Bahia - Sistema Fieb · tos de marcenaria e soldagem e o apoio de um quadro de pessoal...
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ISSN 1679-2645
Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB
Bahia
aNo XXII Nº 238 Jul/ago/2015
AceitAm-se boAs ideiAs
SENAI mantém incubadora e aceleradora para estimular
empreendedores e estudantes a desenvolverem projetos de inovação
editoRiAL
Pensar fora da caixa
ter uma ideia incrível pode não ser o bastante
quando se tem um espírito inovador e empre-
endedor. É preciso que ela tome forma, se de-
senvolva e se transforme em ação ou produto. O ca-
minho para que isso aconteça é muitas vezes árduo.
Sem apoio, grandes inovações acabam se perdendo.
Foi para evitar que ideias originais ou quem sabe, re-
volucionárias, tenham a gaveta como destino que o
SENAI Bahia resolveu dar uma forcinha para quem
tem uma ideia brilhante na cabeça e não sabe o que
fazer com ela.
Desde 2012 foi estruturado o Programa de Empre-
endedorismo e Inovação do SENAI, de onde tem saí-
do boas surpresas. Algumas delas estão demonstra-
das nas páginas da matéria de capa desta edição da
Revista Bahia Indústria e revela um pouco do que
a Bahia tem a oferecer em soluções para a sociedade
e, em especial, para a indústria.
Ao todo, são 27 projetos que recebem o suporte do
SENAI: 15 em processo de pré-incubação (uma etapa
inicial, de seleção e validação de ideias), seis já in-
cubados (em fase de desenvolvimento e/ou implan-
tação) e outros seis sendo acelerados. Nesta última
etapa, o projeto recebe um aporte financeiro que per-
mite ao empreendedor acessar o mercado mais rapi-
damente. Por meio do Start Up Brasil, programa do
Governo Federal que atua por meio de aceleradoras
qualificadas como o SENAI, são oferecidos aos em-
preendedores recursos de até R$ 200 mil em bolsas
de pesquisa e desenvolvimento para os profissionais.
Sejam incubados ou acelerados, os perfis dos proje-
tos são dos mais variados, contemplando áreas como
robótica e automação, impressão 3D, supercomputa-
ção, telecomunicações e equipamentos para a cadeia
de petróleo e gás. Igualmente diversificado é o perfil
dos empreendedores. Há casos de estudantes, jovens
recém-formados ou mesmo profissionais mais expe-
rientes que decidem tirar seus protótipos da garagem e
abrir uma start-up – pequenas empresas que apostam
em negócios de risco, com investimento inicial baixo,
mas potencial de crescimento e retorno rápidos.
Para dar suporte a esta iniciativa o SENAI Cima-
tec estruturou o Laboratório Aberto. Recentemente
inaugurado, o espaço oferece aos usuários recursos
São 27 projetos que recebem o suporte do SENAI: 15 em processo de pré-incubação (uma etapa inicial, de seleção e validação de ideias), seis já incubados (em fase de desenvolvimento e/ou implantação) e outros seis sendo acelerados.
Rafael Brito, técnico do SENAI, com um dos projetos da incubadora
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para modelagem computacional,
impressão 3D, circuitos e sistemas
automatizados, além de bancadas
de eletroeletrônica, equipamen-
tos de marcenaria e soldagem e
o apoio de um quadro de pessoal
especializado do SENAI.
O espaço do Cimatec faz parte
de uma rede de laboratórios aber-
tos que serão inaugurados em to-
do o Brasil e integra o Programa
SibratecShop, desenvolvido pelo
Ministério de Ciência, Tecnolo-
gia e Inovação em parceria com
o SENAI e o SEBRAE. A iniciativa
prevê a disponibilização de R$ 1
milhão por laboratório, de modo
a permitir às empresas custear
matéria-prima, assessoria técnica
e o aluguel das máquinas para o
desenvolvimento de seus projetos.
Fica o convite para conhecer
nas páginas desta edição o que o
SENAI Bahia vem realizando pa-
ra estimular a inovação no nosso
estado. Para o SENAI, o futuro é
isso: pensar fora da caixa.
4 Bahia Indústria
SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e
tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria
do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /
Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS VegetaiS
e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e de BeBi-
daS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de madeira
Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo, milho,
mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de minera-
ção de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS,
detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS
de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto.
antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFeitaria da cidade do SalVador, [email protected]
/ Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] /
Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Produ-
toS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS
do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da
Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia,
[email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS
indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica
e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de tele-
comunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material
elétrico de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eS-
tado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato
daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFa-
toS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS
de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato
da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da
conStrução e reParação naVal e oFFShore (SinaVal) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria
do eStado da Bahia, [email protected]
filiada à
Bahia
fiEBPRESIDENTE Antonio ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-
-PRESIDENTE Carlos henrique Jorge gantois. VICE-
-PRESIDENTES Josair Santos bastos; mário Augusto
rocha pithon; Edison Virginio Nogueira Correia;
Alexi pelagio gonçalves portela Junior. DIRETORES
TITULARES Eduardo Catharino gordilho; Alberto
Cánovas ruiz; Eduardo meirelles Valente; renata
lomanto Carneiro müller; leovegildo oliveira de
Sousa; fernando luiz fernandes; Juan Jose rosario
lorenzo; theofilo de menezes Neto; José Carlos
telles Soares; Angelo Calmon de Sa Junior; Jeffer-
son Noya Costa lima; fernando Alberto fraga; luiz
fernando Kunrath; João Schaun Schnitmam. DIRE-
TORES SUPLENTES mauricio toledo de freitas; gui-
lherme moura Costa e Costa; gladston José Dantas
Campêlo Waldomiro Vidal de Araújo filho; Cléber
guimarães bastos; Jorge Catharino gordilho; marce-
lo passos de Araújo; Antonio geraldo moraes pires;
roberto mário Dantas de farias
conSElhoSCONSELhO DA MICRO E PEqUENA EMPRESA INDUS-
TRIAL Carlos henrique Jorge gantois; CONSELhO DE
ASSUNTOS FISCAIS E TRIBUTáRIOS mário Augusto
rocha pithon; CONSELhO DE COMéRCIO ExTERIOR
Angelo Calmon de Sá Junior; CONSELhO DE ECONO-
MIA E DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Antonio Ser-
gio Alipio; CONSELhO DE INFRAESTRUTURA marcos
galindo pereira lopes; CONSELhO DE INOVAçãO
E TECNOLOgIA José luis gonçalves de Almeida;
CONSELhO DE MEIO AMBIENTE Jorge Emanuel reis
Cajazeira; CONSELhO DE RELAçõES TRABALhISTAS
homero ruben rocha Arandas; CONSELhO DE
RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL marconi
Andraos oliveira; COMITê DE JOVENS LIDERANçAS
INDUSTRIAIS Eduardo faria Daltro; COMITê DE PE-
TRóLEO E gáS humberto Campos rangel; COMITê
DE PORTOS Sérgio fraga Santos faria
ciEBPRESIDENTE reginaldo rossi. 1º VICE-PRESIDENTE
Jorge Emanuel r. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Car-
los Antonio b. Cohim da Silva. 3º VICE-PRESIDENTE
roberto fiamenghi. DIRETORES TITULARES Arlene
Aparecida Vilpert; benedito Almeida Carneiro filho;
Cleber guimarães bastos; luiz da Costa Neto; luis
fernando galvão de Almeida; marcelo passos de
Araújo; mauricio lassmann; paula Cristina Cánovas
Amorim; hilton moraes lima; thomas Campagna
Kunrath; Walter José papi; Wesley Kelly felix Carva-
lho. DIRETORES SUPLENTES Antonio fernando Suzart
Almeida; Carlos Antônio Unterberger Cerentini; Dé-
cio Alves barreto Junior; Jorge robledo de oliveira
Chiachio; fernando Elias Salamoni Cassis; José luiz
poças leitão filho; mauricio Carvalho Campos; Su-
dário martins da Costa; CONSELhO FISCAL - EFETIVOS
luiz Augusto gantois de Carvalho; rafael C. Valen-
te; roberto Ibrahim Uehbe. CONSELhO FISCAL – SU-
PLENTES felipe pôrto dos Anjos; rodolpho Caribé de
Araújo pinho Neto; thiago motta da Costa
SESiPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL
Antonio ricardo Alvarez Alban.
SUPERINTENDENTE Armando da Costa Neto
SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO Antonio ricardo A. Alban.
DIRETOR REgIONAL luís Alberto breda
DIRETOR DE TEC. E INOVAçãO leone peter Andrade
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sistema fieb nas mídias sociais
Editada pela gerência de Comunicação Institucional
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RIAL Cleber borges. EDITORA
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As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da fIEb.
Publicação
atualiza
regulamentação
para licenciamento
ambiental
Manual de licenciaMento
Projeto registra 15% de evasão, um dos
mais baixos índices entre as 21 cidades
do país onde o SESI adota o projeto de
ressocialização. Na Bahia, uma nova
turma de 160 jovens foi diplomada
ViraVida na Bahia é destaque nacional
Sinditabaco propõe criar a Rota do
Charuto, roteiro turístico pelo
Recôncavo com visitação às fábricas
de produção artesanal e contato com
a cadeia de produção
roteiro reVela tradição do taBaco Baiano
Empresas e
estudantes
reuniram-se para
workshop e
premiação anual
12º PrêMio de estágio
SENAI vira celeiro
de boas ideias
com a incubadora
e aceleradora de
projetos voltados
para a indústria
acelerando a inoVação
sumáRio jul/ago 2015
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Capa: Ana Clélia Rebouças
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6 Bahia Indústria
Por Marta Erhardt
Workshop e premiação marcaram
a 12ª edição do prêmio IEl de Estágio, que reuniu empresas e estudantes na fIEb
Destaques em estágio
Com um projeto de adequa-
ção tarifária, no qual efe-
tuou o estudo dos contratos
de fornecimento firmados
entre os consumidores de energia
de alta tensão e as concessionárias,
a estudante de Engenharia Elétrica
da Faculdade Área 1, Regiane Ba-
tista, reduziu em R$ 70 mil, em me-
nos de um ano, os custos com o in-
sumo na empresa na qual trabalha.
Iniciado em setembro de 2014,
em 10 filiais da empresa Máquina
a formação acadêmica dos alunos.
Entre as instituições de ensino
finalistas, a Faculdade Maurício
de Nassau se destacou. “Esse prê-
mio é uma forma de despertar um
olhar mais delicado para a prática
de estágio, sem a qual a gradua-
ção não está completa”, pontuou
a analista de Carreiras da institui-
ção, Ivonildes Silva.
Na categoria empresas, a Sof-
twell Solutions (do segmento de
software) levou, pela segunda vez,
o prêmio entre as organizações de
pequeno porte; o Sebrae ficou com
o primeiro lugar entre as de médio
porte; e a Máquina de Vendas Bra-
sil (varejista do segmento de eletro-
eletrônicos) foi vencedora entre as
de grande porte. “O mais impor-
tante de tudo é que a gente forma
pessoas e fortalece os valores dos
estudantes”, ressaltou a gerente de
Desenvolvimento de RH da Máqui-
na de Vendas Brasil, Priscilla Brei-
tenbauch, sintetizando o sentimen-
to dos demais vencedores.
de Vendas, na Bahia, Pernambuco e Rio Grande do
Norte, o projeto foi ampliado para outras 22 lojas da
rede e a estimativa é reduzir, até o final do ano, mais
R$ 150 mil com os ajustes.
Regiane foi vencedora do Prêmio IEL de Estágio na
categoria Estagiário, incluída na premiação nesta 12ª
edição. “Não é impossível. A gente tem que acreditar
no nosso sonho. A ferramenta do sucesso está no co-
nhecimento”, comemorou.
A premiação também homenageou as empresas
com melhores práticas de atração, desenvolvimento
e retenção de estagiários e as instituições de ensino
que apoiam e incentivam a prática de estágio durante
ieL pRemiA
Bahia Indústria 7
ANgElo poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEb
Raymundo Dórea, ao lado do Mapa
Estratégico de Inovação da empresa,
destaca os benefícios do JOIN
A entrega do Prêmio IEL de Es-
tágio fez parte da programação do
16º Workshop de Estágio, no Dia do
Estagiário (18.8), em cerimônia no
auditório da Federação das Indús-
trias do Estado da Bahia (FIEB).
"O IEL é uma instituição focada
em educação e, desde sua criação,
já encaminhou mais de 200 mil
estudantes para o mercado de tra-
balho”, destacou o vice-presidente
Josair Bastos, que representou a
FIEB no evento.
Já o superintendente do IEL,
Evandro Mazo, falou sobre a im-
portância do envolvimento das
universidades, empresas e dos es-
tudantes no processo de estágio,
ressaltando os desafios que de-
vem ser enfrentados por cada um
destes agentes diante do cenário
de mudança constante, que exige
soluções de problemas de forma
mais rápida.
“Para os estudantes, o desafio
é pensar globalmente, ter matu-
ridade para aprender e para lidar
com o ambiente de trabalho diver-
sificado. As instituições de ensino
precisam adequar seus planos de
trabalho e dinâmica de aulas às
demandas do mercado. Já as em-
presas precisam identificar e reter
seus talentos”, explicou.
WORKSHOPA programação do workshop
contou com a palestra Bahia, fico
ou vou embora?, ministrada pelo
publicitário Maurício Magalhães,
que fez algumas provocações ao
público. Além de abordar sua ex-
periência profissional, o comuni-
cólogo, que desenvolveu sua car-
reira na Bahia e atualmente mora
em São Paulo, também falou sobre
a possibilidade de crescimento
profissional na Bahia.
“Precisamos de um ambiente
de negócios melhor. A gente es-
tá virando fornecedor de mão de
obra. Em São Paulo, o baiano é
visto como mão de obra rara, tra-
balhadora e dedicada”, ressaltou.
Sócio-presidente da Agência
TUDO, uma empresa do Grupo
ABC, presidido por Nizan Guana-
es, Maurício Magalhães defendeu
uma postura mais ativa e partici-
pativa da sociedade – e dos jovens
em especial – para transformar
o ambiente local. “A força de São
Paulo está no coletivo, no todo.
Na Bahia, o charme está no indi-
víduo. É preciso mudar o perfil,
olhar o todo, se enxergar como
artífice de mudança”, destacou o
publicitário.
O Workshop de Estágio tam-
bém contou com a apresentação
do coral Os Pequenos Cantores
da Monsanto. Regidos pelo maes-
tro e pianista Alcides Lisboa, os
integrantes do coral, criado em
2001, encantaram o público com
interpretações de músicas como
Semente do Amanhã, de Gonza-
guinha. [bi]
>Confira a lista de finalistas no portal do Sistema FIEB (www.fieb.org.br)
Os vencedores
nas três
categorias da
edição 2015
do Prêmio;
o publicitário
Maurício
Magalhães
em palestra
durante o
Workshop
8 Bahia Indústria
ANgElo poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEb
as micros, pequenas e médias empresas têm às
suas mãos agora um instrumento para auxiliar
na realização dos procedimentos para obtenção
e/ou renovação de licenças junto aos órgãos ambien-
tais. Trata-se do Manual de Licenciamento Ambiental.
Iniciativa do Sistema FIEB, em parceria com o Insti-
tuto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA)
e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(SEBRAE), a publicação foi apresentada oficialmente
a executivos dos mais diversos setores da indústria
baiana durante o V Evento FIEB de Meio Ambiente, no
dia 4 de agosto.
“É uma iniciativa muito bem-vinda, que está sen-
do lançada num momento oportuno para todo o em-
presariado”, acredita a gerente de Meio Ambiente e
Responsabilidade Social da FIEB, Arlinda Coelho.
Segundo a gerente, o manual atende à demanda ge-
rada pela mudança na legislação que regulamenta o
licenciamento ambiental no estado e que introduziu,
em novembro de 2014, alterações nos fluxos do pro-
cesso. Ilustrado com imagens da fauna e flora baia-
nas, a publicação traz, em suas 65 páginas, desde a
definição do que é uma licença ambiental até dados
sobre os processos, documentos e prazos para a ob-
tenção do anuência dos órgãos competentes, em lin-
guagem atraente e acessível.
guia de sustentabilidadefIEb lançou no V Evento de meio Ambiente manual que orienta empresas nos processos de licenciamento ambiental
Arlinda Coelho
destaca que
o Manual vai
auxiliar os
empresários
A iniciativa faz parte do projeto Indústria Baia-
na Sustentável. Lançado em 2013, como fruto de um
termo de cooperação entre FIEB, Inema e Sebrae, o
projeto presta apoio a micros, pequenas e médias em-
presas nos processo de licenciamento ambiental em
diversos níveis, incluindo a intermediação dos trâ-
mites para dar celeridade aos processos nos órgãos
ambientais. Até o momento, já foram atendidas 100
empresas associadas a 37 sindicatos filiados à FIEB,
representativos dos mais diversos segmentos produ-
tivos em 42 municípios baianos.
EvENtO dE MEIO AMBIENtEO lançamento do manual foi apenas uma das ati-
vidades do V Evento de Meio Ambiente, que atraiu
mais de cem executivos à FIEB. Com o tema Desa-
fios e Oportunidades Ambientais para o Setor Empre-
sarial Baiano, o evento colocou em pauta questões
que estão na ordem do dia para a competitividade
das empresas, como mudanças climáticas, gestão de
resíduos sólidos, recursos hídricos e a relação entre
inovação e sustentabilidade.
“O que precisamos neste momento é de agendas
positivas”, enfatizou o presidente da FIEB, Antonio
Ricardo Alban, ressaltando os desafios do atual ce-
nário de crise, que demandam uma visão ampla da
sustentabilidade, e a preocupação ainda maior com
a agilidade e a eficiência. Ao lado do presidente da
FIEB, estiveram à mesa de abertura o superintenden-
te de Estudos e Pesquisas Ambientais da Secretaria
do Meio Ambiente, Luis Ferraro, representando o se-
cretário de Meio Ambiente Eugênio Spengler, o dire-
tor superintendente do SEBRAE Adhvan Furtado e o
secretário de Cidade Sustentável de Salvador, André
Fraga, além do coordenador do Conselho de Meio
Ambiente da FIEB e vice-presidente do Centro de In-
dústrias do Estado da Bahia (CIEB), Jorge Cajazeira.
Com formato inspirado no programa Roda Vida,
o evento deste ano foi concebido para estimular o
debate e a interação entre os participantes. Quatro
conferencistas fizeram apresentações e responderam
questões colocadas por especialistas convidados. [bi]
circuito
Bahia Indústria 9
Por cleBer Borges
Reação leva governo a recuar na CPMFO recuo do governo federal em
reeditar a Contribuição Provisória
para Movimentação Financeira
(CPMF) deveu-se à reação
contrária do setor produtivo e dos
demais segmentos representativos
da sociedade. Na Bahia, OAB,
Federação das Câmaras de
Dirigentes Lojistas, Associação
Comercial, Fecomércio e FIEB
divulgaram conjuntamente na
imprensa nota pública na qual
salientavam que a criação de mais
um imposto reduziria a
competitividade das empresas e
penalizaria a sociedade, que não
tem responsabilidade sobre o
descontrole nas contas públicas.
Dificuldades na indústria da construçãoAssim como aconteceu no
fechamento do primeiro semestre,
a indústria da construção civil
terminou julho com 40% de
ociosidade do seu parque
industrial. É o que revela a
Sondagem Indústria da
Construção, da Confederação
Nacional da Indústria, para quem
as dificuldades enfrentadas pelo
setor se agravaram em julho. Os
indicadores revelam queda na
atividade e no emprego. Conforme
a pesquisa, feita com 596
construtoras de todo o país, o
índice de nível de atividade
acumula uma queda de 13,8
pontos em 12 meses e é o mais
baixo da série histórica, que
começou em dezembro de 2009. A
maior ociosidade foi registrada
nas pequenas empresas,
segmento em que a utilização da
capacidade de operação foi de
apenas 55%.
“Quando escrita em chinês a palavra crise compõe-se de dois caracteres: um representa perigo e o outro
representa oportunidade.”John Fitzgerald Kennedy, presidente dos EUA (1961–1963), ao conclamar os norte-americanos a investir, apesar das crises durante seu governo
Sistema tributário reprovado por 70% das indústrias O sistema tributário brasileiro está muito longe do ideal. Além da elevada carga
tributária, o número de impostos é grande, a estrutura é muito complexa e pouco
transparente, não respeita direitos e garantias do contribuinte e traz insegurança
jurídica. Essa é a conclusão de pesquisa feita pela Confederação Nacional da
Indústria com 2.622 empresários de todo o país. Segundo eles, o ICMS, a Cofins e as
contribuições previdenciárias são os impostos que mais afetam a competitividade.
Mais de 70% das empresas reprovam a estrutura tributária brasileira. O número de
impostos foi o item com a pior avaliação: 90% dos entrevistados o consideraram
ruim ou muito ruim. O item simplicidade teve 85% de respostas muito ruim ou ruim.
Ociosidade é a maior dos últimos 12 anosA utilização da capacidade
instalada da indústria
brasileira recuou 0,9 ponto
percentual em julho, em
relação a junho, baixando para
78,6%, o menor resultado da
série histórica, que começou em
2003. Todos os indicadores
caíram, o que reforça o quadro
recessivo da indústria, informa
pesquisa da CNI. No mesmo
período, o faturamento da
indústria caiu 0,2% e as horas
trabalhadas na produção
diminuíram 2,3%. Para a CNI, a
desvalorização cambial
contribuirá para melhorar a
competitividade da indústria,
mas não será suficiente para
reverter a situação atual.
10 Bahia Indústria
sindicatos ANgElo poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEb
ANgElo poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEbOs principais alvos de fiscalização em empresas de abate e processa-
mento de carnes e derivados foram discutidos durante o Seminário NR 36,
promovido pelo Sindicato de Carnes e Derivados do Estado da Bahia (Sin-
car), na FIEB, no dia 10 de agosto. Representando a FIEB, o vice-presidente
Mário Pithon destacou a relevância do diálogo entre empresários e o órgão
fiscalizador. “Nós queremos a aplicação da lei, mas o poder de polícia de-
ve ser aplicado com razoabilidade”, ressaltou. A importância da aproxi-
mação da Superintendência com o setor industrial também foi destacada
pelo presidente do Sincar, Júlio Farias, e pelo superintendente Regional
do Trabalho, Severiano Alves de Souza.
O vice-presidente da FIEB, Mário Pithon, representou a instituição
Armando Neto e Carlos henrique Passos
seminário debate fiscalização do trabalho em frigoríficos
Sindiplasf participa de encontro em SC
O presidente do Sindiplasf, Luiz
da Costa Neto, participou, dia 23.7,
do 2º Intercâmbio de Lideranças
Setoriais da Indústria do Plástico,
na Federação das Indústrias de
Santa Catarina. O encontro reuniu,
em Florianópolis, 14 presidentes e
dois diretores de sindicatos. "Foi
uma oportunidade de discutir as
dificuldades do setor, levantar su-
gestões e definir ações conjuntas",
avaliou Luiz Neto. O Intercâmbio
faz parte do Programa de Desen-
volvimento Associativo.
Visitas aproximam Simmefs das empresas
Para apoiar as demandas do
setor e fortalecer o associativismo,
Simmefs realiza visitas técnicas às
empresas da região. O coordena-
dor regional da FIEB, Antônio Luiz
Gomes, e o executivo do sindicato,
Geraldo Nicacio, apresentam as
instituições e prestam orientação
sobre questões trabalhistas, jurí-
dicas, fiscais e administrativas.
Nas visitas, representantes do SE-
SI, SENAI e IEL apresentam os pro-
dutos e serviços oferecidos para as
indústrias.
Encontro discute liderança e SST na indústria da construção
O Sinduscon-BA e o SESI lançaram o Progra-
ma de Treinamento para Lideranças, desenvol-
vido pelo Programa Nacional de Segurança e
Saúde no Trabalho para a Indústria da Constru-
ção (PNSST-IC), durante encontro ocorrido, dia
28.7. O programa visa desenvolver e aprimorar
as habilidades das lideranças em três níveis
hierárquicos: mestres e encarregados, geren-
tes e engenheiros e diretores e empresários. “É
preciso transformar a construção, estimulando
a mudança da cultura para a prevenção de aci-
dentes de trabalho e de doenças ocupacionais”,
afirmou o presidente, Carlos Henrique Passos.
quimbahia reelege diretoriaEm eleição realizada em junho, a di-
reção do Sindicato das Indústrias de Pro-
dutos Químicos para Fins Industriais e de
Produtos Farmacêuticos da Bahia (Quim-
bahia) foi reeleita para mandato até 2018. Segundo o
presidente reeleito, João Augusto Tararan, “o foco
estará na ampliação do número de associados”.
Sindicer participa de encontrodo setor em Teresina
Com o objetivo de intensificar a interação e a troca
de experiências, empresários da indústria de cerâmi-
ca vermelha participaram, em junho, do 20º Encon-
tro dos Sindicatos de Cerâmica Vermelha do Nordeste
e da 10ª Convenção Nordeste de Cerâmica Vermelha,
realizados em Teresina. O diretor do Sindicer-BA,
Paulo Barbosa, representou o sindicato baiano.
Bahia Indústria 11
Eduardo gordilho com a diretoria da FIEB e do CIEB, na inauguração
sindifite inaugura nova sede com melhor infraestrutura
ANgElo poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEb
mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb
Sinprocim reúne trabalhadores em dia de atividades esportivas
Cerca de 300 trabalhadores de nove empre-
sas associadas ao Sindicato das Indústrias de
Produtos de Cimento (Sinprocim-BA) participa-
ram da 5ª edição da Jornada de Esporte e Lazer
Sinprocim, realizada dia 11 de julho, no SESI Si-
mões Filho. Este ano, a Jornada contou com dis-
putas em 11 modalidades esportivas. A empresa
Desal ficou em primeiro lugar na competição,
seguida pela IBPC e Postes Nordeste. “Esse é um
momento de integração entre os trabalhadores
das empresas do setor”, ressaltou o presidente
do Sinprocim, José Carlos Soares.
Dirigentes de sindicatos de reparação de veículos
Líderes de sindicatos de repara-
ção de veículos de 13 estados brasi-
leiros participaram, em junho, da
2ª reunião do Sindirepa Nacional,
na sede da FIEB. A associação re-
úne sindicatos patronais de repa-
ração de veículos de 18 estados. A
queda da arrecadação sindical foi
um dos temas tratados no encon-
tro. “A reunião nos permite discu-
tir os problemas comuns e buscar
soluções em prol do segmento”,
avaliou o presidente do Sindirepa-
-BA, Reginaldo Rossi.
Com a presença de empresários, dirigentes sindicais e da Federação
das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o Sindicato da Indústria de
Fiação e Tecelagem (Sindifite), inaugurou, no dia 21.07, sua nova sede,
localizada na Avenida Tancredo Neves, em Salvador. Para o presidente
da entidade, Eduardo Gordilho, com a nova estrutura, o sindicato in-
tensificará os trabalhos, apoiando a política de interiorização da FIEB.
“Teremos um local exclusivo e com estrutura adequada para atender
às demandas das empresas e desenvolvimento de ações, com foco na
ampliação no quadro de associados”, afirmou Gordilho. Atualmente o
Sindifite conta com 17 empresas associadas, que geram 4.500 empregos.
Empresários relatam experiência associativa
A convite da CNI, o diretor do
Sinprocim-BA, Jarilson Santa-
na, participou do Diálogo sobre
a Competitividade da Indústria,
ação do Programa de Desenvolvi-
mento Associativo (PDA) que tem
o propósito de mostrar que muitos
dos problemas enfrentados pelas
empresas podem ser superados
por meio da ação coletiva. O en-
contro foi promovido pela Federa-
ção das Indústrias do Maranhão
(FIEMA), dia 22 de julho, na cida-
de de São Luís.
Workshop discute tributação para o setor de cosméticos
Empresários e representantes de empresas do
setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
tiveram a oportunidade de entender melhor os tribu-
tos federais e estaduais voltados para o setor, com o
workshop Tributação do Setor de HPPC: Entendendo e
Praticando, realizado na Federação das Indústrias do
Estado da Bahia, em 7 de julho.
O evento foi promovido pelo Sindicato das Indús-
trias de Cosméticos e Perfumaria do Estado da Bahia
(Sindcosmetic), em parceria com ABIHPEC, FIEB e Se-
brae. “Além de a carga tributária ser alta, a legislação
é complicada, o que dificulta o entendimento do em-
presário e o desenvolvimento da empresa”, ressaltou
o presidente do sindicato, Raul Menezes.
Futsal foi uma das 11 modalidades disputadas
12 Bahia Indústria
Por EMília ValEntE
Em meio à crise econômica, indústrias de base florestal ostentam números positivos
Na contramão do cená-
rio de crise econômica,
o setor florestal vive um
momento de expansão,
com balança comercial favorável,
exportações em alta e aumento no
volume de área plantada. Os núme-
ros positivos constam do Relatório
Ibá 2015 e do anuário Abaf – Bahia
Florestal 2015. Lançadas dia 6 de
agosto na sede da FIEB, em evento
promovido pela Indústria Brasi-
leira de Árvores (Ibá), Associação
Baiana das Empresas de Base Flo-
restal (Abaf) e Sindicato das Indús-
trias de Papel, Celulose, Papelão,
Pasta de Madeira para Papel e Ar-
tefatos de Papel e Papelão no Es-
tado da Bahia (Sindpacel), as duas
publicações traçam um panorama
animador da cadeia produtiva de
base florestal tanto no estado da
Bahia como no Brasil.
“Precisamos ser contagiados
pelo otimismo que anima hoje o
setor florestal, aprender com as li-
ções e méritos deste segmento que
navega hoje num mar de almiran-
te”, sinaliza o presidente da FIEB,
Antônio Ricardo Alban. Para a
presidente executiva do Ibá, Eli-
sabeth Carvalhaes, “os dados con-
solidados nos anuários dão uma
dimensão da relevância econô-
mica, social e ambiental do setor
agroflorestal”. Um dos cinco mais
importantes do Brasil, o segmento
é responsável por 1,1.% de toda a
riqueza gerada no país, por 5,5%
do PIB indústria e pela geração de
5 milhões de empregos.
cENáRIOOs números são ainda mais sig-
nificativos, levando em conta o ce-
nário global da economia brasilei-
ra. Em 2014, o PIB do setor cresceu
1,7%, alavancado principalmente
pela expansão do volume de ex-
portações de celulose (12,6%). A
expansão é 17 vezes maior do que a
do PIB brasileiro – e muito superior
à de segmentos como agropecuária
(0,4%), indústria (-1,2%) e serviços
(0,7%). Entre os fatores que contri-
buíram para o bom desempenho
estão a desvalorização do real em
relação ao dólar, a elevação do pre-
ço da celulose no mercado interna-
cional e a alta produtividade das
árvores plantadas no país. Só para
ter uma ideia, no Brasil, a área flo-
restal necessária para a produção
de 1,5 milhão de toneladas de celu-
oásis de crescimento
lose por ano é de 140 mil hectares – um quinto da área
necessária em um país como a Escandinávia.
Localmente, os números do anuário Abaf espe-
lham a tendência nacional. O PIB do segmento no
Estado cresceu 6,5% de 2013 para 2014, atingindo um
volume de recursos da ordem R$ 9,02 bilhões. Em
paralelo, o montante arrecadado com as compras ex-
ternas chegou a US$ 1,67 bilhão, garantindo aos pro-
dutos do segmento o primeiro lugar no ranking de ex-
portações do estado, à frente de setores tradicionais
como combustíveis e derivados, produtos químicos e
orgânicos. Mais expressiva ainda é a contribuição do
setor para a balança comercial baiana. Em 2014, as
indústrias de base florestal registraram um superávit
positivo na comparação entre suas exportações e im-
portações, da ordem de US$ 1,64 bilhão. O número é
60 vezes maior que o saldo da balança comercial do
estado no mesmo período.
“E a boa notícia é que o segmento tem um poten-
cial enorme para crescer na Bahia”, comemora o pre-
sidente da Abaf, Sérgio Bornstein, lembrando que a
área de plantio no Estado corresponde a apenas 1,2%
do território baiano. No ranking dos principais es-
tados produtores de florestas no Brasil, ocupamos o
quinto lugar, com 671 mil hectares de área plantada.
Em contrapartida, somos benchmarking mundial em
produtividade de eucalipto, com uma performance
(42 metros cúbicos de hectare por ano) superior tanto
à média brasileira como a de outros importantes paí-
ses produtores de florestas.
Do ponto de vista do impacto social do segmento,
também há dados animadores: os municípios que se-
Bahia Indústria 13
Setor vive
momento de
expansão,
com balança
comercial
favorável
fotoS VAltEr poNtES/CopErphoto/SIStEmA fIEb
diam indústrias de base florestal vêm apresentando
uma evolução mais favorável no Índice do Desenvol-
vimento Humano (IDH), que avalia critérios como
educação, longevidade e renda. “Entre os anos de
1991 e 2010, a média de crescimento do IDH dos mu-
nicípios florestais, como Eunápolis e Mucuri, chegou
a 84%, contra apenas 63% dos municípios não-flores-
tais”, informa Bornstein.
Em meio às boas notícias, o presidente do Sin-
dpacel, Jorge Cajazeira, alerta, no entanto, para dois
grandes desafios enfrentados pelo setor: a segurança
fundiária e os fatores logísticos. “Atualmente, é a au-
sência do porto na região Sul do Estado que impede a
expansão do setor na Bahia”, resume.
dOAÇÃO dE MUdASDurante o evento de lançamento do Relatório Ibá
2015 e do anuário Abaf – Bahia Florestal 2015. tam-
bém foi realizada a assinatura de um termo de coope-
ração ambiental entre a Prefeitura Municipal de Sal-
vador e as entidades ABAF e Sindpacel para a doação
de 10 mil mudas de espécie de Mata Atlântica, que
serão plantadas em diversos locais da cidade. A ceri-
mônia contou com a presença do vice-governador do
Estado, João Leão, do secretário de Cidade Sustentá-
vel de Salvador, André Fraga, além do presidente do
Sindpacel, vice presidente do Centro das Indústrias
do Estado da Bahia (CIEB) e coordenador do Conselho
de Meio Ambiente, Jorge Cajazeira. [bi]
EXPORTAÇÃO DO SETOR DEBASE FLORESTAL BAIANO
US$ 1,67Bilhão
68%
22%
5%
5%
Celulose
CeluloseSolúvel
Papel
FerroLiga
Bahia
Brasil100%
14,9%
EXPORTAÇÕES DO ESTADO DA BAHIABilhão US$
0,52 Cobre
1,67Produtos de Base Florestal
1,37Combustíveis e Derivados
1,26Produtos Químicos Orgânicos
0,90Grãos, Sementes e Frutos Diversos
fotoS DIVUlgAção AbAf
14 Bahia Indústria
o Projeto ViraVida foi im-
plantado na Bahia em
maio de 2010 e destaca-
-se no cenário nacional
apresentando um dos mais baixos
índices de evasão entre os 21 esta-
dos do país que adotam o projeto,
com 15% de desistência, face à mé-
dia nacional de 20%.
Idealizado pelo Departamento
Nacional do SESI e conduzido pe-
la Gerência de Educação do SESI
Bahia, o projeto já atendeu 427
jovens em situação de vulnerabili-
dade no estado. No dia 17 de agos-
to, o ViraVida diplomou mais uma
turma de 160 alunos, em solenida-
de no SENAI Cimatec. Na ocasião,
foram apresentados os 100 novos
educandos que passaram a inte-
grar o projeto.
Realizado pelos departamentos
regionais do SESI em parceria com
as entidades do Sistema S (SENAI,
Senac, Sesc e Sebrae), o projeto
também conta com o apoio de or-
ganizações sociais, que atuam no
acolhimento e encaminhamento
dos jovens de 16 a 21 anos. As em-
presas também são parceiras ao
abrir espaço para eles no mercado.
Do total de inscritos, 87% dos
egressos estão trabalhando, após
passarem por capacitação. Os 160
formandos da turma de 2015 foram
capacitados pelo SENAI em cursos
como manutenção de microcom-
putadores, assistente administra-
tivo e auxiliar de rotinas adminis-
trativas e de obras.
O Senac ofereceu cursos de re-
cepcionistas em meios de hospe-
dagem, inglês aplicado a serviços
turísticos, balconista de farmácia
e operador de caixa de supermer-
cado. Destes jovens, 121 estão in-
seridos no mercado de trabalho,
atuando na indústria, empresas
de comércio e serviços.
Formatura
reuniu os 160
educandos
do projeto no
SENAI Cimatec
Os jovens recebem formação
pedagógica para competar o ciclo
de estudos. Dentre eles, 63% dos
que já foram acolhidos pelo Vira-
Vida concluíram o ensino básico
na rede pública. Um total de 5%
dos estudantes está cursando o
ensino superior e 2% curso técni-
co do SENAI.
FORMAtURAA solenidade de formatura con-
tou com a presença do presidente
do Conselho Nacional do SESI, Gil-
berto Carvalho, do vice-presidente
da FIEB, Edison Virgínio, que re-
presentou o presidente Ricardo Al-
ban, do superintendente do SESI
Bahia, Armando Neto, além dos
representantes das organizações
parceiras, que foram homenagea-
dos pelo apoio ao projeto.
Na abertura, o Núcleo de Prá-
ticas Orquestrais do SESI Bahia,
formado por estudantes da Esco-
la Bernardo Martins Catharino e
do Centro de Apoio à Inclusão do
SESI, recepcionou os formandos,
executando duas peças musicais e
o Hino Nacional.
O vice-presidente Edison Virgí-
nio fez a saudação aos formandos
e agradeceu os apoiadores do Vi-
ra Vida. “Meus parabéns a todas
estas instituições que fazem com
que este projeto aconteça e aos for-
mandos, que graças à persistência
chegaram até aqui e agora têm
uma nova perspectiva de vida”.
O presidente do Conselho Na-
cional do SESI, Gilberto Carvalho,
lembrou que o ViraVida foi ideali-
zado por Jair Meneghelli, que teve
a sensibilidade de identificar uma
solução para acolher jovens em si-
tuação de risco social.
Mas o principal ponto desta-
cado pelo presidente do Conselho
Nacional foi o fato de o projeto re-
Bahia Indústria 15
bAhiA é
projeto de ressocialização de jovens registra um dos mais
baixos índices de evasão do país
Por patrícia MorEira
gistrar um baixo índice de evasão,
na Bahia. “O SESI Bahia soube
encontrar uma forma de atrair o
jovem e fazer com que eles não de-
sistam”, destacou Carvalho.
O conselheiro do SESI Bahia,
Carlos Cohim Silva acrescentou
que o ViraVida é uma iniciativa
que oferece uma expectativa de
futuro aos jovens. “A gente vê o
quanto este projeto oferece incen-
tivo para que estes adolescentes
resgatem sua história e sua cida-
dania quando vemos aqueles que
já passaram por aqui encaminha-
dos profissionalmente”, destacou.
fotoS mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb
Cláudia Libório, gerente do ViraVida leu uma mensa-
gem para os jovens faando da importância de sempre
recomeçar e persistir.
Para os formandos, o momento foi de comemorar.
“Fui capacitado em auxiliar administrativo indus-
trial e hoje estou atuando como jovem aprendiz. Este
momento aqui é emocionante e gratificante para mim
que, antes do projeto, estava sem perspectiva de vida
e não conseguia sonhar. Hoje, acredito que posso rea-
lizar meus sonhos”, declarou João (nome fictício), um
dos 160 formandos.
Para Natália, o ViraVida foi o lugar onde sua vida
se transformou. “Aprendi a interagir com as pessoas
e agradeço a todos os que me ‘puxaram a orelha’. O
ViraVida foi para mim um ponto de partida”, destaca
a jovem, formada em auxiliar administrativo. [bi]
destaque noViRAVidA
16 Bahia Indústria
Com apoio dos processos de incubação e aceleração do SENAI, pequenas empresas dão seus primeiros passos apostando na inovação para driblar a crise
a vez Dasstartups
Por EMília ValEntE
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Ação
Pó colorido abre portas para empreendedorNa Índia – berço dos Holi Festivals, onde as pessoas saúdam a chegada da primavera, atirando tinta umas nas outras – ele é conhecido como gulal. Nos Estados Unidos, color powder. O pó colorido que virou febre em festivais de música eletrônica abriu as portas do mundo do empreendedorismo para Pablo Arruti. Formado em filosofia, Pablo fazia performances em festas, quando decidiu fabricar em casa sua versão do produto. Com o Zim – um pó biodegradável à base de amido de milho e corante comestível – ele se tornou o primeiro fabricante em larga escala do Brasil. E os negócios cresceram rapidamente. A produção subiu de 7 toneladas em 2013 para 70 em 2014. Hoje, são 15 toneladas por mês, com previsão de faturamento de R$ 3,2 a 3,8 milhões no ano.A consultoria do SENAI permitiu a Pablo reformular o seu processo produtivo, usando técnicas mais limpas e eficientes. Agora, o desafio é garantir a sobrevivência do negócio para além do mercado de entretenimento. "Nossa meta é atingir o público infantil em 2016, com um novo produto, o Zim Bio, antialérgico e inteiramente natural", diz Pablo. O pó poderá substituir produtos como a tinta guache em atividades lúdicas e educativas. Para isso, porém, o produto precisa do selo do Inmetro. "Espero que o processo de incubação me ajude a superar os entraves burocráticos ao lançamento no mercado", diz Pablo.
Bahia Indústria 17
18 Bahia Indústria
m tempos de oferta
de emprego formal
em baixa, apostar
em ideias inovado-
ras pode ser uma
saída para reverter
o cenário adverso.
Criado em 2012, o
Programa de Empreendedorismo
e Inovação do SENAI vem atraindo
um número crescente de indivídu-
os e empresas interessados em em-
preender com o suporte dos pro-
cessos de incubação e aceleração
da instituição. “De 2013, quando
lançamos o primeiro edital do pro-
grama, a 2014, o volume de inscri-
tos cresceu seis vezes”, contabiliza
Flávio Marinho, responsável pela
coordenação do programa.
E o avanço não é apenas numé-
rico. Uma conquista do programa
tem sido atrair empreendimentos
mais qualificados e com maior
foco no universo da indústria. “O
amadurecimento das propostas
é visível”, garante Marinho. Uma
vez selecionados nos editais, os
empresários passam a contar com
facilidades em infraestrutura (la-
boratórios, salas de reunião, tele-
fonia, internet), acesso a instru-
mentos de financiamento, orien-
tação tecnológica, treinamentos e
consultorias.
Hoje, 27 projetos recebem o su-
porte do SENAI: 15 em processo de
pré-incubação (uma etapa inicial,
de seleção e validação de ideias),
seis já incubados (em fase de de-
senvolvimento e/ou implantação)
e outros seis sendo acelerados.
Nesta última etapa, o projeto rece-
be um aporte financeiro para aces-
sar o mercado mais rapidamente,
que pode vir tanto de investidores
externos quanto por meio do Start
Up Brasil. O programa do Governo
Federal, que atua por meio de ace-
leradoras qualificadas como o SENAI, oferece
aos empreendedores até R$ 200 mil em bolsas
de pesquisa e desenvolvimento.
Sejam incubados ou acelerados, os perfis
dos projetos são dos mais variados, contem-
plando áreas como robótica e automação,
impressão 3D, supercomputação, telecomu-
nicações e equipamentos para a cadeia de
petróleo e gás. Igualmente diversificado é o
perfil dos empreendedores. Há estudantes,
jovens recém-formados ou mesmo profissio-
nais mais experientes que decidem tirar seus
protótipos da garagem e abrir uma start-up
– pequenas empresas que apostam em negó-
cios de risco, com investimento inicial baixo,
mas potencial de crescimento e retorno rápi-
dos. Em outros casos, empresas já estabeleci-
das no mercado criam uma célula externa pa-
ra desenvolver um projeto com liberdade em
relação às contingências do dia-a-dia. Nas
próximas páginas, reunimos sete histórias de
serviços e produtos inovadores que estão sen-
do desenvolvidos ou acabam de desembarcar
no mercado com o apoio do SENAI e o espírito
empreendedor de seus criadores.
LABORAtóRIO ABERtOMas não são apenas as empresas incuba-
das que podem ter acesso ao ambiente de ino-
vação oferecido pelo SENAI. Recentemente
inaugurado, o Laboratório Aberto do SENAI
Cimatec está oferecendo ao público um es-
paço para transformar ideias inovadoras em
protótipos de produtos. Lá, pequenas empe-
sas, empreendedores e mesmo amadores dis-
põem de recursos para modelagem compu-
tacional, impressão 3D, circuitos e sistemas
automatizados, além de bancadas de eletro-
eletrônica, marcenaria e soldagem, entre ou-
tros equipamentos.
O espaço faz parte de uma rede de labo-
ratórios inaugurados em todo o Brasil, como
resultado do Programa SibratecShop, do Mi-
nistério de Ciência, Tecnologia e Inovação em
parceria com SENAI e SEBRAE. A iniciativa
prevê recursos de R$ 1 milhão por laborató-
rio, de modo a permitir às empresas custear
matéria-prima, assessoria técnica e o aluguel
das máquinas.
Rafael Brito, técnico do SENAI, apresenta o veículo híbrido guel
mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb
Bahia Indústria 19
Portal aposta no agronegócioEm 2012 e 2013, o sertão passou por uma das piores secas da sua história. Para evitar perdas, pecuaristas tentaram às pressas alugar pastos para transferir seus animais. Foi diante deste cenário que um grupo de universitários teve um click: criar um site para alugar pastos. Nascia a ideia do Pastar, que hoje funciona como uma vitrine online de serviços agropecuários, intermediando a comercialização de propriedades e animais (bovinos, caprinos, equinos e ovinos). Um dos sócios, o aluno de Ciência da Computação Caio Lima conta que o formato do portal mudou desde a primeira versão, em 2014. Um impulso foi dado com a seleção no Start-up Brasil, que injetou recursos da ordem de R$ 90 mil. A mais importante reformulação é recente: com o suporte do SENAI, o portal passou a permitir ao usuário comparar ofertas, exibindo anúncios de sites de negócios agropecuários e localizando os preços mais baratos. “Saltamos de 40 mil acessos ao ano para 30 mil por mês”, festeja Caio. Por enquanto, o Pastar não cobra dos anunciantes. A ideia é focar no aumento do número de transações, antes de buscar retorno financeiro.
Aparelho põe fim à cama molhadaA enurese noturna – o popular "xixi na cama", que tira o sono de muitas famílias – é um distúrbio de difícil tratamento. A técnica mais eficaz resolve apenas 50% dos casos. Consiste em um aparelho com sensor de umidade ligado a um circuito que aciona um alarme quando a criança está prestes a urinar. "Em geral, a criança tem um sono pesado, e quando os pais a acordam a cama já está molhada", conta o urologista Ubirajara Barroso. Foi este cenário que sugeriu ao médico a ideia de um novo aparelho. Nele, o sensor provoca um estímulo sem dor que contrai a musculatura da uretra, impedindo a micção. "A criança é acordada com a bexiga ainda cheia, e pode ser condicionada a levantar para fazer xixi". Com o nome provisório de Nowet, o aparelho – premiado em congressos no Brasil e exterior – está sendo desenvolvido no SENAI Cimatec com recursos da Embrapii e foi selecionado também no edital SENAI de Inovação. "O próximo passo é abrir uma empresa, com a ajuda dos processos de incubação, para comercializar o produto", explica Ubirajara.
Ubirajara Barroso mostra o Nowet
Os sócios da Pastar, Caio Lima e Mateus Ladeia (E)
Ideal no trânsito ou na ciclovia Ao se deslocar pelo Rio de Janeiro, onde mora, o engenheiro Yuri Berezovoy usa cada vez menos carro ou moto. Seu meio de transporte é a Guel, o protótipo de um veículo que ele e dois sócios desenvolvem com apoio dos processos de incubação e aceleração do SENAI Bahia. “A Guel é um híbrido de bicicleta elétrica com cicloelétrico, com facilidades dos dois veículos”, conta Yuri. A um apertar de botão, o usuário escolhe entre andar no modo ciclovia ou no modo trânsito. No primeiro, a velocidade máxima é de 20 km/hora, sem aceleração manual e com potência de 350 watts. Já no segundo, a potência triplica e é possível chegar a 50 km/hora. “É um modo adequado às condições de trânsito nas grandes cidades; anda como uma moto cinquentinha, só que sem ruído e poluição”, explica.Outra vantagem é a facilidade de manutenção. As bicicletas elétricas no Brasil são montadas com componentes chineses – se o motor quebra, é preciso importar um novo. Para o protótipo, a equipe da Guel adaptou um motor elétrico de baixo custo, usado pelo setor automobilístico. “Com isso, revertemos recursos para itens de segurança e design”, diz Yuri. Até agora, já foram injetados cerca de R$ 1,5 milhão no projeto, incluindo recursos do Edital SENAI de Inovação e do Start-up Brasil. A meta agora é lançar uma edição limitada de 50 veículos, para consumidores selecionados.
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Mira digital protege policiais Garantir segurança aos policiais e precisão no uso das armas de fogo é o objetivo da Mira Digital, um projeto desenvolvido no SENAI Cimatec pela Think Tank, do Rio de Janeiro, com recursos do Start-up Brasil e do Edital SENAI de Inovação. O equipamento traz uma tela de LCD acoplada a um óculos especial que fornece imagens para que o policial faça a mira sem se expor. "A tecnologia também permite conferir imagens para investigação", conta a engenheira Luana Carvalho, da Think Tank. Segundo ela, só há equipamentos do gênero hoje em uso pelas forças armadas de países como Estados Unidos e Israel.
Equipamento previne acidentes em plataformas Um dos maiores riscos aos processos de exploração e produção de petróleo e gás natural consiste no surgimento das chamadas "golfadas", bolsões de gás que podem provocar graves acidentes e perdas financeiras. "No processo produtivo, não temos como saber com precisão o volume que sai de água, gás e petróleo", explica o engenheiro elétrico com mestrado em Engenharia Mecatrônica, Marcelo Pessoa, da start-up Echo Flow. Diante desse desafio, Marcelo criou o Fluxviz, um visualizador de fluxos que permite identificar mudanças na interação entre líquidos e gases, detectando em tempo real a formação de golfadas. O projeto já tem aprovados hoje recursos da ordem de R$ 800 mil, do Star-up Brasil e do Edital SENAI de Inovação. Até 2018, Marcelo calcula que irá precisar de mais aproximadamente R$ 2,3 milhões para colocar seu produto no mercado. "Já estamos fazendo negociações com empresas como Petrobras, Odebrecht e a britânica BG Group", revela.
Marcelo Pessoa (D) e a equipe envolvida no projeto Ecoflow
Luana Carvalho, engenheira da Think Tank
Editora virtual começa a decolar Empreender sempre foi o negócio de Ricardo Nery. Mas o “pulo do gato” da sua carreira chama-se Editora Viva. A start-up criada em parceria com os sócios Rafael Santos e Marcos Sepúlveda é um dos projetos incubados pelo SENAI em fase mais adiantada. A editora criou a primeira multiplataforma virtual de educação superior do Brasil para o fornecimento de ebooks, videoaulas, audiolivros e palestras acessadas por meio de dispositivos móveis, como tablets e celulares.Com só seis meses no mercado, a Viva já atua nas áreas Jurídica e de Finanças em parceria com empresas como a JusPodivm, do setor de vendas de material jurídico, e o grupo Azimut, especializado em gestão de recursos. O próximo passo é produzir conteúdo para a indústria. Para outubro, está previsto o lançamento de um primeiro módulo de cursos. Para formatar este modelo de negócio, a consultoria do SENAI foi fundamental. “Nossa ideia inicial era um site para contratação de recursos humanos; depois, percebemos que a demanda maior das empresas era em qualificação de mão-de-obra”, relata Ricardo. Em 2013, a Daten, do Polo de Ilhéus, injetou recursos que deram à editora fôlego para tocar seus projetos sem urgência do retorno financeiro. E os primeiros faturamentos vieram antes do planejado. “Hoje posso dizer que chego para trabalhar feliz”, comemora Ricardo. [bi]
Bahia Indústria 21
conselhos
Indústria apresenta Agenda Mínima para o setor de petróleoO Conselho Deliberativo da Organização Nacional
da Indústria do Petróleo (ONIP), do qual a
Federação das Indústrias do Estado da Bahia é
integrante, reuniu-se em 9 de julho, sob a liderança
do presidente da FIRJAN, Eduardo Eugênio Gouvêa,
para discutir uma proposta de “Agenda Mínima da
Indústria para o Setor Petróleo”. O objetivo do
documento, que será entregue ao Governo Federal,
é estimular os investimentos no setor de óleo e gás.
Entre os principais pontos para o avanço da
política setorial de petróleo e gás no País estão a
realização de leilões, o aperfeiçoamento do modelo
de partilha e do processo de licenciamento
ambiental, a definição de uma política industrial
para o setor e o fortalecimento da rede de
fornecedores, dentre outros.
Representante do Conselho de Petróleo defende interesses do segmentoO panorama do setor de construção naval e offshore
frente à crise da indústria brasileira foi o tema da
palestra do coordenador do Conselho de
Petróleo, Gás e Naval (CPGN) e diretor
de relações institucionais e
sustentabilidade da Enseada
Indústria Naval, Humberto Rangel,
durante a 12ª Marintec South América,
no dia 13 de agosto, no Rio de Janeiro. O
diretor da Enseada classificou como crise de
liquidez o momento vivido pelos estaleiros nacionais,
iniciada em novembro do último ano, após a
suspensão dos pagamentos à Sete Brasil, que levou à
paralisação das obras de construção das sondas.
Como consequência, Rangel sinalizou a demissão de
mais de 14 mil trabalhadores em todo o Brasil, nos
últimos nove meses, além da perda dos
investimentos em conhecimento e competitividade.
Para assegurar o futuro da indústria naval ele
defende que é necessário garantir, com urgência, a
reestruturação da Sete Brasil e seu plano de
investimento, a liberação dos recursos aprovados
pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM), o
engajamento dos agentes financeiros nos planos
alternativos de investimentos nas sondas e a
quitação, por parte da Sete Brasil, dos valores em
aberto dos serviços executados pelos estaleiros.
Executivos baianos tiveram a chance de conhecer
melhor os processos normativos que regulam as
operações de comércio exterior, durante o 36o
Seminário de Operações de Comércio Exterior,
ocorrido na Federação das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB), no dia 12 de agosto. Promovido pela
primeira vez em Salvador, o evento foi uma
iniciativa da Secretaria de Comércio Exterior do
Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio
Exterior (MDIC) em parceria com a FIEB, através do
Centro Internacional de Negócios (CIN/FIEB), com o
apoio do Conselho de Comércio Exterior da FIEB
(Comex). “As condições para este mercado de
exportação são difíceis: o mundo cria regras e por
isso precisamos cada vez mais de eventos deste tipo,
nos quais as empresas possam tirar dúvidas e obter
mais informações”, afirmou o coordenador do
Comex, Ângelo Calmon de Sá Junior.
Ministério orienta executivos sobre comércio exterior
Executivos
participaram
de evento do
MDIC apoiado
pelo Comex
mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb
guia de Produção e Consumo SustentáveisO Conselho de Responsabilidade Social (Cores) discutiu, em sua
última reunião mensal, o lançamento do Guia de Produção e
Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de
negócios e, as novidades sobre o Índice de Sustentabilidade
Empresarial (ISE) para 2015. A publicação do guia é fruto de uma
parceria entre o Pnuma e a Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo (Fiesp) e tem como objetivo a sensibilização e o
engajamento do setor industrial do Brasil e partes interessadas. O
documento tem como foco as pequenas e médias empresas por sua
capacidade de adaptação e flexibilidade e seu papel fundamental
como força transformadora.
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22 Bahia Indústria
tesouRo do RecôncAVoSindicato da Indústria do tabaco no Estado da bahia propõe criação de um roteiro turístico do charuto
mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb
Bahia Indústria 23
Centro econômico da Bahia e do Brasil entre os séculos
XVII e XIX, o Recôncavo Baiano atrai turistas pela sua di-
versidade cultural, história e acervo arquitetônico. Entre
as riquezas da região está a tradicional cultura do taba-
co, atividade econômica com volume de exportação da ordem de
US$ 17,7 milhões nos cinco primeiros meses deste ano. Além da
relevância econômica para a região, a cadeia produtiva do tabaco
pode ganhar viés turístico, com a criação da Rota do Charuto, pro-
posta pelo Sindicato da Indústria do Tabaco no Estado da Bahia
(Sinditabaco).
A ideia é fortalecer o roteiro já existente – desenvolvido pela
empresa Dannemann – com a inclusão de visitas a fábricas em
São Gonçalo dos Campos, São Félix e Cachoeira, além de pro-
dutores de Cruz das Almas. A proposta também inclui o contato
com outros atrativos culturais da região, a exemplo do tradicional
samba de roda. “Para o público interno, a rota vai proporcionar
uma experiência marcante, com a descoberta do processo de fa-
bricação do charuto baiano, que é de alta qualidade. Já o turista
de fora do país também vai conhecer a cultura do Recôncavo, que
tem forte história, gastronomia e religiosidade”, ressalta o diretor
executivo do Sinditabaco, Marcos Augusto Souza.
No total, o sindicato elaborou três roteiros: uma rota de um dia,
com foco nas visitas às fábricas; outra de dois dias, com ida por
terra, pela BR-324 e retorno de barco, via Maragojipe, com parada
em Itaparica e chegada ao terminal marítimo do Mercado Modelo.
A segunda opção inclui, além das visitas às empresas, atividades
culturais e visitas a pontos turísticos de algumas cidades, como
a Sociedade da Boa Morte, em Cachoeira. Há, ainda, uma opção
de rota náutica, de um dia, com partida do terminal marítimo do
Mercado Modelo em direção a Maragojipe.
Para avaliar a proposta do Sinditabaco, técnicos da Secretaria
de Turismo do Estado (Setur), da Bahiatursa e da Associação Bra-
sileira de Agências de Viagens da Bahia (ABAV) realizaram uma
visita técnica à região, em junho, seguindo o roteiro de um dia de
viagem, pela estrada. “A intenção é elaborar um diagnóstico do
que foi visto in loco e um plano de ação, apontando oportunida-
des de melhoria”, explica Gustavo Salles, diretor de Qualificação
e Segmentos Turísticos da Setur.
“Essa é uma experiência positiva. Não conhecia nada sobre o
charuto baiano e estou encantado com tudo o que vi. Acredito que
esse será um novo segmento para ser trabalhado e atrair um pú-
blico segmentado”, avalia o superintendente da Abav, Cláudio Al-
meida, explicando que, além de colaborar para o diagnóstico da
rota, o papel da instituição é divulgar o roteiro, posteriormente,
para as agências de viagem, operadoras e agências de receptivo
associadas.
Por Marta Erhardt
24 Bahia Indústria
O acesso aos atrativos, infraestrutura, o tempo
de deslocamento e permanência nos pontos da rota,
além do roteiro seguido em cada local, são alguns
dos pontos observados durante a visita técnica, se-
gundo o coordenador de Desenvolvimento Turístico
da Bahiatursa, Divaldo Borges. “Além das fábricas,
avaliamos outros atrativos que podem ser agregados
ao roteiro”, conta.
A ROtAA primeira parada é no município de São Gonça-
lo dos Campos, a 114 km de Salvador, onde desde
1978 funciona a fábrica da Menendez e Amerino. O
processo de fabricação foi trazido de Cuba, onde a
família produziu os charutos Monte Cristo até a Re-
volução Castrista, quando a fábrica de Havana foi
expropriada. A aliança da tradição cubana com o
tabaco cultivado na Bahia foi possível graças à par-
ceria com o exportador baiano Mário Amerino da
Silva Portugal.
A história é contada aos visitantes, que acompa-
nham de perto o processo artesanal de fabricação dos
charutos, exportados para países como Alemanha,
Estados Unidos e Argentina. “Essa rota é importante
para que as pessoas conheçam e entendam a cultura
que está por trás do charuto. Ajudaria a dissociar a
imagem do charuto da do cigarro”, defende o super-
visor de produção da empresa, Joaquin Menendez.
Ao todo, a empresa conta com 75 funcionários,
sendo que a produção é toda feita por mulheres. Uma
delas é Rosilda Coutinho, que trabalha há 20 anos no
local. Os anos experiência a levaram a atuar no con-
trole de qualidade do produto. “Olho se estão no peso
e tamanho corretos, se há imperfeições”, conta.
De São Gonçalo dos Campos o roteiro segue até a
Fazenda Santo Antônio, situada no município de Go-
vernador Mangabeira, onde funciona o projeto de re-
florestamento da Mata Atlântica, Adote uma Árvore,
criado pela Dannemann. Mais de 160 mil árvores de
diferentes espécies foram plantadas desde o início do
projeto, em 2001. Na fazenda, de onde se tem a vista
do lago da barragem de Pedra do Cavalo, o visitante
pode ter a experiência de plantar uma árvore que le-
vará seu nome. Quem participa do projeto recebe um
certificado. A manutenção da área reflorestada é feita
por agrônomos contratados pela empresa.
Após a experiência de plantio, o tour prevê uma
pausa para almoço. Nesta parada, os visitantes se
deliciam com pratos típicos da região, preparados na
Fazenda Santa Cruz – Receptivo Turístico e Restau-
rante, que funciona em um casarão datado de 1854.
Localizado na cidade de Muritiba, o restaurante foi
inaugurado há 13 anos e só abre sob reserva. Da va-
randa, o turista tem uma vista panorâmica dos muni-
cípios históricos de São Félix e Cachoeira.
E é para esta última cidade que os visitantes são
levados, depois do almoço, para conhecer a história e
o processo de fabricação da empresa Leite Alves, que
desde 1936 produz charutos artesanalmente. O sócio-
-proprietário Renato Madeiro explica todo o processo
produtivo, que envolve diferentes tipos de folha de ta-
baco: o sapo (recheio), o capote (parte que envolve o
recheio) e a capa (folha que caracteriza, em até 30%,
o aroma e o sabor dos charutos).
Depois de capeado, os charutos são submetidos a
baixas temperaturas, para esterilizar, e levados para
Fazenda
Santa Cruz –
Restaurante
(alto);
Plantação de
fumo; Vista
da cidade de
Cachoeira
Bahia Indústria 25
sala de estocagem, onde tempera-
tura e umidade são controladas.
“A umidade relativa do ar ideal é
de 70%. Um ambiente muito úmi-
do pode mofar o produto e se for
muito seco não deixa o charuto
muito apropriado para consumo”,
destaca.
vISItAÇÃOA empresa recebe visitantes há
12 anos e, nos últimos seis, vem
investindo na melhoria da estru-
tura para recepcionar os turistas,
o que inclui a organização de um
pequeno museu com fotos antigas
da produção, reportagens e a pri-
meira máquina de cortar fumo da
fábrica.
Quem se interessa pelo uni-
verso dos charutos também não
pode deixar de visitar o Centro
Cultural Dannemann. Por isso, a
próxima parada do roteiro é no
município de São Félix, onde es-
tá situada a fábrica aberta pelo
fundador da empresa, Geraldo
Dannemann. Logo na entrada,
os visitantes encontram uma ex-
posição permanente de obras de
artistas do Recôncavo. Na parte
de dentro, encontra-se a área de
fabricação, onde as charuteiras,
vestidas com trajes típicos, traba-
lham. Cada uma delas produz, em média, cerca de
120 charutos por dia.
Com expertise em receber turistas, a Dannemann
oferece, aos visitantes interessados a opção de com-
prar uma caixa de charuto robusto personalizada. No
centro há uma loja de souvenires como cinzeiros, ma-
çaricos e porta cigarrilhas. O local pode ser visitado
gratuitamente, de terça a sábado.
Depois de São Félix, o passeio segue para o muni-
cípio de Cruz das Almas, onde pequenos produtores e
empresas que não têm centro de visitantes, a exemplo
da Sandes e da Monte Pascoal, expõem seus produ-
tos na Casa da Cultura (Fundação Cultural Galeno
D`Avelirio), antiga Cadeia Pública do município. No
local, os visitantes também conferem apresentações
culturais, com shows de cantores de música regional,
apresentações de samba de roda e capoeira.
fotoS mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb
Rota doCharuto
Roteiro 3Roteiro 3Roteiro 3
Roteiro 2Roteiro 2Roteiro 2
Roteiro 1Roteiro 1Roteiro 1Salvador • São Gonçalo dos CamposGovernador Mangabeira • MuritibaCachoeira • São Félix
ida e volta pela estrada | 1 dia
Salvador • São Gonçalo dos CamposGovernador Mangabeira • Muritiba • CachoeiraSão Félix • Cruz das Almas • CachoeiraMaragojipe • Itaparica • Salvador
ida pela estrada e volta de barco | 2 dias
Salvador • Maragojipe • Cachoeira • MuritibaSão Félix • Maragojipe • Salvador
ida e volta de barco | 1 dia
Salvador
São Gonçalodos Campos
GovernadorMangabeira
Muritiba
CachoeiraSão Félix
Cruz dasAlmas
Maragojipe
Itaparica
26 Bahia Indústria
Menendez e AmerinoRua Corredor, nº 714, São Gonçalo dos Campos / www.menendezamerino.com.br
Fazenda Santa Cruz- Receptivo Turístico e RestauranteRua Dannemann, s/n, Muritiba / www.santacruzfazenda.tur.br
Leite AlvesAv. Antônio Carlos Magalhães, nº 82, Cachoeira / www.charutosleitealves.com.br
Centro Cultural DannemannAv. Salvador Pinto, nº 29, Centro, São Félix / www.centrodannemann.comFundação Cultural Galeno D`AvelirioRua Quinze de Novembro, nº 56, Cruz das Almas / www.galenodavelirio.blogspot.com.br
Conhecido como Mata Fina ou
Bahia-Brasil, o tabaco produzido
no Recôncavo é reconhecido inter-
nacionalmente pelo sabor encor-
pado e adocicado, característica
conferida pelas condições climáti-
cas e do solo da região. “O Recôn-
cavo Baiano reúne condições de
clima e solo favoráveis. Aqui cho-
ve no tempo certo e na quantidade
ideal para o cultivo do tabaco. A
quantidade de chuva influencia
no crescimento da planta, o que
contribui para que o aroma e sabor
do tabaco produzido na Bahia se-
jam únicos no mundo”, esclarece
o diretor executivo do Sinditaba-
co, Marcos Augusto Souza.
Por este motivo, o tabaco pro-
duzido no Recôncavo é utilizado
para compor o blend de charutos
fabricados em países como Hon-
duras e Nicarágua, por exemplo.
“O tabaco produzido nestes países
tem o sabor mais picante. Por isso
o tabaco do Recôncavo é utilizado
como uma espécie de tempero,
para quebrar a acidez e auxiliar
no equilíbrio do blend, proporcio-
nando uma fumada mais suave”,
explica o diretor do Sinditabaco.
ORIgEMPara fortalecer a imagem do
tabaco cultivado no Recôncavo
Baiano, o Centro de Internaciona-
lização da Federação das Indús-
trias do Estado da Bahia (CIN /
FIEB) tem apoiado o setor com di-
versas ações. Entre elas, está o su-
Tabaco cultivado na Bahia tem sabor único
porte na construção de um processo de denominação
de origem junto ao Instituto Nacional da Propriedade
Industrial (INPI), ação realizada em parceria com ou-
tras instituições, como o Sebrae, universidades, Apex
e Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“Pela sua qualidade e genuinidade, o tabaco do
Recôncavo Baiano é passível de receber a denomi-
nação de origem. É importante ter um espectro mais
amplo de valor, não se limitando ao produto que se
fuma, mas englobando todo o papel que o tabaco
tem na região”, ressalta a gerente do CIN, Patrícia
Orrico, lembrando que os produtos são mais valo-
rizados quando esses aspectos não tangíveis são
agregados.
A proposta para o setor de charuto também en-
globa a promoção comercial, com a participação das
empresas em rodadas de negócios e feiras interna-
cionais, de forma a promover o produto junto a po-
tenciais mercados, a exemplo de países da Europa
e Ásia. A próxima ação neste sentido acontecerá em
setembro, quando empresas baianas do setor partici-
parão da feira Inter-tabac, em Dortmund, Alemanha.
“Também buscamos apresentar o charuto com ou-
tros produtos genuinamente baianos, cujo escopo, do
ponto de vista promocional, possa ser associado, como
chocolate e a cachaça”, destaca a gerente do CIN. [bi]
Produção na Menendez
e Amerino (alto);
Charuteiras na
Dannemann; e Renato
Madeiro, da Leite Alves (D)
fotoS mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmA fIEb
Bahia Indústria 27
aluno, entre 2011 e 2013, da Escola Djalma Pes-
soa, do Serviço Social da Indústria (SESI), em
Salvador, o estudante Wesley Bomfim, 19 anos,
embarcou no dia 9 de agosto para os Estados Unidos.
Ele foi passar um ano estudando em uma universi-
dade americana pelo programa federal Ciência Sem
Fronteiras. No SENAI, cinco estudantes da Faculdade
de Tecnologia SENAI Cimatec viajaram para a França
para passar um ano. Eles foram selecionados para o
Programa Capes/Brafitec de intercâmbio entre uni-
versidades das especialidades de Engenharia.
As duas experiências revelam o esforço do SESI e
SENAI para melhorar o desempenho dos seus estu-
dantes, assegurando, no caso do Conexão Mundo,
o aprendizado do idioma estrangeiro, e no caso da
parceria com a França, o intercâmbio científico com
instituições de ensino do exterior.
Para Wesley Bomfim, a experiência do Conexão
Mundo – metodologia educacional do Sistema Indús-
tria que promove um intercâmbio linguístico com os
Estados Unidos para melhorar o aprendizado do inglês
no Ensino Médio –, favoreceu sua aprovação no teste
proficiência, garantindo sua seleção para a Missou-
ri University of Science and Tecnology, no estado do
Missouri, nos EUA. Sua meta é aproveitar a experiên-
cia para desenvolver um projeto de pesquisa de sua
autoria sobre materiais semicondutores poliméricos. A
instituição americana dispõe de laboratórios especia-
lizados que vão permitir a viabilidade do estudo.
Um dos sete estudantes do Conexão Mundo da tur-
ma de 2013 selecionados para ir aos Estados Unidos
na etapa presencial do programa, Wesley conta que
a experiência foi fundamental para despertar nele
a curiosidade científica e a vontade de se dedicar à
pesquisa. “Antes do Conexão eu não tinha certeza do
que queria fazer. Mas pude descobrir a quantidade de
oportunidades que o mundo tem a oferecer e, como fui
um dos sete selecionados para ir a Denver, tive contato
com uma universidade estrangeira. Assim que voltei
procurei de alguma forma conseguir ter acesso àquele
novo mundo que tinha descoberto”, conta.
A gerente do SESI e diretora da Escola Djalma Pes-
Novas fronteirasEx-aluno do Conexão mundo e estudantes de Engenharia do SENAI participam de intercâmbio
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Estudantes de
Engenharia
da Faculdade
SENAI Cimatec
no embarque
para a França;
Wesley Bomfim
(detalhe) foi
aluno do
Conexão
Mundo
soa, Cristina Andrade, observa que bons projetos
requerem estudantes comprometidos. “Wesley é um
deles. Dedicação e foco foram características impor-
tantes para o sucesso dele, alinhadas ao suporte dos
profissionais que integram o projeto. Estamos orgu-
lhosos e felizes”, destaca a gestora.
INtERcÂMBIO NA FRANÇAOs cinco estudantes da Faculdade de Tecnologia
SENAI Cimatec que viajaram para passar um ano na
França foram selecionados para o Programa Capes/
Brafitec de intercâmbio entre universidades das es-
pecialidades de Engenharia. Isa Moreira e Amanda
Dantas, do curso de Engenharia de Materiais, e Han-
na Silveira, Caio Amaral e Davi Ribeiro, do curso de
Engenharia Mecânica embarcaram no final do mês
de julho. Eles vão estudar na a Escola Politécnica
Universitária de Annecy, na região dos Alpes france-
ses, e o grupo de Engenharia de Materiais irá estudar
na Escola Politécnica de Montpellier.
“Minha expectativa é fazer um estágio e melhorar
meu currículo para voltar com melhores possi-
bilidades de emprego”, conta Amanda Dantas,
empolgada diante da oportunidade de fazer a
sua primeira viagem internacional. [bi]
28 Bahia Indústria
indicAdoRes Números da Indústria
produção anualizada caiu 4,8% na Bahia
Somente três estados – Santa Catarina, pernambuco e pará – apresentaram queda maior
a taxa anualizada da pro-
dução física da indús-
tria de transformação da
Bahia caiu 4,8% no mês
de junho de 2015. Em razão dis-
so, a Bahia ocupou o 7º lugar no
ranking dos 14 estados que partici-
pam da Pesquisa Industrial Men-
sal - Produção Física R, do IBGE,
do qual apenas três apresentaram
desempenho positivo: Espírito
Santo (2,4%), Mato Grosso (2,3%)
e Goiás (0,9%). Os demais estados
registraram resultados negativos:
Amazonas (-12,5%), São Paulo
(-8,1%), Rio Grande do Sul (-7,7%),
Rio de Janeiro (-7,6%), Minas Ge-
rais (-7,2%), Paraná (-6,4%), Ceará
(-5,5%), Bahia (-4,8%), Santa Cata-
rina (-4,4%), Pernambuco (-2,4%) e Pará (-1,2%).
Na Bahia, dos 11 segmentos pesquisados, apenas
quatro apresentaram resultados positivos: Veículos
Automotores (11,3%), Couro e Calçados (3,4%), Produ-
tos Químicos (2,5%), Celulose e Papel (1,7%). Em sen-
tido contrário, apresentaram retração os segmentos:
Equipamentos de Informática (-53,2%), Metalurgia
(-19,2%), Bebidas (-9,5%), Refino de Petróleo e Bio-
combustíveis (-9,3%), Minerais Não Metálicos (-7,3%),
Alimentos (-2,5%) e Borracha e Plástico (-0,3%).
Na comparação de junho de 2015 com igual mês de
2014, a produção física da indústria de transforma-
ção baiana apresentou queda de 4,6%. Apenas qua-
tro dos onze segmentos industriais da Bahia apre-
sentaram resultados positivos: Veículos Automotores
(278,1% de crescimento, impulsionado não só pela
maior fabricação de automóveis, mas também pela
baixa base de comparação, uma vez que esta ativi-
dade assinalou recuo de 80,2% em junho de 2014);
Borracha e Plástico (7,8%, devido
à maior produção de pneus novos
de borracha para automóveis e de
filmes de material plástico para
embalagem); Refino de Petróleo e
Biocombustíveis (2,3%, com maior
produção de óleo diesel, naftas
para petroquímica e parafina); e
Couro e Calçados (0,7%).
Puxando a queda do agrega-
do, apresentaram retração em ju-
nho os segmentos: Equipamentos
de Informática (-64,1%, redução
na fabricação de computadores
pessoais de mesa - PC Desktop,
computadores pessoais portáteis
- laptops, notebook, handhelds,
tablets e semelhantes, gravador
ou reprodutor de sinais de áudio e
vídeo - DVD, home theater integra-
do e semelhantes -, além de peças
e acessórios para máquinas para
processamento de dados e suas
unidades periféricas); Metalurgia
(-20,6%, pela menor produção de
barras, perfis e vergalhões de co-
bre e de ligas de cobre); Bebidas
(-7,0%); Alimentos (-6,1%); Pro-
dutos Químicos (-5,9%, menor
produção de polietileno de alta
densidade - PEAD, policloreto de
vinila e acrilonitrila); Minerais
Não Metálicos (-3,2%) e Celulose e
Papel (-2,9%).
Tendo em conta o acumulado
nos seis primeiros meses deste
ano, em comparação a igual perío-
do de 2014, verifica-se uma queda
de 8,9% na produção da indústria
Bahia Indústria 29
JAN
JUL
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)
BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2015)
115
110
105
100
95
90
85
80
75
70
2012
20142013
2015
de transformação baiana. Tal desempenho foi de-
terminado pelo resultado dos seguintes segmentos:
Equipamentos de Informática (-66,4%, queda na
produção de computadores pessoais de mesa - PC
desktops - e gravador ou reprodutor de sinais de áu-
dio e vídeo - DVD, home theather e semelhantes); Me-
talurgia (-24,0%, menor fabricação de barras, perfis
e vergalhões de cobre e de ligas de cobre, lingotes,
blocos e placas de aços ao carbono e vergalhões de
aços ao carbono); Refino de petróleo e biocombus-
tíveis (-21,0%, menor produção de óleo diesel, óleos
combustíveis, gasolina automotiva e naftas para pe-
troquímica); Bebidas (-14,0%); Minerais Não Metá-
licos (-9,5%); Alimentos (-5,4%, menor produção de
farinha de trigo, carnes de bovinos frescas ou refri-
geradas, manteiga, gordura e óleo de cacau e açúcar
cristal); e Produtos químicos (-4,7%, menor fabrica-
ção de amoníaco, polietileno de alta densidade (PE-
AD), ureia e policloreto de vinila - PVC).
Apresentaram resultado positivo: Veículos auto-
motores (31,6%, maior produção de automóveis e pai-
néis para instrumentos de veículos automotores, mas
também pela baixa base de comparação, pois esse se-
tor recuou 34,2% nos seis primeiros meses de 2014);
Couro e Calçados (3,7%); Celulose e Papel (2,6%); e
Borracha e Plástico (0,2%).
O setor industrial (brasileiro e baiano) registra de-
saquecimento, refletindo uma conjuntura doméstica
de retração. Do ponto de vista estadual, o desempe-
nho negativo de junho ainda é reflexo dos resulta-
dos negativos dos segmentos de refino de petróleo e
biocombustíveis e de metalurgia. Cumpre registrar a
bahia: pim-pf de junho 2015
Indústria de Transformação 4,6 -8,9 -4,8
refino de petróleo e biocombustíveis 2,3 -21,0 -9,3
Produtos químicos -5,9 -4,7 2,5
Veículos automotores 278,1 31,6 11,3
alimentos -6,1 -5,4 -2,5
celulose e papel -2,9 2,6 1,7
Borracha e plástico 7,8 0,2 -0,3
Metalurgia -20,6 -24,0 -19,2
couro e calçados 0,7 3,7 3,4
Minerais não metálicos -3,2 -9,5 -7,3
equipamentos de informática -64,1 -66,4 -53,2
Bebidas -7,0 -14,0 -9,5
Extrativa Mineral -4,0 -3,6 -2,6
VArIAção (%)
SETORES JUN15/JUN14 JAN-JUN15/ JUL14-JUN15/ JAN-JUN14 JUL13-JUN14
Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI
recuperação do segmento de Automóveis (+31,6% no
acumulado do ano), após o bem sucedido lançamen-
to de novo modelo de carro.
Quanto às perspectivas para 2015, há poucos ele-
mentos para uma recuperação expressiva da indús-
tria nacional. A estimativa é de queda da atividade
industrial de 5,2% este ano, com alguma recupera-
ção em 2016 (+1,2%). Alguns indicadores ilustram as
dificuldades: (i) inflação elevada (IPCA acumula alta
de 6,83% no ano até julho e de 9,56% em 12 meses,
contra um teto de meta de inflação de 6,5%); (ii) cons-
tante elevação dos juros, com a Selic já alcançando
14,25%; e (iii) crescimento do desemprego. [bi]
30 Bahia Indústria
painel
Lançado Movimento Compre do Pequeno Negócio Gerar a conscientização da
sociedade em torno do
consumo de produtos e
serviços de micro e pequenas
empresas, para fortalecer a
economia brasileira. Com
este objetivo, o Movimento
Compre do Pequeno Negócio
foi lançado pelo Sebrae, no
dia 05.08, na FIEB. Ricardo
Alban, presidente da FIEB e
do Conselho Deliberativo
Estadual (CDE) do Sebrae
Bahia, lembrou que as
pequenas indústrias também
fazem parte do movimento.
“Queremos gerar uma
oportunidade para que elas
cresçam e cheguem ao médio
e grande porte”, destacou. Presidente da FIEB, Ricardo Alban, durante evento
Programação incluiu oficinas, mini cursos, núcleos de atendimento e apresentações culturais
mArCElo gANDrA/CopErphoto/SIStEmAfIEb
Alerta vermelho para as contas públicasO aumento de 10% no salário
mínimo – previsto para
janeiro de 2016 – vai gerar
impacto nas despesas
previdenciárias,
desestabilizando as contas
públicas e acirrando a crise
no governo federal. O alerta
foi dado pelo editor executivo
do Valor Econômico, Cristiano
Romero, dia 27 de julho, na
FIEB. Conferencista do evento
Desafio da Competitividade –
O Capital Humano no Desafio
da Competitividade da
Indústria, promovido pela
CNI e Associação Brasileira de
Recursos Humanos (ABRH), o
jornalista fez um diagnóstico
do cenário político-econômico
do Brasil.
Prepostos recebem capacitaçãoRepresentantes de indústrias
de diversos segmentos
participaram, dia 16/07, do
curso de capacitação de
prepostos promovido pela
FIEB. O grupo tirou dúvidas e
recebeu orientações para
representar adequadamente
as empresas em audiências
trabalhistas e cíveis, de modo
a garantir mais segurança.
Ministrado pelas advogadas
Manoela Gonçalves e Viviane
Pitanga, o curso abordou
diversos aspectos
relacionados aos prepostos,
desde orientações relativas a
vestimenta e postura durante
audiências, até as
peculiaridades dos processos
na Justiça do Trabalho e nos
Juizados Especiais.
márIo bIttENCoUrt
Mais de 2 mil pessoas participaram da VIII Feira de EstágioOficinas, mini cursos, feira de livros, seletivas de estágio e emprego, exposição de empresas,
núcleos de atendimento, apresentações culturais e atividades esportivas. Com programação
diversificada, a VIII Feira de Estágio de Vitória da Conquista reuniu mais de duas mil pessoas
na Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR), nos dias 7 e 8 de agosto. A I Corrida pelo
Estágio foi um dos destaques desta edição do evento, que é promovido pelo Fórum de Estágio
da Bahia, em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
Bahia Indústria 31
Embaixador alemão (no alto), no Cimatec, e cônsul dos EUA, na FIEB
VAltEr poNtES/CopErphoto/SIStEmAfIEb
Agenda diplomática Em julho e agosto, diplomatas de vários países visitaram a FIEB e o SENAI
Cimatec. Confira:
• O embaixador da Alemanha no Brasil Dirk Brengelmann veio à Bahia
em junho para a inauguração do Complexo Acrílico da BASF, e aproveitou
para conhecer o SENAI Cimatec. “Hoje pude me dar conta da extensão e do
alto nível da cooperação entre o SENAI e institutos alemães em projetos
tecnológicos”, afirmou. Um dos projetos que mais o impressionaram foi o
Flat Fish, o submarino não tripulado desenvolvido para monitorar dutos e
instalações de plataformas do pré-sal em grande profundidade.
• Dia 22 de julho, o embaixador do Chile no Brasil, Juvenil Britto, conversou
com o presidente da FIEB, Ricardo Alban. Na pauta, as oportunidades de
parcerias e negócios entre empresários chilenos e executivos baianos.
• Já o cônsul-geral dos Estados Unidos do Rio de Janeiro James Story foi
recebido pelo vice-presidente Alexi Portela, no dia 7 de agosto. A viagem
foi a sua primeira a Salvador como titular do cargo. Na ocasião, executivos
da Federação e da Rede Bahia o apresentaram o fórum Agenda Bahia,
propondo uma parceria com o consulado. A ideia é incluir na agenda do
evento uma palestra com o professor de Empreendedorismo e Inovação da
University of California, Berkeley, Naeem Zaafer.
Sindicatos têm descontos em processos extrajudiciaisA FIEB firmou no final de julho um convênio
de cooperação com a Associação Comercial
da Bahia (ACB) para disseminar a utilização
dos Meios Extrajudiciais de Solução de
Conflitos (MESC’s). Com o convênio, a
Câmara de Conciliação, Mediação e
Arbitragem da ACB passou a fornecer
descontos aos sindicatos industriais,
empresas associadas e parceiros nas taxas
dos processos extrajudiciais. Os Meios
Extrajudiciais de Solução de Conflitos são
um procedimento alternativo para a solução
de litígios relativos a direitos patrimoniais,
de forma ágil, econômica e confidencial.
Federação adere ao Pacto pela EducaçãoA FIEB já está colaborando com o Pacto pela
Educação proposto pelo governo estadual
para alavancar a qualidade do ensino
público na Bahia. A adesão foi formalizada
em visita do secretário estadual de Educação
Osvaldo Barreto à Federação, no dia 3 de
agosto. “Vamos fazer tudo que for do nosso
limite de competência, para contribuir com o
programa”, garantiu o presidente Ricardo
Alban. Foi definida a criação de um grupo de
trabalho do Sistema FIEB para discutir as
iniciativas a serem implementadas.
Workshop orienta empresas afetadas pelo dumpingO Brasil é o país que mais adota medidas de
proteção à indústria local, com 30 a 40
medidas antidumping por ano. Ainda assim,
só 43% das investigações solicitadas por
empresas prejudicadas por importações
desleais resultam na aplicação de medidas
de proteção. Uma das razões é a dificuldade
das empresas em coletar dados para as
investigações. Para ajudar a reverter o
problema, a CNI realizou, dia 21 de julho, na
FIEB, o workshop A Indústria e as
Investigações Antidumping.
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32 Bahia Indústria
Inovações na arbitragem brasileira
jurídico
Por ViVianE pitanga
No dia 26 de maio foi sancionada
a Lei nº 13.129/15, que altera a Lei
de Arbitragem nº 9307/96, com o
objetivo de aprimorá-la, conside-
rando sua importância como alter-
nativa para resolução de conflitos.
A nova lei ampliou o alcance da
arbitragem ao possibilitar a sua
aplicação à administração públi-
ca direta e indireta, pois, apesar
de haver previsão em outros di-
plomas legais de sua utilização
em contratos administrativos, as
possibilidades eram específicas e
encontravam grande resistência
por parte dos administrativistas.
A Lei 13.129/2015 acrescentou o
artigo 136-A à Lei das Sociedades
Anônimas (Lei nº 6.404/76), per-
mitindo que a aprovação da con-
venção de arbitragem no estatuto
social da empresa seja feita pela
maioria dos acionistas, possibili-
tando aos sócios minoritários que
tenham discordado da delibera-
ção o direito de retirar-se da com-
panhia mediante o reembolso do
valor das suas ações.
A nova Lei estabeleceu que as
partes podem, de comum acordo,
afastar algumas regras de regu-
lamentos dos órgãos arbitrais ou
entidades especializadas, para
que possam ter maior autonomia,
a exemplo da possibilidade de es-
colha de outros árbitros que não
estejam no órgão escolhido.
Ademais, foi instituído no texto
da Lei que a arbitragem interrom-
pe a prescrição, retroagindo à data
do requerimento da sua instaura-
ção, mesmo que extinta a arbitra-
gem por ausência de jurisdição
dos árbitros. Foi acrescido, ainda,
um dispositivo legal, que permite
aos árbitros proferir sentenças,
contemplando parte dos pedidos,
sendo possível, assim, o julga-
mento parcial do mérito.
Outra inovação implementada
foi a regulamentação das tutelas
cautelares e de urgência no próprio
texto da Lei (art. 22 A e 22 B). Isso
possibilita às partes recorrerem ao
Poder Judiciário para a concessão
destas medidas, antes de instituí-
da a arbitragem, sendo que, uma
vez instituída, caberá aos árbitros
manter, modificar ou revogar a
medida cautelar. Ressalte-se que,
se a arbitragem já estiver instituí-
da, a medida deverá ser requerida
diretamente aos árbitros.
Por fim, foi inserida no texto
da Lei a faculdade ao árbitro ou
ao tribunal arbitral de expedição
de carta arbitral para que o órgão
jurisdicional nacional pratique ou
determine o cumprimento, na área
de sua competência territorial, de
ato solicitado pelo árbitro. O le-
gislador determinou, ainda, que
o procedimento de cumprimento
da carta arbitral deverá observar
o segredo de justiça, desde que a
confidencialidade tenha sido esti-
pulada na arbitragem.
A reforma da Lei de Arbitragem
foi comemorada por incluir avan-
ços neste instituto, contudo, foram
vetados dispositivos que permiti-
riam o uso da arbitragem em con-
flitos trabalhistas e decorrentes de
relações de consumo, em atendi-
mento às ressalvas apontadas pelo
Ministério da Justiça e do Trabalho.
Publicado cronograma do e-SocialFoi publicada, em 25/06/15, a
Resolução nº 1 do Comitê
Diretivo do e-Social, que
definiu os prazos para
utilização obrigatória do
Sistema de Escrituração
Digital das Obrigações
Fiscais, Previdenciárias e
Trabalhistas (e-Social). O
início da obrigatoriedade
para microempresas e
empresas de pequeno porte,
ao micro empreendedor
individual com empregado,
ao empregador doméstico, ao
segurado especial e ao
pequeno produtor rural
pessoa física será definido
em atos específicos.
Dispositivos da NR-12 são alteradosA Portaria n.º 857/15, do
Ministério do Trabalho e
Emprego, alterou dispositivos
da Norma Regulamentadora
(NR 12), que define referências
técnicas, princípios
fundamentais e medidas de
proteção para garantir a saúde
e a integridade física dos
trabalhadores e estabelece
requisitos mínimos para a
prevenção de acidentes e
doenças do trabalho nas
fases de projeto e de
utilização de máquinas e
equipamentos de todos os
tipos. Dentre as alterações,
destacam-se as informações
que devem constar nos
manuais das máquinas e
equipamentos fabricados ou
importados antes da vigência
dessa Norma.
Viviane Pitanga é advogada da gerência Jurídica do Sistema FIEB
Bahia Indústria 33
ideiAs
Por FErnando Matos
A interpretação da literatura tri-
butária é complexa por várias
razões, a começar pelo ambiente
operacional das empresas. Se sua
interpretação é complexa para
profissionais que estão lidando
com o dia-a-dia das empresas, o
desafio é ainda maior para as au-
toridades fiscais, que têm o dever
de fazer proposições tributárias
e adequar essas proposições aos
diferentes ambientes operacionais
das empresas.
Não raro, estas interpretações
causam fenômenos atípicos. Foi
o que aconteceu com a IN RFB
1.515/14, complementada pela IN
RFB 1.556/15, quando interpretou
a Lei 12.973/14 e criou uma forma
nova e diferente da Lei para a tri-
butação da Depreciação Fiscal dos
Ativos Imobilizados, que exige
que as empresas antecipem o pa-
gamento de IRPJ e da CSLL.
As diferenças dos valores da
Depreciação Societária e da De-
preciação Fiscal iniciam-se com a
alteração do padrão da contabili-
dade brasileira para a contabilida-
de internacional, de acordo com o
International Financial Reporting
Standards (IFRS).
Para receber os ajustes relati-
vos aos diferentes valores entre
a contabilidade fiscal e a nova
contabilidade societária foi cria-
do pela Lei 11.941/09 o Regime
Tributário de Transição (RTT),
que permitiu a criação do Livro
da Contabilidade Fiscal (FCONT),
Efeitos da Depreciação Fiscal no fim do Regime Tributário de Transição
a fim de manter a neutralidade tributária.
A Lei 4.506/64 trata da depreciação fiscal e produz
efeitos até hoje, enquanto a Lei 6.404/76, art. 183, in-
ciso V, §2º, trata do registro na contabilidade societá-
ria do custo de aquisição e da depreciação.
As diferenças de critério e de taxas, entre a Depre-
ciação Fiscal e a Depreciação Societária, foi reconhe-
cida em 2011, pelo Parecer Normativo – PN RFB 01/11.
Diante dessas realidades, nasce a conclusão óbvia
de registrar a diferença, entre a depreciação fiscal e
societária, como parte do RTT e no FCONT.
Em 2014, foi publicada a Lei 12.973/2014, que ex-
tingue o RTT e cria os critérios de tributação inciden-
tes sobre as diferenças entre os valores dos ativos re-
gistrados na contabilidade fiscal e na contabilidade
societária, chamando-o de: “Da Adoção Inicial”, no
seu Capítulo IV.
Em 2015, foi publicada a IN RFB 1.556/2015, que
criou novidades na tributação das diferenças entre a
depreciação societária e fiscal, exigindo a antecipa-
ção da tributação da diferença de depreciação, o que
estaria em desacordo com a Lei.
Esse procedimento novo e incomum, criado com
base em um exemplo de Instrução Normativa, de
certa forma, intempestiva, por ser de 2015 para com-
plementar outra IN do ano anterior e produzir efeitos
fiscais retroativos para as empresas que optaram pela
adoção inicial em 2014, resulta em:
- Mudança no critério da depreciação fiscal;
- Não considera que a forma de tributação das di-
ferenças entre a depreciação societária e fiscal tem
regras tributárias próprias;
- Que a depreciação é uma conta de ativo com na-
tureza de passivo por ser uma conta credora;
- Que as contas de depreciação são contas inde-
pendentes das contas que recebem os lançamentos
de custos de aquisição dos ativos imobilizados e por
essa razão devem observar critérios próprios de reali-
zação; e principalmente,
- Antecipa a tributação das diferenças entre a de-
preciação societária e fiscal, quando o objetivo do
RTT foi de criar uma neutralidade tributária. [bi]
Fernando Matos é sócio na Deloitte na Consultoria Tributária
em 2015, foi publicada a instrução normativa rFB 1.556/2015, que criou novidades na tributação das diferenças entre a depreciação societária e fiscal, exigindo a antecipação da tributação da diferença de depreciação, o que estaria em desacordo com a lei
“
livros
leitura&entretenimento
Em busca do sucesso Não existe fórmula para o sucesso, cada
processo de criação sempre começa do
zero. Em De zero a um: O que aprender
sobre empreendedorismo com o Vale do
Silício, Peter Thiel dissemina a ideia de
que é sim possível ser otimista quanto ao
futuro promissor de empresas que buscam
a inovação. Para ele, ser diferente é
sinônimo de prosperidade. Enquanto
algumas instituições lutam para competir
em busca do sucesso, monopolizar seria a
melhor condição de existência.
Liberalismo inconformadoMilton Friedman, Nobel de Economia, e
Rose Friedman discorrem sobre economia,
liberdade e a conexão entre esses dois
conceitos, traçando o modo como nossa
liberdade se desgastou e nossas riquezas
foram disfarçadas com o aumento de leis,
regulamentações e agências
governamentais. Em defesa do
liberalismo, eles analisam como as boas
intenções produzem resultados
indesejáveis quando o governo assume o
papel de intermediário.
De zero a um: O que aprender sobre empreendedorismo com o Vale do Silício Peter thieleditora objetiva216 p. R$ 29,90
Livre para escolher: Um depoimento pessoalmilton Friedman e rose Friedmaneditora record476 p. R$ 48,00
34 Bahia Indústria
Artisticidade africanaComposta por tronos, máscaras de rituais, estatuetas,
esculturas, instrumentos musicais e utensílios que fazem
parte do acervo permanente do Centro Cultural Solar Ferrão, o
Palacete das Artes apresenta a exposição “Bahia é África
Também”, que evidencia a riqueza da produção africana do
século XX. As afinidades ancestrais entre Salvador e África,
cidade e continente interligados pelo mar, motivaram a
escolha do industrial italiano Claudio Masella para fazer a
doação da coleção, que integra o acervo do Instituto do
Patrimônio Artístico e Cultural do Estado. É a primeira vez
que as peças são expostas fora do seu espaço original.
DIVUlgAção
Mistura interativa Toda última terça-feira do mês, a orquestra Neojiba, realiza o
“Concertando no SESI”, projeto de música interativa que
mescla variedade de estilos e famílias de instrumentos
sinfônicos e populares, revelando uma multiplicidade
artística e musical do núcleo orquestral. Com esse conceito
artístico, quartetos de cordas, grupos de compositores,
quintetos de metais e de madeiras, cantores e violonistas,
entre outros músicos, são os protagonistas desta série, que
está na quinta edição e tem também como diferencial a
participação de artistas e grupos convidados. A iniciativa é
fruto de uma parceria com o Teatro SESI.
Não perca Teatro SESI, 29/9, 20h. R. Borges dos Reis, 9 - Rio Vermelho. Ingresso R$ 10 e R$ 5 (meia). Grátis trabalhador da indústria. (71) 3032-1073
Não perca Palacete das Artes, ter a sex, 13 às 19h. Sab, dom e feriados, das 14 às 19h. Até 25.8. Rua da Graça, 289, Graça. Grátis. (71) 3117-6997
show
exposiçãoléo DE AzEVEDo/DIVUlgAção
Bahia Indústria 35
Foi a primeira vez na história que um país da América Latina recebeu a WorldSkills, a maior competição de
Mais de 1.200 competidores de 62 países mostraram suas habilidades em , durante 4 dias, em São Paulo, no Anhembi Parque.
Com a maior delegação brasileira de todos os tempos, nossa equipe mostrou seu talento, garra, determinação e conhecimento. E o resultado não poderia ter sido outro. Nos dois rankings mais importantes da Competição, conquistamos o 1º lugar por pontos e o 1º lugar no quadro geral de medalhas, entre todos os países participantes. Foram 27 medalhas, um recorde: 11 de Ouro, 10 de Prata, 6 de Bronze e 18
Parabéns a todos! como excelente escolha e oportunidade de transformação de vida para milhares de jovens.
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