Baixas Frequências

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Baixas Frequências

MARTINHO COSTA

Galeria Silvestre

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Na musica eletrónica baixas frequências, designa o conjunto de ondas sonoras que dentro do espectro

sonoro se situam no limiar da capacidade de audição do ouvido humano. Existem altifalantes dedicados

a debitar estas frequências, também designadas de sub-graves. São sons orgânicos que se sentem mais

no corpo do que nos ouvidos. O uso expressivo dos sub-graves tem já alguma tradição da musica eletró-

nica. Começando na Jamaica nos anos 60 com o Dub, passando pelo Techno e Drum and Bass dos anos

90 e mais recentemente com o que se designa por Dubstep. São texturas sonoras criadas ou recriadas

por produtores em estúdio manipulando maquinas ou reeditando material existente em softwares de

computador.

O conjunto de pinturas produzidas para esta exposição partiram todas de imagens feitas com o telemó-

vel, em pequenos percursos noturnos pela cidade. São imagens de baixa qualidade, com muito pouca

luz. Submeti depois algumas delas a um processo de reconstrução em Photoshop. Este trabalho de ree-

dição a partir do interior das imagens, foi no sentido de algum silenciamento do material original. Onde

a luz trabalhada por forma a irromper por entre os vários negros, possibilita a leitura, ampliando o mate-

rial digital para a realidade da pintura.

Esta exposição para Tarragona vem dar continuidade a esta logica recente de trabalhar fotografias mi-

nhas retiradas do real observado quotidianamente. Na ultima série de pinturas Todos os Dias Saio Por

um Caminho Diferente (2015), trabalhei a partir de imagens de uma realidade que me era muito próxi-

ma, o meu atelier dessa altura. Desta vez o referente surge de espaços nocturnos, visitados regularmen-

te. Sendo que agora antes de se transformarem em pintura, estas imagens sofrem um processo prévio de

reconfiguração em computador. Como se só através da pintura estas imagens pudessem ser finalmente

reais.

Por Baixas Frequências (bajas frequencias), en la música electrónica, se entiende el conjunto de ondas

sonoras que, dentro del espectro de sonido, están en el límite de la capacidad de audición del oído hu-

mano. Son sonidos orgánicos que se sienten más en el cuerpo que a través de los oídos.

Hay altavoces dedicados a reproducir estas frecuencias, también llamados sub graves. El uso expresivo

de sub graves ya tiene su propia tradición en la música electrónica.

Comenzando en Jamaica en los años 60 con la musica Dub, después en los 90 con el Techno y Drum

and Bass, y más recientemente, con lo que se conoce como Dubstep: texturas sonoras producidas o re-

creadas por productores en el estudio mediante la manipulación de máquinas o reedición de material

existente a través del software informático.

El conjunto de pinturas realizadas para esta exposición surge de una serie de imágenes tomadas con el

teléfono durante pequeños paseos nocturnos por la ciudad. Son imágenes de baja calidad, con muy poca

luz. Después, algunas de ellas sufren un proceso de reconstrucción en Photoshop. Este trabajo de reedi-

ción desde el interior de las imágenes nos sirve para provocar el silenciamiento de los materiales origi-

nales. Así, la luz trabajada a través de varios negros, nos posibilita la lectura, ampliando el material di-

gital para poder traducirlo a la realidad de la pintura.

Martinho Costa Fevereiro, 2016

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Galeria Silvestre, Fevereiro 2016

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Galeria Silvestre, Fevereiro 2016

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WP_20150814_22_33_23, 2015 óleo s/tela 79x59 cm

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WP_20151122_19_14_20, 2015 óleo s/tela 85x115cm

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WP_20151123_19_12_06, 2015 óleo stela 89x119cm

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WP_20151205_21_14_16, 2015 óleo s/tela 40x30cm

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WP_20151212_20_31_48, 2015 óleo s/tela 40x53cm

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WP_20151212_20_41_47, 2015 óleo s/tela 89x119cm

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WP_20151212_20_46_45, 2015 óleo s/tela 70x93cm

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WP_20151212_20_47_15, 2015 óleo s/tela 59x79cm

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WP_20151213_19_22_43, 2015 óleo s/tela 40x53cm

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WP_20151223_18_26_32, 2016 óleo s/tela 40x53cm

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WP_20160103_18_40_17, 2016 óleo s/tela 89x119cm

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WP_20160110_19_09_19, 2016 óleo s/tela 59x79cm

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WP_20160111_19_05_25, 2016 óleo s/tela 93x70cm

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MARTINHO COSTA 1977, vive e trabalha em Lisboa 2003 Master: Teoría y Práctica de las Artes Plásticas Contemporáneas - Universidad Complutense, Madrid 2002 Licenciatura em Pintura - Universidade de Lisboa, Faculdade de Bellas Artes EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS (selecção) 2015

Todos os Dias Saio Por Um Caminho Diferente, Galeria Silvestre, Madrid 2014 Unnecessary Repetition of Meaning, Galeria Silvestre, Tarragona Les Statues Meurent Aussi, Galeria 111, Lisboa 2012 Thumbnails, Galeria WHO, Lisboa 2011 O Diário de Robert Stern, Galeria 111, Lisboa e Porto 2009 Reconstrução Espaço Arte Tranquilidade, Lisboa 2008 Ruína, Galeria 111, Lisboa e Porto 2007 Poeira, Espaço Living Room, MCO, Porto Völkerwanderung, Centro de Artes de Sines, Sines EXPOSIÇÕES COLECTIVAS (Selecção) 2015 Positions, Berlin (Galeria Silvestre) Pedra – Project Room, JustMad, Madrid 2013 Entre as Margens – Representações da Engenharia na Arte Portuguesa, Museu Nacional Soares dos Reis, Porto 2012 Narrações Fragmentadas, Galeria Liebre, Madrid O Fim do Mundo, Abbaye de Neumunster, Luxembourg 2011 Fontainebleau, Feira Internacional de Arte Contemporânea – Espaço Propostas, Galeria 111, Lisboa 2010 Res Publica 1910 2010 Face a Face, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa Vestigio, Pav Júlio Matos, Lisboa 2009 A Imagem Seguinte, Espaço Arte Tranquilidade, Lisboa Em Bragança, Apontamentos de Arte Contemporânea, Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança Opcções & Futuros #4, Obras da Colecção da Fundação PLMJ, Fundação Plmj, Lisboa 2007 Balelatino, Sopro – Projecto de arte Conemporânea, Basileia Prémio Fidelidade Jovens Pintores, Culturgest, Lisboa 2006 O Espelho de Ulisses, Centro de Artes de São João da Madeira 2004 Los Parramones, Galeria Parthenon, Lisboa 2003 Exposição Máster en arte contemporáneo, Universidad Complutense,Madrid 1ª Muestra de Videocreación, Espacio ECCA, Madrid