Be desafios

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A Biblioteca Escolar e os desafios no contexto da sociedade atual Um dos traços caracterizadores da sociedade é, sem dúvida, a mudança. Ela é constante e incontornável. Sendo a escola uma das entidades formadoras por excelência, ela e as suas estruturas devem preparar o cidadão para esta característica – a constante mudança – de forma a tornar os cidadãos mais aptos num contexto que, muitas vezes ainda se desenhará. A capacidade de procurar a informação de que necessita, de aprender e de resolver os seus problemas, as suas necessidades é essencial. Este é um desígnio fundamental da escola, no seu todo. De todas as estruturas da escola e, por isso, também da biblioteca escolar. Acresce que, na sociedade, as mutações são cada vez mais rápidas, que o paradigma tecnológico é uma realidade consolidada, que a constante necessidade de aprender é incontornável, que a informação é um instrumento de valorização pessoal e social, mesmo uma questão de poder. Uma sociedade com estas características requer ainda que os cidadãos tenham uma postura colaborativa. Estão constantemente a aprender, a ajustar-se à realidade, às oportunidades, mas também aos outros e às dinâmicas individuais e de grupo, integrando-se, agregando-se, diferenciando-se e criando novas dinâmicas, fruto das múltiplas necessidades e interesses. Esta sociedade requer, portanto, que se aprenda e produza com os outros, para os outros e, de forma cíclica colhendo e produzindo conhecimento que a cada um há-de servir. Daqui decorrem desafios importantes que a biblioteca escolar terá que enfrentar, dando-lhe resposta. De forma sintética elenco alguns: 1

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A Biblioteca Escolar e os desafios no contexto da sociedade atual

Um dos traços caracterizadores da sociedade é, sem dúvida, a mudança. Ela é constante

e incontornável.

Sendo a escola uma das entidades formadoras por excelência, ela e as suas estruturas

devem preparar o cidadão para esta característica – a constante mudança – de forma a

tornar os cidadãos mais aptos num contexto que, muitas vezes ainda se desenhará. A

capacidade de procurar a informação de que necessita, de aprender e de resolver os

seus problemas, as suas necessidades é essencial.

Este é um desígnio fundamental da escola, no seu todo. De todas as estruturas da escola

e, por isso, também da biblioteca escolar.

Acresce que, na sociedade, as mutações são cada vez mais rápidas, que o paradigma

tecnológico é uma realidade consolidada, que a constante necessidade de aprender é

incontornável, que a informação é um instrumento de valorização pessoal e social,

mesmo uma questão de poder.

Uma sociedade com estas características requer ainda que os cidadãos tenham uma

postura colaborativa. Estão constantemente a aprender, a ajustar-se à realidade, às

oportunidades, mas também aos outros e às dinâmicas individuais e de grupo,

integrando-se, agregando-se, diferenciando-se e criando novas dinâmicas, fruto das

múltiplas necessidades e interesses.

Esta sociedade requer, portanto, que se aprenda e produza com os outros, para os

outros e, de forma cíclica colhendo e produzindo conhecimento que a cada um há-de

servir.

Daqui decorrem desafios importantes que a biblioteca escolar terá que enfrentar, dando-

lhe resposta.

De forma sintética elenco alguns:

- Disponibilizar recursos de informação, suportados por tecnologias atuais, fomentando o

seu uso competente e integrando-as na aprendizagem;

- Desenvolver as diferentes competências literácicas como base da construção das

aprendizagens e do conhecimento;

- Articular-se com as diferentes estruturas da escola e com os docentes das diferentes

áreas do conhecimento de forma a tornar efetivas, integradas e significativas as

aprendizagens dos alunos;

- Ligar-se fortemente ao currículo, ao projeto educativo de escola e ao contexto

comunitário em que se move;

- Reformular-se, em termos de espaços, de forma a transformar-se em local de

aprendizagem e de construção do conhecimento, fomentando o livre acesso, a orientação

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das pesquisas, o uso competente das tecnologias (tanto no seu espaço físico, quanto no

espaço virtual) e o trabalho colaborativo e em rede;

- Estar atenta para abarcar todos, sem excluir ninguém, dando atenção a particularidades

sociais, culturais, linguísticas e a necessidades educativas especiais;

- Incrementar a sua presença em ambientes virtuais;

- Desenvolver práticas de gestão que reforcem os aspetos anteriormente referidos;

- Tornar sistemática a avaliação, a medição do impacto e da eficácia da sua ação (em

atitudes, comportamentos e competências) e desenhar e gerir processos de mudança

sustentados. Ou seja, terá que estar atenta, questionar-se, aprender e reformular-se.

- Assumir-se como uma mais-valia no contexto da escola e da comunidade, o que implica

saber o que faz, porque o faz, para onde vai e porquê. Implica escolher um caminho e

afirmar uma identidade.

- Por fim, deve comunicar bem - com os utilizadores, com a escola, com a comunidade.

João Rabaçal

Agrupamento nº 3 de Beja

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