back school escola de postura

download back school escola de postura

of 8

Transcript of back school escola de postura

  • 7/25/2019 back school escola de postura

    1/8

    Rev. bras. fisioter. Vol. 5 No. I (200 I). 1 8

    Associao Brasileira de Fisioterapia

    BACK SCHOOL UM ARTIGO DE REVISO

    Pereira, A.

    P B.

    Sousa, L. A.

    P

    e Sampaio, R.

    F.

    Departamento de Fisioterapia,

    UFMG

    Correspondncia para: Rosana Ferreira Sampaio, Departamento de Fisioterapia, UFMG, Av. Antnio Carlos, 6.627,

    CEP

    31270-90

    I, Belo Horizonte, MG

    Recebido: 05/01/00- Aceito:

    30/05/00

    RESUMO

    O

    objetivo desta reviso bibliogrfica descrever a metodologia inicial do programa de Back School e suas modificaes posteriores,

    alm de revisar os estudos que avaliaram a eficcia dessa interveno. A interveno denominada Back School foi inicialmente desen

    volvida por uma fisioterapeuta sueca, com o objetivo de capacitar os indivduos para que assumissem atitudes de auto-cuidado com

    a coluna, por meio de orientaes sobre a lombalgia. Para tanto, a Back School foi estruturada em quatro lies compostas por contedos

    tericos e prticos (exerccios especficos). Essa proposta inicial sofreu modificaes que deram origem a outras escolas, dentre as

    quais as mais importantes so: Canadian Back Education Units (CBEU) e a Back School Californiana. Alguns estudos comprovaram

    a eficcia da

    Back School

    em reduzir o absentesmo, a dor e a incapacidade funcional. Porm, outros estudos, que investigaram a

    associao dessa tcnica com a reduo de dor e recidiva de lombalgias, no encontraram resultados significativos. Apesar de os artigos

    revisados descreverem pesquisas bem desenhadas, apresentaram uma metodologia de interveno muito variada, dificultando nossa

    anlise e mostrando que, para avaliar a eficcia dessa proposta, muitas so as variveis a ser controladas. Assim sendo, a informao

    existente no suficiente para encerrar essa discusso. Atualmente, a Back School pode representar uma alternativa de interveno

    para pacientes portadores de problemas na coluna, necessitando, porm, de uma sistematizao em sua metodologia.

    Palavras-chave: Back School metodologia, lombalgia, fisioterapia.

    ABSTRACT

    The objective

    of

    this revision was to describe the initial methodology

    of

    the Back School program and its subsequent modifications, be

    sides revising some studies that evaluate the effectiveness of that intervention. The denominated intervention Back School was initially developed

    by a Sweden Physiotherapist with the objectives

    of

    giving orientations about back self-care by understanding the low back pain. For this,

    the

    Back School was strutured

    in

    four lessons composed

    of

    theorethical and practical contents (specific exercises). The initial proposal suffered

    modifications that created other schools, among which the most important are the Canadian Back Educations Units (CBEU) and the Californian

    Back School. Some studies proved the Back School effectiveness

    in

    reducing the work absenteism, the degree

    of

    pain, and the levei o f functional

    disability. However, other studies that investigated the association

    of

    that technique with the pain reduction and reincidence

    of

    low back

    pain, did not find significant results.

    In

    spite

    of

    well-designed revised studies, it was observed different intervention protocols what make

    analysis difficult and showing that to be able to evaluate the efficacy of this kind of program, there are many variables to be controlled.

    Therefore, the available information is not enough to close the discussion. Nowadays, the Back School can represent an intervention al

    ternative for patients with back problems but

    it is

    necessary better sistematization

    of

    its methodology.

    Key words:

    Back School, metodology, back pain, phisioteraphy.

    INTRODUO

    A sndrome dolorosa lombar

    ou

    lombalgia, definida como

    uma dor localizada na

    regio

    lombar,

    de

    incio insidioso,

    vago

    ou intensamente doloroso, representa alto custo para

    o

    sis

    tema

    atual de sade Freitas

    Pessoa, 1984).

    Apesar do

    progresso

    da ergonomia

    e

    do uso de sofisticados

    mtodos

    diagnsticos,

    na

    ltima

    dcada

    as lombalgias e Jombociatalgias

    tiveram

    um crescimento

    14

    vezes

    maior que

    o

    crescimento

    da

    populao

    Mooney, pud Cecin, 1997). No Brasil, a dor

    lombar

    est entre as 20 queixas

    diagnsticas mais

    comuns

    em

    adultos que

    procuram

    atendimento na rede pblica, com

    uma taxa de I 5 por I00 consultas/ano (Soibelman et al. 1996).

    Um estudo

    de

    demanda

    e

    conduta

    em relao

    dor

    nas costas

    realizado no Hospital do Aparelho Locomotor, Sarah, Belo

    Horizonte, entre maro

    e

    setembro de 1994, analisando uma

    amostra de 544 pessoas, mostrou que 45,9

    dos

    pacientes

    apresentavam

    lombalgia

    Oliveira,

    1995).

    A

    dor

    lombar,

    como causa

    de

    afastamento,

    um grande

    problema

    na

    indstria mundial Versloot et al. 1992). Es-

  • 7/25/2019 back school escola de postura

    2/8

    2

    Pereira,

    A.

    P B., Sousa,

    L. A.

    P e Sampaio,

    R. F

    Rev

    bras . isiota

    tudos

    epidemiolgicos

    tm demonstrado

    que 10%

    a

    15% de

    todos os afastamentos na Europa

    so

    causados

    por

    essa pa

    tologia.

    Alm

    disso,

    25% de

    todas as leses

    ocupacionais

    nos Estados Unidos

    esto

    relacionadas sndrome doloro

    sa

    lombar

    (Freitas & Pessoa, 1984; Versloot et ai., 1992).

    Embora

    a

    exata

    fisiopatologia da lombalgia ainda esteja em

    discusso, h uma crescente concordncia a respeito

    do

    impor

    tante papel

    representado por

    fatores

    psicolgicos. A dor

    uma percepo

    refletida no s

    por

    eventos

    corporais,

    mas

    tambm

    por pensamentos e emoes (Hall & Hadler, 1995).

    Muitos tratamentos utilizados nas dorsalgias e,

    em

    particular, nas lombalgias,

    ainda

    necessitam

    de

    comprovao

    cientfica. Regimes teraputicos so freqentemente basea

    dos no sucesso

    de tratamentos

    empregados por profissionais

    de sade na sua

    prtica

    cotidiana, at que

    estudos

    mais con

    trolados sejam desenhados para analisar e

    comprovar

    a efic

    cia (grau em que determinada interveno, procedimento, regime

    ou servio origina

    um

    resultado positivo

    em

    condies ideais.

    De

    maneira

    ideal, a determinao da eficcia

    baseia-se nos

    resultados de um ensaio controlado

    com

    distribuio aleatria)

    de tais intervenes. Conseqentemente, uma grande diver

    sidade de tratamentos tem surgido. Muitos

    ainda

    no foram

    validados cientificamente, outros foram recusados por no apre

    sentarem uma resposta positiva

    em

    seu processo de avaliao,

    e ainda h os

    que no apresentaram

    resultados

    conclusivos,

    necessitando de novos estudos.

    Nos ltimos

    anos, uma

    interveno em particular,

    conhecida

    como Back Schooi,

    tem alcanado reconhecimento

    e

    popularidade. Observaes

    clnicas recentes concluram

    que

    a

    Back Schooi

    representa uma efetiva

    (efetividade:

    grau

    em que determinada interveno, procedimento, regime ou

    servio, empregados na

    prtica, alcanam

    o

    resultado de

    sejado em uma populao determinada) tcnica teraputica

    na abordagem

    da

    dor

    nas

    costas

    (Brown et ai.,

    1992;

    Casa

    rotto Murakami, 1995; Hall Iceton, 1983; Indahl et ai.,

    1998; Moffet, 1986; Verso1oot et ai., 1992). Entretanto, como

    veremos neste trabalho,

    algumas questes

    a respeito

    da Back

    School permanecem sem definio. A resposta a tais questes

    pode afetar profundamente a implantao e o desenvolvi

    mento

    de um programa de Back Schooi em uma

    clnica,

    in

    dstria ou setor

    educacional

    (Fisk et al., 1983).

    Nesse contexto, decidimos estudar o

    programa

    proposto

    pela

    Back School,

    as modificaes que ele vem sofrendo e rever

    os estudos

    que

    j

    analisaram os resultados

    dessa

    interveno.

    Nesta reviso bibliogrfica, abordaremos somente o programa

    de Back School referente

    sndrome dolorosa lombar, devido

    a

    sua maior prevalncia

    entre as

    patologias

    da

    coluna.

    B CK SCHOOL: A PROPOSTA ORIGINAL

    E SUAS MODIFICAES POSTERIORES

    Back School

    Sueca

    A Back School, inicialmente desenvolvida no

    Hospital

    Dandery,

    Stockholm em 1969, foi descrita por uma fisio

    terapeuta sueca, Mariane Zachrisson-Forsell. O

    termo

    Back

    Schooi, adotado nos pases

    de lngua

    inglesa, pode ser tra

    duzido

    como escola das costas ou mais comumente adap

    tado para escola

    de

    coluna

    (Cecin

    et a ., 1991 . O objetivo

    principal

    dessa proposta

    melhorar

    a

    capacidade

    do in

    divduo em

    cuidar de

    sua coluna atravs de explicaes sobre

    lombalgia

    e

    quais atitudes

    pode

    o

    prprio

    indivduo tomar

    em relao a essa patologia (Forsell, 1981 ).

    Os principais componentes

    da

    Back School

    so noes

    de

    ergonomia

    e

    informaes sobre

    como evitar a

    dor

    nas

    costas . A

    Back School

    foi

    ento

    estruturada em quatro lies

    que so ministradas por um

    fisioterapeuta

    em um perodo

    de duas semanas. Cada

    lio,

    de

    acordo

    com

    a nomenclatura

    adotada pela autora, dura

    cerca

    de 45 minutos. O progra

    ma prope ainda, quando possvel, visitar o local

    de

    tra

    balho

    dos

    pacientes durante

    o

    tratamento

    (Forsell, 1981 ).

    A

    primeira

    lio consiste na discusso

    de aspectos

    gerais

    da

    dor

    nas costas e sua

    ocorrncia.

    A

    anatomia

    e

    a funo

    da coluna tambm

    so

    explicados, bem como

    vrios

    mtodos de tratamento e os resultados

    de

    alguns estudos

    sobre dor

    nas costas . Nessa

    mesma

    lio

    ensinada aos

    pacientes a posio de alvio da tenso chamada de semi

    Fowler

    ou

    posio

    de

    psoas .

    Durante a segunda lio so discutidas estratgias

    de

    relaxamento muscular, lombar e

    cervical

    associadas a ati

    vidades da

    vida diria

    e/ou posturas assumidas durante o

    trabalho.

    Alm disso, enfatiza-se a importncia do suporte da

    musculatura abdominal

    na

    estabilizao lombo-plvica, por

    meio

    de demonstrao prtica e

    individual

    de exerccios de

    fortalecimento dessa musculatura. Tais

    exerccios,

    aps

    treinamento,

    so

    realizados

    apenas

    em

    casa.

    A

    terceira

    lio fundamenta-se

    principalmente

    na apli

    cao

    prtica

    das lies prvias.

    So

    includos exerccios

    de fortalecimento da musculatura dos membros inferiores,

    uma vez

    que, durante o levantamento de cargas, tais msculos

    so

    recrutados.

    Alm

    disso,

    so discutidas

    noes

    de ergo

    nomia.

    Na quarta e

    ltima

    lio a importncia e a necessidade

    da

    atividade fsica so enfatizadas.

    Advogam-se

    no somente

    exerccios leves, mas so

    encorajadas

    vrias formas de exer

    ccio no sentido

    de

    melhorar a

    tolerncia

    fsica e psicolgica

    dor

    e ao

    stress.

    Porm, algumas

    vantagens

    so

    observadas

    nos exerccios aquticos,

    principalmente

    em uma fase inicial.

    Nesse caso,

    uma quinta

    lio pode ser

    includa no programa

    de Back School, durante a qual exerccios aquticos so en

    sinados.

    Finalmente,

    h uma

    reviso

    geral das lies da

    Back

    School e

    os pacientes recebem um resumo

    escrito do pro

    grama (Forsell, 1980; Forsell, 1981 ).

    A escola sueca, que tem suas bases

    descritas

    ante

    riormente,

    apresentou

    de forma pioneira a abordagem da

    Back School. Porm,

    a

    proposta inicial sofreu diversas mo

    dificaes apresentando diferenas importantes.

    As rami

    ficaes

    podem

    ser

    agrupadas,

    de

    um

    modo

    geral,

    em:

    Canadian Back Education Units (CBEU) e Back School

    Californiana (Hall

    Iceton, 1983).

  • 7/25/2019 back school escola de postura

    3/8

  • 7/25/2019 back school escola de postura

    4/8

  • 7/25/2019 back school escola de postura

    5/8

  • 7/25/2019 back school escola de postura

    6/8

    6

    Pereira,

    A P

    8., Sousa, L. A.

    P

    e Sampaio,

    R

    F

    Rev

    bras.

    fisiota

    Mini-Back School de acordo com os parmetros pesquisados

    (aumento do retorno ao trabalho,

    diminuio

    da freqncia

    de novos afastamentos e aumento da mobilidade da coluna

    lombar)

    (Stankovic

    Johnell, 1990).

    A reavaliao

    dos

    pacientes descritos anteriormente,

    aps cinco anos, apresentou resultados semelhantes,

    porm

    com o mtodo Mckenzie apresentou uma queda em sua efi

    ccia, persistindo, ainda assim, sua superioridade quando

    comparado ao programa de

    Mini-Back School

    (Stankovic

    Johnell, 1995).

    Outro estudo

    comparativo

    foi realizado em 1995, no

    qual 81 pacientes com lombalgia crnica foram randomizados

    em dois grupos.

    Ambos

    os grupos aprendiam

    exerccios

    especficos

    para serem feitos

    em casa,

    alm

    de

    receberem

    informaes educacionais. Os pacientes do grupo de tra

    tamento participavam de oito sesses de exerccios, durante

    quatro semanas, em adio ao

    programa

    bsico de Back

    School. Os

    dados

    finais

    dessa pesquisa apresentaram

    dife

    renas significativas entre os dois grupos, favorecendo o

    grupo

    de

    tratamento

    em

    que,

    alm da Back School, eram

    realizados exerccios de fortalecimento, alongamentos e ati

    vidades aerbicas

    (Frost et

    al., 1995).

    Aps

    dois anos, em

    uma reavaliao

    feita

    por

    meio de

    questionrios enviados

    aos participantes, ainda foram encontradas diferenas sig

    nificativas entre os dois grupos. O grupo tratamento apre

    sentou um ndice de 7,7 de reduo de

    se ores

    de dor c

    o

    grupo

    controle 2,4

    de

    reduo do mesmo score Frost

    et al.,

    1998).

    Nos Estados

    Unidos,

    foi realizado um

    estudo

    contro

    lado e randomizado envolvendo 4.000 trabalhadores postais.

    O principal objetivo desse trabalho foi avaliar o uso de Back

    School

    na

    preveno

    de lombalgias considerando uma

    empresa determinada. Para tanto, foram utilizadas duas sesses

    de 90 minutos de durao, nas quais foram discutidas questes

    anatmicas, fisiolgicas,

    ergonmicas

    e posturais, alm

    da

    prtica de exerccios de fortalecimento da musculatura abdo

    minal e alongamentos. Os fisioterapeutas forneciam ainda

    orientaes ergonmicas durante visitas aos locais de trabalho

    dos participantes. Duas sesses

    extras

    (6 e 12

    meses

    aps

    o incio do programa) foram realizadas objetivando o reforo

    das informaes iniciais. Esse estudo demonstrou que o pro

    grama

    de

    educao no reduziu a taxa

    de

    incidncia

    de

    lombalgias, o custo mdio de absentesmo, nem as taxas de

    recorrncias das queixas. Apenas aumentou o conhecimento

    dos trabalhadores

    sobre

    o

    autocuidado com

    a

    coluna

    aps

    o treinamento (Daltroy et

    al.,

    1997).

    Cohen

    et al.

    (1994 ), realizando uma reviso da lite

    ratura

    constituda

    de 13 artigos,

    concluram

    no

    haver

    evi

    dncias suficientes para recomendar grupos educacionais

    a

    pessoas

    portadoras

    de Iombalgia.

    As controvrsias em torno do uso da

    Back School

    foram

    discutidas

    por

    Hall e Hadler.

    Enquanto Hadler

    posiciona

    se radicalmente contra a adoo de tal prtica, alegando que

    esses programas reforam a

    concepo errnea

    de que a

    lombalgia

    uma

    leso, em vez de um evento comum na vida

    das pessoas, tal

    como

    a gripe, Hall

    enftico

    em dizer que

    os

    programas

    educacionais

    ficam aqum de

    um tratamento

    ideal mas, apesar disso, representam uma importante abor

    dagem

    (Hall

    Hadler,

    1995).

    DIS USSO E ON LUSES

    Os trabalhos apresentados nesta reviso utilizaram meto

    dologias variadas no que

    diz

    respeito ao programa de

    Back

    School

    e, tambm, em relao s caractersticas dos pacientes

    que

    participaram dos estudos,

    principalmente em relao

    dor e ao tempo

    de

    durao da patologia.

    Os programas variaram de

    uma

    a cinco sesses, com

    duraes oscilando entre

    30

    minutos e 4 horas. Alm disso,

    algumas intervenes

    fundamentaram-se

    unicamente em

    informaes tericas e outras

    mesclaram

    teoria e prtica de

    exerccios especficos. Uma

    outra

    diferena importante

    encontrada

    em alguns

    estudos foi o acompanhamento psi

    colgico realizado com pacientes em associao com exer

    ccios

    e orientaes. A associao desses

    fatores com

    a

    sndrome dolorosa lombar

    tem

    sido discutida

    por

    muitos

    autores.

    Permanece

    sem definio a

    exata

    relao

    entre

    a

    etiologia

    da

    sndrome dolorosa lombar

    e os fatores psico

    lgicos, porm sabe-se que esses afetam significativamente

    o resultado das intervenes

    empregadas

    nos tratamentos

    de

    tal patologia

    (Fisk

    et al., 1983).

    Apesar das diferenas entre as intervenes, todas foram

    denominadas Back School, com exceo

    de

    dois

    estudos

    que utilizaram

    a

    nomenclatura Mini-Back

    School. Isso de

    monstra

    que

    apesar

    de

    os estudos pesquisados serem,

    em

    sua maioria, experimentais, randomizados e baseados nos

    trabalhos precursores

    dessa

    teoria (sueco, canadense e cali

    forniano), diferentes variveis interferiram no resultado das

    pesquisas, dificultando, assim, sua comparao e avaliao

    no que diz respeito eficcia da

    Back School.

    Dessa for

    ma,

    torna-se

    difcil uma concluso definitiva sobre a uti

    lizao

    desse

    tipo

    de interveno. A reviso

    bibliogrfica

    mostrou alguns estudos

    apropriadamente

    desenhados (ex

    perimentais e randomizados: os mais indicados para pesquisar

    a eficcia de uma

    determinada

    tcnica) que encontraram

    resultados positivos, principalmente na diminuio do absen

    tesmo (Brown et

    al.,

    1992; Hulley Cummings, 1993).

    importante

    lembrar

    que, se h

    melhora

    nos ndices de

    absentesmo, indiretamente, fatores como a dor e a inca

    pacidade do indivduo foram positivamente alterados. Outros

    artigos que estudaram isoladamente nveis de dor e/ou in

    capacidade

    funcional

    apresentaram

    resultados

    que confir

    maram a eficcia da

    Back School

    a curto e longo prazos (Hall

    Iceton, 1983; Indahl

    et al.,

    1998; Moffett, 1986). Entre

    tanto, tambm houve estudos que consideraram a Back School

    como uma tcnica no eficaz em reduzir a dor e a incapa

    cidade

    funcional dos indivduos envolvidos

    nas pesquisas

    (Fisk et

    al.,

    1983; Donchin et

    al.,

    1990).

  • 7/25/2019 back school escola de postura

    7/8

  • 7/25/2019 back school escola de postura

    8/8

    8

    Pereira, A. P. B., Sousa,

    L.

    A. P. e Sampaio,

    R.

    F

    Rev. bras .fisiota

    CASAROTTO, R. A.

    MURAKAMI,

    S.

    C.,

    1995, Grupo de Coluna

    e Back School. Rev. Fisioter. Univ. So

    Paulo, So

    Paulo, v. 2,

    n. 2, pp. 65-71.

    CECIN, H. A., 1997, Proposio de uma reserva anatomofuncional,

    no canal

    raquidiano como fator

    interferente

    na fisiopatologia das

    lombalgias e

    lombociatalgias mecnico-degenerativas.

    Rev. Ass.

    Med. Brasil,

    So

    Paulo,

    v.

    43,

    n.

    4,

    pp. 295-31

    O.

    CECIN,

    H. A

    et a .,

    1991, Dor lombar

    e

    trabalho:

    Um

    estudo sobre

    a prevalncia de

    lombalgia

    e lombociatalgia em diferentes grupos

    ocupacionais.

    Rev. Bras. Reumatol.,

    So Paulo,

    v. 31, n. 2, pp.

    50-56.

    CEDRASCHI, C., PERRIN, E. FISCHER, W., 1997, Evaluating

    a Primary Prevention

    Program

    in a Multicultural Population: The

    Importance of Representations

    of Back

    Pain.

    Arthritis Care and

    Research,

    Philadelphia, v. IO n. 2, pp. 111-120.

    COHEN, J.

    E. et a ., 1994, Group Education

    lnterventions

    for

    People

    With Low Back Pain: An Overview of the Literature.

    Spine,

    Philadelphia, v. 19, n.

    l i ,

    pp. 1.214-1.222.

    COURY, H. J. C.

    G., 1993,

    Informativo: Perspectivas

    e

    Requisitos

    para

    Atuao Preventiva da

    Fisioterapia nas Leses Msculo

    _Esque1ticas. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 5, n. 2, pp.

    .

    63-68.

    DALTROY, L. H.

    et ai.,

    1997, A Controlled Trial

    of

    an Educational

    Program to Prevent Low Back Injuries.

    The New England Journal

    of

    Medicine,

    Andover,

    v.

    337, n. 5, pp. 322-328.

    DONCHIN,

    M. et ai.,

    1990, Secondary Prevention of

    Low

    Back Pain:

    A Clinicai Trial. Spine, Philadelphia,

    v.

    15,

    n.

    12, pp. 1.317-1.320.

    FISK, J. R., DIMONTE, P.

    COURINGTON,

    S. M., 1983, Back

    Schools: Past, Present, and Future.

    Clinicai Orthopaedics and

    Related Research,

    Phi1adelphia,

    v. 179, n. I

    O

    pp. 18-23.

    FORSELL,

    M. Z., 1980,

    The Swedish

    Back School.

    Physiotherapy,

    Toronto, v. 66, n. 4, pp. 112-114.

    FORSELL, M. Z., 1981,

    The Back

    School.

    Spine,

    Philadelphia, v.

    6, n. I, pp. 104-106.

    FREITAS, G. G. PESSOA, A. L. D.

    P.

    1984,

    Lombalgia:

    Alguns

    Aspectos e Anlise Estatstica (1.353 casos).

    Rev. Bras. Reumat.,

    So

    Paulo, v. 24, n. 6, pp. 199-202.

    FROST, H.

    et al.,

    1995, Randomised controlled tria1 for evaluation

    fitness programme for patients with chronic low back pain. Br.

    Med. 1.,

    London,

    v.

    31 O

    pp. 151-154.

    FROST, H. et ai., 1998, A fitness programme for patients with

    chronic

    low

    back

    pain: 2- Year Follow-up of a Randomised

    Controlled

    Trial.

    Pain,

    London, v. 75, n. 2, pp. 273-279.

    HALL, H., 1980, The Canadian Back Education Units.

    Physiotherapy,

    Toronto, v.

    66,

    n. 4, pp. 115-117.

    HALL, H. HADLER, N. M., 1995, Controversy. Low Back School:

    Educacion or Exercise?

    Spine,

    Philadelphia, v. 20,

    n.

    9, pp. 1.097-

    1.098.

    HALL, H. ICETON, J. A., 1983, Back School: An Overview with

    Specific

    Reference

    to the Canadian Back Education Units. Clinicai

    Orthopaedics and Related Research, Phi1adelphia, v. 179,

    n.

    I

    O

    pp. 10-17.

    HULLEY,

    S. D.

    CUMMINGS,

    S. R., 1993, Diseio de la

    lnvestigacin Clnica; Un Et({oque Epidemiologico. Editora

    Doyma, Barcelona, 264p.

    INDAHL, A.

    et ai.,

    1998,

    Five-year

    Follow-up Study o f a Con trolled

    Clinicai

    Trial Using Ligth Mobilization and

    an Informative Ap

    proach

    to Low

    Back

    Pain.

    Spine,

    Philadelphia, v. 23, n. 23, pp.

    2.625-2.630.

    LANKHORST,

    G. J. et ai.,

    1985,

    The

    Effect

    of the

    Swedish

    Back

    School in

    Chronic ldiopathic Low Back Pain:

    A Prospective

    Controlled

    Study.

    Scandinavian

    oumal

    of

    Rehahilitation Medi-

    cine,

    Stockholm, v. 15, n. 3, pp. 141-145.

    MATTMILLER,

    A. W., 1980,

    The

    California Back

    School.

    Physio-

    therapy,

    Toronto,

    v. 66, n.

    4,

    pp.

    118-122.

    MOFFETT, J. A. K., 1986, A Controlled, Prospective Study to Evalu

    ate

    the

    Effectiveness

    of a Back

    School

    in the

    Relief

    of Chronic

    Low

    Back Pain. Spine, Philadelphia, v. 11, n. 2, pp. 120-122.

    OLIVEIRA, O. L. 1995,

    Dor na Coluna; Estudo demanda

    e

    conduta.

    In: Congresso

    Brasileiro

    de Epidemiologia, 3,

    Congresso

    Ibero

    Americano, 2, Congresso Latino-Americano, I, 1995, Salvador,

    Epid

    95

    Resumos. p.

    202.

    ORGANIZAO MUNDIAL

    DE SADE, 1987,

    Carta

    de

    Ottawa

    para Promocin de la Salud. Rev. San. Hig. Ph., Barcelona, 11.

    6I,pp.l29-133.

    SOIBELMAN,

    M., CAPOBIANCO, K. G. 80TH, C.

    F.

    1996, Dor

    Lombar. In: B.

    8.

    Du11can,

    Medicina Ambulatorial; Condutas

    Clnicas em Ateno Primria.

    2 ed. Porto Alegre, Artes Mdicas

    Sul,

    Cap.

    125, pp.

    716-721.

    STANKOVIC,

    R.

    JOHNELL, 0.,

    1990,

    Conservative

    Treatment

    of Acute

    Low

    Back

    Pain: A

    Prospective Randomized

    Trial:

    Mckenzie Method o f Treatment Versus Patient Education in Mini

    Back School . Spine,

    Philadelphia,

    v. 15, n. 2, pp. 120-123.

    STANKOVIC, K.

    JOHNELL,

    0., 1995, Conservative Treatment

    of

    Acu e Low Back Pain: A 5- Year Follow-up study

    of

    Two

    Methods

    of

    Treatment.

    Spine,

    Philadelphia,

    v.

    20, 11. 4, pp. 469-

    472.

    VERSLOOT,

    J. M. et ai., 1992, The Cost-Effectiveness of a Back

    School Program

    in

    lndustry:

    A

    Longitudinal Controlled

    Field

    Study.

    Spine,

    Philadelphia,

    v.

    17, n. I, pp. 22-27.