Bancarização e Inclusão Financeira no Brasil FELABAN ... · Fonte : Pesquisa IPSOS/Cetelem -...
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Bancarização e Inclusão
Financeira no Brasil
FELABAN, julho de 2011
Panorama da economia brasileira : 2006 a 2010
Questões fundamentais
Definindo conceitos
Indicadores de bancarização : 2006 a 2010
Análise de cenário
Tendências e oportunidades
Agenda
Panorama da economia brasileira :2006 a 2010
O crescimento do PIB é relevante
-
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
3.500
4.000
2006 2007 2008 2009 2010
12.769
14.183
15.99016.634
19.016
2006 2007 2008 2009 2010
Nominal (em R$ bilhões) Per capíta (em R$ correntes)
R$ 3.675bilhões
Fontes : IBGE e Banco Central do Brasil
R$ 2.370bilhões
O desemprego caiu
6,2
6,8
6,8
7,4
8,4
2010
2009
2008
2007
2006
Taxa de Desemprego (%) Índice de Emprego Formal (%)
Fonte : IBGE e Ministério do Trabalho
107,7
100,0
97,0
92,4
87,3
2010
2009
2008
2007
2006
O salário mínimo aumentou
350,00
380,00
415,00
465,00
510,00
2006 2007 2008 2009 2010
163,55
214,69
177,35
267,24
301,78
2006 2007 2008 2009 2010
Em Reais Em Dólares
Fontes : IBGE e Banco Central do Brasil
A pobreza foi reduzida
Em % da população total
Fonte : Fundação Getulio Vargas (FGV)
19,318,3
16,0 15,3
2006 2007 2008 2009
% do crédito total sobre o PIB avançou
R$ milhões
Fontes: Banco Central do Brasil e FEBRABAN
732.590
935.973
1.227.294
1.414.304
1.705.788
-
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1.800.000
2006 2007 2008 2009 2010
Crédito Total (R$ M)
Crédito Total/PIB (%)
30,9%
35,2%
40,5%
44,4%
46,4%
132,8 % é a
expansão do
crédito
A/B15 %
36 MM migraram para a classe C
C
51%
D/E
51%
A/B
21 %
C
34%
D/E
25%
C
34%
C
51%
2006 2010
33 MM42 MM
66 MM
85 MM
184 MM
102 MM
48 MM
192 MM
Fonte : Pesquisa IPSOS/Cetelem - 2011
O ambiente econômico e social é positivo
A economia cresceu
A distribuição de renda melhorou
O desemprego caiu
A pobreza diminuiu
Mercado de consumo integrou 36 milhões de pessoas
A mobilidade social se concretizou
Questões fundamentais
Em que medida os bancos contribuíram para o crescimento ?
Este crescimento facilitou a inclusão financeira ?
Os serviços e produtos bancários tornaram-se mais acessiveis ?
Os novos consumidores usam adequadamente serviços financeiros ?
A regulação bancária considera os novos perfis de clientes ?
Novos modelos de negócios são necessários ?
Quais os impactos do crescimento ?
Definindo conceitos : bancarização e inclusão
financeira
O que significa bancarização ?
Como uma pessoa é considerada bancarizada ?
O que é inclusão financeira ?
Quais métricas devem ser utilizadas ?
Bancarização não se confunde com posse de conta corrente
Perfis diferentes definem interesse por serviços financeiros
Nível de acesso a serviços financeiros
Define bancarizaçãoGrau de uso de serviços financeiros
…e suas métricas precisam ser universais
Definições evitam prejuízo à imagem dos bancos
Essencial ao crescimento econômico sustentável
devendo ser materializada como um ….
“Processo de bancarização da população de forma adequada às
suas necessidades, contribuindo com sua qualidade de vida”
Inclusão financeira é uma condição
Indicadores de bancarização : 2006 a 2010
Acesso às instituições financeiras
9.709
13.735
6.937
1.700
4.281
1.3191.845 1.533
11.761
17.790
12.812
2.320
5.213
1.606
3.097
1.120
Automáticas Auto-atendimento Internet Banking POS - Pontos de Venda no Comércio
Caixas de agências e PABs
Call Center Correspondentes não bancários
Cheques compensados
2006
2010
35,7 % é o crescimento das transações bancárias
21,1% 29,5% 84,7% 36,5% 21,8% 21,8% 67,9% -26,9%Variação
2010/2006
2010 : 55.719 Milhões
2006 : 41.059 Milhões
Transações : + 14.660 Milhões
Fonte: FEBRABAN
Rede de atendimento cresce 79,8 %
9,5% 24,0% 37,8% 126,2% 59,9%Variação
2010/2006
Rede de Correspondentes cresce 126,2 %
Fontes: Banco Central do Brasil e FEBRABAN
18.08710.220
32.716
73.031
8.878
19.81312.670
45.087
165.228
14.200
Agências Postos bancários Postos eletrônicos Correspondentes não bancários
ATMs em locais públicos
2006
2010
2010 : 256.998
2006 : 142.932
100% dos 5.571 municípios contam com canal de distribuição
Fontes : Banco Central do Brasil e FEBRABAN
2284%
5.34396%
correspondentes
outros canais
Mais cartões e contas
20,2% 26,6% 86,2% 33,22% 90,4% 38,5%Variação
2010/2006
Em milhões
Fonte : FEBRABAN e ABECS
73,7 76,8 82,4
187,1
118,3
27,3
88,697,2
153,4
249,3
225,3
37,8
Contas correntes ativas
Contas de poupança
Cartões de crédito
Cartões de débito
Cartões de lojas Clientes com Internet Banking
2006
2010
628 milhões de cartões (2010)
Contas correntes simplificadas avançam
Fontes: Banco Central do Brasil e FEBRABAN
Em milhares
Internet e Mobile Banking avançam
No Internet Banking 37,8 milhões de clientes em 2010 realizaram
23% do total das transações bancárias
27,3 milhões em 2006 com 16,9 % das transações
38,5 % de crescimento no número de clientes e
84,7 % de crescimento na quantidade de transações
No Mobile Banking 2,2 milhões de clientes em 2010 realizaram
transações bancárias. Isto representa um crescimento
de 71,4% quando comparado a 2009 (1,3 milhões de clientes)
33,4 % é o avanço do relacionamento ativo com as IFs
Fontes: Banco Central do Brasil e FEBRABAN
Acesso aos canais de distribuição – por 100.000 CPFs
(13,6)% (2,7)% 8,6% 78,6% 25,5% 33,4%Variação
2010/2006
Uso das instituições financeiras
Depósitos de pessoas crescem mais que número de contas
Saldos em fim de período - R$ bilhões
Variação
2010/2006
Fontes : Banco Central do Brasil e FEBRABAN
101,4% 101,3% 129,6%
34,9
178,5189,5
70,3
359,4
435,1
Depósitos a vista Depósitos de poupança Depósitos a prazo
2006
2010
69,5% é a expansão do uso de depósitos
Fontes: Banco Central do Brasil e FEBRABAN
Depósitos por 100.000 CPFs em R$ mil
59,0% 59,0% 81,4% 69,5%Variação
2010/2006
117% é o aumento dos volumes de empréstimos das pessoas
Recursos Livres - Saldos em fim de período - R$ bilhões
Fontes: Banco Central do Brasil e FEBRABAN
38,1% 156,4% 516,7% 120,9% -3,7% 117,9% -21,2% 117,5%Variação
2010/2006
71,8% é a expansão do uso de empréstimos
Fontes: Banco Central do Brasil e FEBRABAN
9,1% 102,6% 387,0% 74,5% -23,9% 72,1% -37,8% 71,8% Variação
2010/2006
Empréstimos por 100.000 CPFs em R$ mil
Mais pessoas com relacionamento : maior bancarização
Fontes : IPEA, Banco Central e FEBRABAN
Pessoas (CPFs )com relacionamento ativo nas IFs
(em milhares)
139.678 141.199 142.655 144.048 145.382
2006 2007 2008 2009 2010
90.98297.380
104.866108.772
115.187
2006 2007 2008 2009 2010
População adulta – Acima de 15 anos
(em milhares)
Porém, microcrédito não se consolida
Fontes: Banco Central do Brasil e FEBRABAN
Historicamente, desde 2004, as disponibilidades exigidas
(2% s/depósitos à vista) superam, em muito, as operações de empréstimos.
Em julho de 2010 o volume de recursos disponíveis somava R$ 3,1 bilhões
enquanto que as aplicações totalizavam R$ 2,2 bilhões.
R$ 1,1 bilhão estavam recolhidos – sem remuneração - ao Banco Central.
Público- alvo Valor máximo
(R$)
Taxa de juros
máxima
Prazo
mínimo
Taxa de
abertura de
crédito
Pessoas físicas detentoras de Contas Simplificadas ou de Contas de
Depósitos cujo saldo seja inferior a R$3.000 2.000 2% a.m 120 dias 2%
Pessoas físicas ou microempresas para empreendimentos de
pequeno porte
5.000 2% a.m 120 dias 4%
Pessoas físicas de baixa renda (renda inferior à linha de pobreza) 2.000 2% a.m 120 dias 2%
Pessoas físicas e jurídicas de pequeno porte, renda bruta anual de
até R$12,000(PNMPO) 15.000 4% a.m 120 dias
(1)
3%
1/ Operação PNMPO de prazo inferior deve ter a taxa de abertura de crédito
reduzida na mesma proporção.Fonte: Resolução nº3.422, de 2006
Educação financeira
Educação financeira como fator de sustentabilidade
Transparência e poder de escolha
Acesso e uso adequado dos serviços financeiros
Combate ao superendividamento
Consumir bem para consumir sempre
Respeito ao consumidor
Pilar tecnológico do programa Pilar corporativo do programa
Pilar institucional
Educação financeira : atuação FEBRABAN
Educação financeira : atuação FEBRABAN
+ de 3 milhões de visitas
16 mil visitas diárias
4 min de navegação média
Planilha controle de orçamento
40 mil usuários
Lançamento em 14.02.2011
Caravana itinerante
Disponível para os bancos
Para clientes e fornecedores
Conteúdo do site institucional
ENEF – Estratégia Nacional de Educação Financeira
Política de governo com apoio privado
Início em 2009
Participam órgãos reguladores do sistema financeiro, mercado
de capitais, mercado previdenciário e securitário, além dos
ministérios da Justiça, da Fazenda, da Educação, e da
Previdência Social
Participam ainda FEBRABAN, BMF&Bovespa, ANBIMA e CNSEG
Desafio : ampliação para 37 milhões de alunos
Análise de cenário
o crescimento econômico brasileiro beneficiou amplamente a
população, estimulou a mobilidade social e criou um expressivo
contingente (36 milhões) de novos consumidores
vários indicadores de acesso e uso dos serviços financeiros mostram
maior bancarização : pessoas com relacionamento ativo com os
bancos (+26,6%) foi superior ao crescimento da população adulta
(+4,1%); expansão dos depósitos (69,5%), dos empréstimos às
pessoas (117%) e aumento das transações bancárias (35,7%).
os bancos contribuíram para o bom ambiente econômico,
destacando-se o crescimento do crédito, ampliação dos canais de
acesso e viabilização dos programas sociais. O Bolsa Família,
por exemplo, paga 7,8 milhões de famílias via correspondentes
não bancários
Boas notícias
investimentos contínuos em tecnologia da informação (R$ 22 bilhões
em 2010) possibilitam alternativas seguras e custos razoáveis, haja
vista a performance do internet banking e do mobile banking
a sociedade em geral, o governo e bancos em particular iniciaram
programas de educação financeira, essenciais ao crescimento
sustentável do crédito com redução do superendividamento e
inadimplência do consumidor emergente
recentes alterações na legislação sobre cobrança de tarifas sobre
serviços bancários e sobre cartões de crédito definiram condições
de acesso e uso a serviços simplificados de forma gratuita
Boas notícias
o número de agências ainda é inferior ao verificado em países
desenvolvidos assim como o de ATMs em ambientes externos
(31% contra 56% na Europa Ocidental)
o arcabouço jurídico necessário à criminalização de fraudes na
internet não é satisfátório.
a disseminação da banda larga no interior do país não atende ao
crescimento da internet nestas áreas geográficas
mecanismos destinados por regulação a favorecer à inclusão
financeira, como as contas simplificadas e microcrédito, não
apresentam resultados satisfatórios
Pontos de atenção
a proporção crédito/PIB (46%) é baixa quando comparada a outros
países, como India (69%) e Chile (98%). O custo do crédito (spread
e juros) é fator limitador desta expansão
os processos atuais de avaliação de risco de crédito não se aplicam
às classes de menor renda. Exigências regulatórias para o melhor
conhecimento do cliente são inexequíveis junto às populações de
menor renda e/ou atividades econômicas não formais
Pontos de atenção
as iniciativas de educação financeira ainda são insuficientes. Será
necessária sua massificação em larga escala. Estima-se que em 15
anos a classe C ganhará mais 32 milhões de pessoas e representará
60% da população. Além desta população, o país contará com mais
7 milhões de empreendedores individuais e 8 milhões de novos
pequenos e microempresários.
Iniciativas visando aprovar legislação transformando funcionário do
correspondente não bancário em bancário, bem como exigir do
estabelecimento comercial a adoção das regras de segurança
determinadas para agências bancárias, poderão inviabilizar o
modelo atual
Pontos de atenção
Tendências e oportunidades
a prosperidade dos grandes bancos estará associada à ampliação
do mercado originada por consumidores emergentes do ciclo
virtuoso da economia brasileira
iniciativas visando ajustar o portfólio de ofertas (microcrédito,
microseguros, micropoupanças e financiamentos imobiliários para
baixa renda, por exemplo), com respaldo regulatório e jurídico
deverão ser aceleradas
ajustes na rede de atendimento privilegiando estruturas de baixo
custo e atendimento remoto eletrônico estão se intensificando
construção de parcerias e acordos de cooperação para absorção
de “tecnologias sociais” (ex. Banco do Brasil e Yunus Centre)
Novas oportunidades com o cadastro positivo, mobile-payment e
microcrédito
Tendências e oportunidades
Estudos de mercado indicam que adequada regulação do cadastro
positivo poderá facilitar a inclusão financeira de 26 milhões de
consumidores informais, sem renda ou moradia comprovada
A inclusão de informações sobre pagamentos de serviços água, gas,
esgoto, eletricidade e telecomunicações poderá lançar luz sobre o
comportamento de pagamentos do consumidor
Segundo o Banco Mundial, países como EUA, Chile, México,China e
Alemanha, demonstram crescimento do crédito – (40% para 80% dos
consumidores) com expressivo impacto nos respectivos PIBs
Cadastro positivo
Mobile payment
Fonte: FEBRABAN; Análise A.T. Kearney
Objetivos do modelo brasileiro
Nacional, multibanco, multibandeira, multiadquirente e
multioperadora, com base em tecnologia que permita
massificação
Suporte ao processo de inclusão de público sem acesso a
serviços financeiros básicos no território nacional
Disponibilidade no curto prazo, integrando infra-
estrutura já existente no sistema brasileiro de meios
de pagamento
Produtos e serviços simples e rápidos, janela transacional
24 x 7
Adequação à cultura local, à realidade dos
estabelecimentos comerciais e ao perfil do potencial
usuário, facilitando o uso
Universalidade
Instantaneidade
Inclusão financeira
Fácil adoção
Rápida implantação
Microcrédito
Aperfeiçoamentos na regulação
Dobrar os valores máximos das operações
Tornar as operações economicamente viáveis por meio de
ponderadores : para cada real emprestado considerar 1,3 reais
para efeito de cumprimento da exigibilidade
Desvincular a operação à movimentação da conta corrente e de
aplicações financeiras, elimindando os custos de controle de
saldos médios máximos para enquadramento
Isentar de IOF as operações de microsseguros para incentivar a
criação deste mercado
Unificar os bancos de dados dos operadores de microcrédito
facilitando a modelagem e uso de ferramentas de análise de risco
Os programas de inclusão são importantes, porém…
A criação e a distribuição de riqueza é o
principal fator de inclusão financeira