Beatriz Redko conhecimento contínuocelso-foelkel.com.br/artigos/outros/07_Vida Socio - Beatriz...

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Vida de Sócio Fellow s Life Story1 Columna Vida de sócio Beatriz Redko conhecimento contínuo do setor de papel e celulose do Brasil Reatriz Redko continuous knowledge in the Brazilian pulp and paper sector Beatriz Redko conocimiento continuo de sector de papel v celulosa de Brazil E studos pesquisas e descobertas sempre permearam os cami nhos de Beatriz Redko diretora téc nica da ABTCK Engenheiro química for mada pela Escola Politécnica da Universi dade de São Pauto em 1961 Beatriz come çou sua vida profissional como aluna assis tente de Bioquímica estudando o fungo da formiga saúva Logo depois de formada a seção de Celu lose e Papel do Instituto de Pesquisas Tecno lógicas IPT foi uma ótima oportunidade paro entrar em um campo ligado a produtos natu rais ea partir disso formar a base técnica e trabalhar para a formação do parque industri al brasileiro de celulose e papel Meus pri mevos trahathos nesta área foram o estudo da celulose do eucalipto do bambu e de doze es pécies de madeiras amazônicas lembra Mas fazer papel pela primeira vez entregou para sempre meu coração Ela também par ticipou da fundação da ABTCR além de ter colaborado na implementação das primeiras Normas brasileiras do setor Depois dos trabalhos no IPT foi a Jan que passou a motivar a atuação de Beatriz dentro do setor Trabalhei em Monte Dourado por 16 anos e participei da pesquisa desenvolvimen to e implantação da celulose branqueada de gmelina de Pinus carihaea e de eucalipto conta Nestes anos Beatriz estudou mais de 150 espécies amazônicas para verificar quais eram as mais viáveis para a produção de celu losee de papel Além disso também estudei a lagoa de oxidação biológica e mais tarde comecei a estudar as florestas ea participar dos programas de melhoria Atuando na área de papel e celulose cerca de 40 anos muita coisa mudou desde entãu conforme afirma Beatriz No início da minha carreira o setor ainda estava na infância formando a sua base florestal cons truindo as primeiras fábricas de grande por te O setor foi crescendo ficou importante para a economia brasileira e hoje é o 12 0 pro dutor global comenta que isso ainda é pouco na visão de Beatriz O País tem muito para crescer e não tem por que não ser um dos primeiros produtores mtmdiais Neste sentido ela destaca que muitas mudanças ainda devem ocorrer nas indústrias de papel e celulose Um dos avanços segun do ela relacionase a crescente atenção à causa do meio ambiente com o desenvolvimento de processos de produção cada vez menos agres sivos H a busca da superação de desafios também fez parte da pauta de desenvolvimento do setor Plantar mais florestas e fazer com que mais pessoas participem desse plantio é uma dessas causas a serem buscadas confor me destaca Beatriz Outro ponto importante frisado pela dìrétora técnica da ABTCP rela OCO Minha maior lição de vida durante minha carreira no setor foi entender a necessidade de se reciclar sempre dona se ao modelo florestal brasileiro Este deverá mudar substituindo se o eucalipto e o pinho de monoculturas para culturas mistas para que no meio das arvores se possam plan tar soja milho e mandioca Mais pessoas de vem plantar e plantar de tudo Como aliado da evolução do setor pape leiro do Brasil Beatriz lembra que o próprio País também está crescendo com novos bitos sociais sendo criados passando a exi gir um maior consumo interno de papel a cada dia Um dos exemplos das mudanças na so ciedade para Beatriz éa tendência de mini mização dos níveis de analfabetismo e misé ria Ao lado disso todos os jovens estão ten do incentivo a estudar e possibilidade de aces so a medicamentos e alimentação e dessa forma podem encontrar melhores empregos destaca Mais pessoas trabalhando maior mero de consumidores inclusive de papel Para atender a essa nova demanda do mer cado interno e também para aumentar a com petitividade as fábricas menores se moder nizarão e crescerão Na parte económica Beatriz aponta que cedo ou tarde o Custo Brasil deverá diminuir por uma simples questão de lógica como o Brasil dia a dia se mostra mais competitivo tecnicamente não é do interesse de ninguém que a produção e as exportações sejam prejudicadas Pessoalmente Beatriz também tirou mui tas lições de vida a partir de seus trabalhos no setor A principal delas foi entender a necessidade de se reciclar sempre frisa Como aprendizado humano ela fala sobre o abandono de paradigmas a permissão a si mesma de ousar e errar a importância de olhar em volta e aprender com tudo respeitar as outras pessoas e suas opiniões Até hoje Bea triz trabalha no setor prestando consultoria para algumas empresas na área de melhoria de madeira e fibras e de meio ambiente além de participar como diretora técnica na Con tém Ultraflow e na ABTCP Mas os estudos não ficam de fora afinal a mente não pode nunca envelhecer ainda mais nos dias de hoje em que a informação é oro bem extremamen te valioso Estou também atendendo ao pro grama de doutoramento em recursos flores tais na ESALQ para aprender mais sobre a formação da madeira ressalta Beatriz O PAPEL 1 Junho 2001

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Vida de SócioFellows Life Story1 Columna Vida de sócio

Beatriz Redko conhecimento contínuodo setor de papel e celulose do BrasilReatriz Redko continuous knowledge in the Brazilian pulp and paper sectorBeatriz Redko conocimiento continuo de sector de papel v celulosa de Brazil

Estudos pesquisas e descobertas

sempre permearam os caminhos de Beatriz Redko diretora téc

nica da ABTCK Engenheiro química formada pela Escola Politécnica da Universidade de São Pauto em 1961 Beatriz come

çou sua vida profissional como aluna assistente de Bioquímica estudando o fungo daformiga saúva

Logo depois de formada a seção de Celulose e Papel do Instituto de Pesquisas Tecnológicas IPT foi uma ótima oportunidade paroentrar em um campo ligado a produtos natu

rais e a partir disso formar a base técnica etrabalhar para a formação do parque industrial brasileiro de celulose e papel Meus primevos trahathos nesta área foram o estudo da

celulose do eucalipto do bambu e de doze es

pécies de madeiras amazônicas lembraMas fazer papel pela primeira vez entregoupara sempre meu coração Ela também participou da fundação da ABTCR além de tercolaborado na implementação das primeirasNormas brasileiras do setor

Depois dos trabalhos no IPT foi a Jan quepassou a motivar a atuação de Beatriz dentrodo setor Trabalhei em Monte Dourado por 16

anos e participei da pesquisa desenvolvimento e implantação da celulose branqueada degmelina de Pinus carihaea e de eucaliptoconta Nestes anos Beatriz estudou mais de

150 espécies amazônicas para verificar quaiseram as mais viáveis para a produção de celu

losee de papel Além disso também estudeia lagoa de oxidação biológica e mais tardecomecei a estudar as florestas e a participar

dos programas de melhoriaAtuando na área de papel e celulose há

cerca de 40 anos muita coisa mudou desde

entãu conforme afirma Beatriz No inícioda minha carreira o setor ainda estava na

infância formando a sua base florestal cons

truindo as primeiras fábricas de grande porte O setor foi crescendo ficou importante

para a economia brasileira e hoje é o 120 produtor global comenta Só que isso ainda é

pouco na visão de Beatriz O País tem muitopara crescer e não tem por que não ser umdos primeiros produtores mtmdiais

Neste sentido ela destaca que muitas

mudanças ainda devem ocorrer nas indústriasde papel e celulose Um dos avanços segundo ela relacionase a crescente atenção à causa

do meio ambiente com o desenvolvimento de

processos de produção cada vez menos agressivos H a busca da superação de desafios

também fez parte da pauta de desenvolvimentodo setor Plantar mais florestas e fazer com

que mais pessoas participem desse plantio éuma dessas causas a serem buscadas confor

me destaca Beatriz Outro ponto importante

frisado pela dìrétora técnica da ABTCP rela

OCOMinha maior lição devida durante minha

carreira no setorfoi

entender a necessidade de

se reciclar sempre

donase ao modelo florestal brasileiro Este

deverá mudar substituindose o eucalipto e o

pinho de monoculturas para culturas mistaspara que no meio das arvores se possam plan

tar soja milho e mandioca Mais pessoas devem plantar e plantar de tudo

Como aliado da evolução do setor papeleiro do Brasil Beatriz lembra que o próprio

País também está crescendo com novos há

bitos sociais sendo criados passando a exi

gir um maior consumo interno de papel a cadadia Um dos exemplos das mudanças na so

ciedade para Beatriz é a tendência de minimização dos níveis de analfabetismo e miséria Ao lado disso todos os jovens estão ten

do incentivo a estudar e possibilidade de acesso a medicamentos e alimentação e dessa

forma podem encontrar melhores empregosdestaca Mais pessoas trabalhando maior número de consumidores inclusive de papel

Para atender a essa nova demanda do mer

cado interno e também para aumentar a com

petitividade as fábricas menores se modernizarão e crescerão Na parte económica

Beatriz aponta que cedo ou tarde o CustoBrasil deverá diminuir por uma simples

questão de lógica como o Brasil dia a diase mostra mais competitivo tecnicamente nãoé do interesse de ninguém que a produção e

as exportações sejam prejudicadasPessoalmente Beatriz também tirou mui

tas lições de vida a partir de seus trabalhosno setor A principal delas foi entender anecessidade de se reciclar sempre frisa

Como aprendizado humano ela fala sobre o

abandono de paradigmas a permissão a simesma de ousar e errar a importância de olhar

em volta e aprender com tudo respeitar asoutras pessoas e suas opiniões Até hoje Beatriz trabalha no setor prestando consultoria

para algumas empresas na área de melhoriade madeira e fibras e de meio ambiente além

de participar como diretora técnica na Contém Ultraflow e na ABTCP Mas os estudos

não ficam de fora afinal a mente não pode

nunca envelhecer ainda mais nos dias de hoje

em que a informação é oro bem extremamente valioso Estou também atendendo ao pro

grama de doutoramento em recursos florestais na ESALQ para aprender mais sobre a

formação da madeira ressalta Beatriz

O PAPEL 1 Junho 2001OÁ