BATATA FRITA, CHOCOLATE E PIZZA PODEM...

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10 PIZZAS&MASSAS Nº 17 - 2015 Mercados, Empresas & Cia. BATATA FRITA, CHOCOLATE E PIZZA PODEM VICIAR? Se comer pode realmente se tornar um vício, é um assunto que vem sendo cada vez mais discutido entre médicos e psicólogos. Alguns defendem que comer vicia, mas açúcar e gordura não são exatamente drogas, embora quase todos os pesquisadores apon- tem o dedo da suspeita para os alimentos altamente processados. Um novo estudo da Universidade de Michigan concluiu que o problema da dependência pode ocorrer com alimentos como chocolate, pizza e batatas fritas, que estariam entre os mais viciantes. Estudos anteriores em animais concluí- ram que alimentos altamente processados, ou alimentos com gordura ou carboidra- tos refinados adicionados (como farinha branca e açúcar), podem ser capazes de desencadear o comportamento do vício alimentar. Estudos clínicos em humanos têm observado que alguns indivíduos po- dem preencher os critérios de dependência de substâncias, quando essa substância é a comida. Apesar dos alimentos altamente processados, conhecidos geralmente por serem mais saborosos e, muitas vezes, serem os preferidos, ainda não se sabe se estes tipos de alimentos podem desencadear respostas de dependência semelhante em seres huma- nos, nem se sabe quais alimentos específicos produzem estas respostas. “Se as propriedades de alguns alimentos estão associadas com o ‘vício de comer’ para algumas pessoas, isto pode impactar as diretri- zes de nutrição, como também as iniciativas de políticas públicas como, por exemplo, a venda desses alimentos para crianças”, disse Erica Schulte, responsável pelo novo estudo da Universidade de Michigan. Os novos testes encontraram sinais da dependência em alimentos como batata frita, chocolate e pizza. Alimentos não processa- dos, com nenhuma gordura ou carboidratos refinados adicionados, como arroz integral e salmão, não foram associados com o comportamento do “vício de comer”. Pessoas com esses sin- tomas de vício alimentar, ou com maior índice de massa corporal, relata- ram mais problemas com alimentos altamente pro- cessados, sugerindo que o consumo compulsivo pode estar particularmente ligado às propriedades “gra- tificantes” desses alimentos, disse Schulte. Pesquisas futuras devem examinar se os alimentos pretensamente viciantes são capazes de desencadear altera- ções em circuitos cerebrais e de comportamento de forma similar ao que ocorre no abuso das dro- gas, disseram os pesqui- sadores.

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M E R C A D O S , E M P R E S A S & C I AMercados,

Empresas & Cia. BATATA FRITA, CHOCOLATE E PIZZA PODEM VICIAR?

Se comer pode realmente se tornar um vício, é um assunto que vem sendo cada vez mais discutido entre médicos e psicólogos. Alguns defendem que comer vicia, mas açúcar e gordura não são exatamente drogas, embora quase todos os pesquisadores apon-tem o dedo da suspeita para os alimentos altamente processados. Um novo estudo da Universidade de Michigan concluiu que o problema da dependência pode ocorrer com alimentos como chocolate, pizza e batatas fritas, que estariam entre os mais viciantes.

Estudos anteriores em animais concluí-ram que alimentos altamente processados, ou alimentos com gordura ou carboidra-tos re� nados adicionados (como farinha branca e açúcar), podem ser capazes de desencadear o comportamento do vício alimentar. Estudos clínicos em humanos têm observado que alguns indivíduos po-dem preencher os critérios de dependência de substâncias, quando essa substância é a comida. Apesar dos alimentos altamente processados, conhecidos geralmente por serem mais saborosos e, muitas vezes, serem os preferidos, ainda não se sabe se estes tipos de alimentos podem desencadear respostas de dependência semelhante em seres huma-nos, nem se sabe quais alimentos especí� cos produzem estas respostas.

“Se as propriedades de alguns alimentos estão associadas com o ‘vício de comer’ para algumas pessoas, isto pode impactar as diretri-zes de nutrição, como também as iniciativas de políticas públicas como, por exemplo, a venda desses alimentos para crianças”, disse Erica Schulte, responsável pelo novo estudo da Universidade de Michigan.

Os novos testes encontraram sinais da dependência em alimentos como batata frita, chocolate e pizza. Alimentos não processa-dos, com nenhuma gordura ou carboidratos re� nados adicionados, como arroz integral

e salmão, não foram associados com o comportamento do “vício de comer”. Pessoas com esses sin-tomas de vício alimentar, ou com maior índice de massa corporal, relata-ram mais problemas com alimentos altamente pro-cessados, sugerindo que o consumo compulsivo pode estar particularmente ligado às propriedades “gra-ti� cantes” desses alimentos, disse Schulte.

Pesquisas futuras devem examinar se os alimentos pretensamente viciantes são capazes de desencadear altera-ções em circuitos cerebrais e de comportamento de forma similar ao que ocorre no abuso das dro-gas, disseram os pesqui-sadores.

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M E R C A D O S , E M P R E S A S & C I A DOMINO’S PIZZA CHEGA EM AMERICANA, SP

DOM INO’S COMEÇA VENDA ONLINE

A Domino’s Pizza passou a comercia-lizar suas pizzas através do e-commerce. Com um investimento de R$ 500 mil nos próximos três anos, o site exclusivo para entregas conta, hoje, com 40 lojas cadas-tradas em cidades como Rio de Janeiro, Curitiba, Vila Velha e Campina Grande.

“Nossa expectativa é que o site se torne o maior veículo de vendas. Para 2015, a previsão é fechar o ano com 75% de nossas unidades de rua conectadas. Hoje, ele representa 3% das vendas nas lojas

A internacional Domino’s chega a Americana, SP, e traz suas inconfundíveis massas. Mas por que é tão bom? É bom porque é rápido, porque é saboroso, porque a massa é grossa e macia, porque os ingredientes são de qualidade. É bom porque a equipe é atenciosa, porque o molho vem do Chile, país dos melhores tomates. Ao experimentar um dos 28 sabores da pizzaria - que tem mais um monte de comidas ótimas - você vai achar um “porque é bom” só seu.

Os recheios são divididos em Stan-dard, Especialidades, Premium e Super Premium, nomes relacionados aos tipos de ingredientes. Além dos sabores, não podemos deixar de falar da facilidade. É só ligar, ou pedir pelo site, escolher, e mais ou menos em meia hora receber em casa a pizza escolhida ou lanches (bauru, tos-cana ou frango grelhado), cheese bread ou uma das sobremesas (chocobread, dipp ou pizzas doces). As opções são muitas, mas novidades sempre chegam e a da vez são as Artisans, pizza quadrada e gourmet.

Como sabemos que cheese breads, chocobreads e dipps não se encontram em qualquer lugar, então saiba que cheese breads são acompanhamentos que levam, claro, massas. O chocobread é uma deliciosa sobremesa de massa recheada com chocolate e fechada como um calzone, que leva cobertura de creme

de baunilha e chocolate granulado. Já o Dipps é outra sobremesa, só que preparada a partir de tiras assadas de massa e cobertas com açúcar e canela, acompanhadas de um molho de doce de leite.

Voltando aos sabores, mesmo sendo uma marca internacional, o Brasil está re-presentado em dois sabores: o de carne seca com Philadelphia; e o La Bianca, que apesar do nome italiano, foi criado no país e entrou para a lista dos preferidos dos clientes. E tem mais uma “abrasileirada” no cardápio: nosso requeijão foi parar em muitas opções do cardápio.

O cliente escolhe o sabor, o tamanho - entre brotinho, média, grande ou giga -, massa mais � na ou tradicional, espessuras de bordas e, por � m, pode pedir o molho - queijo com alho, barbecue ou mostarda Dijon com maracujá - para molhar a borda e não perder nenhum pedaço.

Na proposta descolada da marca estão inclusas muitas promoções e combos: pela terça-feira em dobro, compre uma pizza e ganhe outra. Apesar da franquia ter quatro lojas na região de Campinas e 117 no Brasil, esta é a única no país montada dentro de antigos contêineres, reaproveitando o que não tinha mais uso. Além disso, a loja está adaptada ao que a marca chama de Pizza � eater, em que pode-se assistir do lado de fora, por meio de uma vitrine, a montagem das pizzas, desde a abertura das massa até a saída do forno. www.dominos.com.br

participantes”, a� rma Edwin Júnior, gestor da rede brasileira.

A empresa que desenvolveu o e-com-merce da Domino1s foi a E-Guana, que também atende clientes como Saraiva, Som Livre e Bendita Fruta.

A venda pela internet possibilitará a per-sonalização das pizzas, que permitirá que o cliente escolha três ingredientes extras entre queijos, embutidos, temperos e outros.

O serviço também disponibilizará a ferramenta “Calcula Domino’s”, que aponta a quantidade adequada de pizzas para o número de pessoas.

O site também informa ao internauta a previsão de tempo para cada entrega. Se-

gundo a empresa, hoje, 78% dos pedidos feitos via telefone no país chegam em até 30 minutos.

Nos Estados Unidos, onde a Domi-no’s surgiu na década de 60 e hoje conta com mais de cinco mil lojas, as vendas online representam 40% do delivery.

No Brasil, a Domino’s Pizza tem 117 lojas operando, das quais 103 são em pontos de rua e 14 em shoppings. A pre-visão é fechar 2015 com 159 unidades. www.dominos.com.br

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ITALIANOS NÃO QUEREM MAIS FAZER PIZZAS São poucos os jovens italianos que

querem ganhar a vida em uma pizzaria. Apesar do desemprego entre a juventude atingir quase os 50% na Itália, as pizza-rias têm di� culdade em encontrar quem esteja interessado em aprender o ofício.

Segundo o site de notícias norte-americano Global Post, há uma carência de cerca de 6.000 produtores de pizza na Itália. A profissão não é atrativa:

trabalha-se muitas horas e é preciso arte e energia. Mas, de acordo com o economista italiano, Andrea Garnero, a principal razão para a falta de interesse é o pouco prestígio que acarreta.

O mesmo se passa com carpinteiros, enfermeiros e eletricistas. O caso é tão problemático que a União Europeia lançou um programa para incentivar os jovens a aprenderem essas pro� ssões.

MÉDICOS CORTAM PIZZA E DOCE DE LEITE PARA PAPA FRANCISCO PERDER PESO

O Papa Francisco, que adora pizza e alguns doces argen-tinos, ganhou peso e deve entrar em um regime, informou a imprensa italiana, que cita seus médicos. Aqueles que o conheciam antes de sua eleição como chefe da Igreja em 2013, têm observado um ganho de peso, devido principal-mente a uma dieta mais rica e à falta de exercícios, ao con-trário do estilo de vida mais espartano do que o vivido em Buenos Aires, sua cidade natal. De acordo com a imprensa italiana, os médicos do Papa, de 78 anos, recomendaram que ele coma menos massas para perder quilos e, assim, aliviar a dor devido à dor ciática que sofre regularmente. Ele tem recorrentes problemas nas costas.

Em uma recente entrevista com a televisão mexicana, o Papa Francisco assegurou que o seu maior desejo seria escapar do Vaticano para passear em Roma e comer pizza. Um chefe da Guarda Suíça revelou em um livro de receitas publicado recentemente que o Papa gostava particularmen-te de doce de leite.

A� nal, ele também é � lho de Deus, não?

JBS FOODS AUMENTARÁ EM 82% A PRODUÇÃO DE LASANHA NA UNIDADE LAGES, SC

A JBS Foods, unidade de negócios da multinacional brasileira JBS, que engloba a marca Seara e as operações de aves da empresa, vai investir 20 milhões de reais na ampliação de seu complexo de processamento de pratos prontos, lasanhas e piz-zas, em Lages, SC. O projeto inclui a moder nização e a aquisição de uma quarta linha de lasanha, proporcionando um aumento de 82% na capacidade de produção do produto.

A JBS Foods assumiu a unidade de Lages em setembro de 2013, com 475 funcionários e em praticamente um ano de ope-rações acrescentou mais 209 colaboradores à linha de produção, um aumento substancial de 44% de novos empregos. Agora, com a implementação da quarta linha de lasanha, a expectativa é que sejam abertos mais 100 novos postos de trabalho à comunidade local.

“Lages é uma das unidades mais importantes e estratégicas para o nosso negócio, e o anúncio desse investimento reflete o compromisso da companhia de oferecer os melhores produtos à demanda crescente de nossos clientes. Além dessa fábrica, faremos uma série de investimentos em Santa Catarina, que é uma das prioridades da JBS Foods neste ano”, afirma Gilberto Tomazoni, CEO da JBS Foods.

Com mais de seis décadas de história, a JBS é uma indústria de alimentos presente em mais de 200 países, com plataformas

de produção ou escritórios comerciais. A empresa conta com 215 mil

colaboradores em todo o mundo, exporta para mais de 150 países e possui mais

de 300 mil clientes globais. www.jbs.com.br

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CAMPANHA DA PIZZA HUT CURITIBA E FLORIANÓPOLIS EM PROL DA PASTORAL DA CRIANÇA FOI UM SUCESSO

A campanha de apoio à Pastoral da Crian-ça, realizada em 2014 pelas sete unidades da Pizza Hut de Curitiba e Florianópolis, foi um sucesso. A arrecadação aconteceu entre os me-ses de outubro e dezembro, e o valor angariado bene� ciará cerca de 7.500 crianças. Durante os três meses em que a campanha ocorreu, todos os restaurantes tinham urnas que eram levadas pelos garçons à mesa do cliente para que pudessem efetuar a doação desejada. A campanha se intensi� cou em três fases diferen-tes. A primeira ocorreu no dia 12 de outubro, Dia das Crianças, data em que um percentual das vendas da batata Smile foi revertida para a Pastoral. A segunda fase aconteceu durante uma gincana orga nizada para os funcionários da rede, que há dois anos segue com o tema da Pastoral da Criança. Durante a semana em que a gincana acontece, os funcionários fazem várias atividades criativas, como criar bandeiras, fazer fotos nas lojas e postar no

Facebook, criar um clipe e postar no YouTube, tudo relacionado ao tema central da gincana. Cada atividade vai acumulando pontos e na festa de encerramento da gincana é divulgado o restaurante vencedor, com direito a troféu e medalhas. As lojas campeãs vão guardando os troféus e isso gera uma “rivalidade” divertida e tranquila entre as unidades.

A terceira e última fase da campanha aconteceu no dia 20 de novembro, Dia Mundial de Oração e Ação pela Criança, data que também é o aniversário da franquia na região. Nesse grande dia para a Pizza Hut e para a Pastoral, um percentual das vendas da pizza de Corn Bacon de todos os tamanhos foi revertido para a instituição.

Para este ano a Pizza Hut de Curitiba e Flo-rianópolis planeja seguir com as mesmas ações que foram um sucesso em 2014 e desenvolverá novas atividades que envolvam cada vez mais os funcionários, com voluntariados e ações dentro

da Pastoral. As lojas já realizam a campanha de apoio à Pastoral da Criança há oito anos.

A Pizza Hut, uma das marcas do Grupo Yum! Brands, está presente em mais de 130 países com cerca de 14 mil restaurantes. Sua presença global é quase 40% maior do que a da concorrência e é um ícone em constante crescimento com suas lojas Delivery, Express e Dine in em todo o mundo. Por dia, 11,5 milhões de pizzas são vendidas para mais de quatro milhões de consumidores da Pizza Hut no mundo.

No Brasil, são mais de 90 restaurantes dis-tribuídos pelos Estados, atingindo o número de 1 milhão de pessoas consumindo Pizza Hut por mês. Para 2015, a expectativa é crescer em torno de 20% e abrir cerca de 25 unidades. www.pizzahut.com.br

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PIZZA NAPOLITANA, UMA ARTE PRESTES A SE TORNAR PATRIMÔNIO MUNDIAL

Para levar à boca uma pizza napoli-tana, primeiro é preciso cozinhá-la e isso requer seguir passos que seus artesãos mais apaixonados elevaram à categoria de arte e que pode chegar a ser parte do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. A denominada “arte dos pizzaiolos napolitanos” foi recentemente incluída na lista de candidaturas que serão analisadas pelos especialistas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNES-CO) em um longo processo de seleção que não terminará antes de 2016. Mas, na cidade de Nápoles, no Sul da Itália, esses artesãos da cozinha já podem co-memorar ter superado o primeiro crivo, realizado em nível nacional, enquanto buscam o reconhecimento mundial a essa tradição gastronômica. “É um saber transmitido de geração em geração”, disse Claudio Sebillo, diretor da Associação dos Pizzaiolos Napolitanos, à Agência Efe. A Associação impulsiona agora a coleta de um milhão de assinaturas, depois das 300.000 apresentadas no ano passado, para respaldar a iniciativa. Com orgulho, Sebillo comenta que a arte de fazer pizza é uma “habilidade inimitável” que, ao contrário do que ocorre em outros lugares, em Nápoles mantém

seu espírito ar-tesanal tanto na preparação da massa como no momento de lançar mão dela e fazê-la voar para es-tendê-la. Como bom purista na matéria, Sebillo descon� a dos que não cozinham a pizza à moda napolitana: em fornos que estejam a cerca de 450 graus centígrados e por noventa segundos. Se não fizer assim, “fica mais crocante”, afirmou com certa desaprovação. Sebillo considera que “o pizzaiolo se aproxima cada vez mais da � gura do chef” e que na última década o negócio da pizza, ícone da culinária italiana, ganhou força apesar da crise generalizada no setor de restaurantes. Sua expansão pelo mundo, aliás, foi um dos critérios que a Comissão Italiana para a Unesco levou em consideração para aceitar sua candidatura, explicou à Efe seu presidente, Giovanni Puglisi. “É uma candidatura muito especial, sobretudo para a Campânia (região cuja ca-pital é Nápoles)”, acrescentou Puglisi, para a qual representa uma forma de dieta “muito simples” e, ao mesmo tempo, um expoente

de sua vida gastronômica. Segundo a especialista do Instituto Nacional da

N u t r i ç ã o, Laura Ros-si, a pizza, e n te n d i d a como mas-sa, tomate, mozzarella e azeite, tem c e r c a d e 350 calorias p o r c a d a 100 gramas. “Uma opção

completa e rica em carboidratos, na qual as proteínas dos cereais da pizza e do leite desse queijo se complementam, e dessa mistura sai um produto que deslumbra o mundo todo”, destacou a nutricionista. Essa tradição começou com a evolução de uma pizza Marguerita, protótipo da napolitana que, reza a lenda, foi prepa-rada pelo pizzaiolo Ra� aele Esposito em 1889, para a então rainha da Itália, Margarida de Sabóia. De suposta origem real, essa pizza é agora um dos pratos mais populares, como provam as pessoas que, em Nápoles e outras cidades do mundo, fazem � la a cada dia nos arredo-res das pizzarias por uma generosa fatia do que pode, em breve, se transformar em patrimônio da humanidade.

Quanta pretensão desses pizz aiolos napolitanos!

POR RECORDE, DUPLA DEVORA PIZZA INTEIRA EM 23 SEGUNDOS NAS FILIPINAS

Os � lipinos Kelvin James Medina e Rix Francisco devoram, cada um, uma pizza de 30,5 centímetros de diâmetro em 23 segundos, no último dia 12 de abril, em Makati, subúrbio de Manila, nas Filipinas. A dupla tenta entrar para o Guinness, livro dos recordes.

Os organizadores pretendem subme-ter a façanha ao livro Guinness para tor-ná-la o� cial. O recorde atual pertence ao americano Peter Czerwinski, que comeu uma pizza de 30,5 centímetros em 41,31 segundos, em Burbank, na Califórnia.

Kelvin James Medina (esquerda) e Rix Francisco devoram. cada um. uma pizza de 30,5 centímetros de diâmetro em 23 segundos (Foto: Aaron Favila/AP)

Rix Francisco come pedaço de pizza durante tentativa de recorde (Foto: Aaron Favila/AP)

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PIZZA HUT SÃO PAULO LANÇA SISTEMA DE BUFFET SELF SERVICE

cardápio Pizza Hut da China

Segundo levantamento recente do Ins-tituto Brasileiro de Geogra� a e Estatísticas (IBGE), devido a diminuição do desempre-go e o aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, um quarto das refei-ções no Brasil são consumidas fora do lar.

Pensando nisso, a Pizza Hut aderiu ao sistema Bu� et, focado principalmente no horário de almoço. O Bu� et Pizza Hut traz

uma opção completa de alimentação, com seis receitas de pizzas, breadsticks peppero-ni, saladas diversi� cadas e pasta com molho exclusivo Pizza Hut.

Os restaurantes participantes são: Alpha-ville, Bandeirantes, Ponte do Limão, Shopping Granja Viana, Pinheiros e Center Norte (almoço), todos em São Paulo, SP. Con� ra os endereços no site www.pizzahutsp.com.br

Para quem não sabe, na China, onde a Pizza Hut cresce a um ritmo acelerado, o sucesso da empresa veio justamente do fato do cardápio local ser extremamente diversificado e as pizzas serem somente uma parte dele.

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SAPORI – SABORES QUE SURPREENDEM

A Sapori nasceu em 1989, da dedicação da proprietária Angela Rappa em levar à mesa dos brasileiros conservas alimentícias especiais, feitas a partir das receitas tradicio-nais italianas. A família Rappa plantava alca-chofras para seu próprio consumo e para a venda do vegetal fresco. Quando as menores sobravam, era feita uma conserva em azeite - receita italiana tradicional da família - que fazia sucesso entre todos, surgindo aí uma oportunidade de negócio.

Aproveitando-se da plantação de alcacho fras que tinha no sítio em Jarinú, SP, e da parceria com o cunhado, o engenheiro agrônomo Carlos, a Sapori lançou seu pri-meiro produto, o Carcio� ni so� ’olio (con-servas de alcachofrinhas em azeite). Com o sucesso de comercialização da alcachofra, na década de 2000, a Sapori diversi� cou sua produção. A linha de produtos foi incre-mentada com outros legumes e processos

de elaboração diferentes, inspirados em pequenas indústrias de conserva existentes na Europa, que mantém receitas tradicionais com produção artesanal, ou seja, mantendo o conceito de só usar matérias-primas e tem-peros frescos, sem a adição de conservantes e preservando os sabores dos alimentos.

A Sapori cresceu, nesses 25 anos, � el a esse conceito, desenvolvendo sempre pro-dutos saudáveis e zelando pela qualidade e segurança alimentar dos mesmos.

O reconhecimento desse zelo atraiu par-

ceiros importantes e, atualmente, a Sapori, além de uma ampla linha de produtos com sua marca, também desenvolve e produz especialidades para outras empresas. Os produtos Sapori são comercializados nas principais redes de supermercados, empó-rios e também para restaurantes e bu� ets. www.sapori.com.br

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COMERCIANTES DE ITAPETININGA CRIAM PIZZA ‘GIGANTE’ SERVIDA NA PEDRA

Mais de 30 pizzarias disputam o merca-do em Itapetininga, SP, e muitas precisam investir em ingredientes, formas e sabores para atrair o apetite dos consumidores. Para se manter ativo no mercado, o desa� o para os comerciantes é inovar. Hoje, é possível encontrar pizzas que são “gigantes” a outras servidas na pedra para não esfriar.

Um estabelecimento da cidade, por exemplo, criou a opção de pizzas “gigantes”. Elas têm nada menos do que 65 centímetros de diâmetro, divididos em 20 pedaços. Tanto é que antes de levar o prato à mesa, é preciso ter muita força nos braços. “A pizza é bem pesada”, descreve a forneira Elizângela Pontes Braga.

Há três anos, a pizzaria tinha apenas cinco funcionários contratados. Mas agora, de � m de semana, 18 pessoas trabalham para dar conta dos pedidos. O cliente pode escolher entre mais de 100 sabores e seis

tamanhos. Em média são produzidas 115 pizzas por dia, durante toda a semana. Outro diferencial que a proprietária Rubia Paula Biazotto tem apostado é atender consumi-dores também às segundas--feiras, quando normalmente as outras estão fechadas. “Pi-zzarias costumam fechar na segunda-feira, então, resolvemos abrir nesse dia. A iniciativa deu bastante certo”, explica.

Na cidade há ainda uma pizzaria que serve pizza na pe-dra quente para não esfriar no prato do cliente. A dona da ideia, a empre-sária Susi Mara Gonçalves Silva, a� rma que a iniciativa foi bem aceita. Outra sugestão é escolher o pedaço, não sendo necessário pegar a pizza inteira. “Tem qualidade no

produto e também diferencial, porque aqui na cidade não tínhamos pizzas em pedaços, nem aquela pizza na pedra. O cliente come uma pizza quentinha, do início ao � m, ou escolhe só o que quer comer.”

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MESSI COMEÇA DIETA APÓS OUVIR QUE ESTAVA ‘COMENDO MUITA PIZZA’Gordo, eu? Com acompanhamento médico, Messi corta pizza do cardápio para voltar a atuar em alto

nível. A última temporada de Lionel Messi com a camisa do Barcelona não foi das melhores. O astro da equipe catalã teve sua pior média de gols desde 2009 e ainda teve que ouvir o diretor esportivo da equipe, Carles Rexach, a� rmar que a má fase se devia ao excesso de pizza na dieta do craque.

Por esse motivo, o argentino de 27 anos resolveu modi� car seus hábitos alimentares e começou uma dieta rígida com o médico esportivo Giuliano Poser. Juntos, os dois a� naram o cardápio do craque, para que ele recuperasse sua melhor forma física. Agora, com a volta da boa fase, o atleta vem sendo crucial

para a equipe catalã, que está nas semi� nais da Uefa Champions League e pode também conquistar os títulos do Campeonato Espanhol e da Copa Rei. Portanto, independente do

que Poser tenha feito, se eliminou a pizza do menu ou não, parece ter dado certo. Melhor para Messi, para o Barcelona e para os torcedores.

PATRONI INVESTE EM NOVO CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO EM PERNAMBUCO

A Patroni decidiu investir de forma estratégica no segundo centro de distribui-ção da marca, localizado em Jaboatão dos Guararapes, próximo a Recife, no Estado de Pernambuco. O espaço contará com 1 mil m2 de área útil, que vão abrigar itens alimentícios, enviados pela Cozinha Central de São Paulo. O novo endereço logístico está situado no Bairro de Muribeca e visa o ganho de tempo nas entregas de produtos às lojas localizadas nas regiões Norte e Nordeste do país.

“Desde o mês de abril o novo centro de distribuição funciona a todo vapor. São oito caminhões adaptados para o transporte de alimentos, que irão efetuar entregas semanais às 18 unidades da rede naquela região. Até o � nal do ano serão implantadas mais seis lojas da Patroni. Com esse investimento, conquista-mos uma redução no valor do � ete e no tempo gasto para entrega, que antes era realizada em um prazo de sete dias, e hoje está programada para ser feita entre um e três dias, menos da metade do tempo”, explica o presidente da Patroni, Rubens Augusto Junior.

O investimento em um segundo centro

de distribuição irá aumentar o � uxo de vendas nas lojas da Patroni. Ao apostar em uma logística diferenciada para estas regiões, a marca terá outros resultados, como a padronização completa das unida-des, aumento na lucratividade e crescimento de 20% a 25% no faturamento das franquias.

“Os franqueados poderão programar os pedidos semanalmente, o que possibilita controlar e administrar melhor o estoque e as vendas realizadas em um determinado período. Além disso, eles também contarão com um ganho de qualidade do produto, que passa a � car menos tempo alocado no caminhão da transportadora”, relata o presidente.

O primeiro Centro de Distribuição da rede foi implantado na zona Sul de São Paulo. Ainda neste semestre, o espaço mu-dará de local e passará a operar na cidade de Diadema, próximo ao ABC Paulista. Serão investidos R$ 10 milhões a longo prazo em um novo galpão com 2 mil m2. O local será responsável por armazenar e distribuir os insumos por meio de 13 caminhões para as unidades da Patroni localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo,

Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

O otimismo diante da implantação de novos processos logísticos abre frente para o investimento em um terceiro centro de distribuição na região Norte, para atender os Estados do Amazonas, Roraima e Acre. Nesses locais as entregas são feitas apenas via navio ou avião, em um prazo de 21 dias. O projeto está em fase inicial e será lançado no segundo semestre deste ano. www.patroni� anquias.com.br.

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M E R C A D O S , E M P R E S A S & C I A

Consumidores parecem ver o ali-mento originário da Itália como uma opção mais saudável, além de ser viável � nanceiramente. Em 2014, pela primeira vez em 12 anos, a receita anual da rede global McDonald’s declinou. Dentre as várias possíveis explicações, uma matéria veiculada no site � e Economist aponta a tendência por parte do consumidor de procurar alternativas mais saudáveis como um motivo plausível para a mu-dança. A exceção para esse novo cenário, em que alimentos que fazem bem a saúde substituem lanches baratos, é a pizza. No último bimestre do ano passado, por exemplo, a rede de pizzarias Domino’s obteve crescimento de 14% nas vendas, em relação ao ano anterior.

Queridinha dos brasileiros e popular

globalmente, a pizza parece ser considerada pelos consumidores mais saudável do que hambúrgueres, permanecendo economi-camente viável e tão prática quanto um Big Mac. Desde o século XVIII na Itália, quando alguém teve a ideia de colocar tomate sobre massa de pão, a pizza é uma forma barata e rápida de se alimentar.

O prato foi popularizado e internaciona-lizado no século XX, por imigrantes italianos, e se espalhou vertiginosamente pelo mundo, especialmente após a Segunda Guerra Mun-dial. Seus atrativos, portanto, não são de hoje, mas a pergunta é, quais exatamente são eles? Por que em uma sociedade que cada vez mais tende ao � tness - pelo menos essa é a realidade ocidental - a pizza permanece responsável por um mercado em crescimento?

O � e Economist aponta alguns motivos:

como já dito, consumidores não se sentem tão culpados comendo pizza, que pode ser recheada com vegetais e opções mais condizentes com o bem-estar do corpo. Mas a chave do sucesso do prato é a sua � exibilidade. As possibilidades de recheio e incrementos para a pizza são inúmeras e podem facilmente se adaptar às realidades de cada local.

No Brasil se faz pizza de todo tipo: frango com catupiry - uma das favoritas - com banana e canela, brigadeiro, e até comidas típicas de certas regiões, como a carne seca e a carne de sol. Redes de pizzarias inovam com bordas recheadas, por exemplo, e restaurantes independen-tes investem em sabores criados na casa. Tudo para � delizar o cliente, inovando o produto que ele já ama, de forma a manter o interesse. Assim, a pizza reina soberana: com menu variado e preço acessível -nem sempre!-, há escolhas para todos os gostos e bolsos.

POR QUE O MERCADO DA PIZZA CRESCE ENQUANTO OUTROS FAST FOODS DECLINAM?

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SURPRESA PIZZA HUT CONCRETIZA INVENÇÃO DE GRUPO DE ALUNOS

Quando a professora de matemática de uma turma da Clearview Middle School, NJ, pediu aos seus alunos, no âmbito de uma lição sobre estatísticas, para desen-volverem ideias sobre novos produtos com base em dados que recolhessem juntos das pessoas, um grupo de jovens chegou a uma conclusão.

De acordo com o Hu� ngton Post, Nick Gabriele, Sean Flannery e Allyson Sooy chegaram à conclusão que o melhor produto novo seria uma Bacon Mac ‘n’ Cheese Stu� ed Pretzel Crust Pizza, ou seja, uma pizza com queijo norte-americano, com a adição de bacon e crosta de pretzel. Enviaram, depois, a sua invenção em uma carta dirigida ao responsável de Desen-volvimento de Produtos da Pizza Hut.

Na terça-feira, 21 de abril, tiveram a surpresa das suas vidas quando represen-tantes da Pizza Hut apareceram na escola munidos da pizza que tinham concebido, e em dois sabores: queijo e pepperoni.

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EMPREENDEDOR PRECISA SER CRIATIVO PARA ENFRENTAR A CRISEA crise econômica veio, o momento é

de alerta e pede calma. Mais tranquilida-de para pensar, para planejar - a melhor estratégia -, novas ideias. A� nal, nada vai melhorar se o empreendedor deixar a pe-teca cair, a� rmam os especialistas. Segundo eles, a hora agora está mais para arregaçar as mangas e trabalhar duro do que para desânimo.

“Não espere a atividade econômica melhorar. Isso não vai acontecer tão cedo. Concentre-se no que traz retorno relevante e imediato. Reveja contratos, folha de paga-mento. Melhore o controle de gastos, tente transformar custos � xos em variáveis, feche unidades de� citárias. Tudo precisa ser anali-sado e levado em consideração na atual con-juntura”, diz Ricardo Teixeira, sócio-diretor da Deloi� e e especialista em alavancagem de receitas e redução de custos.

Para o consultor do Sebrae, Fabrício Barreto, além de buscar inovar, o empreen-dedor precisa, nesse momento, realizar um

planejamento estratégico “comparando” o mercado, mas também fazer uma espécie de “autoanálise”, revendo produto, preço, serviço. Ainda segundo ele, o Sebrae possui “soluções” para que o empresário consi-ga uma margem de contribuição maior (margem de lucro). “Esse momento estava previsto. Em 2014, houve um estímulo muito forte ao consumo, o crédito foi facilitado, ago-ra veio a recessão. A palavra é planejamento. Estabelecer estratégias, criar soluções atrati-vas (promoções) para o cliente, melhorar o atendimento”, a� rma o consultor.

Quando decidiu abrir a Vila Itália Pizze-ria, por volta de 2010, Angelo Decanio tinha a grana curta e muita disposição. Ele conta que durante seis meses testou massas e ingredientes até chegar ao produto que queria: uma pizza não muito � na, mas cro-cante, e com o recheio na medida. E mais: era preciso funcionar apenas como delivery e ter um preço competitivo - tíquete médio em torno de R$ 45. A receita deu certo e a

ideia inicial “expandiu” para cerca de cinco mesas na calçada (da rua Macaúbas, Rio Vermelho, Salvador, BA ) - a pedido dos próprios clientes.

Com uma média de 3.500 pizzas vendi-das ao mês, Decanio conta que está previsto para o segundo semestre a inauguração de uma � lial, no mesmo bairro (na Praia da Paciência), desta vez um restaurante mesmo (pizzaria). O leitor deve estar se perguntan-do, “mas cadê a crise nesse caso?”. “A gente sente medo (da recessão), mas o nosso ramo é pouco mais seguro porque é o da alimentação. E a nossa (pizza) ainda é um lazer barato. Tem pizza por aí por R$ 80, R$ 90. Muitas vezes termino ganhando o cliente que está fugindo de preços mais altos”, diz ele.

“É preciso estar atento às demandas e expectativas do mercado, pensando no futuro. Antecipando tendências e sendo � el às necessidades dos clientes para fazer � ente à concorrência”, diz Samuel Lopes, sócio da consultoria Tiex.

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CHEFS DE PIZZARIAS NA ITÁLIA QUEREM PROCESSAR MCDONALD’S

Massimo Di Porzio, presidente da AVPN. “Não é a primeira vez que o McDonald’s ataca nossa culinária tradicional, mas dessa vez esta-mos pensando em tomar medidas legais. Além disso, se ganharmos algum dinheiro com esse processo, garantimos que ele será usado para promover a nutrição infantil”, completou.

Os chefs das pizza rias garantem que as pizzas são mais saudáveis que o junk food e ainda contestam a procedência da carne usada pelo McDonald’s ou a quantidade de óleo e conservantes usados nos alimentos. “A verdadeira pizza napolitana, produto ga-rantido pelo nosso regulamento internacional, é um produto artesanal, que só utiliza ingre-dientes selecionados e � escos, como a mozarela de búfala, o óleo de azeite virgem e os tomates de Campânia”, escreveu o grupo.

Mas a resposta à empresa norte-ame-ricana não demorou. E ela veio com bom humor. A página de culinária Le avventure

culinarie di Puok e Med, de Egidio Cerrone, não perdeu tempo e postou um vídeo com a “versão italiana” do comercial. Nele, um menino está na � la de um restaurante fast food, mas faz cara feia. Ele diz ao pai que prefere uma pizza. E eles correm para a rua provar as tradicionais comidas. O vídeo até arrisca no � nal, usando o famoso jingle do McDonald’s (veja no youtube.com).

As � liais do McDonald’s ao redor do mundo vêm se especializando, aparente-mente, em provocar a ira da comunidade local. Em fevereiro, o McDonald’s mexicano criou uma propaganda do McBurrito que dizia vir para substituir os tamales, comida tradicional do país e ligada a eventos re-ligiosos. “Os tamales são coisa do passado: McBurrito à mexicana também vem enrolado”, dizia a propaganda com a imagem do bur-rito. Foi o su� ciente para que todo o país se revoltasse com a empresa.

Um grupo de chefs italianos de pizza-rias está ameaçando processar o McDo-nald’s no país. O motivo seria um comercial local voltado para as crianças. No vídeo, um menino é levado a uma pizzaria pelos pais. Eles não sabem o que pedir. Quando o garçom pergunta ao garotinho o que ele quer, ele responde “Um Happy Meal” (o McLanche Feliz). Em um piscar de olhos, eles estão felizes em uma lanchonete do McDonald’s. Ao � nal, o comercial anun-cia: “Seu � lho não tem dúvida. Happy Meal sempre por quatro euros”.

A Associazione Verace Pizza Napoletana (AVPN), associação que “protege” as verda-deiras pizzas napolitanas, alega que a propa-ganda desonra e ataca um dos símbolos da dieta mediterrânea. “É óbvio que a empresa americana está tentando tirar o crédito de seu maior concorrente no país, mas especular sobre a saúde das crianças é ir além da conta”, disse

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EMPRESA LANÇA QUEIJO VEGETAL ESPECIALMENTE DESENVOLVIDO PARA RESTAURANTES E PIZZARIAS

Chega ao mercado a Queijoquinha, mais uma novidade da empresa curitibana Natural Science Suplementos Vegetaria-nos. A Queijoquinha é uma mistura vegetal em pó para preparo de cobertura e recheio de pizzas e salgados, com uma formulação e embalagem especialmente desenvolvidas para atender pizzarias e restaurantes.

O produto é um substituto vegetal para o queijo tradicional, produzido à base de mandioquinha. A sua formulação contém mandioquinha em pó, fécula de mandioca, feijão branco, sal marinho,

acidulante ácido tartárico, cálcio quelato, ferro quelato, zinco quelato, vitamina A, selênio quelato, ácido fólico e vitamina B12. Não contém glúten. Não contém aromatizantes. Não contém lactose.

Seu modo de preparo é bastante sim-ples, deve-se adicionar óleo de girassol e água à mistura, variando as quantidades destes para ajustar à cremosidade dese-jada, seja para obtenção de uma mistura mais cremosa para recheio de lasanhas ou mais consistente para cobertura de pizzas. A Queijoquinha vem em embalagem de

1,5 kg e rende até 9 kg da mistura pronta.A Natural Science é marca de pro-

dutos voltados à nutrição avançada e suplementação alimentar, localizada em Curitiba, PR. É a primeira marca brasi-leira a produzir proteína isolada de arroz, comercializando a Max Rice Protein, desde 2012. A Natural Science tem foco contínuo em pesquisa e desenvolvimento de produtos e a missão de facilitar o acesso de produtos que ajudem as pessoas em sua busca pela saúde física e espiritual. www.naturalscience.com.br

Queijoquinha: fórmula especialmente desenvolvida para restaurantes (100% Vegan)

Ingredientes para cobertura de pizzas (su� ciente para uma pizza média)- Óleo de girassol - 30g (1/4 xícara).- Água - 110ml (1/2 xícara).- Queijoquinha - 50g (5 colheres de sopa).

Ingredientes para recheio de lasanhas e salgados (suficiente para uma lasanha média)- Óleo de girassol - 50g (1/2 xícara).- Água - 200ml (1 xícara).- Queijoquinha - 50g (5 colheres de sopa).

Modo de preparoEm um recipiente misture a Queijoquinha ao óleo de giras-sol, mexendo com colher ou garfo até dissolver completa-mente. Adicione água e mexa até a mistura � car homogê-nea. Aguarde de 3 à 5 minu-tos até que a Queijoquinha adquira consistência. Utilize em pizzas, salgados e lasanhas e leve ao forno.

DicasPara ajustar a cremosidade,

altere a quantidade de água e óleo de girassol na prepa-ração conforme necessário.Adicione sal e outros tempe-ros de sua preferência antes de levar o produto ao forno.

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CLIENTES DA DOMINO’S PODERÃO PEDIR PIZZA USANDO APENAS EMOJIS NOS EUA

A famosa pizzaria Domino’s está testando um método inusita-do para atender seus clientes: aceitar pedidos de pizza por meio de emojis no Twi� er. O novo recurso estará disponível em 20 de maio e para usá-lo o cliente deve ter um per� l no site da Domino’s com a opção “Easy Order” ativada. Depois, basta conectar a conta do serviço com o Twi� er e publicar “#EasyOrder to @Dominos” ou, simplesmente, enviar um emoji de pizza no Twi� er. A partir disso, o cliente já receberá a mensagem para con� rmação do pedido.

Segundo o CEO Patrick Doyle, em entrevista para o USA Today, a ideia é trazer mais conveniência para os clientes e conquistar o público mais jovem e adepto das novas tecnologias. A Domino’s já recebe 50% de sua demanda por meios digitais, tanto que no ano passado a companhia havia lançado seu próprio aplicativo móvel para fazer pedidos usando comandos de voz.

Outro método rápido e comum utilizado pelos clientes apressados é o aplicativo Push for Pizza, que permite fazer pe-didos com apenas um toque na tela do celular.

O CEO da rede de pizzarias ainda a� rmou que pretende � car de olho em outras redes sociais, como Facebook e Instagram, para alcançar mais clientes. Resta saber quando a novidade chegará ao Brasil.

MCPIZZA E MCPASTA, JÁ OUVIRAM FALAR?Embora venha enfrentando proble-

mas ultimamente, o McDonald’s ainda é a maior rede de fast food do mundo. Ao longo dos anos, novos itens no cardápio foram verdadeiros tiros no pé para o McDonald’s, como o Hula Burger, o McAfrika e o McSpaghetti, disponíveis apenas em alguns países, mas nunca no Brasil. A maioria durou

pouco tempo no cardápio, após críticas do público em geral e, até mesmo, em ONGs!

McPizzaNa metade dos anos 1990, o

McDonald’s decidiu entrar no ne-gócio de pizzas, mas como sempre aconteceu, as pessoas que queriam

comer pizza iam à pizza-rias, não ao McDonald’s. A rede e as franquias saí-ram no prejuízo por ter comprado novos fornos e novas janelas para o drive thru.

McPastaApós ser testado no Sul dos

Estados Unidos em 1989, o McDonald’s passou a testar o menu de massas em 1991, que incluia lasanha, fettuccine ao molho Alfredo e espaguete com almondegas. No início dos anos 1990, um “novo menu de jantar”

foi testado em duas lojas, de New York e no Tennessee, que incluíam as mas-sas já citadas e frango assado. Como a McPizza, as pessoas não estavam interessadas em comer massas no McDonald’s. Recentemente, a rede tes-tou refeições de massa para crianças na Nova Zelândia e Austrália e ambos os países estão removendo, ou consi deran-do remover, os pratos do menu devido à baixa demanda.