Batista - Ceia Restrita

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“PORQUE TODO CRENTE DEVE SER UM BATISTA Pr. Jerry Donald Ross “A ceia do Senhor é uma ceia restrita Leitura Básica: I Coríntios 11:17-34 Texto Chave: I Coríntios 10:17 – Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo: porque todos participam do mesmo pão.” Introdução: Cristo deixou na sua igreja duas “ordenanças simbólicas”: o batismo e a ceia do Senhor. Creio que essas duas ordenanças tem sido o alvo de ataque por parte de satanás, pois ele reconhece a importância que lhes á atribuída na palavra de Deus, no tocante a preservação da verdade do evangelho do mundo. Enquanto as igrejas batistas pregam o evangelho através de sermões e testemunhos pessoais, elas pregam o evangelho EM SÍMBOLO através de freqüência celebração dessas suas ordenanças. O maligno é responsável pela deturpação das mesmas pela maior parte do cristianismo. Quanto a ceia, podemos verificar essa deturpação ao notar que, por um lado, alguns deixam de lhe dar a mínima importância, enquanto que, por outro lado, certas igrejas lhe atribuem qualidades salvadoras, ou seja, de “sacramento”, crendo na necessidade de se participar dela para a obtenção da salvação. Convém ressaltar aqui a natureza “declarativa” da ordenanças. Elas DECLARAM algo, elas realmente PREGAM o evangelho em símbolos. Parece que Paulo se refere a isto em Gál. 3:1: “O insensato gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já REPRESENTADO COMO CRUCIFICADO?” A palavra traduzida por “representado” significa: ENCENADO. O que ele quer dizer é que houve, diante dos olhos dos gálatas convertidos, membros da igreja daquela região, uma encenação da crucificação de Cristo. De que maneira? De certo, não se tratava de uma “peça teatral”, e sim, das duas ordenanças, o batismo e a ceia, através das quais Cristo é simbolizado claramente como morto por nossos pecados, sepultado, e ressuscitado. Em outras palavras, o evangelho COMPLETO é representado através dessas ordenanças. A identificação dos crentes como a morte, o sepultamento, e a ressurreição de Cristo também é demonstrado, ou declarado, através da sua PARTICIPAÇÃO PESSOAL. Ao participarem do batismo e da ceia, eles DECLARAM que desfrutam do benefício da obra de Cristo simbolizada nas ordenanças. I. A ceia do Senhor é restrita às regras estabelecidas pelo Senhor da ceia, Jesus Cristo Freqüentemente se ouve no meio dos evangélicos o seguinte: “Mas a ceia é do Senhor; por isso, não se pode impor restrição nenhuma”. Diríamos em resposta, que não é certo se impor qualquer restrição DE ORIGEM HUMANA! Mas, afirmamos ainda que, sendo a ceia DO SENHOR, só ELE é quem poderá estabelecer os regulamentos, governando a celebração da mesma. A “mesa de Senhor” (I Cor. 10:21) é propriedade dEle, e certamente Ele tem o direito de mandar quanto à maneira e aos participantes da Sua mesa! Ninguém negaria ao dono da casa o direito de escolher AS PESSOAS QUE PODEM COMER Á SUA MESA! Quanto mais O DONO DA CASA DO SENHOR, Jesus Cristo, quanto ás pessoas que podem biblicamente COMER Á SUA MESA! Cristo não é um simples CONVIDADO A CEIA DO SENHOR! Ele é o ANFITRIÃO, o chefe, o dono, o SENHOR DA CEIA! Muitos tem lembrança de um pai exigente que tinha regras para os filhos que se sentavam à sua mesa: eles tinham que chegar de rosto e mãos limpos; tinham que usar de uma certa educação; enfim, quem não cumpria as exigências do pai, O DONO DA MESA, era obrigado a se afastar da mesa! Veremos

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Ceia restrita?

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“PORQUE TODO CRENTE DEVE SER UM BATISTA”

Pr. Jerry Donald Ross

“A ceia do Senhor é uma ceia restrita”

Leitura Básica: I Coríntios 11:17-34 Texto Chave: I Coríntios 10:17 – “Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo: porque todos participam do mesmo pão.” Introdução: Cristo deixou na sua igreja duas “ordenanças simbólicas”: o batismo e a ceia do Senhor. Creio que essas duas ordenanças tem sido o alvo de ataque por parte de satanás, pois ele reconhece a importância que lhes á atribuída na palavra de Deus, no tocante a preservação da verdade do evangelho do mundo. Enquanto as igrejas batistas pregam o evangelho através de sermões e testemunhos pessoais, elas pregam o evangelho EM SÍMBOLO através de freqüência celebração dessas suas ordenanças. O maligno é responsável pela deturpação das mesmas pela maior parte do cristianismo. Quanto a ceia, podemos verificar essa deturpação ao notar que, por um lado, alguns deixam de lhe dar a mínima importância, enquanto que, por outro lado, certas igrejas lhe atribuem qualidades salvadoras, ou seja, de “sacramento”, crendo na necessidade de se participar dela para a obtenção da salvação. Convém ressaltar aqui a natureza “declarativa” da ordenanças. Elas DECLARAM algo, elas realmente PREGAM o evangelho em símbolos. Parece que Paulo se refere a isto em Gál. 3:1: “O insensato gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já REPRESENTADO COMO CRUCIFICADO?” A palavra traduzida por “representado” significa: ENCENADO. O que ele quer dizer é que houve, diante dos olhos dos gálatas convertidos, membros da igreja daquela região, uma encenação da crucificação de Cristo. De que maneira? De certo, não se tratava de uma “peça teatral”, e sim, das duas ordenanças, o batismo e a ceia, através das quais Cristo é simbolizado claramente como morto por nossos pecados, sepultado, e ressuscitado. Em outras palavras, o evangelho COMPLETO é representado através dessas ordenanças. A identificação dos crentes como a morte, o sepultamento, e a ressurreição de Cristo também é demonstrado, ou declarado, através da sua PARTICIPAÇÃO PESSOAL. Ao participarem do batismo e da ceia, eles DECLARAM que desfrutam do benefício da obra de Cristo simbolizada nas ordenanças. I. A ceia do Senhor é restrita às regras estabelecidas pelo Senhor da ceia, Jesus Cristo

Freqüentemente se ouve no meio dos evangélicos o seguinte: “Mas a ceia é do Senhor; por isso, não se pode impor restrição nenhuma”. Diríamos em resposta, que não é certo se impor qualquer restrição DE ORIGEM HUMANA! Mas, afirmamos ainda que, sendo a ceia DO SENHOR, só ELE é quem poderá estabelecer os regulamentos, governando a celebração da mesma. A “mesa de Senhor” (I Cor. 10:21) é propriedade dEle, e certamente Ele tem o direito de mandar quanto à maneira e aos participantes da Sua mesa! Ninguém negaria ao dono da casa o direito de escolher AS PESSOAS QUE PODEM COMER Á SUA MESA! Quanto mais O DONO DA CASA DO SENHOR, Jesus Cristo, quanto ás pessoas que podem biblicamente COMER Á SUA MESA! Cristo não é um simples CONVIDADO A CEIA DO SENHOR! Ele é o ANFITRIÃO, o chefe, o dono, o SENHOR DA CEIA! Muitos tem lembrança de um pai exigente que tinha regras para os filhos que se sentavam à sua mesa: eles tinham que chegar de rosto e mãos limpos; tinham que usar de uma certa educação; enfim, quem não cumpria as exigências do pai, O DONO DA MESA, era obrigado a se afastar da mesa! Veremos

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nestes estudos quais as exigências do NOSSO SENHOR QUANTO Á MANEIRA E QUANTO AOS PARTICIPANTES DA CEIA DO SENHOR!

As vezes os evangélicos chamam a ceia do Senhor praticada pelos batistas de “ceia fechada”.

Na realidade, ela não é fechada contra ninguém! Pois qualquer pessoa DISPOSTA A ACEITAR AS EXIGÊNCIAS DA CEIA IMPOSTA PELO SENHOR TERÁ PLENO DIREITO DE PARTICIPAR! Ela está ABERTA para qualquer um que INGRESSE NA IGREJA DA MESMA MANEIRA QUE OS DEMAIS MEMBROS. Não temos o direito de RELAXAR nessas maneiras, tão nitidamente esboçadas no Novo Testamento.

Pontos para pensar: 1. Comente as duas maneiras em que os batistas pregam o evangelho. 2. Comente o sentido de Gál. 3:1.

3. Cristo nos deu a “CEIA DO SENHOR” e também é o ___________________ da ceia. 4. Quem tem direito de estabelecer as normas que devemos observar na ceia? 5. Porque, na realidade, a ceia não é “fechada”?

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Leitura Básica: Lucas 22:17-20 Texto Chave: I Coríntios 11:26 – “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anuncias a morte do Senhor, até que venha.” II. A ceia do Senhor é restrita quanto ao seu significado Alguém descreveu a ceia como um drama de dois atos, com quatro cenas em cada ato. Os dois atos envolvem: 1. O pão e o 2. O cálice. Realmente o cálice repte as MESMAS VERDADES SOBRE A MORTE DE CRISTO simbolizadas pelo pão. Cristo REFORÇOU essas verdades com uma DUPLA REPRESENTAÇÃO DA SUA MORTE. Vemos um exemplo disso já no Velho Testamento no caso dos Senhos de Faraó. No primeiro, o rei egípcio viu sete vacas formosas devoradas por sete vacas feias e magras (Gên. 41:2-4). Depois, sonhou de novo e viu sete espigas de trigo grandes e cheias, seguidas por sete miúdas e queimadas, as quais devoravam asa cheias (Gên. 41:5-7). Sendo chamadas para interpretar os sonhos, José declara: “O sonho de Faraó é um só...” (v.25), e “Que o sonho foi duplicado duas vezes a Faraó, é porque esta coisa é determinada de Deus, e Deus se apressa a faze-la” (v.32). Da mesma maneira, CRISTO DUPLICOU A VERDADE DA SUA MORTE ATRAVÉS DAS DUAS ENCENAÇÕES: uma com o pão, outra com o cálice. Quando o pastor estiver presidindo a celebração da ceia, cada membro da igreja DEVERÁ ENTENDER O SENTIDO de cada parte para poder participar de uma maneira inteligente. Examine-mos os dois atos desse “drama”: 1. Primeiro ato: O PÃO

a). Primeira cena: “O Senhor Jesus ... TOMOU O PÃO (I Cor. 11:23). O pão, ANTES DE SER PARTIDO, simboliza CRITO VIVO, antes da sua crucificado. O pão é chamado de PÃO “ÁZIMO” (I Cor. 5:8). Sendo sem fermento, o pão ázimo simboliza a PUREZA DE CRISTO. O cordeiro da antiga páscoa era guardado e observado durante alguns dias antes de ser sacrificado, para constatar que era um animal SEM DEFEITO (Êx. 12:3-6). Assim, Cristo,

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durante sua vida provou estar totalmente SEM MANCHA OU DEFEITO MORAL, em outras palavras, um homem PERFEITO, assim IDÔNEO PARA SERVIR DE SACRIFÍCIO PARA OS NOSSOS PECADOS! O próprio Pilatos foi obrigado a confessar: “Porque eu nenhum crime (falta) acho nele! (João 19:6). Cristo era “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores” (Heb. 7:26). Não conhecendo o pecado, Deus O FEZ PECADO (um sacrifício pelo pecado) POR NÓS para que FOSSEMOS FEITOS JUSTIÇA DE DEUS EM CRISTO (II Cor. 5:21).

b). Segunda cena: “TENDO DADO GRAÇAS” (I Cor. 11:24). Na oração do pastor

(ou de outro irmão na ocasião), nesta cena, o pão é CONSAGRADO OU DEDICADO para servir de SÍMBOLO DE CRISTO SENDO OFERECIDO A DEUS EM SACRIFÍCIO POR NOSSOS PECADOS. Deve-se notar que, em nenhuma hipótese tal oração MUDA A NATUREZA DO PÃO, como ensinam a igreja romana e certas igrejas reformadas. O pão não deixa de ser SIMPLES PÃO; Cristo NÃO ESTÁ MISTICAMENTE PRESENTE NO PÃO! Ao mesmo tempo, não devemos esquecer que através dessa simples ação de graças, o pão é separado de outros pães para SERVIR DE UM SÍMBOLO SAGRADO da pessoa, da carne, do corpo físico de CRISTO QUE FOI REALMENTE SACRIFICADO POR NÓS NA CRUZ.

c). Terceira cena: “PARTIU O PÃO”...(I Cor. 11:24). O partir do pão simboliza

CRISTO SACRIFICADO NA CRUZ: “Porque Cristo, nossa páscoa (nosso cordeiro pascoal) FOI SACRIFICADO POR NÓS” (I Cor. 5:7). O pão não pode ser comido sem que primeiro seja partido; da mesma forma, Cristo AINDA VIVO, antes da Sua morte, NÃO PODIA SALVAR-NOS! Não foi SUA VIDA EXEMPLAR, QUE ELE LEVOU AQUI NA TERRA, QUE NOS SALVOU! Não foi sua OBEDIÊNCIA AO PAI durante sua vida terrestre, pois essa vida perfeita simplesmente O PREPAROU PARA SER UM SACRIFÍCIO QUE DEUS ACEITARIA! Foi sua “OBEDIÊNCIA ATÉ A MORTE, A MORTE (VERGONHOSA) DE CRUZ” (Fil. 2:8) que nos salvou!

d). Quarta cena: “TOMAI, COMEI...” (i Cor. 11:24). O pão é repartido entre todos os

membros da igreja, significando que CADA UM, particularmente, É JÁ PARTICIPANTE DA VIDA ETERNA. Significa também que CADA PARTICIPANTE VIVE ALIMENTANDO-SE DIARIAMENTE DO “MANÁ” DO CÉU, através da oração e da meditação na palavra de Deus.

2. Resumindo, damos o segundo ato: O CÁLICE.

a). “TOMOU O CÁLICE” (I Cor. 11:25). Isso simboliza o SANGUE DE CRISTO ainda nas suas veias ANTES DA SUA MORTE. O sangue AINDA NÃO DERRAMADO NÃO PODIA SALVAR!

b). “O CÁLICE DE BENÇÃO (AÇÃO DE GRAÇAS)” (I Cor. 10:16). Trata-se da

consagração do cálice para servir de símbolo sagrado do SANGUE DO SALVADOR. c). “QUE É DERRAMADO POR MUITOS...”(Mat. 26:28). O suco derramado

(colocado nos calicezinhos) simboliza o sangue de Cristo derramado NA CRUZ. d). “BEBEI DELE TODOS” (Mat. 26:27). Isso significa a participação individual de

cada comungante PELA FÉ, na salvação comprada para nós pelo sangue de Cristo.

Pontos para pensar:

1. Qual a ilustração do Velho Testamento, dada na lição como exemplo do uso de dois atos na ceia ensinada as mesmas verdades?

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2. Qual o significado do pão, antes de parti-lo? 3. Explique o sentido do partir do pão. 4. Explique o sentido da distribuição do pão para todos os membros da igreja.

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Leitura Básica: o mesmo da anterior Texto Chave: o mesmo da anterior III. A ceia é restrita aos convertidos e batizados Segundo Atos 2:41-42, as pessoas só participavam do “partir do pão” (v.42) na igreja primitiva depois de terem “recebido de bom grado” a palavra do apóstolo Pedro, isto é, o evangelho pregado por ele, e terem sido batizados. Não se encontra caso algum, no Novo Testamento, de pessoas não convertidas e batizadas tomando a ceia. A ceia perde seu sentido no caso de tomarem-na pessoas ainda pecadoras e rebeldes, ainda não crentes, e ainda não batizadas. O sentido de comer o pão da ceia, e beber do cálice, como já explicado, é que cada comungante já possui o Espírito Santo residindo no seu coração, o que não seria o caso se não fosse realmente convertido, nascido de novo. Os batistas insistem nas comunhão na igreja de somente pessoas salvas, regeneradas. A salvação não consiste em um ato externo, como o ser mergulhado na água, ou o comer do pão. As ordenanças não salvam, nem ajudam as pessoas a serem salvas, mas sim, simbolizam a comunhão DOS SALVOS com o seu Senhor, Jesus Cristo! Alguém disse, com razão, que é mais fácil IR PARA O CÉU do que tomar a ceia dentro de uma igreja batista! A razão disso é que a salvação é algo INDEPENDENTE da igreja, sendo um ato de arrependimento e fé por parte do pecador. Até o “ladrão da cruz” foi para o paraíso no dia em que se converteu, nas últimas horas da sua vida tudo isso sem se batizar e sem se fazer parte de uma igreja! Mas para Ter o direito de participar da ceia, é necessário ser um CRENTE OBEDIENTE, aceitando o compromisso do batismo e da comunhão com seus irmãos numa igreja batista. IV. A ceia é restrita às pessoas sujeitas a disciplina da igreja celebrante A. A igreja local tem o dever e o direito bíblico de julgar se os participantes estão em condições de tomarem a ceia. O apóstolo Paulo deixa claro que os que tiverem pecados visíveis na sua vida devem ser disciplinados, para que a igreja esteja em condições de tomar a ceia. Ele afirma, que “um pouco de fermento faz levedar toda a massa” (I Cor. 5:6), o que quer dizer que a igreja torna-se responsável de guardar bem a pureza da sua comunhão, “tirando o iníquo dentre vós” através da sua disciplina, realizada em assembléia (I Cor. 5:1-5 , 12-13). Ele diz que a igreja não pode comungar com “devassos, avarentos, idólatras, maldizentes, beberrões, ou roubadores; com o tal nem ainda comais!” (I Cor. 5:11). Muitas pessoas afirmam que somente o indivíduo comungante tem direito de julgar sua aptidão para tomar a ceia, baseando-se em I Cor. 11:28. Mas, este versículo fala do auto-exame de CADA UM DOS MEMBROS DA IGREJA LOCAL (este caso, a de Corinto), e não tem nenhuma referência ao mundo em geral. Depois do JULGAMENTO PELA IGREJA da vida dos comungantes o crente deve, individualmente, examinar-se! B. Devemos lembra-nos que tomar a ceia em determinada igreja é privilégio do MEMBRO da igreja local. Mesmo um batista, ao visitar um igreja da mesma fé e ordem, não irá se ofender, se numa votação de culto de negócios, não lhe for permitido participar com seu voto! Ele já sabe que isto é um direito do membro da igreja local. Ficará ele ofendido, se lhe for negado o direito de tomar a ceia com a mesma igreja? Certamente que não, pois o participante da ceia também é direito só daqueles que vivem DEBAIXO DA DISCIPLINA DA IGREJA COMUNGANTE!

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C. Até certos batistas são partidários da prática de CONVIDAR a todos os crentes PRESENTES NA HORA DA CEIA, a que participem da mesma. Se abrirmos a ceia desta maneira, como poderemos EXCLUIR DA MESA DO SENHOR aquele que for EXCLUÍDO DE ALGUMA IGREJA CO-IRMÃ? Nem poderemos proibir até um membro EXCLUÍDO DA NOSSA PRÓRPIA IGREJA, pois ele poderá afirmar, “Sou crente, e me julgo em condições de tom ar a ceia!” Poderemos ver, assim a sabedoria divina em encarregar a igreja de conservar uma ceia PURA, servindo-a somente para seus membros que estiverem em plena comunhão com ela.

Pontos para pensar:

1. Como prova Atos 2:41-42 que só crentes biblicamente batizados podem tomar a ceia? 2. O que significa a frase, “Um pouco de fermento faz levedar toda a massa”? 3. Para quem Paulo dirige as palavras “cada um examine-se a si mesmo, e assim coma o pão...”? 4. Explique a comparação, feita na lição do direito de votar na igreja com o direito de participar da ceia. 5. Comente o mal proveniente da prática de se abrir a ceia “para todos os crentes”.

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Leitura Básica: o mesmo da anterior Texto Chave: o mesmo da anterior V. A ceia é restrita a uma igreja unida A igreja de Corinto tomava o que se chamava “a ceia do Senhor” com sérias divisões no seio dela, as quais ameaçavam destruir a unidade da igreja. Havia até “heresias” no meio dela (I Cor. 11:18-19). O apóstolo afirma que a ceia que eles celebravam não era a ceia do Senhor! (v. 20). A celebração da ceia naquelas condições a desvirtuava, e seu sentido ficava nulo. Através disto, pode-se concluir que uma igreja batista não pode celebrar a ceia junto com as pessoas de doutrinas fundamentais que diferem. È mais uma prova que a ceia não deve ser de natureza “ecumênica” ou “interdenominacional”. Pois, neste caso, pessoas de doutrinas conflitantes estariam a dizer, ao tomar a ceia, “somos unidos em doutrina”, o que seria uma mentira! A igreja local é “a coluna e a firmeza da verdade”, e não da confusão! (I Tim. 3:15). Como podem, então, pessoas que crêem na segurança dos salvos, comungar com pessoas que crêem que o crente pode perder sua salvação? Como podem os batistas imersionistas, comungar com os que crêem na aspersão? Como podem os batistas que crêem no batismo só de crentes, comungar com aqueles que “batizam” os bebezinhos? Neste caso, verdadeiramente, como disse Paulo, “vos ajuntais, NÃO PARA MELHOR, SENÃO PARA PIOR?!” (I Cor. 11:17). VI. A ceia é restrita aos membros do corpo local A. Paulo diz em I Cor. 10:17, “Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do esmo pão”. Este texto prova que as pessoas que “repartem” o pão ázimo da ceia dizem, por meio deste ato, que FAZEM PARTE DO MESMO CORPO! Se algum estranho, no meio, comer do mesmo pão, sem ser membro da igreja local, ele estará a anular o sentido da ceia.

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Sendo “do mesmo corpo” significa que o dominante vive DEBAIXO DA DISCIPLINA DA IGREJA COMUNGANTE! B. Através disso, vemos que a celebração da ceia não é um ato INDIVIDUAL, e sim, COLETIVO! Talvez seja isso o sentido do vers. “misterioso” de I Cor. 11:29, que diz que a pessoa que não come e bebe “dignamente” (de uma maneira bíblica), “não discerne o corpo do Senhor!” Quantos crentes tomam o que se chama de ceia sem, porém, discernir o símbolo do pão que nos diz respeito à UNIDADE DA COLETIVIDADE do grupo que está a celebrar junto a ceia. C. Vamos lembrar que a comunhão da ceia é com CRISTO E COM OS IRMÃOS DA MESMA IRMANDADE. Não se trata de um ato simplesmente SOCIAL. Quantos se ofendem quando um parente (mãe, etc.) não é convidada a participar quando de visita ao culto da ceia. È EM CASA, diz o apóstolo Paulo, que devemos “comer e beber” socialmente, mas a ceia do Senhor é sagrada e deve ser celebrada segundo normas estabelecidas por Cristo, através dos apóstolos inspirados pelo Espírito Santo. VII. A ceia é restrita a uma reunião da igreja assembléia Paulo diz que a ceia só deve ser celebrada “quando vos ajuntais NUM LUGAR” (I Cor. 11:20), e que eles deviam “se ajuntar para comer (a ceia), ESPERANDO UNS PELOS OUTROS” (I Cor. 11:33). Algumas igrejas, até de nomes batista, costumam levar algo da ceia para os membros enfermos ausentes. Isso Paulo aqui proíbe, deixando claro que o ato da ceia é um ato coletivo, e perde sentido sendo servido A UM INDIVÍDUO À PARTE DA IGREJA. Se a igreja quiser que um irmão enfermo participe, ela pode reunir-se na casa deste EM QUALIDADE DE IGREJA e assim tomar a ceia com a participação dele. Ponto para pensar: 1. Comente a necessidade de união da igreja para a celebração bíblica da ceia.

2. Como prova I Cor. 10:17, que somente membros do corpo local devem participar da ceia? 3. O que significa “discernir o corpo do Senhor”? 4. Qual a diferença da “ceia do Senhor” de uma ceia (jantar social)? 5. Comente a frase, “esperai uns pelos outros”.

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Digitalização: Daniela Caetano Pereira dos Santos Março/02