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267267267267267FEVEREIRO
2015O BandeirantePublicao mensal da Sociedade Brasileira de Mdicos Escritores - Regional S.Paulo
O O O O O VVVVVAMPIRAMPIRAMPIRAMPIRAMPIRO DO BEXIGAO DO BEXIGAO DO BEXIGAO DO BEXIGAO DO BEXIGAE o amor? Todos ns necessitamos de amor,
pois ele a essncia da vida. Mas... Ser que um
vampiro ama? Florisbela acreditava que sim!
Filomena tinha dvidas... As duas eram pretendentes
ao trono do corao daquele morcego hematfago.
O dentista no era indiferente aos olhares
pecaminosos das moas. Escolher no era fcil...
Rodolpho Civile
Mogi-GuauJulgo que depois do
Fiat 1921 de meu
av, que era muito
conservado, foi o
automvel que mais
admirei naqueles
anos.
Antonio CarlosLima Pompeo
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P de moleque
Soneto triste
Hildete RangelEnger
Jos RodriguesLouz
As associaes para
a promoo do bem
comum no Brasil so
conhecidas como
sociedades
pilantrpicas.
Jos LeopoldoLopes de Oliveira
Salada
Wilma Lcia daSilva Moraes
Peregrina
Coleo Letra de MdicoA SOBRAMES-SP est lanando uma coleo de obras individuais de autores
mdicos para ficar na histria. Voc j foi convidado e no vai ficar fora dela. O
primeiro grupo j est quase completo. Prepare seus originais e inscreva-se hoje
mesmo. No deixe de participar! Informe-se: [email protected]
2 O Bandeirante - Fevereiro 2015
EXPEDIENTE: Jornal O Bandeirante - ANO XXIV - n. 267 - Fevereiro 2015 | Publicao mensal da Sociedade Brasileira de Mdicos Escritores - Regional do Estadode So Paulo - SOBRAMES-SP. | Sede: Avenida Brigadeiro Lus Antnio, 278 - 7. Andar - Sala 1 (Prdio da Associao Paulista de Medicin a) - So Paulo - SP | Editores: Josyanne Rita de ArrudaFranco e Marcos Gimenes Salun (MTb 20.405-SP) | Jornalista Responsvel e Revisora: Ligia Terezinha Pezzuto (MTb 17.671-SP).| Redao e Correspondncia: Av. Prof.Sylla Mattos, 652- ap.12 Jd. Sta.Cruz CEP 04182-010 So Paulo SP E-mail: [email protected] Tels.: (11) 2331-1351 Celular (11) 99182-4815. | Colaboradores desta edio: (Textos literrios):Antonio Carlos Lima Pompeo, Hildette Rangel Enger, Jos Leopoldo Lopes de Oliveira, Jos Rodrigues Louz, Rodolpho Civile e Wilma Lucia da Silva Moraes. (Olhar Paulista): Mrcia Etelli Coelho.| Tiragem desta edio: 300 exemplares (papel) e mais de 1.000 exemplares PDF enviados por e-mail. | Diretoria - Gesto 2015/2016 - Presidente: Carlos Augusto Ferreira Galvo. Vice--Presidente: Mrcia Etelli Coelho. Primeiro-Secretrio: Marcos Gimenes Salun. Segundo-Secretrio: Maria do Cu Coutinho Louz. Primeiro-Tesoureiro: Helio Begliomini. Segundo--Tesoureiro: Aida Lcia Pullin Dal Sasso Begliomini. Conselho Fiscal Efetivos:Josyanne Rita de Arruda Franco, Jos Alberto Vieira e Roberto Antonio Aniche. Conselho Fiscal Suplentes:Alcione Alcntara Gonalves, Geovah Paulo da Cruz e Mrcia Lcia de Melo Neves Chade. | Matrias assinadas so de responsabilidade de seus autores e no representam, necessariamente, a
opinio da Sobrames-SP | Editores de O Bandeirante: Flerts Neb - novembro a dezembro de 1992, Flerts Neb e Walter Whitton Harris - 1993-1994, Carlos Luis Campana e Hlio Celso FerrazNajar - 1995-1996, Flerts Neb e Walter Whitton Harris - 1996-2000, Flerts Neb e Marcos Gimenes Salun - 2001 a abril de 2009, Helio Begliomini - maio a dezembro de 2009, Roberto A.Aniche
e Carlos Augusto F. Galvo - 2010, Josyanne R.A.Franco e Carlos Augusto F.Galvo - 2011-2012, Josyanne R.A.Franco e Marcos Gimenes Salun - 2013 em diante | Presidentes da Sobrames-SP: 1. Flerts Neb (1988-1990), 2. Flerts Neb (1990-1992), 3. Helio Begliomini (1992-1994), 4. Carlos Luiz Campana (1994-1996), 5. Paulo Adolpho Leierer (1996-1998), 6. Walter WhittonHarris (1999-2000), 7. Carlos Augusto Ferreira Galvo (2001-2002), 8. Luiz Giovani (2003-2004), 9. Karin Schmidt Rodrigues Massaro (jan a out de 2005), 10. Flerts Neb (out/2005 a dez/2006),
11. Helio Begliomini (2007-2008), 12. Helio Begliomini (2009-2010), 13. Josyanne Rita de Arruda Franco (2011-2012), 14. Josyanne Rita de Arruda Franco (2013-2014), 15. Carlos Augusto
Ferreira Galvo (2015/2016). | Editores: Josyanne R.A.Franco e Marcos Gimenes Salun, | Reviso: Ligia Terezinha Pezzuto | Diagramao: Marcos Gimenes Salun | Rumo Editorial Produese Edies Ltda. E-mail: [email protected] | Impresso e Acabamento: Expresso e Arte Grfica Editora - So Paulo
21/02 Josyanne Rita de Arruda Franco
27/02 Hildette Rangel Enger
As Reunies de Diretoria so abertas a todos osassociados e acontecem na SEDE da SOBRAMES-SP
(APM) - Av.Brigadeiro Luis Antonio, 278 - 7. andar -Sala 1 - Incio s 19h00
Carlos Augusto Ferreira Galvo
Psiquiatra - Presidente da Sobrames-SP
EDITORIAL
Bolo & Champanhe
Perdas e ganhosO ano comeou junto com a nova diretoria de
nossa regional, e com algumas notcias muito tristes: o
falecimento do inesquecvel Jos Rodrigues Louz e de
nosso ex-presidente Carlos Luiz Campana. So pessoas
que foram muito importantes em nossa regional, e a quem,
sem dvida, a Sobrames deve muito.
Por outro lado, verificamos, neste janeiro, o
enorme potencial sobrmico para conhecer pessoas
interessantes e se relacionar com elas. Podemos dizer
que a SOBRAMES uma usina de amizades.
Nossa regional foi convidada para um evento
literrio em Macei e respondemos gostosamente a este
convite. Anniene Nascimento, sobramista paulista, mas
que mora em Macei, organizou o Menu Cultural na
Tapiocaria Comadre Ful, e So Paulo foi por mim
representado; l encontrei, alm de muitos escritores
alagoanos, tambm Lilian Maial, da Sobrames Rio de
Janeiro. Muita alegria, praias, passeios, tapioca, sururu,
forr e bastante literatura. Foi um evento literalmente
delicioso, e deixou-me como lembrana uma imensa
saudade e muitas amizades que fiz por l nesses poucos
dias de visita.
Esta diretoria tem como uma das metas levar So
Paulo a todos os eventos patrocinados pelas outras
regionais. Macei foi apenas o primeiro em que nos
fizemos presentes. Pretendemos estreitar cada vez mais
os laos fraternos com os confrades de todo o Brasil,
promovendo sempre o fortalecimento e crescimento da
Sobrames.
Esta agenda est sujeita a alteraes em decorrnciade fatores no previstos por ocasio de sua elaborao.
As Pizzas Literrias daSOBRAMES-SP acontecem naterceira quinta-feira de cadams, a partir das 19h00 naPIZZARIA BONDE PAULISTARua Oscar Freire, 1.597 -
Pinheiros - S.Paulo
O Bandeirante - Fevereiro 2015 3
O vampiro do Bexiga
Numa noite chuvosa e tenebrosa, estava eu
ouvindo Uma Noite do Monte Calvo de Mussorgsky,
quando um baque surdo na vidraa da janela chamou a
minha ateno. Imediatamente, corri para ver. Na grama
do jardim, encontrei um morcego. O que estaria
procurando? Insetos? Frutas? Sangue? Esta ideia me
deixou apavorado. Um vampiro? Aquele que, segundo
as lendas e ditos populares, sai das sepulturas noite
para sugar o sangue dos vivos, utilizando um par de
incisivos grande e forte. Mamfero voador, tem uma
membrana fina e larga, que liga os membros anteriores
e posteriores, transformadas em asas, chamadas patgio.
A mente humana um poo misterioso aonde
desaguam as reminiscncias de tempos idos e vividos
que no voltam mais... Por uma inexplicvel associao
de ideais ou regresso mental ao passado, o morcego do
meu jardim se transformou, na minha imaginao, em
um vampiro do velho Bexiga, o bairro calabrs, da
escola de samba Vai-Vai.
Eu me lembro... Eu me lembro do dentista da Rua
Yay, a louca. Magro, alto, cabelos pretos, rosto
alongado com sobrancelhas grossas, olhos castanhos,
cercados por escuras circunferncias e, o que mais
chamava a ateno, a arcada dentria continha um par
de incisivos superiores grande e forte.
O povo maldoso comeou a cham-lo de
vampiro. O apelido no condizia com o ser humano e
profissional, bom e competente, tinha uma excelente
clientela.
Morava com a me, uma viva j avanada em
idade. Ela sempre dizia: Leontino, meu filho, voc
precisa casar. Ter filhos. No pode ficar a vida toda s
arrancando dentes. Ele sorria e respondia: ainda no
chegou o meu dia. A princesa encantada dos meus
sonhos, s existe nos sonhos. A me argumentava:
estou muito velha e gostaria de ver os meus netos. E
Leontino justificava: vai depender do destino, minha
me. Dando de ombros, a me dizia: conversa,
depende de voc...
E assim ia levando a vida... De boca em boca,
realizando a sua misso, ou melhor, a sua profisso,
usando o botico para extrair os dentes e no os
incisivos para sugar o sangue dos clientes, como
pensavam certas pessoas.
E o amor? Todos ns necessitamos de amor, pois
ele a essncia da vida. Mas... Ser que um vampiro
ama? Florisbela acreditava que sim! Filomena tinha
dvidas... As duas eram pretendentes ao trono do corao
daquele morcego hematfago. O dentista no era
indiferente aos olhares pecaminosos das moas.
Escolher no era fcil... Uma era baixinha, barriguda e
de coxas grossas. De famlia rica, era formada em
contabilidade. A outra, alta, magra, olhos grandes, queixo
largo, sempre risonha, tinha voz fanhosa e era de famlia
pobre. Cozinhava e bordava muito bem. As duas moas,
na idade reprodutiva.
As lnguas viperinas de moradores do velho Bexiga
comearam a destilar maldades e provocar confuses.
Qual seria o resultado de unio de um vampiro, chupador
de sangue com inocentes e belas criaturas? Alguns
achavam o contrrio: ser que as belas no iriam sugar
o sangue do dentista competente, que nunca prejudicou
ningum? Quantas dvidas... Que falatrio...
A me continuava a insistir com o filho: precisa
casar... precisa casar...
E agora? Difcil deciso. Noites em claro. A mente
obnubilada pelos pensamentos. A presso estava
mexendo com os nervos do dentista. Tinha de se definir...
O dentista continuava nesse impasse quando, por
acaso, inesperadamente, entrou em seu consultrio a
representante de um laboratrio de produtos
odontolgicos. O impacto foi muito grande para ambos.
Ela, uma loura linda, com um corpo escultural. Ele, um
dentista com olheiras profundas e bela dentadura.
Ficaram alguns minutos se entreolhando. Verdadeiro
xtase!
O resultado logo se fez sentir. A unio de duas
criaturas que se amam: o casamento seguido do
nascimento de trs filhos, louros como a me, sem olheiras
e sem incisivos de vampiro.
A me de Leontino, felicssima, tornou-se av. As
comadres do Bexiga deixaram de vaticinar. Florisbela
e Filomena trocaram de dentista.
Rodolpho Civile
4 O Bandeirante - Fevereiro 2015
P de molequeHildette Rangel Enger
Est muito triste, hoje, o meu soneto!
A mesma fachada, a mesma doceira
na rua, olhei a menina faceira,
e ouvi novamente os sons do coreto.
Parei frente ao prdio onde as minhas frias
eu passava com filhos e parentes.
Recordei-me dos amigos ausentes,
dos jantares, dos chopes, das pilhrias,
das prazenteiras noitadas de sbado,
brincando com os de nossa amizade.
Passa o tempo... A vida, de dedo em riste,
aponta o caminho que est traado.
E eu recordei... E veio uma saudade...
E o meu soneto ficou triste...
in memoriam
Soneto tristeJos Rodrigues Louz
P de moleque
Menino pretinho
Vivia sujinho
Descalo, sem po
No tinha ningum
No tinha uma casa
Vivia sozinho
Dormia no cho...
P de moleque
Vendia jornais
Passava alegre
Apregoando
Notcias, notcias
Todos os dias
P de moleque
Um dia morreu
vi-o deitado,
Os jornais ao lado
Parecia dormindo...
E agora pensando
Pergunto a mim mesma:
Ser que h no cu
Lugar reservado
Para p de moleque
Menino pretinho
Que morreu to sozinho
Sem po sem ningum?
O Bandeirante - Fevereiro 2015 5
Policiamento emMogi - GuauAntonio Carlos Lima Pompeo
O policiamento do Guau, durante a dcada de 1950, era feito por trs soldados
o Bastio, o Sr.Andr e o Vicento. Os delegados utilizavam o sistema de rodzio
com frequncia e os escrives de polcia, muito respeitados por terem autoridade
quase de delegados, foram, respectivamente, os senhores Rafael Orlando Valente,
Osvaldo Lopes e, por fim, o Agenorzinho Carvalho, que possua um Jaguar 1951
cinza, muito bonito, sobre o qual tecia diversos elogios quanto potncia e direo,
que era ajustvel dependendo da proximidade do motorista. Julgo que depois do
Fiat 1921 de meu av, que era muito conservado, foi o automvel que mais admirei
naqueles anos.
Os policiais, apesar de terem autoridade inerente ao cargo, eram extremamente
gentis, conheciam a maioria da populao pelo nome, participavam das
comemoraes e festividades como cidados comuns e, para mim, era impossvel,
apesar de estarem sempre fardados, esperar deles qualquer atitude mais agressiva.
Muitas vezes quando eu dirigia com extremo orgulho o velho Fiat de meu av pelas
ruas da cidade, ainda menor de idade e sem estar habilitado, passava algo acanhado
pelos soldados, porm os cumprimentava e era correspondido sem maiores
observaes. Que saudades...!
A cadeia pblica, situada na Rua Paula Bueno (at hoje conhecida como rua
da cadeia) era um edifcio sbrio, muito bonito, construdo entre 1914 e 1915, cuja
arquitetura possua as mesmas caractersticas das do grupo escolar e do clube
recreativo situado na Praa da Matriz e, se bem me recordo, da Cmara Municipal
localizada na rua da estao.
Aps passar dcadas sem reformas e em estado de deteriorao, o prdio da
cadeia, j desativado, foi restaurado e transformado em museu. No consigo, at
hoje, passar em frente a esse edifcio sem admir-lo e me ligar ao passado...
Apesar do relacionamento amistoso existente entre a polcia e os cidados,
havia um sentimento de respeito entre todos, a cidade era muito segura e com baixo
ndice de criminalidade. Era comum que durante o dia as portas da frente das
residncias permanecessem fechadas sem chave, ou mesmo abertas, para entrada e
sada dos membros das famlias, em geral numerosas, ou mesmo para as passadas
dos amigos mais ntimos.
Por outro lado, os deslizes de comportamento eram punidos sem muita
discusso ou julgamentos, em geral no brao. O jargo joga no rio era bastante
utilizado como forma de advertncia para aqueles (principalmente forasteiros) que
saam da linha.
(trecho do livro Meus Tempos de Guau)
Antiga cadeia pblica, hoje Museu Histrico e
Pedaggico Dr.Sebastio Jos Pereira e
Museu Arqueolgico Hermnio Bueno.
6 O Bandeirante - Fevereiro 2015
PeregrinaWilma Lcia da Silva Moraes
Chamar mulher de vaca na India elogio.***O que restar das instituies aps o perodoLula (ele e a sucessora)? Com certeza serlembrado como um perodo nem cmico nemtrgico, mas manicmico.***Brasil, pas do futuro. E que futuro! Mriode Andrade jamais imaginou a existncia deMacunama, mas Lula superou a criao.***As associaes para a promoo do bem comumno Brasil so conhecidas como sociedadespilantrpicas.***Como contribuio para melhorar o mundo,os nossos polticos criaram o cio semdignidade.***Estatura (fsica e moral) diminuta. Soberbamegalomania. Para caracterizar sua era oulegado, sugiro uma imagem de fcilcomunicao, como a concha da Shel ou oelefante da Rhodia: os dedos indicador epolecar como a letra C, indicando otamanho da dose de sempre, das
branquinhas dirias desde que se deu porgente nosso pequeno grande estadista.Por isso tomamos esse porre e aguardamosa pior ressaca. Viva o Brasil de quemoPTou.***DvidaDi / vi / daDvidaDe vida***Curioso como os polticos crescem depois demortos. Lula ficara do tamanho de suamegalomania.***Sou pela meritocracia. Mame tinha mritos.Batalhei sua nomeao. Mrito meu.***Prezo muito o esporte. Sou um decatleta.Pratico truco, tranca e outras modalidades naacademia da metais Deca.***Sofisticado. Ao exonerar, sempre se lembradas metamorfoses de Ovdio.
Salada com farofaJos Leopoldo Lopes de Oliveira
Sou peregrina nas terras de no sei onde
nos tempos de no sei quando
nas lembranas de outras eras.
Ando descala por rios, mares e desertos
por montanhas e geleiras, por campos, prados e plancies
procura de mim mesma, fao essa travessia.
Sou peregrina dos sonhos, caminhante nas cidades,
conheo o bem e a maldade, provei a dor e a amargura.
Sou peregrina na vida, sou covarde e destemida
fugitiva, denegrida, mas confiante e bandida.
Pisando beira de abismos, falo em sofismas, oro em poesias.
Sou peregrina entre dvidas e certezas, na misria e realeza,
procuro sonhos perdidos entre saudades e sombras.
Sou peregrina do tempo, nas tardes e nas manhs,
nas noites de talisms, nas madrugadas geladas.
Sou peregrina nos vales da fantasia
entre letras e poesias abrigo meu intelecto,
transformando meu aspecto
de sofredora herona em poeta paladina.
O Bandeirante - Fevereiro 2015 7Livros em destaque
ANTONIO CARLOS LIMA POMPEOMeus Tempos no GuauEditora Prmio - SPO livro narra o perodo compre-
endido entre os seis e dezoito anos
do autor, fase em que viveu com
seus pais na cidade de Mogi-
-Guau, no interior de So Paulo.
So abordados aspectos relaciona-
dos cultura, costumes, condiessocioeconmicas e polticas, bem
como fatos pitorescos da poca.
Sem ter objetivo de ser um
documentrio histrico, o livro um
registro de um perodo marcante na
vida do autor e sua famlia.
Contatos e aquisies pelo e-mail:[email protected]
O trecho abaixo parte de umconto escrito por um dos autoresda SOBRAMES-SP, j publicadoanteriormente numa de nossasCOLETNEAS. Voc consegueidentificar o autor?Resposta na prxima edio.
O trecho publicado na edio anteriorpertence poesia Exlio, escritapor Luiz Jorge Ferreira, que foipublicada na pgina 92 da AntologiaPaulista de 2005. Que tal reler essapoesia premiada na ntegra, alm deoutros textos dos talentosos autoresda SOBRAMES guardados para semprenaquela edio?
Relendo
Guardados para sempre
WILMA LCIA DA SILVA MORAES(e outros autores)Coletnea Via Palavra - 12 -Viapalavra Editorial - SPDcimo segundo volume da srie
de coletneas publicadas pelo
Espao Literrio Nelly Rocha
Galassi, da cidade de Americana,
na qual participam 26 autores com
prosas e poesias de vrios estilos.
A confreira Wilma Lcia Moraes,sobramista, coautora da obra e
tem participado ativamente dessa
agremiao literria da cidade em
que reside. Para maiores
informaes e aquisies do livro,faa contato pelo e-mail:
Edio anterior
(...) Estou pronto para ir s estrelas /Coloquei as meias sujas dos ltimospassos / Limpei com areia a lente cinzados culos / E arrumei ideais sobre ideiase lembranas inteis / Entre planosesquecidos, emudeci alguns dos meusgritos / E violentei minhas sombrasprojetadas na parede da sala.(...)
Anuidade 2015: contribua!A diretoria fixou a anuidade de 2015 em
R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais), que podem ser
pagos em 3 (trs) cheques mensais de R$ 120,00 (cento
e vinte reais) para fevereiro, maro e abril. Contudo, para
aqueles que puderem pagar at 28/02/2015, o valor ser
de R$ 300,00. To logo seja efetuado o pagamento,
ser encaminhado um recibo. O pagamento poder ser
feito atravs de cheque, enviado ao primeiro tesoureiro:
Helio Begliomini - Rua Bias, 234 Trememb
CEP 02371-020 So Paulo SP
Colabore com a manuteno das atividades da
Sobrames-SP pagando em dia a anuidade!
Menu cultural em Macei
(...) O bom velhinho j nem ligava
mais se as pessoas davam crdito sua
palavra, pois o que realmente importava era
saber que Marieta lhe mandava sinais.
Nicolina e Conchetta estavam pensando em
levar Gino ao mdico. Os amigos foram aos
poucos se afastando, porque imaginavam que
estava esclerosando, principalmente quando
ele vestia a ceroula por cima da cala! (...)
O presidente Carlos
Galvo participou, no ltimo dia
31, do Projeto Menu Cultural,
realizado na tapiocaria Comadre
Ful, em Macei - AL. Ele e
Lilian Maial (Sobrames-RJ)
foram entrevistados pela nossa
confreira Anienne Nascimento,
uma das organizadoras do evento. Muita literatura,
msica regional e o lanamento do livro de Galvo,
Pensamentos Esparsos, com a calorosa recepo
da anfitri Claudia Rejane, da Comadre Ful.
Olhar Paulista
CALOR HUMANO E TALENTOSAs elevadas temperaturas paulistanas se refletiram na primeira Pizza
Literria de 2015. Um ambiente caloroso, mas em termos de alegria
e descontrao. Mesmo com algumas ausncias devido ao perodo
de frias, houve um bom comparecimento, os textos expressaram
excelente qualidade e recebemos com carinho a visita da mdica
dermatologista Yara Rangel de Castro.
PRMIO RODOLPHO CIVILEDurante a Pizza Literria de 15 de janeiro, realizou-se a entrega do Prmio de
Assiduidade 2014 para Marcos Gimenes Salun, Mrcia Etelli Coelho (Categoria
Grande So Paulo) e para o prprio Rodolpho Civile (Categoria Interior). Alis,
muitos confrades tambm mereceriam essa distino, pois muitas vezes enfrentaram
trnsito, alagamentos e passeatas, conscientes de que suas presenas so
fundamentais para tornar o nosso encontro mensal cada vez mais agradvel.
E por falar em Rodolpho Civile, parabns a ele que no dia 25 de janeiro completou
90 anos de existncia, conservando o bom humor e a simpatia, e abrilhantando nossas
Pizzas Literrias com suas sempre interessantes crnicas.
TUTU LITERRIOInspirados na Pizza Literria, a
sobramista Alitta Guimares
Reis e seu marido, Ricardo
Tinoco, idealizaram a
Associao Literria do Sul de
Minas. Com o apadrinhamento
de Carlos Augusto Ferreira
Galvo e de Marcos Gimenes
Salun, o projeto visa estimular a
arte de escrever atravs de
concursos, publicaes e
reunies peridicas em So
Loureno, saboreando a
deliciosa comida mineira. Para
participar, informe-se com o
Ricardo Tinoco - Caixa Postal
184 - So Loureno - MG -
CEP 37470-000 - telefone
(35) 9238.1912 ou com Alitta,
atravs do e-mail:
SOBRAMESNA GUATEMALA
Seis confrades da Sobrames-SP tiveram seus textos
publicados em portugus e espanhol na Antologia
Latinoamericana do I Congreso Guatemalteco e X
Congreso Latinoamericano de Mdicos Escritores,
que aconteceu de 22 a 25 de outubro de 2014 em
Guatemala-Antigua. So eles: Alcione Alcntara
Gonalves, Jos Rodrigues Louz, Josyanne Rita de
Arruda Franco, Mrcia Etelli Coelho, Marcos
Gimenes Salun e Maria do Cu Coutinho Louz. A
obra tem 275 pginas e contm a produo de
mdicos de 11 pases latino-americanos que
abrilhantaram aqueles eventos literrios.
PERDAS LAMENTVEISCom pesar registramos duas lamentveis perdas ocorridas no ms de janeiro.
Faleceu no dia 25 o dr. Carlos Luiz Campana, que presidiu a regional paulista
no binio 1994/1996; e no dia 27 o dr. Jos Rodrigues Louz, que, por longos
anos, abrilhantou a produo literria da Sobrames-SP com seus escritos.CampanaLouz