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Revista beach&Co edição 113 - novembro de 2011

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Agora, também temserviços da Sabesp noPoupatempo de Caraguá.Assim você ganhamais tempo paraaproveitar como quiser.No Poupatempo de Caraguá você pode acessar o terminal e-poupatempo e pedir a segunda via da sua conta de água, consultar tarifas, conhecer os serviços da Sabesp e muito mais. Tudo fácil e rápido para você não perder o seu tempo na fila.Sabesp. A vida tratada com respeito.

Poupatempo: Av. Rio Branco, 955 - Bairro Indaiá - Caraguatatuba - SPDe segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas; sábado, das 9 às 13 horas.

9503/4 A REVISTA BEACH CO 210x280.indd 1 10/28/11 3:48 PM

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Agora, também temserviços da Sabesp noPoupatempo de Caraguá.Assim você ganhamais tempo paraaproveitar como quiser.No Poupatempo de Caraguá você pode acessar o terminal e-poupatempo e pedir a segunda via da sua conta de água, consultar tarifas, conhecer os serviços da Sabesp e muito mais. Tudo fácil e rápido para você não perder o seu tempo na fila.Sabesp. A vida tratada com respeito.

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Lixo na natureza, não mais!

Cineastas brasileiros em projeção

20 52

Foto Prism68/Shutterstock Foto Divulgação Phanton Films

Orquídeas 10

Cidadania 28

Porto 40

Saúde 46

Costa Norte Escola 56

Sustentabilidade 64

La Défense 68

Moda 78

Destaque 84

Coluna Chic 90

Flashes 94

Celebridades em foco 98

E mais...

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Info

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Capa

Orquídea Brasilaelia purpurata, comum no bioma Mata Atlântica

Foto Marcos Antonio Campacci

Foto Giuseppe Puorto

pág. 34Ilha Queimada Grande

Educação alimentar começa cedo

Visita ao Horto Florestal. Falta pouco

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Foto Khvost / ShutterstockFoto Fernanda Brito Paiva

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ao leitor

Sinônimo de paixão

E mais...

ANO X - Nº 113 - novembro/2011

Beach CoA R e v i s t a d o L i t o r a l .

A revista Beach&Co

é editada pelo Jornal Costa Norte

Redação e Publicidade

Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP

Fone/Fax: (13) 3317-1281

www.beachco.com.br

[email protected]

Diretor - Presidente

Reuben Nagib Zaidan

Diretora Administrativa

Dinalva Berlofi Zaidan

Edição

Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP)

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Diretor de Arte

Roberto Berlofi Zaidan

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Criação e Diagramação

PP7 Publicidade

www.pp7.com.br | [email protected]

Direção de Arte: Marcel Oliveira

Diagramação: Audrye Rotta

Marketing e Publicidade

Ronaldo Berlofi Zaidan

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Depto. Comercial

Aline Pazin

[email protected]

Revisão

Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP)

Colaboração

Edison Prata, Fernanda Lopes, Flávia Souza,

Fernanda Brito Paiva, Gabriela Montoro, Gisela

Bello, Lucia Bakos, Luci Cardia, Karlos Ferrera,

Mar Franz, Marcos Neves Fernandes, Renata

Inforzato e Vinícius Mauricio

Circulação

Baixada Santista e Litoral Norte

Foto Marcos Antonio Campacci

Foi mesmo em decorrência de uma paixão que ela nasceu na cidade de Anam, como conta uma lenda originada, provavelmente, na Indochina. A bela jovem Ho-an-Lan, fria e distante, desprezava a todos os homens que lhe ofereciam seu amor, levando-os, inclusive, ao suicídio. Um poderoso deus decidiu castigá-la, fazendo com que se apaixonasse pelo formoso Mun-Say, que a ignorou. Decidida a se vin-gar, procurou ajuda com uma bruxa, que, no entanto, transformou o jovem numa árvore de ébano. Durante muito tempo, Hoan-Lan chorou enlaçada à árvore, até que um deus dela se compadeceu e a transformou numa flor, cujo destino estaria para sempre ligado ao seu hospedeiro.

Esta flor é a orquídea, cujo nome origina da palavra grega orkhis, que significa testículo, outro dado exótico que permeia esta bela espécie de planta. Sua história data de milhares de anos, de acordo com o Centro Paulista de Orquidófilos (CPO), a mais antiga associação orquidófila do estado de São Paulo. No terceiro século antes de Cristo, as orquídeas já eram usadas na alimentação por conter supostos poderes afrodisíacos.

O fascínio do homem por esta planta atravessou os séculos e, até hoje, ela é ad-mirada e cultivada como uma preciosidade dentre as espécies vegetais. De formas, cores, texturas e tamanhos incríveis, sua variedade parece ser infinita, uma vez que, de tempos em tempos, descobre-se um novo tipo de orquídea.

Como a jovem Hoan-Lan, ela é difícil de cultivar, cresce distante no meio das matas, temperamental no trato, mas fascinante. Provavelmente, por tudo isso é que as orquídeas motivam tanta paixão.

Eleni Nogueira

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meio ambiente

fascínioSímbolo de

beleza e

Elas somam milhares de espécies naturais. E nem se enquadram nesta estimativa, aquelas ainda desconhecidas pela Botânica, nem as criadas pelo homo sapiens. Sim, fala-se aqui das orquídeas, as flores que fascinam por suas cores, formas, aromas e simbologia

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11Beach&Co nº 113 - Novembro/2011

Cultivar a espécie é um exercício re-laxante. Comprá-las (ou melhor, ganhá--las!) é um imenso prazer para homens ou mulheres, jovens ou maduros, aman-tes do verde ou seres urbanos. E nos dias atuais, as orquídeas exercem um papel especial na natureza, já que são sinôni-mos de bom equilíbrio ecológico do local onde desabrocham.

Estima-se que existam, aproximada-mente, 25 mil espécies naturais de orquí-deas no mundo, e a Colômbia figura como líder em quantidade de tipos conhecidos. No Brasil, a diversidade da planta é incer-ta, mas, segundo orquidófilos, varia entre 2,5 mil e 2,8 mil espécies naturais, ou cerca de 10% das catalogadas em todo o mundo.

No estado de São Paulo, a estimativa é de 900 tipos e o litoral paulista faz bonito

nesta avaliação. Por estar encravado em plena Mata Atlântica – maior biodiversida-de do planeta – abriga grande parte dessas riquezas vegetais.

Em Bertioga, por exemplo, pesquisas indicam existir mais de 150 espécies na-tivas. Algumas, inclusive, são raridades (Stanhopea guttulata, Pogoniopsis schenkii, Platystele oxyglossa, Pabstia modestior, Mor-molyca galeata, Cryptarrhena kegelii e Suda-merlycaste rossyi).

O mais animador é que sempre se descobre, na região, uma nova espécie, já que ela concentra o maior número de pesquisadores do assunto, seguida do Rio de Janeiro.

O taxonomista (especialista em identifi-cação de espécies) e diretor técnico do Cír-culo Paulista de Orquidófilos (CPO) – mais

Por Lúcia Bakos

Huntleya meleagris e Octomeria juncifolia

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antiga associação orquidófila do estado de São Paulo, de 1941 –, Marcos Antonio Campacci, já descreveu mais de 70 delas, desde 1983. O processo, ele conta, segue normas do Código Internacional de No-menclatura Botânica (publicação atuali-zada a cada conferência internacional da qual participam as maiores autoridades mundiais no assunto), entre outros que-sitos, como uma série de informações da orquídea em questão e a distribuição do Código Internacional por pelo menos meia dúzia de instituições oficiais de estudo de Botânica. Após todo esse pro-cesso, se aceita, a orquídea é reconhecida mundialmente. “A nominação da planta segue uma série de regras, mas, de ma-neira geral, é um binômio genérico/espe-cífico, em latim ou palavras latinizadas, acompanhado do nome do autor. Isso é para sempre, enquanto existir a huma-nidade, por isso, as pessoas fazem tanta questão de ter seu nome ligado a uma nova espécie. Uma questão de vaidade humana”, detalha Campacci.

Catesetum bertioguenseUma das descobertas de Campacci,

presidente do Núcleo Orquidófilo de Bertioga (NOB), criado em 2009, foi a

Brasilaelia purpurata, a “Rainha das Orquídeas”Presente de forma marcante nos limites do município de Bertioga,

a espécie é considerada por muitos a mais expressiva dessa família de plantas tão evoluída, as Orchidaceae. Majestosa, talvez seja com essa pala-vra que se deva resumir o grande rol de adjetivos usados para exprimir a beleza dessa espécie. Foi a principal responsável direta pelo surgimen-to da orquidofilia no Brasil. No sul do país, ainda é a maior propulsora das coleções. Sua ocorrência restringe-se aos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, na Mata Atlântica, até aproximadamente 200 metros de altitude. Apresenta inflorescências abundantes e com um grande número de variações de cores e desenhos. Essa enorme gama de variedades é que a torna objeto de desejo de colecionadores.

Fonte: revista NOB/2010

meio ambiente

Catesetum bertioguense

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Catesetum bertioguense, originária, como o nome indica, de Bertioga. A espécie, já conhecida de longa data, era confun-dida com outra natural de Minas Gerais. “Desde 2002 sabíamos tratar-se de coisa diferente e, quando da visita de um gran-de especialista internacional ao Brasil, ele confirmou nossa opinião, razão pela qual resolvemos descrevê-la, em homenagem à cidade de Bertioga, onde foi encontra-da primeiramente, na região de Boracéia. Ela encontra-se difundida por toda a fai-xa litorânea de Bertioga”.

Um dos objetivos do Núcleo de Orquidófilos de Bertioga é fazer com que a cidade seja conhecida como “A cidade das orquídeas”. Nesse senti-

do, o grupo realizou a fixação de 800 mudas de orquídeas pertencentes a es-pécies classificadas como criticamente ameaçadas de extinção, nas árvores do Parque dos Tupiniquins - entorno do Forte -, na Praia da Enseada, com destaque para a Brasilaelia purpurata e a Cattleya intermédia, bastante comum nas matas de Bertioga.

Entre os projetos do NOB, estão o de capacitação dos indígenas da Terra Indí-gena Ribeirão Silveira – situada na divisa entre Bertioga e São Sebastião –, para o manejo sustentável de orquídeas e bro-mélias, e o de implantação de um plano de educação ambiental nas escolas públi-cas da cidade.

Campaccia venusta, que leva o nome do orquidófilo Marcos Antonio Campacci (acima), descobridor da espécie

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meio ambiente

Paixão totalSão muitos os colecionadores e cul-

tivadores de orquídeas espalhados pelo mundo, inclusive em Bertioga. Em uma área de 2 mil m², o casal de den-tistas paulistano Celso e Solange Peres cultiva centenas de espécies de orquí-dea. Entre elas, pode-se encontrar até mesmo a Vanilla, da qual se origina a baunilha. Foi a partir dessa paixão do casal por orquídeas, inclusive, que se cogitou a criação do NOB. “Nossa ideia é fazer com que Bertioga seja conhecida como a ‘Cidade das Orquídeas’, já que há uma biodiversidade genética muito grande por aqui. Bertioga merece esse título, são mais de 150 espécies nati-vas”, assegura Celso.

Rodriguezia bracteataAnacheilium pachysepalum Vanilla chamissonis

Estudantes participaram da fixação de orquídeas nas árvores do Parque dos Tupiniquins, em Bertioga

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Um outro aficionado mora numa casa simples, localizada no bairro Vista Lin-da, mas que chama atenção devido a uma particularidade: vasos variados de orquídeas dispostos caprichosamente na varanda. O marceneiro João Ribeiro Soares Júnior, apaixonado por orquídeas há seis anos, conta que tal febre se deu a partir de um amigo orquidófilo que o presenteou com um exemplar. “Achei

uma planta fascinante, muito bela. Foi aí que veio minha febre pelas orquídeas”. E a filha dele segue os mesmos passos. De tanto presenciar o pai cuidando das orquídeas, Juliana Paiva Soares, de 12 anos, decidiu cultivar suas próprias es-pécies, em outro orquidário. Ela diz des-cobrir os gêneros por meio de revistas especializadas que ensinam a identificar os tipos de orquídeas.

João Ribeiro pegou a “febre das orquídeas” há 6 anos, quando foi

presenteado com um exemplarFo

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Inúmeras espécies de orquídeas e bromélias deram ainda mais vida às instalações do Forte São João, em Bertioga, entre os dias 4 e 6 de novem-bro passados. A III Semana de Orquí-deas e Bromélias, promovida pelo NOB (Núcleo Orquidófilo de Bertioga), em parceria com o comércio e prefeitura locais, estava supercolorida, devido à variedade de plantas expostas.

Grande público prestigiou o even-to, que ofereceu novidades aos seus visitantes, como oficinas de arte com pinturas em óleo sobre tela e cartões

de mensagens com temas referentes às plantas, e o oferecimento de rifas onde, claro, o prêmio era uma bela planta adulta de orquídea ou bromé-lia. Outro diferencial da edição deste ano foi a mostra fotográfica que ho-menageou a paixão dos bertioguenses pelas plantas. O material exposto foi resultado de trabalho realizado pelo Foto Clube Lentes Caiçaras, do mu-nicípio. Com a participação de várias associações de orquidófilos do estado de São Paulo, em especial, do litoral paulista, o evento contou ainda com

as já tradicionais oficinas sobre mane-jo e conservação das espécies e a pro-moção da educação ambiental, por meio do plantio de orquídeas nas ár-vores do Parque dos Tupiniquins, que fica no entorno do Forte.

Houve sorteios e venda de plantas, além de distribuição gratuita de revista que trata da biologia e conservação des-sas plantas no habitat da Mata Atlântica e, consequentemente, no de Bertioga, assim como a trajetória do NOB, que atua em prol da conservação das orquí-deas e bromélias.

III Semana de Orquídeas e Bromélias de Bertioga

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meio ambiente

Processo de vida Na natureza, as orquídeas ocorrem de três formas principais: terrestres, ru-

pícolas e epífitas. As terrestres se desenvolvem a partir do solo; as rupícolas se agarram às frestas das rochas, nas quais ocorre acúmulo de material orgânico e água, que lhes servem de alimento. Já as epífitas são espécies mais evoluídas. Vivem presas a outros vegetais (árvores, cactos, arbustos). Não são parasitas, apenas usam esses hospedeiros para se apoiar e buscar luz, sem extrair-lhes seiva. Alimentam-se via água que escorre pelos troncos e trazem consigo os nutrientes de que elas se alimentam, num processo muito lento.

Suas flores atraem polinizadores, principalmente insetos, que as fecun-dam e, com isso, criam as cápsulas de sementes que vão gerar novas plantas. Essas sementes são sempre carregadas pelo vento e, ao caírem em local com condições ideais, geram novas plantas.

O chamado “estresse” ocorre quando há um desequilíbrio violento nas condições ambientais, normalmente gerado pelos humanos. Mas as orquíde-as são muito resistentes e só morrem em condições extremas.

No caso de cultivo doméstico, costuma-se acondicioná-las em vasos ou recipientes especiais. Temos então que dar a elas o necessário à sobrevi-vência: água de boa qualidade (não clorada), adubo e boa incidência de luz e ventilação.

Agindo corretamente, teremos orquídeas saudáveis por muito tempo. Para quem é iniciante no cultivo, é aconselhável participar de reuniões orqui-dófilas, como o Núcleo Orquidófilo de Bertioga (NOB), onde boas informa-ções podem ser encontradas.

Fonte: Marcos Antonio CampacciCleistes libonii é um exemplo de orquídea terrestre

O estudante Henrique Felix Trin-dade, de 14 anos, também é fascina-do por orquídeas desde que acompa-nhou a mãe Marly Alves, em uma das reuniões do NOB. O interesse pela espé-cie foi imediato e, a partir de então, não largou mais a curiosidade pelos diferen-tes tipos da planta.

A dona de casa Marlene Kitamura, de 57 anos, diz: “A beleza das orquídeas

para mim é tudo, fico encantada. É a flor que mais admiro, ela é cheia de detalhes, é inexplicável a paixão por orquídeas”. Com mais de 50 mudas na residência, Marlene mostra quão grande é o seu fas-cínio pela espécie: “Deixo de comprar uma roupa e compro orquídeas. Gosto tanto que, se pudesse, colocaria uma mo-chila nas costas e viajaria por ai atrás de orquídeas”, conclui sorrindo.

O estudante Henrique Felix Trindade, de 14 anos, já é um grande cultivador de orquídeas

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meio ambiente

Com a sanção da lei 12.305/2010, foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Dessa forma, os municípios brasileiros têm que se enquadrar em suas

normas até o próximo ano. Na Baixada Santista, as cidades já se preparam para o devido tratamento de seus lixos. Enquanto isso, ações simples de

reaproveitamento de materiais descartados fazem toda a diferença

agora é coisa sériaLixo

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Por Vinícius Mauricio

Acabou a brincadeira. Sancionada em 2010, a Lei 12.305, que instituiu a Política Na-cional de Resíduos Sólidos no Brasil, estipu-la que os municípios têm até o próximo ano para enviar ao Ministério do Meio Ambiente seus planos para tratamento do lixo. Na prá-tica, as cidades da Baixada Santista e do país se mobilizam para se adequarem às novas normas. Os cidadãos conscientes, por sua vez, transformam o lixo em artigo de luxo.

Em pleno século XXI, consumista ao extremo, o lixo torna-se um fator decisivo para a população humana. Na concepção do sociólogo e assessor técnico do Fórum da Cidadania de Santos, Célio Nori, “a pro-blemática do lixo urbano, em seu ciclo de produção, coleta e destinação final, passa a ser um dos grandes desafios sócio-ambien-

tais a ser enfrentados”. Para ele, não se trata apenas de uma

discussão técnica ou política, é preciso re-ver hábitos. O lema “reduzir, reutilizar e reciclar” agora ganha mais força. Com a promulgação da lei, segundo o sociólogo, “todos devem estar preocupados. Não po-demos deixar de consumir, em função dis-so, é preciso diminuir a quantidade de lixo nos aterros, por questões ambientais, eco-nômicas, porque quanto mais lixo, maior desperdício de riquezas, e até de espaço”.

A lei estabelece, entre outros itens, o fortalecimento da coleta seletiva e o inves-timento em cooperativas de catadores. Na região, comenta Nori, há algumas iniciati-vas não consolidadas, mas em andamento. “Um grupo estuda criar uma rede litorânea

agora é coisa séria

• 4 bilhões de toneladas de lixo são produzidos no mundo, por ano;

• 2,5% desse total provêm do Brasil;• 2% do lixo orgânico urbano produzido no

Brasil passam pelo processo de compostagem;• 65% do lixo orgânico urbano produzido na

Índia passam pelo processo de compostagem;• 13% do lixo seco são reciclados no Brasil;• 3% da população mundial geram 5,5% do lixo

do planeta;• R$ 8 bilhões são perdidos anualmente devido

ao sistema falho de coleta e reaproveitamento de lixo no Brasil;

• 90% do material que retorna para o consumo provêm de catadores;

• 7 milhões de toneladas de lixo seco, por ano, seriam desperdiçados se não fossem os catadores;

• 39% do lixo produzido no mundo provêm da pecuária;

• 38% do lixo produzido no mundo decorrem da mineração;

• 19% do lixo produzido no mundo são gerados pela agricultura (equipamentos mecânicos, embalagens de pesticidas etc);

• 4% do lixo produzido no mundo vêm da indústria (maquinário obsoleto, óleos lubrificantes etc);

• 3% do lixo produzido no mundo são resíduos da construção civil;

• 2,5% do lixo produzido no mundo são resíduos sólidos urbanos (limpeza pública, resíduos comerciais, sólidos domiciliares etc).

Fontes: Mauricio Waldman (autor do Guia Ecológico Doméstico) e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea

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meio ambiente

para fortalecer a atuação dos catadores em trabalho. Participam do grupo Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Guarujá e Cubatão”.

Santos não participa desse grupo. Po-rém, a cidade tenta administrar sozinha seu problema. No município, explica o sociólogo, existem quatro iniciativas de grupos de catadores (duas antigas: uma formada por pacientes do setor de saúde mental, e outra por pessoas que atuam na coleta no centro de Santos. E duas novas, ainda em processo de implantação pela prefeitura local).

Uma das principais preocupações do município é com os resíduos da construção civil, já que, em decorrência do boom imo-biliário, Santos é a cidade com maior índi-

ce de verticalização do país, o que significa muito lixo vindo desse setor. E a Secretaria de Meio Ambiente projeta um plano para a destinação desse tipo de resíduo.

Na opinião de Nori, os poderes públicos das cidades precisam apoiar essas inicia-tivas, capacitar cidadãos e evitar o surgi-mento do que ele chama de “catadores de smoking”, ou seja, pessoas que tirem pro-veito do trabalho dos catadores.

LixõesEles devem acabar até 2014, segundo a

Política Nacional de Resíduos Sólidos. Até lá, a ideia é usar a coleta seletiva para di-minuir a quantidade de resíduos nesses lu-gares, até que deixem de existir. A logística reversa também deve ser pensada, comenta

Os lixões devem acabar até 2014. A ideia é usar a coleta seletiva para diminuir a quantidade de resíduos nesses lugares, até que deixem de existir

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Célio Nori revela que há estudo para criar

uma rede litorânea para fortalecer os catadores em

trabalho na região

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23Beach&Co nº 113 - Novembro/2011

Nori. Isso significa que os municípios preci-sam estudar maneiras de até mesmo o pró-prio consumidor saber onde depositar o lixo que produz para o reuso. “É uma responsa-bilidade compartilhada pelos produtores, comerciantes e consumidores, não pode simplesmente colocar o lixo na calçada”.

Este ano, o governo do estado de São Pau-lo sugeriu criar uma usina de incineração em Cubatão, para queimar o lixo que não pode ser reutilizado da região. Mas a ideia foi vetada pela administração da cidade. A incineração tem impactos ambientais e con-tra a saúde humana, já que a queima lança partículas tóxicas na atmosfera, segundo Nori. Além disso, não elimina a necessida-de de se obter novos recursos naturais. E pode prescindir, ainda, da coleta seletiva. O problema maior, salienta o sociólogo, é que os catadores da região acabariam perdendo seus empregos. “Alguns países europeus adotam a incineração, queimam alguns pro-dutos que não podem ser reaproveitados, mas é uma maneira predatória e não susten-tável. A Alemanha, por exemplo, já determi-nou o fim dos incineradores, o problema é que vende sua tecnologia para países emer-gentes”, ironiza Nori.

O Comitê de Gestão de Resíduos Sóli-dos formou-se em maio, depois que o Fó-rum da Cidadania de Santos, em parceria com outras instituições da cidade, realizou uma série de debates no 1º Encontro para Gestão de Resíduos Sólidos na Baixada Santista. Participaram do evento, repre-sentantes dos governos federal, estaduais e municipais, pesquisadores, organizações privadas e do terceiro setor, e cidadãos em geral. O Comitê tem se reunido mensal-mente para elaborar um documento, com

A lei estabelece o fortalecimento da coleta seletiva e das cooperativas de catadores

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base na Política Nacional para Resíduos Sólidos, que será enviado às prefeituras e Câmaras Municipais da região. O objetivo é suscitar discussões.

“Em reunião com a presidente da Con-desb (Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santis-ta), a prefeita de Guarujá Maria Antonie-ta de Brito, em outubro, solicitamos uma audiência pública com o estado, para que se explicitem os planos sobre os resíduos sólidos da região. E organizaremos o 2º En-contro para a Gestão de Resíduos Sólidos, no próximo ano, para que os municípios apresentem em que estágio estão com seus planos”, disse Nori.

Lixo que vira luxoUma caixinha de leite condensado que

vira caixinha de presente; coador de café usado que, seco, reveste potes descartados e banquinhos de madeira simples; sacolas plásticas que viram lindos jogos america-nos de mesa. Em Guarujá, o projeto Trans-formando Lixo em Luxo, da prefeitura, comprova que o lixo é coisa séria mesmo. O projeto começou em 2010, como explica seu idealizador, Pedro de Menezes do Nas-cimento, coordenador cultural e tecnológi-co da Secretária de Educação de Guarujá. “É um projeto dentro de um projeto maior: Biblioteca Cidadã. Além de ser um espaço para leitura, oferecemos à população a pos-

sibilidade de fazer seus documentos e par-ticipar de oficinas e cursos como o do lixo”.

Atualmente, quatro funcionárias rea-lizam os cursos e oficinas para as pessoas que vão até lá para aprender a reutilizar o lixo. E os estudantes da rede municipal de ensino participam do projeto, como forma de conscientização: “As crianças e adultos aprendem que destino diferente podem dar ao lixo. Os novos moradores do Con-junto Habitacional da Prainha, por exem-plo, vieram fazer o curso, quando se mu-daram para lá. É um projeto que pode ser aplicado em toda a escola”.

E o trabalho já rende bons frutos. Uma senhora deficiente visual, conta Nascimento, precisava de dinheiro para comprar comida: “Veio aqui e não tinha nem material para usar. Fornecemos as peças e ela passou a fazer os objetos com o lixo reciclável e vender; depois de um tempo, trouxe uma sacola que fez, para nós, em agradecimento”.

Regina Lucia Ferreira da Silva, 43 anos, participa do Transformando Lixo em Luxo e faz um trabalho belíssimo pin-tando telhas que encontra na rua. Para ela, a ação tem um papel fundamental: “Limpar o planeta.”

Serviço: a Biblioteca Cidadã fica na Rua Ceará, s/ n, Vila Alice, em Vicente de Car-valho. Fones: (13) 3341 7845/ (13) 3386 6041.

meio ambiente

Lei 12.305/2010 Ela institui a Política Nacional

de Resíduos Sólidos e dispõe seus princípios, objetivos, instrumentos, perigos, gestão política e responsabilidades. De acordo com a lei, todas as pessoas, tanto físicas quanto jurídicas, têm parte, direta ou indiretamente, na geração e no gerenciamento dos resíduos sólidos. Para outras informações sobre a lei, acessar o www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/ L12305.htm.

Pedro de Menezes e Regina Lucia, peças importantes do projeto social Transformando Lixo em Luxo

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O projeto social Tripulantes do Futuro já formou mais de mil alunos no segmento de cruzeiros marítimos. Além de ferramenta indispensável para a formação de mão

de obra qualificada na região, ele realiza sonhos e insere jovens num mercado de trabalho altamente gratificante

Por Flávia Souza

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Aos 18 anos, o vicentino Lucas Padi-lha Itói nunca havia saído do estado de São Paulo. Sua história começou a mudar quando ingressou no Tripulantes do Futuro – um inédito projeto de qualificação profis-sional desenvolvido pela prefeitura de São Vicente, que capacita jovens para o merca-do de trabalho, no segmento de cruzeiros

marítimos. “Fiz o curso porque sonhava em viajar, conhecer outros lugares”, diz. Depois de seis meses de aulas, concluídas no ano passado, Lucas fechou seu primeiro contrato e ficou nove meses em alto mar. Nesse período conheceu nove países, e, melhor ainda, recebeu por isso, já que ga-nhou mais de R$ 7 mil por mês.

Oportunidades em alto mar

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Lançado em 2008, o Tripulantes do Futuro foi criado para sanar uma lacu-na social em São Vicente. “Vimos que as pessoas que atendemos na creche e nos Centros Educacionais e Recreativos (CER), na adolescência, tinham crescido e queriam trabalhar, para ganhar seu pró-prio dinheiro. Então passamos a buscar um projeto de qualificação profissional, para aumentar suas chances de empre-go”, explica Márcia Garcia, secretária de Assistência Social e presidente do Fundo de Solidariedade de São Vicente.

Nesse mesmo período, na Baixada San-tista houve um aumento da movimentação de cruzeiros, com o consequente cresci-mento da busca por mão de obra qualifica-da, por parte das empresas do setor.

De acordo com a legislação brasilei-ra, as empresas que fazem suas rotas em águas nacionais devem empregar 25% de mão de obra nacional. “Percebemos, com a ajuda de Fabrício Britto, proprietário da escola de formação para o turismo marí-timo Fatto Brazil, que havia uma lacuna

naquele cenário e que poderíamos sanar”, revela Márcia.

A ideia deu certo. Em três tempora-das o curso formou mais de mil alunos. Atualmente, o projeto conta com dois pó-los na cidade, um na ilha e outro na área continental – este foi projetado de forma a acolher o aluno como se estivesse em um navio. Algumas das salas de aula são cabi-nes ou bares semelhantes aos dos transa-tlânticos, para que os participantes tenham uma intimidade maior com o ambiente de turismo marítimo.

Os alunos do projeto recebem aulas gratuitas de governança, garçon, recrea-ção, bartender e marketing pessoal. Além de preparar o jovem carente para traba-lhar em cruzeiros marítimos, as aulas tam-bém habilitam o estudante para atuar no setor de turismo, hotelaria, restaurantes, bufês e eventos.

Quando foi criado o projeto, a região só contava com duas outras escolas de formação para turismo marítimo. “Na-quela época, essas escolas chegavam a

Algumas das salas de aula são cabines ou bares semelhantes aos dos transatlânticos

Além de preparar o jovem para trabalhar em cruzeiros marítimos, as aulas também habilitam no setor de turismo, hotelaria, restaurantes, bufês e eventos

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pois fazia fotos de shows de amigos, consegui um contrato como fotógrafa no Ibero Grand Holliday”.

Quem também está prestes a realizar seu sonho é Lynda Grace Donato Oliveira Silva. Aos 30 anos, acaba de assinar seu pri-meiro contrato para trabalhar com turismo marítimo. Em sua primeira viagem, ficará embarcada durante nove meses. “Estou em-polgada, pois estou realizando um sonho”.

Apoio e futuroEm setembro de 2010, o projeto passou a

fazer parte da rede de Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs). A sigla faz parte do programa de Popularização e Difusão da Ciência e Tecnologia, do Ministério da Ci-ência e Tecnologia (MCT).

O programa federal entrou com recur-sos de R$ 1,5 milhão para ampliar o pro-jeto, que deverá atender, a partir de 2012, 600 jovens. Para oferecer maior e melhor estrutura para os candidatos, uma nova sede está em construção na Esplanada dos Barreiros. As obras da escola-navio contam com um projeto arquitetônico que imita as formas de um transatlântico e tem previsão de entrega ainda este ano.

Serviço: informações adicionais no site www.saovicente.sp.gov.br/tripulantes/in-dex.asp ou no tel.: (13) 3467 9118.

Juliana e Lucas já colhem os frutos do aprendizado

Projeto arquitetônico da futura sede imita as formas de um

transatlântico

cobrar dos seus alunos uma mensa-lidade de até R$ 750,00, ou seja, um valor inviável para grande parte da população”, diz a secretária.

Parceria de sucessoA criação do Tripulantes do Futuro

foi bem aceita pelas empresas marí-timas, que formaram parcerias com a administração municipal. Douglas Santos, recrutador da Royal Caribbe-an International, afirma que contratar uma pessoa diplomada pelo projeto tem um lado bem positivo e que sem-

pre é levado em conta. “Esses profis-sionais, geralmente, têm uma história de vida que faz toda a diferença. Por virem de um lar de baixa renda, têm uma característica importante: lutam contra as adversidades”.

Juliana Lima Arantes, 19 anos, formou-se ano passado no Tripu-lantes do Futuro, e é mais um exem-plo do sucesso do projeto. Ela apro-veita os poucos meses que ficará no Brasil para participar de um curso de fotografia. “Como sempre gos-tei de fotografar e tinha portifólio,

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meio ambiente

Longilíneas, discretas e fatais, elas dominam o ambiente e impedem o acesso de visitantes indesejáveis, nós, os humanos

Ilha da Queimada GrandeAs guardiãs da

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Por Flávia Souza

Os arredores da Ilha da Queimada Grande, em Itanhaém, são um dos lugares preferidos para a pesca amadora de peixes como caranhas, badejos e garoupas. Mer-gulhadores também costumam frequentar a área, onde as águas são claras, permitin-do a visibilidade do reino de Netuno em até 40 metros de profundidade, com direi-to, inclusive, de ver os restos dos navios mercantes Rio Negro e Tocantins, naufra-gados, respectivamente, em 1893 e 1933. Num dia de sorte, também é possível se deparar com golfinhos nariz de garrafa.

Mas, adentrar a Ilha da Queimada Grande não é nada convidativo. Na verda-de, o desembarque em terra é proibido. O motivo? Seus intratáveis habitantes, as ve-nenosas cobras jararacas-ilhoa.

Jamais um bioma teve protetores tão te-midos. Pescadores e mergulhadores sabem disso e respeitam a lei natural. Foram esses homens do mar, aliás, os responsáveis pelo nome da ilha. Cientes do perigo de desem-barcar em terra firme, eles ateavam fogo na mata costeira para afugentar as serpentes, tidas como pragas até pouco tempo atrás. Com isso, conseguiram batizar a ilha, mas

não ameaçaram o reinado das víboras.Parentes das jararacas continentais, as co-

bras da ilha possuem um veneno cinco vezes mais forte do que as da costa. Propagam-se informações de que a saliva das suas glân-dulas é a mais venenosa do mundo. Mas a bióloga Karina Kasperoviczuz, responsável pelo Laboratório Especial de Ecologia e Evo-lução do Instituto Butantan, esclarece: “A ilhoa só é mais venenosa que as outras es-pécies para as aves, não para os mamíferos.”

A ilha possui uma das maiores densida-des populacionais de víboras conhecidas no mundo. Localizada dentro de uma área de proteção ambiental (a APA de Cananéia - Iguape - Peruíbe), ela também é conside-rada Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), desde 1985. Das estimadas 15 mil cobras existentes na Queimada Grande, apenas cerca de 2.300 são da espécie ilhoa. As demais são jararaquinhas dormideiras - cobras não venenosas, que servem de jan-tar para a jararaca-ilhoa jovem.

São 430 mil m2 de área de Mata Atlân-tica, habitados quase que exclusivamen-te por serpentes. Também vivem ali duas espécies de morcego, duas de anfíbio, três

Das estimadas 15 mil cobras existentes na Queimada Grande, apenas cerca de 2.300 são da espécie jararaca-ilhoa (ao lado)

A ilha possui uma das maiores densidades populacionais de víboras conhecidas no mundo

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de lagarto e duas de réptil subterrâneo. Dentre as aves, só a curruíra e a cambacira fixaram residência no local. As demais aves marinhas só frequentam a ilha, assim como as 30 espécies de pássaros migratórios.

SobrevivênciaSabe-se que a maioria das cobras se

alimenta de roedores, mas, como a ilha não possui ratos, as ilhoas tiveram que se adaptar para sobreviver. A bióloga Karina Kasperoviczuz explica: “Elas desenvolve-ram características biológicas próprias, que as distinguem das outras jararacas. Como não há pequenos mamíferos terrestres na ilha, a alimentação da espécie é baseada no consumo de pássaros. Com isso, tornaram--se arborícolas e agem mais durante o dia, para facilitar a captura das aves.”

Outra distinção é a falta de camuflagem em sua coloração. As víboras da ilha são ama-relas e não se camuflam. “Acredita-se que isso acontece porque elas vivem num lugar onde também não há predadores”, diz Karina.

Considerada ameaçada de extinção pelo governo de São Paulo, a ilhoa só existe na

Queimada Grande. A quantidade de co-bras por metro quadrado na ilha assusta boa parte da população mundial, mas é um fator que também atrai a atenção de contrabandistas de animais silvestres, que capturam a espécie para vendê-la por cerca de US$ 30 mil a unidade, segundo pesqui-sadores do Butantan.

O preço alto é pago por excêntricos que desejam usar a serpente como bicho de esti-mação e também por alguns pesquisadores do mundo todo. Eles estão interessados em descobrir o que pode vir do caldeirão exis-tente nas glândulas das ilhoas. Profissionais do Butantan também realizam pesquisas com a espécie, mas ainda não há qualquer produção feita a partir desse veneno.

Farmácias vivasA indústria farmacêutica mundial vê

nossas serpentes como alguns dos tesouros da biodiversidade brasileira. Isso acontece porque as proteínas do veneno das jarara-cas têm alto interesse biomédico, devido às suas muitas possibilidades. Soros antio-fídicos são fabricados a partir das toxinas

A jararaca-ilhoa da Ilha da Queimada Grande é amarela e não se camufla

Parentes das jararacas continentais, as cobras

da ilha possuem um veneno cinco vezes mais forte do que as da costa

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encontradas em suas glândulas. Um im-portante medicamento para hipertensão também é produzido tendo como matéria--prima o veneno da jararaca.

Da cascavel, tira-se uma enzima que é usada para soldar tecidos biológicos. Fun-ciona como um tipo de cola de pele que substitui os pontos na hora de fechar feri-mentos ou cortes.

Como algumas das proteínas contidas nos venenos são exclusivas, os cientistas estudam o veneno na esperança de encon-trar outros tesouros, substâncias que levem à descoberta de novos produtos farmacêu-ticos. Eles estão focados na produção de analgésicos, remédios contra câncer e ou-tras doenças associadas ao coração, como a trombose. E não é apenas o veneno da ilhoa que está em estudo. Toxinas de cobras de toda a Mata Atlântica estão sendo analisa-das com afinco. Mas o tempo entre pesqui-sa e produto final pode levar décadas.

O trabalho dos pesquisadores mostra que, na medicina, a história é um pouco diferente da apresentada pela mitologia. Nesse paralelo, o animal que foi amaldi-çoado por oferecer o fruto à Eva, fazendo

com que a primeira mulher relatada na Bí-blia caísse em tentação, hoje é visto como um ser de inúmeras possibilidades. Seu ve-neno pode matar, mas também proteger e salvar vidas.

No continenteEstima-se que na Mata Atlântica, um dos

biomas mais ricos do mundo em diversida-de de fauna e flora, vivam mais de 150 espé-cies de cobra. A extensão paulista da Serra do Mar conta com 84, mas apenas seis das espécies são peçonhentas. Além da ilhoa, a jararaca, jararacuçu, jararaca de alcatrazes e dois tipos de coral. Algumas dessas espécies podem ser encontradas nas áreas urbanas, isso porque o rico mosaico ambiental em que elas vivem está cada vez mais reduzido.

Segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica “Alexandre Vranjac” (CVE), em 2010 foram registrados 1.752 acidentes por serpentes no estado de São Paulo. A Or-ganização Mundial de Saúde (OMS) estima que mais de 5,4 milhões de acidentes por animais peçonhentos ocorrem a cada ano.

Para combater os sintomas da picada e evitar a morte é preciso agir rápido, expli-

Jaracuçu, uma das seis espécies peçonhentas da porção paulista da Serra do Mar

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Giuseppe Puorto, diretor do Museu Biológico do Instituto Butantan

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ca o biólogo Giuseppe Puorto, diretor do Museu Biológico do Instituto Butantan. “Em caso de acidente com qualquer tipo de cobra é preciso, primeiramente, manter a calma para raciocinar e não fazer besteira”, alerta.

O segundo passo é lavar o local atingido com água e sabão, para evitar infecções se-cundárias. E só então procurar um serviço médico. “As pessoas têm que ter em mente que amarrar, fazer torniquete, sugar ou cor-tar o local atingido pode ser ainda mais pre-judicial. O ideal é que procurem o mais rá-pido possível o hospital de sua cidade para receber atendimento adequado”, diz Puorto.

Ele explica que, um ótimo atendimento é quando acontece entre seis e 10 horas após a picada, mas excelente mesmo, é entre três e quatro horas. “Quanto mais rápido for o atendimento, menores serão as sequelas”, diz. Ele ainda lembra que há um soro an-tipeçonhento específico para cada espécie de veneno. “O médico sabe qual soro usar pelos sintomas do paciente. Os sinais se di-ferenciam um do outro, o que dá clareza para o profissional de saúde.”

As informações dadas pela pessoa pica-da também ajudam a conhecer o animal que a atacou, isso porque cada serpente tem a sua característica. A maioria das jaracuçus, por exemplo, é terrícola e se alimenta de ro-edores. Já as jararacas são difíceis de enxer-gar, pois se camuflam no ambiente.

As corais costumam ser mais reservadas e se escondem em folhagens ou embaixo de pedras e troncos. “As cobras corais se dão ao luxo de aparecer com suas cores verme-lha, branco e preta, isso adverte quem está próximo. Assim, o número de acidentes com corais é de 0,5%, já com jararacas são mais de 90%”, revela Puorto.

Acima, a jararaca, responsável por 90% dos acidentes, devido a sua capacidade de se camuflar. Ao centro, a falsa coral e, ao lado, a coral verdadeira. Suas cores fortes evitam acidentes, já que são vistas com facilidade

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Nova Perimetral reordenará o viário da margem esquerda do porto de Santos, melhorando o fluxo de caminhões na área. O resultado: garantia de bem-estar para quem se desloca pela cidade

Por Luciana Sotelo

ao tráfegoOrganização e fluidez

O porto santista é responsável por es-coar 49% da produção nacional e 25% do comércio exterior. Pelo menos metade desta fatia passa por Guarujá, na margem esquerda do cais que, só no ano passado, movimentou 1.361.1113 toneladas. Em nú-mero de contêineres, responde por 56% do total de todo o complexo.

Atualmente, as mercadorias circulam em torno de um sistema viário local compos-to por apenas um corredor estabelecido ao longo do perímetro portuário numa exten-

são de, aproximadamente, 2,5 km, com sete grandes empresas instaladas nas imedia-ções. Juntas atraem, por dia, uma média de 3 mil caminhões, que circulam exclusivamen-te por um único acesso, a Rua Idalino Pinez, a conhecida Rua do Adubo. O resultado não poderia ser outro: caos viário e frequentes congestionamentos, com prejuízo aos mora-dores locais e a quem é obrigado a circular pela região. Um transtorno que parece estar com os dias contados, com o início das obras da tão esperada Avenida Perimetral.

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No início do mês de outubro, o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, esteve em Vicente de Carvalho para oficializar esta construção, que implica, em sua primeira etapa, na segregação do tráfego pesado e veículos urbanos, por meio de cinco pistas expressas isoladas e restritas à demanda portuária. A obra terá 1.600 m de exten-são (excluindo-se a rotatória, vias refor-madas após a rotatória e os viadutos) e foi contratada com recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC), administrados pela Secretaria Especial de Portos da Pre-sidência da República (SEP). Orçada em R$ 51 milhões, o empreendimento está sendo executado por meio de um contrato com a Constran, assinado em 30 de junho.

De acordo com a Codesp, o projeto possi-bilitará a maior oferta de espaço para tráfe-go de caminhões de carga, em comparação

com as atuais 4 faixas de rolagem da Avenida Santos Dumont, além da separação entre ve-ículos de carga e passageiros. “Será uma flui-dez maior na movimentação de ambos, além da possibilidade de aumento do fluxo de caminhões que entram e saem dos terminais portuários da margem esquerda”, aponta Paulino Moreira Vicente, diretor de Infraes-trutura e Execução de Obras da estatal.

A segregação do trânsito se dará com o alargamento da Avenida Santos Dumont. Além disso, vão ser eliminados os ‘nós’ rodoferroviários. “Serão construídos dois viadutos e uma rotatória de distribuição na área de acesso aos terminais. Com a implantação de um novo circuito de aces-so e saída, ou seja, com a construção dos viadutos, será eliminado um dos principais gargalos na região, representado pelo cru-zamento em nível do atual sistema rodo-ferroviário”, explica Paulino.

Tanto os caminhões quanto as composições ferroviárias serão beneficiados com o fim das filas duplas e dos cruzamentos em nível do atual sistema rodoferroviário

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“Muito foi feito pelos terminais como o agendamento de carga, a implantação da mão inglesa e manutenção da própria Rua do Adubo até que a Codesp con-tratasse a obra da Perimetral, mas todas essas ações foram medidas mitigatórias, pois a solução está na construção dos viadutos. Tanto os caminhões quanto as composições ferroviárias serão benefi-ciados com o fim dos cruzamentos em nível”, afirma Washington Flores, diretor executivo do Tecon Santos, maior termi-nal de contêineres do complexo, respon-sável por uma movimentação média de 112,5 mil TEUs/mês.

Em 2010, a empresa escoou cerca de 15 milhões de toneladas de cargas de impor-tação e exportação e, segundo Flores, um acesso mais dinâmico vai garantir con-dições adequadas de tráfego para que a Santos Brasil movimente cada vez mais e,

assim, o volume de cargas do porto de San-tos possa continuar crescendo e impulsio-nando a economia brasileira.

Segundo tempoNuma segunda fase, estão previstas

melhorias na Rua Idalina Pinez (Rua do Adubo) desde o acesso da Rodovia Cône-go Domênico Rangoni até a Avenida San-tos Dumont, onde estão os acessos aos ter-minais e instalações portuárias. Enquanto durar essa etapa, o tráfego será desviado para o trecho portuário já remodelado. As vias contarão com iluminação, paisagismo e sinalização. Está projetada, também, a construção de uma ciclovia junto às pistas para tráfego urbano. Ao todo, as duas eta-pas da obra se estenderão por um período de até 18 meses. “Nossa expectativa é que os serviços terminem em janeiro de 2013”, aponta Paulino.

Nova PerimetralA prefeitura de Guarujá participou ativa-

mente do projeto. A prefeita Maria Antonieta de Brito lembra que, ao assumir a Adminis-tração em 2009, percebeu que o projeto inicial da Perimetral possuía graves problemas que precisavam ser equacionados a fim de não prejudicar a população local. “Nosso maior desafio, na ocasião, foi mostrar ao então mi-nistro dos Portos, Pedro Brito, que a Avenida Perimetral teria de ter seu tráfego de cami-nhões segregado do tráfego urbano, e que não poderíamos aceitar a perenização da Rua do Adubo”, conta Antonieta.

Por conta disso, a Nova Perimetral foi ela-borada por técnicos da prefeitura e garante a segregação do tráfego de veículos pesados em área diferente do fluxo de veículos leves e, além disso, devolverá a Rua do Adubo aos moradores do Jardim Boa Esperança.

Em outubro, o ministro dos Portos, Leônidas Cristino,

esteve em Vicente de Carvalho para oficializar a

construção da via Perimetral

Margem esquerda do cais, no Guarujá, responde por 54% da movimentação de contêineres

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Crianças e adolescentes também fazem parte da população de 18 milhões de brasileiros atingidos por esse mal. Os pais precisam ficar atentos aos sintomas, para que não os confundam com manha infantil

Por Gisela Bello

Enxaqueca

Jaqueline Araújo Machado da Silva, 13 anos. Mickael Pedro Santos da Silva, 11 anos. Apesar de terem o mesmo sobreno-me, não são parentes e nem se conhecem. Fazem parte de um grupo de adolescentes que já sabe muito bem o que é a enxaqueca.

Rosângela de Araújo, mãe da Jaqueline, diz que as dores da filha começaram quan-do a menina tinha seis anos. Os sintomas eram dor na testa e nos olhos, olheiras acentuadas e uma grande indisposição. Na época, a família achou que fosse problema de visão e procurou um oftalmologista, que não diagnosticou nenhum problema.

As dores continuaram e após várias consultas a médicos, no Hospital São Pau-lo, veio o diagnóstico correto: Jaqueline

sofria de enxaqueca. Com algumas medi-cações, receitadas pelo médico, e alimen-tação regrada, as dores de Jaqueline dimi-nuíram. Hoje as crises passaram e ela vive uma vida normal.

A mãe de Mickael, Elisângela dos Santos, conta que as dores do menino começaram quando ele tinha oito anos. No começo, ela achou que fosse manha, desculpa para não fazer lição, nem estudar. Mas a intensidade das queixas deu o alerta. “Às vezes, a dor era tão forte que meu filho batia a cabeça na parede, se fechava no quarto e preferia sempre ficar em ambientes escuros”, lembra Elisângela. Na escola, professores também perceberam modificações no garoto, e o en-caminharam a um psicólogo. Observando a

também

na infância

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gravidade do caso, a psicóloga aconselhou a família a procurar um neuropediatra. Vá-rios exames foram feitos e o diagnóstico foi de sinusite, rinite e enxaqueca. Desde então ele toma medicações prescritas pelo neuro-pediatra para amenizar a dor. Mickael tam-bém precisou cortar do cardápio alimentos e bebidas com corantes.

CausasCefaleia ou dor de cabeça, como é mais

conhecida, é apenas um sintoma, que pode ser causado por muitas condicionantes. Se-gundo especialistas, há mais de 150 tipos diferentes desse mal. A causa mais fre-quente é a enxaqueca, que afeta cerca de 11% da população de países ocidentais, e no Brasil atinge, aproximadamente, 18 mi-lhões de pessoas.

O neuropediatra da Unifesp Marcelo Masruha explica que a dor de cabeça pro-vocada pela enxaqueca, em muitos casos, é unilateral, do tipo latejante e de intensi-dade forte. As dores podem se intensificar com atividade física, mudança da posição da cabeça e esforço mental. Durante as cri-ses é comum náusea, vômitos e intolerância à luz, sons e odores.

Mas o que leva uma pessoa a ter enxa-queca? Fatores emocionais, alimentares, mudanças no horário de alimentação ou sono e exposição ao calor excessivo estão entre os fatores apontados pelos médi-cos. Também é muito comum indivíduos da mesma família apresentarem Cefaleia com as mesmas características, esclarece Marcelo Masruha.

Na infância, como explica o pediatra da Unifesp Domingos Palma, as primeiras crises de enxaqueca geralmente acontecem entre os 6 e os 10 anos ou na adolescência. Segundo ele, é muito comum as crianças queixarem-se de dor de cabeça e ressalta

As primeiras crises de enxaqueca geralmente acontecem entre os 6 e

os 10 anos ou na adolescência

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a importância de o médico saber identifi-car a origem da dor e o histórico familiar da criança. Mais de 50% dos parentes dos pacientes atendidos pelo médico também apresentam quadro de enxaqueca.

Ele diz que a função do pediatra é pes-quisar o que acompanha e o que antecede essa dor. Outro ponto alertado é para que os pediatras, que fazem a linha de frente no atendimento às crianças e adolescentes, de-vem observar se a dor de cabeça possa ter causas secundárias ou sintomáticas, que podem estar atreladas a alguma doença associada a outras estruturas faciais ou cra-nianas, pescoço, olhos, orelhas, seios para-nasais e dentes. “A primeira pergunta que eu faço para os meus pacientes e para os pais é: a dor de cabeça está interferindo no dia a dia ou não? Se a resposta for negativa eu receito uma medicação, caso contrário, encaminho para um neuropediatra.”

O tratamento pode ser aplicado de três

formas, explica Masruha: não medicamen-toso, que consiste em se identificar os fa-tores desencadeantes e evitá-los, quando possível; o tratamento das crises, que pode ser feito com medicamentos de classes di-versas, de acordo com a intensidade das crises e de seu padrão particular de respos-ta aos remédios; e o tratamento preventivo, para os pacientes com crises frequentes ou intensas, nas quais várias classes de medi-camentos podem ser utilizadas.

Pesquisa realizada por Masruha, na Uni-versidade Federal de São Paulo, apontou uma maior frequência dos diagnósticos de depressão e transtornos de ansiedade em crianças e adolescentes, na faixa dos 10 aos 19 anos, com enxaqueca. “A partir desses resultados podemos ter um olhar diferen-ciado para um problema nessa faixa etária, fazendo com que os médicos identifiquem e tratem adequadamente esses males”, re-sume o médico.

Fatores emocionais, alimentares, mudanças no horário de alimentação ou sono e exposição ao calor excessivo estão entre os fatores que provocam a enxaqueca infantil. É importante que o médico saiba

identificar a origem da dor e o histórico familiar da criança

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arte

Curta-metragem produzido em Praia Grande classifica-se entre as cinco melhores produções no concorrido Festival de Cinema

Possible Futures Film Contest, na Califórnia (EUA)

em destaque internacional

Jovenscineastas

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Por Flávia Souza

“Existe uma linha que separa dois mun-dos. Em um típico cenário urbano, uma bela jovem se depara com uma situação inespera-da, na qual ela tem a opção de poder mudar a realidade”. Assim a equipe da Phanton Films define a mensagem contida do curta-metra-gem Coss The Line, destaque no Festival de Cinema Possible Futures Film Contest, realiza-do na Califórnia (EUA), no final de julho. A produtora de Praia Grande, única represen-tante da América Latina, teve o mérito de ver seu filme classificado entre os cinco melhores da categoria Human Fulfillment, concorrendo com produções de 44 países.

O feliz desfecho coroa um trabalho ini-ciado há oito anos, quando o publicitário e fotógrafo Alyson Montrezol começou a re-alizar filmes para clientes. Primeiro atuou como diretor de fotografia em documentá-rios e curta-metragens, mas logo foi “picado pelo bicho do cinema” e passou a dirigir e produzir seus próprios filmes.

Desde então, seu panorama profissional mudou e o currículo do jovem de 33 anos, que também é professor universitário, conta hoje com 15 produções, sendo que três rece-beram premiações em festivais nacionais.

Cross The Line é uma delas, e, além de classificar-se entre os cinco melhores no Possible Futures, também ficou entre as pri-meiras no 9º Curta Santos, realizado em se-tembro passado. “O filme foi muito bem pro-duzido e merece destaque pela qualidade e profissionalismo. Não deixa nada a desejar para produções das grandes cidades”, decla-rou José Claudio Pimentel, diretor de Comu-nicação do Festival Curta Santos. Segundo ele, o evento deste ano contou com cerca de 250 produções; dessas, aproximadamente 30 mostraram um trabalho de qualidade. “En-tre elas destacamos obras como a apresenta-da pela Phanton”.

Por dois anos consecutivos a produtora, por meio de seus diretores, foi premiada no festival santista. Em 2010, levou o prêmio de Melhor Direção de Videoclipe na categoria Brasilis e, em 2009, recebeu o prêmio na ca-tegoria Olhar Caiçara Universitário.

O curta deste ano, que aborda a desi-gualdade social, foi rodado nas ruas do cen-tro histórico de Santos e na cidade de São Paulo. Dirigido por Montrezol, com argu-mentos e trilha sonora de Matheus Ortega, a película contou com vários profissionais

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O diretor Alyson Montrezol, o músico Matheus Ortega e o diretor de fotografia Allan Montrezol

Primeiro longa da equipe, previsto para 2012, contará histórias de superação. Documentário começou a ser rodado no Haiti

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arte

da região no elenco e nos bastidores. “Acre-dito que a Baixada Santista tem potencial para se tornar um pólo cinematográfico”, afirma o diretor.

Reflexão socialDe acordo com Montrezol, a proposta de

Cross The Line é fomentar uma reflexão sobre a indiferença dos jovens em relação à socie-dade. “A ideia é incentivar o jovem a sair da apatia e cruzar a linha, fazer a diferença no mundo. Ainda acredito em um futuro me-lhor”, enfatiza.

Com aproximadamente seis minutos, o curta foi produzido com apoio do Global Changemakers, programa internacional patrocinado pelo Conselho Britânico, uma organização oficial do Reino Unido que de-senvolve várias iniciativas educacionais e culturais, como incentivo ao ativismo social de jovens em prol da comunidade.

O social, aliás, é uma das bandeiras do jovem cineasta, que planeja lançar em 2012 seu primeiro longa, no qual contará histórias de superação. No documentário, que come-çou a ser rodado no Haiti dois meses após o forte terremoto assolar o país no início de 2010, Montrezol mostrará fases da vida de algumas pessoas, da tragédia à superação. Para tanto, já fez três viagens ao país e plane-ja fazer outras duas captações, para só então finalizar e montar a película.

“O teaser dessa produção já pode ser encontrado na internet. O filme não fala so-bre a tragédia, porque isso todo mundo já mostrou. Meu enfoque é a esperança. Quero mostrar que mesmo naquela situação de ex-tremo caos, existem pessoas que ainda têm vontade de viver, que não perderam a fé e a

esperança na reconstrução de um país dig-no. Desejo sensibilizar e contagiar os espec-tadores com motivação”, explicou.

Projeções A ideia de documentar o Haiti e suas ne-

cessidades é anterior à tragédia, mas Mon-trezol mudou seus planos após janeiro de 2010. “Quando fomos ao país, sabíamos o que iríamos encontrar, mas quando nos de-paramos com todo aquele caos houve um choque muito grande. Além da fome, que é terrível, as pessoas não contavam com água encanada, luz elétrica, serviço de coleta de lixo. O país parou. A sujeira e o esgoto trans-bordavam nas ruas. Era uma miséria muito grande numa cidade que é metrópole, uma situação difícil de descrever”.

O diretor, que está produzindo o docu-mentário com recursos próprios, foi ao país acompanhado de sua equipe, composta pelo músico Matheus Ortega, pelo diretor de fo-tografia Allan Montrezol e pelo editor de imagens Leandro Prado.

O impacto da situação foi tanto, que ins-pirou Ortega na composição da música Re-volução do Amor, premiada ano passado no Curta Santos, e também por Cross The Line. “Dois projetos premiados nasceram como re-sultado dessa viagem ao Haiti. O curta tam-bém tem nos rendido ótimos resultados, já que muitas outras pessoas em todo o Brasil têm usado o filme na abertura de conferên-cias. Quero gerar reflexão e inquietação para as pessoas através da minha arte”, almeja o produtor.

Serviço: para conhecer melhor o trabalho da Phanton Films, acesse www.phanton.art.br.

O Possible Futures Film Contest define-se como um con-curso mundial de filmes sobre visões de um futuro positi-vo para a humanidade. É um evento cinematográfico novo e ousado, que desafia cineastas de todo o mundo a contar histórias que estimulem reflexões e mudanças benéficas nas pessoas, no planeta e em seus ecossistemas. O concurso não classifica os filmes em categorias convencionais, conforme

gêneros ou estilos, mas sim de acordo com temas sociais. Vale lembrar que a comis-são julgadora, que conta com profissio-nais renomados na área cinematográfica, escolheu 20 filmes (sendo cinco em cada uma das quatro categorias) e premia-ram dois, além dos escolhidos pelo júri popular. Teorica-mente, todos os finalistas foram considerados vencedores.

Concurso

Além de classificar-se entre os cinco melhores

no Possible Futures, a produção também ficou entre as primeiras no 9º

Curta Santos, realizado em setembro passado

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Grande expectativa antecede o evento de premiação da terceira edição do Projeto Costa Norte Escola: Comunicando para Educar, responsável pela mobiliza-ção de estudantes do ensino fundamental do 1º ao 5º ano, na elaboração de fra-ses, poesias, redações, desenhos e cartazes alusivos ao tema sustentabilidade.

A cerimônia será no Sesc-Bertioga, no dia 9 de dezembro, a partir das 19h30. Entre os convidados de honra aguardados, destaque para o governador Geraldo Alckmin, o secretário estadual de Meio Ambiente Bruno Covas, a pre-sidente da Sabesp Dilma Pena, e demais autoridades estaduais e municipais.

A segunda edição do projeto, realizada no primeiro semestre do ano, contou com 4.100 trabalhos e a expectativa para este semestre é de supe-rar a marca. O responsável pelo projeto, o diretor do Sistema Costa Norte de Comunicação, Roberto Zaidan, afirma: “Não só o número de trabalhos aumentou desde a primeira edição, como também é visível a melhora na qualidade dos trabalhos dos alunos, graças ao empenho dos coordenadores, professores e diretores de ensino da rede municipal”.

O projeto conta com patrocínio da Sabesp e apoio das empresas: Sesc--Bertioga, Terracom, Ramon Alvares, Incorporadora Mare, Fafex Transpor-tes, Zogbi Engenharia e Construtora Costa Hirota.

educação

em sua terceira premiaçãoCosta Norte Escola

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Professora Maria Marta do Nascimento, Bianca Costa, vencedora na categoria poesia, na 2a edição do concurso, e Roberto Zaidan

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turismo

O Parque Ecológico Voturuá, em São Vicente, uma das últimas reservas de Mata Atlântica em área urbana do país, com cerca de 850 mil metros quadrados, e que abriga, inclusive, um zoológico, deve ser reaberto em janeiro

Pulmão verde

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turismo

A correria das grandes cidades mui-tas vezes nos faz esquecer a importância de estarmos em contato com a natureza. Pulmão verde de São Vicente, o Parque Ecológico Voturuá, local de grande beleza natural, é propício para quem quer fazer o caminho de volta.

A boa notícia é que este, que sempre foi um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, está prestes a ser reaberto. A data é janeiro próximo, como parte das comemo-rações de aniversário da cidade, dia 22.

Ficou fechado por quase dois anos para reformas, período em que foram

executadas melhorias no zoológico (equi-pamento com cerca de 150 animais, per-tencentes à nossa fauna e também de outros países, tais como um hipopótamo e leões), bem como no paisagismo, ilumi-nação e drenagem.

Foram construídos no local um centro de atendimento ao turista e um quiosque para crianças. Dentre as atrações manti-das no espaço, figuram um pesque-pague e o Museu dos Escravos (que permanece-rá desativado para reformas). A qualida-de do som é garantida pela trilha sonora composta pelos pássaros da região.

Por Fernanda Brito Paiva

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Zoológico conta com cerca de 150 animais, como leões, onça-pintada e hipopótamo

Em 2009, o Conselho Municipal de Defe-sa do Meio Ambiente de São Vicente apro-vou a abertura de trilhas que somam mais de três mil metros de extensão e envolvem uma área entre o morro do Voturuá e o do Itararé. A liberação das trilhas, segun-do Brito Coelho, secretário de Turismo da cidade, também está prevista para janeiro. “A abertura do parque já deve ocorrer com esse novo produto turístico”.

O principal objetivo do projeto é pro-mover o turismo ecológico e enfatizar a im-portância da preservação da Mata Atlânti-ca. A bióloga Carla Cerqueira explica que

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turismo

um estudo da fauna nativa foi feito a fim de identificar as espécies que ali habitam. As intervenções estão sendo realizadas de modo que causem o menor impacto possí-vel ao habitat desses animais. “Nas trilhas, será possível observar diversas espécies de pássaros, como tucanos, entre outras aves, além de lagartos, saguis e outros animais silvestres da região”.

A diversão é para toda a família. A Tri-lha do Bicho Preguiça tem 1200 metros, e a da Pedreira, 900 metros, sendo de média dificuldade. O percurso leva até o alto da

Pedreira, onde está a Trilha do Pico do Urubu (360 metros).

Faz parte do projeto a recuperação de uma antiga casa que será um ponto de ob-servação de pássaros. As visitas serão mo-nitoradas por guias capacitados a fornecer informações sobre a vegetação e fauna do bioma Mata Atlântica.

Serviço: o Parque Ecológico do Voturuá funcionará de terça-feira a domingo, e feria-dos, das 8h00 às 18h00. Entrada pela avenida Anita Costa, Bairro Voturuá - São Vicente.

Visitante terá opção de passeio monitorado por trilhas localizadas entre o morro do Voturuá e o do Itararé

Depois de dois anos fechado para reformas,

reinauguração do parque deve acontecer como parte

das comemorações do aniversário da cidade

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ser sustentável

Tem lixo aí na sua casa? Pois eu aposto que não. Você duvida? Pois bem, em média, uma família brasileira (quatro pessoas) gera o equivalente a pouco mais de um quilo de matéria-prima por dia. Não há nenhum lixo ali. Aliás, a própria palavra ‘lixo’ precisa ser reinterpretada

Por Marcus Neves Fernandes

O dicionário dá as seguintes definições para lixo: tudo aquilo que perdeu o valor e pode ser jogado fora; sujeira, porcaria. Com base nisso, podemos chegar à conclu-são de que o lugar daquilo que chamamos de lixo não é no lixo, definitivamente. Do ponto de vista da sustentabilidade, o que fazemos hoje com nossos resíduos domés-ticos é algo que, no futuro, nossos descen-dentes vão ficar horrorizados.

Hoje mesmo, dependendo do país que você visite, enviar o lixo para aterros já é

considerado um enorme desperdício, tanto de dinheiro como de recursos naturais. O que, para muitos, ainda é uma utopia, o cha-mado ‘Lixo Zero’ já está na pauta de muitas nações, cidades, edifícios e empresas.

Aqui mesmo no Brasil, que ainda con-vive com centenas de lixões a céu aber-to, diversos pesquisadores demonstram o potencial contido em nossos descartes diários. O plástico, por exemplo, pode ser inteiramente recuperado, seja para fabricação de novas resinas, seja para a

A utopia do

lixo

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produção de outros produtos, como a chamada madeira plástica. Com ela, é possível fabricar postes, cavaletes, pla-cas, pisos, revestimentos de parede, tam-pas de bueiros, móveis e até dormentes para trilhos de trem.

Além disso, uma tonelada de resinas recicladas propicia uma economia de 5,06 MW/h, o suficiente para abastecer mais de 10 mil residências. Então, combinamos que o plástico está fora do lixo, certo? Muito bem, vamos agora ver o vidro. Um quilo de vidro ao ser reciclado se transforma em um quilo de vidro. Não há perda. Ele é 100% reaproveitável. E mais: um quilo de vidro reciclado gera uma economia de energia elétrica da ordem de 640 KW/h. Tiramos o vidro da lixeira.

Metais? Bom, faça um teste. Tente en-contrar uma latinha de alumínio dando sopa pela rua. Difícil, não? O motivo é que essa matéria-prima, além de muito valo-rizada, também pode ser 100% reciclada. E, para cada tonelada que devolvemos para as indústrias, deixamos de gastar 5,3 MW/h de eletricidade.

O mesmo raciocínio vale para o papel, papelão e até mesmo para as embalagens do tipo longa-vida. Todos são plenamente reaproveitáveis e, quando voltam para os fabricantes, geram expressiva economia de energia na hora de fabricar o produto.

Por essas e outras, é só dar uma espia-da no aterro que atende a maioria das ci-dades da Baixada Santista para perceber que estamos, literalmente, enterrando di-nheiro. É como se todos os dias eu passas-se na sua casa e lhe tomasse alguns reais. Você não percebe, mas paga por essa ver-dadeira insanidade todo mês, por meio do carnê de IPTU.

Fezes energéticasAh, mas tem o lixo orgânico, aquele

composto por restos de alimentos, por exemplo. Hoje, aqui na Baixada Santista, 70% do peso do seu descarte diário é de lixo orgânico – os recicláveis só ocupam espaço, mas são leves.

Pois até mesmo os orgânicos não preci-sam ir para o aterro, não precisaríamos pagar para que isso acontecesse. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, um estudo feito desde 2006 demonstra que é possível obter óleo combustível a partir desses resíduos.

Aliás, até mesmo o esgoto produzido pelas nossas cidades não precisaria ser des-pejado em alto mar – outro desperdício. Em Foz do Iguaçu, a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) já está produzindo eletricidade a partir do esgoto doméstico, que gera biogás e depois é convertido em energia por meio de uma turbina.

É obvio que muitas coisas ainda têm um destino complicado, como lâmpadas fluo-rescentes, pilhas ou baterias. Mas até esses resíduos, quando devidamente reciclados, escondem riquezas. Em uma tonelada de placas de processadores de computador há mais ouro do que em 17 toneladas de miné-rio bruto. Já as placas de circuitos eletrôni-cos são 40 vezes mais ricas em cobre do que o próprio minério bruto do metal.

Já no caso dos telefones celulares, em cada quilo de circuitos é possível reapro-veitar até 150 miligramas de ouro, 600 mili-gramas de prata e até 130 gramas de cobre, além de outros materiais, como cerâmica e plástico. Quando não reciclados, esses resí-duos vão contaminar o meio ambiente, já que muitas dessas substâncias são cancerí-genas. Viu, eu não falei que não existe lixo na sua casa?

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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Projeto inédito, ideia genialNo Ceará, desde 2007, as pes-

soas podem trocar recicláveis (não usaremos mais a palavra lixo, ok?) por dinheiro. Isso mes-mo, dinheiro, ou melhor, descon-tos na conta de energia elétrica. Lá, 3 mil famílias já conseguem zerar suas faturas apenas tro-cando recicláveis. Agora, final-mente, o projeto chega à Baixada Santista, por meio da Elektro. Começa por Guarujá e depois deve chegar à Bertioga.

No Ceará, já são 58 postos de coleta. As pessoas ainda podem doar os bônus para entidades beneficentes. Todos ganham. O cidadão, que pode economizar; a prefeitura, que vê a cidade mais limpa e economiza com a coleta e disposição do material e, por fim, a concessionária de energia, que vê diminuir os roubos de ele-tricidade – já que só tem direito ao desconto aqueles que tiverem suas faturas regularizadas. Uma ideia simples e, por isso mesmo, genial. Então, estamos combi-nados, certo? Lixo, ou seja, tudo aquilo que perdeu o valor e pode ser jogado fora, não existe. O que existe é desperdício.

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68 Beach&Co nº 113 - Novembro/2011

turismo internacional

O lado moderno e futurista de

ParisA capital da França sempre nos remete à história, às igrejas e palácios

medievais, e até mesmo às ruínas romanas. Mas Paris também oferece o

que há de mais moderno em edificações e tecnologia

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Por Renata Inforzato

La Défense localiza-se numa grande esplanada no subúrbio parisiense. Mas, di-ferentemente da concepção que temos de bairro afastado, carente, problemático, La Défense não tem nada de feio, nem de des-favorecido. É justamente o oposto: trata-se do maior bairro de negócios da Europa, lo-cal de concentração de grandes empresas. Cerca de 160 mil pessoas trabalham lá, das quais 20 mil são moradores.

No entanto, La Défense não é apenas para trabalho. Cada vez mais turistas visi-tam o lugar. Segundo dados do Hauts-de--Seine Tourisme, o bairro recebe por ano cerca 8,4 milhões de visitantes, possuindo uma rede hoteleira e de serviços turísticos de primeira linha.

La Défense vale, e muito, a visita. Pri-meiro, porque o arrojo dos arranha-céus é complementado, e também contrastado, com áreas verdes, espaços de lazer e obras de arte. Isso faz com que o bairro não pa-reça uma selva de concreto fria e impesso-al, e sim um lugar vivo, onde as pessoas apressadas convivem harmoniosamente com aposentados, crianças e esportistas. Uma outra curiosidade: todas as estradas e avenidas ficam abaixo da Esplanada, que compõe o bairro. La Défense é para se andar a pé.

Aos finais de semana, o local é inva-dido por famílias que, se o tempo estiver bom, estenderão suas toalhas na grama em um típico piquenique francês. O espírito democrático de Paris, onde várias tribos

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convivem bem e interagem entre si, é visto em La Défense, mas com o toque de mo-dernidade. E futurista, com seus prédios espelhados, que refletem a luz do Sol, e lembram um filme de ficção científica.

La Défense é, também, como toda Pa-ris, um ótimo lugar para se comer bem. No bairro, é possível encontrar vários cafés, brasserias e restaurantes, com gas-tronomia do mundo inteiro. E a preços acessíveis. O comércio local, ajudado pelo Shopping Quatre Temps, também torna o lugar muito atraente para comprar aque-la lembrança, roupa ou perfume de Paris, por um valor bem convidativo.

História recenteMesmo com tantos quesitos, até hoje,

La Défense está longe de ser unanimidade entre os parisienses e turistas. E desde seu início criou polêmica.

A história de La Défense é recente. Nos anos 1950, o governo francês decidiu ins-talar um bairro inteiramente dedicado aos negócios e ao trabalho. A região escolhida ficava a noroeste de Paris, no departamen-to de Haus-de-Seine, nos municípios de Courbevoie, Puteaux e Nanterre (região considerada parisiense). Nascia, assim, La Defense, que hoje possui cerca de 160 hectares. O nome La Défense é devido ao

turismo internacional

Cada vez mais turistas visitam La Défense. Segundo

dados do Haus-de-Seine Tourisme, o bairro recebe

por ano cerca 8,4 milhões de visitantes

O arrojo dos arranha-céus é complementado, e também contrastado, com áreas dedicadas ao descanso, onde o verde ainda tem espaço

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monumento de mesmo nome, construído na região em 1883, para homenagear os soldados que defenderam Paris na Guerra Franco-Prussiana.

Mas o começo não foi fácil, pois os parisienses não viram com bons olhos a instalação de um bairro moderno, tão di-ferente do restante de Paris, orgulhosa de seu patrimônio histórico. O pontapé inicial para a criação de La Défense foi a instituição, em 9 de setembro de 1958, do Etablissement Public d’Amenagement de La Défense, o EPAD, órgão encarregado de planejar e criar La Défense, num prazo de trinta anos.

Grandes obras começaram a ser cons-truídas, a exemplo do edifício CNIT, cria-do para abrigar a Exposição Universal da-quele ano – mesmo evento que motivou a construção da Torre Eiffel várias décadas antes -, mas ela acabou acontecendo em Bruxelas. Em 1964, um plano chefe deter-minou as dimensões dos futuros prédios: no máximo 115 m de altura em relação ao solo, com uma base de 24 x 42 m e uma su-perfície igual a 27 000 m2.

Em 1969, o governo francês autorizou o EPAD a aumentar o tamanho padrão dos edifícios. Surgiram, então, arranha-céus ainda mais altos e com superfície muito maior. A altura cada vez mais ousada dos edificios provocou ainda mais desconten-tamento entre os opositores de La Défense. Em 1970, foi inaugurada a estação La Dé-fense RER, um tipo de trem de alta veloci-dade que atravessa Paris e liga vários su-búrbios. Mais prédios foram construídos, o comércio se desenvolveu rapidamente, mas os investimentos duraram pouco.

Obras de arte ao ar livre dão um toque diferenciado ao ambiente

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turismo internacional

O choque do petróleo, em 1974, viria jogar um balde de água fria na euforia dos construtores. Durante cerca de cinco anos, nem um metro quadrado do bairro foi vendido, alguns edificios até foram es-vaziados ou sublocados. Para compensar esse problema, o EPAD decidiu melhorar, com investimentos próprios, a vida dos habitantes e dos trabalhadores do local. A situação começou a melhorar somente em 1979, quando a região voltou a despertar o interesse do mercado imobiliário.

La Défense renasceu e, em 1980, come-çou a terceira geração de construções. As altas torres continuará a aparecer. Em 1981, o Centro Quatre Temps foi inaugurado, sendo, ainda hoje, um dos maiores shop-pings centers da Europa.

O Grande Arco surgiu em 1989, em um prolongamento do eixo histórico, formado pelo Louvre, Praça de La Concorde (Praça da Concórdia) e o Arco do Triunfo, situa-dos no centro de Paris. Assim, La Défense forma uma linha retílinea com os princi-pais marcos históricos da capital france-sa. O Grande Arco de La Défense é hoje o

maior monumento do bairro e o símbolo da modernidade de Paris.

Ainda em 1989, o CNIT foi reformado para abrigar mais lojas. Era o embrião de mais uma fase de construções, chama-da de quarta geração, que se daria um ano depois, em 1990, com prédios em ângulos cada vez mais modernos e au-daciosos. A crise imobiliária de 1992 não afetou o bairro, ao contrário: para aten-der ainda mais a demanda, a linha 1 do metrô foi prolongada em duas estações, indo até a estação de La Défense e se jun-tado à estação do RER.

Segundo dados da EPAD, só em 2001, mais de trezentos mil metros quadrados de escritórios foram construídos. Em 2006, Nicolas Sarkozy assumiu a presidência do EPAD (extinto em 2010) e uma nova refor-ma foi lançada. Desta vez, tanto as refor-mas quanto as novas construções deveriam estar de acordo com parâmetros ecológi-cos. Vários edifícios contam com um siste-ma de energia eólica e reciclagem de água. Essa última reforma ainda não acabou, a previsão é que dure até 2015.

Grande Arco de La Défense foi construído em 1989 e é o símbolo da modernidade de Paris

O monumento La Défense, construído em 1883

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gastronomia

Hábitos familiares formam o padrão alimentar das crianças e criam protótipos para os demais estágios da vida. Horários, limites, variedade e perseverança são fundamentais

Por Fernanda Lopes

Cuidar da alimentação dos pequenos nem sempre é uma tarefa fácil. Os pais muitas ve-zes optam por dar aos filhos o que eles querem, apenas para vê-los satisfeitos. É uma escolha perigosa, que pode resultar em uma dieta com excesso de açúcar, gorduras saturadas (ruins) e calorias. Segundo o Ministério da Saúde, 71,7% das crianças entre 9 e 12 meses já consomem salgadinhos e biscoitos e 11,6%, refrigerantes. Com isso, o IBGE aponta que, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos, está acima do peso.

Além da obesidade, isso resulta no menor consumo dos nutrientes necessários para o cres-cimento e desenvolvimento adequados. “Do nascimento aos primeiros cinco anos de idade aumentam as necessidades de certos nutrientes, fundamentais para o desenvolvimento cerebral. São eles: ácido retinoico (forma ativa da vitamina A), cálcio, ácido fólico, ferro, zinco e alguns áci-dos graxos, como o EPA e o DHA (gorduras poli--insaturadas). Alimentos ricos nestes nutrientes devem ser regularmente oferecidos à criança”,

começa em casaAlimentação saudável

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alerta a nutricionista Tatiana Branco Barroso.Segundo ela, a criança começa a formar os

padrões de comportamento alimentar desde cedo de acordo com o hábito familiar, em ter-mos de escolha e quantidade de alimento, ho-rário e ambiente das refeições, padrão este que tende a se manter nos demais estágios da vida.

“É preciso, sim, se preocupar com a frequên-cia e horário das refeições, em proporcionar um ambiente calmo e agradável, em apresentar no-vos alimentos, em evitar a monotonia alimentar e limitar a ingestão de alimentos com excesso de gordura, sal e açúcar (basicamente, industriali-zados), pois são comprovadamente fatores de risco para as doenças crônicas, como obesidade, diabetes, hipertensão, entre outras”.

Ela ressalta que é essencial tornar as refei-ções prazerosas para as crianças que, geral-mente, não querem perder o tempo de brincar, para comer. Um dos segredos é tornar os pratos atrativos, apostando na apresentação e nas co-res dos alimentos. Molhos que ressaltem o sabor das refeições também são bem-vindos.

Trocar as frituras por pratos assados, grelha-dos sem gordura ou cozidos é fundamental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de gorduras saturadas na in-fância atualmente é 60% maior que o recomenda-do. Já a ingestão das gorduras boas, as poli-insa-turadas, chamadas de ômega 3 e 6 é, em média, 40% menor do que o recomendado. Também a prática de exercícios regulares é importantíssima

para evitar a obesidade que, segundo o Ministério da Saúde, já atinge 15% das crianças brasileiras.

AdolescênciaNo período de transição entre a infância e a

vida adulta, que se estende dos 10 aos 19 anos de idade, caracterizado principalmente pela maturação sexual – ocorre um aumento das ne-cessidades proteicas e calóricas, cálcio, ferro e zinco, além de vitaminas.

Tatiana alerta que os pais devem ficar aten-tos, já que a necessidade de marcar novas posi-ções ou de se desvincular da família pode tam-bém se expressar por questões afetivas que são transferidas para a alimentação.

“Comer demais ou não comer pode signifi-car formas inconscientes de satisfazer faltas, re-cusar controles externos ou “estar na moda”. E comer fora de casa acaba sendo uma nova opor-tunidade de criar amizades, mas também novos modismos alimentares. Enfim, ser diferente e ainda assim igual a todos, na procura do aqui e agora, imediatismo característico da adolescên-cia”, alerta Tatiana.

Uma alternativa para combater os proble-mas alimentares comuns desse período é inserir na dieta alimentos que fogem da rotina; ofertar alimentos variados e com preparações diferen-tes, mas de forma constante, acostuma a criança à variedade. Nas primeiras tentativas a rejeição é normal, mas, com o tempo, o novo e o inusita-do se tornam habituais.

É essencial tornar as refeições prazerosas para as crianças que, geralmente, não querem perder o tempo de brincar, para comer. Um dos segredos é tornar os pratos atrativos, apostando na apresentação e nas cores dos alimentos

O pediatra Marcelo Reibscheid, do Hospital São Luiz, orienta os pais sobre os caminhos ideais para se evitar a obesi-dade infantil.

Como saber se há obesidade? Há influência

genética também? E distúrbios psicológicos podem levar ou agravar à obesidade? Há vá-rios fatores que podem levar à obesidade infantil. A vida sedentária da criança, fal-ta de controle na dieta alimentar, fatores psicológicos como ansiedade e depressão. A predisposição genética pode existir, mas há também a questão do exemplo. Crianças com familiares obesos tendem a seguir a mesma rotina alimentar e podem se tornar mais facilmente obesas.

Crianças podem ingerir produtos diets ou adoçantes? Crianças que ingerem esses produtos em excesso podem sofrer com disfunções no fígado ou rim, por exem-plo, por causa dos resíduos tóxicos dos adoçantes artificiais. A melhor saída, se não quer oferecer açúcar refinado ao seu filho, é substituir por açúcar mascavo. Os produtos diet foram desenvolvidos para quem sofre de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Portanto, se seu filho não tem diabetes, ele não precisa e não deve consumir produtos diet.

Com a invasão dos fast foods e das propa-gandas de produtos industrializados, princi-palmente em programas infantis, como fazer as crianças se alimentarem de forma saudá-

vel? Com todas as opções de alimen-tos industrializa-dos disponíveis no mercado, o mais importante é os pais darem o exemplo. Alimen-tação saudável começa em casa, de preferência com a televisão desligada. A rotina de horários também é fundamental para que a crian-ça tenha disciplina na alimentação. Outra boa dica é falar sempre o nome correto dos alimentos. Se maquiar um legume ou verdura, a criança pode não aceitar aque-le alimento no futuro.

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gastronomia

Fase escolar• Ofereça uma alimentação variada,

que inclua todos os grupos alimenta-res. Não há alimentos proibidos, en-tretanto, o consumo de guloseimas deve ser controlado; deve haver limi-tes para a frequência e quantidade.

• A criança não deve comer escondi-do. Por isso, não proíba, determine a porção.

• Ofereça 5 a 6 refeições ao dia, com inter-valo de cerca de 3 horas. Evite o hábito de repetir os alimentos nas refeições.

• Estabeleça horários e rotinas para a criança se alimentar. E faça-as comer devagar.

• Evite refrigerantes e estimule a in-gestão de sucos naturais, mas com moderação (não deve ultrapassar 240 ml/dia). O ideal é ingerir água potável filtrada.

• Sanduíches são permitidos, desde que preparados com alimentos com baixo teor de gordura e sódio.

• Estimule o consumo diário de frutas, verduras e legumes (mais de 5 por-ções por dia).

• Estimule o consumo de carnes ma-gras (de boi, frango e peixe).

• Estimule a criança a ler os rótulos dos alimentos. Ela deve participar da escolha dos alimentos que farão parte da sua alimentação.

• Evite substituir refeições por lanches.• Incentive brincadeiras ao ar livre,

caminhadas, andar de bicicleta. No dia a dia, limite o tempo diante da TV, do videogame e do computador. A criança não deve assistir a mais de duas horas de TV por dia.

• Para aumentar a ingestão de água, incentive a criança ou o adolescente a levar sempre uma garrafinha de água na escola e em suas demais atividades.

• Sempre que possível, coloque fibras na alimentação, agregando à receita aveia, linhaça e verduras de folhas escuras, por exemplo.Fontes: Sociedade Brasileira de Pediatria e

Nutriaction Consultoria.

Espetinho de carne com tomatinhosIngredientes1/2 k de carne sem gordura moída (patinho);1 cenoura ralada;1/2 cebola ralada;1 dente de alho ralado ou espremido;1 colher de chá de sal;2 colheres de sopa de salsinha picada (ou pode ser a rama da cenoura);2 colheres de sopa de aveia em flocos ou farelo de aveia;1 ovo;1 colher de sopa de azeite;2 fatias de pão de forma integral desmanchadas em 1/2 xícara de leite semidesnatado;

1 colher de sopa de farinha de linhaça.

PreparoMisture todos os ingredientes e mo-dele bolinhas de carne. Coloque em uma assadeira untada com um pou-co de óleo vegetal e leve para assar em forno pré-aquecido a 200 graus por cerca de 20 minutos ou até esta-rem moreninhas. Em espetinhos de madeira, alterne bolinhas de carne e tomatinhos cereja. Sirva com arroz branco ou integral, feijão e uma sa-lada verde ou ainda com uma massa com molho leve como de tomates.

Rendimento: 6 espetinhos.

Muffin de bananaIngredientes3 bananas descascadas e amassadas;125 ml de óleo;2 ovos;200g de farinha de trigo;50g de aveia em flocos ou farinha de aveia;100g de açúcar;

Produção e fotos Fernanda Lopes

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Sanduíche divertidoIngredientes3 fatias de pão de forma, sendo duas integrais e uma normal, sem casca;2 fatias de peito de peru ou presunto magro cortado em tirinhas;1 colher de sobremesa de requeijão;2 colheres de cenoura ralada;1 colher de chá de maionese sem colesterol;1 colher de chá de azeite;

1 colher de chá de orégano.

PreparoCom um cortador de biscoitos, no for-mato desejado (como o da foto, com a estrela), corte no centro de 1 fatia de pão de forma integral e de 1 fatia de pão de forma branco. Separe a fatia e o for-mato cortado e encaixe na fatia de pão de forma branco, o formato cortado no pão de forma integral. Reserve. Espalhe

sobre uma fatia de pão de forma inte-gral, uma camada de requeijão, espalhe as tirinhas de peito de peru, cubra com outra fatia de pão branco, espalhe uma camada de maionese, coloque a cenoura picada e tempere com o azeite e o oréga-no. Cubra com a fatia de pão de forma integral (com a parte branca encaixada). Sirva em seguida.

Rendimento: 1 sanduíche.

1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio;1 colher de sopa de fermento em pó;1 colher de chá de essência de baunilha.

Para polvilhar5 colheres de sopa de flocos de aveia;1 colher de sopa de margarina light;1 colher de sopa de açúcar.

PreparoPré-aqueça o forno a 200 graus e pre-pare 12 forminhas de muffins ou de empadas. Misture os ovos com o óleo e a banana amassada e reserve. Em ou-tro recipiente, misture os ingredientes secos. Depois misture os úmidos aos secos e coloque as forminhas (agora já tem para vender forminhas de papel

para fornos, que podem ser colocadas dentro das formas de empada ou mu-ffins). Misture a aveia, a margarina e o açúcar até formar uma farofinha. Polvi-lhe um pouco sobre cada muffin e leve para assar por cerca de 20 minutos ou até dourar.

Rendimento: 12 unidades.

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moda

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Praticidade e conforto são palavras-chave para o Verão 2012, que traz novamente uma das peças mais despojadas do vestuário: o macacão

Por Karlos Ferrera

versátil

Ele configura excelente investi-mento pela versatilidade que pro-porciona, já que pode ser utilizado tanto no inverno quanto no verão. O macacão ressurge como forte aposta, tanto em modelos tradicio-nais, quanto em versões mais cur-tas, como cropped e macaquinhos. Dentre as principais tendências de moda que o modelo assume na esta-ção estão: o glamour e o estilo boho da década de 70; a feminilidade e a

Totalmente

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moda

delicadeza da década de 50; a versa-tilidade, a assimetria e a modernida-de urbana.

A princípio, a referência aos anos 1970 transparece com ênfase na mo-delagem ampla, sobretudo nas calças dos macacões, ao estilo pantalona, além da presença das cores vibran-tes e estamparia alegre dos florais. Dos anos 1950, surgem as construções delicadas dos decotes princesa, no es-

tilo lady like da modelagem acinturada, na cartela de cores claras, principal-mente em tons sorbet (doce), e tam-bém no modelo com cropped, outra aposta certeira para a temporada.

Já o aspecto urbano influi nos mo-delos em que o foco é a praticidade, e na construção do modelo, mais sol-tinho e com cores sóbrias - sem muita utilização de estampas -, além das for-mas geométricas e da assimetria.

Os drapeados, babados, florais, calças cropped e decotes princesa marcam a estrutura dos macacões

neste verão, que promete charme e sensualidade

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“Destaques” // Luci Cardia

Foi a realização de um sonho casar às margens do Oceano Atlântico. Uma festa maravilhosa oferecida pelos noivos Adriana Zuchini Gardil e Paulo Gardil, no Hanga Roa, em Bertioga

Família reunida no altar

Os noivos, em momento de radiante felicidade

Os pais do noivo, Ivete Maria Gardil e Marcio Gardil

Rafael Moreno e Ana Martins Zuchini, a matriarca da família

João Tiosso, a mulher Ciane e a filha Paula

Os pais da noiva, Adenir Zuchini e Edvaldo Rodrigues, e os amigos Enzo e Sueli Fingolo

Sofisticação, beleza e tecnologia na concorrida cerimônia frente ao mar

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Reuben Zaidan e Dinalva Berlofi Zaidan, presentes ao enlace

A pequena Luana Gardil, Cinthia Gardil, Bruno Singolo, Thais Gardil e Sergio Del Nero

Mauro e Cecília Orlandini prestigiaram os noivos

José Aparecido Cardia e a colunista também marcaram presença

Cida Zuchini e Andreia Zuchini, simplesmente maravilhosas

Muita emoção no abraço de Adriana Zucchini no sogro Marcio Gardil O pai da noiva, Edvaldo Rodrigues, ladeado pelo casal Inocêncio e Elizete Psiciota

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“Destaques” // Luci Cardia

Na capela da PUC, em São Paulo, Fernanda e Fernando Katsonis disseram o sim, com muita elegância, em evento superprestigiado

Giro Social

Fernanda Garcia e os amigos Ricardo Amorin e Fernanda Brandão Os pais do noivo, Carmem Célia e Constantino

Regina e Flávio Petrilho

Os pais da noiva, Maria de Fátima e Osvaldo Garcia

Muita paixão entre os elegantes noivos Fernanda e Fernando Katsonis

Domênico Valente, sempre o melhor anfitrião, e os amigos do Hanga Hoa: Eduardo Salvia, Sidney Gomes, Ulysses Mansur, Renan Valente e Darnon Barcelos

Silvana Salvia, Nilza Mansur, Marcia Barcelos, Laura Paranhos, a colunista, Andreia Mansur, Valeria Valente e Isabelle Valente

Os 18 anos de Giovani Lucatti Carvalho comemorados em festa surpresa ao lado da mamãe Ivanete

Fernando Cardia completou 15 anos, e comemorou ao lado dos amigos, no Boliche da Riviera. Parabéns!

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Flashes

A Möntmann & Gomes Engenharia reuniu amigos e clientes para a festa de pré-lançamento do edifício Spazio Felicitá Residenziale, no bairro

do Indaiá, em Bertioga, dia 14 de outubro. Um sucesso!

O vereador Antônio Rodrigues também prestigiou Marcos Quintana

Clóe Lúcia Nascimento e Flavio Barros, da Real Consultoria Imobiliária

José das Neves, Antonio Carlos Costa, Simone Bom, Iracema Costa e Thiago Cancian

Tatiana Souza, Rodolfo Cardoso e Wilton Neves

Adriane Markendorf Baumhardt e José Filipe, sócio do empreendimento

Carolina Almeida e Rosilene Rodrigues

Os anfitriões Cynthia Möntmann e Marcos Quintana

Marcia André Pereira, Nelsa Rodrigues, Wilsinho Rodrigues, Edilaine de Assis e Zezinho Rodrigues e Cynthia Möntmann

Lia Mara Colichini, Elisa Andrade, Gilberto Legal, Thiago Brito e Claudia Bastos

Marcos Quintana, Marina Fernandes, Mariana Hernandes, Isabelle Hernandez, Marcelo Gomes e Cynthia Möntmann

Mariana Hernandes entrevista o secretário municipal de Planejamento José Marcelo

O prefeito Mauro Orlandini e o empresário Marcos Quintana

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Coluna Chic // Gabi Montoro

As primas Marcela, Lara e Bia Finochio, em comemoração familiar

O animadíssimo casal Renata Carvalho e Mauro Liguori, na Capital Disco

Paola Tasselli, mãe do noivo Mauro, na noite da grande festa

Cinthia Belmonte e Sergio Almeida, da Meeting Eventos, responsável pela decoração na Capital Disco

Marisa e Priscila Nacamuta Fabio Leal e Loraine Prokish Andressa Reis e Diego Nunes Pinheiro

Nathalia Barbieri Kelly Bontempi, que inaugurou a linda loja Dolce Baby

Danielle Zangrano e sua Lara Danielle Stefanello e Luiza foram conferir as novidades na Dolce Baby

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Coluna Chic // Gabi Montoro

José Roberto Montoro foi eleito o Profissional do Ano pelo Rotary Club

Erika Almeida O casal Guilherme e Leilane Nagy no Iate Clube de Santos Rita e Marcelo Peres inauguraram a loja Shoulder no Praiamar Shopping

Thiago Marsaiolli e Camila Rodrigues Gomes Suzel e Daniel Augusto Marcelo Marsaiolli e seu filho Enrico

Carla Quinto e sua linda Beatriz Roberta Gracioso e Rafael Campos muito felizes na grande noite do casamento

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Flashes

O governador Geraldo Alckmin recebeu atletas no Palácio dos Bandeirantes, no início deste mês, para entrega do Bolsa Talento Esportivo e homenagem aos medalhistas dos

Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, realizado em outubro, no México

Atletas medalhistas do Pan-Americano

Governador Geraldo Alckmin e a atleta homenageada Fabiana Murer, campeã mundial do salto com vara, e prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara

Geraldo Alckmin e o canoísta bertioguense Cadu Zaidan, que recebeu o Bolsa Talento Esportivo, programa de incentivo a atletas que se destacaram em torneios estaduais ou nacionais

Cadu Zaidan e a atleta Maurren Maggi, medalha de ouro no salto em distância nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara

Beto Zaidan também marcou presença ao lado de Fabiana Murer

O orgulhoso pai Reuben Zaidan, o secretário de Esportes, Lazer e Juventude José Benedito Pereira Fernandes e Cadu Zaidan

Reuben Zaidan entrega ao governador exemplar da revista Beach&Co, que aborda o Projeto Costa Norte Escola

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Flashes

Bertioga abrigará mais um requintado empreendimento na orla da praia, o Beach Garden Family Club Ramon Alvares, da Construtora Costa Hirota. Em evento marcante, o

pré-lançamento aconteceu dia 27 de outubro, no Hotel 27, na praia da Enseada

Antônio Francisco Franco, Paulo de Tarso, Rildo André e Robson Ferreira

Os empresários Pedro Alves, Ramon Alvares e José Luis Hirota

Os irmãos Evandro e Eduardo Tomé

Paulo Rubens Arieta, Antonio Manuel e Paulo Avila

Jackson Pierre, Julio Pierre, Luis Paschoal e Ceme Suaiden Alice Bacheschi e Henrique Costa

Pedro Alves e a mulher Sueli Gropo

Dorival Lopes Alvares, Olga Anita e Pedro Alves

Prefeito Mauro Orlandini abriu a cerimônia de pré-lançamento Compuseram a mesa de apresentação do projeto, o vereador Ney Lyra, Pedro Alves, Ramon Alvares, José Luis Hirota e Reuben Zaidan

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata

O 1° Torneio Interno da Primavera foi realizado, no final de outubro, no Guarujá Golf Club. O evento esportivo, organizado pelos golfistas Hugo Rinaldi e Domênico Abate,

contou com a participação de muitos amigos atletas e convidados. Parabéns!

João Santos, Domênico Abate, Virgilio Carolino, Hugo Rinaldi, Gabriel Jacinto, Kaio Nascimento, Antonio Sodré, Erinaldo Nascimento e Adjalma do Carmo

Antonio Ferreira e os organizadores do torneio Domênico Abate e Hugo Rinaldi

Antonio Fonseca, Demétrio Fraiha e Anselmo Aragon

Gabriel Jacintho, Wagner Rezende e Robert Bauchatt

Mario Grieco, João Santos e Ramon Portas

Gabi Gataz, Renata Azevedo, Bruna Rinaldi, Patrícia Franco, Débora e Arlete Canann

Demétrio Fraiha, Maria Eunice e Ziegfried Grotzinger

Antonio Pimentel, Salvio Casson e Antonio Sodré

Luiz França, Hans Widmer e Wagner Gattaz

Silvana Marani, Claudia Zuccas, Maria Eunice, Patrícia Franco e Beth Gaino

Maria Lucia Cescon, Lucinda Virgílio, Augusta Niedzienski e Vera Fonseca

Wagner Gataz, Antonio e sua mulher Matiko Ferreira, Marcello Zuccas e Kaio Nascimento

Ronald Gunn, Kaio Nascimento e Tarcisio De Angelis

Adolfo e Arlete Canann

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011 12:35:10

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Anuncio Revista Final Nov

segunda-feira, 7 de novembro de 2011 12:35:10

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Desenvolvimento sustentável é conquistar o crescimento econômico com responsabilidade social

e preservação e conservação do meio ambiente.

A Riviera é assim. Há mais de 30 anos sendo implantada, tornou-se referência mundial de uso e ocupação do solo, sendo o seu Sistema de Gestão Ambiental o primeiro em todo o mundo a

receber a Certificação ISO 14001.

COMPROMISSO COM ODESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Planejamento e realização global:

Riviera, porque é assim que a vida deve ser.