Banda Desenhada Guerreiro Conferência Nacional sobre ...

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15 de Maio a 4 de Junho de 2007 Ano X - Nº 218 0,50 DIRECTOR : JOSÉ de BRITO APOLÓNIA CHEFE DE REDACÇÃO : LOURIVALDO M. GUERREIRO Notícias da Moita e Região Taxa Paga 2860 ALHOS VEDROS MOITA URBANIZAÇÃO DO FACHO VENDA DE PRÉDIOS LOJAS E ANDARES CONSTRUÇÕES CONSTRUÇÕES CONSTRUÇÕES CONSTRUÇÕES CONSTRUÇÕES AFOITO AFOITO AFOITO AFOITO AFOITO, LD , LD , LD , LD , LDA . J UNTOAOLAVRADIO , À FIAT Escritórios: Rua Bento Gonçalves, 5, r/c Dto BAIXA DA BANHEIRA Telefone: 212 040 166 CONSTRUÇÕES CIVIS LENTES DE CONTACTO TESTES DE VISÃO GRATUITOS EXIJA O MELHOR PARA OS SEUS OLHOS IDEAL DA MOITA, LDA. R. António Sérgio, 3 B - 2860-436 MOITA Tel.: 212 808 724 fax: 212 808 725 Banda Desenhada Luís Guerreiro distinguido A última edição da revista brasileira Alma HQ apresenta, como convidado internacional, Luís Guerreiro, o conhecido au- tor de banda desenhada alhos- -vedrense. Luís Guerreiro é, sobretudo, um azulejista, na área da azule- jaria artística, onde tem criado e produzido centenas de painéis em azulejo”. Na banda desenha- da, Luís Guerreiro adopta uma temática futurista, em que o artis- ta utiliza a técnica ancestral por- tuguesa – a azulejaria artística. Com menos participação do que em edições anteriores, cumpriu-se a tradição mais uma vez.. Frente à Igreja da Moita, a caravana foi ben- zida pela Pe. João Tavares. Conferência Nacional sobre Política de Solos Dia 18 de Maio, às 20.30 h e ao longo do dia 19 Na Sociedade Estrela Moitense Noite de Lua Cheia Em Maio vamos cantar Zeca Afonso, 20 anos depois. Homenagem ao homem, ao poeta e ao cantor. VII Romaria a Cavalo menos participada Comunidade escolar enche Pavilhão de Exposições Feira de Projectos Educativos 6 8 16 16 16 16 16 15 15 15 15 15 4

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15 de Maio a 4 de Junho de 2007Ano X - Nº 218 • 0,50

DIRECTOR : JOSÉ de BRITO APOLÓNIACHEFE DE REDACÇÃO : LOURIVALDO M. GUERREIRO

Notícias da Moita e Região

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URBANIZAÇÃO DO FACHOVENDA DE PRÉDIOSLOJAS E ANDARES C O N S T R U Ç Õ E SC O N S T R U Ç Õ E SC O N S T R U Ç Õ E SC O N S T R U Ç Õ E SC O N S T R U Ç Õ E S

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Banda Desenhada

LuísGuerreirodistinguido

A última edição da revistabrasileira Alma HQ apresenta,como convidado internacional,Luís Guerreiro, o conhecido au-tor de banda desenhada alhos--vedrense.

Luís Guerreiro é, sobretudo,um azulejista, na área da azule-jaria artística, onde tem criado eproduzido centenas de painéisem azulejo”. Na banda desenha-da, Luís Guerreiro adopta umatemática futurista, em que o artis-ta utiliza a técnica ancestral por-tuguesa – a azulejaria artística.

Com menos participação do queem edições anteriores, cumpriu-sea tradição mais uma vez.. Frente àIgreja da Moita, a caravana foi ben-zida pela Pe. João Tavares.

Conferência Nacionalsobre Política de Solos

Dia 18 de Maio, às 20.30 h e ao longo do dia 19Na Sociedade Estrela Moitense

Noite de Lua Cheia Em Maio vamos cantar Zeca Afonso, 20 anos depois.Homenagem ao homem, ao poeta e ao cantor.

VII Romaria aCavalo menosparticipada

ComunidadeescolarenchePavilhão deExposições

Feira de ProjectosEducativos

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Ginásio Atlético ClubeA popular colectividade banheirense realiza uma Sessão Solene,

comemorativa do 68º Aniversário, no dia 1 de Junho, pelas 21 horas.

Vale da Amoreira recebe “Jazz às Quartas”A Biblioteca Municipal do Vale da Amoreira recebe, no dia 16

de Maio, pelas 21.30 horas, o “Jazz às Quartas”, com João Cena(guitarra), André Mota (bateria), Alexandre Morais (baixo) e Pe-dro Nobre (piano), que, em conjunto, vão proporcionar um espec-táculo musical de qualidade. O preço dos bilhetes é de 3 euros.

Adriano Correia de OliveiraTributo a Adriano Correia de Oliveira, com o “Coro dos Tri-

bunais e Zeca Medeiros”, dia 19 de Maio, às 22.00 horas, no ClubeUnião Banheirense “O Chinquilho”.

Atletismo na Fonte da PrataO 14º Grande Prémio de Atletismo da Fonte da Prata realiza-

-se no dia 20 de Maio, pelas 9.30 horas.

Projecto Vale de EsperançaNo dia 19 de Maio o Projecto Vale de Esperança comemora o

seu 1º aniversário. A comemoração deste aniversário irá realizar--se no Clube Desportivo do Vale da Amoreira, entre as 10.00 ho-ras e as 14.30 horas, com um leque de actividades infantis taiscomo o desenho, pintura facial, entre outras, e actividades juve-nis e séniores, tais como Uril, matraquilhos, Malha, torneio defutebol, apresentação do Projecto pelos técnicos, entre outros.Haverá ainda a actuação do grupo de Batuqueiras, demonstraçãode dança e, no final, um lanche.

Dia Internacional dos MuseusA Câmara Municipal do Barreiro assinala o Dia Internacional

dos Museus, a 18 de Maio, com o apoio da Quimiparque e daEscola de Fuzileiros Navais. A população está convidada a partici-par, ao longo do mês de Maio, em diversas visitas guiadas a es-paços museológicos do concelho. Estas visitas carecem de mar-cação prévia pelo contacto: 212 148 765.

Semana de Coina de 14 a 19 de MaioAs iniciativas a realizar pela Câmara do Barreiro, no âmbito do Roteiro

das Freguesias, terá lugar de 14 a 19 de Maio, em Coina. Um aumentodas iniciativas culturais e reuniões com moradores marcam a dife-rença em relação a outros Roteiros das Freguesias já realizados.

Esta iniciativa, que decorreu anteriormente nas freguesias daVerderena e Palhais, tem como objectivo principal fomentar a par-ticipação e envolver as populações na resolução dos problemas. OExecutivo municipal vai estar, durante uma semana, na freguesiade Coina, visitando empresas, estabelecimentos comerciais e pro-movendo reuniões com moradores e convívios com instituições.

Noticiário

AcontecimentosComentário

José de Brito Apoló[email protected]

Uma Conferênciapara levar a sério

PCP visita a Baixa da Banheira

tor Municipal da Moita, nomea-damente a alegada aplicação deReserva Ecológica Nacional(REN) a 922 ha de terrenos queantes não o eram, prejudicandoos proprietários desses terre-nos, que ficam sujeitos a condi-cionamentos mais restritivos e adesafectação de 460 ha de ter-renos classificados como RENpara terrenos de uso urbano,beneficiando aqueles que tiramproveito da especulação imobi-liária, multiplicando as mais-va-lias, atingiu um nível de protes-to e denúncia nunca antes visto,de que esta Conferência é umdos exemplos.

Certamente, esta Conferên-cia Nacional não deixará de pôro dedo em certas feridas, masdeverá servir, fundamental-mente, para, tornar mais trans-

parentes e aceitáveis os proce-dimentos nestas matérias, demodo a que não dêem azo a lu-cros exorbitantes, de especu-lação imobiliária, como aquelesque já foram publicamenteapontados.

O êxito da Conferência é pre-visível, a avaliar pela comprova-da capacidade de concretizaçãodos organizadores e pela parti-cipação das três principais asso-ciações ecológicas do país, doreputado Arq. Gonçalo RibeiroTelles, da Arqtª. Helena Roseta,Bastonária da Ordem dos Arqui-tectos, de distintos ProfessoresUniversitários, de conhecidospolíticos e de muitas outras pes-soas interessadas em discutirestas matérias.

Portanto, é uma Conferênciapara levar a sério.

Falta apenas uma semanapara a realização da Conferên-cia sobre «Política de Solos,Mais Valias e Ordenamento doTerritório», organizada peloMovimento de Moradores eProprietários da Várzea daMoita. A abertura da Conferên-cia terá lugar na próxima 6ªfeira, dia 18 de Maio, pelas20.30 horas, na Sociedade Es-trela Moitense. Os trabalhos daConferência decorrerão aolongo do dia 19 de Maio, sába-do, em plenário e em torno depainéis temáticos.

É surpreendente como ummovimento local, de contesta-ção a diversos aspectos da pro-posta de revisão do Plano Direc-

Soluções na página 15.SuDoKu

Grelha nº 32

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Preencha com algarismos as casas vazias, de forma a nãohaver repetições em nenhuma linha, nenhuma coluna,nem nenhum quadrado.

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O Centro de Trabalho doPCP da Baixa da Banheira foi oponto de partida da visita que oPartido Comunista Portuguêsefectuou na freguesia. A inicia-tiva, realizada no dia 12 de Maio,teve como objectivo visitar algu-mas partes da Baixa da Banhei-ra, no âmbito do trabalho das au-tarquias e no cumprimento doPrograma Eleitoral do PCP.

José Abreu, responsável doPCP da Freguesia da Baixa daBanheira, disse que esta visitaserviu também para “ter algumcontacto com algumas ne-cessidades que possam existir.Esta visita passa também por co-nhecer o estado dos projectosdas colectividades”, afirmouJosé Abreu.

Numa visita efectuada porcerca de 30 eleitos e candidatosdo PCP, Rui Garcia, vice-presi-dente da Câmara da Moita, noGinásio Atlético Clube, apre-sentou o projecto de ampliaçãoda sede do ginásio e da amplia-ção da zona do ring, “de modo atornar o espaço do ring numpavilhão desportivo”. Rui Garciadisse ainda que o projecto já foidiscutido, faltam apenas algunspormenores, e ”será oferecidoao Ginásio. Depois vem a grandeluta que é a procura de finan-ciamentos”, disse Rui Garcia,realçando que a Câmara da Moi-ta presta todo o apoio possível.

Já no União Desportiva e Cul-

Projectos sem financiamentosanalisados e discutidos

Cátia Fernandes

tural Banheirense, onde foiapresentado um abaixo-assina-do pela construção do campo defutebol, assinado também peloseleitos do PCP, a conversa foimais emotiva e sentida por partedo presidente da direcção dacolectividade, Amândio Esteves,disse que “se soubéssemos queisto ia atrasar tanto a construçãodo campo, com o dinheiro quejá lá está investido, já tínhamosconstruído um campo”. “Esta-mos com medo que esta situa-ção não seja resolvida e a Baixada Banheira não venha a ter ocampo de futebol”, disse Amân-dio Esteves. Referiu também to-dos os apoios que têm sido pres-tados, defendendo que “dizemque é preciso tirar os jovens darua e entretê-los em qualquercoisa, mas não ajudam a que issopossa ser feito, fazendo o con-trário”, disse o presidente dacolectividade, protestando con-

tra a falta de apoio do PoderCentral.

João Lobo, presidente da Câ-mara Municipal da Moita, “nolugar de militante e não de pre-sidente”, fez o balanço desta vi-sita, que definiu como sendo“positivo”, dizendo que esta vairepetir-se “pelas freguesias doconcelho, com um grupo demilitantes, fazendo umas visitasinformais”, de modo a contactarcom as pessoas e identificarproblemas existentes. João Loboafirmou também que é impor-tante “visitar as colectividadesque tenham problemas com fi-nanciamentos de projectos”, erealçou que não é só “em perío-dos eleitorais que andamos pelarua a fazer o que fizemos”.

Durante a visita, para além dasduas colectividades, os mili-tantes do PCP visitaram ainda osdois Mercados Municipais daBaixa da Banheira.

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Nº 218 15 de Maio a 4 de Junho de 2007

De novo este clube doBarreiro se elevou,acima das suas forças,mostrando a energiaque dirigentes e atletas,em uníssono,colocaram comodesígnio imperativo.O Grupo DesportivoFabril venceu oDistrital de Futebolcom o mérito doscampeões que em geralos barreirenses são.Bastas vezes,habituado a vitórias, nofutebol, no remo, nohóquei em patins, noatletismo, nobasquetebol e até nojudo e na ginásticatítulos não faltaram.

Venceu

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Recuando um pouco na his-tória do Desportivo Fabril quefoi Quimigal e no seu apogeuCUF, recuperamos um acumu-lado de conquistas nos setentaanos da sua existência, quaren-ta dos quais no mais alto pata-mar do desporto nacional, em to-das aquelas actividades despor-tivas atrás referidas. Gozou deuma longa vida de sucessos parao clube, como para os que comele conviveram, culminando nomomento actual na dupla vitóriadas equipas de futebol sénior ejuniores, feitos que engrande-cem o Barreiro o principal bene-ficiário com os êxitos do clube, aque se soma um campeão de gi-nástica na categoria Tumbling.

O Grupo Desportivo Fabril, osegundo heterónimo do G. D.da CUF, teve o seu o embrião em1911 nas entranhas do Bairro

Operário onde foram despontan-do, pela concentração de traba-lhadores, associações de carácterrecreativo, cultural e desportivo.Foi, antes da Fundação, “Aca-demia Recreativa e Musical dosOperários da CUF”. Foi depois“Liga de Instrução e Recreio dosTrabalhadores da CUF”. Final-mente em 1937 tomou o nomede Grupo Desportivo da CUF -Delegação do Barreiro. Usou parao futebol as designações de“Clube União de Futebol” e de-pois “Unidos Futebol Clube”.

O Futebol nasceu desportopara os filhos da rua e dele fize-ram o contentamento dos maisjovens e à sua volta vultuosa po-pulação se concentrara.

De 1943 em diante foi sem maisimpedimentos Grupo Desporti-vo da CUF, passou a Quimigal em1979 e em 2001 a Fabril.

O G. D. foi em tempos cam-peão nacional de juniores, (o pri-meiro título nacional de futeboldo clube, do Barreiro e do Distri-to de Setúbal) foi campeão na-cional da II Divisão em futebol.Ascendeu à I Divisão Nacionalonde se manteve 22 anos conse-cutivos. Andou na roda interna-cional, venceu o grande Inter deMilão. Foi campeão Nacional dehóquei em patins, cuja equipa os-tentava três internacionais ecampeões do mundo. Nele pulu-laram campeões nacionais ematletismo. Muitos títulos naciona-is e internacionais na modalida-de de remo, dois dos seus rema-dores alcançaram o patamar olím-pico. Títulos no judo e em váriasoutras modalidades desportivas.No futebol vários foram os seusjogadores internacionais.

Esta curta história serve pararecordar que este Clube é de-tentor de um historial invulgar.Toda a herança que o Fabril de-tém, o potencial de capacidadeque ainda respira no interior dasua estrutura física e o empe-nho de quem por ele batalhatêm quase como obrigatório ointeresse da comunidade em

especial dos órgãos que superin-tendem a vida colectiva e socialdo Barreiro.

Hoje uma mão cheia de inte-resses fizeram colagem ao fute-bol com o objectivo de dominareste poder de gente. Empresári-os negociam as pernas dos joga-dores sugando a teta fértil, ca-nais de televisão em guerra deaudiências comerciais, negóciosà volta de equipamentos, chutei-ras, alimentos, bebidas, trans-portes, construções e outros àpesca dos milhões que povoameste mar de paixões. O futebolé o mais aliciante poder, o maismediático posto de comando.Por ele têm passado os maisambiciosos “conquistadores” dafama. O desporto genuíno, co-mo neste clube se pratica, temoutra missão e por isso deveriaser de outro modo olhado.

Desde que as finanças doclube perderam a parte de leãodas receitas vindas da empresaque sempre suportara as despe-sas da grande colectividade dosTrabalhadores da CUF e de mui-tos adeptos barreirense que ti-nham sincera admiração pelosfutebolistas, basquetebolistas,hoquistas, voleibolistas, ginastas,lutadores de judo, campeões deremo, enfim um acervo de des-

portos que ainda hoje o Fabrilfomenta.

Será erro de lesa Cidade man-ter o autismo de várias décadas,ignorando as potencialidadesdeste Clube, correndo-se o riscode o Barreiro ficar amputado dasua mais apta estrutura despor-tiva, cultural e recreativa que oG.D.F. com enorme sacrifíciocoloca ao ser viço da Terra bar-reirense.

Com extremas dificuldadesfinanceiras é ainda a colectivi-dade que mais serve o Barreirona movimentação de cidadãosna prática dos desportos, mas,nem assim a Direcção vacila, fo-mentando o futebol de formaçãocom cerca de 400 miúdos à pro-cura do estrelato. O Futsal estáem vias de se juntar aos cam-peões de futebol no pódio dostriunfos. O Remo do Clube estáde novo a galgar as ondas do rioe a caminho de novas conquis-tas. Dois jovens remadores, Fili-pe Bolsa e Frederico Gaspar, in-tegram a Selecção de Juniores.

O G. D. no passado enobreceua Vila, e continua para além dassuas débeis posses no presentea elevar a Cidade, como para ahistória ficam mais estas con-quistas, e isto não deveria ser es-quecido por ninguém e muito

menos pelos que desejam ver oBarreiro na vanguarda, do des-porto, da cultura e na saúde dapopulação que usa as instalaçõesdo Clube em actividades físicas.

Este grande clube presta umenorme serviço social de ines-timável importância para a po-pulação do Barreiro já que mo-vimenta cerca de 1200 atletas detodas as idades, distribuídos poruma dúzia de modalidadesdesportivas.

A gestão do Complexo Des-portivo é deveras oneroso para acapacidade financeira do Clube.Espera-se uma grande compre-ensão das entidades que podeme devem, tendo em conta ahistória e o presente desta colec-tividade do Barreiro.

A Direcção do Clube, coman-dada por Faustino Mestre, orgu-lha-se dos êxitos dos atletas doclube e era bom para o Barreiroque outros responsáveis acari-nhassem a Colectividade queainda tem pernas para mais su-cessos.

O Grupo Desportivo Fabrilvenceu o Campeonato Distritalde Futebol, galgando ao escalãosuperior, tendo como objectivo,segundo o Presidente do Clu-be, a subida à II Divisão Nacio-nal.

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Cátia Fernandes

Comunidade educativa expõe trabalhos

Feira de Projectos da Moita

As escolas do concelho daMoita juntaram-se mais uma vezna X Feira de Projectos Educati-vos, que se realizou de 9 a 11 deMaio, no Pavilhão Municipal deExposições da Moita. Esta inicia-tiva teve como objectivo mostraros projectos e as práticas educa-tivas nas escolas do concelho daMoita, possibilitando a partilhae a cooperação entre toda a co-munidade local.

A abertura oficial desta feirafoi realizada por uma interven-ção de João Lobo, presidente daCâmara Municipal da Moita, àqual crianças, jovens, pais, profis-sionais de educação e visitantesda feira assistiram. João Loboreferiu que “esta feira não é daCâmara, é da comunidade edu-cativa”, pois segundo o autarca“a Câmara serve de estruturacongregadora”, prestando todoo apoio logístico.

Salientando os “problemas e

condições” de ensino colocadosactualmente, João Lobo afirmouque é importante não esquecer“a vontade e persistência da co-munidade educativa em cons-truir esta feira”. Fazendo um “ba-lanço positivo” destes 10 anosem que se tem realizado esta ini-ciativa, o presidente da Câmarada Moita disse que “a troca deexperiências e o contacto com arealidade dos outros são doispassos importantes e semprepresentes”, tendo em conta que

muitos dos “actores educativosdo nosso concelho” têm conhe-cimento do trabalho dos outrosneste espaço.

Vivina Nunes, Vereadora daCultura da Câmara da Moita, jus-tificou o facto de a feira ter me-nos stands que os anos anterio-res, dizendo que “está dispostade forma diferente, por agrupa-mentos, o que permite apresen-tar um maior espaço de circula-ção”. “Não fazia sentido um agru-pamento ter cinco ou seis esco-

las e cada escola um stand, poiso projecto educativo é o mesmo”,afirmou Vivina Nunes.

A vereadora da Câmara disseainda que estes são “três diasmuito importantes em termos deconhecimento e de riqueza paratroca de experiências, partilhade opiniões e de emoções”.

Durante esta feira, quem avisitar, encontrará vários work-shops e actividades propor-cionadas pelas escolas envolvi-das.

O Grupo Columbófilo Ba-nheirense, criado no dia 1 deMaio de 1950, completou esteano 57 anos de existência.

Numa breve cerimónia deaniversário, forma distribuíasmedalhas aos columbofilistascom 25 anos de associados. Umdestes associados era o saudosoManuel Galrinho Bento, umaglória do futebol português.

Um dos troféus também atri-buídos foi o Troféu da Liberda-de, ganho pela dupla Alfredo &Alfredo, por ter ficado em 25ºlugar no concurso mais próximodesta data histórica.

O membro da Junta de Fre-guesia da Baixa da Banheira, Jo-sé Santos, lembrou a luta que foia Aldeia Columbófila, mas final-mente ganha. O autarca realçouo trabalho da Direcção e preconi-zou a rotatividade e o renovesci-mento nos elencos directivos,para haver “sangue novo”, disse.

Grupo Columbófilo Banheirense

1º de Maio é dia de festa de aniversário

A Câmara Municipal da Moitanão se fez representar.

O presidente da Direcção,Manuel Ventura, simultanea-mente columbófilo concorrente,afirmou a O RIO estar satisfeitocom a festa de aniversário daColumbófila, participada porbastantes associados. A aspira-ção imediata da colectividade éa renovação informática dosserviços administrativos, indis-pensável ao desenvolvimento damodalidade. Sobre a nova Alde-ia Columbófila, aberta há cercade um ano, o presidente quei-xou-se do aparente abandonopor parte da autarquia munici-pal que deixou uma casa debanho feita, mas “ainda não pro-cedeu à ligação da água, apesardas nossas insistências”.

A festa de aniversário pro-longou-se pela tarde, à volta deuma ‘mesa bem posta’ e numsalutar convívio.

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Leituras

“Há, na forma de estar dodr. Isaltino Morais, sempre umolhar para o amanhã, o que é gra-to, porque acho que este paísperde tempo demais a olharpara ontem. Desse ponto de vis-ta, tenho aprendido algumacoisa”. A declaração, que constade uma entrevista de duas pági-nas publicada na última ediçãodo boletim municipal de Oei-ras, pertence a Emanuel Mar-tins, um dos dois vereadores queo PS tem na Câmara de Oeiras.(…)

Na entrevista ao boletim mu-nicipal de Oeiras Actual, Ema-nuel Martins afirma que, “mes-mo correndo o risco de ser criti-cado”, quer “dizer exactamente”aquilo que sente. E o que sente,garante, é uma ‘surpresa’ nasua experiência de trabalhocom Isaltino. “A pessoa que euconheci está diferente e confes-so que para melhor, do ponto devista funcional”, salienta. “(…)superou a expectativa que tinhaquando decidimos aceitar pe-louros, opinião que é partilha-da pelo meu colega de verea-ção”, acrescenta.

Nas últimas eleições Martinsfoi o cabeça de lista do PS e gran-de parte da sua campanha assen-tou no ataque a Isaltimo Moraispor estar acusado de corrupçãopelo Ministério Público”.

José António Cerejoin “Público” de 6/5/07

N.B. A oposição tem acesso aoboletim municipal

NoBoletim

Municipal

Em comunicado, o Secretariado daComissão Concelhia da Moita do PCPapresenta a sua opinião sobre a conferênciada Várzea da Moita, que divulgamos:

“Está anunciada e publicitada a realizaçãode uma Conferência Nacional sobre a políticade solos, as mais valias urbanísticas eordenamento do território, para os dias 18 e19 de Maio na Moita.

Opinião do PCPa respeito da Conferênciasobre a Política de Solos

O Secretariado da ComissãoConcelhia da Moita do PCP

Os conteúdos avançados emblogues e email´s pelos orga-nizadores, a forma como é anun-ciada, fazendo crer tratar-se deum problema nacional mas naprática incidindo sobre o con-celho, numa manobra que visadenegrir esta terra, as suas gen-

tes e os seus eleitos autárquicos,merece o desacordo do PCP.

A matéria anunciada é de fac-to um problema nacional e oPCP e os seus eleitos orgulham--se da contribuição que têmdado e que continuarão a darcom honestidade, trabalho ecompetência. É por isso, que nãopondo em causa a legitimidadede quaisquer grupo de cidadãosorganizar debates acerca do queentender, consideramos queem relação à matéria em questãose enganaram no concelho e noseleitos autárquicos, batendo naporta errada.

O modo como os convites pa-ra participar na referida iniciati-va foram feitos e a sua divulgação,são no mínimo processos pouco

sérios, pois recorrendo à utiliza-ção abusiva de nomes de pes-soas e instituições que, mesmoapós o desmentido das mesmasé omitido a divulgação do seuteor pelos mesmos meios em quesão anunciados.

Quanto ao PDM da Moita,reafirmamos o conteúdo do co-municado do Executivo daComissão Concelhia da Moita doPCP de 20 de Abril de 2007,designadamente no que se refe-re à forma pública e transparentecom que foram tratados todos osprocessos para a sua execução eà necessidade da sua aprovaçãosuperior de modo a mantermosos objectivos de desenvolvimen-to económico e social do conce-lho da Moita”.

Dado que ao PCP têm chega-do interrogações sobre esta ini-ciativa, o Secretariado da Comis-são Concelhia entende divulgara opinião do PCP sobre a mesma.

Em comunicado, oBloco de Esquerdaexplica as razões porquevotou contra o Relatórioe Contas de 2006 daCâmara Municipal daMoita:

“As dívidas ao sectorbancário aumentaram598 euros ou seja mais de100 contos por dia,totalizando qualquercoisa como 23 milhões deeuros, 4,6 milhões contos.

Bloco de Esquerda contrarelatório e contas da Câmara da Moita

Comissão Concelhia daMoita do BE

As dívidas a curto prazo ultra-passam os 8 milhões de euros,sendo que algumas são de todoincompreensíveis. Nomeada-mente a divida de 500 mil euros(100 mil contos), à Caixa Geralde Aposentações, quando aforça que maioritariamente go-verna o município tanto ataca (ebem diga-se,) os privados pordívidas à segurança social, é casopara dizer “faz o que digo nãofaças o que eu faço”.

A divida à Cabovisão no valorde cerca de 400 mil euros (80mil contos) também é algo que

não se compreende.Não encontrámos em lado al-

gum a eterna dívida à JuntaMetropolitana que ronda os 100mil euros, 20 mil contos, sendoque actualmente este é o únicomunicípio com divida a esteórgão.

Tal agravamento das dívidas,põe em perigo a gestão do mu-nicípio e só se compara com asdívidas contraídas durante o anode 2005, ano de eleições au-tárquicas.

A seguir-se tal política de en-dividamento, é o próprio futurodo concelho e dos funcionáriosmunicipais e autárquicos queestá a ser hipotecado.

Uma outra politica é ne-cessária para o nosso concelho,uma politica de obras susten-táveis e não eleitoralistas, umapolitica de orçamentos partici-pativos, onde os munícipes se-jam ouvidos, uma politica decontenção na expansão dobetão, uma politica que aposteno bem estar das pessoas.

Por tudo isto o Bloco de Es-querda, que já se tinha abstidona votação do Orçamento para2006, face ao agravar da dívidae à baixa taxa de realização doplano, nomeadamente naspolíticas de educação e apoiosocial, votou contra o relatório econtas de 2006”.

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Na última edição do jor-nal O RIO, na primeira pá-gina referimos Viana doCastelo como destino da VIIRomaria a Cavalo, quandona realidade é Viana doAlentejo.

O RIOerrou

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15 de Maio a 4 de Junho de 2007 Nº 21866666

Resumo do Estudo

Alguns vestidos a rigor, ou-tros mais descontraídos, osromeiros da Associação Eques-tre Moitense partiram rumo aViana do Alentejo, ao encon-tro da Nossa Senhora d’Aires,cumprindo mais uma vez esta

Associação Equestre Moitense

Romaria a Cavalo com menos participaçãoCátia Fernandes romaria. A 7ª Romaria a Cava-

lo partiu na manhã do dia 2de Maio, que se mostrou chu-vosa.

Com menos participação doque em edições anteriores, ape-nas cerca de 40 cavalos inicia-ram a caminhada. Mesmo assim,a tradição desta associação cum-priu-se mais uma vez, reunindo

em frente à Igreja da Moita to-dos os romeiros para serem ben-zidos pelo padre João Tavares,acção a que muita gente assis-tiu.

Segundo Isalindo Mira, daAssociação Equestre Moitense,estava previsto mais pessoas par-ticiparem, “mas temos a certezaque há mais gente que se vai jun-

tar a nós”. “O tempo tem-nosatraiçoado, mas não há dúvidaque a nossa missão vai ser cum-prida e a Nossa Senhora da BoaViagem vai ajudar-nos nesta ca-minhada”, referiu, bastanteemocionado.

Afirmando que em Valderajuntariam “cerca de 300 pes-soas”, Mira realçou que a ques-

tão de haver duas romarias“não nos vem influenciar emnada porque temos a consciên-cia de todo o trabalho que fize-mos”. “Vamos fazer a 7ª romariacomo fizemos a primeira e to-das as outras”, mostrou Isalin-do Mira, justificando que mes-mo com o mau tempo “vamosarrancar nesta caminhada”.

A Comissão Europeiaenviou aos EstadosMembros um opúsculocom 17 páginas, a quechamou pomposamente“Livro verde”, que é umverdadeiro manualideológico que visaajudar (com“argumentos”) osgovernos e as entidadespatronais a introduzir,nos respectivos países,aquilo a que chama“flexigurança”, que é aliberalização dosdespedimentos sem justacausa.

Flexigurançao que é e quais as consequências para os trabalhadores

Eugénio RosaEconomista

A palavra “flexigurança”, talcomo sucede com o “factor desustentabilidade” é, segundo asciências da comunicação, umapalavra-armadilha pois é umapalavra que procura ocultar o ver-dadeiro objectivo que, no pri-meiro caso, é a liberalização dosdespedimentos individuais e, nosegundo caso, foi a redução daspensões. São também denomina-das pelas ciências da comuni-cação “palavras-virtude” porqueprocuram associar, de uma for-ma enganosa, as palavras positi-vas “segurança” e “sustentabili-dade” àqueles objectivos (libera-lização dos despedimentos eredução das pensões), que nadatêm a ver com elas.

Logo no início do chamado“Livro verde”, com o objectivo defragilizar a resistência dos traba-lhadores à “flexigurança”, aComissão Europeia divide os tra-balhadores em dois grandes gru-pos: 1 os “insiders”, ou seja, os quetêm contratos permanentes eque têm direitos; 2 os “outsiders”,ou seja, aqueles que não têmcontrato permanente e que, porisso, não possuem direitos. Des-ta forma, procura atirar uns con-tra os outros para fragilizar a sua

luta e resistência. Portanto, umatáctica muito semelhante à uti-lizada pelo governo de Sócratesque também dividiu os trabalha-dores entre “privilegiados” (queseriam os da AdministraçãoPública) e não privilegiados (osdo sector privado) com objecti-vo de fragilizar também a lutados trabalhadores portuguesespara, em primeiro lugar, atacaro sistema de aposentação dostrabalhadores da AdministraçãoPública e, depois, atacar o re-gime geral de Segurança Socialdos trabalhadores do sector pri-vado reduzindo as pensões dereforma a uns e outros.

No mesmo “Livro verde”, aComissão Europeia defende tam-bém a precariedade que se verifi-ca actualmente nas relações detrabalho afirmando que ela se tor-nou necessária e inevitável devi-do, por um lado, ao desenvolvi-mento tecnológico e, por outrolado, ao facto do contrato de tra-balho permanente ser uma coisado passado que já não corres-ponde às necessidades do desen-volvimento económico moderno.Chega até ao cúmulo de afirmarque as diferentes formas de con-tratos precários existentes – con-tratos a prazo, “recibos verdes”,contratos temporários, etc. – éuma situação benéfica para os tra-

balhadores pois fornece a estesmúltiplas opções de escolha. Des-ta forma procura “naturalizar”,ou seja, tornar a precariedadeuma coisa “natural” e “normal”que é também uma forma demanipulação como ensinam asciências da comunicação.

A introdução da chamada fle-xigurança em Portugal repre-sentaria, na prática, a liberaliza-ção dos despedimentos tanto in-dividuais como colectivos, atravésdo alargamento do que é consi-derado como justa causa para odespedimento (serve de exem-plo, a última proposta do gover-no para a Administração Publicaque pretende considerar comomotivo para processo disciplinare, consequentemente, despedi-mento, duas avaliações negativasatribuídas pela entidade patronalao trabalhador); a liberalizaçãodos despedimentos por meio daredução significativa das indem-nizações a pagar pela entidadepatronal pois, segundo a Comis-são Europeia, os actuais valoresdas indemnizações (um mês porcada ano de serviço) são excessi-vos constituindo um obstáculo aque as empresas façam despedi-mentos; e também através da pro-tecção dos desempregados que,no caso português, tenderia areduzir-se ainda mais devido à

actual politica de obsessão dodéfice e de redução da despesapública.

E esta situação ganha aindauma maior gravidade em Portu-gal, já que a precariedade e a fle-xibilidade já são muito elevadas,pois a população com empregoou trabalho precário e os desem-pregados já representam 41,8%da população empregada, e ostrabalhadores por conta de ou-trem com contrato permanente,que são os principais alvos daflexigurança pois esta pretendeacabar com os contratos sem ter-mo, ainda representam 59,8%da população empregada, ouseja 3.069.000 portugueses. Aintrodução da flexigurança emPortugal, em que 71% da popu-lação empregada tem apenas oensino básico ou menos e emque a criação de emprego édiminuta devido às baixas taxasde crescimento económico, de-terminaria que o desempregodisparasse, portanto mais ex-clusão social e mais miséria, poisa protecção aos desempregadosé reduzida em Portugal (segun-do o Ministério do Trabalho ape-nas 40% dos desempregados éque recebem subsidio de de-semprego) e não é de preverque aumente com a politica deobsessão do défice.

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Crónicas de Moura

Celeste Barata

A paisagem alentejana, coma suavidade arredondada dosseus montes, a variedade da suafauna e da sua flora, em que abrancura da cal e das flores se des-taca na multiplicidade dos ver-des do montado e da planície,continua a deslumbrar todos osque amam as coisas autênticas.

O maciço calcário formadopelas serras da Adiça, do Álamoe de Ficalho impõe-se na planí-cie, atingindo os 522 metros noponto mais alto. Pelos segredosescondidos nas minas desactiva-das, de onde saiu, durante sécu-los, o ouro que serviu tambémpara fazer as jóias do período doBronze Final, conhecidas como“Tesouro do Álamo”, pela redede grutas que percorre o inte-rior da serra com as suas encan-tatórias lendas de gigantes, te-souros e mouras encantadas,pelo matagal mediterrânico e osextensos olivais, a Serra da Adiçaé um local mágico, a que acresceuma outra beleza que só aosolhos de conhecedores não pas-sa despercebida.

Num passeio organizado pelaADC Moura, que nos levou des-de o Sobral da Adiça, pelo anti-go percurso da água onde sedetectam ainda os poços queabasteciam homens e animais,até ao talefe, (marco geodésico)situado no ponto mais alto da

Um Alentejo cercado

Serra, pudemos admirar toda aserena gravidade do entardecerna planície circundante e co-nhecer um pouco da belezasecreta do local.

Acompanhados por biólogos,um dos quais descobriu ali a or-chis collina, uma orquídea muitorara em Portugal e em vias deextinção, tivemos a oportuni-dade de admirar fetos e florescomo a rosa albardeira, insectose borboletas, além de dezenasde plantas e simples arbustos,mas com interessantes utiliza-ções medicinais. Verificámos asdiferenças entre as pegadas dalontra e do texugo e soubemosque naquela serra foram de-tectados, em 2001, vestígios dapassagem do lince ibérico.

Pudemos ouvir esse biólogo,profundo conhecedor da serra,dizer como se pode verificar seum montado está saudável ou,pelo contrário, se já apresentaos sintomas das doenças que olevarão à morte. Desse mesmobiólogo ouvimos, também, quehá mais biodiversidade debaixode uma simples azinheiraalentejana, do que existe numpaís como a Holanda e que mui-ta da chamada desertificação sedeve a práticas agrícolas incor-rectas, à utilização de mecaniza-ção indevida no combate a de-terminadas plantas infestantes eà crescente introdução de bovi-nos e equinos no montado.

Esta informação deixou per-plexos todos os passeantes.Como justificar e compatibilizar

as medidas da Comunidade Eu-ropeia que apoiam as explo-rações de bovinos, sem grandestradições no Alentejo, mas querecebem da mesma Comuni-dade 400 euros por cada umdesses animais que, pelos vistos,contribuem para destruir abiodiversidade aqui existente,com a imposição de directivaspara preservar a biodiversidade,como é, por exemplo, o caso daRede Natura que no concelhode Moura atinge já 52 por centodo território e, em breve, passarápara 59 por cento?

Com regras apertadas queimpedem, de forma indiscrimi-nada, o aproveitamento de áreasdecisivas para o desenvolvimen-to económico e social do conce-lho, incluindo a plantação deolivais, vinhas e pomares, im-põem a manutenção dos siste-mas agrícolas extensivos e invia-

bilizam o aproveitamento, parafins turísticos, de instalações in-tegradas em espaço rural, aRede Natura, feita a régua e es-quadro sobre mapas que nãotêm em conta as pessoas e a rea-lidade territorial, está a contri-buir para aumentar o abandonoda terra e para se acabar com abiodiversidade que diz quererproteger.

A mesma perplexidade sepode estender aos apoios para avedação de extensas herdadesque passaram a estar dedicadasexclusivamente à caça, ondequase nada se produz e onde jánem sequer as colmeias ali têmlugar, passando a ser proibidoapanhar cogumelos, espargos emesmo pescar, porque as cercasse estendem até às margens dosrios.

Se juntarmos a isto, a desvalo-rização do preço dos cereais,

que tende a acabar com os ex-tensos campos de trigo que tan-to caracterizaram o Alentejo eforam a base propícia à nidifi-cação de aves como o sisão, aabertada, o grou, os peneireiros--cinzentos e outras que se pre-tendem proteger, teremos, nofuturo próximo, mais abandonoda terra e problemas acrescidosno Alentejo.

O Concelho de Moura, que ébanhado pelas águas de Alque-va, que tanta expectativa gerou,corre o risco de não extrair daíos benefícios que poderia, devi-do a um conjunto de políticasagrícolas desgarradas e desliga-das da realidade.

A Câmara de Moura tem esta-do ao lado dos agricultores naluta por uma política agrícolacoerente, porque entende quedeve haver um estudo técnico,devidamente fundamentado,acerca dos impactes sócio-eco-nómicos decorrentes da apli-cação das restrições da RedeNatura, com compensações eestímulos aos agricultores e àpopulação abrangida e porque,além do mais, num concelhoonde estão situados alguns dosmelhores terrenos agrícolas dopaís e produtos com qualidadecertificada, o futuro passa tam-bém pelo futuro da Agricultu-ra. Até porque o Alentejo cerca-do não pode ser a única soluçãopara suceder ao Alentejo De-sencantado de que falava, em1969, o escritor Mário VenturaHenriques.

A Associação de Pais e Encar-regados de Educação dos Alu-nos do Agrupamento Vertical deEscolas D. Pedro II foi designa-da representante das APEE doConcelho da Moita na Rede So-

Representação das Associações de Pais na Rede Social da Moitacial local. Os membros destaAssociação representantes narede Social são: Marília Gon-çalves e Rui Loureiro.

A FERSAP congratula-se pe-la possibilidade que teve na con-

tribuição para que o movimentoassociativo de pais do Concelhoda Moita possa estar representa-do neste importante órgão deintervenção social, tendo emconta que, actualmente, muitos

dos problemas sociais passampela escola, com reflexos querno Insucesso e abandono esco-lar, quer nos comportamentosde risco e de indisciplina dosjovens e adolescentes.

“Esta é uma batalha difícil,permanente e árdua que, jun-tos, com toda a comunidade, teráde ser de ganha”, afirma AntónioAmaral, presidente do Conse-lho Executivo da FERSAP.

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José de Brito Apoló[email protected]

Em vésperas da Conferência Nacional sobre aPolítica de Solos, Mais Valias Urbanísticas eOrdenamento do Território, no meio de uma certaazáfama, O RIO entrevistou alguns elementos doMovimento da Várzea da Moita, nomeadamente,Dionísio Barata, José Carrilho, António Ângelo eManuel Miranda Miguel, na Barra Cheia.

A referida Conferência realiza-se já nos dias 18 deMaio (sexta-feira), às 20.30 h, e no dia 19 (sábado) aolongo do dia, no salão da Sociedade Estrela Moitense,na Moita.

Entrevista com elementos do M

“Esta luta vai ser ganha porque a há-de acabar por imperar”, afirma

Na Várzea da Moita, as terras, ar-roteadas e agricultadas peloschamados ‘caramelos de ir evir”, acabaram por ser coloniza-das pelos que aqui se fixaram econstituíram família. A Várzea é,portanto, uma zona tradicional-mente agrícola. No vosso enten-der, por que é que, agora, lhequerem passar solos rurais areser va ecológica?

Dionísio Barata: O aumentoda REN nesta zona deve-se aofacto de alguns promotores imo-biliários terem compradonoutras zonas do Municípiograndes áreas de terrenos emreserva ecológica (terrenos flo-restados e sem vivalma) e, mo-vendo as influências certas, con-seguiram garantias de desane-xação desses terrenos da REN,fazendo com que essa mesmaárea de REN fosse posta em cimade terrenos, aqui da Várzea, quejá estavam protegidos por inte-grarem em grande parte a Re-serva Agrícola Nacional (RAN).Portanto, houve uma transferên-cia de área de REN de um ladopara o outro, beneficiando osgrandes promotores imobiliá-rios e prejudicando os peque-nos proprietários e os morado-res da Várzea da Moita.

António Ângelo: Exacto. A colo-cação de reserva ecológica nes-ta zona a sul do concelho corre-sponde a uma manobra para ilu-dir tudo e todos. Temos de per-ceber qual foi o objecto princi-pal da Revisão do PDM e estefoi a passagem brutal de 400 hade solo rural (classificado emREN), para novo solo urbano.Como, a nível central, não é bemaceite a redução de solo rural edesclassificação de áreas REN,foi preciso arranjar uma cortinade fumo, fazendo uma revisãoque desclassificou a reserva

ecológica num sítio e a colocounoutro sítio onde ela não faziafalta.Concretamente, quais são osproblemas para os moradores eos proprietários da Várzea daMoita, causados pelas alteraçõesà REN na proposta de Revisãodo PDM?

José Carrilho: As pessoas foramconfrontadas com a possibilida-de de colocação de REN em ci-ma dos seus terrenos, onde culti-vam, criam gado e moram, o quelimita gravemente a sua vida deagricultores e criadores de gadoa que há muito tempo se dedi-cam. Há os que tendo vastos ter-renos, não podem construirmais uma casa para o filho ou afilha que quer casar, obrigandoao afastamento de muitos casaisjovens para outras terras. Nemsequer uma simples cabine debaixada eléctrica é permitidoconstruir, como é o caso de umamoradora local que viu rejeitadoo seu pedido de construção.

Manuel Miranda Miguel: Eutenho um filho prestes a casar,queria fazer-lhe uma casa e, as-sim, não posso. Mesmo em pro-priedades onde ainda se podiaconstruir uma casa, agora comessas áreas abrangidas pela REN,caso vingue este Projecto denovo PDM, já não será possívelconstruir.

António Ângelo: As pessoasconhecendo estes casos nãoquerem mais REN, muito me-nos nos seus terrenos, em cimadas suas actividades agrícolas epecuárias e das suas casas cons-truídas legalmente. Tudo istopara compensar a retirada deReserva Ecológica de matas, semgente, sem casas, sem hortas nemanimais. No fundo, faz-se o“frete” a meia dúzia de grandesproprietários que, durante operíodo do processo de revisãodo PDM, compraram à pressaessas propriedades e com a mão

esquerda assinaram a compra ecom a mão direita assinaram oprotocolo de mudança de usodesses solos. Enganando os an-teriores proprietários, a quemcompraram por tostões e, no diaseguinte, valorizaram para mi-lhões com os protocolos que as-sinaram com a Câmara. Isto acon-teceu com os 400 ha retirados àREN. Resumindo, retira-se áreade REN onde ela faz falta e colo-ca-se onde não é precisa, ondehá equilíbrio e protecção ambi-ental, e ainda por cima é coloca-da em cima da vida e da activi-dade produtiva das pessoas.O movimento, nos seus discur-sos, comunicados e artigos deopinião, fala muito em “escu-ridão”. Quer explicar o que sig-nifica essa “escuridão”?

António Ângelo: Sim, falamosem escuridão e falamos tambémna defesa da lei – defesa da leicontra a escuridão. A escuridãoé aquela zona de penumbra,zona escura onde a gente nãosabe o que há, mas parece quenão são coisas muito claras, an-tes surgem como pouco trans-parentes. Neste caso, relativo acertas anomalias no processo derevisão do Plano Director Mu-nicipal da Moita, não é a nós quecompete averiguar, mas, comocidadãos que somos, temos ca-beça para pensar e perceber quemuitos dos factos que ocorreram,de há dez anos para cá, em tor-no da Revisão do PDM, foram,em nossa opinião, contrários àlei. Por exemplo, temos referi-do sempre os decretos-lei quetêm sido violentados em diver-sos aspectos fundamentais.

A verdade é que a Revisão doPDM tem todo um formato le-gal que tem de ser respeitado enós duvidamos da legalidade deprotocolos, assinados em 2000,que condicionam todo o proces-so de Revisão que ainda vai de-morar sete anos. Portanto, nãoachamos que seja de legalidadeconsistente haver protocolos em2000 que digam como é que vaiser o solo concelhio quando ain-da estamos a sete anos do termi-nus da Revisão do PDM, a qual éque deve definir o solo no con-celho. Isto é como um jogo defutebol num domingo, cujo re-sultado tinha sido decidido nosábado anterior, não acredita-mos que seja razoável haver leisque regem a Revisão do PDM e,antecipadamente, avançar-secom protocolos que condicio-

nam todo um processo legal.Quanto à escuridão, como

disse, nós não temos capacidadeinspectiva, não somos autori-dade, nem temos o poder parafalar sobre estas questões, ape-nas podemos dizer que achamosmuito estranho que os mesmosinterlocutores estejam na com-pra e na mudança do uso daspropriedades e, depois, estejamno benefício das operações, en-tretanto surgidas.

E achar estranho, duvidar,questionar, pedir clarificações eexigir respostas são direitos fun-damentais dos cidadãos em de-mocracia.Certas pessoas que contestam ovosso Movimento dão a enten-der que há forças políticas daoposição nos ‘bastidores’ da vos-sa luta. É isto verdade?

Essa é uma acusação infun-dada, que faz dos cidadãos ´jo-guetes e marionetes’ que só po-deriam fazer qualquer coisase tivessem por traz alguém amexer os cordéis. Essa é umavisão que ofende a dignidadedas pessoas e que tem uma men-sagem subliminar que é a ideiade que os cidadãos, como nãopensam nem agem por si pró-prios, só podem fazer qualquercoisa, se estiverem a ser mano-brados por alguém. Esta é umavisão do passado e não corres-ponde ao que se passa entre nós.Nós não somos movidos porforça política nenhuma, nemcombatemos nem a favor nemcontra qualquer força política.Simplesmente, opomo-nos amás práticas de governação e asituações que nos parecem sercontrárias à lei e sombrias, escu-ras, sejam elas feitas pelas pes-soas do partido A ou do partidoB. Não estamos a fazer o ‘frete’ anenhum partido nem a actuarcontra qualquer partido. Comvista à resolução dos nossos pro-blemas, nós pedimos apoio a to-das as entidades e a todas asforças políticas, inclusive aoPartido Comunista Português,que é a força maioritária, noquadro da CDU, na Câmara e naAssembleia Municipal da Moi-ta. Simplesmente há quem nosresponda e ajude, e quem sequede calado e quedo.O movimento tem demonstradouma grande capacidade de in-tervenção e comunicação, che-gando a meios de comunicaçãosocial nacionais e às mais altasinstâncias do poder. Acha que as

acções já levadas a cabo serãocapazes de conduzir ao “chum-bo” da actual proposta de Re-visão do PDM?

Só pode. As pessoas da Várzeada Moita, ao demonstrarem arazão que esta luta tem e que éinjusta a Revisão do PDM, na for-ma como a Câmara da Moita aestá a querer colocar, estão a tra-var uma luta que só pode serganha.

Quando falámos há pouco naquestão da escuridão, percebe--se que há algumas nuances nomeio disto tudo que não são donosso foro de investigação, masque, obrigatoriamente, mais tar-de ou mais cedo vão levar por aí,até porque há outros casos se-melhantes no país, como re-centemente se viu em Gon-domar. A justiça mais tarde oumais cedo há-de acabar por fa-zer as suas investigações. Por issoé que nós dizemos que esta lutavai ser ganha. Aliás, esta luta nãoserá ganha por nós, será ganhapor todas as pessoas do Municí-pio que encaram que a gover-nação da nossa terra e do Paísem geral deve ser feita com res-peito pela lei e com transparên-cia exemplar.Acham que a inspecção que estápedida pela Câmara, ajudará aclarificar toda esta situação?

Esperamos que sim, é dese-jável que contribua, até porque

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Nº 218 15 de Maio a 4 de Junho de 2007 99999Movimento da Várzea da Moita

justiça, mais tarde ou mais cedo,a um dos moradores da Barra Cheia

ainda ninguém foi acusado nemjulgado, por isso, era uma pre-cipitação imprópria da vida emdemocracia estarmos a tirar con-clusões antes de vermos os re-sultados. O que nós dizemos éque não percebemos e, por isso,perguntamos o porquê de cer-tas situações?

As inspecções de diversosníveis que aí vêm, segundo sefala, esperamos que façam luz eque as pessoas sejam completa-mente inocentadas se, de facto,os porquês tiverem uma boa ex-plicação, respeitadora da lei, daética, das boas práticas de gover-nação e da justiça e equidade.

E se não houver matéria parainocentar, então que sejam res-ponsabilizadas com justiça,como é normal num estado dedireito.

A nossa resistência não temoutro fim que não seja esbrace-jar contra o desrespeito da lei econtra a escuridão, a favor demaior transparência e de umalei igual para todos.Esperavam que a contestação àrevisão do PDM e a alegada máprática de gestão da Câmaraviesse a atingir a dimensão quejá tem? Até onde poderá ir aacção do movimento no pros-seguimento dessa contestação?

José Carrilho: No início, mes-mo com as reuniões públicascheias de gente, pensei que o

Movimento morreria passadopouco tempo. No entanto, coma justeza da nossa participação eda nossa luta vimos que isto ti-nha ‘pés para andar’, tínhamosque reclamar e exercer o nossodireito de cidadania. Esta cons-ciência levou a que hoje a Várzeada Moita seja conhecida paraalém do concelho. A partici-pação de distintas figuras co-nhecidas na Conferência Nacio-nal e os resultados da própriaConferência também hão-de darforça ao movimento e serão, cer-tamente, gratificantes paraquem está nesta luta.

O ir mais além é uma questãodesta contestação, que não seesgota no PDM ser ou não apro-vado, prolonga-se nos temas tra-tados na Conferência, que sãotransversais ao país, e na partici-pação cívica em geral.

Manuel Miranda Miguel: Pormim, nunca esperei que ficás-semos pelo caminho, achei sem-pre que o Movimento iria avante,na medida em que via a adesãodas pessoas, expressa no seuenvolvimento, com mais de milassinaturas, logo no Verão 2005.Tenho esperança que o Movi-mento acabe por resolver osmeus e os problemas dos mora-dores e proprietários da Várzeada Moita.

Dionísio Barata: O Movimen-to já alcançou uma dimensão

que eu, no princípio, nuncajulguei alcançar. Eu fui das pes-soas que me revoltei contra ainjustiça das revisões do PlanoDirector, inclusive do primeiroPDM, mas agora a injustiça émuito maior e a revisão destePlano Director não é o que euesperava. Os beneficiários con-tinuam a ser os mesmos. No meucaso eu não quero urbanizarnada, mas estou impossibilitadode fazer uma casa para cada fi-lho, as desculpas que me são da-das são injustas e assentam nodesrespeito da lei e no desres-peito do princípio da igualdadeno tratamento de todos os Ci-dadãos, por parte dos Órgãos dePoder. Não as aceito.‘Meter ombros’ à organização deuma Conferência Nacional comoesta é uma enorme tarefa…Como é que vão os preparativosda Conferência?

António Ângelo: Vão com mui-tas preocupações, em termoslogísticos e de preparação detudo, mesmo dos pequenos de-talhes que são de grande im-portância, para que o decursodos trabalhos possa funcionarbem. As preocupações de últi-ma hora são sempre muitas. Pre-cisamos da ajuda de tudo e detodos.

Quanto à parte da visibilidadee da aceitação muito alargada dainiciativa, podemos dizer quetemos razão para estar muito es-perançosos. Vão estar presentesinvestigadores, professores uni-versitários, pessoas de reconhe-cido mérito nas matérias depolítica de solos, mais valias ur-banísticas e ordenamento doterritório. Pessoas de grandenotoriedade pública em Portu-gal, como são os casos do Prof.Gonçalo Ribeiro Teles, a Arqui-tecta Helena Roseta, Prof. Pau-lo Morais, anterior Vice-presi-dente da CM Porto, Nelson Pe-ralta, investigador da Univer-sidade de Aveiro, o DocentePedro Bingre do Amaral, da Es-cola superior Agrária de Coim-bra, o Prof. Adelino Fortunato,da Faculdade de Economia daUniversidade de Coimbra, entremuitos outros, a quem pedimosdesculpa por aqui não poder-mos todos citar. As três mais im-portantes Associações Ambien-talistas, deputados, dirigentesde diversos partidos políticos erepresentantes de várias en-tidades, bem como muitas ou-tras pessoas de muitos pontos do

país. Julgamos ser motivo deorgulho para a Moita poder sera anfitriã desta iniciativa.O que é que os organizadoresesperam desta Conferência?

Esperamos que as pessoasque vêm fazer as intervenções eos cidadãos que participarão se-guramente nos debates possamdar contributos positivos parauma importante reflexão quetem de ser feita em Portugal, emtorno da política dos solos, daapropriação das mais valias ur-banísticas, de modo a que nãose especule com assinaturas ecarimbos à maneira da noite parao dia, valorizando os novos donosem milhões terrenos antes pa-gos a tostões aos seus anterioresproprietários. De igual modo,debater-se-á o ordenamento doterritório, para que este não pos-sa ser feito ao sabor da especu-lação e do crescimento de no-vos solos urbanos à custa do sa-crifício irresponsável e sem fimda perda de mais e mais solosrurais. Muitas vezes deixa-seabandonar, envelhecer e deser-tificar o centro das cidades e vi-las, porque é muito mais rentá-vel o assédio e a conquista denovas áreas de solo rural virgem,mesmo que estejam em REN ouRAN, contrariedades que nãosão grandes problemas para ospoderosos especuladores imo-biliários.Para a divulgação da Conferên-cia querem acrescentar mais al-guma coisa?

António Ângelo: Queríamossobretudo dizer que todas aspessoas da nossa terra e do nos-so concelho, em primeiro lugar,estão convidadas para poderemparticipar e ouvir o que têm adizer sobre as importantesmatérias em questão, estudiosos,investigadores, professores uni-versitários, representantes devárias áreas de intervenção sociale política em Portugal. Todossão bem vindos, para ouvir e paraparticipar.

A Conferência que vai ser fei-ta não é dirigida contra nin-guém, muito menos contra opoder local e a Câmara Munici-pal da Moita. Isso seria uma visãomesquinha e quem pensar nis-so, pensa pequenino. O pro-pósito é o debate de temas na-cionais. O que vamos falar éde boas práticas de governaçãono nosso país, não centradas nosassuntos da Moita mas antes vi-radas para as questões nacio-

nais. É natural que a Conferên-cia tenha lugar numa localidadedeterminada, podia ser emqualquer cidade, mas é na Moi-ta, pelo que pensamos ser ummotivo de orgulho para a nossaterra. É, no entanto, normal queexemplos concretos sejam cha-mados a debate e a Moita sejafalada, mas não será uma questãocentral.

Sabe, a Moita é terra de genteboa, mas seria um absurdo pen-sar-se que vivemos no Paraíso,iludirmo-nos que aqui tudo étrabalho bem feito, honestidadeexemplar e competência semlimites. O certo e o errado mo-ram em qualquer lugar. Com-pete às mulheres e homenslivres, em democracia, debateros problemas da nossa terra, donosso País, e para tal não há nemportas certas, únicas, para o fa-zer, nem erradas, onde essa ci-dadania não pudesse ou nãodevesse ter lugar. Em todo o ladoessa intervenção cívica é funda-mental, ela é resultado e é si-multaneamente factor de pujan-ça democrática, que qualquerforça política democrática sópode compreender, incentivare apoiar. Se houver uma forçapolítica que encare diferenteeste pulsar democrático, issopode denotar formas de pensarpouco saudáveis, muito pro-blemáticas mesmo por partedessa força ou partido.

Entretanto, o objecto centralda Conferência da Moita será ointeresse de Portugal e dos por-tugueses em torno de um ade-quado quadro de política de so-los, de uma mais justa e decentelegislação em torno das mais va-lias urbanísticas e de um maisadequado ordenamento do ter-ritório.

Para o debater e reclamarpoderá ser necessário dizer altoe claro verdades aqui e acolá ti-das por inconvenientes.

É que não basta viver em de-mocracia, é preciso que os Ci-dadãos exerçam a Democracia.A Conferência é aberta? A entra-da é livre para quem queira as-sistir e participar?

Não só qualquer um podeentrar, como nós convidamos vi-vamente a que tal aconteça.Aliás, temos dito aos nossos con-vidados que os seus convidadossão também nossos convidados,o que é sintomático do espíritode abertura em que a iniciativavai ter lugar.

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15 de Maio a 4 de Junho de 2007 Nº 218

Nº 166 Nº 148

Horizontais: 1 – Charrua; Peneiro;2 – Rede tecida pelas aranhas; Dis-cursam; 3 – Satélite da Terra; Par-ida; Unidade de medidas agrárias;4 – Praia; 5 – Pulo; Norma; 6 –Irmã dos pais; Que te pertence; 7– Taberna; Parte dianteira dosnavios (pl.); 8 – Substância miner-al granulosa ou pulverulenta; 9 –Chefe Etíope; Ovário dos peixes;Certamente; 10 – Paixão; Torneia ler; 11 – Compartimento de umacasa (pl.); Pequeno melãoarredondado.Verticais: 1 – Coleção de mapasgeográficos; Fitas; 2 – Acusado;Prende com nó; Adora; 3 – Cama-reira; O m.q. lírio; Estrela; 4 – Of-

erece; Assalta; Deus egípcio; 5 – Enguia; Anel; 6 – Composição poética destinada aocanto; Eternidade; 7 – Rio da Suiça; Recipiente de pedra para líquidos; 8 – Letra grega;Cada um dos caracteres do alfabeto; Acusada; 9 – Raiva; Elemento de formação daspalavras que exprime a ideia de terra; Doçura (fig.); 10 – Quase vara; Via dentro deuma povoação; A barlavento; 11 – Letra grega; Pessoa muito parecida com outra.

Horizontais: 1 – Não se faz semsangue; Escândio (s.q.); 2 – Opor-tunidade; Dentro do oceano; 3 –Abonação; Quase Messias; 4 –Fachada lateral de um edifício;Comprida; 5 – Sádia; Adora;Guarnecer de asas; 6 – Três emcinco; Base aérea; Quase ódio; 7– Ave colombina; Vazia; Orçamen-to de Estado (abrev.); 8 – Soma;Ferro temperado; 9 – Desarranjomental (fig.); Planta vivaz e me-dicinal; 10 – Anel; Perfumada; 11– Sociedade Anónima (abrev.);Distingue o santo (pl.).Ver ticais: 1 – Cobalto (s.q.); A elase dedica o homem de letras (pl.);2 – Mau cheiro; Tomara aponta-mento; 3 – Saliva que sai da boca involuntariamente; Classe eclesiástica; 4 – Separa;Pedra de altar; 5 – Em Moscovo é clube de futebol; Ouro (s.q.); 6 – Quase leão; Prendocom nós; No interior do carro;7 – O lado do vento; Não se podem perder; 8 – Reduzaa pó; Disponho em camadas; 9 – Através dele sabe-se o número de habitantes e não só;Verbal; 10 – Par de bandarilhas colocado de ambos os lados do touro; Moda semprincípio; 11 – Casas grandes; Campeão.

Palavras Cruzadas Soluções na página 15.

Necrologia

Adelino Ernesto, 81 anos, faleceu em 23/4/2007. Resida na Praça da Restau-ração, na Moita.

Bernarda da Conceição Frade Praxedes,69 anos, faleceu em 23/4/2007. Re-sidia na rua de Goa, na Baixa da Ba-nheira.

Maria Alece Vaz Tacão, 85 anos, faleceuem 25/4/2007. Residia na rua dosAçores, na Baixa da Banheira.

Maria Fernanda Silva Bolinhas, 73 anos,faleceu em 26/4/2007. Residia na ruaJoão de Deus, em Sarilhos Pequenos.

Custódia de Lurdes Maria, 71 anos, fale-ceu em 27/4/2007. Residia na rua daBoa Esperança, nas Arroteias.

Angélica Maria, 84 anos, faleceu em28/4/2007. Residia na rua Gil Vi-cente, na Baixa da Banheira.

Rosa Lima Almoedo Rocha, 63 anos, fale-ceu em 29/4/2007. Residia na rua doRibatejo, na Baixa da Banheira.

Silvestre Francisco Brito Bugio, 43 anos,faleceu em 1/5/2007. Residia na ruada Esperança, em Alhos Vedros.

Maria Rodrigues Horta, 75 anos, faleceuem 1/5/2007. Residia na A v. Humber-to Delgado, em Alhos Vedros.

Amilcar dos Santos, 93 anos, faleceu em2/5/2007. Residia na rua da EscolaPrimária, em Alhos Vedros.

Manuel dos Santos Botas, 69 anos, fale-ceu em 3/5/2007. Residia na EstradaPrincipal, na Barra Cheia.

João de Andrade, 62 anos, faleceu em4/5/2007. Residia na rua AlmeidaGarret, na Fonte da Prata.

Rosaria Cravo Martins Sanches, 88 anos,faleceu em 9/5/2007. Residia nazona envolvente à Praça de Touros, naMoita.

José Neves Canteiro, 62 anos, faleceu em9/5/2007. Residia na rua da Liber-dade, na Baixa da Banheira.

Ficha TécnicaDirector: José de BritoApolónia.

Chefe de Redacção:Lourivaldo MartinsGuerreiro.

Redacção: Cátia Fernandes.

Colaboradores: AdalbertoCarrilho; Alfredo Matos;António Chora; AntónioMatos Pereira; AntónioVentura; ArmandoMendes; ArmandoTeixeira; Carlos Alberto(Carló); Carlos PintoRodrigues; CarlosVardasca; Celeste Barata;Helder Pinhão; HeloísaApolónia; JacintoGuerreiro; Jaime Baião;João Costa; JoãoMarmota; João Nunes;João Titta Maurício; JoséSilva Santos; Luís CarlosSantos; Luís F. A. Gomes;Luís Rodrigues; ManuelCoelho; Manuel MarquesDuarte; Nuno Cavaco;Vitor Manuel CarvalhoSantos; Vitor Vargas.

Composição: João DanielApolónia.

Redacção: Rua AntónioSérgio, nº 80, 2º, 2835-062BAIXA DA BANHEIRA

Propriedade: EDIÇÕES EPROMOÇÕES RIBEIRINHAS ,Lda.;Inscrição nº 222389 ; Sede:Rua António Sérgio, nº80, 2º, BAIXA DA BANHEIRA;

E-mail: [email protected]: 210 815 756.Telemóvel: 964 237 829 .Pessoa Colectiva nº504087711.

Registo de Título: 122390.

Impressão: CIC - GRÁFICA

CORAZE - OLIVEIRA DE

AZEMEIS, TEL: 256 661 460,EMAIL: [email protected] .- - -Os artigos assinados são da res-ponsabilidade dos seus autorese poderão ou não reflectir aposição editorial de O RIO.

1111100000

A Câmara Municipal da Moita é a primeira autarquiado Distrito de Setúbal a concluir a migração dos circui-tos de dados da Cabovisão, que interligavam os edifí-cios municipais, para fibra óptica pertencente à Câma-ra.

Com este projecto, a Câmara da Moita vai ficar dota-da de uma infra-estrutura própria, com uma largura debanda na ordem do gigabit, entre os diferentes edifí-cios municipais: Paços do Concelho, Matão, ex-So-corquex, Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça,na Moita, Departamento de Assuntos Sociais e Cultura,Pavilhão Municipal de Exposições e o edifício Flor doTejo (ex-Grémio).

Estão assim garantidas não só a melhoria da prestaçãodos serviços municipais, em termos informáticos, mastambém uma redução nos custos mensais da autarquia,tendo em conta que foram abatidos 5 circuitos de da-dos.

Esta intervenção insere-se no Projecto Setúbal Penín-sula Digital – Banda Larga.

Circuitos de fibraóptica interligam

edifícios municipaisda Moita

Desde o dia 8 de Maio, que o Posto deAtendimento ao Cidadão da Moita está afuncionar no edifício dos Paços do Con-celho, das 9.00 horas às 12.30 horas e das14.00 horas às 17.00 horas.

Com os Postos de Atendimento ao Ci-dadão – Paços do Concelho, na Moita, eDelegação Municipal, na Baixa da Ba-nheira, – a Câmara Municipal da Moitaproporciona a todos os munícipes doconcelho, um espaço onde lhes é per-mitido solicitar e obter informação e do-

Posto do Cidadão na Moita

Posto de Atendimentoem novas instalações

cumentação de diversas entidades, bemcomo acompanhar, através da internet, aevolução dos respectivos processos.

Contribuir para a melhoria e moder-nização da prestação de serviços de aten-dimento da Administração Pública, bemcomo estabelecer uma relação de maiorproximidade com os munícipes são asprincipais razões que levaram a CâmaraMunicipal da Moita a assumir os Postosde Atendimento ao Cidadão no conce-lho da Moita.

A Câmara Municipal do Barreiro e a Comissão Direc-tiva da Delegação de Setúbal da AECOPS – Associaçãode Empresas de Construção e Obras Públicas –, reali-zaram um Jantar-Debate no dia 10 de Maio, no restau-rante Acordeon.

A iniciativa teve em vista debater e analisar a situaçãoe o futuro do sector da Construção no Concelho do Bar-reiro, com intervenções dos presidentes da Câmara Mu-nicipal do Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, daDelegação de Setúbal da AECOPS, Carlos Manuel Costae do Conselho de Administração do InCI Instituto daConstrução e Imobiliária (ex. IMOPPI), Ponce Leão.

O debate com os empresários finalizou o encontro.

Jantar-Debate daCâmara com empresários

no Barreiro

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Nº 218 15 de Maio a 4 de Junho de 2007 1111111111

Marquises - Portas - Janelas - Divisórias - Balcões e VitrinasSeparadores de Banheira e Polibans

Oficina: Rua São Tomé e Príncipe, nº 4 Telef.: 212 093 2502835 BAIXA DA BANHEIRA Telemóvel: 96 915 47 80

AAAAALUMÍNIOSLUMÍNIOSLUMÍNIOSLUMÍNIOSLUMÍNIOS B B B B BOMOMOMOMOM S S S S SUCESSOUCESSOUCESSOUCESSOUCESSODe: Rui Jorge Dias Carneiro Batista

Cerca de 200 pessoas participaram no Fórum “O Centro da Ci-dade” realizado na Biblioteca Municipal, no dia 5 de Maio, e pro-movido pela Assembleia Municipal do Barreiro. O conjunto deoradores Costa Lobo, João Cabral, Isabel Guerra, João Farinha eSidónio Pardal, através da sua experiência, trouxeram muita infor-mação para a reflexão sobre o centro da cidade, na fase actual derevisão do Plano Director Municipal.

No arranque dos trabalhos, o Presidente da Câmara Municipaldo Barreiro, Carlos Humberto de Carvalho, traçou a actual situaçãodo Concelho e as suas perspectivas no contexto do desenvolvimen-to da Área Metropolitana de Lisboa.

Na ocasião, o autarca referiu os factores que influenciam o de-senvolvimento. “O Barreiro passa de um concelho fortemente in-dustrializado para um concelho onde 60 por cento da populaçãose emprega hoje no sector terciário. De concelho de alto índice deemprego, para um alto índice de desemprego. Tinha um impor-tante crescimento populacional e na última década e meia passa aperder população”. São múltiplas razões que levam a esta situaçãoe aponta uma delas: “as estratégias e as políticas nacionais comprofundíssimo efeito no concelho e em especial em relação àsacessibilidades que não ponderaram o desenvolvimento regionale local do concelho”.

O autarca considerou importante reforçar o centro da cidade,localizado na Avenida Alfredo da Silva e no Parque Catarina Eu-fémia e recordou o antigo centro localizado no ‘Barreiro Velho’que “morreu e hoje tem problemas de carácter social”.

Assim, interroga, quais as respostas a encontrar para que nãoaconteça o mesmo ao actual centro. “A nova urbanização e o novoespaço comercial, será uma das centralidades mas nós não quere-mos que seja o centro”.

Fórum “O Centro da Cidade”

Centenasde pessoas

debatemfuturo do Barreiro

Cobrança de assinaturasInformamos os nossos assinantes que estão em pagamento as

assinaturas do 1º semestre (5 euros) ou anual (10 euros), refe-rentes a 2007.

O respectivo valor deverá ser enviado, em cheque ou vale docorreio, para Edições e Promoções Ribeirinhas, Lda - R. AntónioSérgio, 80, 2º - 2835-062 Baixa da Banheira.

A Sessão Solene do 58º ani-versário do Clube União Ba-nheirense “O Chinquilho”, nodia 11 de Maio, iniciou-se com aentrada das bandeiras de colec-tividades e associações da fre-guesia da Baixa da Banheira,empunhadas por vários atletas.

Num ambiente de festa, ondeamigos e sócios se encontrarampara felicitar o Chinquilho, oseu presidente, António Seme-do, afirmou que “quem procuraresta casa encontra sempre umbem estar”. O presidente doChinquilho disse ainda que estacerimónia para além de ser acelebração dos 58 anos do clube“contribui também para o Movi-mento Associativo que nos per-mite conhecer melhor”. AntónioSemedo realçou que vão conti-nuar a trabalhar “para que oclube continue no bom cami-nho”, fazendo referência a todosos que têm colaborado, nomea-damente a Junta de Freguesiada Baixa da Banheira e a Câma-ra Municipal da Moita.

Fernando Carrasco, presi-dente da Junta de Freguesia da

58º aniversário do Clube União Banheirense

Movimento Associativorecebe elogios

Cátia Fernandes Baixa da Banheira, referiu que“o Chinquilho é uma das colec-tividades mais antigas da vila. Ascolectividades são para nós ariqueza da nossa terra”. Fernan-do Carrasco salientou também aimportância do Movimento As-sociativo, dizendo que “esta é aforça que move o nosso conce-lho, a Junta de Freguesia e a Câ-mara Municipal, é pena que nãomova o Governo”.

As primeiras palavras de Vivi-na Nunes, vereadora da Câmarada Moita, foram dirigidas aos

sócios do Chinquilho, afirman-do que “corresponderam ao quea direcção queria: encher estasala de calor humano mais umavez”. “É um gosto para a CâmaraMunicipal da Moita, ter nas suasfreguesias esta riqueza que é oMovimento Associativo”, disse avereadora, dando grande im-portância à actuação do associa-tivismo no concelho da Moita.

A cerimónia terminou com aentrega dos emblemas de ouropara os sócios há 50 anos e deprata para os sócios há 25 anos.

O Grupo Concelhio para asQuestões dos Idosos do Conse-lho Local de Acção Social do Bar-reiro (CLASB) promoveu, no âm-bito do programa da Rede So-cial, uma acção de sensibilizaçãona área das Tecnologias da In-formação. Esta iniciativa, dirigi-da aos idosos das associações doConcelho, teve lugar no dia 3 deMaio, nas instalações dos Trans-portes Colectivos do Barreiro.

A acção de sensibilização, que

“Tecnologias da Informação”

Acção de Sensibilizaçãodirigida a idosos do Barreiro

contou com a colaboração daCMB e das Juntas de Freguesiado Concelho, teve como objecti-vo dotar o grupo alvo de compe-tências na área da Internet, o quevai permitir o contacto com ou-tras realidades e a aquisição denovos conhecimentos.

O CLASB constitui a platafor-ma local de planeamento e co-ordenação da intervenção sociale visa a conjugação de esforçosdas entidades públicas e priva-

das sem fins lucrativos, com sedeno Concelho, no sentido de pro-mover e contribuir para a erra-dicação ou atenuação da pobre-za e exclusão social, bem comopara o desenvolvimento socialdo Concelho.

São mais de 70 as entidadesque aderiram ao Programa daRede Social do Barreiro, no-meadamente autarquias locais,IPSS’s, colectividades, escolas eserviços públicos.

MATEMÁTICAe FÍSICAEnsino SECUNDÁRIOe UNIVERSITÁRIOpreparação para os exames de acesso à Universidade

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Page 12: Banda Desenhada Guerreiro Conferência Nacional sobre ...

15 de Maio a 4 de Junho de 2007 Nº 2181111122222

Cátia Fernandes

Fundado na cidade do Bar-reiro em 1925, o Clube NavalBarreirense celebrou os seus 82anos, no dia 5 de Maio, onde jun-tou amigos e sócios do clube. Acelebração, realizada na sedesocial do clube, começou com atradicional Sessão Solene, segui-da da entrega de diplomas aossócios com 25 e 50 anos de dedi-cação associativa. Várias colecti-vidades ofereceram lembrançaspelo aniversário do Clube Naval.

Sócio do Clube Naval há 54anos e presidente da Direcçãohá 10, Augusto Durand revelouque “tudo isto aqui à volta foi fru-to do nosso trabalho e da ajudada Câmara Municipal do Bar-reiro, pois sem eles nada erapossível”. Na opinião de Augus-to Durand, “este clube tem duasvertentes que são a parte despor-tiva e a parte social”, afirmandoainda que “temos atingido osnossos objectivos porque a sedesocial é o nosso trabalho”. Se-gundo o seu presidente, “oClube Naval é um ponto dereferência do Barreiro”.

Lembrando que o trabalhofeito pelo CNB “com algumasdificuldades, tem sido meri-tório”, o presidente da Federa-ção Portuguesa de Remo, An-tónio Marques, disse que “este

Clube Naval Barreirense

82º Aniversárioreúne

sócios e amigostem sido um dos clubes da mar-gem sul que se tem aguentadoao leme, e é pena que outrosnão consigam seguir este exem-plo”. António Marques termi-nou a sua intervenção apelandoa todos os sócios e amigos doclube que “colaborem com oclube, porque ser sócio é serparticipativo. Não deixem a di-recção sozinha”.

Vítor dos Santos, da Junta deFreguesia do Barreiro, fazendoreferência às “importantes da-tas” do 25 de Abril e 1º de Maio,realçou “o trabalho extrema-mente positivo da juventudeneste clube”. “Que continuemneste labor a favor da populaçãoe do nosso concelho”, desejouVítor Santos aos dirigentes e só-cios do Clube Naval.

A representar o Governo Ci-

vil de Setúbal esteve João Mon-teiro, afirmando que “há novasresponsabilidades para o remo,tais como a responsabilidadesocial”, que considerou muitoimportante, realçando o factode se proporcionar a práticadesportiva a jovens com defi-ciência.

A Vereadora da Câmara doBarreiro, Sofia Martins, na suaintervenção disse que este clube“sempre nos honrou não só pe-los títulos alcançados mas tam-bém pela postura que tem tidoem relação ao grande movimen-to associativo”.

Associado às actividades ma-rítimas, o Clube Naval Barrei-rense proporciona a prática devários desportos, tais como oRemo, a Vela, a Natação ou a Pes-ca Desportiva.

Nome: Ângela Miryane GonçalvesIdade: 20 anosNaturalidade: BruxelasNacionalidade: PortuguesaResidência: Baixa da BanheiraActividade: Luta Feminina

Embora tivesse nascido na Bélgica, Ângela reside na Baixa daBanheira desde bebé. Depois de completar o 12º ano, está a fre-quentar o Curso de Estudos de Português e Românicos, na Facul-dade de Letras, em Lisboa.

Ângela Gonçalves é uma promessa da Luta Feminina em Portu-gal. É campeã regional e nacional de juniores, tem participado emdiversos torneios e campeonatos europeus. A sua maior aspiraçãoé participar nos Jogos Olímpicos de 2008, em Pekim, ou 2012, emLondres.

Pratica esta variante da modalidade de Luta Greco-Romana – aLuta Feminina – há 4 anos. Sempre no Ginásio Atlético Clube.

No seu palmarés, Ângela participou nos torneios internacio-nais de Sevilha e Bulgária. Já como júnior, foi seleccionada para oCampeonato da Europa, na Polónia, onde obteve um 10º lugar. Oano passado, na Hungria, ficou em 8º lugar no Campeonato da Eu-ropa. Num torneio em Oslo, alcançou o pódio no 3º lugar; e obtevemais uma medalha de bronze, num torneio disputado na Bélgica.Estas subidas ao pódio foram o seu palmarés mais brilhante.

No nosso país, Ângela Gonçalves foi campeã regional e nacionalem cadetes. Em juniores é também campeã regional e nacional.Agora, já está no escalão sénior e integra a selecção nacional.

Ângela Gonçalves é uma desportista nata, gosta de participarem múltiplas actividades desportivas, mas a Luta Feminina é a suapaixão. Muito há a esperar desta jovem atleta do Ginásio A.C.

Menção Honrosa

Ângela Gonçalves

A Escola Secundária da Baixada Banheira recebeu alunos deescolas da Bulgária, Roménia,Turquia, Itália, Espanha e Fin-lândia, no âmbito da 1ª acção doPrograma Sócrates, no dia 3 deMaio.

A Acção Comenius desteprograma europeu tem comoobjectivos gerais melhorar aqualidade e reforçar a dimen-são europeia no ensino escolar,

No âmbito do Programa Comenius

Alunos de escolas europeias visitamEscola Secundária da Baixa da Banheira

contribuir para a promoção daaprendizagem de línguas e pro-mover a consciência intercul-tural.

Segundo Henrique Pinto,professor da escola da Baixa daBanheira, “este é um programaque se vai prolongar até 2009,havendo em cada escola um tra-balho de pesquisa sobre as ca-racterísticas culturais de cadapaís”.

Os parceiros deste programapassaram o dia em trabalho, en-

quanto os alunos estiveram a fa-zer um peddy-paper, e durantea tarde participaram em algunsjogos tradicionais de Portugal.Sempre bem dispostos e comvontade de aprender, os alunosvisitantes não tiveram problemase juntaram-se aos portugueses,em vários jogos tradicionais.

As comitivas também estive-ram em Alcochete, na Escola D.Manuel I, igualmente inseridaneste programa, onde teve lugarum jantar de recepção.

Cátia Fernandes

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Nº 218 15 de Maio a 4 de Junho de 2007 1313131313

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Realizou-se no dia 5 de Maio,na pista de Atletismo de VendasNovas a final nacional do Mega-Sprint.

A atleta do Clube Amigos doAtletismo da Moita, MónicaLopes sagrou-se vice-campeãNacional.

O Mega-Sprint é uma com-petição a nível escolar , naqual estiveram pressentes asmelhores atletas de veloci-dade a nível nacional. Móni-ca Lopes representou a esco-la Básica 2,3 Fragata do Tejo,da Moita.

Também se realizou este fim--de-semana o Campeonato Re-gional de Estafetas e as atletasinfantis (Daniela Machado, AnaBrito, Tâmer Santana e SoraiaMachada) foram as grandesvencedoras sagrando-se assimCampeãs Regionais nos 4 x60mts. Por sua vez, Jessica Al-meida, Barbara Mandingas, Va-

Atletas da Moitaem evidência no

nacional de Escolas(Mega-Sprint)

nilda Paulo e Soraia Machadoestiveram presentes, em Inicia-das, nos 4 x 80mts e classifica-ram-se em 5º lugar

O Euroindy, kartódromo daBatalha, acolheu a segunda pro-va, a contar para o Troféu Euroin-dy, que contou com a participa-ção de 24 equipas, onde a Casado Benfica da Baixa da Banhei-ra se fez representar por duasequipas, através dos pilotos: Da-niel Matos; Pedro Miguel; Al-cínio Calhandro; André Maga-lhães; Ricardo Madeira e o con-vidado Domingos Coragem.

No Kart 102, alinharam, An-dré Magalhães, Ricardo Madei-ra e Domingos Coragem, enquan-to no Kart 68 alinharam os pilo-

Karting

Casa do BenficalideraTroféu Euroindy

tos Daniel Matos, Pedro Miguele Alcínio Calhandro.

Na corrida, com a duração detrês horas, a equipa do kart 102ocupou durante muito tempo asegunda posição, enquanto umbom arranque de Alcínio Ca-lhandro, colocava o kart 68 naquarta posição, chegando àtraseira do colega de equipaaquando da primeira troca depilotos. Entretanto a equipa dokart 102, fazia uma corrida segu-ra controlando sempre os ad-versários directos, chegandomesmo a rodar na liderança da

prova. Mas de um momento parao outro, e quando a equipa dokart 68, circulava em velocidadereduzida, na manga das boxes,um kart “desgovernado” semtravões, embate fortemente nokart 68 provocando alguns danosno kart benfiquista.

Para complicar mais ainda omesmo kart viria a imobilizar-seem cima da balança de controlode pesos e turnos, o que preju-dicou grandemente ao pilotosbenfiquistas na altura a ocupa-rem a sétima posição, mas quena prática representava o tercei-ro lugar, pois a equipa tinha jáfeito o habitual reabastecimento,enquanto os adversários direc-tos ainda não o tinham feito. Ime-diatamente a seguir, sai da pistapara trocar de piloto o kart 102,que viria também a fazer uma tro-ca mais lenta que o habitual, poiso kart avariado ainda se encon-trava a obstruir a balança, fican-do assim a tarefa de lutar pelo pri-meiro lugar mais dificultada.

Lutas Amadoras em Alhos Vedros

Equipa da Baixa da Serraganhou o torneio

O Torneio Internacional, deLuta Livre Olímpica e Luta Fe-minina, comemorativo do ter-ceiro aniversário da Associaçãode Lutas Amadoras de Setúbaldecorreu no Pavilhão Desporti-vo da Escola 2+3 José Afonso deAlhos Vedros, no dia 5 de Maio.Neste torneio reuniram-se 13 equi-pas, uma de Vigo e as restantesdo distrito de Setúbal. Equipa daSociedade Recreativa da Baixada Serra sagrou-se campeã.

Num ambiente mais formal,a abertura oficial do evento deu--se com a formação das equipasnum desfile de apresentação,

Cátia Fernandes seguido de uma intervenção deJosé Manuel Capelo, presidenteda Direcção da ALADS, desejan-do que “este dia de aniversárioseja de grande desportivismo,de convívio e de muita amiza-de”. Encorajando os jogadores,José Capelo afirmou que “sópelo facto de estarem aqui sãotodos vencedores”.

Esta modalidade no meio as-sociativo já “existe há mais de 20anos no distrito”, e a Associaçãode Lutas Amadoras de Setúbalfoi fundada em 2004, conside-rando o seu presidente que“têm sido três anos bastante po-sitivos, de empenho, dedicaçãoe muito amor à modalidade”.

“Este aniversário celebrado atra-vés de um torneio internacionalé uma forma de demonstrar adinâmica e vontade empenha-da da direcção em criar novasexperiências internacionais”,referiu José Capelo.

Apesar de estarem à esperade 150 atletas, o presidente daALADS revelou que “surgiramalguns percalços com algumasequipas”, pelo que este torneiocontou com a presença de 121participantes, que realizaramcerca de 130 combates.

No final do torneio, conside-rado por José Capelo “bastantepositivo”, deu-se a entrega dos pré-mios individuais e colectivos.

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Opinião

Anacrónicas

Para quem não saiba, o CaféEnsaio, depois da Igreja de S.Lourenço e, vá lá, da nova sededa CACAV, é um dos locais maisemblemáticos e aprazíveis deAlhos Vedros.

Foi lá que assisti e participeiem incontáveis sessões – daque-las apocalípticas, de “gritos,choros e ranger de dentes” –tempestades ou bonanças queaconteciam sem ser esperadas,nas tardes calmas de Verão ouem noites frias de Inverno, tra-vadas entre um naipe numerosode amigos que se interessava – econtinuam a interessar-se – peloestado da cultura e da políticaautárquica, local, concelhia enacional.

Foi lá que num certo dia deum Agosto distante, conheci,entre outros, o António MatosPereira, o Carlos Augusto Silvei-ra e o Joaquim Inácio Raminhos,três prezadíssimos alentejanos,meus patrícios, todos nascidosperto do Guadiana (Moura, Mér-tola e Cuba), que com o conti-nuar da lidação, foram sedi-mentando, aplainando, for-matando, entre si, uma amizadeque, se não, é tão profunda quepossa a gente afogar-se nela, é,pelo menos, tão sólida quantobaste.

O Café Ensaio, se por maisnão fosse, pelas boas recor-dações que me traz – desse tem-po em que os animais falavam enós acreditávamos que a terraera redonda, em contramão

De Alhos Vedros,ao Monte da Feia (1)

Lourivaldo M. Guerreiro

com a doutrina oficial que pro-clamava que ela era plana, - é,portanto, um local que sempreme apraz revisitar, não pelo cháde tília e de tudo mais de que,infame e mentirosamente, oSilveira me acusa, mas pelo arque lá se respira, pelo ambi-ente agradável que se desfruta,pelo facto de ser um local ondese encontram bons jornais e re-vistas para ler, boa música am-biente e, sobretudo, porque éfrequentado por gente decenteque se interessa pelo bater docoração da vila - e dos outros –pelo estado de saúde do Movi-mento Associativo (quase sem-pre em coma), cultural e políti-co do concelho, se bebe umcopo descontraidamente comos amigos – e até com algunsinimigos íntimos – enquanto,quando há maré, se empurramsem se lograr movê-las ummilímetro, as pesadas mós do

moinho da dita, ali a dois pas-sos, que o Silveira de há muitopromoveu a museu do Salitre –se escarafuncha nas feridasabertas ou nas mazelas do po-der e, por caridade e misericór-dia, como verdadeiras carmeli-tas descalças, se verte, na durapele dos agentes daquele, al-gum mercúrio-cromo e, quan-do não, alguma água das mal-vas, ou mesmo, se calhar, na peleinocente de quem por ali pas-se. Convenhamos que não épouco.

O espaço, nesse tempo quejá lá vai (ainda a CACAV não ti-nha sede e acampava debaixo doprimeiro plátano que lhe apare-cesse!) era gerido pela D. Júlia– agora já não - e, apesar de ofi-cialmente se chamar ensaio, aconfraria chamava-lhe com al-gum tom cúmplice pelo “Caféda Júlia”, a poderosa e indefec-tível Júlia, a proprietária, que

tratava os clientes de igual paraigual e a todos com deferênciaVIP. Apenas o Silveira – lembro--me – embirrava um pouco comela, ou dizia embirrar (ele foisempre um perfeito fingidor, oRaminhos afirmava que era aoSilveira que o Fernando Pessoase referia naquela famosa qua-dra onde diz que “O poeta é umfingidor / Finge tão completa-mente / Que chega a fingir queé dor / A dor que deverassente”), pelo facto de Júlia sertambém o nome da sua extre-mosa e querida sogra, a qual,levava todo o tempo (na versãoexagerada dele, pois, a senho-ra, que conheci e com quem deperto, mais tarde, privei, era umser angelical e pacífico, poucomenos que uma santa) a moer--lhe a carapinha e a fazer-lhe avida num inferno, trauma quelhe teria sobrado pelo facto de oSilveira lhe ter, sem aviso e pelacalada da noite, raptado parasempre a sua filha única e, mais,a ter desviado dela, por largosanos, para as lonjuras africanasde Moçambique, pelo que, atriste coitada, se foi mirrando detanto chorar, na solidão dacharneca alentejana. Mirrou,mas não morreu, erva ruim nãomorre, guerreiro! – dizia-me eleuma vez, a propósito, não sei sea sério se a fingir, porque nuncase sabe quando ele está a dizer averdade.

É, pois, a esse lugar mítico, deboa memória, que eu tenho deir, em cumprimento do recadoque me foi dado, levantar uma

encomenda e um escrito que oCarlos Silveira lá me terá deixa-do, isto a ser verdade, porquetambém pode não ser, diga-se depassagem.

Vindo do Alentejo, no Inter-cidades que parte da Pax Júlia(não propriamente para o efeitoatrás referido) estava o Adalber-to, avisado, já de plantão, à mi-nha espera, com um acólito, naestação do Pinhal Novo.

Saímos dali na sua limousinede não sei quantos cavalos, fa-zendo escala obrigatória nos trêsAs (AAA), ou seja a AssociaçãoAmizade Arroteense, onde tomá-mos o nosso cházinho tinto damatinée, acompanhado de unsbolinhos de bacalhau, e aguar-dámos, depois deste aperitivode truz, que nos fosse servido,na hora própria, o lauto almoçoque o Adalberto, antecipada-mente encomendara: lebre comnabos e feijão branco. Depois dafunção, que foi superior, suge-riu-me ele, morto de curiosi-dade, que passássemos já hojepelo Ensaio para levantar o ma-terial que o Silveira lá deixara,vai para dois meses, pelo queassim se fez, passadas que forammais de três horas, diga-se, pordiversos empanques que tive-mos no caminho, que foi sinuo-so e cujas peripécias não inte-ressa aqui revelar, convindo,aliás, mantê-las, por causa dasmoscas, e até ver, em segredo dejustiça.(1) - Monte da Feia, perto deMértola, onde mora o Carlos Sil-veira.

O recente rapto da meninainglesa no nosso Algarve veiomostrar um conjunto de dadosque justificam que faça aqui umcomentário.

Em primeiro lugar, tendoembora presente que a situaçãoactual dos pais justifica todo onosso apoio, há que reconhecerque, no tempo que passa hojepor nós, cá como por todo o ladodeste Mundo decadente, todoo cuidado é pouco.

Quer isto dizer, pois, que es-teve longe de ser acertado o

Acusação Injusta

método utilizado pelos paisdaquela menina, ao deixaremtrês crianças muito pequenasentregues a si próprias, aindaque controladas a distânciamuito curta e com frequênciaque pode até parecer aceitável.A verdade, dolorosa e crua, é aque pode hoje ver-se e que a to-dos traz incomodados e revolta-dos.

Em segundo lugar, desco-nhecendo os mecanismos játestados para casos desta na-tureza pelas nossas autori-dades, a grande verdade é queestas não se pouparam a meios,

de todo o tipo, para tentar re-cuperar a Madeleine e puniros responsáveis por tal crimerepugnante.

Em terceiro lugar, nenhumportuguês acredita hoje queuma tal resposta pudesse seroperada se a criança desapare-cida fosse portuguesa e de umafamília comum. O que significaa falta de razão de quantos sepuseram a acusar as autoridadesportuguesas de falta de ca-pacidade de actuação.

Em quarto lugar, é de acredi-tar que, dada a natureza docrime e o facto da menina ser

britânica, já de há muito os da-dos da mesma se encontram dis-seminados por todas as autori-dades dos Estados da União Eu-ropeia, bem como da INTER-POL e da EUROPOL.

Por fim, a lição que fica parao futuro. Para os pais, ou avós, oimperativo de recusar o princí-pio de que pode existir segu-rança apenas baseada no com-portamento induzido pela edu-cação ou pelo histórico que afamília possui dos filhos. Hásempre que partir da hipótesepessimista, a cuja luz a vigilân-cia destes cabe, acima de todos

os demais e sempre que possí-vel, aos pais e avós.

Para os proprietários e ges-tores de estruturas de lazercomo aquela onde decorreu orapto da Madeleine, a reco-mendação de que exigênciasfortes deverão ser apresentadasaos pais, no sentido de impedirque crianças fiquem entreguesa si mesmas. E também uma es-trutura de videovigilância quepermita a gravação fílmica dequem se movimente por taislugares. Que Deus ajude a des-cobrir o paradeiro da Made-leine.

Gonçalo Lopes

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Nº 218 15 de Maio a 4 de Junho de 2007

Um lugar para a poesia

Poetas de sempre ede todos os lugares

Cesário Verde

Horizontais: 1 – Arado; Crivo; 2 – Teia;Oram; 3 – Lua; Ida; Are; 4 – Areal;5 – Salto; Regra; 6 – Tia; Teu; 7 – Tas-ca; Proas; 8 – Areia; 9 – Ras; Ova; Mas;10 – Amor; Reli; 11 – Salas; Meloa.Ver ticais: 1 – Atlas; Tiras; 2 – Réu;3 – Ata; Ama; 4 – Dá; Ataca; Rá;5 – Iró; Aro; 6 – Ode; Evo; 7 – Aar;Pia; 8 – Ro; Letra; Ré; 9 – Ira; Geo;Mel; 10 – Var; Rua; Aló; 11 – Ómega;Sósia.

Palavras Cruzadas - Soluções

B 148P 166

Manias!

Horizontais: 1 – Cabidela; Sc; 2 – Oca-sião; Cea; 3 – Abona; Mess; 4 – Ala;Longa; 5 – Sã; Ama; Asar; 6 – Cnc; Ota;Odo; 7 – Rola; Oca; OE; 8 – Itera; Aço;9 – Tara; Ásaro; 10 – Aro; Aromada;11 – Nome masculino; Auréolas.Verticais: 1 – Co; Escritas; 2 – Açã; Ano-tara; 3 – Baba; Clero; 4 – Isola; Ara; 5 –Dínamo; Au; 6 – Eão; Ato; Arr; 7 – Ló;Acasos; 8 – Moa; Acamo; 9 – Censo; Oral;10 – Sesgado; Oda; 11 – Casarões; Ás.

Morninha

Nelson FreitasAngola

Por linha:

7,1,9;4,3,8;5,2,6 / 5,2,6;9,1,7;8,3,4 / 3,8,4;6,5,2;1,9,7

9,3,1;8,4,5;6,7,2 / 6,5,7;3,2,9;4,8,1 / 2,4,8;7,6,1;3,5,9

1,6,2;5,7,3;9,4,8 / 4,9,5;2,8,6;7,1,3 / 8,7,3;1,9,4;2,6,5

Grelha nº 32SuDoKu - Soluções

1111155555

Era uma noiteDe SábadoBué mangonheiraAquela em queEu conheciUma crioulaCor de açúcarMascavadoA arranharUmas morninhasCom bastanteÇucrinhaNa tabernaDo Djosinha

O mundo é velha cena ensanguentada,Coberta de remendos, picaresca;A vida é chula farsa assobiada,Ou selvagem tragédia romanesca.

Eu sei um bom rapaz, – hoje uma ossada,Que amava certa dama pedantesca,Perversíssima, esquálida e chagada,Mas cheia de jactância quixotesca.

Aos domingos a deia já rugosa,Concedia-lhe o braço, com preguiça,E o dengue, em atitude receosa,Na sujeição canina mais submissa,Levava na tremente mão nervosa,O livro com que a amante ia ouvir missa!

Em mais uma Noite deLua Cheia, a CACAV deuum magnífico serão cul-tural, comemorativo doseu 21º aniversário, mos-trando, mais uma vez, aqui-lo que é – o centro da ge-nuína cultura popular noconcelho da Moita.

A CACAV continua aapostar num projecto deanimação cultural paraAlhos Vedros e, até, para oconcelho da Moita e ou-tros concelhos vizinhos.“Pensamos que vale apena acreditar nas pes-soas”, diz Joaquim Rami-nhos, o grande impulsio-nador desta enorme acti-vidade cultural.

O que aconteceu nes-ta Noite de Lua Cheia sãomomentos fascinantes, es-pontâneos, onde as pes-soas se encontram, dãoaquilo que podem dar,acabando por mostrar quehá um grande potencialhumano neste concelho.Ali se cruzaram várias ge-rações, uns jovens outroscom mais idade, mas to-dos num convívio são, apartilhar aquele belo mo-

Cooperativa de Animação Cultural (CACAV)

21 anos a dar vida culturala Alhos Vedros

mento cultural. A CACAVé isto, é a confluência depessoas e de ideias, e já lávão 21 anos. “A nossa am-bição é darmos conti -nuidade a alguma áreasde aprendizagem, taiscomo nos ateliers dasartes, da música e da fo-tografia. Vamos ter umprojecto ligado ao cine-ma, vamos criar ciclos decinema com debates, em

parceria com “A Velhi-nha”. Vamos tambémavançar para algumas ac-tividades de ar livre, dedefesa do ambiente e dopatrimónio”, informouJoaquim Raminhos.

Na noite de 12 de Maio,a Noite de Lua Cheia rea-lizou-se na ex-fábrica Gus-ton, com magníficas e am-plas instalações para even-tos desta natureza. A Noite

foi dedicada a José Afon-so, sob o tema “Em Maiovamos cantar José Afonso– 20 anos depois”.

O espectáculo, compoesia, música e canções,muitas delas dedicadas aJosé Afonso, terminou comuma peça de teatro sobreSelene – a Deusa da Lua –numa magnífica encena-ção e interpretação dogrupo Andarte.

A Escola Secundária daMoita está a apostar nasTecnologias da Informa-ção e Comunicação comosuporte de ensino. No dia10 de Maio foi feita umaapresentação pública devários projectos: o Moo-dle que consiste numaplataforma de aprendiza-gem com intercâmbio en-tre alunos e professores, eapresentação de RecursosPedagógicos On-line. Foitambém mostrado um pro-jecto realizado por alunosdo 12º ano intitulado A In-formática na Matemática e

Escola Secundária da Moita

Tecnologias da Informaçãocomo suporte de ensino

por último foi feita umademonstração de progra-mação de um Robot.

Esta apresentação públi-ca foi organizada por umgrupo de professores daÁrea da Informática, e temcomo objectivo a aberturada Escola Secundária daMoita à comunidade, atra-vés das tecnologias utiliza-das diariamente.

Segundo o professorJoão Lopes, a plataformaMoodle permite “enviartrabalhos ou fichas de ava-liação”, em que posterior-mente o professor “podeproceder à sua avaliação”.

De seguida foi apresen-

tado o tema Recursos Peda-gógicos On-line, pela pro-fessora Carla Cascais, quepermite aos alunos “utili-zarem os materiais emqualquer altura e lugar”,através do site da escola.

O Projecto Informáticana Matemática, apresenta-do pela professora LuísaAlves, surgiu para comba-ter “a desmotivação dosalunos com alguns conteú-dos leccionados nas au-las”, tendo em conta tam-bém que “a matemáticaapresenta um elevado in-sucesso levando ao aban-dono escolar”.

O último tema apresen-

tado foi Aprender a Pro-gramar Programando umRobot, em que foi mostra-do o produto final: umRobot programado pelosalunos. Segundo a profes-sora Mafalda Antunes, esteprojecto tinha como de-safios “desenvolver apti-dões ao nível da progra-mação, autonomia e senti-do de responsabilidade”,o que na sua opinião “foitudo atingido”.

Para os interessados emvisitar o site da escola, comnovas actualizações, a mo-rada é www.esmoita.com, ea página Moodle é http://moodle.esmoita.com.

Cátia Fernandes

www.orio.ptORIO.Pt na Internet. As notícias diárias da região estão on line

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15 de Maio a 4 de Junho de 2007Nº 218

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Baixa da BanheiraBaixa da Banheira

Alma HQ é uma revista brasi-leira de banda desenhada, quereúne trabalhos de jovens de Bra-sília, participantes no OP - Opera-ção Plástica, com experimenta-ção e intervenção plástica de ar-te urbana e colectiva. O grupo de-senvolve certos trabalhos com autilização de materiais recicláveise outros meios de expressão.

A última edição de Alma HQapresenta, como convidado in-

Banda desenhada e azulejaria

O trabalho do artista alhos-vedrenseLuís Guerreiro reconhecido em Brasília

ternacional, obra e texto do artis-ta português Luís Guerreiro, oconhecido autor de banda de-senhada alhos-vedrense.

Luís Guerreiro é, sobretudo,um azulejista, na área da azule-jaria artística, onde tem criado eproduzido centenas de painéisem azulejo. (http://escudo.paginas.sapo.pt).

O artista acha que a azuleja-ria artística é uma precursora dabanda desenhada. Por exem-plo, considera que as narrativasda história das vidas de Jesus Cris-to e dos santos (séculos XVII eXVIII), que se podem observarnas igrejas, mosteiros e palácios,são uma forma antiga de ilustraruma narrativa e contar uma

história, onde o suporte era oazulejo em vez do papel.

“O que fiz na banda desenha-da, e penso ser inovador, foi trans-portar a narrativa para o azulejona forma standard das histórias aosquadradinhos”, revela Luís Guer-reiro. Com o azulejo, o suporte dassuas histórias passou a ser muitomais durável e impermeável.

O gosto de Luís Guerreiro emcriar mundos imaginários eutópicos, levou-o a adoptar atemática da Ficção Científica,bem patente nos painéis de azu-lejos que contam as “Aventurasde Jerílio no século 25”. É umatemática futurista, em que o artis-ta utiliza a técnica ancestral por-tuguesa – a azulejaria artística.

A Comissão de Utentes paraa Saúde foi alertada da intençãode ser alterado o funcionamen-to do Serviço Complementar deAtendimento, deslocando-odurante os dias úteis para o Cen-tro de Saúde da Moita, funcio-nando apenas em Alhos Vedrosaos fins-de-semana e feriados.

Face a esta situação, a Comis-são solicitou uma reunião, comcarácter urgente, aos respon-sáveis do Centro de Saúde.

A reunião realizou-se no dia 8de Maio, nas instalações do Cen-

Comissão de Utentes para a Saúde

Alhos Vedros vai ficar sem ServiçoCompletar de Atendimento em dias úteis

tro de Saúde de Alhos Vedros.As alterações anunciadas foramprofundamente contestadas pelaComissão de Utentes, pois elassignificam mais um grave atenta-do aos direitos básicos dos cida-dãos, no que respeita aos cuida-dos de saúde, com consequên-cias gravosas para os mais idosose mais carenciados.

Estas políticas devem conti-nuar a ser repudiadas pela po-pulação, que deverá estar aten-ta para possíveis lutas mais efi-cazes e consequentes.

Foi também informada aComissão da intenção de se efec-tuarem obras no Centro deSaúde, desconhecendo-se, noentanto, ainda a data do iníciodas respectivas obras. Os respon-sáveis do Centro de Saúde garan-tiram, porém, a continuidade datotalidade dos serviços logo apósa conclusão das obras.

A Comissão de Utentes, cons-ciente da situação, diz que vaiestar atenta ao seu desenvolvi-mento e que continuará a infor-mar a população.

A Câmara Municipal da Moi-ta, a Junta de Freguesia de AlhosVedros e a CACAV – Coopera-tiva de Animação Cultural deAlhos Vedros vão promover a IIIBienal de Pintura de PequenoFormato – Prémio Joaquim Afon-so Madeira, entre 19 e 25 deMaio, no Moinho de Maré deAlhos Vedros.

A participação é aberta a to-dos os artistas nacionais e inter-nacionais que apresentaramduas obras, com as dimensõesmáximas de 33x24cm, até ao dia

Prémio Joaquim Afonso Madeira

Bienal dePintura

16 de Abril, na Junta de Fregue-sia de Alhos Vedros.

A organização vai atribuir doisprémios: o Prémio Joaquim Afon-so Madeira, no valor de 750 eu-ros, atribuído pela Câmara Mu-nicipal da Moita, e o PrémioRevelação, no valor de 250 eu-ros, atribuído pela Junta deFreguesia de Alhos Vedros.

Para mais informações, con-tactar a Junta de Freguesia deAlhos Vedros, através do telefo-ne 212040256, ou a CACAV,através do telemóvel 932214015.