Bacia do Solimões

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Prof.(a): Isabel Nascimento GEOFÍSICA NA BACIA DO SOLIMÕES

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Prof.(a): Isabel Nascimento

GEOFÍSICA NA BACIA DO

SOLIMÕES

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BACIA DO SOLIMÕES

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Bacia Paleozóica intracratônica

Fonte: Clark, 2002)

• Região Norte do Brasil, totalizando uma área de 600.000 km2, sendo 300.000

km2 referente à ocorrência de sedimentos Paleozóicos.

• Subdivide-se em duas áreas separadas pelo Arco de Caruari: a Sub-bacia do

Jandiatuba, a oeste, e a Sub-bacia do Juruá, a leste.

• Caputo (1984), sugeriu para a região do Alto Amazonas, a designação de

Bacia do Solimões

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Aquisição de Dados Sísmicos 2D: 35.809 km2.

Aquisição de Dados Sísmicos 3D: 48.783 km2.

Poços Exploratórios: 156 poços.

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Fonte: Petrobras

• 9 campos de gás na

província de Juruá, incluindo

a região do Rio Biá;

• 5 campos de óleo, gás e

condensado na província de

Urucu;

• 1 campo de

gás no Rio Copacá;

• 3 campos de gás e

condensado na província de

São Mateus

A produção atual está em torno de 35.000 barris de óleo por dia (42 API),

além de, aproximadamente, 1.700.000 m3 de gás natural.

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Rochas Geradoras

1. Principal Rocha Geradora:

Folhelho radioativo (Devoniano - Frasniano) da Formação Jandiatuba:

• COT (Teor de Carbono Orgânico) máximo: 8,25%.

• Espessura máxima do Folhelho: 40-50 m.

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Folhelhos Devoniano do Membro Jaraqui (Formação Jandiatuba):

COT (Teor de Carbono Orgânico): 0,65% - 1,45%.

2. Rochas Geradoras Secundárias:

Folhelhos silicosos da Formação Uerê:

• COT (Teor de Carbono Orgânico): 1,48% - 3,07%.

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Arenitos (Carbonífero) da Formação Juruá

- Seção Superior: Sedimentos Eólicos.

Porosidade (Ø): até 22,5 %.

Permeabilidade (K): 100 a 320 mD.

- Seção Basal: Sedimentos Fluvio – deltáicos.

Porosidade (Ø): 9 - 11 %.

Permeabilidade (K): 1 a 350 mD.

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Evaporitos das Formações carauarí e Juruá.

• Trapas Estruturais

• Falhas direcionais.

• Esforços transpressivos.

• Falhas reversas.

• Dobras anticlinais assimétricas en echelon, formando trends de direção NE-SW(Nordeste -

Sudoeste).

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• Migração através de planos de falhas reversas.

• Acumulação em anticlinais assimétricas associadas.

Fonte: Clark, 2002

Modelo de Acumulação de Hidrocarboneto

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Rochas ígneas constituídas essencialmente por plagioclásio,piroxênio,

quartzo, biotita e hornblenda, apresentam textura subofítica dominante, e foram

reunidas sob a denominação Episódio Penatecaua (Issler et al. 1974).

A espessura máxima atravessada por poço na Bacia do Solimões é

de 1.038 m.

Intrusão de uma soleira de diabásio (Francis, 1982).

• Quando o diabásio ainda está fluido ele migra

mergulho abaixo, por gravidade, para o depocentro

estrutural e, caso haja alguma mudança litológica e/ou

estrutural, ele “procura o caminho mais fácil” para

continuar o seu fluxo em direção à calha estrutural.

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Mapa de isólitas de diabásio dentro da seqüência permocarbonífera.

Analisando-se os mapas de isólitas nota-se que há um certo controle do

magmatismo em relação aos grandes altos estruturais edificados antes da

intrusão das soleiras, no Triássico. No Arco de Purus, por exemplo, há uma

diminuição da espessura, enquanto no depocentro da bacia há um forte

espessamento.

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O posicionamento estrutural da soleira está diretamente relacionado

à presença de óleo ou gás.

Quanto mais profunda, conseqüentemente mais próxima das rochas

geradoras e reservatórios, tem-se a presença do gás, como nos

campos descobertos na região do Rio Juruá.

Se a soleira é mais rasa, menor efeito térmico sobre o gerador e se

tem, então, óleo, como nos campos da Província do Rio Urucu.

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Outro problema causado pelo diabásio é o chamado salto de soleira,

que sugere uma estrutura.

Dificulta a penetração das ondas sísmicas, o que implica seções

sísmicas de baixa qualidade. Atrapalha muito quando se faz a

conversão tempo - profundidade, pois nunca se tem segurança da

espessura real das soleiras nas áreas distantes dos poços de

controle.

Em seus aspectos positivos, foi importante na geração de óleo e

gás, assim como no craqueamento de óleo, pois sem ele não

haveria calor para a transformação da matéria orgânica.

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Visualização sísmica 3D exemplificando o corte em planta e vertical de uma soleira em forma de “vitória-régia”.

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Interpretação Sísmica da estrutura de idade mesozóica da bacia do Solimões (tectonismo Juruá). (Fonte Costa, 2002)

A estruturação na Bacia do Solimões apresentam interpretações de falhas normais e inversas com ângulos de mergulho que variam de 80º a 90º.

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Seção sísmica 2D transversal ao Alinhamento do Juruá, área nordeste da Província Gaseífera do Juruá. (Fonte: Petrobras).

FALHA REVERSA

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(Fonte: Eiras et al., 1994).

Formação

Formação Benjamin Constant :Formação Benjamin Constant e o Embasamento Cristalino e

Formação

Formação

Formação Fonte Boa:

Formação

.

, o estabelecimento

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Linha Sísmica interpretada – Linha 391 (paralelo a direção de encurtamento). Software SeisVision – GeoGraphix (Landmark®).

Falha Inversa

dobras

anticlinais

Podemos identificar discordâncias erosivas, as

quais servem de guias para as datações, como,

separando a Formação Fonte Boa(Permiano) da

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Linha Sísmica Interpretada – Linha 392 (paralelo a direção de encurtamento). Software SeisVision – GeoGraphix (Landmark®).

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Linha Sísmica Interpretada – Linha 393 (paralelo a direção de encurtamento). Software SeisVision – GeoGraphix (Landmark®).

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Linha Sísmica Interpretada – Linha 395 (perpendicular a direção de encurtamento). Software Seis Vision – Geographix (Landmark®).

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Seção Sísmica convertida de tempo (ms) em profundidade (m).

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O ângulo de falha (rampa) identificado nesta seção, foi de 22º para o evento de descolamento basal da

Formação Prosperança.

Seção Sísmica convertida em profundidade, com apenas o primeiro evento tectônico retrodeformado.

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Seção Sísmica convertida em profundidade e Retrodeformada – Camadas Subparalelas. Retrodeformação somando o evento 1 mais o evento 2, para análise da porcentagem de encurtamento da seção.

A seção atual tem aproximadamente 12.500 metros e o ângulo de falha (rampa) aproxima-se a 10 graus. Sendo o

evento 2 (dois) mais recente que o evento 1 (um).

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Mapa estrutural do contato entre as Formações Prosperança (topo) e Juruá (base). Software SeisVision –Geographix (Landmark®).

Foram aplicados a

metodologia de geração de

mapas estruturais, gerando

superfície relacionada ao

topo da Formação

Prosperança e/ou o contato

entre a Formação

Prosperança com a

Formação Juruá. Nota-se o

modelo de zona triangular do

tipo I (McClay -1992 ) visto em

planta, em que a área em

azul representa um baixo

estrutural, enquanto que em

verde um alto estrutural.

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Mapa estrutural do contato entre as Formações Juruá (topo), e Carauari (base). Software SeisVision –

Geographix (Landmark®).

Superfície relacionada ao

topo da Formação Juruá e/ou o

contato entre a Formação

Juruá com a Formação

carauarí. Zona triangular do

tipo I (McClay -1992) visto em

planta, em que a área em azul

e roxo representa um baixo

estrutural, enquanto que em

verde um alto estrutural.

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Mapa estrutural do contato entre as Formações carauarí (topo) e Fonte Boa (base). Software SeisVision –Geographix (Landmark®).

Superfície relacionada ao

topo da Formação carauarí e/ou

o contato entre a Formação

carauarí com a Formação Fonte

Boa. Neste mapa as áreas em

azul e roxa representam um

baixo estrutural, enquanto que

em verde e vermelho um alto

estrutural. Podemos observar

pequenas variações de tempo

e/ou profundidade neste topo

ou contato, sendo essas

pequenas variações geradas

por falhas secundária.

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Mapa estrutural do contato entre as Formações Fonte Boa (topo) eAlter do Chão (base). Software SeisVision –

Geographix (Landmark®).

Superfície relacionada

ao topo da Formação Fonte

Boa e/ou o contato entre a

Formação Fonte Boa com

a Formação Alter do Chão.

Neste mapa as áreas em

azul e roxa representam

um baixo estrutural,

enquanto que em verde e

vermelho um alto

estrutural. A intensa

variação de cores se dá

devido o intervalo da

escala escolhida ser muito

pequeno, com isso

qualquer variação é

descriminada.

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• A sobrecarga sedimentar e o fluxo térmico litosférico pretérito não foram os fatores mais importantes

na maturação da Bacia do Solimões, e sim a temperatura, o volume, a geometria e a conseqüente

sobrecarga causada pelas intrusões de diabásio.

• O imenso banco de dados e de conhecimentos adquiridos ao longo dos anos de exploração da

bacia, com o objetivo de melhorar principalmente o entendimento

a respeito da geração, migração e acumulação do petróleo sob a influência do calor das intrusões de

diabásio; das trapas estratigráficas e/ou mistas existentes, da remobilização do petróleo pelo tectonismo

cenozóico que afetou a região amazônica.

• Entre as diversas dificuldades encontradas para a exploração de petróleo na região

amazônica, as soleiras de diabásio existentes em todas as bacias paleozóicas brasileiras

dificultam a exploração sísmica por gerarem múltiplas e divergência esférica no sinal sísmico,

muito embora tenham executado um importantíssimo papel durante o processo de maturação da matéria orgânica.

CONCLUSÃO

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BIBLIOGRAFIA

Pietrobon, Matheus. MODELO ESTRUTURAL DA SUB-BACIA DO JURUÁ (BACIA DO SOLIMÕES/AM), BASEADO EM

INTERPRETAÇÃO DE DADOS SÍSMICOS E INFLUÊNCIA DA TECTÔNICA PRÉ-ANDINA NA GERAÇÃO DE TRAPAS.

UNESP, Rio Claro – SP, 2006. Monografia. Disponível em :

< http://www.anp.gov.br/CapitalHumano/Arquivos/PRH05/Matheus-Ortega-Pietrobon_PRH05_UNESP_G.pdf >

Acesso em: 13 nov. 2010.

Guimarães, Paulo Buarque.Situação da Sismica Terrestre n Brasil. Projeto ONIPGEO.

Ed. Bacoccoli Consultores Associados.2010

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BECKER, C. R. Estratigrafia de seqüências aplicada ao permo-carbonífero da Bacia do Solimões, Norte do

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EIRAS, J. F., BECKER, C. R., SOUZA, E. M., GONZAGA, F. G., SILVA J. G. F., DANIEL, L. M. F.,

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CENPES, v. 8, n. 1, p. 17-45, jan./março 1994.