Batismo.confissão de Fé

3
BATISMO DE CRIANÇAS - Artigo do Pr. Augustus Nicodemus Lopes, com edição e acréscimos do Pr. Roberto Lucio Ferreira A prática de batizar os filhos dos cristãos vem desde os primórdios do cristianismo. Pais da Igreja, como Irineu (século II), se referem ao batismo infantil. Orígenes (século IV) foi batizado quando criança. Para a I.P.B. o batismo é um ato pelo qual consagramos nossos filhos ao Senhor, com o compromisso/voto de construir uma relação de amizade com eles, ensinando as verdades da escritura em uma atmosfera de incondicionalidade e aliança e não contratual e condicional e que proporcione uma relação intima e pessoal com o Deus de seus pais quando forem adultos. Outros cristãos preferem apresentar seus filhos ao Senhor, sem batizá-los, pois acreditam que o batismo é somente para adultos que crêem. Alguns me perguntam por que apresentei meus quatro filhos para serem batizados, quando cada um ainda não tinha mais que dois meses. Minha resposta é que acredito estar seguindo a tradição bíblica, presente no tempo do Antigo Testamento, e que não foi abolida no Novo, de incluir os filhos dos fiéis na aliança de Deus com o seu povo. Batizei meus filhos crendo que, através desse rito iniciatório, eles passaram a fazer parte da Igreja visível de Cristo aqui na terra. Minha crença se baseia no fato de que, quando Deus fez um pacto com Abraão, incluiu seus filhos na aliança, e determinou que fossem todos circuncidados (Gn.17:1-14). A circuncisão, na verdade, era o selo da fé que Abraão tinha (ver Rm.4:3-11 com Gn. 15: 6), mas, mesmo assim, Deus determinou-lhe que circuncidasse Ismael e, mais tarde, Isaac, antes de completar duas semanas (Gn.21, 4). Abraão creu e o sinal da sua fé foi aplicado a Isaac, mesmo quando este ainda não podia crer como seu pai. Estou persuadido de que a Igreja cristã é a continuação da Igreja do Antigo Testamento. Símbolos e rituais mudaram, mas é a mesma Igreja, o mesmo povo. O Sábado tomou-se em Domingo, a Páscoa, em Ceia, e a circuncisão, em batismo. Os crentes são chamados de "filhos de Abraão" (Gl.3:7-29) e a Igreja de "o Israel de Deus" (Gl.6:16). Não é de se admirar que Paulo chame o batismo de "a circuncisão de Cristo" (Cl.2.11). Foi uma grande alegria ter meus filhos batizados e vê-los, assim, receber o selo da fé que minha esposa e eu temos no Senhor Jesus. Deus sempre tratou com famílias (Dt. 29:9-12), embora nunca em detrimento da responsabilidade individual. Pedro, no dia de Pentecostes, ao chamar os ouvintes ao arrependimento, à fé em Cristo e ao batismo, disse-lhes que a promessa do Espírito Santo era para eles e para seus filhos (At. 2:38- 39). E não é de admirar que os apóstolos batizavam casas inteiras em suas viagens missionárias: Paulo batizou Lídia e toda sua casa (At.16:15), o carcereiro e todos os seus (At. 16: 32-33), a casa de Estéfanas (1Co.1:16). CAPÍTULO XXVII - DOS SACRAMENTOS

description

theeology

Transcript of Batismo.confissão de Fé

CAPTULO XXVII - DOS SACRAMENTOS

BATISMO DE CRIANAS - Artigo do Pr. Augustus Nicodemus Lopes, com edio e acrscimos do Pr. Roberto Lucio Ferreira

A prtica de batizar os filhos dos cristos vem desde os primrdios do cristianismo. Pais da Igreja, como Irineu (sculo II), se referem ao batismo infantil. Orgenes (sculo IV) foi batizado quando criana. Para a I.P.B. o batismo um ato pelo qual consagramos nossos filhos ao Senhor, com o compromisso/voto de construir uma relao de amizade com eles, ensinando as verdades da escritura em uma atmosfera de incondicionalidade e aliana e no contratual e condicional e que proporcione uma relao intima e pessoal com o Deus de seus pais quando forem adultos. Outros cristos preferem apresentar seus filhos ao Senhor, sem batiz-los, pois acreditam que o batismo somente para adultos que crem. Alguns me perguntam por que apresentei meus quatro filhos para serem batizados, quando cada um ainda no tinha mais que dois meses. Minha resposta que acredito estar seguindo a tradio bblica, presente no tempo do Antigo Testamento, e que no foi abolida no Novo, de incluir os filhos dos fiis na aliana de Deus com o seu povo. Batizei meus filhos crendo que, atravs desse rito iniciatrio, eles passaram a fazer parte da Igreja visvel de Cristo aqui na terra. Minha crena se baseia no fato de que, quando Deus fez um pacto com Abrao, incluiu seus filhos na aliana, e determinou que fossem todos circuncidados (Gn.17:1-14). A circunciso, na verdade, era o selo da f que Abrao tinha (ver Rm.4:3-11 com Gn. 15: 6), mas, mesmo assim, Deus determinou-lhe que circuncidasse Ismael e, mais tarde, Isaac, antes de completar duas semanas (Gn.21, 4). Abrao creu e o sinal da sua f foi aplicado a Isaac, mesmo quando este ainda no podia crer como seu pai.

Estou persuadido de que a Igreja crist a continuao da Igreja do Antigo Testamento. Smbolos e rituais mudaram, mas a mesma Igreja, o mesmo povo. O Sbado tomou-se em Domingo, a Pscoa, em Ceia, e a circunciso, em batismo. Os crentes so chamados de "filhos de Abrao" (Gl.3:7-29) e a Igreja de "o Israel de Deus" (Gl.6:16). No de se admirar que Paulo chame o batismo de "a circunciso de Cristo" (Cl.2.11). Foi uma grande alegria ter meus filhos batizados e v-los, assim, receber o selo da f que minha esposa e eu temos no Senhor Jesus. Deus sempre tratou com famlias (Dt. 29:9-12), embora nunca em detrimento da responsabilidade individual. Pedro, no dia de Pentecostes, ao chamar os ouvintes ao arrependimento, f em Cristo e ao batismo, disse-lhes que a promessa do Esprito Santo era para eles e para seus filhos (At. 2:38-39). E no de admirar que os apstolos batizavam casas inteiras em suas viagens missionrias: Paulo batizou Ldia e toda sua casa (At.16:15), o carcereiro e todos os seus (At. 16: 32-33), a casa de Estfanas (1Co.1:16). CAPTULO XXVII - DOS SACRAMENTOS

I. Os sacramentos so santos sinais e selos do pacto da graa, imediatamente institudos por Deus para representar Cristo e os seus benefcios e confirmar o nosso interesse nele, bem como para fazer uma diferena visvel entre os que pertencem Igreja e o resto do mundo, e solenemente obrig-los ao servio de Deus em Cristo, segundo a sua palavra. Ref. Rom. 6:11; Gn. 17:7-10; Mat. 28:19; I Cor. ll:23, e 10:16, e 11:25-26; Exo. 12:48; I Cor. 10:21; Rom. 6:3-4; I Cor. 10:2-16.

II. Em todo o sacramento h uma relao espiritual ou unio sacramental entre o sinal e a coisa significada, e por isso os nomes e efeitos de um so atribudos ao outro. Ref. Gen. 17:10; Mat. 26:27-28; Tito 3:5.

III. A graa significada nos sacramentos ou por meio deles, quando devidamente usados, no conferida por qualquer, poder neles existentes; nem a eficcia deles depende da piedade ou inteno de quem os administra, mas da obra do Esprito e da palavra da instituio, a qual, juntamente com o preceito que autoriza o uso deles, contm uma promessa de benefcio aos que dignamente o recebem.

Ref. Rom. 2:28-29; I Ped. 3:21; Mat. 3:11; I Cor. 12:13; Luc. 22:19-20; I Cor. 11:26.

IV. H s dois sacramentos ordenados por Cristo, nosso Senhor, no Evangelho - O Batismo e a Santa Ceia; nenhum destes sacramentos deve ser administrado seno pelos ministros da palavra legalmente ordenados. Ref. Mat. 28:19; I Cor. 11: 20, 23-34; Heb. 5:4.

V . Os sacramentos do Velho Testamento, quanto s coisas espirituais por eles significados e representados, eram em substncia os mesmos que do Novo Testamento. Ref. I Cor. 10: 1-4.

CAPTULO XXVIII

DO BATISMO

I. O batismo um sacramento do Novo Testamento, institudo por Jesus Cristo, no s para solenemente admitir na Igreja a pessoa batizada, mas tambm para servir-lhe de sinal e selo do pacto da graa, de sua unio com Cristo, da regenerao, da remisso dos pecados e tambm da sua consagrao a Deus por Jesus Cristo a fim de andar em novidade de vida. Este sacramento, segundo a ordenao de Cristo, h de continuar em sua Igreja at ao fim do mundo. Ref. Mat. 28:19; I,Cor. 12:13; Rom. 4:11; Col. 2:11-12; Gal. 3:27; Tito 3:5; Mar. 1:4; At. 2:38; Rom. 6:3-4; Mat. 28:19-20.

II. O elemento exterior usado neste sacramento, gua com a qual um ministro do Evangelho, legalmente ordenado, deve batizar o candidato em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo. Ref. At. 10-47, e 8:36-38; Mat. 28:19.

III. No necessrio imergir na gua o candidato, mas o batismo devidamente administrado por efuso ou asperso. Ref. At. 2:41, e 10:46-47, e 16:33; I Cor. 10:2.

IV. No s os que professam a sua f em Cristo e obedincia a Ele, mas os filhos de pais crentes (embora s um deles o seja) devem ser batizados. Ref. At. 9:18; Gen. 17:7, 9; Gal. 3:9, 14; Rom. 4:11-12; At. 2:38-39.

V. Posto que seja grande pecado desprezar ou negligenciar esta ordenana, contudo, a graa e a salvao no se acham to inseparavelmente ligadas com ela, que sem ela ningum possa ser regenerado e salvo os que sejam indubitavelmente regenerados todos os que so batizados. Ref. Luc.7:30; Exo. 4:24-26; Deut. 28:9; Rom. 4:11; At. 8:13, 23.

VI. A eficcia do batismo no se limita ao momento em que administrado; contudo, pelo devido uso desta ordenana, a graa prometida no somente oferecida, mas realmente manifestada e conferida pelo Esprito Santo queles a quem ele pertence, adultos ou crianas, segundo o conselho da vontade de Deus, em seu tempo apropriado. Ref. Joo 3:5, 8; Gal. 3:27; Ef. 5:25-26.

VII. O sacramento do batismo deve ser administrado uma s vez a uma mesma pessoa. Ref. Tito 3:5.