tropicais* 2 navegar 1 to formoso*

    ( entoou. ( Cue belo 1 navegaaaaaarrr...* lanc#a =arpou de um certo modo triunfalmente. ?ibips-se a rir, mas ?rigitte no o fe= por!ue sua ateno estavaconcentrada em /arPin +toll, !ue #avia empalidecido.2stava simplesmente aterrado. /evia ser a primeira ve= !uese encontrava a bordo de uma embarcao to pe!uena emaneDada por um maluco c#eio de alegria de viver. +entara-se no banco lateral e agarrava-se a ele com todas as foras.

    ( Fran;ie, v com mais cuidado* ( gritou ?rigitte. (2st espirrando muita gua em nHs*

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    ( Cue belo 1 navegaaaaarrr* ( vociferou :inello,aumentando a velocidade.

    :as logo em seguida atendeu ao rogo de ?rigitte e alanc#a desli=ou mais devagar. /arPin +toll nem por isso

    mudou sua e(+im, sim... :as so furaces de pouco importncia.( 7#, eu no diria isso de furaco nen#um. :uito menos

    viaDando numa lanc#in#a como esta. +eramos tocados comouma fol#a de papel diante de um ventilador. Feli=mente, nocreio !ue v aparecer algum.

    /arPin +toll tornou a ol#ar para todos os lados,es!uadrin#ando #ori=ontes. +acou um leno e passou-o pelatesta.

    ( +im... 2speremos !ue no aparea nen#um

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    309567 52832987A 1a-ana (e Ma-anga

    %o apareceu nen#um furaco. 0elo Deito, os demniosestavam descansando, depois de tanto soprar nos $ltimosdias.

    %o embarcadouro, to logo ps os p1s na formosa il#a dentillanie, /arPin +toll despediu-se, repetindo diversasve=es seus agradecimentos, en!uanto se afastava arrastando

    sua mala.?rigitte fe= um sinal ao menino.( ?ibi, eu sei onde mora :abanga, por isso vou l

    para...( %o, menina* :abanga disse !ue no tin#as !ue ir &

    casa dela*

    ( 0or !ue no>( %o sei, mas ela disse.( 2scute, ?ibi, voc agora vai atrs do sen#or +toll. 2le

    no o deve ver, nem se dar conta de nada, mas voc tem !uedescobrir para onde vai e depois me di=er. 2ntendeu>

    ( 2ntendi, menina.

    ( 0ois corra. /epois ven#a se reunir conosco em casa de:abanga.( :as :abanga disse...*( Faa o !ue l#e digo ( sorriu ?rigitte. ( 2 no receie

    nadaE eu ten#o tanta magia como :abanga. 3orra*2mpurrou o menino, !ue estava atnito com a terrvel

    revelao de !ue a @meninaB tamb1m era uma bru

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    ( 5oda a !ue se pode ter a!ui dentro ( riu.( pan#e min#a mala, Fran;ieE vamos ficar em casa da

    :abanga. Cue #>( I !ue...

    ( Cu>( ?om... +e a!ueles crioulos !ueriam mat-la, 1 !ue

    algo est acontecendo, no> 2 se algo est acontecendo, elestalve= tornem a tentar.

    ( I Dustamente o !ue deseDo ( sorriu ela.( F1rias... ( retrucou :inello. ( 2u devia mesmo estar

    louco !uando pensei !ue com voc seria possvel tirar f1rias*3omo diabo voc se arranDa para...>( %o fale de diabos* ( ?rigitte cru=ou dois dedos. (

    01 de pato, p1 de gato, fa= com !ue o diabo vire um rato*:inello, apHs uns segundos de estupefao, ps-se a rir.

    ( 6ma coisa 1 certaE com voc no 1 possvel se

    aborrecer. bra a marc#a, rain#aE seu paDem a segue com abagagem... 0u

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    ( %em eu... ( pestaneDou ?rigitte. ( 5alve= possamosver algum.

    ( 7 certo 1 !ue no veremos nen#um demnio. 2stamosmuito longe da casa de :abanga>

    ( %o. 3#egaremos l em cinco minutos. casa de :abanga distava meio !uilmetro da povoao

    e c#egaram minutos depois, com efeito. ?rigitte deteve-se nofim do camin#o, uma simples tril#a entre rvores e arbustos.

    %a pe!uena clareira, a cabana da bru

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    empun#ava sua pistolin#a de coron#a de madrep1rola com amo direita. %a es!uerda, a pe!uena maleta vermel#a.:inello pousava as malas e, no sabendo o !ue fa=er com asmos, meteu-as nos bolsos.

    3oc-coc-coc-coc-coc...( 3ocorocH...* ( respondeu ele.?rigitte sorriu e espiou cautelosamente por uma Danela.

    %o #avia ningu1m dentro da cabana. 2ntrou, ainda semabandonar suas precaues. :inello entrou atrs dela e,s$bito, com um grito, deu um salto para trs. /epois ficou

    ol#ando, fascinado, os trs crnios #umanos !ue pendiam doteto, no centro da cabana. 2stavam imHveis, suspensos porarames, e pareciam contempl-lo com suas Hrbitas va=ias.

    ( ?em... ( disse, refa=endo-se do susto.( 0elo menos, esses no precisam cortar o cabelo.5ornou a sobressaltar-se !uando, depois de dar mais

    alguns passos e acostumar-se & penumbra interior, viu ogrande abutre dissecado, com as asas estendidas e os ol#osmuito abertos. 2ngoliu em seco.

    ( 2ste precisa de Hculos ( murmurou. ( %o en

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    ( #-a#* %o me faa rir, ?rigitte*( %o to!ue em nada, Fran;ie.( 2st bem...:inello ol#ou de relance para ela, !ue parecia dedicar

    toda a sua ateno ao solo, no centro da cabana. 2 D !ue elano estava ol#ando apro

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    +im, tudo parecia em ordem... e ( perguntou :inello.( /ivina ( afirmou ela, com a boca c#eia. ( 5amb1m

    # abaca ( perguntou.( 2sperar.( 2sperar... !u>( %o sei. t1 !ue c#egue a noite e ?ibi nos leve a

    :abanga.( 0or !ue ela se escondeu>( 3omo posso saber> 2mbora para assustar :abanga a

    coisa ten#a !ue ser muito s1ria, isso eu garanto.( 5alve= ten#a visto os demnios !ue sopram... #-a#*( 5alve=.

    2la sentou-se no c#o, cru=ando as pernas. :inello,sempre comendo bananas, sentou-se a seu lado. \ se( %o sou nem galin#a nem cabra ( riu ?rigitte.( 0ois eu devo ser cabra... 0or !ue no vamos embora

    da!ui>( Voc pode ir, se !uiser.( 0ensarei a respeito.?rigitte ol#ou-o de relance e sorriu. %ovamente ficaram

    em silncio. 6m minuto, dois, trs, de=...

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    ( 0arece !ue..( +sst. lgu1m se apro( +sst.?rigitte levantou-se, empun#ou a pistolin#a e foi a uma

    das Danelas, espiando cautelosamente. +$bito, guardou apistola.

    ( I ?ibi ( disse.2ste apareceu na cabana segundos depois, to silencioso

    !ue sobressaltou :inello. Vin#a ofuscado pelo sol e deteve-se no limiar, indeciso, sem ver nada.

    ( :enina ( c#amou.( 2stou a!ui ( ?rigitte pousou-l#e a mo na cabea. (Viu para onde foi a!uele #omem>

    ( 2st no @a Felicit1B.( Cue 1 isso> 6m #otel>( I. 7 mel#or de todos.

    ( " #ot1is neste lugar> ( e( @e +oleilB ( disse o menino.( 2spero !ue seDa to bom como o outro.( %o, no. I muito suDo. :as no # mais.:inello deu um bufo e tornou a sentar-se.

    ( Cue viu voc e ( perguntou ?rigitte.( Vi o #omem entrar no @a Felicit1B.( 2 !ue mais>( :ais nada.( %o falou com ningu1m>( %o, menina. %o vi...?rigitte ps-l#e a mo na boca, impedindo-o de continuar

    falando. 2steve uns segundos imHvel, en!uanto ele acontemplava com os ol#os muito abertos e :inello come

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    ( ?ibi ( inclinou-se, falando num sussurro (, vocveio so=in#o ou algum de seus irmos ou primos oacompan#ou>

    7 garoto moveu a cabea negativamente. ?rigitte levou-o

    para Dunto de :inello, f-lo sentar-se e colocou um dedosobre os lbios. /epois dirigiu-se & Danela e saiu por esta,silenciosamente.

    ( onde a menina vai> ( perguntou ?ibi.( 7ua, pergunte & sua avH, !ue 1 bru

    ( 3laro.( 2 bebe o leite>( I muito bom.( "um... 0ois sH se deve beber leite de vaca.( 0or !u>:inello abriu a boca e ficou assim, piscando. 3uriosa

    pergunta. 7 assunto re!ueria s1ria refle( "em> Cue #istHria 1 essa> ( espantou-se :inello.

    ( elefanta no 1 maior !ue a vaca>( +im, 1, mas...Fora, no alpendre, ouviu-se um rangido. :inello ergueu-

    se rapidamente e ficou ol#ando para a porta. /epois ol#ou aoredor, em busca de algo !ue l#e pudesse servir de arma. Viua vel#a faca sobre o fogo e comeou a desli=ar para l,ol#os sempre fi

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    ( %o se mova ( ouviu, ao mesmo tempo !ue notava apresena de uma sombra na porta.

    Ficou imHvel, mo no torno=elo, ol#ando o #omem. primeira coisa !ue viu foi a pistola por ele empun#ada. 7

    #omem entrou, dirigiu um rpido ol#ar ao redor, depoisol#ou assustado para :inello e o menino.

    ( 39> ( perguntou.:inello consultou seu relHgio e respondeuE

    ( 7n=e menos de=.( Cue foi !ue disse> ( e( +ou candidato a pal#ao de vo.( Cu>( 0or causa da piada da formiguin#a e do elefante,

    compreende> I das boas, embora um tanto infantil. 7uaE!uando os animais estavam entrando na rca de %o1.( +e no fec#ar essa boca eu a enc#o de balas* (

    grun#iu o #omem. ( 7nde est a mul#er>( #... Cher1he# la %ee! ?oa id1ia, rapa=. 5amb1m

    eu gosto das mul#eres. 2 de um modo especial da !ue est

    atrs de voc... I a !ue procura>+obressaltando-se, o #omem comeou a girar... +uapistola foi desviada por um golpe no antebrao e, !uasesimultaneamente, recebeu um outro no centro do peito. 2lesoltou a pistola, empalideceu, abriu a boca e ficou assim, de

    p1, como petrificado.( /-l#e com a pistola, ?rigitte* ( gritou :inello. (

    /errube-o*

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    2la, por1m, limitou-se a empurrar o descon#ecido,apoiando um dedo em sua testa. 2 ele tombou para trs comoum poste.

    ( 0u( +apatos.( +im, claro... Foi um golpe de carat>( %o e

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    305567 C6857Aare1e os (e+nios

    7 russo ol#ou-a fi( +im.( @?abAB>( 5alve=. 3amarada ?asilE !ue motivo o trou

    ( 6m #omem. 3#ama-se /arPin +toll e c#egou estaman# ao aeroporto de Fort de France, procedente de +an)uan de 0orto 8ico. Fui informado de sua c#egada e deviasegui-lo.

    ( /arPin +toll... ( murmurou @?abAB, surpreendida.( Cue # e Cuem ou o !ue 1>

    ( %o sei. 5in#a apenas !ue segui-lo e ver onde estpara !uando c#egarem meus camaradas. 2sperei-o noaeroporto, segui-o at1 Fort de France e l o vi tomar umalanc#a com vocs. 3onsegui pouco depois outra lanc#a evim atrs... o c#egar a!ui, pensei !ue vocs podiam ter ido

    para outra il#a, mas ento vi o menino ( ol#ou para ?ibi (

    e segui-o.( 2ntendo. Veio realmente so=in#o>( Vim. :as dei

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    vo= tardou a soar de novo, receosa, indecisaE( @?abAB>( +im. @?abAB c#amando )o#nnA-3aribe.( %o temos notcia a respeito de sua presena a!ui.

    ( Vou dar-l#e uns informes e instrues, !ue pode ouno aceitar, )o#nnA. 5en#o em meu poder um russo c#amado?asil 7rc#itian +peven;o, o !ual di= !ue dentro em poucoum grupo do :V? c#egar & :artinica e tentar depoislocali=-lo em ntillanie e il#as prH( +im ( riu )o#nnA. ( Cuando poderei v-la para l#e

    entregar as flores de boas-vindas, @?abAB>( +e for inevitvel, nos veremos !uando eu decidir.( O*a&. 0asso a agir.

    ( 7brigada, )o#nnA.Fec#ou o rdio e ol#ou o russo, !ue a contemplavasorridente. 5o sorridente !ue :inello ac#ou ruim.

    ( /e !ue ri esse careta> ( resmungou.( /ecerto sente-se feli= por estar de f1rias no 3aribe.( Voc 1 muito bonita ( murmurou o russo.( %o compreendo como nunca a pudemos identificar

    nem locali=ar sendo assim. %o parece uma espi... Cuepensa fa=er comigo>

    0or um instante, o russo pareceu alarmado. /epois sorriu.

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    ( 2sse ai 1 mais doido !ue eu ( disse :inelloE ( vocdi= !ue o vai matar e ele ac#a graa.

    ?asil +peven;o ol#ou-o.( %ada verdade voc 1 !ue deve ser doido ( disse (,

    se acredita !ue ela me mate. %o o far.( %o> Cuanto aposta>7 russo moveu a cabea. 2ra sH o !ue podia mover.

    ( %o o far ( repetiu.\s cinco da tarde, ?rigitte ainda no o tin#a feito. ?asil

    continuava estendido no c#o, solidamente atado, mas vivo.

    l1m disso, tin#a fumado vrios cigarros !ue a prHpria@?abAB colocava e tirava de sua boca... com o !ue ele estavagan#ando a antipatia de :inello.

    0assou o tempo e apareceu a primeira sombra. /iante dacabana o ar escureceu, como se o ardente sol tivesse sidointerceptado por um toldo. 7 russo continuava tran!]ilo,

    convencido de !ue, se no cometesse nen#uma tolice, sairiavivo do assunto.?rigitte apro

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    gua caa em torrentes. vegetao agitava-se, comoenlou!uecida, os co!ueiros comearam a inclinar-se, palmaseram arrancadas. 7 som da tempestade era atroador. guaentrou aos Dorros no alpendre, empapando ?rigitte e :inello

    !ue estava impressionado.( 6m sen#or temporal, no # d$vida*( I um furaco, Fran;ie.( Cu>( 6m furaco.7utro relmpago, terrvel, rompeu a escurido e & sua lu=

    viram a grande tromba-dgua !ue subia do mar para o c1u.:inello ficou aterrado.( 9sso 1 um tufo* ( gritou. ( 5emos !ue nos pr a

    salvo, ?rigitte*6m trovo ensurdecedor fe= com !ue ele desse um salto

    para trs, en!uanto o teto do alpendre era arrancado

    violentamente e, apHs ele, o da cabana inteira. :inellocompreendeu !ue, se entrassem na cabana, seriam levadoscom ela pelo vendaval. 7 c1u rebentava em troves erelmpagos, !ue iluminavam os co!ueiros dobrados ummodo inverossmil. 3omo procedentes de outro mundo,c#egavam-l#es os balidos das cabras. gua precipitava-se

    sobre eles, golpeava-os sacudia-os.( ?rigitte, temos !ue nos proteger*( 8etire o russo* ( gritou ela. ( 0recisamos buscar

    uma caverna, um abrigo !ual!uer*:inello entrou na cabana, !ue rangia, balanava, gemia...

    6m golpe de vento e de gua atirou-o at1 o fundo como sefosse um boneco de pal#a, fa=endo-o c#ocar-se contra a

    parede com tal fora !ue !uase perdeu o con#ecimento./ecerto foram os gritos do russo !ue o aDudaram a manter-se

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    304567 C69%57Sa*oi, Sa*oi, Sa*oi!

    mbos os viram ao mesmo tempo, pois o aparecimento

    foi procedido de uma labareda.6ma longa lngua de fogo surgiu de repente das trevas e

    pareceu e

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    anou um grito !uando ?rigitte desvencil#ou-se e saltouno ar.

    \ lu= de outra lngua de fogo !ue !uase alcanou:inello, este a viu subir a mais de dois metros de altura, com

    as pernas fletidas, voando aDudada pelo vento e pela guapara um dos demnios...

    ( ?89'9555555222...*2la c#egou at1 o negro, Dustamente & altura de sua cabea,

    e distendeu velo=mente a perna direita. :inello viu seu p1atingir o rosto da!uele diabo, !ue soltou um grito terrvel e

    desapareceu para trs, en!uanto ela caa sobre os dois p1scom a suavidade de um felino.6ma nova labareda impeliu :inello, !ue correu em

    socorro da amiga, sem pensar em mais nada, pois #aviamaparecido outros demnios de corpo relu=ente, gritando egesticulando sem parar.

    2 por cima de todo o fragor do vendaval, do fogo e dostroves, um riso arrepiante soou to poderoso !ue ele caiu deDoel#os ao deter-se.

    7 resplendor !ue vin#a pela retaguarda f-lo reagir, porpuro instinto, lanando-se de bruos na ama. lngua defogo passou por cima dele, c#amuscando-o, obrigando-o a

    gritar de dor, en!uanto prosseguia espavorido para a frente.5ornou a soar o riso demonaco. ntes de se virar paraum lado, es!uivando-se ao calor de uma nova lngua de fogo,:inello ainda pde ver ?rigitte, novamente no ar, saltando

    para outro diabo, cuDa cabea pareceu volati=ar-se no escuro,ao impacto do fortssimo pontap1. evantou-se. 2la estavade novo no c#o, mos crispadas para a frente, como garras.2 ele ouviu sua vo=, soando aguda, acima de todos os rudosE

    (Sa*oi, Sa*oi, Sa*oi...!

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    2le tratou de imitar a!uelas palavras descon#ecidas elanou-se tamb1m contra os demnios. 3#ocou-se contraalguma coisa e desfec#ou uma poderosa direita. 6m som decoisa !uebrada. 2 uma forma negra !ue sumia atrs de uma

    cortina de gua.( Sa*oi, Sa*oi, Sa*oi! ( 3ontinuou gritando,

    apro

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    6m relmpago e um pu

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    ( %o eram demnios, #em> ( murmurou :inello,ol#ando as runas da cabana.

    ( 3laro !ue no, Fran;ie.( :abanga ficou sem casa.

    ( 9sso tem rem1dio. Dude-me a encontrar min#a mala e,sobretudo, min#a maletin#a,

    ( Cue... !ue fa=emos com o russo>( +e #ouver algo em !ue envolv-lo, poderemos

    entreg-lo a seus camaradas. 0rocuremos. maletin#a foi encontrada, no ngulo de uma das

    paredes !ue tin#a ficado de p1, mas a mala desaparecera.5iveram !ue envolver o russo num lenol empapado edei( 7 furaco D passou ( disse ele, dando de ombros.( 2 o sen#or +toll>( %o saiu do #otel, menina. +ei por!ue fui l !uando

    comeou o furaco. 7 #otel 1 muito forte e o vento no podecom ele.

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    ( :uito bem. Vamos, ?ibi.

    309567 +2U57O 23on4

    8ealmente, o @"otel a Felicit1B estava de p1,solidamente fincado em seus alicerces, mas ao redor dele#avia muitos destroos. Viam-se carros embolados ederrubados, algumas palmeiras partidas, casas sem tel#ado...

    %o embarcadouro, fora da gua, algumas lanc#as, viradas.

    tin#am sido lanadas & terra pela fora do furaco.:as os #abitantes da il#a pareciam tomar as coisas comcalma e filosofia. 7s carros estavam sendo separados e aslanc#as eram novamente levadas ao mar. 8emoviam-se osescombros. lgo #avia comeado, algo #avia terminado...

    ?ibi mostrou onde poderiam comprar roupas e, a

    instncias de ?rigitte, voltou a vigiar o botei de /arPin+toll.) no fim da tarde ?rigitte e :inello estavam vestidos

    com roupas novas e levando outras de reserva na maletatamb1m comprada.

    ( Vou ver se dou um Deito no radin#o ( disse ela,

    encantadora em sua saia estampada e sua blusin#a vermel#a.( / uma volta pelo embarcadouro, Fran;ieE os russospodem c#egar a !ual!uer momento e conv1m sabermos.

    ( ?rigitte, por !u voc gritava tanto a!uela palavra...>( Sa*oi5 Foi uma defesa psicolHgica.( 6ma !u>( /efesa psicolHgica. !ueles @diabosB gritavam muito,

    !uerendo aterrori=ar-nos, e reagi ade!uadamente. +e nostiv1ssemos assustado, estaramos agora carboni=ados ou semcabea, como o pobre ?asil. :as no # nada !ue assuste

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    mais os seres supersticiosos !ue a resposta a seus conDuroscom outros conDuros. 3ada grito nosso decerto pareceu-l#esalgo assim como um apelo aos nossos demnios. +upon#o!ue com nossos gritos e o modo decidido com !ue l#es

    fi=emos frente ani!uilamos sua disposio para vencer-nos.( 0u( 3laro !ue sim. I uma variante de 6iai, um grito

    Dapons !ue brota diretamente do ventre, liberando toda anossa fora, dando-nos coragem, desconcertando oadversrio. Sa*oi pode significar algo assim como@avante*B... %o sei a traduo e

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    ( Fale, )o#nnA.(Enhi* ( !uase gritou o agente da 39. ( " mais

    de uma #ora !ue a estou c#amando...*( :eu radin#o estava com defeito. 3#egou a o furaco>

    ( 3laro !ue c#egou* Voc est bem, @?abAB>( 2stou. /isse-l#e !ue eu c#amaria, )o#nnA.( +im, mas com isto do furaco... 5emamos !ue l#e

    tivesse acontecido alguma coisa. /esculpe. 7s russos estoa!ui. %o creio !ue tardem muito a =arpar para ntillanie.

    ( 2st previsto. ) conseguiu informaes sobre /arPin

    +toll>( +im, simE 1 um dos nossos cientistas nucleares.( 6m cientista nuclear> !ue se dedica e( 2steve trabal#ando com um grupo russo-americano na

    fabricao de um aparel#o muito interessante, emWas#ington...

    ( 2spere. 6m grupo russo-americano esteve trabal#andoem colaborao para construir esse tal aparel#o>( 2

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    ( Cuer di=er !ue +toll talve= se ten#a antecipado a essae

    ( %o. Veio por sua conta. 0ediu f1rias, alegandocansao.

    ( /iabo, !ue far ele por a!ui ento>( Vamos perguntar-l#e.( gora>( +im. ntes !ue c#eguem os russos.( 2 para !ue os russos o esto seguindo>( ?oa pergunta, Fran;ie. %Hs a formularemos a +toll,

    ( 2 se ele no !uiser responder>( 2sta pergunta D no 1 boa ( riu ?rigitte.( Voc vai ver como responder a $u(o o !ue eu l#e

    pergunte./irigiram-se ao #otel, !ue ficava bem perto do

    embarcadouro. 2stavam !uase c#egando l !uando, por trs

    de um dos carros !ue tin#am suportado o furaco, viramaparecer a redonda e pelada cabecin#a de ?ibi, ol#ando-oscom os ol#os muito abertos. ?rigitte atirou-l#e um beiDo,depois fe=-l#e sinal para !ue ficasse ali.

    2ntraram no #otel e perguntaram por +toll. 7cupava o!uarto SS, no segundo andar. 0ouco depois batiam em sua

    porta.( Cuem 1> ( ouviram, !uando D pensavam !ue ele noestivesse l.

    ( Mis$er +toll, sou ?rigitte :ontfort. 0ode abrir, porfavor>

    porta se abriu e +toll ficou visvel. 7l#ou-osrapidamente. 0arecia um coel#o encurralado. %o podiaocultar seu nervosismo.

    ( Cue... !ue deseDam>

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    ?rigitte ps-l#e um dedo no peito e empurrou-o.2ntraram. :inello fec#ou a porta e encostou-se a ela.?rigitte ol#ou o #omen=in#o.

    ( Mis$er, os russos !ue o perseguem vo c#egar de um

    momento para outro. 2sto em Fort de France, conseguiramuma lanc#a e D devem ter =arpado.

    7 cientista empalideceu mais ainda. 2ra a viva imagemdo animal=in#o assustado.

    ( %o... no sei o !ue !uer di=er... ( gagueDou.( Vamos, no seDa infantil. +ei tudo o !ue se refere ao

    sen#or, ao aparel#o @9onB, &s suas f1rias no 3aribe, pedidaspara descansar. +ei tudo, e

    ( :eus /eus...

    ( VeDo !ue sim. 2 ento>/arPin +toll dei

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    ten#am visto enviando os planos, no sei. 7 !ue sei 1 !uepor isso !uiseram me matar.

    @?abAB ladeou a cabea e entrecerrou os ol#os.( /e modo !ue roubou os planos para a construo do

    @9onB>( +im... ( +toll engoliu em seco. ( Fi= isso.( 0ara !u> 7 !ue espera conseguir>( /in#eiro... 0ensei !ue podia vender os planos ou um

    protHtipo do @9onB a outros pases.@?abAB ol#ava-o agora, estupefata.

    ( 2st louco> %ingu1m l#e pagaria um centavo, +toll.0ela simples ra=o de !ue um invento dessa esp1cie seriacedido pelos 2stados 6nidos e a 8$ssia a todos os pases domundo, gratuitamente, pois no #averia nen#um motivo para!ue fosse mantido em segredo. 2, claro, no creio !ue osrussos !ueiram mat-lo, de modo !ue no se preocupe

    !uanto & sua vida... /e !ual!uer modo, 1 preciso recuperaresses planos e devolv-los a Was#ington. +eus amigos estoa!ui em ntillanie>

    ( 2sto... numa casa, no interior da il#a. 5m telefone,mas liguei para l e no responderam. 2stava esperando !ueanoitecesse para ir saber o !ue se passa, por!ue no

    respondem... /everia estar l, pois dissolveram o furaco!uando !uiseram.( Cuer di=er !ue o furaco de duas #oras atrs foi...

    dissolvido por seus amigos utili=ando o @9onB>( +im... 3om toda a certe=a.( 2nto isso significa !ue conseguiram construir um

    modelo... 2 !ue funciona*( 2

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    ( Fantstico... ( sorriu ?rigitte. ( Voc no 1 mais!ue um ladro=in#o, +toll. :as, enfim, isso no me di=respeito. 7 !ue me di= respeito, D !ue esto a!ui, 1recuperar esses planos e o aparel#o !ue construram com

    eles e devolv-los a Was#ington. /e maneira nen#umapermitirei !ue algu1m enri!uea negociando com umaparel#o ao !ual todos os pases tm direito. +into muito.

    ( 9sso D no me preocupa. :as os russos..( /ei ( sobressaltou-se o #omen=in#o.@?abAB refletiu rapidamente. +e levasse +toll, os russos

    no poderiam fa=er nada. 5eriam !ue ficar no embarcadouro,esperando em vo por ?asil +peven;o.

    ( ) 1 noite disse. 9remos ver uma amiga. 2 depoisiremos ver os seus amigos.( +e os demnios permitirem ( interveio :inello.( Cue... !ue disse> ( sobressaltou-se +toll.( I brincadeira do meu amigo ( sorriu ?rigitte. ( 6ns

    negros nos assaltaram !uando o furaco soprava com mais

    fora e ele se assustou al1m da conta. %o 1 verdade,Fran;ie>7 ol#ar dela era fi

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    309567 +I59:7Na gru$a

    escurido era total ali. 5in#am c#egado seguindo ?ibi,!ue finalmente, D muito para o interior da il#a, saiu daestreita tril#a e meteu-se no mato. 3omo era lua c#eia, otraDeto se tornava fcil, subindo a suave ladeira da montan#a.

    :as !uando entraram na!uela gruta a coisa mudou. 2rauma escurido total, $mida, fria. ?ibi pu

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    ( +eDa bem-vinda, menina. :abanga est feli= por tornara v-la. :as lamenta !ue voc ten#a feito a viagem com um#omem tolo. +upon#o !ue...

    ( 2i* ( adiantou-se :inello. ( 3om !uem 1 isso de

    tolo, sen#ora> +aiba !ue... :in#a me* ( gritou de s$bito.( 2st !ueimando o dedo da bru

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    ( %o. 0rimeiro um casal, depois outro menino, depoisoutra menina.

    ( 5erei um casal de gmeos ento>( +im. :abanga sabe.

    0or um instante, ?rigitte pareceu impressionada,lembrando os terrveis son#os de um tempo atrs.S %umdeles, com efeito, ela tivera um fil#o e uma fil#a, gmeos. 2agora :abanga parecia ter con#ecimento da!uele son#o...?a#* 5olice.

    ( 0or !ue me c#amou, :abanga>

    ( 3#amei voc por!ue sabia !ue os demnios no apoderiam vencer. Cuero !ue os mate, menina, !ue nosoprem mais no 3aribe. Far isso>

    ( Dudarei voc, :abanga ( mati=ou ?rigitte. ( :asno sei como matar algo !ue no e( 3#ama-se /arPin +toll. %o 1 mau, :abanga, masum ambicioso.

    ( 1 mau ( repetiu a bru

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    ( 0ode falar com ela !uanto !uiser, mas eu no !uerotratos com uma feiticeira... %o se apro

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    ( Cuem 1 /iomedes>( 2le era bom. Foi !uem l#e escreveu a carta. Veio me

    ver e disse !ue tin#a escapado dos demnios. Cueria !ue euo escondesse e os destrusse. 2u o escondi em min#a casa e,

    en!uanto isso, !uis destruir os demnios, mas no pude. 7poder deles 1 maior !ue o meu. 2nto pensei em voc,menina, !ue sempre foi mais forte !ue os demnios e !ue!ual!uer outro ser !ue eu ten#a con#ecido. 0edi a /iomedes!ue escrevesse a carta, depois fui lev-la ao 3orreio e/iomedes ficou escondido. Cuando voltei, ele era sH cin=asE

    os diabos o tin#am encontrado e !ueimado. /iomedes...( 2spere um pouco. 2le foi !ueimado dentro de suacabana> 2nto devia ser a manc#a escura !ue vi no solo...2le estava ali, !ueimado>

    ( 5ransformado em cin=as, !ue eu recol#i e atirei aovento. /epois sa de l, pois !ueria estar viva !uando voc

    c#egasse. :andei ?ibi esper-la.( Vou l#e di=er o !ue aconteceu, :abanga. lgu1matacou /iomedes !uando voc no estava. :as no foramdemnios, foram #omens munidos de lana-c#amas. +abe o!ue 1 isso>

    ( 7s demnios lanam c#amas.

    ( :abanga, um lana-c#amas 1 um terrvel invento dos#omens, usado na guerra. Fui atacada !uando c#eguei noavio e depois, fa= pouco, por outros #omens. 5odos negros.5odos #omens, no demnios. 7brigaram /iomedes a di=eraonde voc tin#a ido e souberam !ue uma mul#er brancac#egaria no avio, e !ue voc #avia dito !ue eu poderiavenc-los. 0or isso !uiseram matar-me !uando c#eguei.+abiam meu nome, pois /iomedes disse. /epois !uiseramme !ueimar durante o furaco, para !ue todos tivessem medodos diabos. :as eles no so diabos e, al1m disso, tamb1m

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    tm medo... :edo de voc, :abanga, pois !ue a consideramuma bru

    ( 2le falou de uns #omens !ue maneDavam osdemnios...( "omens maneDando demnios> ( sorriu ?rigitte. (

    7ra vamos, :abanga*( 2les davam ordens aos demnios para !ue se

    metessem dentro dos furaces e os trou( +im. m!uina dos demnios. 2les a apontavam para

    o c1u e ento c#egava o furaco...( %o, :abanga... %o. I e0rimeiro, o furaco^ depois, a m!uina. 2 esse #omens de!uem /iomedes falou devem ser amigos do sen#or +toll.+o simples ladres, nada mais. %em demnios nem coisa

    parecida. 2ntende>( 2ntendo... ( assentiu :abanga, pensativa. ( :as

    /iomedes me falou dos demnios !ue esses #omensinvocam com a m!uina. 2 eu sabia !ue assim tin#a !ue ser,

    pois os furaces no tin#am !ue estar no c1u, nem na terra.

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    ( ?em... +ei !ue esta 1poca no 1 propcia a furaces,mas o certo 1 !ue tm ocorrido e !ue esses #omens osdestroem com a m!uina !ue roubaram. 9rei agora tirar-l#esa m!uina, !ue levaremos para os 2stados 6nidos. Voc

    ver como continuaro os furaces, produ=idos por umamudana atmosf1rica pouco fre!]ente nesta =ona.

    negra permaneceu imHvel e silenciosa por ummomento. 0or fim, tomou a mover negativamente a cabea.

    ( %o, menina. %o. " diabos !ue sopram, fa=endo viros furaces. 2u sei, eu con#eo o 3aribe.

    ?rigitte ol#ou para +toll, fe=-l#e um sinal e o#omen=in#o, empurrado por :inello, veio sentar-se pertodela... e o mais longe possvel de :abanga.

    ( Vou l#e contar o !ue aconteceu, +tollE os demnios de!ue /iomedes falou a :abanga so os seus amigos./iomedes trabal#ava para eles de algum modo e !ual!uer

    coisa o deve ter assustado, talve= a m!uina @9onB. 7snegros so muito supersticiosos no 3aribe. 2 muitoimpressionveis. ssim /iomedes optou por afastar-se dolugar, da!uela m!uina. 7s seus amigos se deram conta e,como no podiam permitir !ue ele falasse sobre o !ue tin#avisto, mandaram outros negros mat-lo. 2sses finalmente o

    encontraram na cabana de :abanga e deram aviso de !ueestava ali, mas no se atreveriam a entrar na casa dafeiticeira. 2nto seus amigos resolveram assustar :abanga eforam em busca de /iomedes com um lana-c#amas.7brigaram os negros a pintar o resto e, como ao c#egarem l:abanga no estava, conseguiram encoraD-los para !ue!ueimassem /iomedes. 2, antes de !ueim-lo, obrigaram-noa repetir o !ue #avia dito a :abanga, e o !ue esta #avia ditoa respeito. Cuando souberam o !ue !ueriam, !ueimaram/iomedes com o lana-c#amas e foram embora. 2ntretanto,

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    os negros atacariam a mul#er !ue ia c#egar dos 2stados6nidos c#amada por :abanga. 2 como era evidente o medo!ue esta inspirava aos negros, seus amigos insistiram emfa=er coisas !ue a assustassem. 0rimeiro, !uiseram levar-me

    num t !uem facilitou os planos do @9onB para !ue oconstrussem> 2 onde esto e

    ( 2les... eles no podem ter feito tudo isso !ue...( Fi=eram. Voc pode ser apenas um pe!ueno ladro

    dominado pela cobia, mas seus amigos so muito mais

    perigosos. 0ortanto, a eles iremos agora./arPin +toll bai( 5rs...( %omes>( )o#n 3aldPell, 2rnest :oos e 8andolp# +timson.

    2sto numa casa !uase no centro da il#a. /evem estar l,mas D l#e disse !ue no atenderam ao telefone.

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    ( 6ma avaria na lin#a 1 muito fcil !uando # tufes.9remos l e ser mel#or !ue voc no faa nen#uma tolice,

    pois comeo a pensar !ue talve= :abanga ten#a ra=o e vocseda to criminoso como os seus amigos.

    ( %o, no... ) disse !ue sH !ueria din#eiro e pensei!ue, com o @9onB, poderia...

    ( 2st bem. Fran;ie, no o perca de vista em nen#uma#ipHtese.

    ( /ei ( perguntou :abanga.( %o 1 necessrio ( sorriu @?abAB. ( %em # ra=o

    para voc se enfrentar com os @demniosB. ?ibi fica comvoc. 7nde esto os outros membros da sua numerosafamlia>

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    ( 2scondidos em diversos lugares da il#a.( ?em, voltaremos a!ui !uando tudo estiver terminado.braou a bru

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    ( %o diga tolices. +o os mesmos #omens !ue nosatacaram durante o furaco, com os mesmos tru!uesest$pidos...

    ( """"""...* "-"-"-"-

    """"...*?rigitte aDoel#ou-se no c#o e disps-se a abrir maletin#a.

    ( Voc vai ver como dei

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    +eguiram-se uns segundos de silncio. 7s @demniosBno se moviam, nem lanavam mais fogo. :inello tin#a

    passado um brao pelos ombros de ?rigitte, em atitudeprotetora e desafiante ao mesmo tempo, ol#ando para os

    negros !ue tin#am & frente.2 apareceu o novo personagem. 7utro negro, mas de

    menor porte !ue os !ue o rodeavam. 3amin#ou lentamentepara eles, oscilando, curvado...

    ( Cuem 1> ( perguntou ?rigitte.( "-"""""* ( riu o negro co

    ( Cuero ver meus amigos ( disse o cientista, ( 7ndeesto>

    ( 2sto na casa, sen#or +toll. Cuer v-los>( +im, imediatamente* :atem estes dois agora mesmo*Fran; :inello deu um salto ao ouvir isto.

    ( :aldito verme* ( gritou. ( Cuando eu l#e puser amo em cima, vai ver uma coisa*

    ( :atem os dois* ( gritou +toll. ( +o nossosinimigos, ?ernadott*

    ( Verme as!ueroso, vou l#e...*( 3alma, Fran;ie ( sussurrou ?rigitte ( assim voc sH

    conseguir !ue nos matem mesmo.

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    ( :atem os dois* :atem os dois* ( gritava +toll. (+o nossos inimigos e temos !ue...*

    ( +o inimigos poderosos ( disse o c#amado?ernadott. ( :uito poderosos, sim. +obretudo a mul#er. I

    uma bru

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    ( /e modo !ue pensa saber tudo> 2 ac#a !ue os agentesrussos me perseguiriam por ter roubado algo com essascaractersticas>

    ( 2nto... o !ue foi !ue voc roubou>

    ( " algo !ue voc ignora acerca do @9onB. %ingu1m osabe, sH eu. I verdade !ue um dos cientistas russos !uecolaboram conosco intuiu alguma coisa, mas no podia sabero !ue era. 5odos trabal#vamos no mesmo proDeto, mas eu,al1m disso, fa=ia meu prHprio trabal#o, em segredo... 2 sH orusso suspeitou !ue eu me empen#ava em algo... diferente.

    0or isso deve ter informado o seu servio secreto e agentesdeste comearam a vigiar-me. Cuando sa de Was#ington meseguiram...

    ( %esse caso, se sabia !ue o cientista russo suspeitavaalgo, voc no devia ter sado de Was#ington.

    ( 5in#a !ue fa=-lo, pois estes idiotas da!ui estiveram

    utili=ando demasiado a m!uina* /isse-l#es !ue deviamconstru-la, simplesmente, e esperar-me... mas fi=eram o !uebem entenderam e complicaram tudo.

    ( %a verdade, no entendo o !ue di=, +toll( 2stou l#e falando do @9onB. 3om efeito, ele 1 capa= de

    dissolver furaces, por1m, maneDado ao inverso, os produ=...

    3ompreende agora>( %o... ( ?rigitte estava atnita.( 0ois estou l#e falando em linguagem clara, 7 @9onB

    dissolve furaces. :aneDado ao inverso, por1m, e com certasmodificaes de min#a inveno, provoca furacesartificiais. descarga de ondas atmicas ocasiona umasobrecarga de energia na atmosfera, de onde uma grandeelevao de temperatura !ue d origem a nuvens rec1m-criadas por evaporao da gua do mar. parecemrelmpagos, produ=em-se frices entre fortes cargas

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    el1tricas, o ar 1 !ueimado to violentamente !ue sedesencadeiam os ventos... 2m poucos minutos, posso criarum furaco, o !ual por sua ve= pode transformar-se umtufo, em maremoto... %o sei at1 onde pode c#egar essa

    fora da nature=a maneDada por mim* 2 depois, utili=ando demaneira direta o @9onB, posso dissolver o furaco, ou otufo... se !uiser.

    ( 2 !ue pretende com isso>( Cue pretendo> 0retendo destruir o mundo, se assim

    me convier* 0osso destroar todo o continente americano, se

    me der vontade. 5erei apenas !ue criar vrios furaces outufes em suas costas... e no os dissolver.( :as voc no 1 o $nico !ue tem o @9onB, +toll. \

    medida !ue fosse lanando furaces sobre o continente, seuscolegas !ue trabal#aram com voc iriam dissolvendo-os comm!uinas fabricadas em s1rie, a toda a pressa.

    ( %o tero tempo* primeira coisa !ue farei serameaar os 2stados 6nidos com a destruio total, se no mepagarem um bil#o de dHlares e no me entregarem todos osplanos do @9onB, bem como os cientistas russos e americanos!ue intervieram em sua criao* +e no fi=erem issoimediatamente, destruirei toda a costa sudeste do pas e

    acabarei por arrasar os 2stados 6nidos de costa a costa...2ntende agora>( +im ( murmurou ?rigitte. ( 2 entendo tamb1m !ue,

    desde o comeo, foi isso o !ue voc e seus amigosproDetaram.

    ( 3laro. 2les tamb1m so cientistas, como eu. 3ientistasressentidos. %unca foram considerados importantes, nuncaos prestigiaram. 3on#eciamo-nos # tempo,correspondamo-nos, viamo-nos de !uando em !uando... t1!ue um dia me veDo trabal#ando no @9onB... e sou o $nico

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    !ue pode compreender todas as suas possibilidades* %o 1isto uma prova da inDustia com !ue ten#o sido tratado at1agora> %o prova !ue sou mais inteligente !ue todos os...>

    ( %o, +toll. 9sto prova apenas !ue os outros cientistas,

    tanto americanos como russos, procuraram criar um aparel#o!ue lutasse contra os elementos da %ature=a, no !ue os

    provocasse. 5rabal#avam em benefcio do #omem. Voc,!uando compreendeu as possibilidades negativas do @9onB,sH pensou em si mesmo. I verdade, +tollE voc 1 umressentido. 2 um louco. 2ntretanto, talve= possamos ainda

    c#egar a um acordo...( cordo> ( riu +toll. ( 3laro !ue no c#egarei anen#um acordo com voc, nem com ningu1m* Cuero um

    bil#o de dHlares imediatamente* /epois veremos o !ueresolvo fa=er com o mundo, !ue estar em min#as mos.

    ( +eus amigos so to loucos como voc>

    7 cientista parecia agora outro #omem, alucinado,e

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    ( 2ssa bru

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    ( bram e entrem. 3on#ecero o @9onB. e meus amigos.

    309567 %7%7A -ru8a -ran1a

    Fran; :inello abriu a porta e afastou-se, dei

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    2la saiu da oficina atrs de +toll, !ue tin#a visto selevantar e correr cambaleando para a porta da casa, sempreaos gritos.

    ( Volte, +toll* %o saia* %o compreende !ue...>

    :as o aterrori=ado #omen=in#o D saa da casa. :inellopareceu disposto a persegui-lo, mas ?rigitte o reteve pelobrao.

    ( %o, Fran;ie* 9sto 1 coisa dos negros, desse ?ernadott.Vamos ficar a!ui... 3#amarei os )o#nnies pelo rdio e, em

    poucos minutos, c#egaro de #elicHptero para aDudar-nos.

    vo= de +toll c#egou-l#es na!uele momento.estran#amente guturalE( ?ernadott...* +ou +toll* +ou...*( pague a lu=, Fran;ie* ( gritou ?rigitte.)ustamente no momento em !ue :inello saltava para o

    interruptor e apagava a lu=, fora soava o riso

    verdadeiramente demonaco de ?ernadottE( ""-"""-""""...*( ?ernadott, sou +toll* ( gritava este.( Danela* ( e 5en#o a sua m!uina e serei eu !uemficar rico com ela. :atarei todos os !ue no meobedecerem, 7brigado pela m!uina, sen#or +toll*

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    eles, e !ue resolve mat-los para desfrutar de um incrvelpoder. +e esse...

    3alou-se e :inello, apHs esperar uns segundos,perguntouE

    ( Cue #>( %o ouve nada>( %o...( 2st comeando a c#over.:al ela disse isto, a lua desapareceu. Fora, a escurido

    tornou-se absoluta. penas os retngulos de lu= !ue saam da

    casa. 2 s$bito tamb1m estes desapareceram. 5revas total.( /esligaram a lu= ( murmurou ?rigitte. calma. (5erei !ue preparar isto &s escuras.

    ( 2st c#ovendo...( 5rata-se de outro furaco. ?ernadott deve estar em

    lugar seguro, fa=endo funcionar a sua m!uina...

    ( """""""... "-"-"."""...* ( ouviu-se como flutuando na c#uva fina.Cuase em seguida, longn!uo, o retumbar de um trovo.

    6m relmpago enc#eu tudo de viva lu= a=ul. c#uvaengrossou. 7utro relmpago, outro trovo... 7 ventocomeou a soprar.

    ( Vigie e

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    ( Cue...> ( sobressaltou-se :inello.Fora apareceu uma labareda vermel#a e a=ul. 2 ?rigitte

    viu os trs corpos estran#amente coloridos saltando no ar.o mesmo tempo, por cima da!uele claro, viu algo !ue

    a dei ( gritou :inello.2la no se deu ao trabal#o de repetir. Fora o ventosibilava cada ve= com mais fora. :as tamb1m se ouviamgritos #umanos, c#eios de pavor.

    pontou mais ou menos para onde tin#a vistofuga=mente a rvore e disparou pela segunda ve=. labareda

    iluminou no sH a rvore, muito perto, mas vrios negros, decostas, correndo como loucos, afastando-se da!uela casa.( Voltem* ( soou a vo= de ?ernadott. ( %o 1 uma

    bru

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    ( +ou eu ( disse esta. ( 2ncontrei a m!uinaE estinutili=ada.

    ( 2 eu o negro, mas ser mel#or !ue voc o veDa,?rigitte.

    ( sseguro-l#e !ue no ten#o o menor interesse. Vamo-nos da!ui, Fran;ieE ouo rumor de gente apro( 0or!ue isso significar !ue dei ( riu :inello.( 2

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    imHvel, lvido. 5o imHvel !ue um de seus compan#eirosol#ou-o fi ( perguntou. /e onde saiu esse fardo.%o teve resposta, pelo !ue se apro

    6m dos outros veio colocar-se a seu lado, ol#os fi( I ?asil +peven;ol %o estou entendendo nada...

    $nica coisa !ue sei 1 !ue o americano estava carboni=ado,

    !ue #avia cabeas cortadas na casa, !ue o @9onB foratransformado em ferro vel#o. %o entendo... :as, pelomenos, voltamos com a m!uina.

    ( Cue vamos di=er !uando nos perguntarem o !ueaconteceu>

    ( %o sei. :as tudo isto parece coisa do demnio... se

    e( +ei l ( foi a resposta.2le dirigiu um ol#ar torvo & bru

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    estavam ?rigitte e :inello. trs destes, tamb1m sentadosno c#o da cabana, com as pernas cru=adas, os familiares de:abanga. 5antos !ue :inello D desistira de distinguir umdo outro, embora estivesse ali # trs dias, durante os !uais a

    cabana #avia sido reconstruda com uma rapide= !ue sH osdHlares americanos podem conseguir.

    ( :as est fa=endo algum conDuro, no> ( insistiu ele.( 3om certe=a. /eve ser uma festa de despedida.( I por !ue vamos embora> 2sta il#a 1 estupenda,

    ?rigitte. Voc enviou ao :i;A os artigos sobre o assunto,

    no temos nada !ue fa=er em %ova 9or!ue...( Voc no, pois est desempregado, mas eu aindatrabal#o noMorning News.

    ( ?a#* Voc no 1 empregada de ningu1m e sempre fa=o !ue l#e d na tel#a.. 0or !ue no ficamos mais uns dias> )se acabaram os tufes, podemos dedicar-nos a nadar e

    apan#ar sol, como nos $ltimos... 7#, dois dias !ue nuncaes!uecerei* %unca*( +ilncio* ( e

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    evantando-se, ela se apro

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    dHlares e falou-l#e ao ouvidoE / isto & vovH !uando eu tiverpartido e diga-l#e !ue 1 para todos vocs, ?ibi. %o vaies!uecer>

    ( %o, menina. 5amb1m !uero te dar um presente.

    5irou do bolso uma pata de coel#o e estendeu-a. ?rigittesorriu com encanto.

    ( 7brigada, ?ibi. 2u a usarei sempre.( / muita sorte ( garantiu o menino.( 2u sei, !uerido.5ornou a beiD-lo, saudou a todos com a mo e, apHs

    ol#ar para :inello com a testa fran=ida, saiu da cabana.( ?rigittteee...* %o me dei

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    ( 7brigado, vel#a gorda*2 tornou a sair, correndo e c#amando por ?rigitte.

    ( 2le c#amou voc de vel#a gorda ( disse um dosnetin#os de :abanga. ( 3astigue-o, vovH*

    ( %o, Do-Do... %o. #omens como esse no se devecastigar. +entem-se... +entem-se todos. Vamos pedir aosespritos pelo bem dele e da menina... +entem-se. 0odemos

    pedir coisas boas, agora !ue D no sopram os demnios do3aribe. .

    NO SE 9EE CONF3AR NOS ESP3:ES

    ( ?rigitte* ( Fran; :inello entrou no living gritando.( ?rigitte, ?rig...* #, voc est a!ui 8ain#a de :in#aVida* 8ecebi outra carta de...*

    ( 7#* ( apareceu o desencanto em seu rosto. ( VeDo

    !ue est mal acompan#ada.:i;A 'rogan, sentado numa poltrona, dirigiu-l#e umol#ar torvo.

    ( Cuando voc tomar Deito, Fran;ie> (grun#iu.( V pra o diabo, vel#o tirano ( riu :inello.( ?rigitte, recebi mais duas cartas* /o Chi1ago Tri-une

    e do Morning ;eral(, de tlantic 3itA* 7ferecem-mesalrios incrveis* 2 com estes D so seis Dornais !ue!uebram lanas para me contratar...*

    ( 3omo contrat-lo> ( saltou 'rogan. ( Voc tem umemprego

    ( +im> ( :inello ol#ou-o friamente. ( 7nde>( 7ra, onde* %o Morning News, naturalmente. %oseu

    Dornal*

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    ( 2st ruim da cabea. .. ( disse :inello, ol#ando para?rigitte. ( 2st como as cabras de :abanga durante otufo. 2u me demiti e no penso reconsiderar...

    ( +entiremos falta de voc ( murmurou ?rigitte.

    ( Falta de mim> Cue !uer di=er com isso>( 0ois se vai trabal#ar em tlantic 3itA ou em 3#icago,

    pouco nos veremos, no 1> final estou to #abituada comvoc.

    ( :eu... /eus... ( balbuciou :inello.( 2nfim, se esse 1 seu deseDo.

    ( 7 vidro da min#a porta D foi substitudo (resmungou 'rogan. ( 2, afinal de contass um vidro 1apenas um vidro,

    ( ?om ( disse :inello ( est bem. ) !ue os dois mesuplicam deste modo, ficarei. 'ostou dos artigos de ?rigittesobre os demnios do 3aribe, c#efe>

    ( %aturalmente. :uito* venda aumentaconsideravelmente cada ve= !ue ?rigitte... :as por !uepergunta isso>

    ( 0or!ue logo vai ter um outro 0rmio 0ulit=er no seupas!uim.

    ( Cuem> ( pasmou 'rogan. ( Voc>*

    ( 3laro. %o sou o maior redator esportivo do pas>( ?em, talve=... :as disso a gan#ar o 0rmio 0ulit=er...( 7#, no importa ( :inello sorriu de orel#a a orel#aE

    ( do mesmo modo !ue falsifi!uei estas cartas de outrosDornais, posso falsificar o 0rmio 0ulit=er.

    ( 3omo> Voc tem a desfaate= de confessar !ue...* (comeou 'rogan, no auge da indignao.

    :as ?rigitte ps-se a rir e ele deteve-se.( 0or falar em falsificao ( disse ela, rindo ainda. (

    5amb1m eu de certo modo falsifi!uei a!uela sua carta ao

  • 8/13/2019 b215 o Demonio a Solta No Caribe

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    :i;A demitindo-se doMorning News, Fran;ie. 5a!uigrafei-a, lembra-se> 2 em ve= de demisso voc pediu desculpas

    por ter !uebrado vidro da sala de :i;A. Voc a assinou semler e, tamb1m sem ler, :i;A guardou no bolso.

    ( ?rigitte* ( e