BACTÉRIAS E BACTERIOSES NÃO SEXUAIS - …€¦ · existência de um espaço entre o...
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BACTÉRIAS
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BACTÉRIAS
Organismos unicelulares microscópicos que não possuem núcleo organizado: procariontes.
Pertencentes ao Reino Monera: dois grandes grupos:
Arqueobactérias ou Archaea cerca de 20 espécies atuais;
Eubactérias ou Bacteria: bactérias;
cianobactérias.
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Fímbrias
Cápsula
Parede celular
Plasmídeos
DNA associado
ao mesossomo
Nucleóide
Flagelo
Enzimas relacionadas
com a respiração,
ligadas à face
interna da membrana
plasmática
Mesossomo
Citoplasma
Ribossomos
Membrana plasmática
BACTÉRIAS - ESTRUTURA
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ESTRUTURAS (QUASE) SEMPRE
PRESENTES Membrana plasmática:
natureza lipoprotéica;
permeabilidade seletiva.
Parede celular:
composição básica: peptideoglicano:
algumas também possuem membrana externa lipídica;
ausente em micoplasmas e outras bactérias da Classe Mollicutes.
Nucleóide (cromossomo): DNA circular não associado a
histonas: estabilizado por outras
proteínas de natureza básica.
Citoplasma: matriz composta por cerca de
70% de água, além dos demais compostos celulares;
apresenta um grande concentração de ribossomos e proteínas.
Ribossomos: síntese de proteínas.
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ESTRUTURAS SEMPRE
PRESENTES
Mesossomo: invaginação da membrana
plasmática: participação na segregação dos
cromossomos durante a divisão,
papel respiratório apresenta enzimas respiratórias associadas à sua face interna,
papel na esporulação.
Inclusões: polímeros de reserva insolúveis:
orgânicos: glicogênio, amido e poliidroxibutirato;
inorgânicos: polifosfatos (volutina ou
metacromáticos) e enxofre.
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ESTRUTURAS QUE PODEM OU NÃO
ESTAR PRESENTES
Flagelos: formados por subunidades da proteína flagelina; locomoção
De acordo com o número e distribuição dos flagelos, as bactérias podem ser classificadas como: atríquias (sem flagelos),
monotríquias (um único flagelo) - A,
lofotríquias (um tufo de flagelos em uma ou ambas as extremidades) - B,
anfitríquias (um flagelo em cada extremidade) - C,
peritríquias (apresentando flagelos ao longo de todo o corpo bacteriano) - D.
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ESTRUTURAS QUE PODEM OU NÃO
ESTAR PRESENTES
Fímbrias ou pêlos: formadas por subunidades repetitivas da proteína pilina; proteína adesina na extremidade:
adesão a superfícies favorece a colonização;
receptores para bacteriófagos,
capacidade de conjugação (fímbrias sexuais ou pilus F).
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ESTRUTURAS QUE PODEM OU NÃO
ESTAR PRESENTES Plasmídeos: DNA circular extra-cromossômico, de replicação
autônoma: plasmídeos R resistência a antibióticos;
plasmídeos F capacidade de transferir material genético por conjugação (reprodução sexuada);
plasmídeos de virulência fator de aderência localizado e produção de enterotoxina termoestável.
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ESTRUTURAS QUE PODEM OU NÃO
ESTAR PRESENTES
Cápsula: material viscoso externo à parede celular: geralmente polissacarídeos,
raramente polipeptídeos; natureza heteropolimérica em alguns: adesão a superfícies;
proteção contra dessecação;
proteção contra a fixação de bacteriófagos;
proteção contra a fagocitose pelas células de defesa do corpo: aumento do poder de infecção.
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ESTRUTURAS QUE PODEM OU NÃO
ESTAR PRESENTES
Camada S: camada de natureza protéica ou
glicoprotéica encontrada acima da parede celular;
presente em algumas bactérias e várias Archaea;
estruturada como um piso de tacos;
funções não totalmente esclarecidas:
proteção contra flutuações osmóticas, de pH e íons,
auxílio na manutenção da rigidez da parede,
mediação da ligação dos organismos a superfícies (especulação).
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PAREDE CELULAR Espessa, rígida e permeável:
envolve e dá forma à célula;
permite troca de substâncias entre a célula e o meio.
proteção contra determinados agentes físicos e químicos externos:
resistência contra choques mecânicos e osmóticos;
determinante de especificidade antigênica;
responsável pela divisão das bactérias em Gram + e Gram .
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PAREDE CELULAR
MÉTODO DE GRAM PARA COLORAÇÃO
Hans Christian Gram (1884) desenvolveu método de coloração de bactérias que permitia sua separação em dois grupos distintos: Gram positivas (Gram +) coloração
roxa;
Gram negativas (Gram ) coloração vermelha.
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PAREDE CELULAR
MÉTODO DE GRAM PARA COLORAÇÃO
Microscopia eletrônica e aperfeiçoamento das técnicas de análise bioquímica dos componentes celulares: diferenças na composição e
estrutura das paredes celulares: Gram positivas parede
celular espessa (de 20 a 80 nm); aspecto homogêneo,
Gram negativas parede mais delgada (de 9 a 20 nm); aspecto heterogêneo maior complexidade.
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PAREDE CELULAR
Composição básica: peptideoglicano polímero
exclusivamente encontrado no domínio Bacteria: N-acetilglicosamina (NAG),
ácido N-acetilmurâmico (NAM),
Tetrapeptídeo.
Organização:
esqueleto de NAG e NAM ligações ß-1,4;
em cada resíduo de NAM há um tetrapeptídeo associado ao grupo carboxil: aminoácidos alternam nas configurações
L e D;
ligações entre os tetrapeptídeos de cadeias adjacentes enorme rigidez.
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PAREDE CELULAR - GRAM + Fixam o corante violeta usado no
método de Gram: apresentam coloração roxa.
Cerca de 90% da parede celular é composta por peptideoglicano: ~20 camadas;
restante: ácidos teicóicos.
Tetrapeptídeos: Ala-Glu-Lys-Ala;
ligação entre os tetrapepídeos é indireta: mediada por ponte interpeptídica
de natureza variável.
Ligações cruzadas ao longo do peptideoglicano: rigidez, porosidade e certo grau
de elasticidade.
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PAREDE CELULAR - GRAM Peptideoglicano + membrana
externa: não retêm o corante violeta usado
no método de Gram: apresentam-se de coloração
avermelhada.
Peptideoglicano ligação entre os tetrapepídeos (Ala-Glu-DAP-Ala) é direta: ocorre entre o grupamento amino
do DAP subterminal (posição 3) e o grupamento carboxi da D-Ala terminal (posição 4).
D-glutamato, D-alanina e ácido meso-diaminopimélico não são encontrados em qualquer outra proteína conhecida presença confere maior resistência da parede contra a maioria das peptidases.
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PAREDE CELULAR - GRAM Apenas cerca de 10% da parede corresponde ao peptideoglicano:
uma ou duas camadas;
restante: membrana externa.
PAREDE CELULAR - GRAM
Membrana Externa: acima do peptideoglicano,
contém fosfolipídeos, lipoproteínas, proteínas e lipopolissacarídeos,
corresponde a uma segunda bicamada lipídica semelhante à membrana plasmática: maior permeabilidade a
pequenas moléculas.
estudos indicam contato entre membrana externa e membrana plasmática em algumas regiões sítios de adesão ou junções de Bayer: maior rigidez,
melhor fixação da membrana externa,
importantes locais de passagem de compostos citoplasmáticos, seja componentes envolvidos na síntese da membrana externa ou de diferentes nutrientes.
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PAREDE CELULAR - GRAM
Membrana Externa: face interna geralmente rica
em pequenas lipoproteínas lipoproteínas de Braun: ligam-se covalentemente ao
peptideoglicano, ancorando firmemente a membrana externa à camada de peptideoglicano.
face externa rica em lipopolissacarídeos (LPS), inexistentes na membrana plasmática: endotoxina provocam
febre, choque e eventualmente morte, quando injetados em animais,
molécula complexa, composta por 3 regiões: lipídeo A (mais interno),
polissacarídeo central,
cadeia polissacarídica lateral O ou antígeno O (mais externo).
ESPAÇO PERIPLASMÁTICO
Também denominado periplasma ou gel periplasmático.
Espaço situado entre a membrana externa e a membrana plasmática de bactérias Gram ; relatos esporádicos
existência de um espaço entre o peptideoglicano e a membrana plasmática de Gram +.
Pode atingir de 1 a 70 nm de espessura ocupa até 40% do volume total da célula.
Consistência de gel grande número de proteínas: várias enzimas, incluindo
hidrolases, -lactamases, enzimas envolvidas na síntese de peptideoglicano etc,
proteínas de ligação,
proteínas de transporte,
quimiorreceptores,
proteínas transportadoras de elétrons bactérias quimiolitotróficas e denitrifcantes.
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BACTÉRIAS - FORMAS BÁSICAS
Esféricas cocos
Cilíndricas (forma de
bastão) bacilos
Espiraladas ou
helicoidais:
bastão curvo, em forma de
vírgula vibrião;
espiral longa, espessa e
rígida espirilo;
espiral longa, fina e flexível
espiroqueta.
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BACTÉRIAS - FORMAS COLONIAIS
Colônias de cocos: diplococos:
células se dividem em um único plano e permanecem acopladas, predominantemente aos pares.
estreptococos: células se dividem em
um único plano e permanecem acopladas, formando uma fileira.
estafilococos: células se dividem em
três planos, em um padrão irregular, formando cachos de cocos.
sarcinas: células se dividem em
três planos, em um padrão regular, formando um arranjo cúbico de cocos.
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BACTÉRIAS - FORMAS COLONIAIS
Colônias de bacilos:
diplobacilos: ocorrem aos pares;
estreptobacilos: arranjo em fileiras.
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REPRODUÇÃO ASSEXUADA
Bipartição ou Cissiparidade:
um indivíduo divide-se dando origem a outros
dois geneticamente idênticos:
duplicação do cromossomo:
cada novo cromossomo fica associado a um mesossomo
e entre eles verifica-se o crescimento da célula;
citocinese.
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Duplicação do DNA
Separação das células
Parede celular
Membrana
plasmática
Molécula de DNA
Bipartição ou Cissiparidade
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REPRODUÇÃO ASSEXUADA Esporulação: formação de endósporos:
formas de resistência dos gêneros Bacillus (aeróbia) e Clostridium (anaeróbia):
permitem que a célula sobreviva em condições desfavoráveis;
resistentes ao calor e ao ressecamento.
capazes de permanecer em estado latente por longos períodos e de germinar dando início a nova célula vegetativa.
localização: central, terminal ou sub-terminal.
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REPRODUÇÃO SEXUADA Conjugação:
passagem de material genético de uma bactéria doadora para uma receptora através de uma ponte citoplasmática formada por fímbrias sexuais (pilus F): reconhecimento e contato entre as células,
transferência de DNA plasmidial.
associada à presença de plasmídeos F: célula portadora de plasmídeo F F+, doadora, ou macho; célula desprovida de plasmídeo F F, receptora, ou fêmea.
plasmídeos F integrados no cromossomo processo mediado por pequenas seqüências de DNA denominadas IS (Insertion Sequences): podem mobilizar a transferência de genes cromossômicos; células portadoras de plasmídeos F integrados Hfr (High
Frequency of Recombination);
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Conjugação
Pode ser de dois tipos: entre células F+ e F
duas células F+;
entre células Hfr e F uma célula Hfr e outra F.
Mecanismo provável de transferência do DNA círculo rolante: apenas uma das fitas é transferida fita complementar
sintetizada pela célula receptora.
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REPRODUÇÃO SEXUADA
Transdução: mediada por vírus (bacteriófagos ou fagos)
pode ser generalizada (qualquer fragmento de DNA) ou especializada (determinados genes, passados por fagos temperados).
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REPRODUÇÃO SEXUADA
Conversão lisogênica: transferência de genes de
fagos para bactérias durante o ciclo lisogênico.
Ex.: conversão de células atoxigênicas de Corynebacterium diphtheriae em toxigênicas, pelo fago bactéria recebe um gene que codifica uma toxina, sendo este gene de origem viral.
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REPRODUÇÃO SEXUADA
Transformação:
incorporação de DNA na forma livre, geralmente decorrente da lise celular: ocorre quando uma bactéria incorpora moléculas
de DNA existentes em seu meio e esta passa a ter novas características.
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Transformação - etapas Captação do DNA: DNA exógeno (1)
liga-se a proteínas na superfície celular (2), sendo em seguida absorvido ou tendo uma de suas fitas degradadas por nucleases antes da absorção: Gram + DNA captado como dupla
hélice e absorvido como fita simples uma das fitas é degradada.
Gram DNA absorvido como fita dupla apenas uma das fitas participa do processo de recombinação.
Ligação do DNA: inicialmente reversível células competentes ligam o DNA com muito mais eficiência que células não competentes (1000 vezes mais).
Integração do DNA: associação do DNA exógeno com
proteínas de ligação e proteína RecA: proteção contra degradação;
recombinação.
degradação do que resta da fita simples e formação de um DNA híbrido.
DNA exógeno (1) ao encontrar o receptor (2) interage com este, promovendo a ativação de vários
genes (3, 4 e 5) dentre eles autolisinas, nucleases e proteína de ligação ao DNA. Uma das fitas do
DNA passa a ser captada pela célula, enquanto a outra é degradada (6). Ao penetrar na célula a fita
simples é protegida por proteínas. Caso este DNA encontre uma região complementar, a proteína
RecA auxiliará sua recombinação com o DNA endógeno (7).
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Célula bacteriana Lise celular Quebra
do DNA
Fragmentos de
DNA doador Célula bacteriana
Fragmentos de DNA
ligam-se à
superfície da célula
receptora.
O fragmento de DNA é
incorporado à célula receptora.
O fragmento de DNA é integrado
ao cromossomo da célula receptora.
Célula transformada
Molécula de DNA circular
Transformação
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NUTRIÇÃO BACTERIANA Devido à presença da parede celular rígida as
bactérias se nutrem apenas de material em solução absorção.
Nutrientes substâncias encontradas no ambiente, que participam do anabolismo e catabolismo celular, podendo ser divididos em dois grandes grupos macronutrientes necessários em grandes
quantidades: principais constituintes dos compostos orgânicos
celulares e também utilizados como combustível;
C, N, O, H, P, S, K, Mg, Ca, Na e Fe;
cerca de 90% da composição celular.
micronutrientes necessários em pequenas quantidades tão importantes quanto os macronutrientes: principais: Co, Zn, Mo, Cu, Mn, Ni;
cerca de 10% da composição celular.
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Fatores de Crescimento
Compostos orgânicos não sintetizados pelas células e necessários em quantidades muito pequenas para o crescimento bacteriano: vitaminas, aminoácidos, purinas e pirimidinas;
geralmente fornecidos como componentes dos meios de cultura (peptonas, extrato de levedura) utilizados para o crescimento in vitro dos microrganismos;
na natureza são normalmente encontrados nos habitats naturais dos microrganismos.
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Cultivo “in vitro” A partir do conhecimento dos requerimentos
nutricionais, podem ser confeccionados meios que permitam o crescimento microbiano in vitro.
Podem ser: quimicamente definidos (sintéticos);
indefinidos (complexos);
líquidos, semi-sólidos e sólidos;
simples, enriquecidos, seletivos, diferenciais;
Cultura pura: contém um único tipo de organismo permite o estudo de microrganismos isoladamente.
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Nutrição Gram positivos
Parede celular composta por várias camadas de peptídeoglicano: síntese de exoenzimas
liberação no meio digestão extracelular captação dos nutrientes por proteínas transportadoras.
Membrana plasmática permeabilidade seletiva Gram + e Gram .
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Difusão facilitada
Tipos de transportes mediados por
proteínas - Gram + e Gram
Difusão facilitada ligação do nutriente à proteína transportadora induz uma mudança de conformação na proteína formação de um canal pelo qual o nutriente tem acesso ao citoplasma.
não envolve gasto de energia.
Translocação de grupo o nutriente sofre uma alteração química durante sua passagem através da membrana.
Ex.: fosforilação de moléculas de açúcares, purinas e pirimidinas pelo sistema fosfotransferase.
envolve gasto de energia.
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Tipos de transportes mediados por
proteínas - Gram + e Gram
Tranporte ativo alguns açúcares, a maioria dos aminoácidos,
vários íons inorgânicos e ácidos orgânicos.
envolve gasto de energia:
energia provém do ATP ou da formação de um gradiente de prótons (íons
hidrogênio) por toda a membrana.
cada transportador tem sítios específicos para o substrato e para o
ATP ou próton.
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Nutrição Gram negativos Maior complexidade química e
estrutural da parede celular presença de camadas lipoprotéica e lipopolissacarídica (LPS), localizadas externamente ao peptídeoglicano membrana externa.
Membrana externa caráter hidrofóbico (LPS) grande número de porinas associadas à camada lipopolissacarídica: permitem a passagem de
moléculas hidrofílicas de baixa massa molecular;
atuação:
inespecífica formação de canais aquosos;
específica exibição de sítios de ligação para substratos de até 5 kDa;
acopladas a proteínas transportadoras.
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Nutrição Gram negativos Periplasma presença de:
hidrolases atuam na degradação inicial dos nutrientes;
proteínas de ligação iniciam os processos de transporte;
quimioreceptores envolvidos em processos de quimiotaxia.
Transporte inicial das moléculas do periplasma para o citoplasma gasto energia utilização de ATP.
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METABOLISMO BACTERIANO
De acordo com a forma que obtêm sua energia podem ser classificadas como: fototróficas obtêm energia a partir da energia
luminosa, pela fotossíntese;
quimiotróficas obtêm energia a partir da utilização de compostos químicos, envolvendo especialmente reações de oxidação e redução.
Em relação às fontes de carbono, podem ser classificadas como: Autotróficas ou autótrofas quando utilizam fontes
inorgânicas de carbono (CO2);
Heterotróficas ou heterótrofas quando as fontes de carbono são de natureza orgânica.
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METABOLISMO BACTERIANO Autótrofas utilizam fonte inorgânica de carbono
(CO2) produzem matéria orgânica a partir de inorgânica. Podem ser: Fotossintetizantes ou autofototróficas usam
energia luminosa (fotossíntese). Ex.: bactérias verdes e púrpuras: possuem um tipo especial de clorofila - a bacterioclorofila
absorve luz na região do espectro correspondente ao infravermelho;
podem utilizar sulfeto de hidrogênio (H2S) (autofototróficas ou fotoautotróficas) ou compostos orgânicos álcoois, ácidos graxos ou acetoácidos como fontes de hidrogênio (heterofototróficas ou foto-heterotróficas) fotossíntese anoxígena.
AOHOCHxCOAH x
orofilaBacteriocllhoInfraverme
2)(2 2222
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METABOLISMO BACTERIANO
Quimiotróficas: podem ser quimio-autotróficas ou quimio-heterotróficas: Quimio-autotróficas, quimiossintetizantes ou
autolitotróficas usam CO2 como fonte de carbono e geram energia através da oxidação de compostos inorgânicos doadores de elétrons, como amônia (NH4), dióxido de nitrogênio ou nitrito (NO2) e ácido sulfídrico (H2S). Ex.: Bactérias nitrificantes e Archaea.
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METABOLISMO BACTERIANO quimio-heterótrofas, heterótrofas ou hetero-
organotróficas utilizam fonte orgânica de carbono alimentam-se de uma fonte externa de matéria orgânica. matéria orgânica morta saprófitas ou
decompositoras;
tecidos vivos de animais e plantas patogênicas causam doenças.
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Bactérias heterótrofas
MODOS DE VIDA
DECOMPOSITORAS
(MAIORIA) MUTUALISTAS PARASITAS
Degradam matéria
orgânica morta
Vivem no corpo de outros
organismos numa associação
de benefício mútuo
Causam doenças em plantas,
humanos e outros animais
Decomposição e reciclagem
da matéria orgânica nos diferentes
ambientes
Bactérias que vivem no
intestino humano e produzem
vitamina K
Bactérias que vivem no estômago
ou no intestino de mamíferos
herbívoros digerindo a celulose
Bactérias do gênero Rhizobium
que vivem nas raízes de plantas
leguminosas e fixam nitrogênio
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PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE
ENERGIA
Podem ser divididos em 3 categorias:
fermentação doador inicial e aceptor final de elétrons são moléculas orgânicas (anaeróbio);
respiração aeróbia oxigênio atua como aceptor final de elétrons;
respiração anaróbia outro agente oxidante inorgânico (sulfato, nitrato, carbonato) atua como aceptor final de elétrons.
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Fermentação Não depende do ciclo de Krebs ou
da cadeia de transporte de elétrons.
Ocorre oxidação parcial dos compostos orgânicos açúcares, proteínas, ácidos, entre outros: apenas uma pequena fração de energia
é liberada.
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Respiração Aeróbia
Oxigênio atua como
aceptor final de elétrons.
Ocorre oxidação completa
de compostos orgânicos
até CO2 e H2O:
saldo energético de 38 ATPs.
Fases:
glicólise;
ciclo de Krebs;
cadeia respiratória (cadeia de
transporte de elétrons).
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Respiração anaeróbia
Aceptor final de elétrons não é o oxigênio, sendo substituído por nitrato, sulfato ou carbonato.
Liberação de energia maior que na fermentação e menor que na respiração aeróbia: parte do ciclo de Krebs não é funcional em condições de
anaerobiose;
menor número de moléculas transportadoras de elétrons presentes.
Eventualmente ocorre em organismos que realizam respiração aeróbia.
Ex.: bactérias desnitrificantes.
Pseudomonas denitrificans:
Glicose + NO3 (nitrato) CO2 + H2O + N2 + energia
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ANTIBIÓTICOS
Substâncias químicas que matam ou inibem o crescimento de microorganismos: “státicos” inibem o crescimento têm sua ação vinculada à resistência
do hospedeiro ;
“cidas” matam podem funcionar como "státicos" dependendo da concentração ou do tipo de organismo.
Origem: natural produzidos por poucas bactérias e muitos tipos de fungos
filamentosos geralmente são produtos do metabolismo secundário;
semi-sintética antibióticos naturais modificados pela adição de grupamentos químicos, tornando-os menos suscetíveis à inativação pelos microrganismos. Ex.: ampicilina, carbencilina, meticilina.
sintética sulfonamidas, trimetoprim, cloranfenicol, isoniazida.
Agentes seletivos favorecem a sobrevivência das raras bactérias resistentes, presentes na população de um determinado ambiente: recombinação transferência de genes de resistência.
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ANTIBIÓTICOS Espectro de ação diversidade de organismos
afetados pelo agente geralmente de pequeno ou amplo espectro: devem apresentar toxicidade seletiva atuação seletiva sobre
o microrganismo, sem provocar danos ao hospedeiro.
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Antibiograma Teste que oferece como resultado padrões de resistência ou
susceptibilidade de uma bactéria específica a vários antimicrobianos resultados são interpretados e usados para tomar decisões sobre tratamento.
Interpretação da susceptibilidade baseada na medida do halo de inibição do crescimento bacteriano formado ao redor de um disco contendo determinado tipo de antibiótico: microrganismos que apresentarem resistência in vitro também serão resistentes
in vivo.
microrganismos que apresentam sensibilidade in vitro podem ser resistentes in vivo.
Quanto mais sensíveis à
ação do antibiótico,
maior será o halo
transparente em volta
do disco; se as
bactérias forem
resistentes, nada
acontecerá.
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Mecanismos de Ação Inibição da formação da parede celular mais seletivos
elevado índice terapêutico:
penicilinas, ampicilina, cefalosporinas, bacitracina, vancomicina.
Alteração da permeabilidade da membrana plasmática menor grau de toxicidade seletiva:
polimixinas, ionóforos.
Inibição da tradução geralmente bastante seletivos:
estreptomicina, gentamicina, tetraciclina, cloranfenicol, eritromicina.
Inibição da síntese de ácidos nucléicos seletividade variável:
novobiocina, quinolonas, rifampicina.
Antagonismo metabólico geralmente ocorre por um mecanismo de inibição competitiva:
sulfas e derivados, trimetoprim, isoniazida.
Maiores informações:
http://www.unb.br/ib/cel/microbiologia/antibioticos/antibioticos.html
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RESISTÊNCIA A
ANTIBIÓTICOS
NATURAL ADQUIRIDA
ocorre com bactérias naturalmente
resistentes (variabilidade genética)
surge numa bactéria naturalmente
sensível e que se tornou resistente
Cromossômica Extra-cromossômica
ocorre por mutação ou por transferência
de genes (conjugação Hfr, transdução,
conversão lisogênica e transformação)
em geral ocorre por transferência de
plasmídeos através de conjugação F+
independe da presença de antibióticos
em geral confere resistência
a apenas um tipo de antibiótico
geralmente confere resistência
a múltiplos antibióticcos
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Mecanismos de Resistência Impermeabilidade à droga:
resistência à penicilina G por muitas bactérias Gram negativas: são impermeáveis à droga ou apresentam alterações nas proteínas de ligação à
penicilina.
resistência às sulfonamidas: menor permeabilidade à droga.
Inativação: muitas drogas são inativadas por enzimas codificadas pelos microrganismos:
penicilinase (-lactamase) enzima do periplasma que cliva o anel -lactâmico da penicilina, inativando a droga;
modificações introduzidas pelo microrganismo, tais como adição de grupamentos químicos fosforilação ou acetilação de antibióticos.
Modificação de enzima ou estrutura-alvo: alterações na molécula do rRNA 23S (no caso de resistência à eritromicina e
cloranfenicol);
alteração da enzima, no caso de drogas que atuam no metabolismo, ou uso de vias metabólicas alternativas.
Bombeamento para o meio: efluxo da droga resistência às tetraciclinas, em bactérias entéricas.
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IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA Ciclo do nitrogênio:
fixação N2 captação do nitrogênio atmosférico e incorporação à cadeia alimentar absorvem o N2 e transformam-no em nitrato (NO3
) e amônia (NH3) formas utilizadas pelas plantas: bactérias do gênero Rhizobium:
associação mutualística com raízes de plantas leguminosas.
bactérias do solo gênero Azotobacter.
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IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA Ciclo do nitrogênio:
nitrificação transformação da amônia a nitrato bactérias nitrificantes energia liberada usada na síntese de compostos orgânicos a partir de CO2 e H2O (quimiossíntese):
oxidam a amônia a nitrito Nitrosomonas e Nitrosococcus;
oxidam nitrito a nitrato Nitrobacter e Nitrococcus.
nitrato liberado no meio diretamente utilizado pelas plantas:
convertido para a forma orgânica aminoácidos e nucleotídeos.
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IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA Ciclo do nitrogênio:
desnitrificação transformação de matéria nitrogenada em N2
bactérias desnitrificantes:
utilizam nitrato como aceptor final de elétrons na respiração anaeróbia liberação de N2 para a atmosfera.
Ex.: Pseudomonas denitrificans:
amonificação transformação do nitrogênio presente na forma orgânica no corpo de organismos mortos em amônia (NH3) por bactérias decompositoras:
retorno do nitrogênio para o meio disponível para bactéria e plantas.
Glicose + NO3 (nitrato) CO2 + H2O + N2 + energia
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IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E
ECONÔMICA
Decompositores degradam matéria orgânica sem vida (organismos mortos, lixo, urina, fezes) em moléculas simples que são liberadas no ambiente. Benefícios:
biodegradação aeróbia do esgoto utilização em estações de tratamento;
biodigestão anaeróbia de esgotos e lixo doméstico utilização em tanques denominados biodigestores para produção de:
biogás,
biofertilizante,
efluente mineralizado usado na produção de microalgas usadas na piscicultura.
reciclagem da matéria.
apodrecimento de alimentos prejuízo econômico.
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IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL
Indústria alimentícia: produção de laticínios utiliza bactérias dos
gêneros Lactobacillus e Streptococcus fabricação de queijos, iogurtes e requeijão;
fabricação de vinagre são usadas bactérias do gênero Acetobacter transformam o etanol do vinho em ácido acético;
bactérias do gênero Corynebacterium produção de ácido glutâmico usado em temperos para acentuar o sabor dos alimentos.
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IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL
Indústria farmacêutica:
produção de antibióticos: neomicina produzido por bactérias do gênero
Streptomyces.
produção de medicamentos através de biotecnologia: insulina humana uso de bactérias
geneticamente modificadas.
Indústria química:
produção de metanol, butanol, acetona.
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IMPORTÂNCIA MÉDICA E
VETERINÁRIA Muitas bactérias causam doenças em humanos e
animais.
Formas comuns de transmissão: alimentos ou água contaminados cólera, febre tifóide,
disenteria bacilar etc;
pelo ar ou através de gotículas eliminadas pela fala, tosse e espirro dos doentes pneumonia, tuberculose, coqueluche, meningite, escarlatina etc;
relações sexuais doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) sífilis, gonorréia etc.
contaminação de ferimentos com solo ou fezes contendo esporos; material perfurante contaminado com esporos tétano, gangrena gasosa.
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IMPORTÂNCIA NA AGRICULTURA
Fixação de nitrogênio e nitrificação adubação do solo.
Muitas bactérias causam doenças em plantas graves conseqüências econômicas: Xylella fastidiosa escaldadura das folhas da ameixa, clorose
variegada dos citros (amarelinho ou CVC), requeima das folhas do cafeeiro (ou atrofia dos ramos do cafeeiro);
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IMPORTÂNCIA NA AGRICULTURA
Agrobacterium vitis galhas da coroa afeta
inúmeras plantas frutíferas;
Xanthomonas gomose da cana-de-açúcar e
cancro bacteriano em videiras e frutas cítricas.
Pseudomonas cancros de ameixeira, cerejeira,
damasqueiro e pessegueiro.
galha
cancro cítrico
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IMPORTÂNCIA NA AGRICULTURA
Outras doenças de plantas causadas por
bactérias:
necroses e queima de tecidos;
mosquedo do tomateiro;
mancha angular do morangueiro;
podridão anelar da batateira;
murchidão bacteriana das cucurbitáceas (melão,
melancia, pepino) etc.
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LINKS INTERESSANTES PARA
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http://members.tripod.com/themedpage/microbio-bac-
bas.htm
http://www.unb.br/ib/cel/microbiologia/index.html
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalh
os_pos2004/microorganismos/BACTERIAS.htm