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    OBAIACU

    NOVELA DA VIDA REALOs bastidores da briga entre Arlindinho e o Professor Wellington

    O jornal que nasceu virado para a lua

    Edio HistricaN nico

    Preo:

    Sentindo-se ofendido pelo que foi dito emprograma de rdio pelo jornalista e assessorparlamentar, o professor e poeta resolveabrir seu corao e d uma exclusiva.pg. 07

    EUTAMBMESTOU

    NOCADERNO

    G!

    O atorRodrigo

    SantAnnalota o Clube

    Campestrecom o espe-

    tculo ComcioGargalhada, que tem

    tudo a ver com o nossocenrio poltico.

    Ou no?

    Casa de Culturade Araruamareabre as portas

    para o livro deCarlos Ney

    Especialista em habitao adverte quanto aos riscosdo crescimento desordenado na cidade

    reproduodainte

    rnet

    arqu

    ivopess

    oal

    Agnc

    iaStudio

    Lagos

    reprodu

    odainternet

    Foto:

    Assessoria

    deimprensa

    pg. 11

    pgs. 2 e 3

    pg. 04

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    O BAIACU n 01 Novembro de 20112

    Araruama e oESPETCULO DO CRESCIMENTO

    152 anos depois de sua eman-

    cipao, Araruama j comeaa conviver com a realidade dos

    nmeros. Em face do rpido cresci-

    mento populacional da cidade que

    j passou daqueles 112 mil habitan-

    tes levantados pelo ltimo Censo De-

    mogrco do IBGE, em 2010 - comomplantar as estruturas bsicas que

    mpediro a ocupao irregular do es-

    pao urbano? Entrevista com Silvino

    Jorge, da CEHAB Companhia Esta-dual de Habitao do Estado do Rio

    de Janeiro.

    O BAIACUComo voc, com a formaotcnica e a experincia adquirida no exerccio

    de suas funes, desde 1976, v a questo ha-

    bitacional, principalmente no tocante s reas

    que comeam a ser ocupadas pela populao de

    baixa renda?

    SJ Este um quadro preocupante vivido, prin-cipalmente, pelas cidades com grande extensoterritorial, como Araruama (638 Km2), sendo suarea proporcionalmente elevada em relao ao n-mero de habitantes. Com tanta terra ociosa, passaa existir o atrativo natural para que um nmerocrescente de pessoas venham para estas cidades, embusca de emprego. Cidades, tambm como Ararua-ma, que com a perspectiva gerada pelos royalties dopetrleo lembrando-se a que o Estado do Rio deJaneiro o maior produtor nacional do ouro negro-, prometem rpida expanso de suas economias, -cam assim mais vulnerveis exploso demogrca

    e, consequentemente, ao caos urbano, j que essascidades no possuem infraestrutura para suportaressa procura. a base para o progressivo processode favelizao, com todas as consequncias nega-tivas que ele acarreta. O prprio Estado do Rio

    de Janeiro, hoje, com apoio da Polcia Federal edas Foras Armadas, se v obrigado a travar umaverdadeira guerra contra o poder paralelo que senstalou a partir do processo de favelizao. Para sever como o quadro dramtico.

    O BAIACUVoc poderia citar uma cidade denosso Estado, com caractersticas semelhantes s

    de Araruama, que tenha passado por este proces-

    so de crescimento desordenado, e que nos possa

    ervir como referncia?

    SJ Na regio norte uminense, o municpio deMaca RJ, com 1216 Km2, com acesso pela RJ

    106, a mesma que corta nossa cidade, viveu esteprocesso, recentemente, transformando-se numa

    das cidades com maior ndice de violncia doEstado. Em 1981, o governo estadual, atravs daCEHAB, construiu 2.947 unidades habitacionaisno municpio, com o nome de Conjunto Habi-tacional Parque Aeroporto I, e eu fui designadocoordenador da equipe de inscrio pblica parahabilitao das casas, e permanecendo ali, paracoordenar a entrega dessas unidades habitacionais,de acordo com a classicao dos candidatos

    inscritos para aquele empreendi-mento. Foi a que constatamosque embora o Estado te-nha se antecipado umaprovvel demanda porhabitao, em funodo petrleo que estavasendo extrado da re-gio, o municpio no es-tava preparado para fazerfrente ao progressivo dcit

    habitacional, alimentado pelovertiginoso crescimento de sua economia.A ocupao irregular das reas ociosas gerou orpido processo de favelizao da cidade, comreexos na reduo da qualidade dos servios de

    responsabilidade do municpio, como educaoe sade pblica, e na sensao de insegurana,causada pelo aumento da criminalidade.

    O BAIACU Qual a situao, hoje em Ara-ruama, nas reas mais afastadas do Centro

    justamente as mais vulnerveis s construes

    irregulares?

    SJ visvel o crescimento da cidade comoum todo, mas, principalmente, dos bairros mais

    perifricos. A demanda por imveis para comprae aluguel, tem sido grande, assim como acontececom terrenos para edicao de casas e prdios. A

    beleza natural, qualidade de vida e as perspectivasfavorveis quanto a sua economia, so os res-ponsveis por isso. Eu, pessoalmente, tenho umcarinho muito grande por esses bairros do interiore, tambm, um projeto a ser desenvolvido num

    futuro prximo, numa parceria com a prefeiturade Araruama, destinado a criar alm

    das condies favorveis paraa habitabilidade de reas

    ociosas do municpio,promover uma maiorunio das famlias resi-dentes em cada um dosbairros nos quais fosse

    implantado o projeto.Assim se permitiria que

    parentes pudessem residir

    prximos uns dos outros, facili-tando suas vidas e promovendo uma maiorinterao familiar.

    O BAIACU Em quais municpios fluminensesvoc, como tcnico da CEHAB, esteve presente

    na implantao de projetos habitacionais?

    SJ Dentro dessa parceria com o governo estadu-al, z parte das equipes da CEHAB que promove-ram as inscries e posterior entrega das casas po-pulares nos municpios de Itaperuna, Porcincula,Campos, Casemiro de Abreu, Nova Friburgo, SoFidlis, Cordeiro, So Gonalo, Miracema, Nova

    Iguau, Petrpolis, Rio das Flores, Natividade,Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antonio de P-

    Ademanda por

    imveis para compra ealuguel, tem sido grande, as-

    sim como acontece com terrenospara edicao de casas e prdios.

    A beleza natural, qualidade de vidae as perspectivas favorveisquanto a sua economia, so

    os responsveis porisso.

    Silvino Jorge coordenou pela

    CEHAB a entrega das moradiasde dois conjuntos habitacionais

    em Araruamafoto:Ag.

    Stu

    dioLagos

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    3O BAIACU n 01Novembro de 2011

    Silvino Jorge pertence ao corpo tc-nico da CEHAB-RJ, e desde 1976mantm domiclio em Araruama, nobairro de Paracatu, no quilmetro30 da RJ 124, onde exerceu intensotrabalho comunitrio. Apaixonadopor esportes, acabou sendo eleitoPresidente do Km 30 Futebol Clube,em 2007, levando o clube a tornar--se campeo da Segunda Diviso doCampeonato Municipal de Araruama

    no mesmo ano, com o primeiro e osegundo quadros, emplacando aindaos artilheiros, o goleiro menos va-zado do primeiro quadro, e ainda, aTaa Disciplina da competio.

    dua, Bom Jardim, Duque de Caxias, Mag e RioBonito. Alm de coordenar a equipe que proveua inscrio e entrega das unidades habitacionaisdo Conjunto Bairro Purys, em Trs Rios e tam-bm Maca, como j havia dito anteriormente.

    O BAIACU E aqui em Araruama?

    SJ - Em nosso caso, os conjuntos habitacionaisParque das Araras, localizado no bairro ParqueMataruna, e Alves Branco I e II, que foramconstrudos em 1980, atravs do Projeto Ficam,onde os lotes eram de propriedade do muturio,e as benfeitorias construdas com a supervisoda CEHAB com a gravao de hipoteca e cauonas escrituras em favor da Caixa EconmicaFederal e CEHAB. Posteriormente esses nan-ciamentos foram quitados antecipadamente porconta de Lei Estadual e Federal, desde que tives-sem cobertura do FCVS (Fundo de Compensa-

    o e Variao Salarial). A entra a minha partici-pao no acompanhamento dos pedidos de baixadas hipotecas e caues, visando a liberao dasescrituras de compra e venda lavradas na pocada comercializao do empreendimento, atravsdos vrios requerimentos protocolados para essem. Cumpridos os procedimentos e a conse-quente expedio dos ofcios de baixa atravs daCEF e CEHAB, prontiquei-me em fazer chegar

    s mos desse morador, em seu prprio domic-lio, o documento nal, agilizando o processo e

    evitando para ele as despesas decorrentes de idase vindas entre Araruama e Rio de Janeiro.Ainda pela CEHAB, temos o Conjunto Verde

    Vale, no bairro Vila Cana (antigo Buraco doPau), na poca construdo mediante parceria coma Prefeitura de Araruama, beneciando pessoas

    selecionadas pela prpria prefeitura, com clusu-la de permisso de uso por tempo determinado,o que na prtica garantia o direito de uso.

    O BAIACUVoc falousobre um

    projeto seu,

    ligado Ha-

    bitao. Voc

    acredita, com

    base em sua

    experincia

    prtica, que

    seria possvel

    viabilizar no

    curto prazo

    um projeto

    plenamente

    adaptado s

    condies

    especficas da

    nossa cidade?

    SJ Com cer-teza. E para

    implant-lo, alm da minha bagagem prossional,

    nestes 35 anos de CEHAB, compartilho a experi-ncia de amigos que exercem a funo de Secre-trios de Habitao em municpios vizinhos. Issofacilitaria a imediata implantao de um modelohabitacional, em conformidade com o convniorecentemente rmado pelo Prefeito Andr Mni-ca, com a CEF, dentro do programa Minha Casa,Minha Vida 2, em nosso municpio. E dentrodessa tica, j me coloquei disposio da Prefei-tura, no sentido de somar foras, seja na confec-o dos projetos, ou nas aes destinadas a via-bilizar as construes atravs da CEHAB, comotambm na implantao de um padro de alve-naria com utilizao do tijolo ecolgico, visandoreduzir substancialmente o custo das habitaes,tornando-as realmente populares. Como , alis,o desejo do prprio Prefeito, ao trazer para nossacidade o Projeto Minha Casa, Minha Vida 2.

    O BAIACU -UM JORNAL MODADA CASA

    O BAIACU um jornal para voc lerde cabo a rabo. Com calma, saboreandocada pedao. E com a certeza de no estarconsumindo apenas mais um descartvel.

    Basta ter cuidado com o veneno.O jornal, na nossa avaliao, deve deixarbem claro ao que veio, para no correr orisco de tornar-se apenas papel, porque as-sim desrespeita quem o escreve, e ofendequem o l. Aqui esto sendo exploradosassuntos que no costumam frequentaras pginas dos nossos peridicos. E paraque fossem abordados de forma inteli-gente, optamos por convidar gente queno joga conversa fora. Mas este no onico diferencial. Em nome da autono-mia - o direito de dizermos com todas as

    letras aquilo que ns achamos que deveser dito decidimos abrir mo das (argh!)matrias pagas. Um verdadeiro suicdiocomercial, se considerarmos que por aquifala quem paga, publica quem tem juzo.Nadando contra a corrente, preparamosO BAIACU que, como o peixe que lheempresta o nome, nasceu para morrer napraia. Uma edio histrica que a gentedecidiu pagar para ver. E pagamos caro,sendo a liberdade um bem to precioso.

    Assim sendo, o primeiro nmero poderser tambm o ltimo. E que no se enganeo leitor com a primeira impresso. Embo-ra a gente brinque com a verdade, a piada,por aqui, coisa sria. Por trs da aborda-gem irreverente, deixamos clara a nossainteno de questionar falsos valores e,principalmente devolver ao ridculo aque-les que de l jamais deveriam ter sado.Dito isso, servimos a voc O BAIACU.Bom apetite.

    Expediente

    Jornal O BAIACU

    Jornalista Responsvel -Lo AnelheMTB: 24172Diagramao:StudioLagos Publicidade Ltda.E-mail:[email protected]:www.jornalobaiacu.blogspot.comTiragem: 10.000 exemplaresCirculao: Araruama

    Reprodu

    ointernet

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    O BAIACU n 01 Novembro de 20114

    Gincana de Pintura

    Detran e Rodando Legal na mira do Poder LegislativoPelo menos, l em Bzios. Em Araruama, apesar de termos os mesmos problemas, ningum se mobiliza

    Os vereadores buzianos da base e os daoposio se uniram para atacar a empresaRodando Legal, que presta servios tercei-rizados ao Detran. Eles questionam a for-ma com a qual o departamento de trnsito

    e a empresa operam suas scalizaes aosveculos, e o fato de o municpio no serbeneciado em nenhum aspecto quanto a

    isso. Fica a dica, vereadores araruamenses.

    Na sesso da Cmara Municipal de Bzios na pri-meira quinta-feira do ms (6), os vereadores levan-taram a questo, que surgiu e ganhou corpo apso vereador Felipe Lopes reivindicar uma placa desinalizao de 40 km e a construo de um quebra--molas em frente ao DPO de Manguinhos, localonde ocorre a maioria das blitzes. A revolta maiordos parlamentares sobre terem que ouvir, nas

    ruas, que eles esto levando dinheiro da empresaRodando Legal para fazerem vista grossa em re-ao s suas aes de scalizao. Os vereadores

    so a favor de revogar a lei que em 2007 autorizoupor unanimidade, antecedendo a um processo li-citatrio, a explorao dos servios pela RodandoLegal. De acordo com eles, a lei previa o repassedos recursos ao governo municipal, atravs de umDARM, e o municpio, por sua vez, repassaria osvalores empresa que controla os servios. Aps aicitao, o ento prefeito Toninho Branco enviou Cmara uma mensagem para que a lei fosse modi-cada, retirando o recolhimento para o municpio,

    e deixando-o unicamente empresa. Isso, poca,fez com que os vereadores no s votassem con-tra, como denunciassem o prefeito ao MinistrioPblico, entendendo que o processo de licitao sedeu como algo conduzido, direcionado, manobra-

    do, nas palavras do vereador Messias Carvalho. Naatual legislatura, o presidente da Cmara, Joo Car-rilho, apresentou Casa um Projeto de Lei que re-torna proposta inicial: o recolhimento dos valoresaos cofres pblicos. Embora a lei esteja aprovadapor unanimidade, no est sendo aplicada, pois o

    setor jurdico da Rodando Legal recorreu na Justi-a. O vereador Messias Carvalho declara:- Temos que acompanhar o processo na Justia, jque a empresa est recorrendo. Mas, independentedisso, ainda encontramos algumas questes que alei no contempla, como o reboque do veculo, porexemplo. Os reboques s devem acontecer se o in-frator tiver que ter retida sua carteira de motorista,caso contrrio ele mesmo deve conduzir seu ve-culo ao depsito, esse seria o procedimento certo.E j houve casos em que eu liguei para o senhorCarlos Logulo, presidente da empresa, e cobrei-lhea correo. Eles cobram valor de reboque inde-

    vidamente. Outra coisa: o valor de diria. Temoscasos em que o cidado paga uma diria a mais,indevidamente. O carro no cou nem 36 horas, e

    cobrado o valor de quatro dirias. O que se perce-be que esto indo alm dos limites estabelecidos

    pela lei. A Rodando Legal noest to legal assim declarouMessias.J o vereador Lorram Silveiraprope uma blitz da blitz:- Eu tenho acompanhado isso

    de perto e as reclamaes soconstantes sobre aquele pon-to da Avenida Bento Ribei-ro. Temos que agir, intervir,buscar solues. Apelo parairmos a essas blitz, unidos,como Poder constitudo den-tro desse municpio, e buscar

    com o chefe dessas operaes as informaes ne-cessrias. Se elas no forem satisfatrias, estejamosindo ao Detran com o apoio do prefeito MirinhoBraga.Alis, de acordo com o vereador Leandro Pereira, oprefeito est sensvel a contornar o problema. Ele

    pondera:- O prefeito j nos disse que vai tomar as providn-cias cabveis junto ao governador, para que se saibarealmente o que est acontecendo ali e com ordemde quem est acontecendo. Eu conheo o CarlosLogulo, e sei que uma pessoa de bem, mas umempresrio. E eu estou aqui para defender os inte-resses do povo. O valor cobrado deveria ser bemmenor e a coisa deveria acontecer naturalmente, eno o Detran estar ali da forma como est - comen-ta Leandro.

    Por Bruno Almeida - extrado do

    Jornal Primeira Hora

    Em Araruama, os mesmos problemas acontecem,envolvendo a mesma empresa e o Detran. Com apalavra, os nossos vereadores.

    Durante dois dias, artistas estaro utilizando depincis para redesenhar Araruama. Uma Ararua-ma futurista, onde cabe desde uma orla lotada deturistas, curtindo o vero nas praias da cidade atum teatro utuante na lagoa...

    O futuro da nossa cidade, visto atravs do olhardo artista.O evento tem a assinatura da produtora culturalJaida Mundim.

    Local e inscrio:1- As inscries podero ser feitas, preferencial-mente, at o dia 16 atravs do e-mail:[email protected] Incio e trmino da Gincana: Dia 16 de de-zembro de 2011, das 10h s 18hs, e dia 17 dedezembro, das 09h s 13h

    3- Local de realizao: Shopping Pinho4- A inscrio gratuita.

    Redesenhando Araruama

    No ltimo dia 14, vspera de feriado, o ClubeCampestre de Araruama recebeu um grandepblico para o show Comcio Gargalhada!,

    com Rodrigo SantAnna. O primeiro mon-logo do ator surge em comemorao aos seusdez anos de carreira. A pea uma grande sti-ra aos comcios eleitorais, na qual, alm de umdos personagens da TV, Rodrigo interpreta ou-tros seis. A histria comea quando a mendigaAdelaide invade o palco/palanque e comea afalar de sua plataforma poltica. Na seqn-cia, temos o Vanderlay das Almas (sensitivo),Sara Menininha (cantora de ax), Frango dePadaria, Omossexual Obeso (O.O.), So Jorgee Adimilson (personagem do Zorra), todos interessados em convencer o pblico com suas propostas.Entre um personagem e outro, Rodrigo ainda encontra flego para contar casos engraados de suahistria. No nal do show, como no poderia deixar de acontecer, a aguardada Valria Vasquez deu

    o ar de sua graa e fez o pblico gargalhar. Pelo menos, neste Comcio Gargalhada! o voto no obrigatrio, mas o riso garantido.

    Valria Vasquez de volta AraruamaO ator Rodrigo SantAnna, do Zorra Total, apresenta espetculo no Clube Campestre

    Repro

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    internet

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    5O BAIACU n 01Novembro de 2011

    GAlm do

    C

    ADERNO

    1 Parada LGBT de Araruama vira uma grande festa e coloca em questo a hipocrisiada sociedade e a tutela religiosa sob coraes e mentes.

    Foto: Messias Neves

    Araruama Free realiza a primeira Parada LGBT de AraruamaQuem escolheu passar o m de semana prolongadoem Araruama, na Regio dos Lagos, se divertiu du-rante a I Parada do Orgulho LGBT do municpio, re-alizada no domingo, dia 13 de novembro. Organizadapelo recm criado grupo Araruama Free, com apoioda Rede LGBT do Interior Fluminense, o evento reu-

    niu cerca de 7 mil pessoas na orla da Lagoa da Araru-ama, no Centro da cidade. Segundo Cludio Lemos,presidente do mais antigo grupo LGBT da regio, oCabo Free (Cabo Frio), e tambm da Rede LGBTdo Interior Fluminense, Araruama sediou a melhore mais organizada das Paradas da Regio dos Lagos,em 2011. Tudo foi perfeito neste evento, desde o lo-cal escolhido para a realizao, passando pelos showscom drags e DJs, at o fato de que a festa no sofreunenhum tipo de interferncia religiosa ou restriespolticas, permitindo que a causa tivesse a devida vi-sibilidade comentou ele, agradecendo populaode Araruama que soube receber, com respeito, umevento novo, como este.Nem mesmo o tempo, parcialmente nublado, foi ca-

    paz de tirar o brilho da festa, que contou ainda coma presena de familiares de LGBTs que, ao microfo-ne, deram depoimentos emocionados no trio eltrico.

    O destaque cou por conta de um senhor de cabelosbrancos, pai do presidente do grupo Araruama Free,Caio Bioni. Emocionado, ele recebeu das mos do -lho uma placa de agradecimento pelo apoio ao evento.- Meu pai um grande amigo que tenho, e no mediuesforos para nos ajudar nesta festa. Como funcio-

    nrio pblico, da Prefeitura Municipal de Araruama,foi ele quem me ajudou a preparar todos os ofcios epedidos de autorizao do evento. Esta placa, de agra-decimento, o mnimo que eu poderia fazer pelo res-peito que ele tem por mim, e pelo amor que eu tenhopor ele - comentou Caio.O evento contou com apoio logstico da Prefeitura deAraruama, que cedeu homens da Guarda Municipalpara ajudar na segurana da festa. Representando oprefeito Andr Mnica, o secretrio municipal de Tu-rismo, Lanes Maravilha, acompanhou todo o trajetodo trio.- Alm de toda a organizao ter sido perfeita, ou-tro fato que marcou a I Parada LGBT de Araruamafoi a segurana. Alm da Guarda Municipal, homens

    da PM tambm nos deram apoio nessa questo, masnenhuma ocorrncia de maior gravidade foi registra-da, nem mesmo eventuais brigas ou possveis con-

    fuses motivadas pelopreconceito. Foi umafesta linda, ondeas pessoas pu-deram se diver-tir em famlia e,

    principalmente, onde orespeito foi a palavra de ordem -comentou Cludio Lemos.Do alto do trio eltrico, vrias drag queens deram umshow parte. A irreverente Eddylene gua Suja co-mandou um elenco de estrelas onde se destacaramLara Hanlle, Rafyllas de Luxe e Tammy La Close. Naspick ups as Djs Nanda Machado e Hillary Kovatch(primeira e nica DJ drag da Regio dos Lagos) ani-maram a multido.- Depois deste enorme sucesso que foi esta I Para-da LGBT, desejamos ao grupo Araruama Free mui-ta fora e disposio para que, durante todo o ano,possam realizar aes e eventos para promover a Ci-dadania LGBT. Pelo que demonstraram na I Parada

    LGBT, Caio Bioni e Danielle Senna esto preparadospara fazer o melhor pela comunidade LGBT de Ara-ruama - concluiu Cludio Lemos.

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    O BAIACU n 01 Novembro de 20116

    No dia 13 de novembro, Araruama viu acon-tecer a sua 1 Parada GLBT; uma manifestao

    em busca da igualdade, liberdade e dos direitosdos homossexuais. O evento aconteceu de for-ma ordeira, alegre e organizada, com a presenade um grande nmero de pessoas que lotou a orlada Praia do Centro, com concentrao prxima Rodoviria e culminando na Praa de Eventosda Pontinha. Dentre aqueles que foramapoiar o movimento, alm dos homos-sexuais e simpatizantes, estavam muitasfamlias araruamenses, em especial umagrande parcela de pessoas da TerceiraIdade. Um evento polmico, que gerou

    nmeras discusses nas redes sociais eem todas as ramicaes da sociedadeararuamense, principalmente entre pol-ticos e evanglicos, antes, durante e apsa realizao. A Parada, que foi organiza-da pela ONG Araruama Free juntocom Danielle Senna e Binho Xavier, ti-nha ainda como ativistas- militantes re-presentantes de outras organizaes nogovernamentais de diversas cidades doEstado que vieram apoiar o movimentoem Araruama, com destaque para a ONG Cora-es Coloridos do Rio de Janeiro que formada

    por pais que tem lhos homossexuais. A propostado acontecido sempre foi a liberdade de expressoe o livre arbtrio, que so direitos de todos os sereshumanos, conquistas que vo sempre ao encontroda felicidade, o DIREITO DE SER FELIZ, foi esempre ser a tnica dos movimentos que buscamo equilbrio entre os seres humanos com o intuito

    Alm doPARADA GAY - PELO RESPEITO LIBERDADE DE EXPRESSO

    de acabar com as diferenas. Posturas e questio-namentos diversos foram apresentados pelos mi-

    litantes, que em cima do Trio Eltrico explanavamas temticas que aigem os homossexuais como

    a HOMOFOBIA, uma forma de pensar e agirde inmeras pessoas que vem os homossexuaiscomo se fossem aliengenas e no pertencessema este mundo, usando de agressividade extrema,

    preconceitos e intolerncia. Foi colocado em pautaa recente opinio de um poltico local, que armou

    ser Araruama uma Cidade com Cara da Famliae por isso inaceitvel acontecer tal movimento noseio da Tradicional Famlia Araruamense,. Ora, seos lhos de Araruama no podem ter o direito de

    se expressarem livremente, que famlia essa? Deditadores que acham que um movimento comoesse mudaria a estrutura familiar e causaria danos

    Por ECY JNIOR

    A Parada Gay, realizada pela primeira vez em nossacidade, mesmo no podendo ainda ser avaliada emseu aspecto poltico (lucros e perdas), levanta ques-tes, principalmente por conta de algumas reaes,que merecem ser comentadas.Anal, homossexualismo doena?

    Por que ento no so tornadas pblicas as opiniesmdicas a esse respeito?Homossexualismo alguma forma de possessodemonaca?Isso, por si s, explicaria o fervor religioso (Pai, per-doai os que falam em Teu sagrado nome) com queaqueles que jamais pecaram enchem as mos compedras e se dispe a marchar em procisso?Homossexualismo mera opo individual, e comotal deve ser admitida e respeitada?Assim sendo, por que no colocar o assunto nas

    mesas de discusso, nas tribunas parlamentares enos plpitos?

    morais aos seus lhos? Que acreditam que ao dar

    a almejada liberdade s ditas minorias coloca-

    riam em risco todos os pr-conceitos criadospor eles que dizem seguir a palavra de Deus? Masque Deus este visto por aqueles olhos, que noama o prximo e as suas criaes da forma queelas so? Que seres so esses que se dizem extre-mamente entendedores da Bblia e acabam co-

    metendo inmeros erros e equvocos con-trrios palavra de Deus? E desde quandoos homossexuais no fazem parte de umafamlia? Ou nasceram de chocadeiras? Oque sabemos que ns, os homossexuais,somos grandes lhos e grandes pais, gran-

    des irmos e grandes tios, grandes amigose grandes companheiros, acreditamos emDeus e tambm somos cristos, e busca-mos apenas o direito de encontrar a plenaliberdade e no ser vistos como diferen-tes, mas exprimindo nosso amor de for-ma verdadeira sem agredir ningum , nemse sentir agredidos, o que buscamos no a aceitao e sim o respeito. Que a 1 Para-da GAY de Araruama, seja vista como ummarco para essa Cidade que a cada dia re-

    cebe gente de todas as classes, credos, opes eque caminha para o pleno desenvolvimento, seja

    econmico, educacional ou moral. Que as coresdo arco-ris sejam vistas por todos ns como umaforma de expressar nossa alegria e mesclar todosos seres numa nica proposta: RESPEITO AOPRXIMO e que Deus ensine a essas pessoas oque ele disse: Amai-vos uns aos outros, como eu

    vos amei (Jo 15, 12).

    Deus, a essncia da Perfeio, errou na receita eproduziu indivduos avariados?Porque, se no for assim, eles tero que ser ama-dos como irmos, uma vez que os homossexuaistambm foram feitos imagem e semelhana doPai; ou no?Perguntas ainda sem resposta, e que por enquantodespertam pouco interesse, j que o preconceitohoje se volta apenas contra o gay.Mas o mesmo preconceito contra portadores denecessidades especiais, judeus, espritas, negros,nordestinos, mulheres e pobres, que tm de co-mum o fato de serem humanos, e que sofrem claradiscriminao, na medida em que so julgados porsuas condies e merecem tratamento diferencia-do. Mas nossos olhos preferem no ver. Como astrouxas de gente envolta em trapos, que se abriga

    sob as marquises, e que para ns tornou-se parte dapaisagem urbana.

    Crianas portadoras de necessidades especiais sodesestimuladas a frequentar determinados ambien-tes, enquanto certos locais pblicos impedem apresena de mulheres desacompanhadas.

    Quanto ao negro, de forma clara ou velada, opreconceito (julgamento de carter com base naaparncia) est sempre presente, calando vozes efechando portas.Hoje, quando comentamos uma festa popularcomo outras tantas, nos deparamos com a tristerealidade de que somos refns da mediocridade, namedida em que nossos lderes religiosos e polticos,os mesmos que determinam o limite das nossasliberdades individuais, so medocres.E quando um grupo de pessoas cansadas de seremignoradas como cidados precisa sair a rua paraconseguir visibilidade, um outro grupo ofende-se

    por isso. Mediocridade pura.Falar mais o qu?

    A nossa opinio

    Reprter por um dia: Jaida Mundim,

    nossa enviada especial, ao lado de

    Ecy Jnior e outros dois participantes

    do evento

    arqu

    ivopessoa

    lJai

    daMun

    dim

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    7O BAIACU n 01Novembro de 2011

    O BAIACU Primeiramente, gostaramos quevoc falasse um pouco de voc.

    P.W. Nasci em Araruama, tenho 22 anos, souprofessor formado pelo C.E. Edmundo Silva. Atu-almente dou aulas particulares do 1 ao 5 ano doEnsino Fundamental 1. Sou poeta e pretendo, seDeus me ajudar, lanar meu primeiro livro de poe-

    sias, ano que vem. Para isso, j tenho uma coleoantolgica com cerca de 50 poemas.

    O BAIACU impossvel no reparar na extremasemelhana entre voc e o jornalista Arlindo J-

    nior, que mantm um programa dirio na RdioCosta do Sol (AM 560). Algum j havia chamadosua ateno para este fato?

    P.W. Na verdade, no. Acho que o Arlindo no to conhecido como ele pensa (risos). Certa vez,em um supermercado, assim que pedi moa dacaixa que consultasse preo de determinado pro-duto, uma senhora que estava atrs de mim per-guntou se eu era o rapaz do rdio. Acredito quefalava do Arlindo. Ento, alm de sica-mente parecidos, temos vozes semelhantes(risos). Mas isso no me incomoda.

    O BAIACU Voc nos procurou com a intenode manifestar seu descontentamento com o fato

    de ter seu nome algumas vezes mencionado na-quele programa de rdio, mesmo depois de ter

    sido, segundo voc, maltratado pelo prprio jor-

    nalista, quando falava ao telefone com ele. Vocpode explicar a natureza do seu relacionamentocom ele?

    P.W. Eu conheo o Arlindo desde muito tem-po antes dele trabalhar com o deputado Jeovani.Antes disso ele j havia trabalhado com o Chiqui-nho e depois que cou desempregado, o Ecy Jr.

    conseguiu colocar ele na Cmara dos Vereadores.O Arlindinho que eu conheci naquela poca, pormais incrvel que possa parecer, era uma pessoacompletamente diferente do Arlindo de agora. Eutestemunhei isso quando, pouco tempo atrs, ex-pliquei para ele que estava precisando trabalhar.Como eu sempre me interessei pela poltica local,devo ter feito algum comentrio com ele. Foi quan-do fui convidado para ir ao programa. Eu j haviasido alertado de que no deveria elogiar qualquerao do prefeito Andr Mnica ou de seu governo.

    Acho que me empolguei por estar no rdio e faleidemais. Talvez para retribuir o carinho que estavarecebendo por parte do pessoal do programa. Masquero deixar claro que sou responsvel pelo quedisse. Ningum me obrigou a falar nada. Embo-

    Entrevista com o professor e poetaWellington Costa de Melora no tenha feito por mal, eu sei que errei. Faleicontra os problemas da cidade, eles existem e somuitos, mas culpando o atual governo por cada umdeles. Um dia, pressionado pelas diculdades -nanceiras, j que dependo exclusivamente das aulasparticulares que dou, pedia que o Arlindinho falas-se sobre mim, com o deputado, no sentido de meconseguir um emprego. Ele gritou comigo... Disse

    que o deputado tinha coisas mais importantes parafazer. Que o deputado estava deprimido por contada pssima repercusso da audincia pblica sobreo cadeio. Mandou que eu no enchesse mais osaco dele. Me chamou de gay.

    O BAIACU Voc cou ofendido? Voc gay?

    P.W. Eu no sou gay. Jamais tive qualquer rela-cionamento homossexual. Mesmo que tivesse, nogostaria de ser julgado por isso. Ou mesmo, ofendi-do por conta disso. O que me magoou mesmo foi aforma com que fui tratado. To diferente de quan-do fui ao programa. E foi esta mgoa que me fez

    reetir sobre o quanto eu havia sido injusto. Ento,fui at o prefeito, no dia da inaugurao da

    nova esco-la que substituiua antiga Nairzi-nho, para pe-dir que meperdoasse.Eu senti quedevia isso aele, j que havia recebido uma ofensa igual quelaque lhe havia feito. E z mais do que isso. Decla-mei para ele um poema de minha autoria, o Sone-to da Superao, que o emocionou. Pedi licenapara ler esse poema, no programa de rdio que elemantm, aos sbados. E minha atitude desagradouprofundamente ao Arlindinho. Passei a ser citado,de forma irnica, no programa dele. Ele agradeciaas ligaes telefnicas que eu jamais z. Tentei li-gar uma vez para o programa, porque gostaria decontar o meu lado da histria. Explicar que a cida-de convive com problemas que no so de agora.Temos uma rea aproximada de 643 Km2 e umapopulao de mais de 120 mil habitantes. Nossarenda per capita baixssima. Precisamos que os

    nossos polticos se unam em defesa do interessemaior, que o progresso da nossa cidade. Depen-demos das verbas destinadas pelos governos (esta-dual e federal). Por isso to importante o trabalhointegrado dos nossos deputados com o prefeito.

    Com uma economia fraca, dependemos muito dosturistas que nos visitam e aqui deixam o seu dinhei-ro. Agredindo o prefeito e denegrindo a imagem dacidade, afastamos esses turistas e prejudicamos acidade. Eu no compreendo como o deputado Mi-guel Jeovani permite que se faa isso em seu nome.Era isso que eu gostaria de dizer no programa derdio. Mas no consegui chegar at l.

    O BAIACU Agora que voc tornou pblica a suamgoa, pode ser que seja chamado ao programa

    para esclarecer esta situao. Se isso acontecer,

    qual ser sua reao?

    P.W. Eu no acredito, sinceramente, que o progra-ma tenha esta postura. Eu lamento pelo deputadoMiguel Jeovani, a quem eu respeito, como respeitosua esposa, Sra. Mrcia, educadora como eu. Nocompreendo como podem cercar-se de gente quedemonstra no ter o menor carinho pela cidade, amaior vtima desses ataques dirios. Que interessepoltico est por trs dessa campanha que usa ho-

    rrios pagos em emissora de rdio?O BAIACU Voc votou em Miguel Jeovani, para

    prefeito ou, depois, para deputado estadual?

    P.W. Eu no votei nele para prefeito.Mas votei para deputado. Hoje, porcausa do programa de rdio, no repe-

    tiria meu voto.

    O BAIACU Mesmo dizendo-se magoado, vocdemonstra carinho ao referir-se ao casal Jeovani

    e ao Arlindinho. Parece que, inclusive, voc fezuma poesia e a dedicou a ele. Existe a possibili-

    dade de vocs voltarem a ser amigos?

    P.W. Eu tenho amor pelas pessoas. Independen-temente de quem sejam. No guardo rancor. Souum poeta. Talvez, por conta desta minha sensibili-dade, as mgoas costumam ser to doloridas. Por-que no fao mal a ningum, no compreendo osque procuram atingir-me. Mas no existe espaoem meu corao para que eu cultive o dio ou odesejo de vingana. Amo a minha cidade e a minhagente. E desejo ao Arlindinho que ele seja muitofeliz.

    O BAIACU Tem mais alguma coisa que vocgostaria de dizer?

    P.W. Gostaria de citar Mahatma Ghandi. A ver-dade dura como diamante, porm delicada comoa or do pessegueiro.

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    O BAIACU n 01 Novembro de 20118

    O BAIACU Que ex-plicao o Sr. d para

    o fato de que grande

    parte, seno a maioria

    dos candomblecistas

    que tm seus nomes

    precedidos do ttuloPai, so homossexu-

    ais? Existe alguma re-

    lao de causa e efeitopara justicar isso, ou mera coincidncia?

    PR O Candomblaplica, realmente, osensinamentos de nosso

    Deus todo poderoso, na medida em que no discri-mina qualquer indivduo, em razo de sua opo se-xual. Diferentemente do que costuma, infelizmen-te, acontecer em outras religies, o praticante daUmbanda e do Candombl, no precisa ocultar-se, que tem plena conscincia de que somos todoslhos do mesmo Deus, que nos fez exatamente do

    eito que somos.

    O BAIAC O Sr. acredita que por causa dessanecessidade de ocultao da prpria sexualidade

    e j que a sexualidade uma caracterstica hu-mana que existem tantas denncias de pedoliaenvolvendo membros de igrejas?

    PR Acredito sim. Quando voc fala com um se-guidor de nossa religio, imediatamente sabe queest lidando com um homem, ou um homossexual,uma vez que no existe a necessidade de ocultaressa condio. O que no a realidade de outrascrenas que, por sua intolerncia, obrigam os se-

    guidores a esconder sua sexualidade. Mas, os re-

    lacionamentos homossexuaisexistem, de forma velada, emtodas as religies.

    O BAIACU Somos corpo f-sico e esprito. Existe a pos-sibilidade de que um corpo

    de homem tenha uma alma

    feminina ou vice-versa, sen-do esta a explicao para o

    fato de que um homem (com

    todas as caractersticas mas-culinas) comporte-se comomulher, ou uma mulher, como

    homem?

    PR O esprito no tem sexo.

    O BAIACU E como a sua religio explica estaaparente imperfeio?

    PR Acreditamos que as reencarnaes pelas quaispassamos so formas de resgate. Por conta disso,

    os erros mais graves cometidos por ns em encar-naes passadas, sero resgatados em futuras reen-carnaes. Um homem que tenha judiado de umamulher poder, ento, reencarnar como homem,mas com sentimentos femininos. O mesmo poden-do acontecer com mulheres. Seria esta a explicaopara o homossexualismo.

    O BAIACU Existe uma corrente losca quemesmo acreditando na reencarnao e no resgate

    dos pecados cometidos em encarnaes passa-

    das, prega que escolhemos as vidas que teremos.

    O Sr. acredita nesta possibilidade?

    PR No, eu no concordo com isso. E posso ga-

    rantir a voc que, se pudesse escolher o meu des-tino, jamais seria gay. uma vida de sofrimentosinterminveis. To logo o seu lado gay aora, ge-ralmente na fase da adolescncia, voc expulso decasa. Isso aconteceu comigo. Da para frente, voc julgado pela sua aparncia, humilhado e agredido,pelo simples fato de ser diferente. Ser homem ou

    mulher, fcil. Ser gay, pode ser terrvel.

    O BAIACU Finalmente, Pai Robson, que pergun-ta ns no zemos que o Sr. gostaria de respon-der, ou que reao o Sr. espera que esta entrevis-

    ta possa despertar?

    PR Eu gostaria que as pessoas, independentemen-te de sexo ou religio, fossem mais tolerantes umascom as outras. Que aprendessem a se ver no rostode seus semelhantes. Que elas tentassem conhecermelhor, antes de julgar. Por conta dessa incompre-enso, que muitas vezes leva s agresses morais efsicas, muitos homossexuais atentam contra suas

    prprias vidas.

    Lder religioso, es-prita candomble-cista, Pai Robsontem 45 anos deidade, dos quais38 anos dedica-

    dos religio. PaiRobson tem casaaberta, em Araru-ama h mais de 25anos.

    Entrevista comPai Robson

    Depois de ter sido chamada pelo premier ita-liano, de bunduda incomvel, a primeira-mi-nistra alem resolveu dar um basta! Propondouma reunio de emergncia com as mulheresdos doze mais importantes chefes de Estadode todo o mundo, reunio esta que se realizou

    menos de um ms depois, ela apresentou seuplano. As consequncias desse encontro se zeram

    sentir menos de um ano depois.Coincidentemente, todos esses pases realiza-ram eleies em datas prximas. Contrariandoos interesses polticos de seus maridos, essasmulheres lanaram-se candidatas de oposio aeles. Armadas com discursos agressivos e de-nunciando um sem-nmero de falcatruas, dasquais s elas tinham conhecimento, consegui-ram vitrias fragorosas.Depois, unindo foras e apoiadas pela maioriaesmagadora das mulheres de todo o mundo,

    criaram leis visando melhor qualic-las para o

    A GUERRA DOS SEXOSmercado de trabalho.Em troca de generosos incentivos scais, as em-presas privadas passaram a investir maciamen-te na mo-de-obra feminina, enquanto as insti-tuies pblicas eram obrigadas a substituir, decima para baixo, homens por mulheres.Por conta disso, comeou a ocorrer o desempre-go em massa de homens.

    Na maioria dos lares, independentemente dopas, as mulheres agora saiam para o trabalho,deixando seus homens em casa, cumprindo as ta-refas caseiras que, anteriormente, cabiam a elas. At que a situao alcanou o patamar do ina-ceitvel.- por causa disso que, hoje, nos reunimos aqui.Vamos queimar as nossas cuecas em praas p-blicas. Vamos fazer greve de fome... de sexo. Seelas so melhores do que ns, que se satisfaamsozinhas. Companheiros, a luta comea agora!Em todos os pases do mundo, mais ou menosneste mesmo horrio, realizavam-se reuniescomo esta. E o tempo mostrou que, apesar da

    desconana inicial dos organizadores quanto a

    fora de vontade dos homens, os resultados co-mearam a surgir.Os homens, em sua maioria esmagadora, co-mearam a rejeitar as mulheres. Da noite parao dia, como uma febre irremedivel, as boatesgays comearam a ser abertas quase que uma aolado da outra, atraindo pblico cada vez maior.Percebendo um mercado de trabalho em ascen-

    so, transmulheres (homens que mudaram desexo), cada vez mais deslumbrantes comearama invadir ruas e clubes noturnos.A primeira-ministra alem, agora, se v s voltascom um grande problema: as mulheres cansa-ram-se de ser o sexo forte, e querem retornaraos ureos tempos em que eram, apenas, obje-tos sexuais.Para piorar ainda mais as coisas, os nmerosda pesquisa internacional por ela encomendadaapontam que nem homens e nem mulheres irocomemorar vitria alguma. Dentro de pouqus-simo tempo, ser o terceiro sexo quem domina-r o mundo.

    Quem viver ver.

    por Carlos Ney

    Histrias que a vida conta

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    De

    dentro

    do

    armrio

    by PutoriusBaby

    CONCELHO COM C DE CUL-TURA: AGORA A COISA VAI...Sem qualquer pompa ou circunstn-cia, em um evento que mereceu a

    mesma divulgao dos outros tantosaqui realizados, e perante um nme-ro maior de poltronas vazias do quede pblico, foi escolhido o ConselhoMunicipal de Cultura. Dentro dosconformes do ritual democrtico, noqual a maioria presente escolhe porvotao aquilo que lhe d na telha.Com os poucos votos de alguns real-mente interessados e muitos dos re-almente interesseiros, ele passa a tera seguinte formao:J que a sorte dos eleitos est garan-tida, anal de contas eles se uniram

    para alcanar este resultado, s noscabe desejar que Deus nos ajude e

    que o capeta no nos atrapalhe. A-nal de contas, a gente no quer scomida...

    ME AJUDA A...Confesso que estou diante de umadvida cruel. No consigo respostapara uma questo fundamental: soas placas das obras da prefeitura, quese acabam logo ou so as obras daprefeitura que no acabam nunca?

    E POR FALAR EM PERGUNTASSEM RESPOSTAS...Apesar de no ter uma audincia queseja l essas coisas, o programa de r-dio comandado pelo ex-funcionriodo governo de Chiquinho do Ataca-

    do, o jornalista Arlindo Jnior (cujopassado de ativista poltico to fu-

    gaz quanto o brilho da purpurina) seapresenta como o principal reduto deoposio ao prefeito Andr Mnica.E a pergunta que ca: sendo Arlindi-nho o porta-voz do deputado MiguelJeovani (Assessor de Imprensa, pagocom dinheiro pblico), qual o inte-resse do deputado em ter um horrio

    comprado numa emissora de rdio,apenas para esculhambar o prefeito?E a segunda pergunta, j que umacoisa puxa a outra: o deputado noacha que, se o seu assessor (pagocom o dinheiro pblico) tem (almde dinheiro sobrando para bancaro aluguel do horrio) tanto tempoocioso que d at para produzir, diri-gir e apresentar um programa dirio,pode passar a impresso para o elei-tor que ambos esto gozando de f-rias remuneradas, j que, decorridosonze meses de sua eleio, o deputa-

    do ainda no mostrou servio?

    ENQUANTO ISSO...Com uma oposio de histria de faz--de-conta, em que se somando os seislderes, jamais vai se chegar a meia--dzia, a preocupao do atual prefeitodeve ser com a cor do terno da posse. Ese voc acha que isso bom para Ara-ruama, engana-se. Uma oposio inteli-

    gente fundamental para exigir aes dogoverno.Uma oposio formada por gente sria,com passado poltico e discurso respon-svel.Lamentavelmente, o contrrio daquiloque se v e principalmente se ouve por aqui.

    AJUDA O PREFEITO A...Cad os caminhes de lixo da cidade?Cad a obra que deveria estar l, cercadapelos tapumes, no Centro de Araruama?Quem gosta tanto de cone assim?

    Desse jeito, at a oposio burra - e botaburra nisso - vai ter razo.

    CURTAS & GROSSAS por Prepcio Brochado

    By Putorius BabyO JORNALISTA QUE D O FURO

    TREMENDA CACHORRADA!O que que est havendo com os cachorros de Araruama? Pasmem senhorase senhores: depois que o atual prefeito foi empossado, meio que triplicou a po-pulao canina de nossa cidade. E eles esto se sentindo donos das ruas e dascaladas. No respeitam nem os cones. Outro dia mesmo, eu agrei um, des-preocupadamente, urinando no dito cujo. o caos! Sem o acento, por favor.

    MADEEEEEEEEEEEEEEEEIRAAA!O que que est havendo com as rvores de Araruama? Pasmem senhoras esenhores: depois que o atual prefeito foi empossado, as rvores comearam acair. Pouco tempo atrs, depois de levar uma parachocada, uma delas desabousobre um veculo. E um scal da prefeitura ainda quis multar o motorista.

    Palhaada! Se as rvores no servem nem para frear os nossos carros, qual autilidade prtica delas?

    AQUI O BURACO MAIS EMBAIXO!O que que est havendo com os buracos de Araruama?Pasmem senhoras e senhores: depois que o atual prefeito foi empossado, osburacos caram ainda mais fundos. E isso no sou s eu quem diz. Existe o

    laudo tcnico de um gelogo, neste sentido e, por conta disso, estaria sendoformada, a pedido de um deputado que me pediu sigilo, uma comisso de bu-raclogos. E a pergunta que ca : para aonde est indo a terra desses buracos?

    Tem gente levando terra por baixo dos panos?

    MQUINAS PARADASEsta ningum precisou me contar. O prefeito vive dizendo que Araruama um canteiro de obras. Fala srio, prefeito. O senhor deve estar desesperado.O que o povo araruamense gostaria de ver essas mquinas trabalhando. Pas-mem senhoras e senhores: no domingo, na hora do almoo, eu passei com omeu... meu... er... no importa. No tinha nenhuma mquina trabalhando. Aeu pergunto: Geeeente, isso pooode?

    Se voc tiver alguma denncia contra a prefeitura (no precisa nem ser total-mente verdadeira) mande um e-mail para mim. Mas, ateno: se for para elo-giar o prefeito, nem se d o trabalho, que eu tenho mais o que fazer.

    [email protected]

    Nota da Redao Mustela Putorius Furo, o nome cientco do Furo, pre-dador voraz que ataca os ovos dos outros.

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    O BAIACU n 01 Novembro de 201110

    Recentemente as redes sociais davam grande des-taque a um documentrio mostrando a mudanade sexo de Chaz, a lha da cantora Cher, que, no

    ano passado decidiu tornar-se homem. Aqui, discre-tamente, um livro sobre o mesmo tema chegou sivrarias, em outubro. Viagem Solitria (EditoraLeya) o relato comovente de Joo W. Nery, pri-meira mulher a virar homem no Brasil. Em 1977,aos 27 anos, Joo, batizado de Mrcia, disse bastaaos constrangimentos que lhe eram impostos porser um homem aprisionado num corpo de mulher.No agentava mais. Procurou o mdico RobertoFarina (o primeiro cirurgio brasileiro a realizar umacirurgia de redesignao sexual), retirou tero, ov-rios e os seios que lhe causavam tanta estranheza.Adolescente, costumava esmurrar os peitos enquan-to conseguisse suportar a dor, e s deixou o hbitoquando desconou que os murros talvez estivessem

    ajudando a aument-los.

    QUEM FOI MESMO O IMBECIL QUEDISSE QUE A NATUREZA PERFEITA?Mrcia foi sempre uma criana triste e sozinha.Quanto mais o tempo passava, mais sentia vergonhado seu corpo. Na rua onde morava, no bairro de La-ranjeiras (RJ), era ridicularizada pelas outras crianas,que a chamavam de esquisita, Maria-Homem eParaba. Ento, abaixava a cabea e chorava. Porvolta dos 12 anos ouviu um aterrorizante agoravoc vai virar mocinha.- Eu queria morrer ou ser o Peter Pan conta Joo,que menstruou dois anos depois e apelidou o ciclode monstruao. Um dia me olhei nu no espe-

    ho do quarto e vi que estava tudo fora do lugar.Minha alma no se conformava em se expressar pormeio daquele monte de carne sobre o qual no tinhapodido decidir nada. Ento cuspi no espelho comose fosse o mundo.

    QUERO SER UM MENINO COMO OSOUTROSFragilizada emocionalmente, tentou fortalecer-sepraticando esportes:- Escolhi saltos ornamentais, cheguei a ser campebrasileira, claro, dentro da categoria feminina.Aos 7 anos, apaixonou-se por uma colega de turma,com jeito de ndia, mas no foi correspondido. E se

    identicou com Carlos Alberto o aluno

    empertigadinho que usava Gumex no ca-belo.- Ele virou meu dolo. Passei a usar gomano cabelo e um topete duro como o dele diz Joo, que em 1984 lanou o livro Errode Pessoa.O amor no correspondido pela indiazinhalhe mostrou o peso frustrante da realidade.Seguiram-se vrias paixes recolhidas. Comexceo de Lcia uma morena de olhosamendoados e uma pintinha do lado todas as suaspaixes foram unilaterais.- Jamais expressei minhas paixes verbalmente. Eesse sentimento de rejeio e incompreenso foise acumulando. Transformei-me literalmente nummarginal, porque vivia margem. No pertencianem ao grupo heterossexual, nem a qualquer gru-po minoritrio discriminado. No me sentia mulher

    nem homossexual. Por essa incompatibilidade daminha mente com o meu corpo, tornei-me, cada vezmais, angustiado.- Eu amava ler, fazer poemas e ouvir msica comos amigos de minha irm Leila que tinha a audciado vento no pano das velas. E nessa tentativa de sereconhecer num corpo masculino, envolveu-se comdois homens: um baiano gordinho e um estudantede Medicina que fazia poltica estudantil.- Mas no z sexo com nenhum deles.

    Com o passar do tempo, suas crises existenciais fo-ram aumentando:- s vezes, eu sonhava que tinha um pnis enormee podia fazer com ele tudo o que no era possvel

    fazer acordado diz Joo, que de todas as cirurgias,no fez a de pnis. Esta cirurgia muito compli-cada. E o resultado no bom, podendo o pacienteperder o poder de ter orgasmo.Recm formado em Psicologia, comeou a lecionarem duas faculdades e a atender em consultrio par-ticular. Mas as saias-justas continuavam.- No banheiro feminino, eu sempre era escorraa-do. Era s eu colocar o p e as mulheres gritavam:Nossa, o que isso, homem entrando. lembra Joo, contando que suas aulas eram disputadas. No sei se era a curiosidade ou porque eu era umaprofessora muito dinmica brinca o autor.A primeira vez que ouviu falar na palavra transexu-

    alismo, em meados dos anos 70, Joo estava na Eu-ropa. A esperana surgiu. E aumentou quando elevoltou ao Brasil e descobriu que havia uma equipeestudando disforia de gnero.Para realizar as cirurgias de mudana de sexo, en-frentou uma burocracia enorme. Durante dois anos,uma equipe o avaliou para saber se ele era ou noera transexual.- Tem que ter uma denio nica e seguir certi -

    nho aquilo ali para ter direito s cirurgias. No podemijar fora do penico. E depois que voc se subme-te como um cordeiro a todos os procedimentos eresponde aos questionrios mais imbecis, continuacom o nome antigo. No mudam o seu registrocivil conta o autor, que fez as cirurgias h 20 anos,antes de estarem legalizadas no pas.Para Joo que se casou quatro vezes (est com amulher atual h 14 anos) uma aberrao a mu-dana de nome no vir a reboque da cirurgia.- preciso entrar na Justia, se submeter a um exa-me mdico humilhante, tirar a roupa para o mdi-co ver se voc fez ou no as cirurgias. Enm, uma

    burocracia fantstica. Para depois cair nas mo de

    um juiz que vai decidir se voc vai ou no mudar denome. Sendo que a quase totalidade deles desconhe-ce o que transexualismo reclama.Joo recupera-se, ainda, de uma cirurgia recente. Co-locou 2 prteses no quadril (j tinha uma na coluna),em virtude do reumatismo sistmico, talvez conse-quncia da testosterona que toma regularmente, nosltimos 30 anos. E ainda sofreu um enfarte. Apesardo sofrimento, o humor permanece imbatvel. Brin-cando, diz que feminista porque conhece mais doque ningum o universo feminino.(Extrado de matrias publicadas no Caderno Ela

    O Globo de 24 -09-2011; Revista Trip 15-12-

    2009; Revista O GLOBO 17-10-2010)

    CASO VERDADEPrimeira mulher a virar homem no Brasil, conta em livro como se mutilou para se libertar

    Corpo Estranho

    C. M .G .TEIXEIRA CONVENIENCIASCNPJ:13069098000185

    Processo: 23994/2011

    Torna Pblico que requereu Secretaria Muni-cipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Araru-

    ama RJ, em 11/11/2011, a Licena ambiental,

    para Atividade Comrcio varejista de mercado-

    rias em lojas de convenincia.

    ROMILDA AUGUSTA DE OLIVEIRA POUSADACNPJ: 14.144.086/0001-30

    Processo: 23571/2011

    Torna Pblico que requereu Secretaria Muni-cipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Araru-

    ama RJ, em 08/11/2011, a Licena ambiental,

    para Atividade Penso (Alojamento).

    VIDRAARIA REAL SANTOS LTDACNPJ: 10.892.170/0001-81

    Processo: 22210/2011

    Torna Pblico que requereu Secretaria Muni-

    cipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Araru-

    ama RJ, em 17/10/2011, a Licena Ambiental,

    para Atividade Comrcio varejista de Vidros.

    DIARULA ATHELIER E CAFE COMERCIO LTDACNPJ: 11.991.865/0001-83

    Processo: 19922/2011

    Torna Pblico que requereu Secretaria Munici-

    pal de Meio Ambiente da Prefeitura de Araruama

    RJ, em 13/09/2011, a Licena ambiental,para

    atividades de Comrcio varejista de suvenires,

    bijuterias e artesanatos, Lanchonetes, casas de

    ch, de sucos e similares, Comrcio varejista deartigos de tapearia, cortinas e persianas, Taba-

    caria, Comercio varejista de artigos de armarinho.

    O BAIACUt na rede!

    FALE

    COMIGO!

    [email protected]

    www.jornalobaiacu.blogspot.com

    Rep

    roduo

    internet

  • 8/3/2019 Baiacu 1 Web Ok

    11/12

    11O BAIACU n 01Novembro de 2011

    Que que, portanto, registrado meu carinho e res-

    peito pelo autor, juntamente com minha admirao

    por sua obra, esperando que ela ultrapasse as nos-

    sas fronteiras municipais e fale de ns para as outras

    cidades uminenses. E que meu gesto de carinho e

    admirao se estenda a cada um dos nossos artis-

    tas - de todas as artes - que com seu talento e dedi-

    cao, ajudam a fazer nossa Araruama ainda mais

    linda.

    (Trecho nal da Apresentao, escrita pelo

    Prefeito Andr Mnica, includa no livro)

    Dia 9 de novembro, a Casa de Cultura de Ararua-ma reabrir suas portas para a noite de autgrafos

    do escritor Carlos Ney, que estar lanando seunovo livro de contos, o JOGO DE PALAVRAS.

    Da mesma forma que o fez, ano passado, comOS 100 CONTOS DE RIS, seu novo livro noser comercializado. Assim sendo, uma pergun-ta que se tornou padro quando o entrevistado escritor, vai precisar sofrer modicao. Como possvel viver de literatura no Brasil, se o escritorprecisa pagar para ver sua obra publicada?

    - O altssimo custo da impresso de livros invia-biliza a entrada no mercado literrio da quase to-talidade dos novos escritores brasileiros. Por noquerer correr riscos nanceiros, as editoras de

    maior porte preferem publicar os autores j con-sagrados mundialmente, enquanto as de menor

    porte atuam como grcas, editando em pequenastiragens livros sob encomenda. Sem poder contarcom a estrutura adequada (divulgao e distribui-o), as publicaes independentes tornam-se res-tritas a uma rea muito reduzida, o que, por si s,as inviabiliza comercialmente. Diante deste qua-dro perverso, as pessoas de bom senso optam porno investir tempo, sonhos e dinheiro. E quemperder com isso sero as futuras geraes de lei-tores, j que lhes ser negada a possibilidade deencantaram-se com a magia da obra de talentososescritores que, por todo o sempre, permanecerodesconhecidos.

    Alguns escritores, com suas produes inde-pendentes, persistem em publicar seus livros,

    mesmo sabendo que dicilmente alcanaro oretorno do investimento feito. Mas, no seu caso,

    Casa de Cultura reabre suas portas para o livro de Carlos Ney

    O jornalista e escritor Carlos Ney, autor do livroOS 100 CONTOS DE RIS, lanado ano pas-sado, no Teatro Municipal de Araruama, estarautografando seu novo livro de contos, JOGODE PALAVRAS, na Casa de Cultura de Araruama,no dia 09/12, s 19 horas.

    JOGO DE PALAVRAS um mosaico de cr-nicas, contos e poemas sobre os mais variadostemas, que tm em comum avontade do autor de alcanare encantar leitores de todas asfaixas de idade, independente-mente de sua classe social. Porisso, repetindo a receita, o livrono ser comercializado.Escrito em Araruama, o livro,que ter apresentao do pre-feito Andr Mnica, dever serencaminhado para as bibliotecaspblicas dos demais municpios

    uminenses, como um gesto decarinho da nossa cidade.

    LANAMENTO DO NOVO LIVRO DE CARLOS NEY RECEBIDO COM FESTA

    Carlos Ney, que reside em Araruama desde 2003, reconhecido como um dos mais respeitados co-lunistas polticos de nossa cidade, tendo inclusiveparticipado de nossa equipe, quando alm da colu-na poltica, foi redator das principais manchetes eresponsvel pelo editorial semanal deste noticioso.

    Parabns antecipado!

    O autor sendo entrevistado

    no programa do jornalistaArlindo Jnior

    Extrado do jornal A Voz de Araruama

    A DIFCIL ARTE DE JOGAR COM AS PALAVRAS

    a coisa ca ainda mais complicada, uma vez quevoc distribui seus livros. D para explicar?

    - Primeiramente deve car claro que jamais pla-nejei escrever o primeiro livro. E que, dentro des-te universo literrio, a idia de um segundo livro, mesmo para mim, um tremendo absurdo. Mastudo, no nal das contas, acaba por seguir uma

    certa lgica. Lgica esta que eu confesso apenasperceber. Tudo se inicia no processo de criao,j que ali surge a primeira dvida: por que eu es-crevo, se no vou publicar? Longe de ser um mo-mento de extremo prazer, o ato de escrever podeser angustiante e excessivamente duradouro. E,mesmo aps tantos anos, eu continuo acreditandoque no sou o nico dono de minha obra, j quemantenho as velhas dvidas sobre o dom de agru-

    par palavras e o sentido prtico de faz-lo. Ao m,tenho em mos dezenas de histrias de vidas. Oque eu farei dessas pessoas que me pediram paranascer e que precisam de mim para continuar vi-vas? Por isso eu publico, mesmo tendo que pagarto caro para faz-lo. E minha responsabilidadetermina a. Mas tem o lado bom. Apesar do custo- cada exemplar sai da editora ao preo mdio dedoze reais - eu gosto de ver a alegria no rosto dosque realmente gostam de ler, quando eu lhes pre-senteio com o meu livro. Se estivesse venda, como valor do custo triplicado, meu livro no chegariaat elas.

    Diante desta realidade, que futuro voc v para olivro, no Brasil?

    - Considerando a impresso em papel, a repeti-o do presente. Mas, infelizmente, com menosprodues independentes. Aos novos escritores

    restar o livro eletrnico, com custo de produ-o innitamente menor, e que pode ser acessadoatravs da internet. Com todos os recursos que atecnologia permite, ele tende a tornar o velho li-vro de papel uma ferramenta obsoleta. Talvez, nomundo que estamos comeando a construir, no v existir espao para a magia que mora nas p-ginas que ns manuseamos. Nem para os sonhosque elas despertam.

    Voc convidou o prefeito de Araruama, AndrMnica, para escrever a apresentao do JOGODE PALAVRAS. Por qu?

    - Porque ele o prefeito de Araruama. Assim comoo primeiro, OS 100 CONTOS DE RIS, este livrotambm foi escrito em Araruama, sendo a cidadecitada em muitos dos seus contos. Quando eu con-versei com o prefeito Andr Mnica sobre a minhainteno de convid-lo para escrever a apresenta-o, j que o livro seria um presente meu para acidade, ele sugeriu que, uma vez que no seria co-mercializado, fosse distribudo tambm para as bi-bliotecas pblicas dos demais municpios uminen-ses. E assim, mais uma vez, esta cidade demonstrasua generosidade para comigo. Quando eu pensoque, lanando aqui o meu livro, estou retribuindode alguma forma o carinho com que fui recebido

    no ano de 2003, Araruama me faz emissrio de umgesto de amor para as cidades-irms do Rio de Ja-neiro. E isto, para mim, o maior dos prmios.

    Entrevista com o escritor

    Jogo de Palavras

    Reviso Ortogrca:

    Prof. Urias BilioCapa: Clovis BrasilEditorao Eletrnica:Marcos Serpa e

    Andra BorbaProjeto Grco

    Carlos Henrique PimentelSaiba mais em:www.blogdocarlosney.blogspot.com

    Reproduo - Jornal A Voz

  • 8/3/2019 Baiacu 1 Web Ok

    12/12

    O BAIACU 01 N b d 201112

    Um aspecto bastante interessan-te da realidade social de Araru-ama , surpreendentemente, acrescente importncia do rdionos assuntos polticos que vopara a mesa do cidado, indepen-dentemente de sua classe social.

    Este processo iniciou-se a partirda decisiva ao do forasteiroChiquinho do Atacado que,apesar de tecnicamente poucoversado nos meandros da comu-nicao, demonstrou ser expertem oportunismo (a principal vir-tude do poltico), transforman-do um fusca anacrnico (umaemissora AM) em um lanadorde msseis de ltima gerao. Porcausa dele, o rdio AM virou a

    tev HD de Araruama. E para osque discordarem, cito apenas um

    NAS ONDAS DO RDIO: A TRANSFORMAO POLTICA DA NOTCIA(Carlos Ney)

    fato: a situao econmica daemissora, antes e depois. E noprecisei xeretar seus livros cont-beis para armar isso. Basta ver a

    grade de programao recheadade produes independentes(horrios alugados para ns, di-

    reta ou indiretamente, polticos).Como mdia, hoje, ela muits-simo mais importante do que osjornais locais que aqui so dis-tribudos gratuitamente para aexposio (mediante compra deespao) dos que esto, ou aspi-ram entrar na poltica.Ento, poder armar o leitor

    desavisado:- Se eu alugar um horrio garan-to minha vaga!

    Apesar de errado no raciocniosimplista, ele no estar sozinho.

    Tem muito cara diplomado emcomunicao que est apostandonisso. Anal, se deu certo com

    Chiquinho...Mas Chiquinho nico, no sen-tido de que faz o que lhe d natelha. No econmico quanto

    aos meios, quando disposto aalcanar um objetivo. Seus doismandatos atestam isso. Inteli-gentssimo poucos polticosna regio, arriscariam enfrent--lo em um debate ao vivo - elecriou o modelo de rdio queos demais, agora, tentam copiar.O sucesso, escrachando no lin-guajar e apelando para um de-nuncismo quase irresponsvel,tinha tudo para ser insucesso.

    Mas ele pagou pra ver e reverteua tendncia.

    Ao desistir de uma eleio paradeputado federal, que j se anun-ciava, ele mostrou que existiamoutros interesses, alm daquelesque to ostensivamente defen-dia.E dele cou a lio: descone do

    que voc ouve e do que l. Mas,principalmente, daqueles que di-zem brigar pelos seus interesses.Pergunte-se por qual motivo elesesto ali, pagando to caro porhorrios em programas de rdio,ou espaos nos jornais. Mais quetudo: quem eles so realmente,ou o que eram antes de calaremas gastas sandlias da humildadee do amor desinteressado pelossemelhantes. E se eles, por acaso,

    lhe oferecerem uma ma, peloamor de Deus, no aceite.

    Malto Maia Atelier antecipa o Natal mais uma vez

    Como j virou tradio emPraia Seca, aconteceu pelanona vez a abertura ocialdas festas natalinas na Regio dosLagos: em outubro, o lanamentoda coleo de Natal do Malto Maia

    Atelier apresentou o ballet A Casade Brinquedos, com a coreograade Patrcia Cardoso, que tambm in-tegrou a equipe de bailarinos, forma-da tambm por Kiko Kirnikkouwa,Camille Assis e Paula Souza, com aparticipao do msico GuilhermeMichaelsen. As imagens do espet-culo podem ser assistidas no Youtu-be, pela busca: Decorao de NatalMalto Maia Atelier 2011 e Lana-mento de Natal Malto Maia Atelier

    E a cada ano, os ar-tesos Mauro Maltoe Cludio Maia, jun-tamente sua equipe,se superam. O grande

    pblico que esteveno lanamento coumaravilhado com oque viu. A loja virauma atrao tursticaa mais em Praia Seca,onde est localizada.Bom gosto, re-quinte e inovaoeram os termos maisouvidos no local. OMalto Maia Atelier

    ca na Estrada dePraia Seca, 12793/loja - Praia Seca. Tel.(22)2661-2535

    Espetacular! Achei tudomuito bonito, diferente.

    Estou en-can tada ! o primei-ro ano quevenho, e j

    falei: que-ro voltarno ano quevem!

    A cada ano eles sesuperam! A gentepensa numa coisa,chega aqui encontracoisas muito maismaravilhosas ainda!

    fotos:ag

    ncia

    Stud

    ioLagos