BARREIRA ACÚSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAÇÃO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

download BARREIRA ACÚSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAÇÃO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

of 9

Transcript of BARREIRA ACÚSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAÇÃO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

  • 8/13/2019 BARREIRA ACSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

    1/9

    III ENECS ENCONTRO NACIONAL SOBRE EDIFICAES E COMUNIDADES SUSTENTVEIS

    BARREIRA ACSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAO PRELIMINAR

    Antonio Ludovico Beraldo ([email protected]) Professor Associado da Faculdade deEngenharia Agrcola/ Departamento de Construes Rurais/Universidade Estadual deCampinas.Ansio Azzini ([email protected]) Mestre em Fitotecnia/ Instituto Agronmico deCampinas/ Seo de Algodo e Fibrosas Diversas/ Bolsista do CNPq.Jurandi Fagundes de Carvalho ([email protected]) Tcnico Agrcola da Faculdade deEngenharia Agrcola/Campo Experimental/Universidade Estadual de Campinas.

    RESUMO

    Neste trabalho avaliou-se preliminarmente o comportamento de uma barreira acstica feita com duas espcies debambu, no intuito de reduzir a propagao de rudo originado por um forno eletroltico de uma empresasiderrgica. Para oBambusa vulgaris var. vittataprocedeu-se o plantio de pedaos de colmos; para oBambusatuldoidesprocedeu-se ao transplante parcial. O local escolhido para o plantio encontrava-se muito compactado edesse modo foram feitas seis trincheiras de 180 m x 1 m x 0,5 m. Decorrido um ano do plantio verificou-se quea quantidade de brotos para oB. vulgarisvar. vittatae para o B. tuldoidesforam de 3 e 6, respectivamente; asfalhas foram de 5% e 10%, respectivamente; os dimetros foram de 13 e 9 mm, respectivamente; as alturasforam de 2,7 e 2,5 m, respectivamente. A biomassa produzida nos colmos foi avaliada em torno de 6 t/ha, valorconsidervel para uma planta de apenas 1 ano. Por outro lado, o desenvolvimento vegetativo dos colmos aindano foi suficiente para reduzir a propagao do rudo.

    Palavras-chave:bambu, plantio, barreira acstica

    ACOUSTIC BARRIER FROM BAMBOO STEMS: A PRELIMINARY EVALUATION

    ABSTRACT

    To reduce noise in steel fabrication it was evaluated the behavior of an acoustic barrier made from two bamboospecies. ForBambusa vulgarisvar. vittataplanting it was employed stem portion method; forBambusatuldoidesit was utilized partial transplantation method. Original local plantation was completely compacted then it wasnecessary to prepare six trench (180 m x 1 m x 0.5 m). After one year it was compared B. vulgarisvar. vittataandB. tudoidesaverage developments: number of sprouts (3 and 6), fault (5% and 10%), diameter size (13 mmand 9 mm) and height (2.7 and 2.5 m). Biomass from these young plantation (one year old) of bamboo species

    was very high (6 t/ha). By the other side stems vegetable development was not yet capable of reduce noisepropagation

    Keywords:bamboo, plantation, acoustic barrier

  • 8/13/2019 BARREIRA ACSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

    2/9

    1. INTRODUO

    A espcie vegetal no arbrea conhecida como bambu pertence famlia Graminaea, amesma qual pertencem a cana-de-acar e o arroz, dentre outras. De acordo com dados daliteratura, existem mais de mil espcies de bambu espalhadas pelo mundo, vegetando nas mais

    variadas condies edafoclimticas. Os bambus so encontrados em todos os continentes, comexceo da Europa e regies polares (LANGHI e RODRIGUEZ, 1998). O maior centro debiodiversidade de espcies de bambu o Continente Asitico. A China, com mais de 500espcies e 500 milhes de hectares com bambu considerada a sua ptria. Segundo dadosdo CRRC (China National Bamboo Research, 2002), o valor da produo total de bambu em2000 foi superior a US$ 2,5 bilhes, o que evidencia a importncia do bambu na economiachinesa.

    No Brasil, o bambu ainda relativamente pouco utilizado, apesar de suas amplas e variadasopes produtivas. Esse baixo nvel de utilizao est associado basicamente falta deconhecimento agronmicos e tecnolgicos especficos. A situao atual do bambu

    semelhante quela ocorrida no passado com o eucalipto, o qual, tambm por falta deconhecimentos especficos, era pouco utilizado no Brasil. Atualmente, o eucalipto- um gneroextico, a principal fonte de matria-prima fibrosa para a produo de celulose e papel,graas aos avanos agronmicos (melhoramento de sementes geneticamente modificadas einvestimento em equipamentos) e industriais que foram desenvolvidos.

    Infelizmente, no se pode transferir para o bambu os conhecimentos obtidos para o eucalipto,pois so vegetais com caractersticas biolgicas e tecnolgicas completamente diferenciadas.

    Quanto s utilizaes, vrias so as opes produtivas que se pode obter com o bambu, taiscomo: Fibras longas para a fabricao de papel; Fibras celulsicas e energia, esta na forma de amido ou etanol; Broto comestvel; Carvo especial; Mveis; Material para construes rurais (ranchos, galpes, etc.); Laminados colados para confeco de pisos e mveis; Inmeros produtos artesanais Utenslios domsticos; Instrumentos musicais; Decorao e paisagismo.

    As caractersticas biolgicas das espcies de bambu, tais como dimenses e quantidade decolmos por touceira, quantidade de ns, interns e vazios existentes nos colmos, devem influirna eficincia do conjunto quando utilizado na forma de barreira acstica. Os colmos de bambuso estruturas segmentadas constitudas alternadamente por ns (parte slida do colmo) einterns, a parte oca que contm ar. A quantidade de ns e de interns varia em funo daespcie considerada. Segundo AZZINI et al. (1990), a espcie Bambusa tuldoidesapresentoumaior quantidade de interns (55,28%) do que as espcies B. vulgaris (41,31%) e

    Dendrocalamus giganteus(35,59%). Para os ns, as quantidades observadas foram de 5,91%,12,01% e 10,70%, respectivamente paraB. tuldoides,B. vulgariseD. giganteus.

  • 8/13/2019 BARREIRA ACSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

    3/9

    O vigor vegetativo das touceiras que resulta no rpido desenvolvimento dos colmos outracaracterstica marcante do bambu. Os colmos de bambu s crescem em altura, comvelocidades que podem atingir at 120 cm por dia, conforme observou UEDA (1968) para aespciePhyllostachys edulis. Para espcies entouceirantes (bambus de clima tropical ou decrescimento simpodial), a velocidade de crescimento dos colmos pode atingir 40 cm por dia.

    AZZINI et al. (1989) observaram a velocidade de crescimento de 22 cm por dia para a espcieDendrocalamus giganteus.

    As dimenses dos colmos tambm apresentam variaes acentuadas, abrangendo desde o D.giganteus, com colmos de 30 m de altura e 20 cm de dimetro at a espcie Arundinariadensifolia, com colmos de 1 m de altura e 0,5 cm de dimetro.

    Propagao do bambuQuanto forma de desenvolvimento os bambus podem ser divididos em duas categorias: Entouceirantes (paquimorfos, bambus de clima tropical); Alastrantes (leptomorfos, bambus de clima temperado).

    Os bambus podem ser propagados por sementes ou por mtodos vegetativos; neste ltimocaso, so produzidas plantas clonais com uniformidade gentica e fenotpica. A propagao

    por sementes pouco utilizada em virtude da dificuldade de se obter sementes em pocasregulares, pois a maioria das espcies de bambu floresce aps intervalos de tempo muitolongos, variando de 30 a mais de 100 anos (BERALDO e AZZINI, 2003). A propagaoassexuada ou por via vegetativa, apesar de certas limitaes, o procedimento mais utilizado

    para a propagao do bambu. As mudas de bambu, obtidas por via vegetativa, devemapresentar trs estruturas bsicas: parte area (colmos), razes e rizomas. A propagaovegetativa do bambu pode ser obtida por:

    Transplante totalNeste caso, promove-se o desmembramento das touceiras, retirando-se mudas completasconstitudas por colmos, rizomas e razes. um mtodo indicado para espcies de baixo porteou quando as touceiras esto em desenvolvimento, ocasio em que os colmos apresentam

    pequenas dimenses. Trata-se de um mtodo bastante eficiente e indicado para o plantio depequenas reas (figura 1).Transplante parcialO procedimento semelhante ao caso anterior, porm, retirando-se mudas constitudas por

    partes de colmos, razes e rizomas. No caso de espcies alastrantes, normalmente os colmosso submetidos a uma poda alta, permanecendo com um ou dois ramos com folhas. No caso

    de espcies entouceirantes, faz-se uma poda baixa, permanecendo a parte basal dos colmoscom duas a trs gemas (figura 2).

    Figura 1- Transplante total Figura 2- Transplante parcial

  • 8/13/2019 BARREIRA ACSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

    4/9

    Pedaos de rizomaOs materiais propagativos so constitudos por pedaos de rizomas com razes. um mtodomais indicado para as espcies alastrantes, em decorrncia das caractersticas mais favorveisdas mesmas, que apresentam rizomas longos e em maior quantidade.Pedaos de colmos

    Os materiais propagativos so constitudos por segmentos de colmos, contendo uma ou maisgemas primrias brotadas (presena de ramos) ou no brotadas (gemas solitrias). Esteprocedimento especfico para espcies entouceirantes e sua eficincia depende da espcie ede condies de enraizamento. Para espcies que apresentam colmos de paredes espessas (B.vulgaris,B. vulgarisvar. vittata, D. giganteus, etc.), o nvel de enraizamento das mudas variade 20% a quase 100%. Por outro lado, espcies com colmos de paredes finas, especificamenteo B. tuldoides, o nvel de enraizamento reduz-se para menos de 5%.

    Isolamento e absoro acstica

    Por isolamento acstico deve-se entender a capacidade que apresentam certos materiais de

    constituir uma barreira, impedindo que a onda sonora se propague atravs de um determinadomeio. Normalmente quanto mais denso for o material melhor ser seu desempenho como umisolante acstico.

    A absoro acstica, por sua vez, relaciona-se diminuio da intensidade da onda sonoracausada pela ao da estrutura particular de um dado material. Geralmente os materiais demenor densidade, ou que apresentem estruturas descontnuas ou porosas so mais eficientes.

    Barreiras vegetaisA utilizao do cultivo de espcies de bambu como barreiras acsticas para a reduo derudos mais uma opo ecolgica para esse nobre vegetal. Em testes preliminares realizadosno IAC Campinas, barreiras constitudas por fileiras de touceiras de Bambusa tuldoidesforam capazes de reduzir o rudo proveniente de um caminho (de 110 dB para 50 dB),reduo esta verificada por um decibilmetro colocado a 40 m do local de gerao do rudo.

    De acordo com (MIRANDA e MIRANDA, 2002), barreiras vegetais podem ser usadas naatenuao do rudo causado pelo trfego de veculos, do funcionamento de equipamentos,geradores ou transformadores.

    Dados sobre a utilizao de espcies vegetais e, em especial, da utilizao do bambu comobarreira acstica no se encontram disponveis na literatura, sendo objeto do presente estudo.

    Espera-se que, aos 5 anos, o desenvolvimento das touceiras de bambu seja capaz de produziro efeito desejado.

    2. MATERIAIS E MTODOS

    Espcies escolhidasForam escolhidas as espciesBambusa tuldoides eBambusa vulgarisvar vittata, classificadasna prtica como sendo, respectivamente, de porte baixo e mdio, com alturas mdias em tornode 10 m e 15 m. So espcies com rpido desenvolvimento vegetativo em relao a outrasespcies de bambu, alm de apresentarem colorao diferenciada entre seus colmos. A

    espcieB. vulgarisvar. vittata, conhecida como bambu brasil ou imperial, apresentam colmosamarelos listrados de verde, contrastando com os colmos verdes da espcie B. tuldoides. Os

  • 8/13/2019 BARREIRA ACSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

    5/9

    dimetros correspondentes s respectivas espcies, aps as touceiras estabilizarem seudesenvolvimento so da ordem de 9 cm e 6 cm.

    Obteno de Mudas

    Como ocorre com a maioria das espcies de bambu a propagao dessas espcies feita porvia vegetativa. Para a espcieB. vulgarisvar. vittata, os materiais propagativos foram obtidosa partir das gemas primrias localizadas ao longo dos colmos. Os materiais propagativos daespcie B. tuldoides foram obtidos a partir das estruturas rizomatosas das touceiras,empregando-se o mtodo conhecido como transplante parcial. Todos esses materiais

    propagativos foram obtidos a partir de touceiras existentes nas colees de espcie doInstituto Agronmico de Campinas (IAC).O enraizamento desses materiais propagativos foi obtido a partir de estacas individualizadas ecolocadas em sacos plsticos, sendo produzidas 360 mudas de B. tuldoides(figura 3) e 180mudas deB. vulgaris. var. vittata(figura 4).

    Figura 3- Mudas deB. tuldoides Figura 4- Mudas deB. vulgarisvar. vittata

    Plantio

    O plantio das mudas foi realizado de maneira a constituir barreiras acsticas em uma rea deaproximadamente 1800 m2 localizada na Indstria Villares Metals de Sumar - SP. Oespaamento de plantio adotado foi de 2 x 2 m, sendo os colmos plantados em seis linhas,sendo quatro linhas para a espcie B. tuldoides e duas linhas da lateral ocupadas pelo B.vulgarisvar. vittata(Anexo).

    Etapas de ExecuoPreparo do SoloEm decorrncia das condies de plantio, a primeira etapa no preparo do solo foi adescompactao do mesmo, seguida de arao e gradagem. Aps melhorar as condiesfsicas do terreno avaliou-se seu nvel de fertilidade mediante a anlise qumica. O teor dematria orgnica obtido foi da ordem de 1,5%.

    Plantio das MudasO plantio foi realizado em setembro de 2000, adotando-se espaamento de 2 m x 2 m, emcovas com aproximadamente 30 cm de dimetro e 30 cm de profundidade. A adubaoinicial, em N, P e K (10/10/10), bem como a adubao orgnica foi feita diretamente nas

    covas.

  • 8/13/2019 BARREIRA ACSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

    6/9

    Nas figuras 5 e 6 pode-se observar o aspecto da rea aps o plantio, com o surgimento dosprimeiros brotos deB. vulgarisvar. vittataeB. tuldoides, respectivamente.

    Figura 5- Brotao doB. vulgarisvar. vittata Figura 6- Brotao doB. tuldoides

    Medio do rudoAps 14 meses do plantio dos bambus realizou-se uma avaliao preliminar do provvelefeito da barreira formada pelas touceiras de bambu na absoro acstica de baixa freqncia(250 Hz), emitida pelo forno eltrico a arco voltaico. Utilizou-se de um equipamento Brel &Kijaer (Type 2226), operando na faixa A.Da fonte de rudo at um porto a distancia de 40 m; desse porto at a primeira fileira de

    bambus a distancia de 25 m; entre as sucessivas fileiras a distancia de 2 m.

    3. RESULTADOS E DISCUSSOAps decorrido um ano do plantio foram efetuadas medies para avaliar o desenvolvimentodas touceiras das duas espcies de bambu. A quantidade mdia de brotos de B. vulgarisvar.vittatafoi de 3; para oB. tudoides esse valor mdio foi 6. Para essa ltima espcie de bambuobservou-se cerca de 10% de falhas no plantio enquanto que para a primeira esse valorreduziu-se para 5%.

    Primeira brotaoQuanto ao desenvolvimento dos colmos se observou pequena diferena entre as alturasmdias, estimadas em 2,7 m e 2,5 m para as duas espcies, respectivamente. Quanto aos

    dimetros para o B. vulgarisvar. vittataobteve-se 13 mm enquanto que para o B. tuldoidesesse valor foi de 9 mm. Dados apresentados por MCCLURE (1938) para essa ltima espcie,cultivada em Canto China, indicaram altura de 3 m e dimetro de 20 mm. Cabe ressaltarque as condies do solo utilizado no plantio, eram totalmente desfavorveis ao plenodesenvolvimento do bambu (principalmente a compactao excessiva e a carncia denutrientes). Como efeito comparativo, confirmando o estado de degradao do solo,observou-se que colmos de bambu da primeira brotao apresentaram altura superior aexemplares de Pinus, plantados no local h mais de 10 anos.

    Segunda brotaoNa segunda avaliao observou-se que as moitas de bambu comearam a se desenvolver de

    forma mais uniforme; os brotos recm nascidos apresentaram maiores dimenses do queaqueles correspondentes ao perodo anterior (fato este esperado para touceiras em formao).

  • 8/13/2019 BARREIRA ACSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

    7/9

    No entanto, ainda no se pde efetuar a avaliao do dimetro e da altura dos colmos, previstaapenas para setembro/2003, perodo este estipulado no projeto de acompanhamento do plantiodurante 5 anos. Na figura 7 a observa-se a altura de um broto deB. vulgarisvar. vittata, daordem de 5 m. Embora tal fato seja promissor, em termos do potencial de desenvolvimento daespcie, por outro lado a estrutura do conjunto colmo-ramos-folhas ainda se mostra muito

    aberta para que possa funcionar adequadamente como um barreira acstica. Na figura 7 btem-se uma noo do grau de desenvolvimento atual das touceiras.

    Figura 7 a) Broto de 5 m 7 b) Detalhe da touceira

    Para o B. tuldoides observou-se um comportamento similar quele relatado para a espcieprecedente. Aparentemente essa espcie de bambu apresenta tendncia, nas circunstnciasdescritas no experimento, de apresentar um maior vigor vegetativo, ao computar-se aquantidade significativamente maior de brotaes (figuras 8 a e 8 b).

    Figura 8 a) Broto deB. tuldoides 8 b) Detalhe da brotao

  • 8/13/2019 BARREIRA ACSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

    8/9

    Medio do rudoDevido urgncia em resolver problemas ambientais detectados por organismos defiscalizao, a empresa optou, como medida emergencial, instalar containers paradesempenhar a funo de barreira acstica, conforme pde ser observado nas figurasanteriores. Evidentemente tal procedimento inviabilizou totalmente a avaliao do possvel

    efeito benfico causado pela barreira de bambus, no tocante absoro acstica.

    A barreira de bambus, no entanto, tem funcionado como uma espcie de filtro biolgico, poisobstrui, ainda que parcialmente, o movimento de material particulado emitido durante o

    processo produtivo da indstria. A estrutura da touceira de bambu, formada por colmos,ramos e folhas, deve tornar-se cada vez mais eficiente nessa funo, durante o seudesenvolvimento, devido ao espaamento adotado no plantio (2 m x 2 m).

    4. CONCLUSO

    Colmos de bambu das espciesB. vulgarisvar. vittataeB. tuldoidesapresentaram um grande

    desenvolvimento vegetativo, aps 2 anos do plantio, mostrando sua eficincia na formao debarreiras. No entanto, a eficincia das touceiras como barreira acstica no pde sercomprovada devido ao seu estgio atual de desenvolvimento.

    5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    AZZINI A.; CIARAMELO D.; SALGADO A. L. B. (1989) Velocidade de crescimento doscolmos de algumas espcies de bambu. O Agronmico, Campinas, 41(3), p. 17-23.

    AZZINI A.; BORGES J. M. M. G.; CIARAMELO D.; SALGADO A. L. B. (1990) Avaliaoquantitativa da massa fibrosa e vazios em colmos de bambu. Braganti, Campinas, 49(1), p.141-146.

    BERALDO A. L; AZZINI A. (2003) Bambu: caractersticas e utilizaes. Livraria EditoraAgropecuria, Guaba RS, 120pp.

    CBRC China National Bamboo Research Center (2002). International Training Course onBamboo Technology, Hangzhou, China, 4pp.

    LONGHI M. M.; RODRIGUEZ L. M. (1998) Histria Ecolgica y Aprovechamiento del

    bamb. Revista Biologia Tropical, Costa Rica, v. 46, supl. 3, p. 11-18.MIRANDA L. P. C.; MIRANDA G. N. C. Barreira acstica em rodovias. V Encontro deIniciao Cientfica. Caderno de Resumos. Pr-reitoria de Pesquisa e Ps-graduao,Universidade de Taubat, 2002, 1pp.

    UEDA K. (1968) Culture of bamboo as industrial raw-material, Kyoto University, Japan, n.2-A, 47pp.

  • 8/13/2019 BARREIRA ACSTICA DE BAMBU: UMA AVALIAO PRELIMINAR 2003_artigo_028 (1)

    9/9

    ANEXO

    Esquema do plantio da barreira de bambus

    10 m

    10m

    A180 m

    A

    90 peas por fileira

    LEGENDA

    var. vittata

    Bambusa vulgaris

    Bambusa tuldoides

    VISTA DE TOPO

    CORTE A - A

    10m