BACTÉRIAS E BACTERIOSES NÃO SEXUAIS - …€¦ · existência de um espaço entre o...

75
BACTÉRIAS Prof.DIOTTO [email protected] [email protected] QUE BOM QUE VOCÊ VEIO HOJE !

Transcript of BACTÉRIAS E BACTERIOSES NÃO SEXUAIS - …€¦ · existência de um espaço entre o...

BACTÉRIAS

Prof.DIOTTO

[email protected]

[email protected]

QUE BOM QUE VOCÊ VEIO HOJE !

www.bioloja.com

BACTÉRIAS

Organismos unicelulares microscópicos que não possuem núcleo organizado: procariontes.

Pertencentes ao Reino Monera: dois grandes grupos:

Arqueobactérias ou Archaea cerca de 20 espécies atuais;

Eubactérias ou Bacteria: bactérias;

cianobactérias.

www.bioloja.com

Fímbrias

Cápsula

Parede celular

Plasmídeos

DNA associado

ao mesossomo

Nucleóide

Flagelo

Enzimas relacionadas

com a respiração,

ligadas à face

interna da membrana

plasmática

Mesossomo

Citoplasma

Ribossomos

Membrana plasmática

BACTÉRIAS - ESTRUTURA

www.bioloja.com

ESTRUTURAS (QUASE) SEMPRE

PRESENTES Membrana plasmática:

natureza lipoprotéica;

permeabilidade seletiva.

Parede celular:

composição básica: peptideoglicano:

algumas também possuem membrana externa lipídica;

ausente em micoplasmas e outras bactérias da Classe Mollicutes.

Nucleóide (cromossomo): DNA circular não associado a

histonas: estabilizado por outras

proteínas de natureza básica.

Citoplasma: matriz composta por cerca de

70% de água, além dos demais compostos celulares;

apresenta um grande concentração de ribossomos e proteínas.

Ribossomos: síntese de proteínas.

www.bioloja.com

ESTRUTURAS SEMPRE

PRESENTES

Mesossomo: invaginação da membrana

plasmática: participação na segregação dos

cromossomos durante a divisão,

papel respiratório apresenta enzimas respiratórias associadas à sua face interna,

papel na esporulação.

Inclusões: polímeros de reserva insolúveis:

orgânicos: glicogênio, amido e poliidroxibutirato;

inorgânicos: polifosfatos (volutina ou

metacromáticos) e enxofre.

www.bioloja.com

ESTRUTURAS QUE PODEM OU NÃO

ESTAR PRESENTES

Flagelos: formados por subunidades da proteína flagelina; locomoção

De acordo com o número e distribuição dos flagelos, as bactérias podem ser classificadas como: atríquias (sem flagelos),

monotríquias (um único flagelo) - A,

lofotríquias (um tufo de flagelos em uma ou ambas as extremidades) - B,

anfitríquias (um flagelo em cada extremidade) - C,

peritríquias (apresentando flagelos ao longo de todo o corpo bacteriano) - D.

www.bioloja.com

ESTRUTURAS QUE PODEM OU NÃO

ESTAR PRESENTES

Fímbrias ou pêlos: formadas por subunidades repetitivas da proteína pilina; proteína adesina na extremidade:

adesão a superfícies favorece a colonização;

receptores para bacteriófagos,

capacidade de conjugação (fímbrias sexuais ou pilus F).

www.bioloja.com

ESTRUTURAS QUE PODEM OU NÃO

ESTAR PRESENTES Plasmídeos: DNA circular extra-cromossômico, de replicação

autônoma: plasmídeos R resistência a antibióticos;

plasmídeos F capacidade de transferir material genético por conjugação (reprodução sexuada);

plasmídeos de virulência fator de aderência localizado e produção de enterotoxina termoestável.

www.bioloja.com

ESTRUTURAS QUE PODEM OU NÃO

ESTAR PRESENTES

Cápsula: material viscoso externo à parede celular: geralmente polissacarídeos,

raramente polipeptídeos; natureza heteropolimérica em alguns: adesão a superfícies;

proteção contra dessecação;

proteção contra a fixação de bacteriófagos;

proteção contra a fagocitose pelas células de defesa do corpo: aumento do poder de infecção.

www.bioloja.com

ESTRUTURAS QUE PODEM OU NÃO

ESTAR PRESENTES

Camada S: camada de natureza protéica ou

glicoprotéica encontrada acima da parede celular;

presente em algumas bactérias e várias Archaea;

estruturada como um piso de tacos;

funções não totalmente esclarecidas:

proteção contra flutuações osmóticas, de pH e íons,

auxílio na manutenção da rigidez da parede,

mediação da ligação dos organismos a superfícies (especulação).

www.bioloja.com

PAREDE CELULAR Espessa, rígida e permeável:

envolve e dá forma à célula;

permite troca de substâncias entre a célula e o meio.

proteção contra determinados agentes físicos e químicos externos:

resistência contra choques mecânicos e osmóticos;

determinante de especificidade antigênica;

responsável pela divisão das bactérias em Gram + e Gram .

www.bioloja.com

PAREDE CELULAR

MÉTODO DE GRAM PARA COLORAÇÃO

Hans Christian Gram (1884) desenvolveu método de coloração de bactérias que permitia sua separação em dois grupos distintos: Gram positivas (Gram +) coloração

roxa;

Gram negativas (Gram ) coloração vermelha.

www.bioloja.com

PAREDE CELULAR

MÉTODO DE GRAM PARA COLORAÇÃO

Microscopia eletrônica e aperfeiçoamento das técnicas de análise bioquímica dos componentes celulares: diferenças na composição e

estrutura das paredes celulares: Gram positivas parede

celular espessa (de 20 a 80 nm); aspecto homogêneo,

Gram negativas parede mais delgada (de 9 a 20 nm); aspecto heterogêneo maior complexidade.

www.bioloja.com

PAREDE CELULAR

Composição básica: peptideoglicano polímero

exclusivamente encontrado no domínio Bacteria: N-acetilglicosamina (NAG),

ácido N-acetilmurâmico (NAM),

Tetrapeptídeo.

Organização:

esqueleto de NAG e NAM ligações ß-1,4;

em cada resíduo de NAM há um tetrapeptídeo associado ao grupo carboxil: aminoácidos alternam nas configurações

L e D;

ligações entre os tetrapeptídeos de cadeias adjacentes enorme rigidez.

www.bioloja.com

PAREDE CELULAR - GRAM + Fixam o corante violeta usado no

método de Gram: apresentam coloração roxa.

Cerca de 90% da parede celular é composta por peptideoglicano: ~20 camadas;

restante: ácidos teicóicos.

Tetrapeptídeos: Ala-Glu-Lys-Ala;

ligação entre os tetrapepídeos é indireta: mediada por ponte interpeptídica

de natureza variável.

Ligações cruzadas ao longo do peptideoglicano: rigidez, porosidade e certo grau

de elasticidade.

www.bioloja.com

PAREDE CELULAR - GRAM Peptideoglicano + membrana

externa: não retêm o corante violeta usado

no método de Gram: apresentam-se de coloração

avermelhada.

Peptideoglicano ligação entre os tetrapepídeos (Ala-Glu-DAP-Ala) é direta: ocorre entre o grupamento amino

do DAP subterminal (posição 3) e o grupamento carboxi da D-Ala terminal (posição 4).

D-glutamato, D-alanina e ácido meso-diaminopimélico não são encontrados em qualquer outra proteína conhecida presença confere maior resistência da parede contra a maioria das peptidases.

www.bioloja.com

PAREDE CELULAR - GRAM Apenas cerca de 10% da parede corresponde ao peptideoglicano:

uma ou duas camadas;

restante: membrana externa.

PAREDE CELULAR - GRAM

Membrana Externa: acima do peptideoglicano,

contém fosfolipídeos, lipoproteínas, proteínas e lipopolissacarídeos,

corresponde a uma segunda bicamada lipídica semelhante à membrana plasmática: maior permeabilidade a

pequenas moléculas.

estudos indicam contato entre membrana externa e membrana plasmática em algumas regiões sítios de adesão ou junções de Bayer: maior rigidez,

melhor fixação da membrana externa,

importantes locais de passagem de compostos citoplasmáticos, seja componentes envolvidos na síntese da membrana externa ou de diferentes nutrientes.

www.bioloja.com

PAREDE CELULAR - GRAM

Membrana Externa: face interna geralmente rica

em pequenas lipoproteínas lipoproteínas de Braun: ligam-se covalentemente ao

peptideoglicano, ancorando firmemente a membrana externa à camada de peptideoglicano.

face externa rica em lipopolissacarídeos (LPS), inexistentes na membrana plasmática: endotoxina provocam

febre, choque e eventualmente morte, quando injetados em animais,

molécula complexa, composta por 3 regiões: lipídeo A (mais interno),

polissacarídeo central,

cadeia polissacarídica lateral O ou antígeno O (mais externo).

ESPAÇO PERIPLASMÁTICO

Também denominado periplasma ou gel periplasmático.

Espaço situado entre a membrana externa e a membrana plasmática de bactérias Gram ; relatos esporádicos

existência de um espaço entre o peptideoglicano e a membrana plasmática de Gram +.

Pode atingir de 1 a 70 nm de espessura ocupa até 40% do volume total da célula.

Consistência de gel grande número de proteínas: várias enzimas, incluindo

hidrolases, -lactamases, enzimas envolvidas na síntese de peptideoglicano etc,

proteínas de ligação,

proteínas de transporte,

quimiorreceptores,

proteínas transportadoras de elétrons bactérias quimiolitotróficas e denitrifcantes.

www.bioloja.com

BACTÉRIAS - FORMAS BÁSICAS

Esféricas cocos

Cilíndricas (forma de

bastão) bacilos

Espiraladas ou

helicoidais:

bastão curvo, em forma de

vírgula vibrião;

espiral longa, espessa e

rígida espirilo;

espiral longa, fina e flexível

espiroqueta.

www.bioloja.com

BACTÉRIAS - FORMAS COLONIAIS

Colônias de cocos: diplococos:

células se dividem em um único plano e permanecem acopladas, predominantemente aos pares.

estreptococos: células se dividem em

um único plano e permanecem acopladas, formando uma fileira.

estafilococos: células se dividem em

três planos, em um padrão irregular, formando cachos de cocos.

sarcinas: células se dividem em

três planos, em um padrão regular, formando um arranjo cúbico de cocos.

www.bioloja.com

BACTÉRIAS - FORMAS COLONIAIS

Colônias de bacilos:

diplobacilos: ocorrem aos pares;

estreptobacilos: arranjo em fileiras.

www.bioloja.com

REPRODUÇÃO ASSEXUADA

Bipartição ou Cissiparidade:

um indivíduo divide-se dando origem a outros

dois geneticamente idênticos:

duplicação do cromossomo:

cada novo cromossomo fica associado a um mesossomo

e entre eles verifica-se o crescimento da célula;

citocinese.

www.bioloja.com

Duplicação do DNA

Separação das células

Parede celular

Membrana

plasmática

Molécula de DNA

Bipartição ou Cissiparidade

www.bioloja.com

REPRODUÇÃO ASSEXUADA Esporulação: formação de endósporos:

formas de resistência dos gêneros Bacillus (aeróbia) e Clostridium (anaeróbia):

permitem que a célula sobreviva em condições desfavoráveis;

resistentes ao calor e ao ressecamento.

capazes de permanecer em estado latente por longos períodos e de germinar dando início a nova célula vegetativa.

localização: central, terminal ou sub-terminal.

www.bioloja.com

Esporulação

www.bioloja.com

REPRODUÇÃO SEXUADA Conjugação:

passagem de material genético de uma bactéria doadora para uma receptora através de uma ponte citoplasmática formada por fímbrias sexuais (pilus F): reconhecimento e contato entre as células,

transferência de DNA plasmidial.

associada à presença de plasmídeos F: célula portadora de plasmídeo F F+, doadora, ou macho; célula desprovida de plasmídeo F F, receptora, ou fêmea.

plasmídeos F integrados no cromossomo processo mediado por pequenas seqüências de DNA denominadas IS (Insertion Sequences): podem mobilizar a transferência de genes cromossômicos; células portadoras de plasmídeos F integrados Hfr (High

Frequency of Recombination);

www.bioloja.com

Conjugação

Pode ser de dois tipos: entre células F+ e F

duas células F+;

entre células Hfr e F uma célula Hfr e outra F.

Mecanismo provável de transferência do DNA círculo rolante: apenas uma das fitas é transferida fita complementar

sintetizada pela célula receptora.

www.bioloja.com

Conjugação F+

Conjugação Hfr

www.bioloja.com

REPRODUÇÃO SEXUADA

Transdução: mediada por vírus (bacteriófagos ou fagos)

pode ser generalizada (qualquer fragmento de DNA) ou especializada (determinados genes, passados por fagos temperados).

www.bioloja.com

Transdução Generalizada

www.bioloja.com

Transdução Especializada

www.bioloja.com

REPRODUÇÃO SEXUADA

Conversão lisogênica: transferência de genes de

fagos para bactérias durante o ciclo lisogênico.

Ex.: conversão de células atoxigênicas de Corynebacterium diphtheriae em toxigênicas, pelo fago bactéria recebe um gene que codifica uma toxina, sendo este gene de origem viral.

www.bioloja.com

REPRODUÇÃO SEXUADA

Transformação:

incorporação de DNA na forma livre, geralmente decorrente da lise celular: ocorre quando uma bactéria incorpora moléculas

de DNA existentes em seu meio e esta passa a ter novas características.

www.bioloja.com

Transformação - etapas Captação do DNA: DNA exógeno (1)

liga-se a proteínas na superfície celular (2), sendo em seguida absorvido ou tendo uma de suas fitas degradadas por nucleases antes da absorção: Gram + DNA captado como dupla

hélice e absorvido como fita simples uma das fitas é degradada.

Gram DNA absorvido como fita dupla apenas uma das fitas participa do processo de recombinação.

Ligação do DNA: inicialmente reversível células competentes ligam o DNA com muito mais eficiência que células não competentes (1000 vezes mais).

Integração do DNA: associação do DNA exógeno com

proteínas de ligação e proteína RecA: proteção contra degradação;

recombinação.

degradação do que resta da fita simples e formação de um DNA híbrido.

DNA exógeno (1) ao encontrar o receptor (2) interage com este, promovendo a ativação de vários

genes (3, 4 e 5) dentre eles autolisinas, nucleases e proteína de ligação ao DNA. Uma das fitas do

DNA passa a ser captada pela célula, enquanto a outra é degradada (6). Ao penetrar na célula a fita

simples é protegida por proteínas. Caso este DNA encontre uma região complementar, a proteína

RecA auxiliará sua recombinação com o DNA endógeno (7).

www.bioloja.com

Célula bacteriana Lise celular Quebra

do DNA

Fragmentos de

DNA doador Célula bacteriana

Fragmentos de DNA

ligam-se à

superfície da célula

receptora.

O fragmento de DNA é

incorporado à célula receptora.

O fragmento de DNA é integrado

ao cromossomo da célula receptora.

Célula transformada

Molécula de DNA circular

Transformação

www.bioloja.com

NUTRIÇÃO BACTERIANA Devido à presença da parede celular rígida as

bactérias se nutrem apenas de material em solução absorção.

Nutrientes substâncias encontradas no ambiente, que participam do anabolismo e catabolismo celular, podendo ser divididos em dois grandes grupos macronutrientes necessários em grandes

quantidades: principais constituintes dos compostos orgânicos

celulares e também utilizados como combustível;

C, N, O, H, P, S, K, Mg, Ca, Na e Fe;

cerca de 90% da composição celular.

micronutrientes necessários em pequenas quantidades tão importantes quanto os macronutrientes: principais: Co, Zn, Mo, Cu, Mn, Ni;

cerca de 10% da composição celular.

www.bioloja.com

Macronutrientes

www.bioloja.com

Fatores de Crescimento

Compostos orgânicos não sintetizados pelas células e necessários em quantidades muito pequenas para o crescimento bacteriano: vitaminas, aminoácidos, purinas e pirimidinas;

geralmente fornecidos como componentes dos meios de cultura (peptonas, extrato de levedura) utilizados para o crescimento in vitro dos microrganismos;

na natureza são normalmente encontrados nos habitats naturais dos microrganismos.

www.bioloja.com

Cultivo “in vitro” A partir do conhecimento dos requerimentos

nutricionais, podem ser confeccionados meios que permitam o crescimento microbiano in vitro.

Podem ser: quimicamente definidos (sintéticos);

indefinidos (complexos);

líquidos, semi-sólidos e sólidos;

simples, enriquecidos, seletivos, diferenciais;

Cultura pura: contém um único tipo de organismo permite o estudo de microrganismos isoladamente.

www.bioloja.com

Nutrição Gram positivos

Parede celular composta por várias camadas de peptídeoglicano: síntese de exoenzimas

liberação no meio digestão extracelular captação dos nutrientes por proteínas transportadoras.

Membrana plasmática permeabilidade seletiva Gram + e Gram .

www.bioloja.com

Difusão facilitada

Tipos de transportes mediados por

proteínas - Gram + e Gram

Difusão facilitada ligação do nutriente à proteína transportadora induz uma mudança de conformação na proteína formação de um canal pelo qual o nutriente tem acesso ao citoplasma.

não envolve gasto de energia.

Translocação de grupo o nutriente sofre uma alteração química durante sua passagem através da membrana.

Ex.: fosforilação de moléculas de açúcares, purinas e pirimidinas pelo sistema fosfotransferase.

envolve gasto de energia.

www.bioloja.com

Tipos de transportes mediados por

proteínas - Gram + e Gram

Tranporte ativo alguns açúcares, a maioria dos aminoácidos,

vários íons inorgânicos e ácidos orgânicos.

envolve gasto de energia:

energia provém do ATP ou da formação de um gradiente de prótons (íons

hidrogênio) por toda a membrana.

cada transportador tem sítios específicos para o substrato e para o

ATP ou próton.

www.bioloja.com

Nutrição Gram negativos Maior complexidade química e

estrutural da parede celular presença de camadas lipoprotéica e lipopolissacarídica (LPS), localizadas externamente ao peptídeoglicano membrana externa.

Membrana externa caráter hidrofóbico (LPS) grande número de porinas associadas à camada lipopolissacarídica: permitem a passagem de

moléculas hidrofílicas de baixa massa molecular;

atuação:

inespecífica formação de canais aquosos;

específica exibição de sítios de ligação para substratos de até 5 kDa;

acopladas a proteínas transportadoras.

www.bioloja.com

Nutrição Gram negativos Periplasma presença de:

hidrolases atuam na degradação inicial dos nutrientes;

proteínas de ligação iniciam os processos de transporte;

quimioreceptores envolvidos em processos de quimiotaxia.

Transporte inicial das moléculas do periplasma para o citoplasma gasto energia utilização de ATP.

www.bioloja.com

METABOLISMO BACTERIANO

De acordo com a forma que obtêm sua energia podem ser classificadas como: fototróficas obtêm energia a partir da energia

luminosa, pela fotossíntese;

quimiotróficas obtêm energia a partir da utilização de compostos químicos, envolvendo especialmente reações de oxidação e redução.

Em relação às fontes de carbono, podem ser classificadas como: Autotróficas ou autótrofas quando utilizam fontes

inorgânicas de carbono (CO2);

Heterotróficas ou heterótrofas quando as fontes de carbono são de natureza orgânica.

www.bioloja.com

METABOLISMO BACTERIANO Autótrofas utilizam fonte inorgânica de carbono

(CO2) produzem matéria orgânica a partir de inorgânica. Podem ser: Fotossintetizantes ou autofototróficas usam

energia luminosa (fotossíntese). Ex.: bactérias verdes e púrpuras: possuem um tipo especial de clorofila - a bacterioclorofila

absorve luz na região do espectro correspondente ao infravermelho;

podem utilizar sulfeto de hidrogênio (H2S) (autofototróficas ou fotoautotróficas) ou compostos orgânicos álcoois, ácidos graxos ou acetoácidos como fontes de hidrogênio (heterofototróficas ou foto-heterotróficas) fotossíntese anoxígena.

AOHOCHxCOAH x

orofilaBacteriocllhoInfraverme

2)(2 2222

www.bioloja.com

METABOLISMO BACTERIANO

Quimiotróficas: podem ser quimio-autotróficas ou quimio-heterotróficas: Quimio-autotróficas, quimiossintetizantes ou

autolitotróficas usam CO2 como fonte de carbono e geram energia através da oxidação de compostos inorgânicos doadores de elétrons, como amônia (NH4), dióxido de nitrogênio ou nitrito (NO2) e ácido sulfídrico (H2S). Ex.: Bactérias nitrificantes e Archaea.

www.bioloja.com

METABOLISMO BACTERIANO quimio-heterótrofas, heterótrofas ou hetero-

organotróficas utilizam fonte orgânica de carbono alimentam-se de uma fonte externa de matéria orgânica. matéria orgânica morta saprófitas ou

decompositoras;

tecidos vivos de animais e plantas patogênicas causam doenças.

www.bioloja.com

Bactérias heterótrofas

MODOS DE VIDA

DECOMPOSITORAS

(MAIORIA) MUTUALISTAS PARASITAS

Degradam matéria

orgânica morta

Vivem no corpo de outros

organismos numa associação

de benefício mútuo

Causam doenças em plantas,

humanos e outros animais

Decomposição e reciclagem

da matéria orgânica nos diferentes

ambientes

Bactérias que vivem no

intestino humano e produzem

vitamina K

Bactérias que vivem no estômago

ou no intestino de mamíferos

herbívoros digerindo a celulose

Bactérias do gênero Rhizobium

que vivem nas raízes de plantas

leguminosas e fixam nitrogênio

www.bioloja.com

www.bioloja.com

PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE

ENERGIA

Podem ser divididos em 3 categorias:

fermentação doador inicial e aceptor final de elétrons são moléculas orgânicas (anaeróbio);

respiração aeróbia oxigênio atua como aceptor final de elétrons;

respiração anaróbia outro agente oxidante inorgânico (sulfato, nitrato, carbonato) atua como aceptor final de elétrons.

www.bioloja.com

Fermentação Não depende do ciclo de Krebs ou

da cadeia de transporte de elétrons.

Ocorre oxidação parcial dos compostos orgânicos açúcares, proteínas, ácidos, entre outros: apenas uma pequena fração de energia

é liberada.

www.bioloja.com

Respiração Aeróbia

Oxigênio atua como

aceptor final de elétrons.

Ocorre oxidação completa

de compostos orgânicos

até CO2 e H2O:

saldo energético de 38 ATPs.

Fases:

glicólise;

ciclo de Krebs;

cadeia respiratória (cadeia de

transporte de elétrons).

www.bioloja.com

Respiração anaeróbia

Aceptor final de elétrons não é o oxigênio, sendo substituído por nitrato, sulfato ou carbonato.

Liberação de energia maior que na fermentação e menor que na respiração aeróbia: parte do ciclo de Krebs não é funcional em condições de

anaerobiose;

menor número de moléculas transportadoras de elétrons presentes.

Eventualmente ocorre em organismos que realizam respiração aeróbia.

Ex.: bactérias desnitrificantes.

Pseudomonas denitrificans:

Glicose + NO3 (nitrato) CO2 + H2O + N2 + energia

www.bioloja.com

ANTIBIÓTICOS

Substâncias químicas que matam ou inibem o crescimento de microorganismos: “státicos” inibem o crescimento têm sua ação vinculada à resistência

do hospedeiro ;

“cidas” matam podem funcionar como "státicos" dependendo da concentração ou do tipo de organismo.

Origem: natural produzidos por poucas bactérias e muitos tipos de fungos

filamentosos geralmente são produtos do metabolismo secundário;

semi-sintética antibióticos naturais modificados pela adição de grupamentos químicos, tornando-os menos suscetíveis à inativação pelos microrganismos. Ex.: ampicilina, carbencilina, meticilina.

sintética sulfonamidas, trimetoprim, cloranfenicol, isoniazida.

Agentes seletivos favorecem a sobrevivência das raras bactérias resistentes, presentes na população de um determinado ambiente: recombinação transferência de genes de resistência.

www.bioloja.com

ANTIBIÓTICOS Espectro de ação diversidade de organismos

afetados pelo agente geralmente de pequeno ou amplo espectro: devem apresentar toxicidade seletiva atuação seletiva sobre

o microrganismo, sem provocar danos ao hospedeiro.

www.bioloja.com

Antibiograma Teste que oferece como resultado padrões de resistência ou

susceptibilidade de uma bactéria específica a vários antimicrobianos resultados são interpretados e usados para tomar decisões sobre tratamento.

Interpretação da susceptibilidade baseada na medida do halo de inibição do crescimento bacteriano formado ao redor de um disco contendo determinado tipo de antibiótico: microrganismos que apresentarem resistência in vitro também serão resistentes

in vivo.

microrganismos que apresentam sensibilidade in vitro podem ser resistentes in vivo.

Quanto mais sensíveis à

ação do antibiótico,

maior será o halo

transparente em volta

do disco; se as

bactérias forem

resistentes, nada

acontecerá.

www.bioloja.com

Mecanismos de Ação Inibição da formação da parede celular mais seletivos

elevado índice terapêutico:

penicilinas, ampicilina, cefalosporinas, bacitracina, vancomicina.

Alteração da permeabilidade da membrana plasmática menor grau de toxicidade seletiva:

polimixinas, ionóforos.

Inibição da tradução geralmente bastante seletivos:

estreptomicina, gentamicina, tetraciclina, cloranfenicol, eritromicina.

Inibição da síntese de ácidos nucléicos seletividade variável:

novobiocina, quinolonas, rifampicina.

Antagonismo metabólico geralmente ocorre por um mecanismo de inibição competitiva:

sulfas e derivados, trimetoprim, isoniazida.

Maiores informações:

http://www.unb.br/ib/cel/microbiologia/antibioticos/antibioticos.html

www.bioloja.com

RESISTÊNCIA A

ANTIBIÓTICOS

NATURAL ADQUIRIDA

ocorre com bactérias naturalmente

resistentes (variabilidade genética)

surge numa bactéria naturalmente

sensível e que se tornou resistente

Cromossômica Extra-cromossômica

ocorre por mutação ou por transferência

de genes (conjugação Hfr, transdução,

conversão lisogênica e transformação)

em geral ocorre por transferência de

plasmídeos através de conjugação F+

independe da presença de antibióticos

em geral confere resistência

a apenas um tipo de antibiótico

geralmente confere resistência

a múltiplos antibióticcos

www.bioloja.com

Mecanismos de Resistência Impermeabilidade à droga:

resistência à penicilina G por muitas bactérias Gram negativas: são impermeáveis à droga ou apresentam alterações nas proteínas de ligação à

penicilina.

resistência às sulfonamidas: menor permeabilidade à droga.

Inativação: muitas drogas são inativadas por enzimas codificadas pelos microrganismos:

penicilinase (-lactamase) enzima do periplasma que cliva o anel -lactâmico da penicilina, inativando a droga;

modificações introduzidas pelo microrganismo, tais como adição de grupamentos químicos fosforilação ou acetilação de antibióticos.

Modificação de enzima ou estrutura-alvo: alterações na molécula do rRNA 23S (no caso de resistência à eritromicina e

cloranfenicol);

alteração da enzima, no caso de drogas que atuam no metabolismo, ou uso de vias metabólicas alternativas.

Bombeamento para o meio: efluxo da droga resistência às tetraciclinas, em bactérias entéricas.

www.bioloja.com

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA Ciclo do nitrogênio:

fixação N2 captação do nitrogênio atmosférico e incorporação à cadeia alimentar absorvem o N2 e transformam-no em nitrato (NO3

) e amônia (NH3) formas utilizadas pelas plantas: bactérias do gênero Rhizobium:

associação mutualística com raízes de plantas leguminosas.

bactérias do solo gênero Azotobacter.

www.bioloja.com

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA Ciclo do nitrogênio:

nitrificação transformação da amônia a nitrato bactérias nitrificantes energia liberada usada na síntese de compostos orgânicos a partir de CO2 e H2O (quimiossíntese):

oxidam a amônia a nitrito Nitrosomonas e Nitrosococcus;

oxidam nitrito a nitrato Nitrobacter e Nitrococcus.

nitrato liberado no meio diretamente utilizado pelas plantas:

convertido para a forma orgânica aminoácidos e nucleotídeos.

www.bioloja.com

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA Ciclo do nitrogênio:

desnitrificação transformação de matéria nitrogenada em N2

bactérias desnitrificantes:

utilizam nitrato como aceptor final de elétrons na respiração anaeróbia liberação de N2 para a atmosfera.

Ex.: Pseudomonas denitrificans:

amonificação transformação do nitrogênio presente na forma orgânica no corpo de organismos mortos em amônia (NH3) por bactérias decompositoras:

retorno do nitrogênio para o meio disponível para bactéria e plantas.

Glicose + NO3 (nitrato) CO2 + H2O + N2 + energia

www.bioloja.com

CICLO DO NITROGÊNIO

www.bioloja.com

IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E

ECONÔMICA

Decompositores degradam matéria orgânica sem vida (organismos mortos, lixo, urina, fezes) em moléculas simples que são liberadas no ambiente. Benefícios:

biodegradação aeróbia do esgoto utilização em estações de tratamento;

biodigestão anaeróbia de esgotos e lixo doméstico utilização em tanques denominados biodigestores para produção de:

biogás,

biofertilizante,

efluente mineralizado usado na produção de microalgas usadas na piscicultura.

reciclagem da matéria.

apodrecimento de alimentos prejuízo econômico.

www.bioloja.com

IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL

Indústria alimentícia: produção de laticínios utiliza bactérias dos

gêneros Lactobacillus e Streptococcus fabricação de queijos, iogurtes e requeijão;

fabricação de vinagre são usadas bactérias do gênero Acetobacter transformam o etanol do vinho em ácido acético;

bactérias do gênero Corynebacterium produção de ácido glutâmico usado em temperos para acentuar o sabor dos alimentos.

www.bioloja.com

IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL

Indústria farmacêutica:

produção de antibióticos: neomicina produzido por bactérias do gênero

Streptomyces.

produção de medicamentos através de biotecnologia: insulina humana uso de bactérias

geneticamente modificadas.

Indústria química:

produção de metanol, butanol, acetona.

www.bioloja.com

IMPORTÂNCIA MÉDICA E

VETERINÁRIA Muitas bactérias causam doenças em humanos e

animais.

Formas comuns de transmissão: alimentos ou água contaminados cólera, febre tifóide,

disenteria bacilar etc;

pelo ar ou através de gotículas eliminadas pela fala, tosse e espirro dos doentes pneumonia, tuberculose, coqueluche, meningite, escarlatina etc;

relações sexuais doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) sífilis, gonorréia etc.

contaminação de ferimentos com solo ou fezes contendo esporos; material perfurante contaminado com esporos tétano, gangrena gasosa.

www.bioloja.com

IMPORTÂNCIA NA AGRICULTURA

Fixação de nitrogênio e nitrificação adubação do solo.

Muitas bactérias causam doenças em plantas graves conseqüências econômicas: Xylella fastidiosa escaldadura das folhas da ameixa, clorose

variegada dos citros (amarelinho ou CVC), requeima das folhas do cafeeiro (ou atrofia dos ramos do cafeeiro);

www.bioloja.com

IMPORTÂNCIA NA AGRICULTURA

Agrobacterium vitis galhas da coroa afeta

inúmeras plantas frutíferas;

Xanthomonas gomose da cana-de-açúcar e

cancro bacteriano em videiras e frutas cítricas.

Pseudomonas cancros de ameixeira, cerejeira,

damasqueiro e pessegueiro.

galha

cancro cítrico

www.bioloja.com

IMPORTÂNCIA NA AGRICULTURA

Outras doenças de plantas causadas por

bactérias:

necroses e queima de tecidos;

mosquedo do tomateiro;

mancha angular do morangueiro;

podridão anelar da batateira;

murchidão bacteriana das cucurbitáceas (melão,

melancia, pepino) etc.