Basidiomycetesmacroscopicosdemanguezaisde Bragan~a, …...dos manguezais, onde exercem destacado...

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Hoehnea 29(3): 215-224, 2 tab., 2002 Basidiomycetes macroscopicos de manguezais de Para, Brasil Helen Maria Pontes Sotao l ,3, Ezequias Lopes de Campos2, Solange do Perpetuo Socorro Evangelista Costa 2 , adair de Almeida Melo l e Jose Carlos Azeved0 2 Recebido: 15.10.200 I; aceito: 16.07.2002 ABSTRACT - (Macroscopic Basidiomycetes of mangroves from Braganc;:a, Para, Brazil). A survey of macroscopic species of fungi (Basidiomycetes) was performed in mangroves from Braganc;:a, northeast of Para, Brazil. The studied material was collected in the period 1995 to 1997, and deposited in the herbarium of the Museu Paraense Emilio Goeldi (MG). One hundred thirty five specimens were identified in 17 species classified in three orders, seven families and 14 genera: Auricularia, Coriolopsis, Hexagonia, Ganodenl/a, GloeophyllulII, JUI/ghuhl/ia, Lenrinlts, Phellinus, pYCI/OPOrtlS, SchizophyllulII, SrerewII, Tralll.eres, Trichaprllll/, Tyrolllyces. The most frequent species was Srereulll cinerascens (Schw.) Mass. The species Jllnghuhnia crtlslacea (Jungh.) Ryv. and SrereulIl bic%r (Pers. ex Fr.) Fr. are new records for mangroves ecosystem in Brazil. The substratum of larger occurrence was Rhizophora sp. in decomposition. Key words: Agaricales, Aphyllophorales, Auriculariales, mangrove fungi RESUMO - (Basidiomycetes macrosc6picos de manguezais de Braganc;:a, Para, Brasil). Foi realizado um levantamento das especies de fungos macrosc6picos (Basidiomycetes) que ocorrem em manguezais de Braganc;:a, nordeste do Para, Brasil. 0 material estudado foi coletado no perfodo de 1995 a 1997 e esta depositado no herbario do Museu Paraense Emflio Goeldi (MG). Foram analisados 135 especimes num total de 17 especies, classificadas em tres ordens, sete famflias e 14 generos: Auricularia, Cori%psis, Hexagonia, Ganoderma, Gloeophy/lltfll, Junglwhnia, LeI/linus, Phellinlls, Pycnoporlls, Schizophy/llllll, Stereltlll, Trameles, Trichapllllll, Tyromyces. A especie mais frequente foi SlereuJll cillerascens (Schw.) Mass. JUllglwhnia cruslacea (Jungh.) Ryv. e Slereltlll bicolor (Pers. ex Fr.) Fr. sao referidas pela primeira vez para 0 ecossistema de manguezais no Brasil. 0 substrato de maior ocorrencia foi Rhizophora sp. em decompo ic;:ao. Palavras-chaves: Agaricales, Aphyllophorales, AuriculariaJes, fungos de mangue Introdu9io as fungos da Classe Basidiomycetes possuem ayao lignolftica e/ou celulolftica, sendo 0 maior grupo de organismos responsavel pela decomposiyao de madeiras e importantes agentes na reciclagem do ecossistema manguezal (Hudson 1986). a conhecimento da diversidade biologica que forma urn ecossistema e de grande relevancia para se entender a dinamica de cadeias envolvidas nos mesmos. Porem, a diversidade de especies de fungos macroscopicos em manguezais tern sido pouco estudada. Citron & Schaeffer-Novelli (1983), citam as bacterias e os fungos como importantes componentes dos manguezais, on de exercem destacado papel, atuando como agentes decompositores da materia organica produzida por todo 0 conjunto de produtores primarios. As primeiras referencias de fungos em manguezais no Brasil foram de Batista et al. (1955a, b) que descreveram especies de Ascomycetes e Deuteromycetes, coletados de folhas de Rhizophora mangle L. em Pernambuco. as trabalhos que citam Basidiomycetes macroscopicos, estao restritos aos estados de Sao Paulo (Bononi 1984, Almeida Filho et al. 1993, Gugliotta & Capelari 1995, Gugliotta & Bononi 1999), Para ( Campos & Cavalcanti 2000) e Amapa (Sotao et al. 1991). Em nfvel mundial, alguns trabalhos citam fungos macroscopicos sobre especies vegetais tfpicas de manguezais para 0 Taiti, Estados Unidos e Somalia (Kohlmeyer 1969), Japao (Imazeki 1941), Estados Unidos (Lee & Baker 1973), Australia (George & I. Museu Paraense Emilio Goeldi. Coordena<;iio de Botiiniea, Caixa Po tal 399. 66000-000 Belem, PA, Brasil. 2. Universidade Federal do Para, Departamento de Patologia, Av. Augusto COITI3a 0 1,66075-110 Belem, PA, Brasil. 3. Autor para eorrespondeneia: [email protected]

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Hoehnea 29(3): 215-224, 2 tab., 2002

Basidiomycetes macroscopicos de manguezais de Bragan~a,Para, Brasil

Helen Maria Pontes Sotao l,3, Ezequias Lopes de Campos2, Solange do Perpetuo Socorro Evangelista Costa2,

adair de Almeida Melo l e Jose Carlos Azeved02

Recebido: 15.10.200 I; aceito: 16.07.2002

ABSTRACT - (Macroscopic Basidiomycetes of mangroves from Braganc;:a, Para, Brazil). A survey of macroscopic speciesof fungi (Basidiomycetes) was performed in mangroves from Braganc;:a, northeast ofPara, Brazil. The studied material wascollected in the period 1995 to 1997, and deposited in the herbarium of the Museu Paraense Emilio Goeldi (MG). One hundredthirty five specimens were identified in 17 species classified in three orders, seven families and 14 genera: Auricularia,Coriolopsis, Hexagonia, Ganodenl/a, GloeophyllulII, JUI/ghuhl/ia, Lenrinlts, Phellinus, pYCI/OPOrtlS, SchizophyllulII,SrerewII, Tralll.eres, Trichaprllll/, Tyrolllyces. The most frequent species was Srereulll cinerascens (Schw.) Mass. The speciesJllnghuhnia crtlslacea (Jungh.) Ryv. and SrereulIl bic%r (Pers. ex Fr.) Fr. are new records for mangroves ecosystem inBrazil. The substratum of larger occurrence was Rhizophora sp. in decomposition.Key words: Agaricales, Aphyllophorales, Auriculariales, mangrove fungi

RESUMO - (Basidiomycetes macrosc6picos de manguezais de Braganc;:a, Para, Brasil). Foi realizado um levantamento dasespecies de fungos macrosc6picos (Basidiomycetes) que ocorrem em manguezais de Braganc;:a, nordeste do Para, Brasil. 0material estudado foi coletado no perfodo de 1995 a 1997 e esta depositado no herbario do Museu Paraense Emflio Goeldi(MG). Foram analisados 135 especimes num total de 17 especies, classificadas em tres ordens, sete famflias e 14 generos:Auricularia, Cori%psis, Hexagonia, Ganoderma, Gloeophy/lltfll, Junglwhnia, LeI/linus, Phellinlls, Pycnoporlls,Schizophy/llllll, Stereltlll, Trameles, Trichapllllll, Tyromyces. A especie mais frequente foi SlereuJll cillerascens (Schw.)Mass. JUllglwhnia cruslacea (Jungh.) Ryv. e Slereltlll bicolor (Pers. ex Fr.) Fr. sao referidas pela primeira vez para 0

ecossistema de manguezais no Brasil. 0 substrato de maior ocorrencia foi Rhizophora sp. em decompo ic;:ao.Palavras-chaves: Agaricales, Aphyllophorales, AuriculariaJes, fungos de mangue

Introdu9io

as fungos da Classe Basidiomycetes possuemayao lignolftica e/ou celulolftica, sendo 0 maior grupode organismos responsavel pela decomposiyao demadeiras e importantes agentes na reciclagem doecossistema manguezal (Hudson 1986).

a conhecimento da diversidade biologica queforma urn ecossistema e de grande relevancia parase entender a dinamica de cadeias envolvidas nosmesmos. Porem, a diversidade de especies de fungosmacroscopicos em manguezais tern sido poucoestudada.

Citron & Schaeffer-Novelli (1983), citam asbacterias e os fungos como importantes componentesdos manguezais, onde exercem destacado papel,atuando como agentes decompositores da materia

organica produzida por todo 0 conjunto de produtoresprimarios.

As primeiras referencias de fungos emmanguezais no Brasil foram de Batista et al. (1955a, b)que descreveram especies de Ascomycetes eDeuteromycetes, coletados de folhas de Rhizophoramangle L. em Pernambuco. as trabalhos que citamBasidiomycetes macroscopicos, estao restritos aosestados de Sao Paulo (Bononi 1984, Almeida Filhoet al. 1993, Gugliotta & Capelari 1995, Gugliotta &Bononi 1999), Para ( Campos & Cavalcanti 2000) eAmapa (Sotao et al. 1991).

Em nfvel mundial, alguns trabalhos citam fungosmacroscopicos sobre especies vegetais tfpicas demanguezais para 0 Taiti, Estados Unidos e Somalia(Kohlmeyer 1969), Japao (Imazeki 1941), EstadosUnidos (Lee & Baker 1973), Australia (George &

I. Museu Paraense Emilio Goeldi. Coordena<;iio de Botiiniea, Caixa Po tal 399. 66000-000 Belem, PA, Brasil.2. Universidade Federal do Para, Departamento de Patologia, Av. Augusto COITI3a 0 1,66075-110 Belem, PA, Brasil.3. Autor para eorrespondeneia: [email protected]

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Kenneally 1975); locais nao especificados em revisaodo genero Schizophyllum (Cooke 1961) e em estudoda especie Phellinus pachyphloeus (Pat.) Pat.(Fidalgo 1968).

Neste trabalho sao apresentados os fungosmacrosc6picos da Classe Basidiomycetes, deocorrencia em substratos vegetais de manguezaislocalizados no municfpio de Bragan<;a, sendo este,tambem 0 primeiro registro em literatura, deBasidiomycetes no Municfpio de Bragan<;a, estado doPara.

Material e metodos

o municfpio de Bragan<;a, localiza-se no estadodo Para, na planfcie costeira Bragantina, (00°46'00"­01°00'00"S e 46°36'00"-46°44'00"W). 0 clima daregiao e do tipo Amw (classifica<;ao de Koppen),caracterizado por ser quente e umido, com esta<;aoseca prolongando-se de junho a novembro, e umperfodo umido bem acentuado, com fortes chuvas nosdemais perfodos do ano, atingindo em media 2.500 mmanuais. A varia<;ao anual media de temperaturasitua-se entre 23 e 32°C. A umidade relativa do arosciJa entre 85 e 95%. A vegeta<;ao da regiao econstitufda de restingas, manguezais e campos naturais(Goes et al. 1973).

Segundo Behling et al. (2001), a maior parte daplanfcie Bragantina e recoberta por vegeta<;ao demanguezais bern desenvolvidos, com arvores altas,cerca de 10-25 malt., e as especies predominantessao Rhizophora mangle L., Avicennia germinans(L.) L. e LaguncuLaria racemosa (L.) c.F. Gaertn.Nas areas relativamente elevadas na parte central daplanfce A. germinares e predominante. Nas areasintermediarias as especies de R. mangle eA. germinales ocorrem conjuntas, enquanto que emareas baixas, incluindo as margens dos rios, igarapese canais, R. mangle e dominante. 0 autor relata urngrande impacto do ecossistema de manguezalobservado na area de estudo, que esta relacionado aconstru<;ao de uma rodovia de 35 km, que liga a cidadede Bragan<;a a vila de pescadores na praia deAjuruteua, a qual atravessa a planfcie costeiraBragantina, seccionando a rede de drenagem estuarinano sentido SE-NW. Como conseqiiencia, varias areasde manguezais do lado esquerdo da estrada, quedeixaram de ser drenadas, sofreram um fOlte impacto,resultando na morte da vegeta<;ao.

Os especimes estudados neste trabalho foramdepositados no Herbario Joao Mur<;a Pires (MG), do

Museu Paraense Emflio Goeldi. Foram coletados emseis excurs6es durante 0 perfodo de 1995 a 1997 (abri Ide 1995 - perfodo chuvoso; dezembro de 1995 - finaldo perfodo seco e infcio do perfodo chuvoso; maio de1996 - perfodo chuvoso; outubro de 1996 - perfodoseco; mar<;o de 1997 - perfodo chuvoso;junho de 1997- perfodo seco), em pontos de manguezais selecionadosde acordo com as facilidades de acesso.

A coleta, preserva<;ao e herboriza<;ao do materialestudado, seguiram as recomenda<;6es de Fidalgo &Bononi (1984).

Para a identifica<;ao das especies foram utilizadasbibliografias especializadas como Bononi (1979a, b),Cooke (1961), Gilbertson & Ryvarden (1986, 1987),Gugliotta & Capelari (1995), Gugliotta & Bononi(1999), Larsen & Cobb-Poulle (1990) Fidalgo (1968),Lentz (1955), Lowy (1952), Ryvarden (1991),Ryvarden & Gilbertson (1993, 1994), Ryvarden &Johansen (1980), Sousa (1980) e Teixeira (1945, 1993,1994). Para confirma<;ao das identifica<;6es foramfeitas compara<;6es com especimes depositados nosherbarios MG, SP e HAMAB.

Resultados e Discussao

Foram identificados 17 taxons de Basidiomycetesmacrosc6picos de manguezais do municfpio deBragan<;a, pertencentes as ordens Agaricales (1),Aphyllophorales (15) e Auriculariales (1). Na tabela 1,estao listadas as especies classificadas em ordens efamflias, com os numeros de especimes coletados esubstratos registrados.

Na ordem Aphyllophorales foi registrado 0

maior numero de especies identificadas,classificadas em cinco famflias: Ganodermataceae(1), Hymenochaetaceae (1), Polyporaceae (8),Schizophyllaceae (2) e Stereaceae (3). A ordemAgaricales esta representada pela famfl iaTricholomataceae e a ordem Auriculariales pelafamflia Auriculariaceae. A familia Polyporaceaeapresentou 0 maior numero de especies.

o substrato de maior ocorrencia foi Rhizophoraem decomposi<;ao (53%), seguido por tronco emdecomposi<;ao nao identificado (28%), Avicennia emdecomposi<;ao (17%) e Rhizophora viva (2%). Aprincfpio, os dados de maior ocorrencia emRhizophora em decomposi<;ao, esta sendo atribufdoao fato do genero ser predominante na maioria dospontos de coletas, os quais estao localizados emmargens de rios, igarapes e areas baixas onde, estepredomina, segundo Behling (2001).

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H.M.P. Sot50, E.L. Campos, S.P.S.E. Costa, G.A. Meto & 1. . Azevedo: Basidiomycetes de manguezais de Braganya, PA 217

Tabela I. Dislribui~1io dos fungos da Classe Basidiomycetes nos diferentcs substratos dos manguezais de Bragan~a, Pa (RD =Rhizophoraem decomposi~1io;AD = Avicellllia em decomposit;:1io; TDNI = arvore em decomposit;:1io nao identificada; RV = Rhizophora viva).

Substratos Numero

Ordem / Familia / Especie RD AD TDNI RV de coletas

AgaricalesTricholomataceae

LelllillUS crillilus (L. ex. Fr.) Fr. 3Aphyllophorales

GanodermataceaeGalloderllla applallalulIl (Pers.) Pat.

HymenochaetaceaePhellillus gilvus (Schw.) Pat.

Polyporaceae

Coriolopsis rigida (Berk. & Mont.) Murr. I IGloeophyllum Slrialulll (Sw.: Fr.) Murr. 19 6 25Hexagollia hydlloides (Fr.) K. Fidalgo 2 1 3Junghuhllia cruslacea (Jungh.) Ryv. I 1Pycnoporus sallguineus (L. ex. Fr.) Murr. I ITrameles elegans (Spreng.: Fr.) Fr. I ITrichap/l/l11 byssogellus (Jungh.) Ryv. 2 2 I 5Tyrolllyces chioneus (Fr.) Karst. 16 3 5 24

SchyzophyllaceaeSchizophyllulll brasiliellse W.B. Cooke I ISchyzophyllulll COllllllime Fr. ex Fr. 7 9 3 19

StereaceaeSlereulll bicolor (Pers. ex Fr.) Fr. 1 ISlereulIl cillerascells (Schw.) Mass. 15 12 2 30SlereulIl hirsululIl (Willd.: Fr.) Fr. 2 I 3

AuricularialcsAuriculariaceae

Auricularia polylricha (Mont.) Sacco 3 6 6 15

Total 72 23 38 2 135

A especie mais freqUente, considerando-se 0

numero de coletas, foi Stereum einerascens (30), comocorrencia nos quatro tipos de substratos registradose duas outras especies de Stereum foram as unicas aserem encontradas em Rhizophora viva, seguida porGloeophyllunl striatum (25), Tyromyees ehioneus(24), Sehizophyllum eomlJlune (19) e Auriculariapolytrieha (15). As demais especies tiveram menosde cinco coletas, sendo que oito especies foramcoletadas apenas uma vez.

Todos os especimes de Tyromyces ehioneuscoletados, encontravam-se em substratos localizadosna regiao entremares dos manguezais, ou sejadesenvolveram-se nos substratos que sao diariamentesubmersos no perfodo de mare alta, resistindo ainfluencia da mare. Gloeophyllum striatum, Lentinuserinitus, Sehizophyllum eoml71une e Stereulll hieolor,embora ten ham side coletados em sua maioria em

regiao supralitoral, tambem foram coletados na regiaoentremares. As demais especies foram coletadas nazona supralitoriinea.

Das seis coletas realizadas, verificou-se que ap6sa terceira, em termos de diversidade de especies,foram observadas poucas ocorrencias novas para aarea de estudo em rela<;ao as primeiras coletas.

Segundo Capelari et al. (1998) e Goh & Yipp(1996) 0 baixo fndice de ocorrencia de fungos emmanguezais deve-se a pouca di versidade de substratos,a regularidade com que estes sao cobertos pelas marese as condiq6es de salinidade, que devem influenciarna distribuiqao de especies.

Nenhuma das especies identificadas ternocorrencia restrita ao ecossistema manguezal. NoBrasil, as especies Junghunia erustaeeae eTyromyees ehioneus, ate 0 momento, estao listadassomente para areas de manguezais, as quais segundo

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Ryvarden & Johansen (l980) e Gilbertson & Ryvarden(1987), tem distribuir;ao conhecida em pafses comoutros ecossistemas, como na Indonesia e EstadosUnidos, respectivamente.

Coriolopsis rigida, Junghunia crustaceae,Trametes elegans, Schizophyllum brasiliense,Stereum bicolor e Tyromyces chioneus sao novasocorrencias para 0 estado do Para.

Na tabela 2 sao listadas as 43 especies deBasidiomycetes macrosc6picos, conhecidas paramanguezais do Brasil, com dados do estado do Amapa(Sotao et at. 1991), Sao Paulo (Bononi 1984,Almeida-Filho et al. 1993, Gugliotta & Capelari 1995)e os apresentados neste trabalho.

Os manguezais da Ilha de Maraca, no estado doAmapa, apresentam 0 maior numero de especies defungos macrosc6picos conhecidos para esseecossistema, com 29 especies, seguido pelosmanguezais de Braganr;a, estado do Para, com 17especies e Sao Paulo com 11 especies. Das especieslistadas para Braganr;a, 41 % (7) sao comuns com asde ocorrencia na Ilha de Maraca, 30% (5) sao comunscom as de ocorrencia no estado de Sao Paulo esomente Phellinus gilvus e Pycnoporus sanguineus(12%), sao comuns as tres areas citadas erepresentam 5% do total das especies Iistadas natabela 2. Quatro especies sao de ocorrencia comunsas areas do Amapa e Sao Paulo.

Das especies conhecidas para manguezais doBrasil, tres ocorrem em manguezais de outros pafses,que sao Phellinus gilvus citado por George &Kenneally (l975) para 0 Canada e por Kohlmeyer(l969) para 0 Hawar; Schizophyllum commune citadopor Cooke (l961) sem relato de pars e Phellinusmangrovicus(lmaz.) Imaz., citada por Imazeki (l941)para 0 Japao e que foi referida como nova ocorrenciapara 0 Brasil por Campos & Cavalcanti (2000), paramanguezais de Algodoal no estado do Para, poremnao coletada na area de estudo.

Os dados quantitativos apresentados nestetrabalho, ainda nao sao satisfat6rios para avaliar aabundancia de especies na area de estudo, por estarembaseados apenas em um numero limitado de coletasfeitas aleatoriamente. Para conclus6es maisdefinitivas ha necessidade de se realizar coletas eplanejamento especffico.

Auricularia polytricha (Mont.) Sacc., Atti 1st.Veneto Sci. 3: 722. 1885.

Descrir;ao em Lowy 1952, p. 672-673.

Material examinado: BRASIL. PARA: Braganr;a,margem esquerda da estrada Braganr;a-Ajuruteua, a30 km da sede do municfpio, sobre Avicennia emdecomposir;ao, 1O-XII-1995, H. Sotao et al. 95-448(MG); a 20 km da praia de Ajuruteua, area de mangueimpactada, sobre tronco em decomposir;ao naoidentificado, 16-V-1996, H. Sotao et al. 96-33 (MG);sobre tronco em decomposir;ao nao identificado,16-V-1996, H. Sotao et at. 96-58 (MG); sobreAvicennia em decomposir;ao, 26-X-1996, H. Sotaoet al. 96-119 (MG); 17-III-1997, H. Sotao et al. 97-248,(MG). Margem direita da estrada Braganr;a­Ajuruteua, a 20 km da praia de Ajuruteua, lado opostoda area de mangue impactada, sobre tronco emdecomposir;ao nao identificado, 16-V-1996, H. Sotaoet al. 96-43 (MG); sobreAvicennia em decomposir;ao,26-X-1996, H. Sotao et al. 96-141 (MG); sobre troncoem decomposir;ao nao identificado, 16-V-1996, H.Sotao et al. 96-50 (MG); 16-V-1996, H. Sotao et al.96-51 (MG); sobre Rhizophora em decomposir;ao,22-VI-1997, H. Sotao et al. 97-527 (MG). Margemesquerda da estrada Braganr;a-Ajuruteua a 100 m daponte do Furo Grande, sobre tronco em decomposir;aonao identificado, 17-V-1996, H. Sotao et al. 96-67(MG 1). Margem direita da estrada Braganr;a­Ajuruteua a 100 m da ponte do Furo Grande, sobreAvicennia em decomposir;ao, 26-X-1996, H. Sotaoet al. 96-160 (MG). Rio Ajuruteua, mangue do Por;oFundo, sobre Rhizophora em decomposir;ao,27-X-1996, H. Sotao et at. 96-171 (MG). RioAjuruteua, mangue da Ponta do Guara, sobreAvicennia em decomposir;ao, 27-X-1996, H. Sotaoet at. 96-190, (MG); sobre Rhizophora emdecomposir;ao, 15-III-1997 H. Sotao et al. 97-208(MG).

Coriolopsis rigida (Berk. & Mont.) Murr., NorthAmerican Flora 9: 75. 1908.

Descrir;ao em Almeida Filho et at. 1993, p. 89,Gilbertson & Ryvarden 1986, p. 218.

Material examinado: BRASIL. PARA: Braganr;a,margem esquerda da estrada Braganr;a-Ajuruteua, a20 km da praia de Ajuruteua, area de mangueimpactada, sobre Rhizophora em decomposir;ao,21-IV-1995, H. Sotao et al. 95-105 (MG).

Ganoderma applanatu111 (Pers.) Pat., Bull. Soc.Mycol. Fr., 5: 67.1889.

Descrir;ao em Gilbertson & Ryvarden 1986, p. 291,

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H.M.P. Sotao, E.L. Campos, S.P.S.E. Costa, O.A. Melo & J.C. Azevedo: Basidiomycetes de manguezais de Bragan,<a, PA 219

Tabela 2. Espccies de Basidiomycetes ocorrentes em manguezais do Brasil (* Sotao ct al. 1991, ** Bononi 1984, Almeida-Filho et al.1993, Gugliotta & Capclari 1995).

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Especie

AlIlauroderllla brittonnii Murr.

Antrodia serialis (Fr.) Donk

Anlrodia sillllosa (Fr.) Karst.

Auriclilaria polylricha (Mont.) Sacco

Coriolopsis rigida (Berk. & Mont.) Murr.

CYlIlalodulIla delldri/iclIlll Pers.

Earliel/a scabrosa (Pers.) Gilbn. & Ryv.

Ganoderllla applanatlllll (Pers.) Pat.

Galloderllla lucidlllll (W. Curl.: Fr.) Karst.

Gloeophylllllll lIleXiCanulll (Mont.) Ryv.

Gloeoplzyllllln s/riallllll (Sw.: Fr.) Murr.

J-Iexagonia hydnoides (Sw.: Fr.) K. Fidalgo

Hypholollla sllbviride (Berk. & Curt.) Dennis

Junghuhnia cruslacea (Jungh.) Ryv.

Jllnghuhnia lIlicrospora Rajch.

Lenlinlls c1adopus Lev.

Lenlinus crinitus (L.: Fr.) Fr.

Nigroporus vinosus (Berk.) Murr.

Phel/inlls gilvlIs (Schw.) Pat.

Phel/inlls punctallis (Fr.) Pilat

Phel/inus rillloslis (Berk.) Pilat

Pistil/aria lerlllissillla (Curl.) Corn.

Pleliro/lIsj7abel/alus (Berk. & Br.) Sacco

Pieliro/lis oplln/iae (Dur. & Lev.) Sacco

Pleuro/us ostreatoroseus Sing.

Pycnoporus sangllinells (L.: Fr.) Murr.

Rigidoporus linea/lis (Pers.) Ryv.

Schizophylllllli brasiliense W.B. Cooke

Schizophyl/lIl1l cOllllllune Fr. ex Fr.

Scytillostrollla por/ell/oslllli (Berk. & Curt.) Donk

Steccherillulll subochraceulll (Bon. & Hjor.) Hjort.

S/ereulII bicolor (Pers. ex Fr.) Fr.

S/ereulll cillerascens (Schw.) Mass.

S/erellll1 hirsu/ulIl (Willd.: Fr.) Fr.

Trallle/es conchifer (Schw.: Fr.) Pi l.

Trallle/es elegans (Spreng.: Fr.) Fr.

Trallletes lIlaxillla (Mont.) David & Rajch.

Trallletes lIlelllbranaceae (Scwh.: Fr.) Kreisel

Trallle/es vil/osa (Fr.) Kreisel

Trichap/ulIl byssogelllls (Jungh.) Ryv.

Trichaptlllli sector (Ehren.: Fr.) Kreisel

Trichap/lIIl1triclzolllal/lIl1l (Berk. & Monl.) Murr.

Tyrolllyces chioneus (Fr.) Karsten

Amapa*

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Sao Paulo**

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Para (Braganc;;a)

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Ryvarden & Gilbertson 1993, p. 209.

Material examinado: BRASIL. PARA: Bragan~a,

margem esquerda da estrada Bragan~a-Ajuruteua,a100 m da ponte do Furo Grande, sobre tronco emdecomposi~aonao identificado, 17-V-1996, H. Sotaoet al. 96-61 (MG).

GloeophyLlum striatum (Sw.: Fr.) Murr., Bull. Torreybot. Club 32: 370. 1905.

Descric;ao em Gugliotta & Bononi 1999, p. 25,Ryvarden & Johansen 1980, p. 349-351, Gilbertson &Ryvarden 1986, p. 323-324.

Material examinado: BRASIL. PARA: Bragan~a,

margem esquerda da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a20 km da praia de Ajuruteua, area de mangueimpactada, sobre tronco em decomposic;ao naoidentificado, 21-IV-1995, H. Sotao et al. 95-102 (MG);8-XII-1995, H. Sotao et al. 95-402, (MG); 16-V-1996,H. Sotao et al. 96-27 (MG); sobre Rhizophora emdecomposic;ao, 8-XII-1995, H. Sotao et al. 95-403(MG); 26-X-1996, H. Sotao et al. 96-113 (MG);H. Sotao et al. 96-114 (MG); 17-III-1997, H. Sotaoet al. 97-268 (MG); H. Sotao et al. 97-275 (MG);22-VI-1997, H. Sotao et al. 97-524 (MG). Margemdireita da estrada Bragan~a-Ajuruteua,a 20 km dapraia de Ajuruteua, lado oposto da area de mangueimpactada, sobre Rhizophora em decomposic;ao,26-X-1996, H. Sotao et al. 96-148 (MG). Margemesquerda da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a 200 mda praia de Ajuruteua, sobre Rhizophora emdecomposic;ao, 22-IV-1995, H. Sotao et al. 95-115(MG). Margem direita da estrada Braganc;a­Ajuruteua, a 200 m da praia de Ajuruteua, sobreRhizophora em decomposic;ao, 22-IV-1995, H. Sotaoet al. 95-136 (MG). Margem esquerda da estradaBraganc;a-Ajuruteua, a 100 m da ponte do FuroGrande, sobre Rhizophora em decomposic;ao,10-XII-1995, H. Sotao et al. 95-444 (MG). Margemdireita da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a 100 m daponte do Furo Grande, sobre Rhizophora emdecomposic;ao, 26-X-1996, H. Sotao et al. 96-161(MG). Rio Ajuruteua, mangue do Poc;o Fundo, sobreRhizophora em decomposic;ao, 9-XII-1995, H. Sotaoet al. 95-431 (MG); 27-X-1996, H. Sotao et al. 96-173(MG); H. Sotao et al. 96-182 (MG); 21-VI-1997,H. Sotao et al. 97-513 (MG); sobre tronco emdecomposic;ao nao identificado, 21-VI-1997, H. Sotaoet al. 97-521 (MG). Rio Ajuruteua, mangue da Pontado Guara, sobre Rhizophora em decomposic;ao,

27-X-1996, H. Sotao et al. 96-194 (MG). Margemesquerda da estrada Bragan~a-Ajuruteua,mangue doFuro do Meio, sobre Rhizophora em decomposi~ao,

14-III-1997, H. Sotao et al. 97-180 (MG); sobre troncoem decomposi~ao nao identi ficado, 19-VI-1997,H. Sotao et al. 97-474 (MG). Bafa de Caete, mangueda praia do Cunha, sobre tronco em decomposic;aonao identificado, 20-VI-1997, H. Sotao et al. 97-484(MG). Bafa do Caete, ponta de Ajuruteua-Mirim,mangue da Camboa, sobre Rhizophora emdecomposic;ao, 20-VI-1997, H. Sotao et al. 97-489(MG); sobre tronco em decomposic;ao nao identificado,20-VI-1997, H. Sotao et al. 97-492 (MG).

Hexagonia hydnoides (Fr.) K. Fidalgo., Mem. N.Y. bot. Gdn. 17(2): 69-71. 1968.

Descri~ao em Gugliotta & Bononi 1999, p. 27-28,Ryvarden & Johansen 1980, p. 372, Gilbertson &Ryvarden 1986, p. 347.

Material examinado: BRASIL. PARA: Bragan~a,

margem esquerda da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a20 km da praia de Ajuruteua, area de mangueimpactada, sobre tronco em decomposic;ao naoidentificado, 22-VI-1997, H. Sotao et al. 97-523 (MG).Margem direita da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a20 km da praia de Ajuruteua, lado oposto da area demangue impactada, sobre Rhizophora emdecomposic;ao, 26-X-1996, H. Sotao et al. 96-142(MG). Margem direita da estrada Braganc;a­Ajuruteua, a 100 m da ponte do Furo Grande, sobreRhizophora em decomposic;ao, 14-III-1997, H. Sotaoet al. 97-176 (MG).

Junghuhnia crustacea (Jungh.) Ryv., Persoonia 7:18.1972.

Descric;ao em Ryvarden & Johansen 1980, p. 387­388.

Material examinado: BRASIL. PARA: Braganc;a,margem direita da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a100 m da ponte do Furo Grande, em Rhizophora emdecomposic;ao, 28-X-1996, H. Sotaoetal. 96-200 (MG).

Lentinus crinitus (L. ex Fr.) Fr., Syst. Orb. Veg. 77.1825.

Descric;ao em Fidalgo 1968, p.178-179.

Material examinado: BRASIL. PARA: Braganc;a,

margem esquerda da estrada Bragan~a-Ajuruteua,a20 km da praia de Ajuruteua, area de mangue

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H.M.P. Sotao, E.L. Campos, S.P.S.E. Costa, G.A. Melo & J.e. Azevedo: Basidiomycetes de manguezais de Braganya, PA 221

impactada, sobre Avicennia em decomposi~ao,

8-XII-1995, H. Sotao et al. 95-408 (MG); sobreRhizophora em decomposi~ao,22-VI-1997, H. Sotaoet al. 97-525 (MG). Margem direita da estradaBragan~a-Ajuruteua,a 20 km da praia de Ajuruteua,lado oposto da area de mangue impactada, sobretronco em decomposi~aonao identificado, 26-X-1996,H. Sotao et al. 96-139 (MG).

PheLLinus gilvus (Schw.) Pat., Essai Taxon.Hymenon., 97.1900.

Descri~aoem Bononi 1979a. p. 90-91.

Material examinado: BRASIL. PARA: Bragan~a,

margem esquerda da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a20 km da praia de Ajuruteua, area de mangueimpactada, em tronco em decomposic;ao naoidentificado, 16-V-1996, H. Sotao et al. 96-32 (MG).

Pycnoporus sanguineus (L. ex Fr.) Murr., Bull.Torrey bot. Club. 31: 421. 1904.

Descric;ao em Almeida Filho et al. 1993, p. 90,Gugliotta & Bononi 1999 p 52-53, Ryvarden &Johansen 1980, p. 527, Gilbertson & Ryvarden 1987,p.689.

Material examinado: BRASIL. PARA: Braganc;a,margem esquerda da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a20 km da praia de Ajuruteua, area de mangueimpactada, sobre Rhizophora em decomposic;ao,26-X-1996, H. Sotao et al. 96-117 (MG).

Schizophyllum brasiliense W. B. Cooke, Mycologia53: 593.1961.

Descric;ao em Cooke 1961, p. 593-594.

Material examinado: BRASIL. PARA: Braganc;a,margem esquerda da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a200 m da praia de Ajuruteua, sobre tronco emdecomposic;ao nao identificado, 8-XIl-1995, H. Sotaoet al. 95-420 (MG).

Schizophyllum commune Fr. ex Fr., Syst. Mycol. 1:330.1831.

Descric;ao em: Cooke 1961, p. 580-589.

Material examinado: BRASIL. PARA: Braganc;a,margem esquerda da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a20 km da praia de Ajuruteua, area de mangueimpactada, sobre tronco em decomposic;ao nao

identificado, 17-III-1997, H. Sotao et al. 97-253 (MG).Margem direita da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a20 km da praia de Ajuruteua, lado oposto da area demangue impactada, sobre Avicennia emdecomposic;ao, 22-VI-1997, H. Sotao et al. 97-529(MG). Margem esquerda da estrada Braganc;a­Ajuruteua, mangue do Furo do Meio, sobreRhizophora em decomposic;ao, 14-III-1997, H. Sotaoetal. 97-181 (MG); 19-VI-1997,H. Sotaoetal. 97-477(MG). Rio Ajuruteua, mangue da Ponta do Guara,sobre Rhizophora em decomposic;ao, 9-XII-1995,H. Sotao et al. 95-423 (MG); 27-X-1996, H. Sotaoet al. 96-187 (MG); 21-VI-1997, H. Sotao et al. 97-499(MG); H. Sotao et al. 97-506 (MG); em Avicenniaem decomposic;ao, 9-XII-1995, H. Sotao et al. 95-426(MG); 27-X-1996, H. Sotao et al. 96-184 (MG);15-III-1997, H. Sotao et al. 97-209 (MG); 21-VI-1997,H. Sotao et al. 97-497 (MG); H. Sotao et al. 97-498(MG); H. Sotao et al. 97-500, (MG); sobre tronco emdecomposic;ao nao identificado, 21-VI-1997, H. Sotaoet al. 97-501 (MG). Rio Ajuruteua, mangue do Poc;oFundo, sobre tronco em decomposic;ao, 15-III-1997,H. Sotao et al. 97-191 (MG); sobre Avicennia emdecomposic;ao, 15-III-1997, H. Sotao et al. 97-195(MG). Praia de Ajuruteua, mangue da Ponta do FaroI,sobre Avicennia em decomposic;ao, 21-VI-1997,H. Sotao et al. 97-508 (MG); sobre Rhizophora emdecomposic;ao, 21-VI-1997, H. Sotao et al. 97-509(MG).

Stereum bicolor (Pers. ex Fr.) Fr., Epicr. 549. 1838.

Descric;ao em Lentz 1955, p. 19-20.

Material examinado: BRASIL. PARA: Braganc;a,margem direita da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a20 km da praia de Ajuruteua, lado oposto da area demangue impactada, sobre Rhizophora emdecomposic;ao, 26-X-1996, H. Sotao et al. 96-137(MG).

Stereum cinerascens (Schw.) Mass., Linn. Soc.London, Joum. Bot. 27: 179. 1890.

Descric;ao em Bononi 1979b, p. 115-116, Lentz 1955,p.43-45.

Material examinado: BRASIL. PARA: Braganc;a,margem esquerda da estrada Braganc;a-Ajuruteua, a20 km da praia de Ajuruteua, area de mangueimpactada, sobre tronco em decomposic;ao naoidentificado, 21-IV-1995, H. Sotao et al. 95-108 (MG);

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H. Sotao et al. 95-109 (MG); 16-V-1996, H. Sotaoet al. 96-37 (MG); 26-X-1996, H. Sotao et al. 96-127(MG)' 22-VI-1997 H. Sotao et al. 97-522 (MG); sobreRhizophora em decomposi~ao,H. Sotao et al. 95-405(MG); sobre Avicennia em decomposi~ao,26-X-1996,H. Sotao et al. 96-121 (MG). Margem direita daestrada Bragan~a-Ajuruteua,a 20 km da praia deAjuruteua, lade oposto da area de mangue impactada,sobre troneo em deeomposi~aonao identifieado, 16­V-1996, H. Sotao et al. 96-41 (MG); sobreRhizophora em decomposi~ao,26-X-1996, H. Sotaoet al. 96-143 (MG); H. SoUio et al. 96-153 (MG).Margem esquerda da estrada Bragan~a-Ajuruteua,a100 m da ponte do Furo Grande, sobre troneo emdecomposi~aonao identificado, 16-V-1996, H. Sotaoet al. 96-48 (MG); H. Sotao et al. 96-53 (MG); sobreRhizophora em deeomposi~ao,26-X-1996, H. Sotaoet al. 96-162 (MG); 1O-Xll-1995, H. Sotao et al. 95-443(MG). Margem direita da estrada Bragan~a-Ajuruteua

a 100 m da ponte do Furo Grande, sobre Rhizophoraem decomposi~ao,H. Sotao et al. 95-447 (MG); sobretronco em decomposi~aonao identifieado, 17-V-1996,H. Sotao et al. 96-70 (MG); 26-X-1996, H. Sotao et al.96-165 (MG). Margem direita da estrada Bragan~a­

Ajuruteua, a 200 m da praia de Ajuruteua, sobreRhizophora em decomposi~ao,22-IV-1995, H. Sotaoet al. 95-132 (MG); H. Sotao et al. 95-134 (MG).Margem esquerda da estrada Bragan~a-Ajuruteua,

mangue do Furo do Meio, sobre troneo emdecomposi~aonao identificado. 19-VI-1997, H. Sotaoet al. 97-476 (MG). Rio Ajuruteua, mangue do Po~o

Fundo, sobre Rhizophora em decomposi~ao,

9-XII-1995, H. Sotao et al. 95-433 (MG); 27-X-1996,H. Sotao et al. 96-177 (MG); 21-VI-1997, H. Sotaoet al. 97-514 (MG); H. Sotao et al. 97-516 (MG); sobreRhizophora viva, 27-X-1996, H. Sotao et al. 96-177A(MG). Rio Ajuruteua, mangue da Ponta do Guara,sobre Rhizophora em decomposi~ao, 27-X-1996,H. Sotao et al. 96-183 (MG); H. Sotao et al. 96-185(MG); H. Sotao et al. 96-189 (MG); em Rhizophoraviva, 27-X-1996, H. Sotao et al. 96-195 (MG). Bafado Caete, Ponta de Ajuruteua-Mirim, mangue daCamboa, sobre tronco em deeomposi~ao naoidentificado, 20-VI-1997, H. Sotao et al. 97-494 (MG).

Stereum hirsutum (Willd.:Fr.) Fr., Epier. 549. 1838.

Descri~ao em Lentz 1955, p. 53-57.

Material examinado: BRASIL. PARA: Bragan~a,

margem direita da estrada Bragan~a-Ajuruteua,a

200 m da praia de Ajuruteua, sobre Rhizophora emdeeomposi~ao, 22-IV-1995, H. Sotao et al. 95-135(MG). Margem esquerda da estrada Bragan~a­

Ajuruteua a 100 m da ponte do Furo Grande, sobretroneo em decomposi~aonao identifieado, 16-V-1996,H. Sotao et al. 96-47 (MG). Margem direita da estradaBragan~a-Ajuruteua, a 100 m da ponte do FuroGrande, sobre Rhizophora em decomposi~ao,

28-X-1996, H. Sotao et al. 96-198 (MG).

Trametes elegans (Spreng.: Fr.) Fr., Epier. Syst.Mycol. p. 492. 1838.

Deseri~ao em Gugliotta & Bononi 1999, p. 63-64,Gilbertson & Ryvarden 1987, p. 743-745.

Material examinado: BRASIL. PARA: Bragan~a,

margem esquerda da estrada Bragan~a-Ajuruteuaa100 m da ponte do Furo Grande, sobre Avicennia emdeeomposi~ao, 1O-XII-1995, H. Sotao et al. 95-439(MG).

Trichaptum byssogenus (Jungh.) Ryv., Norw. J. Bot.19: 237. 1972.

Deseri~ao em Gilbertson & Ryvarden 1987,p.772-773.

Material examinado: BRASIL. PARA: Bragan~a,

margem esquerda da estrada Bragan~a-Ajuruteua,a20 km da praia de Ajuruteua, area de mangueimpaetada, sobre Rhizophora em deeomposi~ao,

17-111-1997, H. Sotao et al. 97-260 (MG); sobreAvicennia em deeomposi~ao, 17-III-1997, H. Sotaoet al. 97-264 (MG). Margem direita da estradaBragan~a-Ajuruteua,mangue do Furo do Meio, sobreAvicennia em decomposi~ao, 19-VI-1997, H. Sotaoet al. 97-472 (MG); sobre troneo em deeomposi~ao

nao identifieado, 19-VI-1997, H. Sotao et al. 97-473(MG). Rio Ajuruteua, mangue do Po~o Fundo, sobreRhizophora em deeomposi~ao,15-III-1997, H. Sotaoet al. 97-193 (MG).

Tyromyces chioneus (Fr.) Karst., Rev. Mycol. 3: 17.1881.

Deseri~ao em Gilbertson & Ryvarden 1987,p.785-787.

Material examinado: BRASIL. PARA: Bragan~a,

margem direita da estrada Bragan~a-Ajuruteua,a20 km da praia de Ajuruteua, lado oposto da area demangue impactada, sobre Rhizophora em

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H.M.P. Sotao. E.L. Campos. S.P.S.E. Costa, a.A. Melo & J.e. Azevedo: Basidiomycetes de manguezais de Bragan~a. PA 223

decomposi<;ao, 21-IV-1995, H. Sotao et aI. 95-100(MG); 8-XII-1995, H. Sotao et aI. 95-410 (MG);17-III-1997, H. Sotao et aI. 97-263 (MG); sobreAvicennia em decomposi<;ao, 8-XII-1995, H. Sotaoet aI. 95-406 (MG); 16-V-1996, H. Sotao et aI. 96-26(MG). Margem esquerda da estrada Bragan<;a­Ajuruteua, a 200 m da praia de Ajuruteua, sobreRhizophora em decomposi<;ao, 22-IV-1995, H. Sotaoet aI. 95-114 (MG); H. Sotao et aI. 95-131 (MG).Margem esquerda da estrada Braganc;a-Ajuruteua a100 m da ponte do Furo Grande, sobre Rhizophoraem decomposic;ao, 1O-XII-1997, H. Sotao et al. 95-442(MG). Margem direita da estrada Braganc;a-Ajuruteuaa 100 m da ponte do Furo Grande, sobre Rhizophoraem decomposic;ao, 25-X-1996, H. Sotao et al. 96-169(MG). Margem esquerda da estrada Bragan<;a­Ajuruteua, mangue do Furo do Meio, sobre tronco emdecomposic;ao nao identificado, 14-III-1997, H. Sotaoet al. 97-177, (MG); sobre Rhizophora emdecomposic;ao, 19-VI-1997, H. Sotao et aI. 97-469(MG). Rio Ajuruteua, mangue da Ponta do Guani,sobre Avicennia em decomposic;ao, 9-XII-1995,H. Sotao et al. 95-424 (MG). Rio Ajuruteua, manguedo Poc;o Fundo, sobre Rhizophora em decomposic;ao,9-XII-1995, H. Sotao et al. 95-430 (MG); 27-X-1996,H. Sotao et aI. 96-172 (MG); H. Sotao et aI. 96-179,(MG); 15-III-1997, H. Sotao et al. 97-190 (MG); sobretronco em decomposi<;ao nao identificado, 9-XII-1995,H. Sotao et aI. 95-427 (MG); 9-XII-1995, H. Sotaoet al. 95-434 (MG). Bafa de Caete, mangue da praiado Cunha, sobre tronco em decomposic;ao naoidentificado, 20-VI-1997, H. Sotao et al. 97-478 (MG);sobre Rhizophora em decomposic;ao, 20-VI-1997, H.Sotao et al. 97-481 (MG); H. Sotao et al. 97-482 (MG);H. Sotao et al. 97-483 (MG). Bafa do Caete, Pontade Ajuruteua-Mirim, mangue da Camboa, sobreRhizophora em decomposic;ao, 20-VI-1997, H. Sotaoet al. 97-490 (MG); sobre tronco em decomposic;aonao identificado, 20-VI-1997, H. Sotao et al. 97-491(MG).

Agradecimentos

Os autores agradecem ao Museu Paraense EmilioGoeldi e a Universidade Federal do Para pelo apoiofinanceiro e logfstico, aos moradores da vila deAjuruteua, especial mente ao Sr. Venario Melo pelosservic;os prestados em campo e a Ora. Adriana deMello Gugliotta, do Instituto de Botanica, Sao Paulo,

os autores agradecem pete treinamento dos estagiariosdo projeto para identificac;ao de especies.

Literatura citada

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