Balada da União - Março - Abril 2011

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PROPRIEDADE: Convívios Fraternos • DireCtor e reDaCtor: P. valente De Matos • FotoCoMPosição e i MPressão: Coraze - s. t. riba-Ul - o. azeMéis • tel. 256 661460 PUbliCação biMestral - DeP. legal Nº 6711/93 - ano XXXiii - nº 307 - Março/abril 2011 • assinatUra anUal: 10 o • tirageM: 10.000 eXs. • Preço: 1 o www.conviviosfraternos.com É POR ISSO… QUE A MINHA VIDA TEM SENTIDO!... De facto, se tudo acaba com a morte e a vida por vezes se torna para nós tão “ madrasta “, tão difícil e complicada nos objectivos que sonhamos alcançar, para quê lutar contra a adversidade?!...É preferível e, talvez, mais fácil e mais cómo- do por termo à vida!!... (Continua na pág. 2 BU) MARIA NA CONSTRUÇÃO DA MINHA HISTÓRIA Ainda hoje , com 41 anos ,quando chega o mês de Maio .sinto como que uma nostalgia inexplicável, um vazio de algo que me falta, uma grande necessidade de novamente ajoelhar aos pés da imagem da Senhora, Mãe de Deus e minha Mãe, e rezar!..... (Continua na pág. 2 BU) A PROPÓSITO: OS “IDOSOS” MORREM MUITO ANTES DE MORRER… Os últimos acontecimentos mostram apenas a ponta do ice- bergue, que a “humanidade”, ou melhor, a desumanidade, “es- conde”: a morte de muitos idosos, antes mesmo de morrerem!... (Continua na pág. 3 BU) OS CONVÍVIOS-FRATERNOS CONTINUAM A SER RESPOSTA PARA OS PROBLEMAS DOS JOVENS !... Nas férias de carnaval, mais de 3 centenas de jovens quise- ram trocar as folias carnavalescas, pela participação nos 10 Con- vívios-Fraternos que se realizaram nas diversas dioceses. Esta procura de Deus pelos jovens de hoje que vivem emaranhados nesta sociedade matérialista e consumista donde parece DEUS foi afastado, é sinal de muita esperança porque certeza de que os jovens continuam a sentir necessidade de Deus como resposta para os seus problemas e sentido para a sua vida. (Continua na pág. 2,3,4 JA e 3 BU) UM EVANGELHO CREDIVEL Oferecer o Evangelho, sobretudo às novas gerações, de modo credivel e significativo ,é um desafio permanente e sempre apai- xonante para a Igreja. (Continua na pág. 4 BU) EU SOU A RESSURREIÇÃO. E UMA VEZ ELEVADO DA TERRA, ATRAIREI TODOS A MIM A Páscoa, esta ressurreição para a plenitude corpóreo- temporal, inquieta sobremaneira o meu ser. É provável que vós, como eu, seres criados e amados por Aquele que é – o Filho do Homem que é também e essencialmente o Filho de Deus, os venhais questionado sobre o mistério glorioso da Ressurreição de Cristo. Sabeis que Ele ressuscitou por nós, que nos ensinou desta maneira amorosa e sofredora da Sua paixão e morte o caminho da plenitude. Mas a que preço? O preço da Cruz. A Cruz como símbolo real do sofrimento, da mortificação do EU para a elevação do Homem Colectivo, nascido e motivado para a comunhão plena de amor com Deus. É maravilhosa a perspetiva de uma comunhão assim, de vida e amor entre Deus e os Seus filhos adotivos, resga- tados do singularismo e da divisão por Cristo. A maioria de vós que ledes este jornal jovem tiveste a experiência, para muitos talvez a primeira, da presença, no silêncio dos seus corações, de Jesus Ressuscitado. (Continua na pág. 2 BU) A TODOS OS JOVENS E CASAIS DO MOVIMENTO E A TODOS OS LEITORES DO “BALADA DA UNIÃO”, DESEJAMOS UMA PÁSCOA FELIZ EM CRISTO RESSUSCITADO” O MEU AVIVAR DE COMPROMISSO Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a res- peito da morte, para que não vos entristeçais, como os ou- tros homens que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e Ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que n’Ele morreram. Eis o que vos declara- mos, conforme a palavra de Jesus” ( 1ª Tes.4,13-14) ESTATUTO EDITORIAL Há 39 anos que “Balada da União” era publicado men- salmente e agora bimestralmente como órgão oficial da Associação de Jovens Cristãos CONVÍVIOS-FRATERNOS E DO “CENTRO SOCIAL DE APOIO A TOXICODEPEN- DENTES – CONVÍVIOS FRATERNOS II”, visando a sua formação integral. A sua publicação tem por objetivo apoiar todos os jovens, com maior incidência os que se encontram em situação de risco ou conflito social ou familiar, tais como toxicodependentes, alcoólicos e marginais, e colaborar na sua formação cultural, humana , cívica, religiosa e profissio- nal, sendo elo de união entre todos os seus associados. Não tem fins lucrativos nem comerciais mas tão somen- te pedagógicos e preventivos de situações de risco. De acordo com o nº17 da Lei da Imprensa “comprome- te-se a respeitar os princípios deontológicos de imprensa e a ética profissional, de modo a não prosseguir apenas fins comerciais nem abusar da boa fé dos seus leitores sem a deturpação da informação a que têm direito”. Para além do seu Diretor não possui corpo redatorial próprio, estando aberto à colaboração de todos os jovens, como possibilidade de experiência jornalística. A associação existe há 39 anos a nível nacional e dioce- sano bem como a nível internacional, estando registada oficialmente, por Escritura Pública de 23 de Abril de 1998, como Instituição Particular de Solidariedade Social. BRAGANÇA RUMO ÀS JMJ 2011 Caminhando no tempo, estamos a passos do grande encontro de jovens na cidade de Madrid que tem como tema “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé. ”Por isso, nesta última ca- tequese foi abordado o tema “a Esperança”. De facto, para um cristão é fundamental viver na profundidade da esperança para que possa viver o presente, projectado o olhar para o Reino fu- turo e Absoluto. (Continua na pág. 4 JA) NOTA PASTORAL DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL POR OCASIÃO DA BEATIFICAÇÃO DE JOÃO PAULO II Ao beatificar João Paulo II , a Igreja está a sublinhar certos traços de uma santidade particular,considerando que não só merece ser conhecida e admirada, como pode ser luz que guia e estimula a prosseguir nos caminhos da conversão ao amor de DEUS e do serviço aos homens e mulheres dos nossos dias. (Continua na pág. 4 BU)

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Balada da União - Março - Abril 2011

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ProPriedade: Convívios Fraternos • DireCtor e reDaCtor: P. valente De Matos • FotoCoMPosição e iMPressão: Coraze - s. t. riba-Ul - o. azeMéis • tel. 256 661460 PUbliCação biMestral - DeP. legal Nº 6711/93 - ano XXXiii - nº 307 - Março/abril 2011 • assinatUra anUal: 10 o • tirageM: 10.000 eXs. • Preço: 1 o

www.conviviosfraternos.com

É POR ISSO… QUE A MINHA VIDA TEM SENTIDO!...

De facto, se tudo acaba com a morte e a vida por vezes se torna para nós tão “ madrasta “, tão difícil e complicada nos objectivos que sonhamos alcançar, para quê lutar contra a adversidade?!...É preferível e, talvez, mais fácil e mais cómo-do por termo à vida!!...

(Continua na pág. 2 BU)

MARIA NA CONSTRUÇÃO DA MINHA HISTÓRIA

Ainda hoje , com 41 anos ,quando chega o mês de Maio .sinto como que uma nostalgia inexplicável, um vazio de algo que me falta, uma grande necessidade de novamente ajoelhar aos pés da imagem da Senhora, Mãe de Deus e minha Mãe, e rezar!.....

(Continua na pág. 2 BU)

A PROPÓSITO: OS “IDOSOS” MORREM MUITO ANTES DE

MORRER…Os últimos acontecimentos mostram apenas a ponta do ice-

bergue, que a “humanidade”, ou melhor, a desumanidade, “es-conde”: a morte de muitos idosos, antes mesmo de morrerem!...

(Continua na pág. 3 BU)

OS CONVÍVIOS-FRATERNOS CONTINUAM A SER RESPOSTA

PARA OS PROBLEMAS DOS JOVENS !...

Nas férias de carnaval, mais de 3 centenas de jovens quise-ram trocar as folias carnavalescas, pela participação nos 10 Con-vívios-Fraternos que se realizaram nas diversas dioceses. Esta procura de Deus pelos jovens de hoje que vivem emaranhados nesta sociedade matérialista e consumista donde parece DEUS foi afastado, é sinal de muita esperança porque certeza de que os jovens continuam a sentir necessidade de Deus como resposta para os seus problemas e sentido para a sua vida.

(Continua na pág. 2,3,4 JA e 3 BU)

UM EVANGELHO CREDIVELOferecer o Evangelho, sobretudo às novas gerações, de modo

credivel e significativo ,é um desafio permanente e sempre apai-xonante para a Igreja.

(Continua na pág. 4 BU)

EU SOU A RESSURREIÇÃO. E UMA VEZ ELEVADO DA TERRA,

ATRAIREI TODOS A MIMA Páscoa, esta ressurreição para a plenitude corpóreo-

temporal, inquieta sobremaneira o meu ser. É provável que vós, como eu, seres criados e amados por Aquele que é – o Filho do Homem que é também e essencialmente o Filho de Deus, os venhais questionado sobre o mistério glorioso da Ressurreição de Cristo. Sabeis que Ele ressuscitou por nós, que nos ensinou desta maneira amorosa e sofredora da Sua paixão e morte o caminho da plenitude. Mas a que preço? O preço da Cruz. A Cruz como símbolo real do sofrimento, da mortificação do EU para a elevação do Homem Colectivo, nascido e motivado para a comunhão plena de amor com Deus. É maravilhosa a perspetiva de uma comunhão assim, de vida e amor entre Deus e os Seus filhos adotivos, resga-tados do singularismo e da divisão por Cristo. A maioria de vós que ledes este jornal jovem tiveste a experiência, para muitos talvez a primeira, da presença, no silêncio dos seus corações, de Jesus Ressuscitado.

(Continua na pág. 2 BU)

A TODOS OS JOVENS E CASAIS DO MOVIMENTO E A TODOS OS LEITORES DO “BALADA DA UNIÃO”, DESEJAMOS UMA

PÁSCOA FELIZ EM CRISTO RESSUSCITADO”

O MEU AVIVAR DE COMPROMISSOIrmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a res-

peito da morte, para que não vos entristeçais, como os ou-tros homens que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e Ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que n’Ele morreram. Eis o que vos declara-mos, conforme a palavra de Jesus” ( 1ª Tes.4,13-14)

ESTATUTO EDITORIALHá 39 anos que “Balada da União” era publicado men-

salmente e agora bimestralmente como órgão oficial da Associação de Jovens Cristãos CONVÍVIOS-FRATERNOS E DO “CENTRO SOCIAL DE APOIO A TOXICODEPEN-DENTES – CONVÍVIOS FRATERNOS II”, visando a sua formação integral. A sua publicação tem por objetivo apoiar todos os jovens, com maior incidência os que se encontram em situação de risco ou conflito social ou familiar, tais como toxicodependentes, alcoólicos e marginais, e colaborar na sua formação cultural, humana , cívica, religiosa e profissio-nal, sendo elo de união entre todos os seus associados.

Não tem fins lucrativos nem comerciais mas tão somen-te pedagógicos e preventivos de situações de risco.

De acordo com o nº17 da Lei da Imprensa “comprome-te-se a respeitar os princípios deontológicos de imprensa e a ética profissional, de modo a não prosseguir apenas fins comerciais nem abusar da boa fé dos seus leitores sem a deturpação da informação a que têm direito”.

Para além do seu Diretor não possui corpo redatorial próprio, estando aberto à colaboração de todos os jovens, como possibilidade de experiência jornalística.

A associação existe há 39 anos a nível nacional e dioce-sano bem como a nível internacional, estando registada oficialmente, por Escritura Pública de 23 de Abril de 1998, como Instituição Particular de Solidariedade Social.

BRAGANÇA RUMO ÀS JMJ 2011Caminhando no tempo, estamos a passos do grande encontro

de jovens na cidade de Madrid que tem como tema “Enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé. ”Por isso, nesta última ca-tequese foi abordado o tema “a Esperança”. De facto, para um cristão é fundamental viver na profundidade da esperança para que possa viver o presente, projectado o olhar para o Reino fu-turo e Absoluto.

(Continua na pág. 4 JA)

NOTA PASTORAL DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL POR OCASIÃO DA

BEATIFICAÇÃO DE JOÃO PAULO IIAo beatificar João Paulo II , a Igreja está a sublinhar certos

traços de uma santidade particular,considerando que não só merece ser conhecida e admirada, como pode ser luz que guia e estimula a prosseguir nos caminhos da conversão ao amor de DEUS e do serviço aos homens e mulheres dos nossos dias.

(Continua na pág. 4 BU)

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Março/abril 20112

Apesar desta sociedade consumista e ma-terialista em que nascemos e vivemos nos oferecer tudo o que de comodismo e bem estar desejamos, e nos proporcionar, já em saturação, o prazer em todas as vertentes da vida procurando até apagar todas as responsabilidades éticas de muitos desvios da ordem natural apresentando-os como simples “tabus” duma sociedade moralis-ta exagerada e ultrapassada, o certo é que hoje, e mais que nunca, há muitos jovens a não encontrar um verdadeiro sentido para a sua vida e, por isso, também a não senti-rem razões válidas para viver.

É certo que na vida de hoje, que se preci-pita no tempo e numa correria incontrolada da casa para a escola ou trabalho e destes para o café, discoteca ou outros antros de prazer, o jovem não encontra um momen-to para parar e confrontar o seu modo de viver com a realidade da VIDA. E quando tal sucede, ele corre o risco de sentir uma grande angústia, uma grande insatisfação, senão um vazio profundo e, só então, no meio da sua desilusão se interroga:

- O que é que ando aqui a fazer?!...-Por ventura esta vida tem qualquer ra-

zão de ser?!...E se o jovem então não encontra uma

resposta satisfatória para esta sua incerte-za, corre o perigo de iniciar a sua angústia existencial que poderá ser tão forte que o conseguirá arrastar a uma depressão des-truidora.

Nesse momento – por que também já um dia passei – só a Fé em Deus e na Boa Nova que por Cristo Ele nos revelou, poderá ser sossego espiritual e resposta satisfatória.

De facto, se tudo acaba com a morte e a vida, por vezes, se torna para nós tão “madrasta”, tão difícil e complicada nos objectivos que sonhamos alcançar, para quê lutar contra a adversidade?!... É pre-

ferível, é mais fácil e, talvez, mais cómodo morrer…

Talvez o suicídio que acontece tantas vezes, e sobretudo com jovens, tenha aqui a sua explicação. Nenhum antes quis explicar a razão da sua tão descontrolada atitude!

Na minha vida também tenho sentido momentos de forte depressão e de profun-da angústia quando vejo desmoronarem-se, às vezes sem razões razoáveis (descul-pai o pleonasmo) e válidas, tantos castelos que sonhei construir!... É difícil não se ser influenciado e até contaminado pelo meio em que nós vivemos e pelas solicitações que continuamente nos são dirigidas!...

Mas nesses momentos difíceis e compli-cados, vem em meu auxílio a fé abanando-me o sub-consciente e garantindo-me que se esta vida é difícil e complicada, ela é tam-bém extraordinariamente passageira e que uma outra vida me está destinada na qual serei plenamente feliz e em que os meus anseios mais profundos de paz e de amor serão realidade. É esta certeza maravi-lhosa que hoje dá pleno sentido à minha vida, foi-me dada pela RESSURREIÇÃO de Cristo que quis fazer a experiência da vida humana até às últimas consequên-cias: a morte. Por isso nos afirma S.Paulo: “se Cristo não ressuscitou, então é vã a nossa Fé. Se é só para esta vida que te-mos colocado a nossa esperança, somos os mais dignos de lástima”.

“Mas não, Cristo ressuscitou dos mor-tos, como primícia dos que morreram! Com efeito, assim como por um homem veio a morte, por um homem vem a res-surreição dos mortos”.

“Pois, se os mortos não ressuscitam também Cristo não ressuscitou”, (Cof. 1ª Cor.Cap.15).

Acreditai, amigos, que tem sido esta

certeza dada pela Fé, que me tem levado a ultrapassar todos os momentos de desâni-mo que, por vezes, também me invadem.

Por isso é que eu neste momento penso que quem não tem Fé, dificilmente conse-guirá encontrar um sentido para a vida e razões válidas para lutar por ela, quando ela se torna em fardo pesado…

Vamos viver a nossa PÁSCOA, passa-gem da morte para a vida, celebração da nossa libertação, porque certeza da RES-SURREIÇÃO de Cristo. Felizes os jovens que, como eu, acreditamos nesta realidade e por ela pautamos a nossa vida!...

PÁSCOA, libertação do homem oprimi-do pela morte…; plenitude da vida con-tra a sua finidade hoje tão apregoada…; garantia da presença de Cristo vivo no meio de nós, em cada um de nós…; cer-teza de que a morte é semente de vida…; e de que a plena felicidade, por que tanto ansiamos, jamais será uma utopia!...

E é à luz desta realidade – CRISTO RESSUSCITOU, NOSSA PÁSCOA – que eu, católico, no limiar do ano 2 mil, quero viver já esta vida bela e maravilhosa que Deus me ofereceu, através dos meus pais. Gosto imenso, acreditai, de a viver, por-que nela encontrei um sentido.

Gostaria que também tu, que porventu-ra me venhas a ler, já tivesses encontrado o verdadeiro sentido para a tua vida. Se tal não aconteceu e continuas a debater-te numa vida sem sentido - se quiseres - , poderás procurar ajuda na participaçãop de um Convívio Fraterno, onde encontrei e aprendi a amar esse CRISTO RESSUS-CITADO, há 17 anos, e que jamais aban-donarei.

Que para todos nós haja PÁSCOA, haja LIBERTAÇÃO.

António Manuel do C.F.425

É POR ISSO… QUE A MINHA VIDA TEM SENTIDO!...

A crise fundamental é de Amor, claro que não há dinheiro e como diz o provér-bio, casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão. O país socialmente encontra-se a passar um autêntico calvá-rio de dúvidas, ansiedades, depressões e sofrimentos e agora com o deus-papão do FMI à porta. Os meios de comunica-ção social vomitam finanças e afins, neste momento todos já sabemos de economia e finanças e dominamos todas as siglas com que somos atormentados.

Neste tempo de desespero social, e de-sesperança moral e ética URGE, É MES-MO MUITO URGENTE que cada um de nós cristão conviva seja portador de Espe-rança.

Se há qualidade que classifique a Qua-resma, é a da Esperança, muito especial-mente nesta Quaresma de 2011. A Espe-rança que aqui refiro não é a esperança tola e balofa de um optimismo irrealista e

idealista ou de uma ideologia. A Verdadeira Esperança radica no Evan-

gelho, vive-se em Jesus o Cristo, o grande semeador de Esperança, que doou a sua vida por cada um de nós. É este o gran-de milagre de toda a humanidade; Deus que se fez Homem, por amor, se entregou à morte, venceu a morte, ressuscitou e vive é certo!

Só pela Fé se pode contemplar a Deus, só pela Fé se encontra a serenidade, o si-lêncio para não nos deixarmos perturbar pela insanidade e crueldade do mun-do. Diz Santa Teresa; “Nada te perturbe, Nada te espante Tudo passa, Só Deus não muda. A paciência Tudo alcança Quem tem a Deus, Nada lhe falta. Só Deus bas-ta.

“Encontramo-nos assim novamente diante da questão: o que podemos espe-rar? É necessária uma auto-crítica da Idade Moderna feita em diálogo com o cristianis-

mo e com a sua concepção da esperança. Neste diálogo, também os cristãos devem aprender de novo, no contexto dos seus co-nhecimentos e experiências, em que consis-te verdadeiramente a sua esperança, o que é que temos para oferecer ao mundo e, ao contrário, o que é que não podemos ofere-cer.” (Carta encíclica de Bento XVI, Spe Sal-vi, nº 22). E o Papa é incisivo: “Digamos isto de uma forma mais simples: o ser humano tem necessidade de Deus; de contrário, fica privado de Esperança” (Spe Salvi, nº 23).

A Esperança deverá ser amparada no Evangelho e na oração, bem como, parti-lhada com o próximo com quem semea-mos a vida de todos os dias. Como Cristãos convivas todos somos semeadores de Espe-rança, ao jeito de Jesus Cristo. Desejo Boas sementeiras, e já agora! Não nos preocupe-mos com as colheitas, não é para já… nem é da nossa responsabilidade.

António Silva

QUARESMA TEMPO DE ESPERANÇA PARA ULTRAPASSAR A CRISE

Cada um de nós, no dia da sua existência, vai cons-truindo a história da sua vida. Dela vamos escrevendo e passando cada dia uma página onde se retêm os mo-mentos bons e os menos agradáveis.

Da história da minha vida, a começar nas primeiras páginas, aparece Maria, a Mãe de Deus, porque desde tenra idade ela me foi apresentada como mãe espiritual, a quem devia recorrer em todos os momentos difíceis da minha caminhada.

A Avé Maria que, minha mãe, era eu ainda tenra criança, me ensinou a rezar sentado na cama e com ela ao meu lado e, no fim, a atirar um “beijo” para um qua-dro representando a Senhora das Dores, e aquela ima-gem de Nossa Senhora de Fátima que no mês de Maio, ainda hoje é colocada na sala com duas velas acesas e rodeada de flores, onde todos os dias fazíamos o Mês de Maria, gravaram-se, de tal maneira na minha mente, que é difícil ainda hoje deitar-me sem rezar aquela Avé Maria e, no mês de Maio, ao olhar para aquela imagem, não recordar o fascínio e a ternura daquele mês em que diariamente com meus pais e irmãos rezava o terço.

Infelizmente já não sinto a mesma atração, ternura e carinho para com Nossa Senhora como naquela altura da minha vida, pois, tendo-me agora mais absorvido com o material, a sensibilidade religiosa diminuiu em mim.

Ainda hoje, com 41 anos, quando chega o mês de Maio, eu sinto como que uma nostalgia inexplicável, como que um vazio de algo que me falta, como que uma grande necessidade de novamente ajoelhar aos pés da Senhora e rezar. Embora seja difícil rezar o ter-ço completo neste Mês, todavia, vou prometer a mim mesmo não deixar passar um dia sequer deste Mês de Nossa Senhora, sem d`Ela me lembrar.

E é curioso que ainda hoje nos momentos de desâ-nimo, quando me surgem graves problemas ou fortes dificuldades, é a Ela que recorro imediatamente a pedir o seu auxílio, a sua proteção, como me havia ensinado minha mãe e, acreditai, que nesses momentos, tenho sentido sempre a sua poderosa proteção.

Por isso Maria faz parte da história da minha vida porque nela, pelas mãos de minha mãe, entrou muito cedo e nela tem exercido uma influência determinante, e por isso dela jamais desaparecerá.

Amigo, experimenta também sentires o fascínio e a ternura desta mulher que entrou na história da salva-ção de todo o homem, porque escolhida desde toda a eternidade para Mãe de Deus, e que a Igreja te oferece também como tua Mãe espiritual. Experimenta acolher-te sob o seu manto maternal e torna presente na tua vida, sobretudo neste mês de Maio florido que a Igreja a ELA consagra como ROSA MÍSTICA, e verás como também nela encontrarás uma força grande nos difíceis caminhos da tua vida.

Sérgio, do C.F.415

NA CONSTRUÇÃO DA MINHA HISTÓRIA

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Suplemento Do BAlADA DA unIÃo nº 80 • mArço/ABrIl/11 • proprIeDADe DA comunIDADe terApêutIcA • n.I.p.c. 503298689

Jovens em AlertaJovens em Alertawww.conviviosfraternos.com

Com o tempo da Quaresma começa para os cris-tãos o acordar da Primavera. Na natureza já não se conseguem esconder os sinais da sua presença: das árvores de grande porte à mais singela flor tudo parece despertar da penumbra do inverno. Sentimo-nos como naquela passagem da Carta aos Hebreus, que diz: «estamos envolvidos por uma nuvem de testemunhas». De facto, o grande alvoroço de vida com que a criação, a nosso lado, se reveste, constitui um desafio que vai directo ao interior de nós. Podemos passar ao lado da Prima-vera sem reflorir?

A chave do nosso florescimento é Cristo. É Ele que permite ao Homem, sendo velho, nascer de novo. De junto do Pai, Ele envia-nos o Espírito que nos conduz à verdade plena. O Espírito desmon-ta o nosso fatalismo em relação a nós e à história, desarmando as declarações que fazemos sobre o que é impossível. Talvez achemos que não nos é possível renascer. Talvez nos pareçam impossíveis as transformações essenciais: as que nos conduzem ao perdão e ao dom, à gratuidade do amor e do serviço, ao mistério da prece e da esperança. E, con-tudo, o Espírito Daquele que morreu numa cruz e ressuscitou não deixa de proclamar o contrário. O Homem não está condenado ao peso da sua som-bra ou a um crepúsculo de cinismo e desistência. A história, atravessada pelo dinamismo do Reino de Deus, não se reduz a um monte de implacáveis cinzas. Estamos, sim, prometidos à Primavera.

O tempo da Quaresma é um grande momento de profissão de Fé e, simultaneamente, um tempo muito prático. Às portas das nossas Igrejas poderí-amos colocar uma tabuleta: «Obras em curso». A Quaresma é um estaleiro. Nesse sentido, a tradi-ção cristã oferece-nos três meios, de extraordinária simplicidade, mas de consistente verdade. Pri-meiro a oração: somos chamados a rezar, isto é, a expormo-nos a Deus sem máscaras, em atitude de acolhimento e de escuta. Depois, somos chamados ao jejum. O nosso eu facilmente se torna tirânico nas suas reivindicações, rapidamente soçobra se-questrado por uma cultura que estimula falsas ne-cessidades e apetites, frequentemente se acha mais do lado dos direitos que dos deveres. O jejum, atra-vés de gestos concretos de renúncia, contraria esta lógica e devolve-nos um salutar sentido crítico em relação ao que estamos a ser e àquilo de que nos alimentamos. Por fim, a esmola é a expressão do dom de nós mesmos, se quisermos ser discípulos Daquele que se deu até ao fim.

José Tolentino Mendonça

PODEMOS PASSAR AO LADO DA PRIMAVERA?

A história, atravessada pelo dinamismo do Reino de Deus, não se reduz a um monte de

implacáveis cinzas. Estamos, sim, prometidos à Primavera

Vou contar a minha história de vida. Nasci em Rebordões, Santa Maria, Ponte De Lima, no seio de uma família pobre mas humilde. Cresci com os meus pais e alguns tios na casa da minha avó paterna. Aos quatro anos de idade nasceu a minha irmã.

Com seis anos de idade fui para a escola primária onde estudei até à quarta classe, mas não a cheguei acabar porque os meus pais tiveram que mudar de habitação. Ainda continuei a frequentar a mesma escola, mas para continuar tinha que fazer vinte quilóme-tros de autocarro, e com isto reprovei de ano. No novo ano letivo mudei de escola, e claro, tive que fazer novos amigos.

Já no secundário aconteceu a coisa mais drástica da minha vida. Desde que me lem-bro que o meu pai bebia mas nunca pensei seriamente que ele tinha um problema com álcool. Na verdade é que tinha mesmo um grave e sério problema. Certo dia, depois de um dia de escola e de ajudar a minha mãe no campo, ao entrar em casa, a minha irmã veio ter connosco, a dizer que o nosso pai tinha escondido uma faca de cozinha numa jarra da sala. Isso foi o suficiente para nós ficarmos com medo e chamar os meus tios. Ao chega-rem a nossa casa os meus tios deram uma ta-reia ao meu pai e levaram-nos para casa dos meus avós maternos. No outro dia quando fui ajudar um dos meus tios, recebi a notícia que o meu pai tinha posto termo à vida e se tinha suicidado, (isto é uma parte da minha vida que não quero recordar).

Com treze anos acabei o 6º ano de escola-ridade obrigatória e abandonei a escola para começar a trabalhar e ajudar a minha mãe. Comecei numa fábrica de enchidos, mas, como ganhava pouco, optei por ir para a construção civil para ganhar mais para cons-truir a casa da minha mãe.

Aos dezoito anos fui para a Alemanha (Ber-lim) com mais três tios trabalhar. Foi em Ber-lim que curti a maior festa de música eletróni-ca (love parade). Estava tudo a correr normal até que num dia estava a trabalhar foi chama-do ao escritório. Quando entrei deparei com o meu tio mais velho a chorar, e dei comigo a pensar que alguma coisa tinha acontecido. Cheguei perto do meu tio e perguntei- lhe o porquê dele estar assim. Respondeu-me que o meu avô tinha falecido. Não é preciso dizer que foi um grande choque para mim.

Ainda há seis meses atrás o meu avô es-tava bem. Nesse mesmo dia apanhamos o avião para regressar a Portugal para os atos fúnebres, mas, ao fim de oito dias, acabei por regressar. Para meu espanto já não foi para mesma zona. A empresa tinha-me mudado para Stutgart. Como não gostei da zona nem

das condições, ao fim de um mês voltei para Portugal.

Quando cheguei meti na cabeça de com-prar um carro e tirar a carta de condução, o que acabei por fazer. Mas, como ia para a es-cola de carro, acabava por ir poucas vezes às aulas e, ao fim de meia dúzia de aulas, pedi o código. Não será preciso dizer que no dia de exame acabei por reprovar com quatro respostas erradas. Desisti do exame mas eu continuava a conduzir e, claro, a estourar o dinheiro que ganhei na Alemanha.

Um certo dia tive uma proposta para ir gerir um bar de alterne, o que prontamente aceitei mas, não tendo corrido lá muito bem, desisti. Já estava em casa há alguns meses sem traba-lho e a ficar sem dinheiro quando um vizi-nho me perguntou se queria ir trabalhar para Frankfurt para uma empresa de Famalicão. Como eu estava a ficar sem dinheiro, aceitei e lá fomos nós. Mal pousei as malas, o che-fe de obra perguntou se algum de nós sabia trabalhar com gruas. Como era um trabalho de risco, e eu gostava de aventuras, e sabia trabalhar ofereci-me. Tudo corria bem até ao final do mês. Já no final do mês, as coisas não correram tão bem, na parte salarial, mas pen-sava que era um atraso normal. Passaram-se dois meses, três meses, e as coisas estavam cada vez pior. Com três meses de atraso sa-larial despedi-me e regressei a Portugal sem dinheiro e mais uma vez sem trabalho.

Se já estava mal antes de ir para lá, agora fiquei pior ainda. Mas como para tudo há uma solução, continuei à procura de traba-lho, até que surgiu uma oportunidade de ir para Zurich (Suíça) trabalhar para uma em-presa de trabalhos temporários, como oficial de carpinteiro de cofragem. Como gostaram do meu desempenho acabei por assinar con-trato e ficar efetivo.

Mas como a vida é feita de coisas boas e más, e nem todos os amigos que fazemos são nossos verdadeiros amigos, e como já referi mais atrás, que gosto de correr riscos, come-ti o maior erro da minha vida, experimentar drogas. Foi esse momento lunático que me vez perder tudo. Acabei por perder o empre-

go, os amigos verdadeiros e até a vida social e voltei a Portugal.

Nos primeiros tempos fui camuflando as coisas, mas como a minha mãe é a que me-lhor me conhece, com o passar do tempo foi notando algo de estranho em mim. Minha mãe questionava-me com o que se passava, mas eu nada dizia. Pensava que conseguia controlar a situação, mas, na verdade, não conseguia e cada vez estava pior, deixando a minha mãe aflita.

A minha mãe sofria com a minha situação, ficava cada vez mais velha e eu cada vez mais enterrado na droga. Já não tinha vida, ou se tinha era só para aquilo. Não trabalhava, e só sabia que ela era minha mãe para lhe pe-dir dinheiro, mas, como tudo tem principio meio e fim e como se tinha esgotado o fim, então tive que me fazer á vida para pagar os meus vícios. Trabalhava um dia ou dois, roubava aqui e ali com os companheiros, pe-dia emprestado etc., coisa que hoje me po-nho a pensar e me arrependo. E como essa vida nos traz problemas, acabei por passar três meses na prisão por condução ilegal, sem carta. Foi ai que resolvi mudar a minha vida, juntamente com a minha mãe e uma prima. Foi ao C.A.T. (C.R.I.) e com ajuda da segurança social comecei o meu tratamento, passando quatro dias numa casa de desin-toxicação.

Foi em Vila do Conde na clínica do Outei-ro no dia 06/08/2009 que começou a minha caminhada para a recuperação. A adaptação ao grupo foi boa já ao programa foi um pou-co mais difícil, é um programa fundado no Canadá com bases num programa militar com um conceito muito forte. Um progra-ma que nos faz despertar sentimentos e nos obriga a vivê-los. Um programa que ajuda a conhecermo-nos melhor e a conhecer os outros. No fundo é um programa que nos ensina a batalhar por aquilo que queremos e acreditamos.

E foi no Outeiro que conheci a Alexandra, uma rapariga que estava em tratamento. Re-cebia e dei-lhe as boas vindas e fui-me embo-ra “pulinar”. Passei lá duas semanas quando normalmente só se ficam no máximo quatro a cinco dias. Já no final fui presenteado pelo meu bom desempenho com o cargo de “ex-peditor”. Claro que fiquei contente mas isso trazia mais empenho e mais tarefas. Ao fim de algum tempo comecei a namorar com a Alexandra às escondidas e perdi o cargo por quebrar várias regras com ela. Além disso apanhei vários castigos e foram poucos os que cumpri.

OS VÍCIOS TÊM SOMENTE COMO RECOMPENSA O ARREPENDIMENTO

continuação pág3 JA

Page 4: Balada da União - Março - Abril 2011

Numa altura marcada pelas festas carnava-lescas, aceitar o desafio para sermos nós pró-prios e retirar as máscaras, pode ser muito complicado. Mas, houve 24 jovens da Diocese de Vila Real que, sem apreensão o fizeram e aceitaram o apelo d’Ele deixando-se acolher e acolhendo-se una aos outros. Foi nos dias 5, 6 e 7 de Março, na Casa Diocesana de Vila Real, que se realizou o Convívio Fraterno 1150. Este foi um convívio marcado sobretudo pe-los pequenos toques que Ele nos foi dando ao longo dos três dias.

As dúvidas eram muitas, mas estes jovens quiseram descobrir algumas das respostas e perceberam que estas surgem na sua dispo-nibilidade e no abrir dos seus corações, pois de coração aberto, escutamos melhor e mais facilmente chegamos ao essencial que é Jesus Cristo, o único caminho.

Após a noite de acolhimento e de conhe-cimento, os dias foram preenchidos pela di-nâmica própria de um Convívio em que se privilegia a auto descoberta e a descoberta de Deus no próximo.

A alegria e a conivência foram duas das características que se fizeram notar num cres-cendo que a todos ia envolvendo, especial-mente por meio do canto que ia relembrando que só por meio de um amor humilde é pos-sível se tornar mais forte, é possível ser mais luz no meio do mundo.

Num mundo onde predomina a indife-rença perante a religião e onde se procura a alegria instantânea, é possível mostrar que

os jovens marcam a diferença e querem real-mente ter nas suas vidas o AMOR DE DEUS e assumir um compromisso responsável e co-erente perante a Igreja.

O Papa João Paulo II, numa das mensagens aos jovens por ele tão amados, dizia: “Ama-dos jovens, a Igreja precisa de testemunhas autênticas para a nova evangelização: ho-mens e mulheres cuja vida seja transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros. A Igreja precisa de santos. Todos so-mos chamados à santidade, e só os santos po-dem renovar a humanidade.”

Estes novos convivas apercebam-se da im-portância da sua contribuição para a Igreja, de que a fé se manifesta através das obras, não desprezando a oração…

Com estes três dias, em que deixámos cair as nossas máscaras e conseguimos um encon-tro mais íntimo com Deus, saímos de lá com a certeza de que é importante deixarmo-nos acolher por Deus e acolher Deus nos irmãos.

A festa de encerramento foi no Auditório do Seminário de Vila Real, e contou com a presença de convivas, familiares, amigos, sa-cerdotes e diáconos que receberam os novos convivas de uma forma bastante acolhedora. Estes, por sua vez, transmitiram a sua alegria, trocaram experiências, e o encerramento cul-minou com a Eucaristia, onde todos celebra-ram as graças concedidas.

pela Equipa Coordenadora

Paula Lage

Jovens em AlertaJovens em Alerta Março/abril 20112

Convívio Fraterno 1152 da Diocese do Porto

PortoSORRIR COMO JESUS SORRIU

Numa altura de festa como o Carnaval, 60 jovens da Diocese do Porto arriscaram partir numa verdadeira aventura de descoberta de como ser feliz… não numa folia de Carnaval que passa mas numa alegria que perdura pela vida fora e que nos faz “felizes até nos dias tristes”.

À chegada pairavam tímidos sorrisos, olhares de desconfiança, perguntas ansiosas. Uma verdadeira “multidão” de desconhe-cidos. Com o passar do tempo a “multidão” transformou-se em grupo e o grupo em ami-zade e união. Aos poucos foram descobertas as origens da verdadeira alegria, presente no valor que cada um de nós tem, no projecto de amor em que estamos inseridos, no abraço do amigo e sobretudo na descoberta do verda-deiro rosto de Jesus Cristo e da sua presença constante, próxima e amiga. Foi neste encon-tro próximo, íntimo e pessoal com Jesus que nasceu uma nova paz, serenidade e alegria que se manifestou nos muitos sorrisos rasga-dos e olhares “apaixonados” por este Jesus. Foi com Ele e na amizade uns com os outros que descobrimos o verdadeiro caminho de felicidade. E mais… descobrimos que não es-

távamos sozinhos, mas neste mesmo Amigo unidos a tantos e tantos jovens que lá fora ti-nham o seu coração posto em nós, bem como tantos e tantos jovens que ao mesmo tempo experimentavam esta mesma alegria nos res-tantes convívios por este país fora.

Foi esta alegria que transbordou nos sorri-sos, palavras e gestos durante o Encerramento que se realizou no salão paroquial de Cesar, com a presença sentida dos jovens vindos das diferentes paróquias, amigos, pais e casais con-vivas. Cada um de nós foi “evangelho” vivo, transmitindo a Boa-Nova do amor a todos os que lá estavam, com sorrisos, lágrimas, abra-ços... O encerramento terminou com a verda-deira festa da alegria sentida pela presença de Jesus vivo na Eucaristia que celebramos.

No início desta caminhada levamos con-nosco a alegria da descoberta do verdadeiro caminho de felicidade: O Amigo, o compa-nheiro das nossas vidas, Jesus. E por isso que-remos ser reflexo do seu amor… para assim podermos “Sorrir como Jesus Sorriu”

Pela Equipa Coordenadora:Hugo Cravo (CF945)

O pequeno João perguntava à sua tia, o que era o Amor.

Ela como adulta, pensou, pensou na melhor forma de lhe explicar, (pois os adultos têm a mania de complicar) e a criança sem esperar por resposta, afirmou:

- O Amor é um buraco!...

Sim um buraco… Foi assim que no dia 4, numa noite fria de Março, entravam no Centro Pastoral da Diocese de Viseu, 25 jovens, vindos das diversas paróquias, de diferentes zonas da diocese, para participarem de 5 a 7 de Março no Convívio Fraterno 1149, realizando um encon-tro consigo, com os outros e com Deus.

Vila RealUMA ExPERIÊNCIA DE ACOLHIMENTO

Convívio Fraterno 1150 da Diocese de Vila Real

ViseuPRECISO DAS TUAS MÃOS PARA AMAR…

Convívio Fraterno 1149 da Diocese de Viseu

Nestes tês dias, fomos descobrindo que o “buraco”, dos nossos corações, necessitava de ser preenchido com o verdadeiro Amor, porque Deus precisava das nossas mãos para Amar.

Entrar numa aventura de encontro connosco Próprios, com Deus e com os Outros, era o de-safio. O desafio, de sentir Deus próximo, tendo assim a oportunidade de desvendar as nossas apreensões e fragilidades, a nossa coragem de assumir a Fé.

Descobrir que mesmo sendo “tijolos”, de uma Igreja Viva, podemos parti-nos em cacos porque nos olhamos no espelho da vida, e ve-rificamos que o caminho para a felicidade tem “calhaus”, mas que este caminho se faz cami-nhando com um sorriso, que as lágrimas que derramamos podem ser Fonte de Água Viva, para saciar a nossa sede de encontrar, um Deus que nos ama, nos fortalece, mesmo perante as nossas imperfeições.

Assim tivemos a ousadia de juntar os “ca-cos”, a audácia de sonhar, de verificar que a vida só faz sentido, reconhecendo que temos um objectivo, uma missão, que é Amar, Amar até doer!...

Assim foi vivido este encontro até à noite de segunda-feira, dia 7 de Março, momento em que estes jovens, que pela primeira vez reali-zaram esta experiência, partilharam com uma

sala composta por outros que, nos vários anos de história deste Movimento dos Convívios Fraternos na nossa diocese fizeram similar ex-periência, bem como familiares e amigos, da-vam ao Auditório D. António Monteiro uma agradável moldura de alegria e entusiasmo.

O Paulo Jorge, um dos novos convivas, deu-nos este testemunho: “Deus é amor, e foi nes-se Amor que o nosso Amigo Jesus construiu a sua Igreja (de pedras vivas que somos todos nós: eu, tu, ele, ela…). Nestes 3 dias, em cada hora, em cada minuto, em cada segundo, eu senti o Amor d’Ele. Na sexta-feira e no sábado, eu pensei para comigo ‘como eles se amam’, olhando para esse amor que continua hoje, em cada conviva, desde o testemunho dos Após-tolos. Depois de Domingo e de segunda-feira, penso ‘como eu os amo’, com esse amor que-ro re-continuar a missão como cristão, amado e amando, amando-me a mim, às pessoas que me rodeiam e a Deus. Obrigado, Jesus por me chamares e estares com estes irmãos aqui, na terra que criastes para nós”

Por isso, com os “buracos” dos nossos co-rações a transbordar de Alegria, verificamos que vale apena pensar nisto, abalar para o Um grande desafio… Para onde estás olhar? È tem-po de Agir!...

Equipa Coordenadora

Page 5: Balada da União - Março - Abril 2011

Realizou-se nos dias 5, 6 e 7 de Março de 2011, no Centro Pastoral de Beja o Con-vívio Fraterno nº1151, o 46º desta diocese. Foram 19 os jovens que se colocaram a caminho de Beja, vindos de vários pontos da diocese e até mesmo de fora.

Tal como outrora, Zaqueu procurava ver Jesus, apesar da sua desconfiança, também estes jovens traziam no coração muitas dúvidas e incertezas por escla-recer. À medida que o tempo avançava cada um destes jovens, cruzando o seu olhar com o de Jesus, ia experimentando o Amor incondicional de Deus, o que os levou a abraçar esse mesmo Amor, numa atitude de confiança e abandono nas mãos do Pai.

Foi neste ambiente de Paz e Amor, re-cém-descoberto, que cada um dizia, à sua maneira: “Senhor, a ti me entrego, com todo o coração!”.

É maravilhoso poder descobrir no

rosto de cada irmão o rosto do próprio que nos fala, e convida a segui-Lo.

O encerramento realizou-se no dia 7 de Março, no salão do Centro Pastoral, onde pudemos partilhar a Boa Nova da Ressurreição de Jesus. Foi neste momen-to que os novos convivas manifestaram a alegria desta descoberta e o desejo de não apagarem das suas vidas a presen-ça do Senhor.

O ponto alto do encerramento foi a celebração da grande festa da vida, a eucaristia, presidida pelo Sr.D. António Vitalino Dantas, Bispo de Beja, e conce-lebrada por alguns padres da nossa dio-cese e um diácono.

Resta a certeza de um “4º dia” cheio de dificuldades na vivência desta expe-riência iniciada no convívio, muito con-trária ao mundo em que vivemos.

P`la Equipa Jorge Mata

Nos passados dias 5-8 de Março realizou-se, na diocese de Santarém, o Convívio Fraterno (CF) n.º 1153. A casa de retiros das irmãs de S. José de Cluny, em Torres Novas, acolheu, mais uma vez, o movimento dos CF, tendo os 14 Novos sido con-vidados a viver um tempo de encontro consigo próprios, com Deus e com os outros, ao invés de participarem na folia (muitas vezes despropor-cionada) que habitualmente caracteriza a época carnavalesca.

O número reduzido de participantes não foi um entrave à vivência da alegria da (re)descoberta do amor de Deus na vida e na pessoa de cada um, tendo-se desenvolvido um espírito de amizade e de partilha da fé em Jesus Cristo. Este Cristo, que se entregou e ressuscitou por nós, é realmente a Água Viva (Jo 4, 14) que sacia a sede dos jovens

em serem cada vez melhores; que seduz e os leva a não quererem ficar no meio termo, mas a serem comprometidos e responsáveis em cada momen-to das suas vidas, no meio dos pares, na família e na comunidade a que pertencem.

No final dos 3 dias de CF cada um dos presentes foi enviado pelo senhor bispo e desafiado a “ir pelo mundo mostrar a sua herança”, na convicção de que a verdadeira amizade em Cristo cresceu ao longo destes dias e, com ela, a importância dos verdadeiros amigos nas escolhas diárias, no meio da imensidão de propostas a que o jovem é sujeito e que tantas vezes são contrárias ao caminho que Cristo nos indica: o de amarmos como Ele nos amou, pois Ele é o Amor que nos salva e embeleza as nossas vidas.

Pelo movimento dos CF da diocese de Santarém, Joana Jorge CF 1088

Jovens em AlertaJovens em Alerta 3Março/abril 2011

Convívio Fraterno 1151 da Diocese de Beja

BejaSENHOR, A TI ME ENTREGO…

Convívio Fraterno 1153 da Diocese de Santarém

Santarém“IR PELO MUNDO MOSTRAR A SUA HERANÇA”

continuação pág1 JA

OS VÍCIOS TÊM SOMENTE COMO RECOMPENSA O ARREPENDIMENTO

Um dia, fartos de lá estar, decidimos fugir uma vez que não nos deixavam sair de livre vontade. Fomos por terras e pinhais até há paragem de metro mais próxima que nos poderia levar até ao Porto. Quando eu e a Alexandra che-gámos à cidade do Porto não tínhamos dinheiro para fazer fosse o que fosse, foi quando ela decidiu assaltar alguém na rua o que nos levou a recair e perder tudo outra vez.

Desesperados, dormimos na rua e no dia seguinte viemos pedir ajuda aos pais dela. Foi tudo muito dramático. Ainda tentei ligar para a minha mãe mas não podia voltar para casa. Foi o pai dela que no final da tarde falou com o Dire-tor da Comunidade de Santa Marinha dos Convívios-Fraternos e, graças a eles consegui dar entrada nos Convívios Fra-ternos ainda nessa noite porque não iria poder ficar lá em casa dela nessa noite.

Desde esse dia que faço um esforço por seguir um caminho mais correto, contra-riar os meus velhos hábitos da vida que “destruí”, conhecer-me melhor como pes-soa para poder vir a ser alguém na vida e poder dar um bom futuro a mim e às pes-soas que me vão acompanhar na minha vida junto a mim, apoiando-me nas coi-sas boas e nas más, como a minha família e a Alexandra. Voltei a sonhar com coisas boas no futuro e a sentir bons sentimen-tos, coisas tão básicas que eu já me tinha esquecido do que era porque as drogas sempre fizeram com que tudo fosse falso e de curta duração. Agora tenho coisas que são bem mais duradouras que são a minha dignidade, o meu amor-próprio e respeito.

“O vício tem somente como recompen-sa, o arrependimento”.

Ricardo M. Sousa

Foi no passado dia 4 de Março de 2011 que cerca de 40 jovens iniciaram, no Lar de Férias da Casa do Gaia-to na Arrábida, um Encontro que pode ter mudado as suas vidas para sempre.

O Convívio Fraterno 1146 mudará as nossas vidas se reconhecermos com quem nos encontrá-mos. O que foram todos os silêncios e as conver-sas, as alegrias e as lágrimas, as canções e as ora-ções, os novos amigos e os perdões antigos; senão sinais e testemunhos do Misterioso Encontro com Jesus Cristo nosso Salvador?

O que é o Convívio senão……Um Encontro em que nos encontrámos con-

nosco próprios, olhando-nos como Deus no olha;…Um Encontro em que nos encontrámos com o

Cristo ressuscitado;…Um Encontro em que nos encontrámos com a

Igreja onde Jesus vive e onde a nossa vida encon-tra o seu Destino!

Desse facto também nos deu testemunho o nosso bispo D. Gilberto, que ao estar presente tornou presente toda a Igreja. Esta Igreja presente no carinho e nas orações recebidas e na presença de muitos irmãos no Encerramento em Fernão Ferro, onde testemunhámos a nossa felicidade e gratidão.

Que o que encontrámos nestes dias, não nos deixe nunca e que a nossa vida seja assim sempre tão feliz e completa, na presença de Cristo Res-suscitado.

Que o Senhor nos ajude!Um forte abraço, pela equipa do 1146

Mané

SetúbalUM ENCONTRO QUE MUDOU A NOSSA VIDA

Convívio Fraterno 1146 da Diocese de Setúbal

Page 6: Balada da União - Março - Abril 2011

“Enraizados e edificados em Cristo”, tema que o Espírito Santo quis que nos guiasse du-rante os três dias do convívio numero 1148. Foi na noite de 3 de Março que se deu inicio a mais um convívio fraterno na diocese de Bra-gança - Miranda. Cerca de 36 jovens da dioce-se decidiram, durante três dias, dizer basta a uma sociedade mergulhada nos preparativos carnavalescos, como anda de resto o ano intei-ro, e dizer sim a uma verdadeira e única expe-riencia em Cristo.

Nós, jovens, temos dentro de nós uma ânsia e um profundo desejo de felicidade verdadei-ra que apenas pode ser alicerçada no único pi-lar capaz de a sustentar verdadeiramente: Je-sus Cristo. Se, realmente, este tema nos remete por um lado para raízes, aquelas que alimen-tam e sustentam as árvores, e por outro para a construção, edifícios firmemente construídos. Não é menos verdade que, a utilização dos termos no passivo, nos remete como sendo Cristo aquele que toma a iniciativa de enraizar e edificar os fiéis, ¡Haznos firmes en ti!

As nossas verdadeiras e firmes descobertas são aquelas que fazemos com o nosso coração, do qual brota uma sede de infinito que só Ele pode saciar... Durante três dias fomos impeli-dos a ouvir o nosso coração, aquilo que Deus nos diz através dele, os desafios que Ele nos lança, a como diz o Papa dos jovens, não ter medo e escancarar as portas para aquele que compreende todo o ser jovem, o nosso best friend, J.C “Não tenhais medo! Abri, ou me-

lhor, escancarai as portas para Cristo” diz o Papa João Paulo II. De facto, foi isto que acon-teceu, ESCANCARARMOS as portas a Cristo deixamo-nos enraizar e edificar por Ele. Ape-nas Ele consegue transformar as nossas inse-guranças, as nossas fragilidades, a nossa falta de estabilidade na firme certeza da felicidade onde todas as fraquezas são pontos de partida para nos enriquecermos Nele.

Toda esta experiencia de três dias se reflec-tiu no encerramento na paróquia de São Ben-to e São Francisco onde fomos acolhidos pela igreja em festa! Ali pudemos testemunhar o poder da oração, os nossos ideais e as mudan-ças que operam em nós quando nos deixamos seduzir por Ele. Esteve presente Sua Exª. Rev. D. António Montes Moreira, bispo diocesano que, com a sua presença serena e profunda, continua a acompanhar os jovens e a entusias-mar-nos a levar Jesus Cristo a todos e mudar o mundo.

Sabendo nós que “a oração não é a forma de levar Deus a fazer a nossa vontade, mas sim de Ele nos mostrar a sua”, como nos disse D. António Montes. Continuamos a rezar e pedir a inter-cepção de Maria, nossa Mãe do céu, pelo su-cesso dos resultados do 1148, que nós tenha-mos a firme certeza de que Ele vale sempre a pena e que, como diz o sr. Pe. António Maga-lhães, “as nossas raízes em Cristo, cresçam no coração e não no exterior do ser”.

Pela equipa coordenadora

Jorge Pinto, CF 1107

Jovens em AlertaJovens em Alerta4 Março/abril 2011

Convívio Fraterno 1148 da Diocese de Bragança

Convívio Fraterno 1145 da Diocese de Braga

Bragança“ENRAIzADOS E EDIfICADOS EM CRISTO”

Foi Domingo, o dia do Senhor, que os convi-vas da paróquia de S. Bento e S. Francisco esco-lheram para celebrar o lançamento do núcleo na mesma.

Como de outra forma não poderia ser, foi através da celebração da eucaristia que o nú-cleo se afirma como “agora activo”, oficial-mente a partir portanto do dia 20 de Fevereiro deste ano.

É com muito orgulho que afirmamos e agra-decemos o empenho do nosso pároco, Sr. Pe. Rufino que com a sua dedicação e disponibi-lidade nos levou a esta celebração tão especial; aos convivas do 1141 que se integraram na nossa paroquia para ajudar na animação da eucaristia; ainda ao resto dos convivas que qui-

seram mostrar o seu apoio com a sua presença e não poderíamos deixar de referir a restante comunidade que nos acolheu e felicitaram!

É com imensa alegria que vamos trabalhar para evangelizar mais jovens trabalhando pre-ferencialmente na zona geográfica englobada pela paróquia. Como diz o fundador do nosso movimento, o Sr. Padre Valente de Matos “os núcleos paroquiais são a célula base do mo-vimento” e é neste sentido que o núcleo vai funcionar, com a integração na comunidade paroquial como igreja intensificando a vida de piedade e de oração.

Pelo NúcleoCassilda Domingues CF 1031

NASCE MAIS UM NúClEO PAROqUIAl NA DIOCESE DE BRAGANçA

Foi no dia de lançamento de mais um nú-cleo paroquial do movimentos dos convívios fraternos na diocese de Bragança-Miranda que se realizou a primeira formação de preparação para as Jornadas Mundiais da Juventude 2011 a realizar em Agosto na capital espanhola.

Depois de uma manha com destaque para a eucaristia dominical com a animação dos con-vivas que englobam o núcleo de S. Bento e S. Francisco e com todos os que se quiseram jun-tar para celebrar connosco, foi ao inicio da noite que se juntaram alguns convivas para reflectir e pensar no tema da 1ª catequese proposta pelo organização das JMJ, “Deus fez-nos capazes de viver com Ele”.

Foi de forma jovem e dinâmica que o núcleo organizou assim o início desta caminhada. Du-rante perto de 80 minutos reflectimos sobre o significado do logótipo das JMJ deste ano e so-bre a história das jornadas. Neste encontro hou-ve também momentos de oração, pois acredi-tamos que a oração é a força que vence a Deus unindo-nos mais fortemente com Ele !

“Bem, eu acho muito importante estas reu-niões de preparação para as J.M.J. pois além de nos preparar a nível logístico permite-nos an-tecipar aquilo que eventualmente iremos viver, preparando-nos para tal e entrarmos desde já nesse espírito.”

Gilberto Morais CF 820

“Depois desta reunião sinto-me muito alegre e saciada desta sede de infinito! Primeiro como membro do núcleo de S. Bento que esteve na organização da catequese, ajudou-me no co-nhecimento e na aproximação dos restantes membros, pois obrigou-nos a trabalhar em equipa e como “juntos seremos mais fortes”

torna-se mais fácil esta caminhada se tivermos do nosso lado pessoas com o mesmo ideal e o mesmo farol : Jesus Cristo;

Ciente que a JMJ não decorre apenas no mês de Agosto, sei que ela terá mais qualidade e tra-rá mais frutos quanto melhor preparada for e foi através da 1ª catequese que quisemos que ao longo destes meses até à grande data, fazer o caminho de aprofundamento serio e compro-metido através da promoção de encontros de jovens, diálogo, partilha e confronto com os va-lores do evangelho.

Por outro lado e como já dizia o nosso papa bento XVI “as JMJ não é apenas um evento momentâneo, é preparada durante um longo caminho” sei que estas catequeses são verda-deiramente importantes uma vez que servem de base a uma melhor preparação espiritual e caquéctica de nós jovens. Ajudou-me particu-larmente a assimilar os objectivos das JMJ colo-cando-me em contacto tanto com o lema como com a oração proposta pelo papa”

Cassilda Domingues CF 1031

A preparação para as jornadas mundiais da juventude começou em cheio. A primeira catequese foi extraordinária. Nessa noite, ma-ravilhosamente preparada pelo núcleo de São Bento, foi o começar de um caminho, de um tri-lho rumo às jornadas mundiais da juventude. A minha (nossa) ânsia de que o mês de Agos-to chegue, cresceu. Mas não foi apenas a ânsia que cresceu, a nossa fé e o nosso amor por Jesus Cristo também. A nossa raiz irá tornar-se cada vez mais robusta e profunda para chegarmos ao essencial: o amor pleno a Jesus Cristo.

Inês Ruivo CF 1130

BRAGANÇA RUMO ÀS JMJ 2011

Guimarães, noite de sexta-feira, 4 de Mar-ço, um grupo de 21 jovens começava a dese-nhar-se para se envolver numa aventura: um encontro consigo próprio, com os outros e com Deus!

Os dias que se seguiam até ao 7 de Mar-ço era uma incerteza, mas uma pista lhes era revelada: “O essencial é invisível aos olhos”. E, assim, com a necessidade de terem um co-ração atento e disponível, lá foram vivendo o fim-de-semana prolongado, que antecede o Carnaval, para descobrirem o magnífico amor de Deus.

Durante 3 dias este grupo de jovens, foi criando laços e cada um se foi questionando, confrontando e procurando respostas para as ansiedades e dúvidas das suas vidas: respos-tas que só foram possíveis de encontrar no mais íntimo de si!

Cada um foi vivendo o Convívio-Fraterno, fazendo a sua caminhada e o regresso à “fon-te de água viva”, ao Deus de Amor que já se pressentia!

Jesus Cristo, o amigo sempre presente, o companheiro de jornada, revelou-se e a cada um abraçou e seduziu. E os jovens, com um coração aberto, deixaram-se transformar por um sopro leve e imenso que vem do Céu, por um amor suave que vem de Deus, um amor que trans-forma e alumia.

Foram três dias de uma aventura diferente, carregados de gestos e sinais que espelhavam a ternura do nosso Deus.

Terminados estes dias, com o encerramen-to em Moure, Barcelos, começa a mais bela e exigente etapa: o 4º dia! Agora é o tempo de partilhar a riqueza que recebemos.

A Equipa Coordenadora

Braga“O ESSENCIAl é INvISIvEl AOS OlHOS”

Page 7: Balada da União - Março - Abril 2011

3Março/abril 2011

Convívio Fraterno 1147 da Diocese da Guarda

O Movimento dos Convívios Fraternos da Diocese da Guarda promoveu, de 4 a 7 de Março, mais um Convívio Fraterno, este com o número 1147, contando com 30 novas parti-cipações.

Os jovens, que chegaram dos mais variados pontos da Egitânia, depressa se esqueceram do frio que se fazia sentir no sopé da Serra da Estrela e fizeram do Seminário Menor do Fun-dão, uma nova fonte de energia, na qual Cristo foi o “combustível” que não terminou!

Na verdade, foi em torno d’Ele que se (re)criou esta experiência de encontro e fortaleci-

mento da fé, que aqueceu o coração dos jovens que, às vezes, distraídos nem dão pela Sua presença na vida quotidiana.

Mais uma vez se comprovou que o “frio é psicológico”, porque quando se têm motivos para cantar, rezar e viver a comunhão, não há temperaturas baixas ou negativas antes se deixa aquecer o coração com o fogo do Es-pírito, para que se alimente a força do nosso Acreditar!

No final o desejo de recuperar cada minuto desta experiência calorosa e o compromisso de “ir pelo Mundo mostrar a herança”!

GuardaAfASTAR O fRIO COM UMA ExPERIêNCIA

CAlOROSA

O movimento dos convívios fraternos che-gou a Moçambique em 2002. Nos primeiros anos, conseguia realizar por ano dois conví-vios, no entanto, começou a enfrentar algu-mas dificuldades e teve de passar a ter ape-nas um convívio por ano, o que significava um enfraquecimento desta obra de Cristo, em terras moçambicanas. Este ano, porém, o movimento recebeu uma dádiva, pois algu-mas casas abriram as portas para acolherem

a realização dos convívios fraternos. Desse modo, com a graça de Deus, o movimento vai realizar 3 convívios fraternos, a saber: de 8 a 10 de Julho – na Paróquia São Rafeal de Chibututuine; de 9 a 11 de Dezembro, em Ressano Garcia; de 16 a 18 de Dezembro, na Casa das Irmãs Pilarinas em Maputo. Esses convívios fraternos destinam-se aos jovens da Arquidiocese de Maputo.

Chico cf. 854

A sociedade não os vê como uma valia mas como um fardo.

Em que sociedade vivemos e como vivemos em sociedade? Esta é uma das perguntas que todos nós devemos intuir. A família como cen-tro de toda a actividade e célula valorativa da vida humana tende a desaparecer.

1 - A Assembleia Geral das Nações Unidas, atenta à importância do envelhecimento à es-cala global decretou no ano de 1999, portanto há 12 anos, o Ano Internacional do Idoso. Co-memorado e celebrado por todo o universo dos homens, e pelo que nos é dado a conhecer, al-guns sectores com responsabilidades na socie-dade nesta área mudaram o seu agir, mas em Portugal, por incrível que pareça, continuam a morrer idosos sem que ninguém note pela sua falta. É o caso da senhora que morreu há 9 anos, pouco tempo depois da celebração do Ano In-ternacional do Idoso.

Ao declarar o Ano Internacional do Idoso, as Nações Unidas declararam também um con-junto de princípios que na minha perspectiva vale a pena recordar:

O primeiro é o princípio da Dignidade – os idosos ou os “seniores” como agora se chamam têm de ter as condições de vida que preservem a sua dignidade intrínseca; o segundo, é o prin-cípio da Autonomia – devem ter as condições para exercerem, em pleno, na família e na so-ciedade; o terceiro é o Desenvolvimento Pes-soal – no plano cultural, profissional e, também espiritual; o quatro é o Acesso aos Cuidados – de prevenção da doença e de promoção do bem-estar físico, psíquico e espiritual; o quinto e último é o princípio da Participação – que dá direitos aos idosos – seniores – a capacidade para intervirem sempre que o devem fazer.

2 - Como em todas faixas etárias: idosos, jovens e crianças, estes nunca são um grupo homogéneo. Em todos os estratos etários há pessoas débeis e pessoas que morrem, como também existem pessoas saudáveis e, por isso, os idosos não são um estrato etário muito dife-rente dos outros.

Na sociedade portuguesa, como sabemos, o índice de envelhecimento aumentou signifi-cativamente e alberga no seu seio mais de um

milhão e meio de idosos constituindo um estra-to social que deve ser “valorizado, respeitado e não arrumado”.

Os factos e acontecimentos recentes e noticia-dos por toda a comunicação social, apesar de isolados, dão-nos um panorama muito duro da realidade e da maneira como muitos dos nos-sos idosos são tratados, esquecidos pela família, em primeiro lugar, e depois pelas entidades res-ponsáveis que têm o dever de olhar por aqueles que no activo da sua vida ajudaram a construir o país que hoje somos.

3 - Dedicados à vida que construíram du-rante um percurso e estilo de vida, os idosos, estão presos por esses laços que não devem ser destruídos mas simplesmente acompanhados e estimulados. Deve, a família, sempre num primeiro momento, ajudar a criar um ambiente favorável à sua concretização e o Estado atra-vés das suas estruturas não podem ignorar esta realidade.

A criação de serviços de proximidade e de vizinhança, nos meios mais rurais, têm ajuda-do as pessoas idosas a permanecerem nos seus

espaços – nas suas casas – com alguma qualida-de e companhia. Contudo, muitos continuam a morrer sozinhos e sem que ninguém dê pela sua falta.

Seria útil que todos: família, instituições, go-verno, organizações de apoio aos idosos e vo-luntários reflectissem nos princípios emanados da Nações Unidas e se de facto a sua validade e pertinência tem aplicação prática para que ama-nhã como hoje não continuem a morrer idosos antes de morrer. Isto é, abandonados à sua sor-te, depois de “tanto terem dado” à sociedade que agora os esquece como se fosse apenas um fardo que é necessário eliminar.

Os últimos acontecimentos mostram apenas a ponta do icebergue que a “humanidade ou a melhor a desumanidade” esconde. A morte de muitos idosos antes mesmo de morrerem.

Já agora, penso que cada um deve pensar e reflectir sobre a sociedade em que vivemos e so-mos, e como vivemos e somos em sociedade?

Carlos Costa Gomes CF 132

A PROPóSITO: OS “IDOSOS” MORREM MUITO ANTES DE MORRER.

Portalegre - Castelo BrancoUM ECO DO AMOR DE DEUS

Entre uma chuva miúda e pequenas orações, começávamos ontem mais um encerramento no Seminário do Preciosíssimo Sangue de Proença-a-Nova, o qual acolheu o quinquagésimo quin-to Convívio Fraterno da Diocese de Portalegre - Castelo Branco, nos dias 5, 6 e 7 de Março.

Nestes três dias de encontro connosco mes-mos, de descoberta de Deus e do “arregaçar”das mangas para ir ao encontro dos outros, contou com um número humilde de novo convivas, composto por doze elementos, número este que nos traz à memória um outro grupo de há mais de dois mil anos, fazendo chegar até nós esta fé que nos deixa muitas vezes paralisados entre as incertezas e a audácia. E foi com estes sentimen-tos que arrancou este convívio, começando logo a colocar questões quando conhecemos alguém especial de bata branca, com um estetoscópio ao pescoço e uma Bíblia na mão. Depois disseram-nos que para amar temos muitas vezes que sair da nossa zona de conforto, estarmos atentos aos sinais que se cruzam no nosso caminho e deixarmo-nos arder por este amor genuíno que nos impele a viver com coragem e humildade. Mas depois falaram-nos da meta “felicidade”, revelando-nos um mundo em que as lágrimas e os sorrisos se completavam nesta busca. Ao mesmo tempo, descobrimos que nesta batalha, podemos tropeçar imensas vezes, fazendo-nos falhar o alvo daquilo que procuramos, daquilo que ansiamos e lutamos. Mas depois foi-nos

dito para não temer, pois há sempre Alguém que nos ajuda a levantar e que nos volta sempre a indicar o centro deste alvo”.

Entre esta confiança e alguns receios, ti-vemos um encontro mais íntimo com Deus, o qual nos fez voltar a voar, a sonhar, a cami-nhar e a perceber que não estamos sós; e que precisamos de ir ao encontro daqueles que se encontram esquecidos num marasmo anémi-co. Mas para isso, é preciso ter a coragem de tirar as mãos dos bolsos e enfrentarmos várias pranchas bem altas ao longo do nosso 4º dia, para mergulhar em profundidade. Contudo, encontraremos sempre novos obstáculos e até nos podem fazer caminhar em cima de cadei-ras, mas a audácia de saltar desta prancha, será sempre uma decisão nossa, uma decisão que deverá ser alcançada através da perseverança no pouco que podemos fazer, no concreto em que nos empenhamos a realizar e no possível que temos que acreditar.

Este foi um convívio muito especial que con-tou com a presença de alguns daqueles que há muito moram no nosso coração, com a despe-dida de muitos que vão continuar o seu cami-nho, com o exemplo daquele que sonhou este movimento na nossa diocese e com um grito profundo do amor de Deus de que queremos ser o eco.

Pela Equipa Coordenadora

Rui Correia

Convívio Fraterno 1145 da Diocese de Portalegre - Castelo Branco

MoçambiqueCONVÍVIOS FRATERNOS RUMO AO FUTURO

Page 8: Balada da União - Março - Abril 2011

Para que, através do anúncio credível do Evangelho, a Igreja saiba oferecer sem-pre, às novas gerações, renovadas razões de vida e esperança. (Intenção do Santo Padre – Abril)

Situação actualNão há dúvida que vivemos num

tempo confuso e de profunda crise também no seio da Igreja. Crescem no mundo a intolerância e as incertezas, a injustiça, as guerras, a violência, a pobreza, a fome. A cultura ocidental dominante está marcada pelo secula-rismo e o materialismo, que parecem não necessitar de Deus. Mas também, e talvez por isso mesmo, somos tes-temunhas de um tempo de intensa busca espiritual, por parte de muitos dos nossos contemporâneos. Há um renascer da espiritualidade e do dese-jo de Deus, mas tantas vezes buscado no lugar errado.

Os progressos da ciência e a abun-dância das coisas materiais não conse-guem responder à pergunta pelo sen-tido da vida e às necessidades mais prementes do coração humano. Hoje em dia entram no «mercado» múlti-plas ofertas religiosas que pretendem oferecer respostas ao vazio existencial de quem não quer um mundo sem Deus.

Oferecer o Evangelho, sobretudo às novas gerações, de modo credível e significativo, é um desafio permanente e sempre apaixonante para a Igreja.

Necessidade da esperançaTodos nos damos conta da necessi-

dade de esperança, não de qualquer esperança mas de uma esperança firme e credível. Em particular, a juventude é tempo de esperanças, porque olha para o futuro com muitas expectati-vas. Quando se é jovem alimentam-se ideais, sonhos e projectos; a juventude é o tempo em que amadurecem op-ções decisivas para o resto da vida.

Mas a crise de esperança é também mais forte nas jovens gerações que, em contextos sócio-culturais em que faltam certezas, valores e pontos de referência sólidos, têm que afrontar dificuldades que parecem superiores às suas forças. Por isso, para muitos a única saída que se apresenta possí-vel é a fuga alienante para comporta-mentos perigosos e violentos, para a dependência da droga e do álcool e outras formas de falsa solução. Ape-sar de muitos jovens se encontrarem

em situações penosas, não se apaga neles o desejo do verdadeiro amor e da autêntica felicidade.

E por isso nunca deixam de aflorar as perguntas de fundo, tais como: Por-que estou no mundo? Que sentido tem viver? Que será da minha vida? Como al-cançar a felicidade? Porquê o sofrimento, a doença e a morte?

Perguntas que são angustiantes quando os jovens têm que enfrentar obstáculos que às vezes parecem in-superáveis: dificuldades para estudar, falta de trabalho, incompreensões da família, crise nas relações de amizade e na construção de um projecto de ca-samento, doenças ou incapacidades, carência de recursos adequados por causa da actual e generalizada crise económica e social.

Em busca da verdadeira esperançaA experiência mostra que as quali-

dades pessoais e os bens materiais não são suficientes para assegurar aquela esperança que a alma humana busca constantemente. Como escreveu o ac-tual Papa na encíclica Spe salvi, a po-lítica, a ciência, a técnica, a economia e qualquer outro recurso material, por si sós não são suficientes para ofere-cer a grande esperança a que todos aspiramos. Esta esperança «só pode ser Deus que abraça o universo e que nos pode propor e dar aquilo que só por nós não po-demos alcançar» (n. 31).

Para S. Paulo, a esperança não é só um ideal ou sentimento, mas uma pessoa viva: Jesus Cristo, o Filho de Deus. Impregnado profundamente por esta certeza, poderá dizer a Ti-móteo: «Pusemos a nossa esperança no Deus vivo» (1 Tm 4, 10). O «Deus vivo» é Cristo ressuscitado e presente no mundo. Ele é a verdadeira esperan-ça: Cristo que vive connosco e em nós, e nos chama a participar da sua mes-ma vida eterna. Se não estamos sós, se Ele está connosco, se Ele é o nosso pre-sente e o nosso futuro, porque temer? A esperança do cristão consiste, por-tanto, «em aspirar ao reino dos Céus e à vida eterna como nossa felicidade, pondo a nossa confiança nas promes-sas de Cristo e apoiando-nos não nas nossas forças, mas nos auxílios da gra-ça do Espírito Santo» (Catecismo da Igreja Católica, 1817).

Vivemos um momento histórico que constitui uma oportunidade para a Igreja e para o Apostolado da Oração.

Queremos aproveitar a nos-sa rica tradição espiritual, os Padres da Igreja, os Padres do deserto, os místicos de todos os tempos para dar uma resposta aos nossos contemporâneos. Existe a necessidade de Deus e nós encontrámos o tesouro es-condido.

Queremos e devemos anun-ciá-lo, em primeiro lugar a par-tir do nosso testemunho, dizen-do aos outros aquilo que nós descobrimos. Como afirmou João Paulo II: «Hoje as pessoas acreditam mais em testemunhas que em professores… na vida e nos factos que em teorias».

António Coelho, s.j.

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Março/abril 2011

Em Nota Pastoral, de que pu-blicamos parte, a conferência Episcopal Portuguesa convida os cristãos a associar-se à co-memoração, a nível nacional da beatificação do Papa João Paulo II, que terá lugar em Fátima no próximo dia 13 de Maio.

1. Os santos actualizam o Evangelho

No próximo dia 1 de Maio, a Igreja vai beatificar o Papa João Paulo II. A beatificação de al-guém é a celebração agradecida pela vida e testemunho cristãos de um homem ou de uma mu-lher, proclamando a sua virtu-de e oficializando o seu culto público. Reconhecido o seu alto grau de santidade, isto é, prova-das as suas «virtudes heróicas» e confirmadas por um milagre, a pessoa beatificada é proposta à veneração dos crentes como modelo, estímulo e intercessora junto de Deus.

Só Deus é verdadeiramente Santo. Mas todos os baptizados tornam-se «santos», como com toda naturalidade lhes chama S. Paulo nas suas cartas, por parti-cipação na vida e santidade de Cristo. No amor e na fidelidade ao Espírito Santo e à missão re-cebida da Igreja, a santidade ori-ginal reflecte-se na santidade de carácter moral, que é um cami-nho feito de entrega e aperfeiço-amento espiritual no serviço de Deus e do próximo. É essa san-tidade que a Igreja, tantas vezes ao longo dos séculos, propõe aos contemporâneos e vindouros, como testemunho de qualidade humana e desafio de crescimen-to, como nos recorda o Concílio Vaticano II: «Todos os cristãos são chamados à santidade e

obrigados a tender à perfeição do próprio estado de vida» (LG, 42). O viver cristão é um caminho de perfeição, que leva à felicidade verdadeira.

Cada santo, a seu modo e no seu tempo, distingue-se pelo grau elevado da sua comunhão pessoal com Cristo, que se reve-la sempre de um modo único e diferente, conforme os carismas e caminhos próprios com que respondeu à graça e aos sinais dos tempos.

Ao beatificar João Paulo II, a Igreja está a sublinhar certos tra-ços de uma santidade particular, considerando que não só merece ser conhecida e admirada, como pode ser luz que guia e estimu-la a prosseguir nos caminhos da conversão ao amor de Deus e do serviço aos homens e mulheres dos nossos dias.

…2. Santidade: graça e liber-

dade em diálogo…A beatificação do Papa João

Paulo II é um chamamento e

uma oferta que a Igreja faz a todos os homens e mulheres de boa vontade. Somos convidados a dar graças a Deus pela vida e acção deste Papa, por todo o bem e estímulo que nos continua a transmitir pelo seu exemplo e intercessão.

Somos também convidados a agradecer e a acolher a bondade de Deus que, mais uma vez, se revela atento às nossas neces-sidades e alegrias, tristezas e esperanças, suscitando sempre, no momento certo, pessoas dis-poníveis a apontar, de forma renovada, Jesus Cristo, caminho seguro, verdade luminosa e vida abundante.

Para além das iniciativas que as diversas comunidades cristãs acharem por bem promover, os Bispos portugueses convidam os fiéis a associar-se à comemo-ração, a nível nacional, da Bea-tificação do Papa João Paulo II, que terá lugar em Fátima, no próximo dia 13 de Maio.

João Paulo II cultivou uma devoção autenticamente cristã a Nossa Senhora, tornando vida a sua divisa episcopal: «Totus tuus. Todo teu. Tudo o que tenho vos pertence. Sois todo o meu bem. Dai-me o vosso coração». É con-siderado o Papa de Fátima, que um ano depois do atentado na Praça de S. Pedro, em Roma, a 13 de Maio de 1981, veio à Cova da Iria agradecer à Rainha da Paz o ter providencialmente so-brevivido.

Que Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja, nos inspire a progre-dir nos caminhos da santidade, a que Deus nos chama na vida comum do nosso quotidiano.

Fátima, 14 de Março de 2011

NOTA PASTORAL DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA POR

OCASIÃO DA BEATIFICAÇÃO DO PAPA JOÃO PAULO II

Os convivas da diocese do Por-to dinamizaram, no dia 2 de Abril, um Convívio Animação para Jo-vens e Casais Convivas, onde se viveu uma reflexão Quaresmal com a realização da Via-sacra, a qual ocorreu na paróquia de For-nos (Santa Maria da Feira).

Esta actividade envolve vários núcleos convivas da diocese, em que cada núcleo é responsabili-

zado por uma estação, tendo que realizar uma encenação de acor-do com o texto distribuído. A Jor-nada nocturna da Via-sacra pelas ruas de Fornos, foi um tempo de oração e de recolhimento, mui-to proveitoso para os que acei-taram o convite radical de fazer o caminho e aceitar o convite de Jesus para o Amor.

A história não acaba com a

morte de Jesus, mas é reinventa-da ao jeito de Jesus ressuscita-do. Após a décima quarta es-tação da Via-sacra celebramos a Eucaristia. Este conjunto de celebrações auxiliam-nos a ser melhor e a vivermos com a dig-nidade de Filho de Deus.

Actividades deste tipo são um meio óptimo de evangelização e de encontro.

vIA-SACRA CONvIvA

UM EVANGELHO CREDÍVEL