Bandeirantes

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cmyb cyan magenta yellow black TRIBUNA DO VALE 5 DE AGOSTO DE 2010 DIRETOR: BENEDITO FRANCISQUINI ANO XIV - N 0 1705 - R$ 1,00 www.tribunadovale.com.br 19 0 10 0 Quinta-feira BANDEIRANTES PÁG. A8 PÁG. A5 PÁG. A4 PÁG. A6 PÁG. A5 IBAITI Cidade vai ganhar Juizado Especial Federal PÁG. A4 TOMAZINA Prefeitura recupera estradas rurais PÁG. A6 S.A.PLATINA Quadras cobertas continuam destelhadas ILEGAL TRÂNSITO FEIRA ILUMINAÇÃO Antônio de Picolli Antônio de Picolli Antônio de Picolli PÁG. A3 Colégio privado no campus da Uenp complica vida de candidato Calçadas são invadidas por materiais de construção Postos são usados para fuga de semáforo Definida programação da Ficafé 2010 Escuridão favorece vandalismo no cemitério As contradições envolvendo o funciona- mento de um colégio tido como particular dentro do campus da Uenp de Bandeirantes, está virando uma grande dor de cabeça para o candidato a reitor da universidade, Eduardo Rando Meneghel. Ele diz que se trata de uma instituição públi- ca, mas em todas as consultas realizadas pelo acadêmico Pablo Scherrer, a escola aparece como sendo empresa privada. O que complica a situação de Meneghel, é que ele foi diretor da antiga Fundação Luiz Meneghel, suposta dona do colégio, que continua cobrando mensali- dades de seus alunos, o que é proibido a uma instituição pública. Os postos de combustível Caçula e Platinense, que ficam em cruzamentos onde há semáforos, têm sido alternativa para motoristas apressados. Eles cortam o pátio dos estabelecimentos para ganhar tempo, e não percebem que estão colocando em risco a vida dos frentistas e também de clientes, que circulam no local livremente. O fato está trazendo preocupação aos donos dos postos. Pedestres de Santo Antônio da Platina es- tão sendo obrigados a ceder espaço da calçada para os materiais de construção. O proble- ma está acontecendo em todos os pontos da cidade, inclusive no centro. Idosos, grávidas, mulheres com carri- nhos de bebê e defi- cientes físicos precisam arriscar suas vidas nas ruas para desviar dos entulhos. Famílias platinenses, com entes queridos se- pultados no Cemitério São João Batista de San- to Antônio da Platina, estão revoltadas com as constantes depredações e roubos de túmulos, que ocorrem pela madrugada. A situação se arrasta há vários anos e, parece não ter mais solução.

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TRIBUNA DO VALE5 DE AGOSTO DE 2010 DIRETOR: BENEDITO FRANCISQUINI ANO XIV - N0 1705 - R$ 1,00

www.tribunadovale.com.br

190 100

Quinta-feira

BANDEIRANTES

PÁG. A8

PÁG. A5

PÁG. A4PÁG. A6

PÁG. A5

IBAITICidade vai ganhar Juizado Especial Federal

PÁG. A4

TOMAZINA Prefeitura recuperaestradas rurais

PÁG. A6

S.A.PLATINAQuadras cobertas continuam destelhadas

ILEGAL

TRÂNSITO

FEIRA

ILUMINAÇÃO

Antônio de Picolli

Antônio de Picolli

Antônio de Picolli

PÁG. A3

Colégio privado no campus da Uenp complica vida de candidato

Calçadas são invadidas por materiais de construção

Postos são usados para fuga de semáforo

Definida programação da Ficafé 2010

Escuridão favorece vandalismo no cemitério

As contradições envolvendo o funciona-mento de um colégio tido como particular dentro do campus da Uenp de Bandeirantes, está virando uma grande dor de cabeça para o candidato a reitor da universidade, Eduardo

Rando Meneghel.Ele diz que se trata de uma instituição públi-

ca, mas em todas as consultas realizadas pelo acadêmico Pablo Scherrer, a escola aparece como sendo empresa privada. O que complica

a situação de Meneghel, é que ele foi diretor da antiga Fundação Luiz Meneghel, suposta dona do colégio, que continua cobrando mensali-dades de seus alunos, o que é proibido a uma instituição pública.

Os postos de combustível Caçula e Platinense, que � cam em cruzamentos onde há semáforos, têm sido alternativa para motoristas apressados. Eles cortam o pátio dos estabelecimentos para ganhar

tempo, e não percebem que estão colocando em risco a vida dos frentistas e também de clientes, que circulam no local livremente. O fato está trazendo preocupação aos donos dos postos.

Pedestres de Santo Antônio da Platina es-tão sendo obrigados a ceder espaço da calçada para os materiais de construção. O proble-ma está acontecendo em todos os pontos da cidade, inclusive no centro. Idosos, grávidas, mulheres com carri-nhos de bebê e defi-cientes físicos precisam arriscar suas vidas nas ruas para desviar dos entulhos.

Famílias platinenses, com entes queridos se-pultados no Cemitério São João Batista de San-to Antônio da Platina, estão revoltadas com as constantes depredações e roubos de túmulos, que ocorrem pela madrugada. A situação se arrasta há vários anos e, parece não ter mais solução.

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O Diário da nossa região - Fundado em agosto de 1995

Quinta-feira, 5 de agosto de 2010TRIBUNA DO VALEA-2 Opinião

“Há que se lembrar que, mesmo vencendo a eleição, a chapa escolhida pela comunidade universitária

passará a compor a lista tríplice que será encami-nhada ao governador Orlando Pessuti , lista esta

que será elaborada pelo Conselho Universitário” Felippe Toneti

E D I TO R I A L

Não quero transformar o tema em questão eleitoral, pois quanto mais longe ele for manti do da agenda políti ca, mais

perto estaremos de uma solução técnica”

Beto Richa“

C H A R G E chargeonline.com.brHORÁRIO DE FECHAMENTO

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA

21:20

NESTA EDIÇÃO TEM

PREVISÃO PARA HOJE

12 PÁGINASCADERNO PRINCIPAL A 01 08 OPINIÃO A 02 POLÍTICA A 03 GERAL A 04 ECONOMIA A 05 COTIDIANO A 06 ESPORTE A 07 CIDADES A 08

2ª CADERNO B 01 04 GERAL B 01 VARIEDADES B 02 PUBLICIDADE LEGAL B 03 SOCIAL B 04

TRIBUNA DO VALE Representação:MERCONET Representação de Veículos de Comunicação LTDA

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A R T I G O

Pe. David Francisquini*

A R T I G O

A R T I G O

Felippe Toneti*

Beto Richa*

190 100

Reivindicar é preciso

Natureza e vocação sacerdotal

Impressões pessoais

prioridade e diálogo

O momento em que se discute a composição da nova Reitoria da Universidade Estadual do Norte do Paraná, a ser eleita em 18 de agosto, é propício para o debate acerca da participação do governo federal no � nanciamento do ensino superior no Estado e, ainda, do valor aplicado pelo governo estadual na infante universidade regional.

O Paraná tem apenas três instituições federais com foco no ensino superior: Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), ambas com sede em Curitiba, e a recém criada Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), instituição pública sediada em Foz do Iguaçu.

Apesar do aumento do investimento que veri� ca no governo Lula, especialmente no tocante à interiorização dos campus do Instituto Federal, não se compara o volume de recursos aplicados em estados como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que contam com sete Universidades Federais cada um, com os deste Estado. A posição paranaense, dada a sua importância econômica (é a sexta economia do País) e social (sétima população) mereceria da União uma atenção bem maior.

Não bastasse isso, o Paraná investe mais de R$ 1 bilhão ao ano no custeio de Universidades Estaduais onde estudam - e são muito bem-vindos - alunos de outros estados brasileiros e

que representam um ônus à sociedade paranaense. Não há de se esquecer que alunos paranaenses também se matriculam em outros estados, mas por questão de justiça seria conveniente que o governo federal, se não federalizasse instituições paranaenses, ao menos auxiliasse o Estado com a destinação de recursos às suas universidades. No Norte Pioneiro, a UENP, devido à pro-ximidade com o vizinho estado de São Paulo, possui inúmeras turmas em que metade ou mais dos alunos proveem de lá.

Também seria oportuno que a região reivindicasse maior participação da UENP no Orçamento Estadual. Em 2009, a fatia da Universidade foi de R$ 24,6 milhões; a da UEL � cou em R$ 353 mi; UEPG, R$ 138,2 mi; UEM, R$ 308,6 mi; UNICEN-TRO, R$ 92,1 mi ; UNIOESTE, R$ 166,5 mi; e UNESPAR, R$ 64,9 mi. Além desses recursos, o Paraná investe ainda R$ 96,3 milhões em Ciência e Tecnologia através do Fundo Paraná e R$ 68,2 milhões por meio do Tecpar, totalizando R$1,34 bilhão, de acordo com a Lei nº 16.032, de 29/12/2009 (Lei Orçamentária Anual - LOA 2009).

Os números dispensam comentários. É hora de as lideranças políticas agirem para que a UENP possa crescer e se consoli-dar no cenário do ensino superior do Paraná. Com a palavra os candidatos ao Governo estadual, à Assembleia Legislativa, Câmara e Senado Federal.

Assisti ao primeiro debate preparatório às eleições que de� nirão quem será o próximo reitor da UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná), realizado em Bandeirantes na segunda-feira (dia 2). Para mim foi uma surpresa, especialmente pelas afrontas pessoais dos candidatos da Chapa 1 às candidatas da Chapa 2.

Os nervos pareciam a � or da pele entre os concorrentes aos cargos de Reitor e Vice-reitor. Há que se lembrar que, mesmo vencendo a elei-ção, a chapa escolhida pela comunidade universitária passará a compor a lista tríplice que será encaminhada ao governador Orlando Pessuti, lista esta que será elaborada pelo Conselho Universitário (Provisório).

O prof. Rinaldo Bernadelli Junior, candidato a vice da Chapa 1 juntamente com o Prof. Eduardo Meneghel Rando, pediu votos no debate declarando que “é melhor escolher um Boeing que um teco-teco”, desmerecendo a Chapa 2, que tem as professoras Maria Lucia Vinha e Erica Mello Peixoto como candidatas a Reitora e Vice, e ado-tando uma atitude mais agressiva de desrespeito com as colegas. Ao ler o currículo da Dra. Maria Lucia Vinha, Bernardelli o fez em tom irônico e jocoso, minimizando o fato dela só possuir duas publicações importantes em revistas cienti� cas. E olha que ela estudou na USP!

Um debate sem ofensas seria mais desejado, já que isso atrapalha conhecer as propostas dos candidatos para balizar as escolhas. A impressão que tive das manifestações ofensivas da Chapa 1 para com a Chapa 2 foi de que estão despreparados, talvez desacostumados ao contraditório, e talvez até preocupados com a manifesta simpatia do público presente à Chapa 2.

Outra polêmica se deu em relação a um suposto colégio (CIB), instalado no campus de Bandeirantes, e que cobraria mensalidade dos alunos - dentro de uma instituição pública. Para Rando, da Chapa 1, o fato é considerado normal, uma vez que o terreno ainda pertenceria à municipalidade. Segundo a� rmou, a doação para o Estado do Paraná ainda não foi efetuada, contrariando o pensamento geral de que a estadualização do campus estaria sacramentada.

Maria Lucia Vinha é terminantemente contra qualquer cobrança de mensalidades e taxas sobre cursos e serviços dentro de uma instituição que é do povo, pois impede pessoas de origem humilde, como � lhos de trabalhadores do corte de cana, de usufruirem das boas condições de ensino na Instituição. Além disso, os professores e alunos da Uni-versidade têm limitados seus espaços de estudo e pesquisa.

O futuro da UENP está, pois, nas mãos dos docentes - com 70 de peso dos votos; dos estudantes e funcionários - com peso 15 para cada categoria. Que todas essas pessoas se lembrem e façam suas me-lhores escolhas, pensando na autonomia universitária, participação e democracia interna, para a consolidação da Universidade como bem maior para toda a comunidade do norte velho e do norte do Paraná, e à supremacia do interesse público. Boa sorte, UENP.

Felippe Toneti é músico em Jacarezinho, PR.

A perda de competitividade da produção paranaense está forte-mente associada aos gargalos de infraestrutura de transporte do Esta-do, setor cujos investimentos foram negligenciados nos últimos anos.

Meu plano de governo prevê a criação do Plano Estadual de Trans-porte e Logística, orientado pela ideia de retomar o planejamento estratégico do Paraná.A implementação deste Plano será antecedida, porém, de uma conversa franca com as empresas concessionárias das estradas pedagiadas. Um dos primeiros atos de meu governo ? se honrado for com o mandato de governador ? será chamar as con-cessionárias para o diálogo a � m de renegociar as tarifas do pedágio.

Não quero transformar o tema em questão eleitoral, pois quanto mais longe ele for mantido da agenda política, mais perto estaremos de uma solução técnica que compatibilize o interesse dos produtores e usuários com estradas modernas e tarifas viáveis. Inclusive com o cumprimento das obras previstas nos contratos.O que não é viável é um caminhão pagar R$ 513,60 de pedágio no frete entre Foz do Iguaçu e o porto de Paranaguá. É óbvio que uma parcela signi� cativa dos lucros do produtor � ca nos guichês das estações de pedágio.

Não creio em intransigência da parte das empresas. Acredito que elas têm interesse, tanto quanto o produtor, em manter um sistema sustentável a longo prazo. Hoje não é este o caso.

O pior dos mundos seria o retorno à situação anterior, sem o regime de concessões e as rodovias federais largadas ao abandono ? pois há muitos anos o governo federal abdicou de sua atribuição de conservar as estradas sob sua jurisdição. Neste caso o produtor seria ainda mais severamente castigado, com os prejuízos decorrentes de trafegar por rodovias em petição de miséria.

O novo modelo de concessão adotado pelo governo federal, sem pagamento da outorga, se viabilizou tarifas baixas, já levanta dúvidas quanto à sua e� cácia. Basta viajar em direção a Santa Catarina pelas BRs 101 ou 116 para observar que as condições de reparo destas ro-dovias são precárias. Ao que parece, as tarifas � xadas são insu� cientes para remunerar os investimentos nas obras de manutenção.

Mas o pedágio é só uma parte do problema.A adequação e conservação das estradas rurais contribuirá para

reduzir o custo-Paraná, além de trazer inúmeros outros benefícios à população, incluindo o transporte escolar ? que hoje, em algumas regiões, os alunos � cam sem aula em dias de chuva ? e o atendimento em casos de emergência na saúde.A melhoria das estradas rurais está prevista em meu Plano Estadual de Transporte.

Beto Richa é candidato ao Governo do Estado pela Coligação Novo Paraná.

A missão do sacerdote é por natureza e vocação de suma impor-tância e valor, porquanto o padre é investido dos mesmos poderes de Nosso Senhor Jesus Cristo. “Tu es sacerdos in aeternum secundum ordinem Melchisedech” – Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque.

Trata-se de uma verdadeira escolha que Deus faz entre os homens, a � m de que estes ofereçam dons e sacrifícios pelos pecados do povo e pelos próprios, além de se compadecerem dos que ignoram e erram, pois ele mesmo está cercado de fraquezas, como nos diz São Paulo aos Hebreus. (Hebr. 5, 1-11).

O nascedouro natural da vocação sacerdotal – o sal que salga e a luz que ilumina – encontra-se sempre no seio das famílias verda-deiramente cristãs, dentro do lar imbuído da Fé e da mentalidade da Igreja, bem como da pureza de costumes, da piedade e devoção.

De tão sublime, tal chamado de Deus é comparável a uma cidade sobre um monte ou a uma torre inexpugnável, pois um bom padre salva consigo uma multidão, enquanto um mau padre pode levar atrás de si outra multidão.

Na Epístola aos Efésios, São Paulo engrandece o sacramento do matrimônio ao confrontá-lo com a instituição da Igreja.

Ao ressaltar a submissão da Igreja a Cristo, o Apóstolo convida as mulheres a seguirem o exemplo da Igreja quanto à submissão aos seus maridos; e a estes, a amarem suas esposas como Cristo ama sua Igreja. Em suma, fazer do lar o que faz Cristo com a Igreja: digna, pura, resplandecente, sem mancha nem ruga, santa e imaculada.

Toda a grandeza do matrimônio se patenteia nessa consideração do apóstolo em relação ao amor de Cristo à sua Igreja. E São Paulo ressalta que o relacionamento de Cristo com a maior das instituições é um verdadeiro mistério, pois a própria Santa Igreja Católica Apostólica Romana é de origem divina.

Como sacerdote, acabo de tomar conhecimento da aprovação de novo Projeto de emenda constitucional sobre o divórcio, facilitan-

do ainda mais as separações conjugais. As leis apenas referendam o amor livre que, na prática, já vige há tempos. Como esperar que de tal sociedade surjam vocações sacerdotais e religiosas? Como pretender o aparecimento de santos e heróis?

Com efeito, houve toda uma mudança de mentalidade, mu-dança do eixo em torno do qual gira e se orienta a sociedade. A família monogâmica e indissolúvel, nascida no altar diante do sacerdote com todo requinte e pompa, se reduz a um contrato provisório. E já se ouve falar em “família” formada por casais do mesmo sexo.

Através de uma mudança cultural profunda vai-se assim fazendo aos poucos o que a União Soviética tentou implantar pela força. Mãos hábeis, cabeças inteligentes e corações empedernidos souberam traba-lhar a sociedade para descristianizá-la e levá-la ao torpor, tornando-a indiferente e atéia.

Não é de se alarmar que, sem nenhuma reação, o Estado vá ocu-pando cada vez mais o lugar dos pais e das famílias. A� nal, são eles próprios que correm pressurosos a entregar seus � lhos nas creches públicas, onde são educados desde a mais tenra idade.

Em troca, os pais recebem uma pensão do Estado, a dita bolsa es-cola. A continuar assim, não tardará o dia em que as crianças passarão a dormir nas escolas como internos, e ao serem indagadas sobre quem são os seus pais, elas respondam: – Meu pai é o Estado socialista, e minha mãe, a Pátria laica e atéia.

Nessa perspectiva, o que fazer? “Ad te levavi, oculos meos, qui habitas in coelis”. (Sl 122, 1). Sim! Voltemos nossos olhos para Deus, para a Virgem de Fátima, pedindo perdão e misericórdia; pedindo, sobretudo, a grande vitória prevista em sua aparição, o triunfo de seu Imaculado Coração.

(*)Pe. David Francisquini é sacerdote da Igreja do Imaculado Coração de Maria em Cardoso Moreira - RJ

Page 3: Bandeirantes

“Quando há transparência nas informações não existem questionamentos de alunos,

professores, imprensa”

Quinta-feira, 5 de agosto de 2010TRIBUNA DO VALE Política A-3

P anorama Regional

Carro oficial na campanha

E-mail: [email protected]

BANDEIRANTES Em todas as pesquisas realizadas nos sites ofi ciais, o Colégio Integrado de Bandeirantes aparece como particular

NORTE

FICHA LIMPA

Colégio que funciona no campus da Uenp gera polêmica em debate

Um carro, ligado ao nú-cleo regional da Secretaria do Trabalho, Emprego e Promo-ção Social, em Jacarezinho, foi descaracterizado com a retirada de adesivos que o identi� cava, mas seu condu-tor parece ter esquecido que as placas, AQB – 1209, com a indicação “Paraná” deixa cla-ro tratar-se de veículo o� cial. Leitores ligaram para a reda-

ção informando que o con-dutor do novíssimo Renault Logan, Jorge Domingos de Si-queira, o Jorginho, ex-prefeito de Jaboti e chefe regional da secretaria, estaria utilizando o veículo em seu deslocamento diário de Jacarezinho para sua cidade de origem e que, além disso, o mesmo ocorreria na campanha política, sem citar em favor de qual candidato.

Visita ilustreÍndio da Costa (DEM-RJ), o polêmico candidato a vice-

presidência da República na chapa de José Serra (PSDB), estará sexta-feira (dia 6) em Jacarezinho. Ele participa do lançamento das candidaturas dos colegas de partido Abelardo Lupion, que concorre à Câmara (deputado federal) pela sexta vez, e do � lho, Pedro Lupion, que debuta na vida política disputando uma ca-deira de deputado estadual. O evento ocorre pela manhã e não contará com a presença de Beto Richa (PSDB), uma vez que a família Lupion é dissidente no DEM e apoia Osmar Dias (PDT). O candidato ao Senado Gustavo Fruet (PSDB) está convidado. “É o único nome para o Senado que eu vou apoiar”, diz Lupion, o pai.

PolêmicasÍndio da Costa é considerado polêmico porque, graças a de-

clarações suas, o Partido dos Trabalhadores já obteve dois direitos de resposta. Num deles, um site de mobilização tucana, o silvícola a� rmou que o PT seria ligado às Farc (Forças Revolucionárias da Colômbia) e, por tabela, ao narcotrá� co. O partido obteve ainda um direito de resposta contra a revista Veja, da Editora Abril, que publicou a reportagem "Índio acertou o alvo" (ainda bem que não foi o Álvaro).

SujouO candidato a deputado estadual pela coligação PSDB/PP/

DEM/PTB/PRB Alessandro Meneghel teve o registro de candida-tura indeferido. O motivo da inelegibilidade foi a suposta prática de crime contra a administração pública. Os desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral aplicaram no caso do pré-candidato a Lei Complementar 135/2010 – que prevê que todos os candi-datos precisam ter a chamada “� cha limpa”, ou seja, não podem responder processos contra a administração pública.

Justi� cativasQuem preferir pode acreditar nas justi� cativas de Tina Toneti

(PT) sobre o fato de ter encaminhado simultaneamente cinco (5) projetos de lei à Câmara Municipal, por meio dos quais solicita autorização legislativa para a doação de igual número de lotes de terras, pertencentes ao Município, a pessoas ligadas ao PT. Segundo a prefeita, não se distingue coloração partidária para esse tipo de benefício.

Até pareceEm matéria publicada no sítio o� cial do município, Tina To-

neti informa que se reuniu com os vereadores para tratar deste e de outros temas, como a construção das novas unidades do Sesc/Senac e do depósito de lixo químico da Resicor, incendiado no domingo (dia 1.o). Com relação às construções, um vereador atribuiu o fato à concessão de um título honorí� co a Darci Piana, presidente do Sistema Fecomércio. Fosse assim tão fácil e cada município já teria uma sede dessas.

Oposição, que nadaEsse mesmo vereador fez duras críticas a uma empresa ter-

ceirizada que presta serviços à Secretaria Municipal de Educa-ção, Cultura e Esportes de Jacarezinho. Na sessão ordinária de terça-feira (dia 3), o edil revelou que os funcionários da empresa recebem seus vencimentos por meio de cheques da praça de Presidente Prudente. A empresa é de Londrina. "Temos que evitar esses picaretas aí, estão de má-fé, é sacanagem", disse o vereador, que faz parte do grupo que apoia a prefeita.

Simpli� ca, queridaAlguém precisa dizer à nossa amiga Luciane Alves (PT) que

escolher demais as palavras durante os discursos além de enfa-donho di� culta a compreensão de quem ouve, especialmente as pessoas mais humildes e que não são versadas nas letras. A vereadora empola tanto a linguagem que já, já, tropeça na língua e leva um tombo.

Gente que fazA diretoria do Asilo São Vicente de Paulo, em Jacarezinho, está

de parabéns. Graças ao esforço e à dedicação de todos, especial-mente de sua presidente, Ana Constança Brum, a entidade está erguendo um novo salão, de 480 m2, quase que integralmente construído com doações da comunidade local. É sinal da credibi-lidade dos membros da instituição � lantrópica que vem, há anos, prestando relevantes serviços no município.

Debate da UENPAmanhã (dia 6) acontece o último debate promovido pela

Comissão Eleitoral entre as chapas que concorrem à Reitoria da Universidade Estadual do Norte do Paraná. O evento começa às 19h30, no Cine Iguaçu.

Da redação

No debate entre os can-didatos à reitoria da Uni-versidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), que ocorreu na segunda-feira, 2, no Campus de Bandeirantes, o estudante Pablo Scherrer teve uma pergunta escolhida no sorteio, que foi dirigida ao candidato Eduardo Ran-do Meneghel (ex-diretor da antiga Fundação Faculdades Luiz Meneghel). O acadêmi-co pediu explicação de como um cidadão poderia se ins-crever no Colégio Integrado de Bandeirantes (CIB), que funciona dentro do campus e supostamente pertencente à Fundação Luiz Meneghel. Em tom irônico, o candidato Rando disse que bastaria o interessado fazer a inscrição, sem, no entanto, revelar que a instituição, cobra mensali-dade de seus alunos.

A polêmica se deve ao fato de que o CIB, segundo Meneghel, é uma instituição pública, ligada à Fundação da qual foi diretor. Neste caso, não poderia estar co-brando mensalidades. O que complica a situação é que a escola de segundo grau é identificada como particu-lar em todos os órgãos onde este tipo de estabelecimento é credenciado ou registrado.

Segundo Scherrer, a per-gunta teve como fundamento esclarecer se o colégio fun-ciona como público, como afirma Rando, ou particular, como consta em todos os documentos e registros em sites consultado pelo acadê-

mico na internet. “Em todos os sites oficiais de procura, o colégio aparece como rede de ensino privada. Se o colé-gio é público como afirma o candidato, por que é cobrado mensalidade?”, questiona. Ele completa. “Quem é que paga ou como é pago o salário do diretor deste colégio, por exemplo, se todo o dinheiro, segundo o próprio Rando, vai para a Fundação?”, alfineta.

O Colégio Pedro D’Árcadia Neto (Centro Paula de Souza) de Assis (SP) foi criado por meio de um convênio nos mesmos moldes do CIB, e é vinculado à Universidade Es-tadual de São Paulo (UNESP) campus de Assis. O colégio oferece o Ensino Médio, além de alguns cursos técnicos e não cobra mensalidade. Pela alta procura e o número li-mitado de vagas, a instituição

realiza um processo seletivo (vestibulinho). Scherrer disse que estudou no colégio e, que nunca teve conhecimento de problemas com relação a ‘favorecimentos’ ou algo pa-recido. “Quando há transpa-rência nas informações não existem questionamentos de alunos, professores, impren-sa”, diz.

O estudante relatou que ficou indignado com a res-posta que obteve. “Se eu soubesse que era só me ma-tricular para entrar no CIB, teria me mudado para Ban-deirantes na época ao invés de fazer o Vestibulinho para estudar em Assis, que não foi nada fácil”, afirma.

Scherrer questiona, ain-da, que o candidato a reitor Eduardo Rando Meneghel não teria o direito de dis-putar as eleições, pois não é

funcionário público estadual, já que em uma pergunta feita pela chapa adversária sobre o Sistema de Assistência à Saúde (SAS), ele respondeu que os funcionários da ins-tituição ainda não têm SAS porque o programa é para funcionário do Estado e eles são funcionários da Funda-ção Luiz Meneghel, que é municipal. Rando se apre-sentou no debate como sendo funcionário da Fundação, na qual ingressou em 1982, por concurso público. Na época, a instituição era considerada privada, pois a fundação, além de figura jurídica pró-pria, cobrava mensalidade dos alunos mantidos dos cur-sos mantidos pela instituição. Para o cargo de reitor, apenas funcionários com concurso público estadual podem se candidatar.

Municípios da Amunop recebem curso sobre admissão de pessoal

Servidores de 20 prefei-turas da Associação dos Mu-nicípios do Norte do Paraná (Amunop) podem participar, gratuitamente, do treinamento “Admissão de Pessoal na Ad-ministração Pública”. O evento integra o projeto “Jornada de Orientação Jurídica”, promo-vido pela Escola de Gestão Pública do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). O encontro será realizado nesta quinta-feira, no Centro Cultural de Cornélio Procópio (Rua Paraíba, 163, Centro).

Destinado exclusivamente a secretários de Administração e servidores municipais direta-mente responsáveis pela elabo-ração de processos de admissão

de pessoal, o evento tem como objetivo orientar e capacitar os funcionários públicos na correta forma de admissão de pessoal, obedecendo as regras constitucionais de legalidade, impessoalidade e moralidade.

Entre as 8h30 e as 18h, Letícia Maria Kuster Chero-bim, analista de controle da Diretoria Jurídica do TCE, vai mostrar os aspectos legais das contratações no âmbito da administração pública, inclu-sive os cargos em comissão. No treinamento, Letícia vai desta-car que a “� nalidade maior do concurso público é atender o princípio da isonomia impos-to pela Constituição Federal, isto é, oportunizar a todos os

que tenham as mesmas con-dições de disputar cargos ou empregos públicos tanto na administração direta como na administração indireta”.

O evento vai mostrar todas as fases de um concurso públi-co, a começar pela veri� cação da disponibilidade de cargos, etapa anterior à publicação do edital. Um dos aspectos que será apresentado na Jornada é uma abordagem especí� ca e detalhada da Instrução Nor-mativa do TCE nº 44/2010 que dispõe sobre envio e acesso a informações e documentos necessários a apreciação e registro, pelo Tribunal, de atos de admissão de pessoal municipal.

As inscrições, gratuitas, devem ser feitas pelo site do TCE (http://www.tce.pr.gov.br/tcacao_eventos_agenda-dos.aspx). Mais informações pelos telefones (41)3350-1683 e 3350-1744.

Municípios que integram a Amunop

Assaí, Bandeirantes, Con-gonhinhas, Cornélio Pro-cópio, Curiúva, Itambaracá, Leópolis, Nova América da Colina, Nova Fátima, Rancho Alegre, Santa Amélia, Santa Cecília do Pavão, Santa Ma-riana, Nova Santa Bárbara, Santo Antonio do Paraíso, São Jerônimo da Serra, São Sebas-tião da Amoreira, Sapopema, Sertaneja e Uraí.

Candidato do DEM é o 2º barradoDas Agências

O candidato a deputado estadual Alessandro Mene-guel, do DEM, foi o segundo a ter a candidatura barrada no Paraná com base na Lei da Ficha Limpa. Na sessão de terça-feira (3), por unanimi-dade, os juízes do Tribunal

Regional Eleitoral (TRE-PR) consideraram Meneguel inelegível. Ele ainda pode recorrer da decisão.

De acordo com o TRE-PR, a causa de inelegibilidade se deve a prática de crime contra a administração pública, que esbarra na Lei complementar 135/2010, chamada de Lei

da Ficha Limpa. Meneguel é agricultor e tem 45 anos.

Alessando foi barrado pela Lei Ficha Limpa por prática de crime contra a administração pública. Ele informou à Justiça Eleitoral que seu patrimônio é com-posto por quotas de capital em duas empresas, uma de

transportes e uma de pesca, além de ser proprietário de um empresa individual. Os valores declarados, no entan-to, são simbólicos. Somado, o patrimônio é de R$ 3. Já o limite máximo que previa gastar em sua campanha elei-toral poderia chegar a R$ 2,5 milhões.