Balanced scorecard: caso prático da “empresa” Just4Life

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Janeiro de 2014 | “Balanced scorecard: caso prático da “empresa” Just4Life”, no âmbito da unidade curricular de Contabilidade, Controlo Orçamental e Auditoria do Mestrado em Economia e Administração de Empresas da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Autor: Cláudio Carvalho. Avaliação: 15 em 20 valores.

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Mestrado em Economia e Administração de Empresas 

Contabilidade, Controlo Orçamental e Auditoria 

 

  

 

Balanced scorecard: caso prático da "empresa" Just4Life 

 

  

 

 

Cláudio Carvalho ‐ n.º mecanográfico 200500442 

 

 

 

 

 

Porto, janeiro de 2014 

   

 

 

 

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Índice 

   

Índice ................................................................................................................................................... 2 

Introdução ........................................................................................................................................... 3 

Propósito e perfil da empresa ............................................................................................................. 3 

Missão ................................................................................................................................................. 5 

Visão (quantificada) ............................................................................................................................ 5 

Valores ................................................................................................................................................. 5 

Mapa estratégico ................................................................................................................................ 6 

Perspetiva financeira ....................................................................................................................... 6 

Perspetiva de clientes ..................................................................................................................... 6 

Perspetiva dos processos internos .................................................................................................. 8 

Perspetiva de aprendizagem e crescimento ................................................................................... 9 

Estudo dos indicadores‐chave ........................................................................................................... 12 

Referências bibliográficas ................................................................................................................. 14 

 

   

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Introdução 

Para a realização deste trabalho da unidade curricular de Contabilidade, Controlo Orçamental 

e Auditoria respeitante ao Mestrado em Economia e Administração de Empresas da Faculdade de 

Economia  da  Universidade  do  Porto  e  considerando  a  formação  de  1º  ciclo  do  autor  (i.e. 

Licenciatura em Ciências de Engenharia – perfil de Engenharia Alimentar), assim como o âmbito 

das duas formações de 2º ciclo que este se encontra atualmente a frequentar ‐ o mestrado onde 

está  integrada esta unidade curricular e outro mestrado em ciências do consumo e nutrição da 

Faculdade  de  Ciências  da  Universidade  do  Porto  e  da  Faculdade  de  Ciências  da  Nutrição  e 

Alimentação da Universidade do Porto  ‐, tomou‐se como objeto de estudo uma empresa  fictícia 

ou que se pretende criar e que se supõe vir a atuar no setor agroalimentar. De seguida, expõe‐se 

uma  apresentação  sintética  respeitante  ao  propósito  e  perfil  desta  “empresa”,  assim  como 

(outros)  elementos  da  estratégia  da mesma  que  permitirão  conceptualizar  e  contextualizar  o 

trabalho. O elemento central deste trabalho é respeitante à construção do balanced scorecard  e à 

seleção dos indicadores‐chave desenvolvidos na segunda parte do trabalho disposto.  

 

Propósito e perfil da empresa 

A população ocidental, em particular, sofre graves problemas de saúde associados direta ou 

indiretamente às suas dietas alimentares, entre os quais excesso de peso ou obesidade e, ainda 

problemas  derivados  dos  dois  primeiros  como:  problemas  cardiovasculares,  nervosos,  ósseos, 

gastrointestinais, metabólicos, entre outros. Segundo o "Health at a Glance 2012"  (OCDE 2012), 

52% da população adulta da União Europeia a 27 países  (UE27)  tem excesso de peso e, destas, 

17% é obesa. Assim,  a prevalência de excesso de peso ou de obesidade excede os 50% em 18 

países  da UE27,  sendo  as  causas muito  variadas,  todavia  destacando‐se  o  excesso  de  ingestão 

calórica (relativamente ao dispêndio) e a falta de atividade física, seguindo‐se a influência genética 

e problemas do foro endócrino. Concomitantemente, de uma forma polarizada, as preocupações 

com a otimização desportiva e a preocupação com o bem‐estar geral são cada vez mais relevantes 

no mundo ocidental. Todavia, a questão das causas e consequências surge em espiral, visto que 

não é fácil conciliar hábitos de vida saudável com as exigências crescentes da vida laboral e social 

do quotidiano, principalmente por escassez de tempo, pressões de contexto económico‐financeiro 

e/ou exigências aliadas à necessidade de uma maior comodidade. Aliado a estas matérias, surgem 

as estratégias publicitárias agressivas e  cada  vez mais  sofisticadas e as dúvidas  suscitadas pelas 

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assimetrias  de  informação,  sobretudo  referentes  à  composição  nutricional  e microbiológica  de 

cada produto  alimentar,  entre empresas e  consumidores. Neste  sentido, no entender do  autor 

deste trabalho, há que dar resposta a estes problemas e necessidades e procurar corresponder ao 

aumento  das  expetativas  e  da  exigência  dos  consumidores,  criando‐se  uma  rede  de  serviços 

integrados  no  setor  nutricional,  dietético  e  agroalimentar.  Assim,  pragmaticamente,  esta 

“empresa” perspetiva a criação, inicialmente, de quatro serviços: 

Consultoria  e  formação  –  Esta  empresa  estará  disponível  para  prestar  serviços  de 

consultoria  e  de  formação  diretamente  nos  estabelecimentos  de  entidades 

empresariais  ou  sociais,  nos  âmbitos  de  atuação  da  empresa,  isto  é  em  nutrição, 

dietética e no setor agroalimentar. 

Consultas de nutrição e dietética online ‐ Aconselhamento e orientação nutricional, 

através  de  consultas  de  nutrição  e  dietética  online  por  via  sistema  de 

videoconferência, preferencialmente. 

Loja online de suplementos nutricionais e dietéticos e de material desportivo ‐ Loja 

online  para  venda  de  suplementos  nutricionais/dietéticos  e  material  desportivo 

especializado. 

Aplicação móvel Vita Harmony – Proceder‐se‐á à venda, por  intermédio de  licença, 

de uma aplicação online e móvel de gestão calórica/nutricional/dietética/alimentar. 

Esta aplicação possibilitará aos consumidores contabilizarem o seu consumo calórico 

diário, a tipologia nutricional do seu consumo (i.e. distribuição macronutricional) e a 

verificação  do  cumprimento  (ou  não  cumprimento)  do  seu  programa 

alimentar/nutricional personalizado, prevendo‐se  a  integração  desta  aplicação  com 

dados  relativos  à  sua  composição  corporal  (i.e.  registos de balança de medição de 

peso comerciais ou em balanças específicas de bioimpedância) e aos gastos calóricos 

por  via  de  atividade  física.  Pretende‐se,  também,  que  a  aplicação  possibilite  a 

contabilização calórica (estimada) dos produtos alimentares e nutricionais que se vão 

comprando,  através  de  uma  foto  individual  a  cada  um  dos  produtos  em  causa. 

Mediante cada uma das fotos e dependendo dos objetivos do consumidor, pretende‐

se  que  a  aplicação  sugira  diferentes  tipos de  receitas  alimentares mais  adequadas 

para o estrito cumprimento dos objetivos do consumidor. 

Tendo em conta o exposto, pretende‐se criar um organismo com uma missão e um impacto 

primário no mercado de caráter económico, ou seja um organismo tradicional ou comercial (Neck 

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et al. 2009). Não obstante, prevemos que exista um  impacto secundário no mercado de caráter 

social. A  estratégia  sumária  será  apresentada,  de  seguida,  sendo  primeiro  destacada  a missão, 

depois a visão quantificada e, posteriormente, os valores que a empresa procurará incutir. 

 

Missão 

Recorrendo  a  tecnologias  de  informação  e  de  comunicação  avançadas  e  a  uma  cultura 

permanente  de  inovação,  pretendemos  oferecer  uma  rede  de  serviços  integrados  no  setor 

agroalimentar,  nutricional  e  dietético,  para  procurar  responder  às  necessidades  específicas  das 

pessoas que  se preocupam  com o  seu bem‐estar e  saúde e,  concomitantemente,  criando valor 

para os acionistas/sócios. 

 

Visão (quantificada) 

Ajudar a melhorar o bem‐estar e a saúde da população, destacando‐nos como uma entidade 

de  referência em matéria de  inovação  tecnológica e no  relacionamento próximo e de confiança 

com  qualquer  pessoa  que  nos  tenha  como  sua  preferência.  Consequentemente,  pretende‐se 

alcançar um volume de negócios mínimo de 500 mil euros/ano no prazo máximo de 5 anos. 

 

Valores   

Dedicação no trabalho e foco na tentativa de alcançar a excelência qualitativa dos nossos 

serviços e produtos comercializados. 

Personalização,  flexibilidade,  proximidade,  confiança  mútua  e  lealdade,  procurando 

corresponder às exigências específicas de cada elemento do nosso público‐alvo. 

Solidariedade e humanismo, os valores essenciais para a edificação de um compromisso 

sério e sistemático com a responsabilidade social. 

 

   

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Mapa estratégico 

O  balanced  scorecard  é  um  instrumento  importante  que  permite  traduzir  a  estratégia 

organizacional num "conjunto de medidas de desempenho que providenciam a estrutura para um 

sistema  de medição  e  gestão  estratégica"  (Kaplan  e Norton  1996:2),  não  se  limitando  à  típica 

perspetiva tradicional financeira e que se baseia no histórico mas englobando medidas de vetores 

estratégicos  e,  também,  num  âmbito  temporal mais  vocacionado  para  o médio  e  longo  prazo 

(Kaplan e Norton 1996:7‐8 e Neves et al. 2011:258). Neste sentido, de seguida apresenta‐se uma 

análise descritiva do mapa estratégico que poderá ser consultado no final deste ponto. São, assim, 

abordadas  as quatro perspetivas – perspetiva  financeira, perspetiva de  clientes, perspetiva dos 

processos internos e a perspetiva de aprendizagem e crescimento – e dispostas de acordo com a 

priorização que é  feita. Consequentemente, a  sua disposição é análoga à maioria das empresas 

privadas,  aparecendo  a  perspetiva  financeira  no  topo  e  seguindo‐se  as  demais  na  ordem 

anteriormente elencada. 

 

Perspetiva financeira   

Os  principais  interessados  no  sucesso  da  empresa  são  os  sócios  acionistas,  pelo  que  é 

relevante dar‐se  importância à defesa dos  seus  interesses  (Neves et al. 2011:269) e, em última 

instância, o sucesso no desempenho financeiro de uma empresa indica a adequação da estratégia, 

da  implementação  e  da  respetiva  execução  da mesma  (Kaplan  e  Norton  1996:25‐26).  Assim, 

definiu‐se como objetivo final da empresa o de criar valor para os seus sócios e a abordagem para 

alcançar este objetivo final que se adotou é a de fazer crescer o volume de negócios. Veremos, de 

seguida, na perspetiva de clientes como alcançar estes objetivos.  

 

Perspetiva de clientes   

Nesta perspetiva, temos um nível superior e inferior, sendo que os objetivos que constam do 

primeiro nível são relativos à consequência da estratégia implementada e os do segundo nível são 

relativos à proposta de valor inerente à empresa e este nível consagra os atributos dos produtos e 

serviços comercializados, a relação com o cliente e a respetiva imagem. 

 

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Ao nível dos  resultados, destacam‐se  três objetivos, que  se espera que  tenham  reflexo na 

perspetiva  financeira  que  são:  (i)  satisfazer  os  clientes;  (ii)  reter  os  clientes;  e,  finalmente,  (iii) 

conquistar novos clientes. 

 

Ao nível das  induções, os objetivos definidos nos atributos são: (i) proporcionar aos clientes 

produtos e serviços de excelência qualitativa; e (ii) produtos e serviços seguros. Ao nível da relação 

com o cliente foram definidos, por sua vez, dois objetivos: (i) resposta rápida a solicitações; e (ii) 

estabelecer uma relação personalizada e de confiança com os clientes. Enquanto que, por último, 

ao nível da imagem se objetiva ter uma imagem de marca que promove hábitos de vida saudável.  

A  satisfação dos  clientes  será  induzida pelos produtos e  serviços de  excelência qualitativa, 

pelos produtos e serviços seguros, pela resposta rápida a solicitações e pela relação personalizada 

e de confiança. A retenção ou fidelização de clientes será, por sua vez, induzida pelo fornecimento 

de serviços e produtos de excelência qualitativa, assim como seguros e, concomitantemente pela 

resposta  rápida  a  solicitações  dos  clientes  e  pela  relação  personalizada  e  de  confiança  que  se 

pretende estabelecer. A  conquista ou  atração de novos  clientes  será alcançada pelos  seguintes 

objetivos  da  proposta  de  valor:  serviços  e  produtos  de  excelência  qualitativa;  relação 

personalizada e de confiança; imagem de marca que promova hábitos de vida saudável. 

 

Estes objetivos estão devidamente alinhados com o público‐alvo dos respetivos serviços, que 

são: 

‐ Pessoas com problemas de obesidade ou com distúrbios alimentares. 

‐ Praticantes de desporto. 

‐ Pessoas preocupadas, em geral, com o seu bem‐estar e saúde. 

‐ Classe média ou classe alta. 

Ao  nível  geográfico  definiu‐se,  inicialmente,  o  mercado  nacional.  Tal  deve‐se,  ao  maior 

conhecimento  do mercado  em  causa,  assim  como  por  necessidade  de  se  conhecer melhor  as 

exigências jurídico‐legais na distribuição destes produtos e serviços para outros mercados (a título 

de  exemplo,  o mercado  brasileiro  que  poderia  ser  atrativo  do  ponto  de  vista  de  prestação  de 

consultas online não é, nesta fase, uma possibilidade porque o Código de Ética dos Nutricionistas 

proíbe essa prática).  

 

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A tabela abaixo resume os objetivos estratégicos que constam também do mapa estratégico 

na perspetiva de clientes: 

Objetivos Estratégicos 

Satisfazer clientes 

Reter clientes 

Conquistar novos clientes 

Proposta de Valor 

AtributosProdutos e serviços de excelência qualitativa 

Produtos e serviços seguros 

Relação Resposta rápida a solicitações 

Relação personalizada e de confiança 

Imagem  Imagem de marca que promove hábitos de vida saudável 

 

 

Perspetiva dos processos internos 

Aqui  apresenta‐se  a  perspetiva  dos  processos  internos  que  consubstancia,  neste  caso,  a 

forma como se pragmatiza a proposta de valor. Considerando que a empresa ainda será lançada e 

que o enfoque é, naturalmente, dado ao crescimento de mercado ao  invés da produtividade (na 

perspetiva  financeira), não se aborda aqui o melhoramento dos processos para se  reduzirem os 

custos. Assim, consideram‐se (apenas) os quatro processos internos: (i) o de gestão de operações; 

(ii) o de gestão de clientes; (iii) os processos de inovação; e, em último, (iv) os processos sociais e 

de regulação.  

   

Para  se  prestarem  produtos  e  serviços  de  qualidade  e  seguros,  ao  nível  da  gestão  de 

operações,  tem‐se  como  objetivo  estratégico  “assegurar‐se  o  cumprimento  das  normas  de 

qualidade e segurança”.  

Ao nível da gestão de clientes o objetivo estratégico definido foi o do “apoio e prestação just‐

in‐time”, que poderá  ser eventualmente  alcançado por  intermédio de  apoio  informático ou  via 

telefónica 24 horas por dia durante 7 dias por semana e rápida disponibilização de produto(s) e 

serviço(s). O apoio just‐in‐time visa, assim, pragmatizar os objetivos ‐ na perspetiva de clientes ‐ da 

resposta  rápida a solicitações e uma  relação personalizada e de confiança. Concomitantemente, 

também  tem  influência na perceção de qualidade,  sobretudo, dos  serviços prestados  (Kaplan e 

Norton 1996:88). 

Nos  processos  da  inovação  visa‐se  os  indutores  que  são:  (i)  o  desenvolvimento  de  novos 

produtos e serviços; e  (ii) a comunicação do desenvolvimento destes novos produtos e serviços. 

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Ambos procuram induzir, serviços e produtos de excelência qualitativa. Especificamente quanto a 

este  último  ponto  da  comunicação,  importa  referir  que  se  perspetiva  uma  forte  política  de 

comunicação,  ilustrada  por  uma marcada  presença  na  internet,  através  de  um  website  e  em 

determinadas  redes  sociais,  onde  difundir‐se‐á  notícias  associadas  a  nutrição  e  dietética. 

Concomitantemente,  pretende  distribuir‐se  flyers  em  ginásios  e  centros  de  fitness  parceiros. 

Pensar‐se‐á, numa segunda fase, no lançamento de um programa de rádio na região do Porto que 

será  difundido  livremente,  também,  sob  a  forma  de  podcast.  A  estratégia  de  comunicação 

associada especificamente à aplicação móvel abrange publicidade paga em redes sociais onde os 

jovens se  insiram, cartazes e folhetos distribuídos em  instituições do ensino secundário e ensino 

superior e publicidade em publicações dirigidas aos estudantes dos mesmos níveis de ensino.  

Finalmente,  ao  nível  dos  processos  sociais  e  de  regulação,  pretende‐se  assegurar  o 

envolvimento com a comunidade e desta com as questões nutricionais, dietéticas e alimentares. 

Tal  pode  revestir‐se,  por  exemplo,  através  da  implementação  de  programas  de  educação 

nutricional,  recorrendo‐se a  recursos  financeiros existentes, para que assim  se desenvolva uma 

imagem de marca que promove hábitos de vida  saudável e  tal  seja efetivamente percecionado 

pelo público‐alvo da marca.  

 

A tabela abaixo resume os objetivos estratégicos que constam também do mapa estratégico 

na perspetiva dos processos internos: 

Objetivos Estratégico 

Gestão de operações 

Assegurar cumprimento de normas de Q&S 

Gestão de clientes 

Apoio e prestação just‐in‐time 

Processos de inovação 

Desenvolvimento de novos produtos e serviços 

Comunicação de desenvolvimento de novos produtos e serviços 

Processos sociais e de regulação 

Assegurar envolvimento com a comunidade com as questões nutricionais, dietéticas e alimentares 

 

 

Perspetiva de aprendizagem e crescimento 

A  este  nível  tem‐se  três  categorias,  denominadas  "capital  humano",  "capital  técnico"  e 

"capital organizacional, que também se encontram plasmadas neste mapa. Por conseguinte, nesta 

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perspetiva, pretende‐se: (i) recursos humanos qualificados; (ii) assegurar a satisfação dos recursos 

humanos;  (iii)  apostar  no  potencial  tecnológico;  (iv)  que  todos  os  recursos  humanos  estejam 

alinhados com a estratégia da empresa; e, finalmente, (v) ter um ambiente de trabalho atrativo. 

 

A tabela abaixo resume os objetivos estratégicos que constam também do mapa estratégico 

nesta perspetiva: 

 

Objetivos Estratégico 

Capital Humano Recursos humanos qualificados 

Assegurar satisfação dos recursos humanos 

Capital Técnico  Apostar no potencial tecnológico 

Capital Organizacional 

Alinhamento de todos os trabalhadores com a estratégia 

Ambiente de trabalho atrativo 

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11  

 

Persp

. fin

anceira 

 

Persp

. clientes 

 

 

     

Persp

. processo

s internos 

       

Persp

. ap

rendizage

m e 

crescim

ento 

 

Crescimento do volume de negócios 

Recursos humanos 

qualificados 

Apostar no potencial tecnológico 

Ambiente de trabalho atrativo 

Criação de valor para os acionistas/sócios 

Reter clientes Satisfazer clientes 

Produtos e serviços de excelência qualitativa  Relação personalizada e 

de confiança 

Imagem de marca que promove hábitos de vida 

saudável 

Assegurar cumprimento de normas de Q&S 

Resposta rápida a solicitações 

Conquistar novos clientes 

Assegurar envolvimento com a comunidade e desta com as questões nutricionais, dietéticas e 

alimentares

Produtos e serviços seguros 

Desenvolvimento de novos produtos e serviços 

Comunicação de desenvolvimento de novos produtos e 

serviços 

Assegurar satisfação dos recursos humanos 

Alinhamento de todos os trabalhadores com 

a estratégia 

Apoio e prestação just‐in‐time 

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12  

Estudo dos indicadores‐chave 

Para  a  seleção  e  análise  de  indicadores‐chave  optou‐se  pela  escolha  do  objetivo  que 

apresenta maior número de  relações de  causa‐efeito e que, portanto, é  tido  como mais  crítico 

para  a  estratégia.  Nesta  senda,  selecionou‐se  o  objetivo  estratégico  “Produtos  e  serviços  de 

excelência qualitativa” que  se encontra destacado, a cor de  laranja, no mapa estratégico acima 

disposto. Importa assinalar que, tal como referido por Lambin e Schuiling (2012:248), a qualidade 

confere  ao  produto  ou  marca  superioridade  competitiva  sobre  os  demais  competidores  no 

mercado e daí se pode reiterar a importância acrescida de analisar os indicadores‐chave aliados a 

este objetivo estratégico. Lindon et al. (2013:565‐566) destacam como critérios de apreciação da 

qualidade dos produtos e dos serviços: (i) nos produtos, performances, características secundárias, 

conformidade  com  as  especificações,  fiabilidade,  duração,  serviços  associados  ao  produto  e 

aparência; (ii) e nos serviços, dimensões tangíveis do serviço, fiabilidade, competência, implicação 

e empatia, entre outros critérios. Já segundo Kaplan e Norton (1996:87‐88), a qualidade percebida 

pelos consumidores é uma componente respeitante à perspetiva de clientes, podendo ser medida, 

por  exemplo,  pelo  feedback  dos  próprios  consumidores,  por  “incidência  de  defeitos”  – 

nomeadamente, detetados por  consumidores  (Kaplan e Norton 2004:92)  ‐, por  reclamações ou 

recurso à utilização de garantias. 

Perante  o  exposto,  considerando  os  diferentes  produtos  e  serviços  que  se  pretendem 

comercializar, escolheram‐se os respetivos indicadores: 

 

Produtos/Serviços  Indicador‐chave 

Consultoria e formação  

Consultas de nutrição e dietética online  

Aplicação móvel Vita Harmony 

A.  Número  e  frequência  de  queixas  dos 

consumidores. 

B. Índice de satisfação relativamente a diversas 

características  qualitativas  do  serviço  avaliado 

por intermédio de inquérito online. 

Loja  online  de  suplementos  nutricionais  e 

dietéticos e de material desportivo  

 

C. Percentagem de devoluções ou de  troca de 

produtos. 

D. Tempo médio de entrega dos produtos. 

 

Far‐se‐á  agora  uma  análise  dos  indicadores  sob  os  critérios  que  se  consideraram  para  a 

escolha dos mesmos,  isto é  segundo a viabilidade  técnica, o  custo, a  adequada  combinação de 

Page 13: Balanced scorecard: caso prático da “empresa” Just4Life

 

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indicadores de  indução  e de  resultados, o  grau desejado de  liberdade de  atuação  e o  risco de 

comportamentos disfuncionais.  

 

Para  os  serviços  –  i.e.  consultoria  e  formação;  consultas  de  nutrição  e  dietética  online;  e 

aplicação móvel Vita Harmony – aplicou‐se o  indicador “A. Número e  frequência de queixas dos 

consumidores.” que é um  indicador viável e que não apresenta custos  inerentes à sua obtenção, 

bastando apenas coletar e contabilizar as queixas registadas num documento ou ficheiro digital. É 

um  indicador de  resultados  e portanto  a  liberdade de  ação  também  é maior.  Este  indicador  é 

objetivo, reativo mas incompleto visto que a ausência de queixas pode não refletir‐se num serviço 

de qualidade de excelência. Assim, este deve ser acompanhado de outro indicador que o complete 

e atendendo um pouco mais à especificidade de cada um dos serviços. Neste sentido, optou‐se 

pela adoção de um  indicador que meça o  índice de satisfação  relativo a diversas características 

qualitativas do produto ou serviço em causa que poderá ser obtido por questionário online após 

“aquisição”  do  respetivo  serviço.  Este  indicador  é  complementar  do  indicador  A,  sendo 

tecnicamente  viável  (e.g.  via  implementação  em  ficheiro  de  texto  ou  em  qualquer  plataforma 

gratuita  de  questionários  como  google  drive/docs),  não  apresenta  custos  e  é  um  indicador  de 

resultados  que  apresenta  um  grau  adequado  de  liberdade  de  ação.  O  indicador  B  também  é 

objetivo e reativo e completa o indicador A anteriormente escolhido como já referido. 

 

No  caso  particular  dos  produtos  vendidos  na  loja  online,  optou‐se  pelo  indicador 

“percentagem de devoluções ou de troca de produtos”, que é tecnicamente viável, não tem custos 

à  sua  obtenção  (bastando  contabilizar  na  plataforma  de  e‐commerce  as  devoluções  ou  trocas 

efetuadas), é um  indicador de resultados e a sua  liberdade de ação é assim maior. O  indicador é 

objetivo,  reativo  mas  ainda  assim  incompleto  porque,  como  já  se  referiu  anteriormente  e, 

especialmente,  no  que  aos  produtos  diz  respeito  a  “qualidade  também  se  pode  referir  ao 

desempenho  ao  longo  da  dimensão  temporal”  (Kaplan  e  Norton  1996:88).  Poderia  sugerir‐se, 

então, um outro indicador denominado “tempo médio de entrega dos produtos”, sendo que a sua 

obtenção  é  também  tecnicamente  viável  (e  com mecanismo  de  obtenção  similar  ao  indicador 

anterior), não tem  igualmente custos de obtenção, é um  indicador de  indução, sendo o seu grau 

de  liberdade de ação,  consequentemente, menor. O  indicador é objetivo,  reativo e  completa o 

indicador anterior.  

   

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Referências bibliográficas 

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Kaplan,  R.;  Norton,  D.  (2004).  Strategy  maps.  Harvard  Business  School  Publishing 

Corporation. 

Lambin, J‐J.; Schuiling, I. (2012). Market‐Driven Management.  3ª edição. 

Lindon, D.; Lendrevie, J.; Lévy, J.; Dionísio, P.; Rodrigues, J. (2013). Mercator XXI ‐ Teoria e 

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Neck, H.; Brush, C.; Allen, E.  (2009). The  landscape of  social entrepreneurship. Business 

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